Literatura - para quê (Antoine Compagnon)

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Literatura 
para quê?
Antoine compagnon
Como estudar literatura?
O autor aponta duas tradições de estudos literários que se alternavam na França o no College de France:
A tradição teórica, que se interessa pela literatura em sua generalidade.
A tradição histórica, que busca explicá-la por seu contexto.
O autor propõe uma conjunção entre as duas tradições.
Literatura para quê?
Após questionar a utilidade e a persistência da literatura, o autor percorre as definições que foram dadas ao longo da história sobre o poder da literatura:
Literatura para quê?
Definição Clássica: 
CLEIDE
A literatura deleita e instrui. 
Ela possui um poder moral. 
A experiência e o exemplo ensinam melhor que as leis, mas como a experiência depende do acaso, a literatura pode servir como o exemplo para instruir os bons costumes
Literatura para quê?
A literatura tem o poder de contestar a submissão ao poder, ela pode libertar o indivíduo das forças de alienação e opressão e atenuar a fragmentação da experiência subjetiva.
ADRIANA
No entanto, se a literatura liberta, ela pode também tornar-se um ópio. E em muitos momentos ela foi usada para causas injustas o que gera grande desconfiança na literatura como um meio de guiar o povo.
Definição Romântica: 
Literatura para quê?
Definição Moderna:
A literatura corrige os defeitos da linguagem. 
Sua função é compensar as insuficiências da linguagem cotidiana, incapaz de exprimir o real com a sutileza necessária. 
Brincando com a língua, a poesia ultrapassa suas submissões e nos mostra aquilo que não percebemos naturalmente.
Literatura para quê? 
Após a longa conivência da literatura com a autoridade, passou-se a criticar qualquer uso instrumental da literatura. Alguns passam a vê-la como um meio de recreação, de matar o tempo.
Definição Pós-Moderna: 
Conclusão
Após passar pelas diferentes visões acerca da literatura ao longo do tempo, o autor faz uma apologia da literatura: ela é um meio de preservar e transmitir a experiência dos outros. Nos torna sensíveis ao fato de que os outros são diferentes de nós. Esse retorno moral à literatura baseia-se na recusa da ideia de que apenas uma teoria pode nos ensinar algo de verdadeiro sobre a boa vida.
Aprendendo com a experiência dos outros, o leitor pode repensar sua vida, suas convicções e tornar-se mais sensível e sábio, ou seja, melhor.
Por tudo isso, a literatura, com suas particularidades, ainda tem seu lugar e sua importância; mesmo na contemporaneidade, onde a diversos outros meios de comunicação e artísticos.
referências
COMPAGNON, Antoine. Literatura para qquÊ? Trad. Laura Taddei Bandini. Belo Horizonte: Editora da UFMG,2009.