Simulado ENEM - Dia 1

Prévia do material em texto

ATENÇÃO: transcreva no espaço apropriado do seu CARTÃO-RESPOSTA,
Disciplina é liberdade, compaixão é fortaleza.
LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES:
1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões numeradas de 01 a 90 e a Proposta de Redação,
dispostas da seguinte maneira:
a) questões de número 01 a 45, relativas à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias;
b) Proposta de Redação;
c) questões de número 46 a 90, relativas à área de Ciências Humanas e suas Tecnologias.
ATENÇÃO: as questões de 01 a 05 são relativas à língua estrangeira. Você deverá responder apenas às 
questões relativas à língua estrangeira (inglês ou espanhol) escolhida no ato de sua inscrição.
2. 
as instruções anteriores. Caso o caderno esteja incompleto, tenha defeito ou apresente qualquer divergência, 
comunique ao aplicador da sala para que ele tome as providências cabíveis.
3. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções. Apenas uma responde corretamente à questão.
4. O tempo disponível para estas provas é de cinco horas e trinta minutos.
5.
6. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na avaliação.
7. Somente serão corrigidas as redações transcritas na FOLHA DE REDAÇÃO.
8. Quando terminar as provas, acene para chamar o aplicador e entregue este CADERNO DE QUESTÕES
e o CARTÃO-RESPOSTA/FOLHA DE REDAÇÃO.
9. Você poderá deixar o local de prova somente após decorridas duas horas do início da aplicação e poderá levar
término das provas.
EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO
PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO
PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
2020
VESTIBULAR MEDICINA
05/04/2020
1º DIA
1
LINGUAGENS, CÓDIGOS E 
SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção inglês)
3 LC - 1º dia 
QUESTÃO 01
California steamin’
Clinton Van Inman
All the trees are brown
And the sky is gray
I’ve been out for a walk
On a greenhouse day.
I should be safe and sound now
If I was miles from L.A.
California steaming
On such a sweltering day.
Stopped into a church
I stumbled along the way
Got down on my knees
And prayed for a rainy day.
You know the preacher likes it cold
Now that all his candles have melted away,
California steaming
Please don’t take my fan away.
Disponível em: 
<http://habitatpoetry.tripod.com/california-
steamin.html>. Acesso em: jan. 2020.
A paródia é um recurso utilizado por poetas e escritores 
para fazer críticas e observações jocosas sobre a socie-
dade. Neste poema, o poeta faz uma paródia da famosa 
canção “California Dreamin”, da banda “The Mammas and 
the Papas”, para ironizar os problemas enfrentados pelo 
Estado da Califórnia, causados
A pela intolerância religiosa.
B pela segregação racial.
C pelo aquecimento global.
D pela crise financeira de 2008.
E pela violência policial.
QUESTÃO 02
New Year is a time when we usually start thinking about 
our lives, what we have accomplished and what is good 
or bad about it. We start making resolutions to help us 
become better at various aspects of our lives. Here are 
some tips that can be useful and inspirational for starting a 
brand new chapter of your life.
1. Start small to achieve big
When it comes to making your dreams come true, first 
make sure that they are attainable. To have a dream is one 
thing but making it happen can sometimes be completely 
inaccessible, therefore don’t base your goals on your 
wishes (unless they are manageable to perform) since it 
will bring more stress into your life.
2. A dollar a day...
Be wise and start saving money on time. That way it will be 
easier to invest in making your wishes come true. It would 
be great if you put a small amount of money aside with 
every paycheck or set a monthly goal to put one paper bill 
aside every day. 
3. Invest in yourself
Self-improvement besides being very important for our 
well-being gives us the ability to become our best selves. 
Making time for self-development is crucial and the perfect 
time to start is the beginning of the New Year. Obviously, 
different individuals are inspired by different things, 
therefore, there is no simple recipe for how to improve 
yourself; the inspiration must come from within.
4. Don’t contain your wanderlust
Investing in yourself means investing in things that make 
you happy. Travel is the perfect catalyst for happiness 
since it allows you to experience many wonders of the 
faraway places. It is also a great way to build confidence 
and gain extraordinary experiences.
5. Show the real you
Distract yourself from negativity. Opt for things that make 
you feel relaxed and try minimising stressful situations 
since they can and will affect your health. Recognise 
burnout before you burn out and put yourself first. It doesn’t 
mean that you are being narcissistic; it means that you are 
changing your life for the better to become the real you! 
Disponível em: <www.bonvitastyle.com/5-ways-to-start-the-
new-year-best-way. (Adaptado). Acesso em: jan. 2020.
Ao apontar dicas sobre como estabelecer metas para o 
novo ano, a autora recorre às expressões wish, wander-
lust e whitin, como forma de
A reforçar a importância da individualidade para metas 
pessoais.
B apontar a necessidade de seguir planos preestabe-
lecidos.
C demonstrar a facilidade com que objetivos podem ser 
cumpridos.
D criticar a vaidade e o egoísmo.
E questionar a busca pela felicidade pura e simples.
4 LC - 1º dia 
QUESTÃO 03
“We’ ll pay for your college, but only if you go to law
scholl and handle our bankruptcy when you graduate.”
GLASBERGEN
De acordo com o cartum, o termo bankruptcy se refere
A à corrupção.
B à falência
C à aposentadoria.
D a dívidas.
E à prisão.
QUESTÃO 04
LETTER TO THE EDITOR: on our climate change issue
You observed that most of the benefits from reducing 
greenhouse-gas emissions “will be accrued not today, 
but in 50 or 100 years.” It is worth adding that societies 
reap meaningful and immediate benefits from transitioning 
away from fossil fuels. In a recent research paper, our team 
found that replacing fossil fuels with renewable energy 
yields substantial short-term benefits associated with 
cleaner air, improved health and fewer premature deaths, 
which exceed policy costs. We also estimated that these 
immediate benefits may be larger than the near-term gains 
from mitigating climate change. Societies, therefore, have 
ample reason to act on climate change now.
Emil Dimanchev
Senior research associate
MIT Centre for Energy and Environmental Policy Research
Cambridge, Massachusetts
Disponível em: <www.economist.com/letters/2019/10/12/
letters-to-the-editor>. Acesso em: jan. 2020.
Ao abordar o tema da mudança climática, o autor da carta 
aponta
A a correção do uso da política de créditos de carbono.
B o baixo impacto do uso de combustíveis fósseis.
C os entraves políticos para o desestímulo de uso de 
combustíveis fósseis.
D os ganhos efetivos e imediatos na migração para fon-
tes renováveis de energia.
E os poucos avanços que permitam melhoras nos próxi-
mos anos.
QUESTÃO 05
Every night
Paul McCartney
Every night I just want to go out,
Get out of my head
Every day I don't want to get up,
Get out of my bed
Every night I want to play out
And every day I want to do ooh ooh oh oh
But tonight I just want to stay in
And be with you,
And be with you.
Muitas vezes, a canção é uma forma de manifestar senti-
mentos e emoções da vida cotidiana. Por exemplo, o so-
frimento retratado nesta canção decorre do fato de o eu 
lírico estar
A ansioso.
B deprimido.
C endividado.
D preso.
E insone.
Questões de 01 a 05 
(opção espanhol)
5 LC - 1º dia 
QUESTÃO 01
A tirinha acima apresenta
A um conflito familiar causado pelas condições econômicas.
B uma mãe frustrada diante da falta de percepção políti-
ca da filha.
C a reação tempestuosa da mãe perante um comentário 
irônico da filha.
D uma dissonância entre a capacidade financeira da fa-
mília e as suas queixas.E a persistência dos problemas econômicos na América 
Latina.
QUESTÃO 02
Historia de la (no tanta) violencia en los videojuegos
Bee Simulator y Doom Eternal son dos de los más de 30.000 
videojuegos registrados en el sistema de clasificación de PEGI 
(Pan-European Game Information), que determina qué edad 
deben tener los usuarios en función de los contenidos. En el 
primero, una abeja que acaba de nacer en una colmena del 
parque nacional de Honey Park, tendrá que aprender a recolectar 
polen y a luchar con sus enemigas naturales, las avispas, para 
sobrevivir. En el segundo, el objetivo del protagonista es repeler a 
las fuerzas del inframundo con la ayuda de rifles y cañones. Ambos 
videojuegos llevan el descriptor de PEGI para contenidos violentos. 
¿Por qué? Bee Simulator incluye “violencia leve sin daños 
aparentes a otros personajes de apariencia animal”, y DOOM 
Eternal muestra representaciones de “violencia brutal contra 
personajes de apariencia humana”. Por eso, la violencia de la 
abeja recién nacida es apta para mayores de siete años (PEGI-7), 
y la del asesino de demonios está limitada a jugadores mayores 
de edad (PEGI-18). “Como siempre, es cuestión de percepción.
No es lo mismo la violencia explícita de Mortal Kombat 
que ver a Mario aplastar a sus enemigos. Este tipo de vio-
lencia amigable, por llamarlo de alguna manera, es muy 
común en los videojuegos, puesto que el progreso en las 
aventuras desde casi los inicios de la industria está ba-
sado en la aniquilación de enemigos”, explica Paz Boris, 
periodista especializada en videojuegos y autora del libro 
Mass Effect: de Caronte a la Galaxia.
Disponível em www.elpais.com. Acesso em: jan. 2020.
A forma como temas complexos violência e sexo apare-
cem na arte e no entretenimento leva a debates intensos. 
Na maior parte dos países há órgãos designados para es-
tabelecer uma regulamentação para o tema. De acordo 
com o texto apresentado, a função do PEGI é
A definir quais as faixas etárias apropriadas para o con-
sumo de determinado conteúdo.
B inibir o uso e aplicação de conteúdo ofensivo ou violen-
to em videogames.
C censurar jogos com violência excessiva.
D recomendar aos criadores de conteúdo ajustes em 
seus produtos.
E orientar pais e responsáveis ao comprarem videoga-
mes com conteúdo e temática agressiva.
QUESTÃO 03
Canción quechua
Donde fue Tihuantisuyo,
nacían los indios.
Llegábamos a la puna
con danzas, con himnos.
Jugaban coyas, ardían
dos mil fuegos vivos.
Tocaban flautas de oro
y amautas benditos.
Bajaste ciego de soles,
volando dormido,
para hallar viudos los aires
de llanto y de indio.
Y donde eran maizales
ver subir el trigo
y en lugar de las vicuñas
topar los novillos.
Regresa a tu Pachacamac,
Em Vano Venido,
Indio loco, Indio niño,
pájaro perdido!
MISTRAL, Gabriela. Antología. 
Real Academia Española, 2015. (Fragmento).
Neste poema, Gabriela Mistral
A relata o uso da santería para rechaçar os invasores 
europeus.
B descreve mudanças ocorridas na América Espanhola 
com a chegada dos espanhóis.
C considera positiva a sistematização agropecuária trazi-
da pelos espanhóis.
D lamenta a epidemia de alcoolismo perpetrada entre 
os índios.
E demonstra que a Igreja Católica falhou com algumas 
das populações indígenas.
6 LC - 1º dia 
QUESTÃO 04
Forma y configuración en Yo El Supremo
Cabría, por fin, después de haber analizado algunos 
elementos de su estructura, hacer ciertas acotaciones a la 
intuición de forma que sustenta la obra. No contraponiendo 
forma a contenido, como en las tradicionales preceptivas, 
sino interpretándola como ley interna en el universo de la 
obra, por la que se organizan todos sus elementos: lenguaje, 
caracteres, assunto, trama; en una configuración significante.
Ramiro Domínguez. Yo El Supremo de Augusto 
Roa Bastos. Pautas a una Lectura Crítica. In: 
Yo El Supremo. Ediccion Conmemorativa del I 
Centenario del Autor. Madri: Alfaguara, 2014.
De acordo com o crítico Ramiro Dominguez, a obra Yo El 
Supremo
A deve ser entendida dentro de suas características ori-
ginais sem, no entanto, esquecer as formas comuns de 
análise.
B é original e pioneira, portanto, fora de qualquer enqua-
dramento ou classificação.
C consegue matizar, por meio da forma, a tirania do alter 
ego de Francia, ditador do Paraguai retratado.
D requer uma análise inusual e que seja feita a partir de 
sua lógica intrínseca.
E é de difícil análise e compreensão, sem qualquer ele-
mento comum à literatura vigente.
QUESTÃO 05
 
“Gracias por no fumar” é o título de um texto publicitário 
produzido pelo Ministério da Educação e Cultura da Espa-
nha. O anúncio
A recorre ao poder da lei para inibir o consumo de cigarro 
em ambientes públicos.
B busca convencê-lo a partir dos benefícios advindos ao 
deixar o vício.
C mostra como é possível aos fumantes abandonar o vício.
D questiona a qualidade de vida do fumante.
E busca informar os sintomas do tabagismo.
Questões de 06 a 45
QUESTÃO 06
Entrar em um campo minado, cruzar a rua sem olhar ou se 
meter em uma zona proibida: os fãs de Pokémon Go estão 
dispostos a tudo para capturar Pikachu e seus amigos.
Uma caçada virtual que causou sensação entre adoles-
centes e adultos, inclusive na bolsa de Tóquio, onde as 
consequências são vistas facilmente.
Após terem caçado estes monstrinhos no videogame, 
agora os jogadores podem capturá-los em seus smart- 
phones graças à realidade aumentada, uma tecnologia 
que faz elementos virtuais aparecerem no mundo real.
“Ao juntar várias gerações, desde os nostálgicos que vi-
ram o nascimento do Pokémon, em 1996, até os mais jo-
vens, este jogo conseguiu mobilizar uma massa colossal 
de jogadores e possui todas as vantagens para se tornar 
uma referência em matéria de realidade virtual”, explica 
Laurent Michaud, encarregado do setor de entretenimento 
digital no laboratório de ideias, Idate.
Disponível em: <http://g1.globo.com/tecnologia/games/
noticia/2016/07/pokemon-go-vira-sensacao-pelo-mundo-
ao-juntar-varias-geracoes.html>. Acesso em: jan. 2020.
As novas tecnologias ligadas ao mercado de jogos têm se 
renovado cada vez mais no mundo globalizado e conec-
tado. Segundo o texto, um diferencial do jogo ao qual ele 
se refere é
A ser o precursor na tecnologia de realidade aumentada.
B despertar o interesse de públicos de diferentes gerações.
C apresentar gráficos de jogos que se assemelham a fi-
guras reais.
D incentivar as atividades físicas por parte de seus joga-
dores.
E alertar o público sobre o perigo de jogos em locais pú-
blicos.
QUESTÃO 07
Gosto de fazer brincadeiras com a língua portuguesa para 
as pessoas perderam o medo e ganharem afinidade com 
ela. O português não é difícil; o problema é a metodologia 
ultrapassada do sistema de ensino vigente, que faz com 
que o aluno crie ojeriza. Já li aqui muitos amigos afirmando 
que são péssimos na nossa língua materna, mas não con-
cordo, pois são exímios manipuladores da língua: expres-
sam-se bem tanto na fala quanto na escrita. Não dominar a 
gramática não significa que não dominam o vernáculo, uma 
vez que a gramática até o Windows ou a internet corrige. O 
único profissional que tem obrigação de dominar totalmen-
te a língua é o chef na hora do ensopado.
Disponível em: <http://bentovsales.blogspot.com//011/03/
piadas-/gramaticais.html>. Acesso em: jan. 2020.
Para manter o tom humorístico e descontraído do texto aci-
ma, seu autor emprega alguns recursos estilísticos. Dentre 
eles, há o uso de uma expressão com duplo sentido, que 
pode ser exemplificado com a seguinte expressão
A “fazer brincadeiras com a língua portuguesa”.
B “faz com que o aluno crie ojeriza”.
C “tanto na fala quanto na escrita”.
D “não dominam o vernáculo”.
E “dominar totalmente a língua”.
7 LC - 1º dia 
QUESTÃO 08
Comunicar com os substantivos
O terceiro ponto levantado pelo pontífice [o papa] foi o uso 
de adjetivos e advérbios, em detrimento do substantivo – 
costume ao qual o papa disse sentir“alergia”.
“O comunicador deve fazer entender o peso da realidade 
dos substantivos que refletem a realidade das pessoas. 
E esta é uma missão do comunicar: comunicar com a re-
alidade, sem edulcorar com os adjetivos e os advérbios. 
‘Isto é algo cristão: para que dizer autenticamente cristão? 
É cristão! Só o uso do substantivo ‘cristão’, ‘sou de Cris-
to’, é forte: é um adjetivo substantivado sim, mas é um 
substantivo. Passar da cultura do adjetivo à teologia do 
substantivo. E vocês devem comunicar assim.”
“A beleza não necessita da arte rococó”, finalizou o papa, 
pedindo que os jornalistas comuniquem com alegria o 
Evangelho.
Disponível em: <www.vaticannews.va/pt/papa/
news/2019-09/papa-francisco-discurso-plenaria-
comunicacao-cristo.html>. Acesso em: jan. 2020.
Segundo o texto acima, o discurso do papa tratou do uso 
exagerado de adjetivos e advérbios e da maior utiliza-
ção que se deveria fazer dos substantivos nas falas do 
Evangelho. Segundo ele, essa mudança nas escolhas 
de palavras
A tornaria as referências eclesiásticas mais atraentes e 
ornamentadas.
B traria mais objetividade e menos artifícios à fala dos 
fiéis.
C se adequaria melhor ao baixo nível de escolaridade 
das pessoas.
D iria se opor à língua presente no Evangelho tradicional.
E alteraria o significado das palavras nos textos sagrados.
QUESTÃO 09
Disponível em: <www.istockphoto.com/br/vetor/jogando-
contra-os-estere%C3%B3tipos-de-g%C3%A9nero-
gm1045021148-279680947>. Acesso em: jan. 2020.
A ilustração apresentada, mesmo sem a presença de uma 
mensagem verbal, apresenta uma crítica a ser interpreta-
da. Analisando os elementos da imagem e o contexto do 
mundo atual, pode-se dizer que a ilustração
A subverte o senso comum que se tem dos papéis so-
ciais de meninos e de meninas.
B complementa a tendência ocidental de divisão entre os 
gêneros.
C questiona a maleabilidade entre as atividades lúdicas 
das crianças.
D expressa, em brincadeiras infantis, a imaginação fértil 
das crianças.
E contrapõe os sonhos de futuro com a realidade de mui-
tas famílias pobres.
QUESTÃO 10
Desde muito cedo, somos motivados a estudar para “falar 
bem” e se dar bem na vida. Uma coisa parece estar ligada 
a outra. Contudo, nem sempre possuir o mais alto nível 
escolar significa ter competência comunicativa. Devemos 
nos atentar para o fato de que falar bem não é falar bonito, 
mas sim saber adequar corretamente termos e paradig-
mas aos diferentes contextos de comunicação e interlocu-
tores para promover a competência comunicativa.
Sabemos que a Língua Portuguesa é uma poderosa fer-
ramenta de comunicação, sendo o português falado no 
Brasil a variedade mais conhecida internacionalmente. Tal 
fato é motivo de grande orgulho e dá prestígio aos qua-
se 300 milhões de falantes do português espalhados pelo 
mundo, brasileiros e estrangeiros. Contudo, ressaltamos 
que falar bem não quer dizer falar bonito, mas apresen-
tar competência linguística para viabilizar a interação por 
meio da linguagem falada ou escrita.
Disponível em: <https://diarionline.com.
br/?s=noticia&id=114077>. Acesso em: jan. 2020.
Ao dissertar sobre os modos de se utilizar o português, o 
autor do texto acima contrapõe os conceitos “falar bonito” 
e “falar bem”. Este último conceito, segundo o texto, está 
ligado à(ao)
A faculdade de persuasão do falante em relação aos 
seus interlocutores.
B nível de ornamentação linguística no discurso do falante.
C prestígio social do português brasileiro sobre o portu-
guês de Portugal.
D capacidade de adaptação do discurso às situações de 
comunicação.
E popularização de um português mais identificado com 
as camadas sociais.
8 LC - 1º dia 
QUESTÃO 11
Homem procurado não gosta de foto 
divulgada pela polícia e sugere outra
Ex-modelo disse que, com a nova foto, chances de poli-
ciais britânicos o encontrarem aumentaria.
Um homem procurado no Reino Unido ficou insatisfeito 
com a foto dele publicada pela polícia e sugeriu que os po-
liciais trocassem seu retrato por um em que ele acreditava 
estar com melhor aparência.
Stephen Murphy, de 33 anos, é procurado pela polícia de 
Lincolnshire, porque deveria ter aparecido no tribunal em 
9 de julho para responder a acusações.
Na quarta-feira (24), a polícia publicou uma foto dele nas 
redes sociais, pedindo para que a comunidade o denun-
ciasse, caso soubesse de seu paradeiro.
Murphy, que diz ser ex-modelo, viu sua foto em um post 
de um jornal local, o Lincolnshire Reporter, e mandou à 
publicação como sugestão uma outra foto sua, em que 
afirma estar mais bonito, mais fácil de ser identificado e 
desafiando a polícia a encontrá-lo.
Disponível em: <https://g1.globo.com/planeta-
bizarro/noticia/2019/07/26/homem-procurado-
nao-gosta-de-foto-divulgada-pela-policia-e-
sugere-outra.ghtml>. Acesso em: jan. 2020.
Para compreender o conteúdo apresentado em um texto, 
o autor pode utilizar diversos recursos estilísticos e coe-
sivos para tornar a progressão textual mais fluente para 
o leitor, tais como omissão ou uso de pronomes fóricos. 
A alternativa que apresenta omissão do termo a que se 
refere é
A “Um homem procurado no Reino Unido”.
B “policiais trocassem seu retrato”.
C “Stephen Murphy, de 33 anos, é procurado pela polícia”.
D “a polícia publicou uma foto dele”.
E “em que afirma estar mais bonito”.
QUESTÃO 12
COMO DIZ O DITADO
Cor de burro
quando foge
Uma cor que a gente
não consegue definir
é chamada assim.
O burro entrou sem querer na
história. A frase certa
era “corro do burro quando ele
foge”, mas, em algum momento,
foi mal entendida e passada
errada adiante.
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/
fichaTecnicaAula.html?pagina=espaco/visualizar_
aula&aula=51318&secao=espaco&request_locale=es
Os ditados populares são exemplos da sabedoria popu-
lar, muito utilizados por vários séculos. Eles sofrem mo-
dificações diversas ao longo de seu percurso de uso e 
reprodução. Segundo o texto verbal presente na imagem, 
a modificação do provérbio acima
A é resultado da incompreensão do sentido da frase por 
parte das pessoas.
B foi causada pela adaptação cultural do uso de sua 
mensagem.
C é resultante da reprodução oral típica dos ditados po-
pulares.
D é nula, uma vez que a mensagem dos provérbios é 
universal.
E torna a identificação de seu sentido original impossível.
QUESTÃO 13
Torcedor com sinal de TV atrasado 
ainda acredita em empate do Flamengo
Devido à grande diferença na velocidade de transmissão 
do sinal dos jogos de futebol entre canais, TV a cabo e 
aberta e quem vê pela internet, algumas pessoas ainda 
estão assistindo ao segundo tempo da prorrogação do 
jogo Flamengo e Liverpool.
É o caso do torcedor Gabriel Campos, que ainda acredita 
no empate do Flamengo. “O Jesus podia colocar o Arrasca-
eta de volta com outro nome, ninguém ia perceber”, disse.
Ele também comemora o ano do time: “O importante é que 
o futebol carioca se saiu bem esse ano. O Flamengo foi 
campeão da América e o Vasco pagou a conta de água”.
Disponível em: <www.sensacionalista.com.br>. 
Acesso em: jan. 2020.
O texto acima, de teor supostamente jornalístico, é a pu-
blicação de uma famosa página de humor na internet bra-
sileira. Ao analisar sua forma e conteúdo, observa-se que 
o humor inusitado da matéria é causado
A pelo uso de uma variedade linguística estranha aos lei-
tores da matéria.
B pelo formato tradicional de notícia conjugado a um 
sentido de piada.
C pela capacidade de convencimento do público em rela-
ção a uma notícia falsa.
D pela manipulação da opinião pública por meio do riso.
E por uma inusitada notícia real em um formato pouco 
conhecido nos jornais.
QUESTÃO 14
O uso e termos do “juridiquês”
Diz a lenda que Rui Barbosa, ao chegar em casa, ouviu um 
barulho estranho vindo do seu quintal. Chegando lá, cons-
tata haver um ladrão tentando levar seus patos de criação.
Aproxima vagarosamente do indivíduo e, surpreendendo-
-o ao tentar pular o muro com seus amados patos, diz-lhe:
– Oh, bucéfaloanácrono! Não o interpelo pelo valor in-
trínseco dos bípedes palmípedes, mas sim pelo ato vil e 
sorrateiro de profanares o recôndido da minha habitação, 
levando meus ovíparos à sorrelfa e à socapa. Se fazes 
isso por necessidade, transijo; mas se é para zombares 
da minha elevada prosopopeia de cidadão digno e honra-
do, dar-te-ei com minha bengala fosfórica bem no alto da 
tua sinagoga, e o farei com tal ímpeto que te reduzirei à 
quinquagésima potência que o vulgo denomina nada.
E o ladrão, confuso, diz:
– Doutor, eu levo ou deixo os patos?
Disponível em: <www.webartigos.com/artigos//-uso-
do-/juridiques/48139>. Acesso em: jan. 2020.
9 LC - 1º dia 
A anedota transcrita tem um desfecho inusitado e humo-
rístico devido à forma como é apresentado o discurso das 
personagens. A resposta do ladrão ao seu interlocutor 
mostra que
A o excesso de polidez vocabular prejudica o entendi-
mento do discurso de Rui Barbosa.
B o discurso de Rui Barbosa é enigmático para profissio-
nais do âmbito jurídico.
C o exercício do furto não oferece possibilidade de estu-
do gramatical.
D a informalidade do discurso do ladrão é incompatível 
com sua profissão.
E a fala de Rui Barbosa é ignorada intencionalmente 
pelo Ladrão de patos.
QUESTÃO 15
Disponível em: <https://br.pinterest.com/
pin/331859066277802165>. Acesso em: jan. 2020.
Textos estritamente não verbais apresentam imagens 
que, diferentemente das palavras, forçam o leitor a inter-
pretá-las, ao passo que também lhe dão diversas possi-
bilidades de interpretação. Ao analisar a imagem acima, 
podemos reconhecer que nela há uma crítica
A ao conceito de democracia racial.
B à ideia de meritocracia.
C aos movimentos contra a doutrinação ideológica.
D à apologia da alienação parental.
E aos desvios de verbas destinadas à educação.
QUESTÃO 16
“Watchmen” traz uma visão contundente do 
trauma negro que todos deveriam assistir
Produção da HBO que termina neste domingo (15) trata 
da supremacia branca, de uma forma que nenhuma outra 
série conseguiu.
Para o público de Watchmen, também significa ser trans-
portado de volta no tempo para finalmente assistir à gran-
de revelação, aquela que muitos fãs já estavam anteven-
do. Will Reeves é Hooded Justice (Justiça Encapuzada), 
super-herói negro que ataca e mata criminosos, racistas 
e policiais bandidos nas ruas de Nova York. Abar está le-
vando adiante o legado de combate ao crime de seu avô 
– que ela desconhecia.
Watchmen pediu a muitos espectadores para reviver mo-
mentos traumáticos na história americana, para confron-
tar o racismo sob o disfarce de uma série sobre super-
-heróis. A série da HBO trata a supremacia branca como 
vilã de um passado não muito distante, passado esse que 
está embutido nas instituições de hoje e nas histórias fa-
miliares que informam nosso cotidiano. O sexto episódio, 
em particular, é um olhar pontual e inteligente sobre como 
gerações de americanos enfrentaram a história racista 
brutal deste país e como as famílias negras de hoje foram 
afetadas pelo terror racista de gerações passadas.
Disponível em: <www.huffpostbrasil.com/entry/
watchmen-racismo_br_5df3d35fe4b0ca713e5f3098>. 
Acesso em: jan. 2020.
O artigo acima trata do tema de uma série televisiva dire-
cionada ao público jovem. Ao incluir, em sua trama, temas 
sensíveis à sociedade, pode-se afirmar, com base no tex-
to, que o público é convidado a
A interagir com a trama por meio de opiniões e comentá-
rios na mídia não especializada.
B incentivar a produção de outras séries que tratem de 
temas ligados a ações de heróis.
C diversificar suas preferências em relação ao tipo de es-
petáculo televisivo moderno.
D questionar a doutrinação imposta por temas sociais e 
culturais na televisão.
E refletir sobre questões históricas e cotidianas em rela-
ção a problemas sociais e culturais.
QUESTÃO 17
Todo mundo sabe de quem é o pior disfarce de super-
-heróis já feito: não é de um pássaro, nem de um avião. 
Clark Kent, por algum motivo, consegue voar por Metró-
polis com uma cueca sob o collant, sem usar nenhuma 
máscara, e ninguém – nem mesmo o amor da sua vida 
– o reconhece. Tudo por causa de um par de óculos. Até 
mesmo o intérprete do herói, Henry Cavil, já falou para a 
SUPER que acha a ideia uma forçação de barra. Eis que 
pesquisadores da Universidade de Nova York apareceram 
para defender o Homem de Aço. Eles conseguiram provar 
que o disfarce do óculos, na verdade, pode até funcionar.
O objetivo não é só limpar a barra dos quadrinhos, os 
pesquisadores acreditam que o estudo possa ajudar a 
aprimorar as políticas de identificação e análise de ros-
tos – principalmente quando a pessoa não usa óculos na 
carteira de identidade, mas está com ele no rosto quando 
precisa ser identificada.
Disponível em: <https://super.abril.com.br/cultura/
os-oculos-de-clark-kent-nao-sao-um-disfarce-
tao-ruim-diz-estudo>. Acesso em: jan. 2020.
Por se tratar de um artigo de divulgação científica, o texto 
acima, eventualmente, utiliza a variedade popular do por-
tuguês brasileiro em meio à norma-padrão. Um exemplo 
da norma popular é
A “Eis que pesquisadores da Universidade de Nova York 
apareceram”.
B “quando a pessoa não usa óculos na carteira de iden-
tidade”.
C “O objetivo não é só limpar a barra dos quadrinhos”.
D “Todo mundo sabe de quem é o pior disfarce de super-
-heróis”.
E “Eles conseguiram provar que o disfarce do óculos”.
10 LC - 1º dia 
QUESTÃO 18
Disponível em: <www.facebook.com/memesacessiveis/
photos/a.344313612924819/364781550878025
/?type=3&theater>. Acesso em: jan. 2020.
O meme acima (publicação de alta reprodução nos meios 
sociais, geralmente humorística) tem sua força de expres-
são no riso causado ao leitor por meio
A da reinterpretação de uma frase célebre ao âmbito do 
cotidiano.
B da inversão do sentido de uma frase, causando dúvi-
das sobre sua interpretação.
C da introdução de conceitos da física em experimentos 
da vida atual.
D da relativização de uma verdade universal em relação 
a diversos contextos.
E do questionamento da veracidade de um conceito con-
siderado como verdade.
QUESTÃO 19
A vivacidade de uma língua está ligada à capacidade de 
seus falantes de criar palavras, ampliar o vocabulário ou de 
dar às palavras que já existem novos sentidos.
José de Alencar, escritor romântico do século XIX, assim 
se manifestou a esse respeito:
Criar termos necessários para exprimir os inventos recen-
tes, assimilar-se aqueles que, embora oriundos de línguas 
diversas, sejam indispensáveis, e sobretudo explorar as 
próprias fontes, veios preciosos onde talvez ficaram es-
quecidas muitas pedras finas, essa é a missão das lín-
guas cultas e seu verdadeiro classicismo.
Disponível em: <https://educacao.uol.com.br/disciplinas/
portugues/neologismo-criacao-de-novas-palavras.
htm?cmpid=copiaecola>. Acesso em: jan. 2020.
Os autores da literatura clássica utilizam, muitas vezes, o 
processo de criação de palavras, os chamados neologis-
mos. Segundo a citação de José de Alencar, o valor de 
uma língua
A está na imutabilidade e rigidez de seu léxico.
B depende do grau de variação que a língua apresenta.
C relaciona-se com a exploração de novas possibilida-
des léxicas de uma língua.
D reside na exaltação dos textos clássicos e de seus 
autores.
E perde-se constantemente na inventividade desenfrea-
da da literatura.
QUESTÃO 20
Telegrama
Artista: Zeca Baleiro
Eu tava triste tristinho
Mais sem graça que a top model magrela na passarela
Eu tava só sozinho
Mais solitário que um paulistano
Que um canastrão na hora que cai o pano
Tava mais bobo que banda de rock
Que um palhaço do circo Vostok
Mas ontem eu recebi um telegrama
Era você de Aracaju ou do Alabama
Dizendo nego, sinta-se feliz
Porque no mundo tem alguém que diz
Que muito te ama
Que tanto te ama
Que muito, muito te ama
Que tanto te ama
Nas composições musicais, os artistas utilizam diversos 
recursos linguísticos, a fim de expressarem suas mensa-
gens de maneirasingular. Na caracterização da tristeza 
do eu lírico na canção acima, o autor utiliza comparações 
para
A generalizar sentimentos recorrentes nas canções bra-
sileiras.
B banalizar os sentimentos que parecem terríveis aos in-
divíduos.
C dar a dimensão da tristeza sentida pelo eu lírico.
D amenizar o drama sofrido pela personagem na canção.
E criticar tipos sociais descritos como tristes e desampa-
rados.
QUESTÃO 21
Ilustração das três dimensões que interferem no fenôme-
no do uso de drogas. Ao se desconsiderar alguma delas, 
o tripé perde sua sustentação.
Fonte: NUTE-UFSC (2015).
11 LC - 1º dia 
A ilustração apresenta uma maneira de se entender o uso 
e o efeito de substâncias alucinógenas ou que causam 
dependência (drogas). Ao interpretá-la, pode-se dizer que
A há sempre um fator principal que interfere no efeito e 
na dependência de alucinógenos.
B conjugando contexto, drogas e sujeito, torna-se seguro 
o consumo dessas substâncias.
C os efeitos das drogas dependem do equilíbrio ou dis-
crepância entre os três fatores.
D a dependência se dá sobretudo pelo contexto de uso 
das substâncias.
E o efeito alucinógeno é resultado do estado de saúde do 
sujeito.
QUESTÃO 22
Segundo dados, aumentou o número de 
casamentos entre pessoas com mais de 50 anos
Conforme informações do Instituto Brasileiro de Geogra-
fia e Estatística (IBGE), o número de casamentos vem 
crescendo desde 2018. Em 2018, o Estado do Espírito 
Santo, por exemplo, registrou 25 mil casamentos. Entre 
a faixa etária, o destaque vai para os casais com mais de 
50 anos, que, em 2016, marcaram um aumento de 32%.
O IBGE divulgou que, no ano de 2015, dos 462 casa-
mentos registrados, pelo menos um dos cônjuges tinha 
mais de 50 anos. Segundos os dados do IBGE, pode-
mos ver que o casamento entre pessoas com mais de 50 
anos representou 4,15% do total de uniões realizadas na 
região metropolitana de Sorocaba.
O estudo mostra que os casais acima de 50 anos estão 
celebrando o casamento com festas mais elaboradas. 
De acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geo-
grafia e Estatística, houve um aumento de 37,7% entre 
os homens e 29,8% entre as mulheres, considerando as 
pessoas que se casaram aos 50 anos.
Disponível em: <www.terra.com.br/noticias/dino/segundo-
dados-aumentou-o-numero-de-casamentos-entre-
pessoas-com-mais-de-50-anos,f50f53e5c6d155bef6ef4
ec03946cac8vwdo4729.html>. Acesso em: jan. 2020.
Para se passar a notícia de maneira objetiva e imparcial, 
textos jornalísticos tendem a privilegiar uma determinada 
função da linguagem. Pode-se observar que o artigo aci-
ma privilegia a função
A conativa, usada para chamar a atenção do leitor.
B metalinguística, que enfatiza o uso da linguagem.
C referencial, evidenciando o contexto da notícia.
D expressiva, uma vez que o autor é figura central.
E fática, para certificar-se da compreensão do leitor.
QUESTÃO 23
Níquel Náusea
Fernando Gosales
QUEM É
ESSE PASPALHO
RIDÍCULO ME
BEIJANDO?
VOCÊ NÃO
ESPERAVA QUE
DEPOIS DE DEZ
ANOS DORMINDO 
ELA ACORDASSE DE
BOM HUMOR.
Smack
Disponível em: <https://brainly.com.br/
tarefa/21260906>. Acesso em: jan. 2020.
Na tirinha acima, há uma quebra de expectativa que cau-
sa a surpresa do leitor e o humor. Para esse efeito e para 
a compreensão do leitor em relação ao contexto, a tirinha 
lança mão da
A intertextualidade, ao fazer referência aos contos de 
fada.
B crítica social, fazendo o leitor refletir sobre questões 
históricas.
C ironia, ao satirizar o valor das histórias infantis.
D musicalidade, ao apresentar cadência rítmica na fala 
das personagens.
E ambiguidade, apresentando mais de uma leitura possí-
vel ao leitor.
QUESTÃO 24
Em busca de representatividade no cenário 
do rap da Bahia, grupo de mulheres cria a 
Batalha das Bruxas: “Conseguir espaços”
Em busca de espaço no cenário do rap em Salvador, um 
grupo de MCs criou a única batalha de rimas produzida e 
protagonizada por mulheres na capital baiana: a Batalha 
das Bruxas. O evento, além de ser um momento de disse-
minação de talento, é um movimento de representatividade.
Disponível em: <https://g1.globo.com/ba/
bahia/musica/noticia/2019/12/20/em-busca-de-
representatividade-no-cenario-do-rap-da-bahia-
grupo-de-mulheres-criam-a-batalha-das-bruxas-
conseguir-espacos.ghtml>. Acesso em: jan. 2020.
Para se interpretar corretamente um texto, o leitor deve 
eventualmente entender o que ele pressupõe. Ao trazer, 
como uma novidade, a “batalha das bruxas” e relacioná-la 
ao conceito de representatividade, pressupõe-se que as 
batalhas de rimas
A são movimentos originalmente democráticos.
B eram, até então, dominadas pelo público masculino.
C apresentam tom ofensivo em relação às mulheres.
D têm como critérios técnicos o gênero e a sexualidade.
E vão na contramão das mudanças sociais de outros mo-
vimentos periféricos.
12 LC - 1º dia 
QUESTÃO 25
Fonte: <www.guiamedianeira.com.br>. Acesso em: jan. 2020.
A publicidade social utiliza vários recursos para captar a 
atenção e a empatia dos leitores. No anúncio acima, ob-
serva-se que um dos intuitos principais da mensagem é
A desestimular o uso de redes sociais, propagadoras de 
notícias falsas.
B fazer o leitor refletir sobre suas atitudes e sobre segu-
rança.
C apresentar a figura da mulher como novo ícone de se-
gurança nas vias.
D passar uma mensagem positiva aos pedestres em vias 
movimentadas.
E incentivar o uso de celular no volante, de maneira co-
medida.
QUESTÃO 26
Assédio na mira da literatura infantil
Livros abordam o assédio, uma das muitas questões de-
licadas e difíceis de se tratar, em especial com crianças e 
adolescentes.
Olívia é adolescente e vai sozinha de ônibus para a esco-
la. Um dia, no caminho que faz a pé até o ponto, ela para 
por um instante para dar informações a um motorista. O 
homem abre a porta do carro, e a garota percebe que ele 
está sem a calça. Chocada, Olívia sai correndo. E se cala.
Leila, a baleia, adora vestir biquíni e nadar por aí com 
seus longos cabelos. Vira e mexe, encontra em suas an-
danças pelo mar seu vizinho Barão, o polvo. Ele lhe rouba 
um beijo, a segue, a incomoda. Sussurra frases em seu 
ouvido, lhe promete coisas, mexe na alça do seu top. Leila 
também se cala.
Olívia é personagem de Minha vida não é cor-de-rosa, de 
Penélope Martins (Editora do Brasil), e Leila, de Tino Frei-
tas e Thais Beltrame. Ambos os livros abordam o assédio, 
uma das muitas questões delicadas e difíceis de se tratar, 
em especial com crianças e adolescentes.
Disponível em: <https://correio.rac.com.br/_
conteudo/2020/01/entretenimento/892736-assedio-na-
mira-da-literatura-infantil.html>. Acesso em: jan. 2020.
A literatura contemporânea tem tratado de temas so-
ciais e atuais direcionados a grupos como mulheres, 
crianças, LGBTs e outros. Segundo o artigo apresen-
tado, o livro citado, direcionado ao público infantil e jo-
vem, cumpre o papel social de
A tratar, com leveza, temas complicados para esse pú-
blico.
B modificar a visão que os jovens têm de temas conside-
rados polêmicos.
C oferecer entretenimento a um público carente de litera-
tura de ficção.
D debater projetos ligados a denúncias de assédio a 
crianças e adolescentes.
E se contrapor à literatura fantástica e ausente de quali-
dade literária.
QUESTÃO 27
O vício do trocadilho: a paronomásia na 
poesia brasileira contemporânea
Nas últimas décadas do século XX, na poesia brasileira, 
assistiu-se à ascensão de outra figura de linguagem que, 
em determinadas vertentes, assumiu uma posição, se não 
digo predominante, ao menos de bastante relevo; refiro-
-me à paronomásia, popularmente conhecida como troca-
dilho. A paronomásia é uma combinação de palavras que 
apresentam semelhança fônica e/ou mórfica entre si, mas 
com significados distintos.
Disponível em: <www.revistaamalgama.com.
br/03/2017/vicio-do-trocadilho-poesia-brasileira-
contemporanea>. Acesso em: jan. 2020.
As figuras de linguagem são recursos de diversos tiposusados em textos literários e não literários. A figura de lin-
guagem descrita no trecho acima, a paronomásia, é en-
contrada no trecho seguinte:
A “ameixas
ame-as
ou deixe-as”
B “O tempo é muito lento para os que esperam
Muito rápido para os que têm medo
Muito longo para os que lamentam”
C “Nasço amanhã
Ando onde há espaço:
– Meu tempo é quando”
D “Teus olhos são meus livros.
Que livro há aí melhor,
Em que melhor se leia
A página do amor?”
E “Se sou amado,
quanto mais amado
mais correspondo ao amor.”
13 LC - 1º dia 
QUESTÃO 28
Disponível em: <www.recursosdefisica.com.br/
tirinhas-diversas.html>. Acesso em: jan. 2020.
Na tirinha acima, há um jogo de sentido que causa humor. 
Sobre os recursos verbais e visuais nela presentes, ob-
serva-se que
A a pergunta “Quando você se forma?” apresenta duplo 
sentido, assim como o título “Pressão atmosférica”.
B o recurso de personificação da nuvem é o principal fa-
tor cômico da tirinha.
C a surpresa do rapaz, no segundo quadrinho, se deve 
ao fato de ele não ter se graduado.
D no primeiro quadrinho, o verbo “formar” tem sentido de 
“graduar-se academicamente”.
E a temática principal da tirinha é a dificuldade enfrenta-
da por estudantes pobres.
QUESTÃO 29
Será que você consegue dormir tranquilo em sua casa?
Será que você já pensou nas condições dos fios e cabos 
de sua instalação elétrica?
Se você tem um ar-condicionado em casa, sabe se foi 
instalado corretamente?
Se sua resposta foi negativa para alguma das duas per-
guntas acima, cuidado: você pode estar dormindo com o 
inimigo!
Disponível em: <http://programacasasegura.org/
blog/2019/05/24/qualifio-alerta-cuidado-voce-pode-estar-
dormindo-com-o-inimigo>. Acesso em: jan. 2020.
O texto acima foi retirado de um artigo que tratava do in-
cêndio no Museu Nacional no Rio de Janeiro e a relação 
das pessoas frente aos cuidados com a as instalações 
elétricas. Ao utilizar frases interrogativas, o texto pretende
A questionar objetivamente o leitor que utiliza aparelhos 
elétricos.
B demonstrar ausência e conhecimentos de engenharia 
na vida das pessoas.
C chamar a atenção do leitor para a importância do as-
sunto.
D ironizar o suposto conhecimento popular acerca de 
instalações elétricas.
E testar o nível de conhecimento das pessoas sobre a 
segurança domiciliar.
QUESTÃO 30
REUTILIZE
RECICLE
SEJA SELETIVO, SEPARE O SEU LIXO.
REDUZA
Disponível em: <https://estudante.ifpb.edu.br/
media/cursos/43/documentos/TCC_Norma_
de_Lima>. Acesso em: jan. 2020.
No anúncio acima, que incentiva a prática da reciclagem 
do lixo, a força expressiva da mensagem reside em vários 
fatores, exceto
A na utilização das figuras das árvores.
B no uso de palavras com fonemas semelhantes.
C no aumento gradual das letras.
D nos verbos no modo imperativo.
E na utilização de apenas duas tonalidades no cartaz.
QUESTÃO 31
Pneumotórax
Febre, hemoptise, dispneia e suores noturnos.
A vida inteira que podia ter sido e que não foi.
Tosse, tosse, tosse.
Mandou chamar o médico:
— Diga trinta e três.
— Trinta e três... trinta e três... trinta e três...
— Respire.
............................................................
— O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o
pulmão direito infiltrado.
— Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax?
— Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino.
Manuel Bandeira. Estrela da vida inteira. Nova Fronteira, 1990.
Na poesia, um único verso pode conter elementos expres-
sivos que respondem a entendimentos mais amplos sobre 
o poema. O verso “A vida inteira que podia ter sido e que 
não foi.” expressa
A um desabafo do eu lírico a respeito dos desejos frus-
trados de uma vivência saudável e das aspirações de 
vida não realizadas.
B um lamento do eu lírico por conta da frustração de uma 
paixão não correspondida em função de uma doença.
C uma angústia do eu lírico diante da impossibilidade de 
receber do médico um diagnóstico positivo do pneu-
motórax.
D uma confirmação do eu lírico de que, apesar dos sinto-
mas como tosse, febre, hemoptise e dispneia, o seu 
caso não era grave.
E uma tristeza, no decorrer da vida, ao chegar à conclu-
são de que não foi capaz de tratar uma doença sem 
grande gravidade para a época.
14 LC - 1º dia 
QUESTÃO 32
Texto I
As mariposa
As mariposa quando chega o frio
Fica dando vorta em vorta da lâmpida pra si isquentá
Elas roda, roda, roda e dispois si senta
Em cima do prato da lâmpida pra descansá
Eu sou a lâmpida
E as muié é as mariposa
Que fica dando vorta em vorta de mim
Todas noite só pra me beijá
(...)
Tá muitu bom...
Mas num vai si acostumá, viu
Dona mariposinha?
(https://letras.mus.br)
Texto II
No português oral, nos estilos não monitorados, há uma 
tendência a evitar a redundância, flexionando-se só o pri-
meiro elemento do sintagma.
(Stella Maris Bortoni-Ricardo. Educação em 
língua materna: a sociolinguística na sala de 
aula. 2004). Adap. Acesso em: jan. 2020.
Considerando-se que a letra da canção de Adoniran Bar-
bosa mantém grande proximidade com a oralidade, com-
prova-se a definição de Bortoni-Ricardo com a seguinte 
passagem
A “Eu sou a lâmpida”
B “vorta em vorta da lâmpida”
C “E as muié é as mariposa”
D “Tá muitu bom...”
E “Mas num vai si acostumá, viu”
QUESTÃO 33
O colchão dentro do toucado1
Chaves na mão, melena2 desgrenhada,
Batendo o pé na casa, a mãe ordena
Que o furtado colchão, fofo, e de pena,
A filha o ponha ali, ou a criada.
A filha, moça esbelta e aparatada,
Lhe diz co’a doce voz, que o ar serena:
“Sumiu-se-lhe um colchão, é forte pena;
Olhe não fique a casa toda arruinada”.
“Tu respondes assim? Tu zombas disto?
Tu cuidas que por ter pai embarcado
Já a mãe não tem mãos?” E dizendo isto,
Arremete-lhe à cara e ao penteado;
Eis senão quando (caso nunca visto!)
Sai-lhe o colchão de dentro do toucado.
(Poesia arcádica portuguesa, 1985.)
1toucado: penteado.
2melena: porção de cabelos.
A poesia arcádica portuguesa comporta diversas moda-
lidades ligadas ao conteúdo que aborda. Nesse sentido, 
pode-se afirmar que o poema apresentado se enquadra 
no estilo
A lírico, pois exalta positivamente a relação de afeto que 
existe entre a mãe e a filha.
B filosófico, pois evidencia relação de apego a bens ma-
teriais a partir do sumiço do colchão.
C prosaico, pois deseja destacar o mau comportamento 
da filha ante o pedido da mãe.
D metafísico, pois apresenta a incomum situação de se 
perder um colchão dentro de casa.
E satírico, pois debocha do volume exagerado do pente-
ado que é usado pela filha.
QUESTÃO 34
Apesar de bastante descorada e um tanto magra, era Ino-
cência de beleza deslumbrante.
Do seu rosto irradiava singela expressão de encantadora 
ingenuidade, realçada pela meiguice do olhar sereno que, 
a custo, parecia coar por entre os cílios sedosos e fran-
jar-lhe as pálpebras, e compridos a ponto de projetarem 
sombras nas mimosas faces.
Era-lhe o nariz fino, um bocadinho arqueado; a boca pe-
quena, e o queixo admiravelmente torneado.
Ao erguer a cabeça para tirar o braço de sob o lençol, des-
cera um nada a camisinha de crivo que vestia, deixando 
nu um colo de fascinadora alvura, em que ressaltava um 
ou outro sinal de nascença.
Razões de sobra tinha, pois, o pretenso facultativo1 para 
sentir a mão fria e um tanto incerta, e não poder atinar 
com o pulso de tão gentil cliente.
Alfredo d’Escragnolle Taunay. “Inocência”. In: Massaud 
Moisés. A literatura brasileira através dos textos. 2004.
1facultativo: indivíduo que exerce a medicina; médico.
O trecho do texto de Taunay é predominantemente
A descritivo, elencando-se fatos que comprometeram a 
saúde da personagem de forma irônica, própria do Mo-
dernismo.
B narrativo, analisando-se a beleza física da persona-
gem de forma subjetiva, própria do Arcadismo.
C narrativo, relatando-se a precariedade da saúde da 
personagem de forma objetiva, própria do Realismo.
D descritivo, havendo a caracterização da personagem 
de forma idealizada, própria doRomantismo.
E dissertativo, apresentando traços físicos e comporta-
mentais da personagem de forma imprecisa, própria 
do Simbolismo.
QUESTÃO 35
Da presunção
A presunção – tão desculpável e até divertida nos moços 
– é o mais certo sinal de burrice nos velhos.
O derradeiro fruto da Árvore da Ciência é a simplicidade.
Mário Quintana. Da preguiça como 
método de trabalho. 2013.
De acordo com o ponto de vista do autor, cabe aos velhos
A transmitir a simplicidade aos mais moços.
B abdicar da Ciência, preservando sua ingenuidade.
C afastar-se da presunção e seguir a simplicidade.
D promover o espírito presunçoso dos jovens.
E buscar a diversão na presunção, como os jovens.
15 LC - 1º dia 
QUESTÃO 36
Texto I
Poema em linha reta
Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar
 [banho,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das
 [etiquetas,
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.
Álvaro de Campos, heterônimo de Fernando Pessoa. Adap.
Texto II
Uma escolha é uma escolha
De porre,
efetivamente de porre,
chegou à repartição:
ele estava errado,
e os companheiros de escritório,
a mulher, os amigos,
o planeta inteiro,
todos, todos
estavam com a razão,
enquanto ele
preferiu estar de porre.
Alberto da Cunha Melo
O eu lírico do poema apresentado no texto I (de Álvaro de 
Campos) e o personagem (ele) do poema apresentado 
no texto II (de Alberto da Cunha Melo) apresentam em 
comum o fato de
A viverem no exílio, sem contato com quaisquer pessoas.
B realizarem esforços para serem aceitos pela sociedade.
C serem admirados pelos seus amigos e seus familiares.
D não terem qualquer escolha quanto a seus estilos de vida.
E mostrarem-se como inadaptados às normas sociais.
QUESTÃO 37
(Falante 1) eu acho que:: hoje em dia não basta você so-
mente ser ... capacitado porque:: tem muita gente que ... 
não tantas qualidades quanto determinamos ... com / éh:: 
competidores em determinados cargos e:: ... na hora de 
escolher vem você porque é meu amigo certo?
(...) é isso que eu acho eu acho que também existe um 
pouquinho do ... do relacionamento ... da pessoa ... da 
apresentação do indivíduo dentro de determinada orga-
nização ... isso você não sei se ... se você prestar aten-
ção você:: ... notará às vezes você possui determinadas 
... qualidades superiores a um competidor seu e você não 
é aproveitado...
(Falante 2) é... são as cartas de recomendação né?
(Falante 1) então ainda ...
(Falante 2) isso existe em todo local né? ... precisa real-
mente ter aquela recomendação ... mandado por fulano 
de tal: ...
Dino Preti (Org.) – Análise de textos orais 
(NURC/SP 062, linhas 913-922) – (1993).
Na transcrição de fala, percebemos várias estruturas 
sintáticas fragmentadas, embora consigamos interpretar 
adequadamente o sentido da conversa. A respeito do re-
ferido processo de fragmentação, sua presença na fala 
revela
A característica do planejamento e execução simultâ-
nea de um discurso.
B falta de coesão e coerência na apresentação das ideias.
C nível de afetividade entre os falantes, dispensando for-
malidades.
D desconhecimento das regras de sintaxe da norma-padrão.
E que os interlocutores possuem poucos anos de escola-
ridade.
QUESTÃO 38
Educação Física é jogo?
“Mestre, hoje é física ou bola?” Essa pergunta, muito ou-
vida por professores de Educação Física, leva-nos a uma 
série de reflexões. Por “física”, os estudantes entendem 
que se trata de uma aula de ginástica, com uma série de 
exercícios, não muito bem assimilados, geralmente analí-
ticos. “Bola”, para eles, é um jogo – quase sempre futebol 
ou queimada – que, assim como a “física”, são peças iso-
ladas de um complicado quebra-cabeças difícil de montar. 
O jogo, no que interessa ao momento desta análise, não 
pode ser reduzido à ideia de “bola”. Jogando, mais do que 
em qualquer outra atividade, as pessoas têm oportunida-
de de se reconstituírem como tais, reintegrando o cog-
nitivo, psicomotor e afetivo-social num todo que muitos 
teimam em negar.
Seguramente, o jogo traduz a mais autêntica manifesta-
ção do ser humano. Apesar de não ficar restrito ao âm-
bito da Educação Física, nela, o jogo tem oportunidade 
de se manifestar em toda a sua plenitude. Por intermédio 
do jogo, as pessoas aprendem a se relacionar utilizando 
normas que emanam do próprio convívio, identificando 
espontânea e democraticamente a necessidade da elabo-
ração de um código de direitos e deveres.
Vitor Marinho de Oliveira – O que é Educação Física. (1994).
A partir da leitura do texto, que trata das relações entre a 
disciplina de Educação Física e a ideia de jogo enquanto 
manifestação do indivíduo, podemos inferir que
A a confusão entre física e jogo ocorre por nunca terem 
sido historicamente separados.
B o jogo, por traduzir melhor o ser humano, seria mais 
relevante do que a física.
C a noção de jogo não apresenta vínculos com a física, 
exceto em espaço escolar.
D a ideia de jogo só faz sentido quando está atrelada ao 
contexto esportivo.
E a Educação Física tem a capacidade de potencializar 
aquilo que é inerente ao jogo.
16 LC - 1º dia 
QUESTÃO 39
Texto I
Em Emiliano Di Cavalcanti, encontrou a pintura um de 
seus maiores e mais originais intérpretes: sensual e ex-
pressivo, o fabuloso artista – numa carreira de mais de 50 
anos –, vem criando mitos visuais que hão de permanecer 
como outros tantos pontos altos da arte nacional.
José Roberto Teixeira Leite (crítica de 1973).
Texto II
Di Cavalcanti – Nascimento de Vênus (1940).
Na pintura de Di Cavalcanti, conseguimos perceber a 
ideia de “mitos visuais” a que se refere o texto I pelo fato 
de ela apresentar
A a nudez brasileira como contraponto histórico ao nu 
produzido na Europa.
B os traços cubistas que retratam com detalhe aspectos 
da miscigenação brasileira.
C uma releitura de uma obra clássica adaptada a uma 
contextualização nacional.
D o drama da pobreza que recaía sobre a sociedade bra-
sileira da década de 1940.
E a união das mulheres brasileiras numa luta pela liber-
dade de seus corpos.
QUESTÃO 40
Dadinho nasceu na favela Macedo Sobrinho em 1955. Era 
o segundo de uma família de três filhos. Ficou órfão de pai 
aos quatro anos de idade, seu genitor morrera afogado 
numa pescaria em Botafogo, deixando a família em apu-
ros por nunca ter tido emprego oficializado. A mãe, obri-
gada a trabalhar fora, deixou os filhos sob os cuidados de 
parentes. O bandido foi criado pela madrinha na casa de 
sua patroa, no Jardim Botânico. A comadre, porém, não 
teve pulso para insistir em sua permanência na escola. 
Ele mal frequentou a primeira série primária, pois ia unifor-
mizado para a Macedo Sobrinho, onde passava o dia em 
brincadeiras de rua. Os vizinhos informavam à sua mãe, 
que, por sua vez, falava com a comadre sobre a vida do 
menino, mas nada disso surtia efeito. Ela alegava que já 
tinha pedido à patroa para buscá-lo e levá-lo à escola, 
mas esta negava, jogando-lhe na cara que já havia sido 
muito generosa em deixá-lo viver em sua casa, mais do 
que isso não poderia fazer. A comadre não tinha tempo 
para seguir os passos dele durante o dia, quando se en-
tregava às brincadeiras pueris e a ser avião de malandros. 
A mãe lamentava: “Os ricos nunca dão a ajuda completa!”.
Dadinho gostava de levar armas até perto do local a ser 
assaltado e entregá-las aos bandidos. Entretanto a sua 
mentalidade de menino de seis anos de idade não discer-
nia o que estava fazendo. Sabia que era errado, mas ter 
sempre um trocado no bolso para guloseimas, figurinhas 
dos álbuns de times de futebol, as pipas, a linha, as bolas 
de gude e o pião valia a pena.
Paulo Lins – Cidade de Deus (2002).
Por meio do fragmento retirado do livro de Paulo Lins, 
conseguimos identificar umapontamento crítico a respeito 
A dos nexos existentes entre a desigualdade social e a 
criminalidade.
B da ausência de suporte familiar como origem da forma-
ção de violência.
C do estabelecimento da marginalidade pela exploração 
da inocência infantil.
D da relação inevitável entre delinquência e privação do 
espaço escolar.
E da falta de disposição dos grupos mais abastados em 
oferecer qualquer ajuda.
QUESTÃO 41
BOCA DE OURO (exultante e feroz) – Quero uma boca 
todinha de ouro!
DENTISTA (no seu riso ofegante) – Em cima e embaixo?
BOCA DE OURO (feroz) – Tudo!
DENTISTA – Mas olha: não diz que fui eu, porque os meus 
colegas vão achar um serviço porco! Muito feio!
BOCA DE OURO (assombrado) – Feio?
DENTISTA – De mau gosto.
BOCA DE OURO (feroz) – Quem acha ouro feio é burro!
DENTISTA (apavorado) – Senta!
BOCA DE OURO – É uma besta! Doutor, o senhor não 
entende! Ninguém entende! Mas desde garotinho – eu era 
moleque de pé no chão – desde garotinho que quero ter 
uma boca de ouro...
DENTISTA – Abre a boca!
[...]
Nelson Rodrigues – Boca de Ouro.
As rubricas entre parênteses, como as trazidas no trecho 
de Nelson Rodrigues, em uma atuação teatral, constituem
A um elemento secundário, porque são irrelevantes para 
o texto ou para a encenação.
B uma possibilidade, porque o texto pode ser mudado, 
assim como outros elementos.
C uma exigência, porque elas determinam as caracterís-
ticas inerentes ao texto dramático.
D uma necessidade, porque as encenações precisam 
ser sempre fiéis às diretrizes do autor.
E uma imposição, porque elas bloqueiam a autonomia 
de possíveis encenações futuras.
17 LC - 1º dia 
QUESTÃO 42
Texto I
Kevin Carter – Sudão (1993).
Texto II
A ideia de verdade fotográfica é retórica. Por mais convin-
cente que possa ser uma imagem, ela só comunica uma 
mensagem que seja respaldada por um contexto social, 
político, econômico, cultural e editorial. O ceticismo cres-
cente no fim do século XX quanto à objetividade da evi-
dência fotográfica fez com que fosse reconhecida a ten-
são entre o registro neutro da câmera e o envolvimento do 
fotógrafo. Em outras palavras, o poder de uma represen-
tação fotográfica da realidade depende intrinsecamente 
do controle visual estratégico exercido pelo fotógrafo ao 
codificar a verdade em sua mensagem visual.
Chantal Fabres – Tudo sobre fotografia (2018).
Na fotografia de Kevin Carter, o “controle visual estratégi-
co exercido pelo fotógrafo ao codificar a verdade em sua 
mensagem visual” a que se refere o texto II manifesta-se 
na ideia de que
A o registro deve abordar sempre histórias de padeci-
mento humano.
B a força imagética se constrói por um gesto de intencio-
nalidade.
C a imagem deve ser fruto de um procedimento arbitrário 
do autor.
D o registro deve ser pautado por uma ideia de verossi-
milhança.
E o cenário da imagem deve ser previamente preparado 
pelo autor.
QUESTÃO 43
A padronização das práticas esportivas e o estabeleci-
mento de suas regras de maneira rígida, sem possibilida-
des de qualquer contestação e/ou reflexão, contribuíam 
para a desmobilização de resistências, para o desenvol-
vimento da ideia de que questionar e quebrar regras são 
atitudes que impedem a organização e estabilidade so-
cial. Utilizou-se o esporte como estratégia educativa para 
o ocultamento e/ou mascaramento das lutas sociais.
Vários autores – Educação Física. 2. edição. 
Curitiba: SEED-PR, 2008. 248 p. Disponível em: 
<www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/
livro_didatico/edfisica.pdf>. Acesso em: jan. 2020.
A Educação Física é uma área do conhecimento huma-
no ligada às práticas corporais, historicamente produ-
zidas pela humanidade. A leitura do fragmento de texto 
apresentado nos permite inferir que as práticas em torno 
dessa disciplina apresentam também relevância histórica, 
especialmente pelo fato de
A o sistema organizacional do esporte empreender re-
gras que contribuíram para a formação educacional 
dos indivíduos.
B a regulação das atividades esportivas ter sido relevan-
te para impulsionar ações de mobilização social.
C a organização esportiva ter impedido propriamente o 
estabelecimento de qualquer ação vinculada a lutas 
sociais.
D a estruturação das normas esportivas revelar para a 
sociedade a necessidade de se preservar uma harmo-
nia coletiva.
E as ações organizativas da disciplina revelarem víncu-
los entre prática esportiva e fenômenos de opressão 
social.
QUESTÃO 44
VOU PARA COZINHA ASSAR
40 DÚZIAS DE BISCOITOS.
PREPARE ALGO PARA
VOCÊ TAMBÉM!
Jim Davis. Garfield, 2582 tiras. L&PM, 2009. 
O efeito de humor na tirinha é promovido especialmente 
por conta
A da distração inicial do gato em relação à empolgação 
de seu dono.
B do quadrinho central da tira, em que notamos a formu-
lação de uma ideia.
C de um jogo polissêmico existente na palavra “prepa-
rar”, no último quadrinho.
D do surgimento de um pensamento inesperado, na últi-
ma fala da tirinha.
E da incoerência entre a fala e possibilidade de ação 
dentro do gênero.
18 LC - 1º dia 
QUESTÃO 45
Texto I
Sandro Botticelli – O nascimento de Vênus (1483).
Texto II
O Nascimento de Vênus (Nascita di Venere, em italiano) é 
uma obra do artista renascentista Sandro Botticelli (1445-
1510). Produzida entre 1484 e 1486, trata-se de uma das 
pinturas mais emblemáticas do Renascimento italiano. 
Atualmente, a obra está exposta na Galleria degli Uffizi, 
em Florença, na Itália. Segue sendo uma das mais famo-
sas do mundo e com inúmeras reproduções.
[...]
Caracterizada como uma obra neoplatônica, Botticelli uti-
lizou a técnica da têmpera sobre madeira. As dimensões 
do quadro são de 172,5 cm por 278,5 cm.
Inspirada na mitologia romana, Vênus aparece nua no 
centro da pintura sobre uma grande concha, que, por sua 
vez, está repousada sobre a água do mar. Observe que 
Vênus está banhada de luz exaltando a pureza da alma 
da deusa.
Mediante traços bem delineados e finamente requintados, 
podemos notar a busca pela beleza clássica e ideal.
[...]
Inspirados também na mitologia romana estão o deus ala-
do Zéfiro, personificação do vento do Oeste, segurando 
docemente a ninfa Clóris. Enquanto ele assopra com o 
intuito de empurrar a deusa para as margens das águas, 
diversas flores envolvem o casal.
(Disponível em: <www.todamateria.com.br/o-
nascimento-de-venus>. Acesso em: jan. 2020.
As características referidas no texto, a respeito da obra de 
Sandro Botticelli, também estão presentes na arte literária 
portuguesa e associadas ao período conhecido como
A Humanismo, em que se destacava o teatro pagão do 
escritor Gil Vicente.
B Classicismo, representado especialmente pela epo-
peia camoniana.
C Humanismo, tornando-se notórias nos textos líricos de 
Fernão Lopes.
D Classicismo, ganhando relevância histórica na obra do 
italiano Sá de Miranda.
E Maneirismo, tendo como obra representativa O velho 
da horta, de Gil Vicente.
19 LC - 1º dia 
INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO
 § O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
 § O texto definitivo deve ser escrito a tinta, na folha própria, em 30 linhas.
 § A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copia-
das desconsiderado para efeito de correção.
Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
 § tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “texto insuficiente”.
 § fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo.
 § apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos.
 § apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto.
Texto I
Brasil é o país mais deprimido e ansioso da América latina
Um relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde analisou como anda a saúde mental no globo. E os nossos 
resultados são especialmente preocupantes.
Nos últimos dez anos, o número de pessoas com depressão aumentou 18,4% — hoje, isso corresponde a 322milhões 
de indivíduos, ou 4,4% da população da Terra. Os dados vieram à tona em um relatório recente realizado pela Organi-
zação Mundial da Saúde (OMS).
O Brasil também é campeão mundial no índice de ansiedade: 9,3% da população manifesta o quadro. Essa disfunção 
engloba várias outras, como ataques de pânico, transtorno obsessivo-compulsivo, fobias e estresse pós-traumático.
O sexo feminino é o que mais sente as consequências — 7,7% das mulheres são ansiosas e 5,1% são depressivas. 
Quando se trata dos homens, a porcentagem cai para 3,6% em ambos os casos.
Fonte: <https://saude.abril.com.br/mente-saudavel/brasil-e-o-pais-mais-deprimido-e-ansioso-da-america-latina>. (10.08.2018)
Texto II
PREVALÊNCIA DE ANSIEDADE
Por região da OMS, em % das populações
1990
8%
7
6
Américas
Europa
Leste do
Mediterrâneo
Sudeste Asiático
Oeste do
Pacífico
África
5
4
3
2
1995 2000 2005 2010 2015
Fonte: Global Burden of Disease Study, 2015 - OMS (Organização Mundial da Saúde)
Texto III
Fonte: <https://suburbanodigital.blogspot.com/2019/08/charge-de-joao-montanaro-ansiedade-e-tecnologia.html>.
20 LC - 1º dia 
Texto IV
De alguma forma, observa o psiquiatra, o aumento na violência urbana no país pode estar refletido nos resultados da 
OMS, porque o chamado estresse pós-traumático, que pode acometer quem é vítima de um ato violento ou ameaça 
grave, vem sendo notado nos consultórios. Trata-se de um distúrbio de ansiedade catalogado na Classificação Estatís-
tica Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID), geralmente considerada pela OMS em 
suas avaliações.
Num contexto social em que as ocorrências (e por consequência, as notícias) sobre assaltos e homicídios entram para 
a rotina da população, fica fácil suspeitar que a violência tenha deixado sua marca na saúde mental dos brasileiros que, 
somente em 2010, de acordo com o último Boletim do Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados 
da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), consumiram 10,59 milhões de unidades de Rivotril e 4,4 milhões 
de unidades de Lexotan, os dois ansiolíticos mais vendidos no país.
Se estamos no topo do mundo em taxas de transtornos de ansiedade, isso já seria motivo suficiente para estender aos 
distúrbios mentais a atenção que outros problemas de saúde foram ganhando ao longo dos anos. O Brasil melhorou 
sua estrutura, chegou a participar de eventos da própria OMS em que apresentou como montou sua rede pública de 
atendimento psicossocial e os desafios enfrentados nessa caminhada. Mas ainda é preciso melhorar a prevenção 
desses transtornos.
Fonte: <https://gauchazh.clicrbs.com.br/saude/vida/noticia/2017/03/saiba-por-que-os-brasileiros-
sao-os-mais-ansiosos-do-mundo-9750651.html>. Adaptado (17.03.2017).
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija 
um texto dissertativo-argumentativo, em modalidade escrita formal da Língua Portuguesa sobre o tema OS DESAFIOS 
NO COMBATE À ANSIEDADE NO BRASIL, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. 
Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
CIÊNCIAS HUMANAS E 
SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 46 a 90
21 CH - 1º dia 
QUESTÃO 46
O Egito é visitado anualmente por milhões de turistas de 
todos os quadrantes do Planeta, desejosos de ver com os 
próprios olhos a grandiosidade do poder esculpida em pe-
dra há milênios: as pirâmides de Gizé, as tumbas do Vale 
dos Reis e os numerosos templos construídos ao longo 
do Nilo.
Durante o auge da civilização egípcia, a construção de 
grandes monumentos tinha como finalidade
A exaltar as instituições políticas que culminariam no sur-
gimento da democracia.
B valorizar a população egípcia, contrastando com as 
demais sociedades africanas.
C determinar a passagem de uma dinastia e o início de 
uma nova era.
D reconhecer a opulência dos faraós e das baixa classes 
sacerdotais.
E representar o poder faraônico sobre grandes contin-
gentes populacionais.
QUESTÃO 47
Os andróginos tentaram escalar o céu para combater os 
deuses. No entanto, os deuses, em um primeiro momen-
to, pensam em matá-los de forma sumária. Depois deci-
dem puni-los da forma mais cruel: dividem-nos em dois. 
Por exemplo, é como se pegássemos um ovo cozido e, 
com uma linha, dividíssemos ao meio. Desta forma, até 
hoje as metades separadas buscam reunir-se. Cada um 
com saudade de sua metade, tenta juntar-se novamente a 
ela, abraçando-se, enlaçando-se um ao outro, desejando 
formar um único ser.
PLATÃO. O banquete. São Paulo: Nova Cultural, 1987.
No trecho da obra O banquete, Platão entende o amor 
como
A ausência constituinte do ser humano.
B prazer perene como fundamento da felicidade.
C ideal inteligível como transcendência desejada.
D uma predestinação de duas almas.
E bem supremo como fim do homem.
QUESTÃO 48
A página inicial do Google no Brasil amanheceu nesta 
quarta-feira, 20, com um novo Doodle. A arte que substi-
tuiu o logotipo tradicional da empresa hoje celebra o equi-
nócio de outono, fenômeno que marca o fim do verão e o 
começo de uma nova estação no hemisfério Sul.
Disponível em: <https://olhardigital.com.br/noticia/
equinocio-de-outono-e-o-tema-do-doodle-do-google-
desta-quarta-20/83878>. Acesso em: 25 mar. 2019.
Com relação ao equinócio de outono no hemisfério Sul, 
podemos afirmar que
A a radiação solar está incidindo perpendicularmente so-
bre o trópico de Câncer.
B a radiação solar está incidindo perpendicularmente so-
bre o equador, iluminado mais o hemisfério Sul.
C a radiação solar está incidindo perpendicularmente so-
bre o trópico de Capricórnio.
D a radiação solar está incidindo perpendicularmente so-
bre o equador, iluminando os dois hemisférios igual-
mente.
E a radiação solar está incidindo perpendicularmente so-
bre o equador, iluminando mais o hemisfério Norte.
QUESTÃO 49
O fenômeno da escravidão, ou seja, da imposição do tra-
balho compulsório a um indivíduo ou a uma coletividade, 
por parte de outro indivíduo ou coletividade, é algo muito 
antigo e, nesses termos, acompanhou a história da Anti-
guidade até o século XIX.
Nesse sentido, a escravidão na Idade Antiga era marcada 
pelo(a)
A caráter étnico.
B economia agroexportadora.
C desqualificação dos escravos.
D guerra e dívidas.
E comércio ultramarino de cativos.
QUESTÃO 50
Enquanto o pensamento de santo Agostinho representa 
o desenvolvimento de uma filosofia cristã inspirada em 
Platão, o pensamento de são Tomás reabilita a filosofia 
de Aristóteles – até então vista sob suspeita pela Igreja –, 
mostrando ser possível desenvolver uma leitura de Aris-
tóteles compatível com a doutrina cristã. O aristotelismo 
de são Tomás abriu caminho para o estudo da obra aris-
totélica e separa a legitimação do interesse pelas ciências 
naturais, um dos principais motivos do interesse por Aris-
tóteles nesse período.
MARCONDES, D. Textos básicos de 
filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 2005. 
A Igreja católica, por muito tempo, percebeu a incompati-
bilidade da obra de Aristóteles com os fundamentos cris-
tãos, pelo fato de a obra aristotélica
A declarar a inexistência de Deus, colocando em dúvida 
toda a moral religiosa.
B criticar a Igreja católica, instigando a criação de outras 
instituições religiosas.
C evocar pensamentos de religiões orientais, minando a 
expansão do cristianismo.
D contribuir para o desenvolvimento de sentimentos an-
tirreligiosos, seguindo sua teoria política.
E dar primazia ao mundo material em detrimento do pla-
no metafísico.
22 CH - 1º dia 
QUESTÃO 51
A 25ª Conferência do Clima (COP 25) da Organização das 
Nações Unidas (ONU), começou no dia 2 de dezembro de 
2019, na cidade de Madrid, Espanha, após sua sede ter 
sido mudada, devido aos protestos em Santiago, no Chile, 
que iria receber a conferência. A comitiva brasileira saiu 
de Madrid, de volta para o Brasília,às 17h da tarde, horário 
local, do dia 13 de dezembro. Sabendo que a viagem dura 
10h e que Madrid está localizada no fuso GMT +1, o horário 
e o dia em que a comitiva chegou à Brasília (GMT -3), são 
respectivamente,
A 00h, 14 de dezembro.
B 23h, 13 de dezembro.
C 22h, 13 de dezembro.
D 01h, 14 de dezembro.
E 05h, 14 de dezembro.
QUESTÃO 52
No período 750-338 a.C., a Grécia antiga era composta 
por cidades-Estado, como Atenas, Esparta e Tebas, que 
eram independentes umas das outras, mas partilhavam 
algumas características culturais, como a língua grega. No 
centro da Grécia, Delfos era um lugar de culto religioso, 
frequentado por habitantes de todas as cidades-Estado.
No período 1200-1600 d.C., na parte da Amazônia bra-
sileira, onde hoje está o Parque Nacional do Xingu, há 
vestígios de quinze cidades que eram cercadas por mu-
ros de madeira e que tinham até 2.500 habitantes cada 
uma. Essas cidades eram ligadas por estradas a centros 
cerimoniais com grandes praças. Em torno delas, havia 
roças, pomares e tanques para a criação de tartarugas. 
Aparentemente, epidemias dizimaram grande parte da 
população que lá vivia.
Folha de S.Paulo, ago. 2008 (adaptado).
Apesar das diferenças históricas e geográficas existentes 
entre as duas civilizações, elas são semelhantes, pois
A ergueram cidades autônomas e independentes entre 
si.
B tiveram suas populações e culturas dizimadas por con-
quistadores de outras civilizações.
C desenvolveram sistemas políticos fundamentados na 
participação do cidadão na vida pública.
D construíram os núcleos urbanos em zonas litorâneas, 
evitando a ocupação continental.
E produziram modelos de organização e administração 
pública herdados pelas civilizações ocidentais.
QUESTÃO 53
A sociologia ainda não ultrapassou a era das construções 
e a das sínteses filosóficas. Em vez de assumir a tarefa de 
lançar luz sobre uma parcela restrita do campo social, ela 
prefere buscar as brilhantes generalidades em que todas 
as questões são levantadas sem que nenhuma seja ex-
pressamente tratada. Não é com exames sumários e por 
meio de intuições rápidas que se pode chegar a descobrir 
as leis de uma realidade tão complexa. Sobretudo, gene-
ralizações às vezes tão amplas e tão apressadas não são 
suscetíveis de nenhum tipo de prova.
DURKHEIM, E. O suicídio: estudo de sociologia. 
São Paulo: Martins Fontes, 2000.
O texto de Èmile Durkheim expressa a falta da sociologia 
em construir um método pautado em
A especulações e suposições filosóficas sobre os fatos 
sociais.
B reunião de percepções intuitivas para demonstração.
C investigações com base em dados empíricos da realida-
de que objetiva adesão aos padrões de investigação.
D formulação de hipóteses subjetivas sobre a vida social.
E incorporação de um conhecimento alimentado pelo en-
gajamento político.
QUESTÃO 54
Com o objetivo de aperfeiçoar as características da proje-
ção de Mercator nas superfícies das regiões de alta latitu-
de, Arthur H. Robinson criou a sua projeção, em 1963. É 
uma projeção que não preserva as áreas, as formas ou as 
distâncias, porém, as distorções não são muito extremas, 
produzindo, assim, um planisfério bem equilibrado em 
termos visuais. Nesta projeção, os meridianos são linhas 
curvas e os paralelos são linhas retas.
A propriedade de uma projeção cartográfica tem como ob-
jetivo minimizar as deformações ocorridas pela planifica-
ção da superfície terrestre, no que diz respeito às áreas, 
às distâncias e aos ângulos, mas nunca aos três ao mes-
mo tempo. De acordo com as propriedades, esta projeção 
pode ser classificada como
A conforme.
B equivalente.
C equidistante.
D afilática.
E assimétrica.
QUESTÃO 55
Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas
Vivem pros seus maridos
Orgulho e raça de Atenas.
BUARQUE, C.; BOAL, A. Mulheres de Atenas. In: 
Meus caros Amigos, 1976. Disponível em: http://letras.
terra.com.br. Acesso em: 4 dez. 2011 (fragmento).
A condição das mulheres atenienses, durante a Antiguida-
de Clássica, está relacionada à(ao)
A função pedagógica, responsáveis por inaugurar os fun-
damentos teóricos da pedagogia.
B participação indireta na vida pública, restrita aos ho-
mens, através de pressões e movimentos populares.
C afastamento das funções domésticas em períodos de 
guerra.
D igualdade no exercício de cargos públicos.
E educação para a vida doméstica desde a infância rea-
lizada nos gineceus.
23 CH - 1º dia 
QUESTÃO 56
Demócrito julga que a natureza das coisas eternas são 
pequenas substâncias infinitas, em grande número. E jul-
ga que as substâncias são tão pequenas que fogem às 
nossas percepções. E lhes são inerentes formas de toda 
espécie, figuras de toda espécie e diferenças em grande-
za. Destas, então, engendram-se e combinam-se todos 
os volumes visíveis e perceptíveis.
SIMPLÍCIO. Do Céu (DK 68 a 37). In: Os pré-socráticos. 
São Paulo: Nova Cultural, 1996 (adaptado).
A Demócrito atribui-se a origem do conceito de átomo. So-
bre este conceito, o autor entendia ser
A o princípio móvel do universo, o apeiron.
B a qualidade única dos seres, a essência.
C a quantidade variante da massa, o corpus.
D a porção mínima da matéria, que constitui o cosmos.
E o substrato constitutivo dos elementos, a physis.
QUESTÃO 57
Veja abaixo o mapa de temperatura da superfície do mu-
nicípio de São Paulo.
Disponível em: <www.researchgate.net/figure/Figura-2-
Mapa-da-temperatura-da-superficie-do-municipio-de-Sao-
Paulo_fig1_302919977>. Acesso em: 17 dez. 2019.
A cidade de São Paulo possui uma grande variedade cli-
mática. As zonas Norte e Sul, por exemplo, possuem tem-
peraturas mais baixas que a parte central da cidade. Para 
explicar essa diferença entre as regiões, o fator climático 
determinante
A é a altitude, que forma barreiras naturais.
B é a vegetação, que altera o albedo da superfície.
C é a continentalidade, que influencia na amplitude da 
temperatura.
D são as massas de ar, que atuam na troca de calor.
E são as correntes marítimas, que atuam na troca de calor.
QUESTÃO 58
Disponível em: <www.metmuseum.org>. 
Acesso em: 14 set. 2011. (Foto: Enem)
A figura apresentada é de um mosaico, produzido por vol-
ta do ano 300 d.C., encontrado na cidade de Lod, atual 
Estado de Israel. Nela, encontram-se elementos que re-
presentam a cultura romana, associada à(ao)
A conquista do mar Mediterrâneo, Mare Nostrum.
B exaltação da superioridade étnica.
C variedade dos territórios sob o domínio de Roma.
D empirismo, aperfeiçoamento dos estudos em zoologia.
E utilização de animais selvagens em exibições públicas 
nos anfiteatros.
QUESTÃO 59
Na antiga Vila de São José del Rei, a atual cidade de Ti-
radentes (MG), na primeira metade do século XVIII, mais 
de cinco mil escravos trabalhavam na mineração aurífera. 
Construíram sua capela, dedicada a Nossa Senhora do 
Rosário. Na fachada, colocaram um oratório com a ima-
gem de São Benedito. A comunidade do século XVIII era 
organizada mediante a cor, por isso cada grupo tinha sua 
irmandade: a dos brancos, dos crioulos, dos mulatos, dos 
pardos. Em cada localidade se construía uma igreja de-
dicada a Nossa Senhora do Rosário. Com a decadência 
da mineração, a população negra foi levada para arraiais 
com atividades lucrativas diversas. Eles se foram e ficou a 
igreja. Mas, hoje, está sendo resgatada a festa do Rosário 
e o Terno de Congado.
CRUZ, L. Fé e identidade cultural. Disponível em: <www.
revistadehistoriacom.br>. Acesso em: 4 jul. 2012.
A retomada recente das festividades na cidade mineira de 
Tiradentes tem como objetivo
A a reunião dos elementos constitutivos da história eco-
nômica regional.
B retomar a veneração católica aos valores do passado 
colonial.
C o resgate da cultura afrodescendente e suas tradições 
religiosas.
D combater o preconceito contra os adeptos do catolicis-
mo popular.
E produzir eventos turísticos voltados a religiões de ori-
gem africana.
24 CH - 1º dia 
QUESTÃO 60
Precipitação