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3 Unidade I - Histórico - Uso dos recursos hídricos ao longo dos séculos Através de nossa história a utilização da água como meio de cura vem sendo descrita desde a civilização grega (por volta de 500 a.C.). Escolas de medicina foram criadas próximas as estações de banho e fontes, desenvolvendo, assim, as técnicas aquáticas e suas utilizações no tratamento físico específico. Hipócrates já utilizava a hidroterapia para pacientes com doenças reumáticas, neurológicas, icterícia, assim como tratamento de imersão para espasmos musculares e doenças articulares (460-375 a.C.). Já os romanos utilizavam os banhos para higiene e prevenção de lesões nos atletas. Esses banhos de temperatura variada evoluíam desde muito quentes (caldarium) a mornos (tepidarium) até mais frios (frigidarium). Com o tempo, esses banhos deixaram de ser de uso exclusivo dos atletas e se tornaram centros para a saúde, higiene, repouso e atividades intelectuais, recreativas e de exercícios, de acesso a coletividade. Em meados de 330 d.C., a finalidade principal dos banhos romanos era curar e tratar doenças reumáticas, paralisias e lesões. Com o declínio do Império Romano, o uso do célebre sistema de banhos caíram em ruína ao longo de décadas e por volta do ano 500 d.C. foram extintos. Na idade média, com a influência da religião que considerava o uso das forças físicas e os banhos de água um ato pagão, teve um declínio ainda maior, persistindo até o século XV, quando houve um ligeiro ressurgimento. O uso terapêutico da água, no entanto, começou a aumentar gradualmente no início dos anos de 1700, quando um médico alemão Sigmund Hahn e seus filhos defenderam a utilização da água para tratamento de úlceras de pernas e outros problemas médicos. Essa nova conduta médica passa a chamar-se hidroterapia que, conforme a definição de Wyman e Glazer, consiste na aplicação de água sob qualquer forma para o tratamento de doenças. Baruch cita a Grã-Bretanha como o lugar de nascimento da hidroterapia científica, com a publicação dos primeiros trabalhos em 1697 por Sir John Floyer (“AnInquiry into the right use and abuse of hot, cold and temperate buths” – Uma investigação sobre o uso correto e o abuso dos banhos quentes, frios e temperados). Baruch acreditava que o tratamento de Floyer tenha influenciado os ensinamentos da “Heidelberg University”, através do professor Fridrich Hoffmann, que incluía as doutrinas de Floyer nos seus ensinamentos. Esses ensinamentos 4 foram levados para a França e Inglaterra pelo professor Currie, que elaborou vários trabalhos científicos sobre a hidroterapia. Embora o trabalho de Currie tenha sido pouco aceito na Inglaterra, o inverso aconteceu na Alemanha. John Wesley, o fundador do metodismo, escreveu um livro em 1747, enfocando a água como um meio curativo (“An easy and natural way of curing most diseases” – Uma maneira fácil e natural de curar a maioria das doenças). Os banhos de vapor quente, seguidos por banhos frios foram popularizados e se tornaram tradição, na cultura escandinava e na russa, durante muitas gerações. Em meados do século XIX o professor austríaco Winterwitz (1834-1912) fundou uma escola de hidroterapia e um centro de pesquisa em Viena, onde realizava estudos científicos que estabeleceram uma base fisiológica aceitável para a hidroterapia naquela época. Seus discípulos, particularmente Kelogg, Brixbaum e Strasser, trouxeram contribuições importantes para o estudo dos efeitos fisiológicos do calor e frio e sobre os termorreguladores do corpo na aplicação da hidroterapia clínica. Tais pesquisas serviram de impulso na instalação dos banhos de turbilhão e exercícios subaquáticos que entraram em uso regular só no começo do século XX. Um dos primeiros norte-americanos a dedicarem seus estudos a hidroterapia foi o dr. Simon Baruch. Realizou seus trabalhos a partir de estudos que fez com o dr. Wintirwitz, na Europa. Publicou livros como “O uso da água na medicina moderna” e “Princípios e prática da hidroterapia”. Foi o primeiro professor na Columbia University a ensinar a hidroterapia. A partir desta época, a água deixa de ser utilizada de uma forma passiva, através de banhos de imersão, e começa a ser utilizada de uma forma mais ativa, empregando a propriedade de flutuação para a realização de exercícios. Em 1898 o conceito de hidroginástica, que implica o uso de exercícios dentro da água, foi recomendado por von Reyden e Goldwater. Em 1928, o médico Walter Blount descreveu o uso de um tanque com turbilhão ativado por motor que ficou conhecido como “tanque de Hubbard”. Tal invenção foi criada para a execução de exercícios pelos pacientes na água e, por sua vez, trouxe para a Europa grande desenvolvimento de técnicas de tratamentos aquáticos, como o método dos anéis de Bad Ragaz e o método Halliwick(2). No Brasil a hidroterapia científica teve início na Santa Casa do Rio de Janeiro com banhos de água doce e salgada. Na época, a entrada principal da Santa Casa era banhada pelo mar (em meados de 1922). 5 Atualmente, o conteúdo de instrução em fisioterapia aquática nos programas acadêmicos de fisioterapia é uma prática cada vez mais freqüente, com um índice de 62% de inclusão no currículo de nível básico. Embora a reabilitação aquática venha realizando grandes avanços desde o começo do século XX é preciso intensificar ainda mais a utilização dessa prática terapêutica pelos profissionais da saúde que acreditam nos seus benefícios, estimulando a incorporação da reabilitação aquática nos programas de tratamento terapêutico. Unidade II - Projetos e Equipamentos de um Setor Aquático 2.1 Piscina As piscinas podem ser planejadas para “multiuso”, sendo maiores (22,3 m de comprimento e 13,5 m de largura) ou para atendimento individualizado, que seria uma piscina tipo “tanque” (até 3 por 3 m). A temperatura ideal para a piscina maior oscila entre 27º e 29ºC e para a menor entre 33º e 34ºC. A rampa que dá acesso à cadeira de rodas é necessária, assim como escadas internas com os degraus baixos e corrimões bilaterais para a segurança do usuário. O banco longo localizado ao lado da escada com hidrojatos posicionados em alturas variadas para massagear os diversos seguimentos corporais (coluna, ombros, joelhos) são utilizados. Os corrimões também são colocados ao longo das áreas delimitadas pela parede da piscina. Os tipos de elevadores são: hidráulico, elétrico, mecânico e pneumático e podem ser utilizados para facilitar o acesso do paciente à piscina. A profundidade da piscina varia entre 1,05 m e 1,35 m e é ideal para grande parte dos tipos de terapia (piscina tipo “tanque”). Entretanto, a profundidade de 2,10 m pode ser utilizada em piscinas maiores (tipo “multiuso”) que apresentam um fundo graduado, indo paulatinamente de uma profundidade menor (1,05 m) para uma maior (2,10 m)(10). 2.2 Vestiários Uma instalação bem planejada concede até 1,8 m² de vestiário por pessoa. Pia, toalete, tomadas para secadores de cabelo, balcões, bancos e armários são considerados comodidades mínimas. O piso indicado para estas áreas é o 6 texturizado e ou antiderrapante. Tapetes de náilon de alta densidade também podem ser colocados. 2.3 Materiais e equipamentos Os equipamentos utilizados para a hidroterapia oferecem suporte para a flutuação ou aumentam a intensidade de um exercício ou adicionam variedade a um programa Tornando-o mais agradável e diversificado. Os equipamentos de auxílio à flutuação geram um ambiente aquático mais confortável e seguro para o paciente. Eles são utilizados para obter posição correta do corpo, fornecer estabilidade, promover meio de tração, graduar forças compressivas, assistir movimentos e aumentar a resistência do movimento. Os equipamentos para exercícios aquáticos que intensificam a resistência normalmente são elaborados em cima de um aumento da áreade superfície que é puxada ou empurrada através da água. A quantidade de resistência é determinada por três fatores: o tamanho da peça e o espaço na água que a peça ocupa, proporcionando um arrasto maior ou menor; a forma que o objeto apresenta na água, variando a respectiva aerodinâmica; e a velocidade do movimento da peça na água. Os equipamentos mais utilizados de uma forma geral são: esteiras rolantes, equipamentos de acesso à piscina, equipamentos de flutuação, pesos, equipamentos de resistência baseado em arrasto, aquatoner, hidrotone, sistemas de amarração, estações de exercícios submersas, brinquedos e equipamentos recreativos, equipamentos de segurança, vestuário aquático e aparelhos de medição. 2.3.1 EQUIPAMENTOS FLUTUANTES 1. Para assistência – movimento deve ser executado a favor da flutuação 2. de apoio - servem de sustentação do cliente durante a sessão ou em determinados movimentos 3. para resistência – movimento deve se executado contra a ação da flutuação 7 2.3.2 EQUIPAMENTOS RESISTIVOS Este equipamento não tem flutuabililidade, atuam de acordo com sua área de superfície frontal 1. Para resistência – os movimentos devem ser executados contra a ação da resistência frontal ao movimento 2.3.3 EQUIPAMENTOS DE PESO 1. Devem ser utilizados como auxílio para clientes com muita flutuabilidade ou na transferência para a terapia em terra. 2. . Para resistência – os movimentos devem ser realizados contra a ação da gravidade. 2.3.4 EQUIPAMENTOS MISTOS 1. A utilização destes equipamentos está diretamente realizada com o objetivo do instrutor ou terapeuta. 2. São geralmente flutuantes e também resistivos 2.3.4 EQUIPAMENTOS CONSIDERADOS COM OUTROS 1. Exemplos de equipamentos considerados como outros: Step, bastão, emborrachados. 2.4 EQUIPES MULTIDISCIPLINARES Hoje no Brasil, é importante a presença de uma equipe multidisciplinar para o atendimento de maior qualidade formado por: Educador Físico, Fisioterapeuta, Psicólogo, Fonoaudiólogo, Terapeuta Ocupacional, assistente Social e Médico. Unidade III- PROPRIEDADES Físicas da água 3.1 Densidades Relativas Determina a capacidade de flutuar de um objeto ou corpo. A densidade da água é igual a 1, já a de um corpo humano é de 0,93, por isso ele flutua. 8 3.2 Flutuação É a força de sentido oposto ao da gravidade. Ou seja, ao inspirar, o indivíduo bóia e ao expirar ele afunda, pois com 5% da estrutura corporal acima da água, o corpo humano flutua. Essa propriedade é utilizada como resistência ao movimento, sobrecarga natural, estímulo à circulação periférica, fortalecimento da musculatura respiratória, facilitação do retorno venoso e participante do efeito massageador da água. 3.3 Pressões Hidrostáticas A água, como qualquer líquido, exerce pressão no objeto nela imerso. Se o objeto estiver em repouso (relaxamento), a pressão exercida em todos os planos será igual. Se o objeto estiver em movimento e a água também, ver-se-à a pressão reduzida bem como o empuxo, provocando certo afundamento que, se controlado, é parcial. Segundo a lei de Pascal, cada tipo de massa (corpo, líquido, gasoso ou sólido) recebe e transmite uma pressão determinada, dependendo da profundidade de imersão. Quanto maior a profundidade em que o corpo de encontra, maior será a pressão exercida sobre ele. Isto significa que um indivíduo em pé na água sofrerá maior pressão nos pés. A pressão hidrostática possui efeitos terapêuticos, promovendo aumento do débito cardíaco, aumento da pressão pleural e aumento da diurese .3.4 Viscosidade Está relacionada à coesão das moléculas de água, e quando as camadas do líquido são postas em movimento, essa atração cria resistência ao movimento. Unidade IV - Aspectos Biológicos da Terapia Aquática 4.1 Alterações cardiovasculares após imersão Ao entrar na piscina, os vasos cutâneos se constringem momentaneamente, causando aumento da resistência periférica e aumento momentâneo da pressão arterial. Mas durante a imersão as arteríolas dilatam-se ocorrendo uma diminuição 9 da resistência periférica, e por essa razão uma queda de PA. Logo, quanto maior a temperatura da água, menor deve ser o tempo de exposição. Deve-se chamar a atenção do estresse que o uso da água morna para reabilitação, os exercícios terapêuticos e o treinamento causam no sistema cardiovascular. A água numa temperatura de 34ºC estimula a circulação arterial periférica que melhora ainda mais durante os exercícios terapêuticos ativos. O estresso exercido no sistema circulatório e no coração e consideravelmente maior na água do que quando os exercícios terapêuticos são realizados fora dela. Alem disso, a PH exercido sobre o tórax e o estomago força o coração a trabalhar mais forte, devendo-se tomar cuidado com pessoas susceptíveis a ataques cardíacos. Em geral, o tratamento nestes casos não deve ultrapassar 20 minutos. 4.2 Efeitos da imersão na respiração Estando a água a uma temperatura aumentada(em torno de 33 a 36,5 ºC) haverá dilatação dos vasos sanguíneos, aumento do suprimento sanguíneos periférico e elevação da temperatura muscular, levando ao aumento do metabolismo da pele e músculos e, conseqüentemente, aumento do metabolismo geral e da freqüência respiratória. Haverá também uma atividade aumentada das glândulas sudoríparas e sebáceas a medida que a temperatura da pele se eleva. Sistema cardiorespiratorio. Se utilizada de uma forma adequada, a HT promovera melhora das condições cardiorespiratoria. De um modo geral, haverá: Melhora da capacidade aeróbica; Melhora nas trocas gasosas; Reeducação respiratória; Aumento no consumo de energia; Auxilio no retorno venoso; 10 4.3 Efeitos da imersão na excreção de sódio A resistência renal vascular diminui em aproximadamente um terço, a pressão renal venosa aumenta em aproximadamente duas vezes, e a excreção de sódio aumenta em dez vezes em indivíduos com o sódio corporal total normal. O aumento na excreção de sódio é um fenômeno dependente do tempo de imersão. A excreção de sódio aumenta também em função da profundidade, devido à alteração do volume sangüíneo total circulante. 4.4 Modificações fisiológicas e terapêuticas durante o exercício em água aquecida Muitos efeitos terapêuticos benéficos obtidos com a imersão na água aquecida (como o relaxamento, a analgesia, a redução do impacto e da agressão sobre as articulações) são associados aos efeitos possíveis de se obter com os exercícios realizados quando se exploram as diferentes propriedades físicas da água, tais como: 4.4.1 Preventivo: 1. Previne deformidades e atrofias; 2. Previne piora do quadro do paciente; 3. Diminui o impacto e a descarga de peso sobre as articulações. 4.4.2 Motor: 1. melhora da flexibilidade; 2. Trabalho de coordenação motora global, da agilidade e do ritmo; 3. Diminuição do tônus (diminuindo as referências fusais); 4. Reeducação dos músculos paralisados; 5. Facilitação do ortostatismo e da marcha; 6. Fortalecimento dos músculos(4,6). 4.4.3 Sensorial: 1. Estimula o equilíbrio, a noção de esquema corporal, a propriocepção e a noção espacial, já que a água é um meio instável; 2. Facilita as reações de endireitamento e equilíbrio, visto que não existe pontos de apoio e o paciente é obrigado a promover alterações posturais (flutuação e turbulência); 11 3. Diminui os estímulos proprioceptivos à medida que aumenta a profundidade, diminuindo a descarga de peso Unidade V - Indicações e Contra Indicações da Hidroterapia A hidroterapia é indicada para todas as áreas da fisioterapia que envolvam problemas de ordem traumato-ortopedicos, esportivos, neurológicos, reumáticos, cardiopatas, pneumopatas, estéticos, etc. 5.1 Indicações: As indicações mais comuns para um tratamento hidroterápicosão para os pacientes que apresentam os seguintes sinais e sintomas: Elevado nível de dor Edemas de extremidades Desvios da marcha Diminuição da mobilidade Fraqueza muscular generalizada Baixa resistência muscular Impossibilidade de sobrecarga nos membros inferiores Resistência cardiovascular diminuída Contraturas articulares Disfunções posturais Habilidades diminuídas Interação social do paciente 5.2 Contra Indicações: Infecções de pele (tinea pedis, tinea capitis etc) A água quente proporciona bom meio para proliferação de bactérias, portanto todas as infecções devem ser consideradas como contra indicação, especialmente as gastrointestinais. 12 Infecções transmitidas pela água tais como febre tifóide, cólera, poliomielite, bem como as doenças infecciosas especialmente relacionadas com crianças ( SKINNER) Clientes com capacidade vital inferior a 1 litro Incontinência fecal e urinária Epilépticos não controlados Qualquer tipo de feridas, ulceras aberta, etc devem ser cobertas por bandagem apropriada para o meio. Insuficiência cardíaca não controlada Doenças vasculares periféricas Doenças renais nas quais o paciente tenha dificuldade de ajustar-se a perdas hídricas. Unidade VI - Método dos Anéis de Bad Ragaz Bad Ragaz é uma cidade Suíça construída em torno de um spa de água morna natural, com três modernas piscinas cobertas. Em 1930 teve início a utilização deste spa para exercícios aquáticos. Tal técnica de exercícios se originou na Alemanha pelo dr. Knupfer Ipsen, cujo objetivo era promover a estabilização do tronco e das extremidades através de padrões de movimentos básicos e às vezes resistidos, realizados segundo os planos anatômicos. O paciente é posicionado em decúbito dorsal, com auxílio de flutuadores ou “anéis” no pescoço, pelve e tornozelos, é por isso que a técnica também é designada de “método dos anéis”. Em 1967, Bridgt Davis incorporou o método de facilitação neuromuscular proprioceptiva ao “método dos anéis”. Beatice Egger desenvolveu ainda mais esta técnica, publicando-a em Alemão. Atualmente, o método Bad Raggaz é constituído de técnicas de movimentos com padrões em planos anatômicos e diagonais, com resistência e estabilização fornecidos pelo terapeuta. O posicionamento do paciente em decúbito dorsal é mantido através de flutuadores nos seguimentos anatômicos já mencionados anteriormente. A técnica pode ser utilizada passiva ou ativamente em pacientes ortopédicos, reumáticos ou neurológicos. 13 6.1 Características: Uso das propriedades da água como turbulência e flutuações são usadas como suporte. Executar movimentos anatômicos, biomecânicos e fisiológicos das articulações e músculos em padrões funcionais. Trabalhar com o paciente individualmente. 6.2 Equipamentos: Colar cervical Flutuador pélvico Flutuador de tornozelos. 6.3 Objetivos Os objetivos terapêuticos incluem redução de tônus muscular, pré-treinamento de marcha, estabilização de tronco, fortalecimento muscular e melhora da amplitude articular. Aumentar a amplitude de movimento articular e a mobilidade dos tecidos nervosos e miofascial. Melhorar a função muscular e - Preparar os membros inferiores para a descarga de peso. Restaurar o padrão normal de movimento dos MMSS e MMII. 6.6 Técnica 6.6.1 Isotônica Neste exercício, a resistência é graduada e controlada pelo fisioterapeuta, o qual age como um estabilizador movendo-se a partir do movimento do paciente na água. O fisioterapeuta pode aumentar ou diminuir a resistência, movimentando o paciente na mesma direção (assistido), ou em direção oposta ao movimento (resistido). 14 6.6.2 Isocinética Neste exercício, a resistência é graduada e controlada pelo paciente, o fisioterapeuta atua como um fixador enquanto o paciente se movimenta. O fisioterapeuta fixa parte do corpo, enquanto o paciente determina a quantidade de resistência proporcionalmente à velocidade do movimento. 6.6.3 Passiva O paciente é movimentado na água, com a utilização dos padrões para relaxamento, alongamento de tronco e coluna e inibição de tônus. Utilizado principalmente em casos de dor ao se realizar o movimento ativo (analgésica) e para ganho de ADM. Também para ensinar o padrão ao paciente (propriocepção). 6.6.4 Isométrica O exercício isométrico na água é realizado quando o paciente mantém determinada posição, enquanto é movido na água. A posição do paciente é fixa, sendo que a água provê a resistência para a contração sustentada do paciente. Obs. Os padrões de MMSS e MMII podem ser realizados unilateralmente ou bilateralmente. Ainda em relação aos padrões bilaterais, podem ser simétricos ou assimétricos. 6.7 Indicações e Contra Indicações 6.7.1 Indicações: Condições ortopédicas e neurológicas, por exemplo pré e pós operatório, após fratura artrite reuamatóide, osteoartrite, espondilite anquilosante. Pacientes de cirurgias torácica, cardíaca e mamária. - Condições neurológicas Paraplegia Hemiplegia - Parkinson (com cautela). Condições neuromusculares - fortalecimento leve. - Lesões M.M.S e M.M.I. 15 Disfunções traumato-ortopédicos em que o paciente apresenta déficit cinético-funcional envolvendo ADM, ↑ força, dor, ler-dort, lombalgias. Doenças reumáticas (fibromialgias, artroses e artrites). Qualquer condição que envolva déficit de musculatura de tronco ou cinturas. Utilização juntamente com técnicas funcionais. Patologias ou condições de fraqueza de tronco, estabilidade proximal diminuída. Distrofia simpático reflexa. Lesões do Sistema Nervoso Central (SNC). Mostra excelente resposta aos movimentos passivos para alongamento, ganho de ADM, relaxamento e inibição de tônus. Exemplos: AVC, Parkinson, TCE, etc. 6.7.2 Contra-indicações e precauções: Programas devem ser planejados para evitar a fadiga dos pacientes (a liberdade da água pode encorajar atividades demasiadas). Pacientes que se encaixam nas contra-indicações da hidroterapia. Os pacientes recebem uma grande quantidade de estímulo vestibular durante o tratamento ( evite tonturas). Cautela durante o tratamento dos pacientes com condições agudas de coluna ou extremidades, devido a possibilidade de alongar demasiadamente articulações doloridas edemaciadas e com frouxidão. Pacientes com condições neurológicas onde exercícios ativos e resistidos aumentam a espasticidade em tronco ou membros ou na presença de hipertonia. Dor, quadros agudos e instabilidade articular. Posicionar-se adequadamente, utilizar mecânica correta. Evitar fadiga excessiva. Utilizar cuidadosamente as técnicas com pacientes espásticos. Monitorar o estímulo excessivo do aparelho vestibular. 16 Unidade VII - Método Halliwick O método Halliwick foi desenvolvido, em 1949, na Halliwick School for Girls, em Southgate, Londres. MC Millian, que foi o criador da técnica, desenvolveu inicialmente uma atividade recreativa que visava dar independência individual na água, para pacientes com incapacidade e treiná-los a nadar. Com o passar dos anos, ele foi aperfeiçoando seu método original e adotou técnicas adicionais que foram estabelecidas a partir dos seguintes princípios: • Adaptação ambiental: envolve o reconhecimento de duas forças, gravidade e empuxo que, combinados, levam ao movimento rotacional; • Restauração do equilíbrio: enfatiza a utilização de grandes padrões de movimento, principalmente com os braços, para mover o corpo em diferentes posturas e ao mesmo tempo, manter o equilíbrio; • Inibição: é a capacidade de criar e manter uma posição ou postura desejada, através da inibição de padrões posturais patológicos; • Facilitação: é a capacidade de criar um movimento que desejamos mentalmentee, controlá-lo fisicamente, por outros meios sem utilizar a flutuação. Tal aprendizado é graduado através de um “programa de dez pontos”, que utiliza a seqüência do desenvolvimento do movimento físico pelo córtex cerebral. Essas técnicas têm sido utilizadas para tratar terapeuticamente pacientes pediátricos ou adultos com diferentes alterações de desenvolvimento e disfunções neurológicas, na Europa e nos Estados Unidos da América do Norte. 7.1 Indicações e Contra Indicações 7.1.1 Indicações Ortopedia e Traumatologia - problemas da coluna vertebral, fraturas, pré e pós-operatórios, inflamações, praticantes de esportes de diversas modalidades, etc. Neurologia (adulto e infantil) - AVC, pré e pós-operatório, atraso no desenvolvimento motor, paralisia cerebral, Síndrome de Down, etc. Reumatologia - artrites, artroses, fibromialgia, etc. Ginecologia e Obstetrícia - Pré e pós parto, gestantes, etc. 17 Respiratória (adulto e infantil) - asma, DBPOC (doença bronco-pulmonar obstrutiva crônica), pré e pós operatório de lobotomia, etc. Geriatria - patologias diversas decorrentes ou não do envelhecimento. Síndromes Dolorosas e Síndromes Raras - das mais diversas Oncologia – pós mastectomia. Pediatria – deformidades de coluna, atrasos no desenvolvimento motor etc. Cardiologia – reabilitação cardíaca, pré e pós cirúrgico. 7.12 Contra Indicações Os programas devem ser planejados para evitar a fadiga dos pacientes (a liberdade da água pode encorajar atividades demasiadas). Pacientes que se encaixam nas contra-indicações da hidroterapia. Os pacientes recebem uma grande quantidade de estímulo vestibular durante o tratamento ( evite tonturas). Cautela durante o tratamento dos pacientes com condições agudas de coluna ou extremidades, devido a possibilidade de alongar demasiadamente articulações doloridas edemaciadas e com frouxidão. Pacientes com condições neurológicas onde exercícios ativos e resistidos aumentam a espasticidade em tronco ou membros ou na presença de hipertonia. Dor, quadros agudos e instabilidade articular. Posicionar-se adequadamente, utilizar mecânica correta. Evitar fadiga excessiva. Utilizar cuidadosamente as técnicas com pacientes espásticos. Unidade VIII - Método Watsu O Watsu, também conhecido como “Water Shiatsu”, aquashiatsu ou hidroshiatsu, foi criado por Harold Dull, em 1980. Tal técnica aplica os alongamentos e movimentos do shiatsu zen na água, incluindo alongamentos passivos, mobilização de articulações e “hara-trabalho”, bem como pressão sobre “tsubos” (acupontos) para equilibrar fluxos de energia através dos meridianos (caminhos de energia). Há dois tipos de posições no watsu: as posições simples e as complexas. 18 As simples incluem os movimentos básicos e de livre flutuação. As posições complexas são chamadas berços. O fluxo de transição do watsu consiste em: uma abertura, os movimentos básicos e três sessões: 1ª) berço de cabeça; 2ª) embaixo da perna distante, ombro e quadril; 3ª) berço da perna próxima e uma conclusão. Através da organização “Worldwide Aquatic Boby Work Association” (Associação Mundial de Trabalho Corporal Aquático), na Escola de Shiatsu e Massagem, localizada em Harbin Hot Springs, Middletown California - EUA, o autor da técnica, Harold Dull ministra e orienta cursos de watsu e outras técnicas de trabalho corporal. 8.1 Objetivos Relaxamento. Questões relacionadas aos músculos, como dores e também no aumento do desempenho muscular. Questões relacionadas a problemas na coluna vertebral. Questões psicológicas, como ansiedades e estresse possuem grandes resultados com a watsuterapia, aliado a psicologia. O trabalho com a gestação é muito interessante, proporcionando uma gestação tranqüila, segura e reforçando o auxilio e o resgate do trabalho natural do parto - gestantes. Obs: Atualmente desenvolvo um trabalho de pesquisa a respeito da gestação natural e parto natural. O trabalho com crianças vêm para demonstrar a sabedoria e facilitar no desenvolvimento físico e psicológico da criança. O trabalho com idosos, só vem reforçar os benefícios do watsu, já que está ajuda no condicionamento e em diversas questões da saúde que se faz presente na dita 3º idade. 8.2 Técnica O Watsu foi criado inicialmente para fins de relaxamento, sendo hoje utilizada também para auxiliar o tratamento de várias desordens neuromusculares e músculo- esqueléticas. A técnica tem como objetivo geral promover o profundo relaxamento, aliviando as tensões físicas e psíquicas geradas pelo estresse do cotidiano. Podemos citar também alguns objetivos específicos, como o alivio da dor muscular e articular, aumento da flexibilidade, funcionalização do tônus muscular, entre outros. 19 Os beneficiados pelo Watsu são pessoas com dores crônicas, enxaquecas, síndrome de pânico, depressão, insônia, déficits neurológicos e todas aquelas que desejam relaxar, absorvendo do ambiente tranqüilo e aconchegante o necessário para uma reflexão profunda. Outros beneficiados com esta terapia são as pessoas que têm problemas de insônia, depressão, estresse, fibromialgias, dores de cabeça, falta de disposição, sendo também de grande utilidade para gestantes e crianças, melhorando seus desempenhos e aquietando suas atividades prejudiciais. Trabalhando também com pacientes neurológicos, que muitas vezes apresentam limitações de amplitude secundária e restrições de tecidos moles, o que contribui para impedir a recuperação funcional, o Watsu é de grande utilidade na preparação das estruturas oesteomusculares para um melhor desempenho durante as atividades em solo. Diante dos inúmeros benefícios da watsuterapia, podemos desenvolver trabalhos semi direcionados, ou seja, sessões especificam para um objetivo qualquer, mas como as terapias naturais e corporais não agem apenas no ponto desejado temos uma resposta positiva em outras áreas, mesmo que essa não seja o motivo do trabalho. 8.3 Indicações e Contra Indicações Inicialmente são poucas as contra-indicações para o praticante, no qual o terapeuta estará sempre atento no caso de alguma impossibilidade, como no caso do praticante ou interagente estiver com febre, capacidade vital significativamente limitada, infecção urinária grave, feridas abertas, infecção transmissível por meio aquático, hemorragia cerebral recente. Durante a sessão são realizados em torno de 45 movimentos diferentes, respeitando o tempo de cada movimento de acordo com a necessidade do praticamente e a do terapeuta. A passagem de um movimentou ao outro ocorre de forma tranqüila sem que o praticante necessite se apoiar ou sair do estado de relaxamento o que mais uma vez permite ao praticante um estado meditativo. A água aquecida junto da flutuação faz com que a noção de limite e da forma do corpo esteja alterada, o que promove o relaxamento. Observando os princípios 20 físicos da água, como por exemplo, as seguintes leis: densidade, empuxo, pressão hidrostática, inércia, ação e reação e flutuação. Analisando esses princípios e unindo suas características, entendemos as qualidades terapêuticas da água. Um dos principias conceitos é a flutuação, que facilita o relaxamento muscular, a perda de tônus muscular, a descompressão da articulação e reduz a exigências do oxigênio, já que no estado de leveza que se atinge dentro da água, as exigências de oxigênio do corpo são diminuídas drasticamente, o que induz ao estado de calma e meditação. Realizando uma anamnese completa, descobre-se qual o caminho a ser percorrido, dando total liberdade para que o praticante sinalize qualquer incômodo durante a sessão, o que dá ao praticante ou interagente uma sensação de liberdade e por isso conforto. Não havendo necessidade de saber nadar, o alongamento flui de um movimento a outro e com todatranqüilidade, a confiança é atingida e o objetivo da terapia é alcançado. O terapeuta pode promover um relaxamento tão eficiente que abre espaço para um trabalho interior, podendo o praticante entrar em contato com sentimentos guardados. Os resultados, ao final da sessão, são individualizados, mas é certo que haverá uma espécie de renascimento, onde os olhos irão brilhar de tal forma que será possível ver refletida a sua essência. Unidade IX - Patologias Ortopédicas 9.1 Osteoporose A osteoporose é uma enfermidade crônica, multifatorial, relacionada à perda progressiva de massa óssea, geralmente de progressão assintomática até a ocorrência de fraturas. É um estado de insuficiência ou de falência óssea que surge com o envelhecimento, principalmente em mulheres a partir da sexta década. Os principais fatores de risco são história familiar, hipoestrogenismo, nuliparidade, sedentarismo, imobilização prolongada, baixa massa muscular em mulheres brancas ou asiáticas, dieta pobre em cálcio, tabagismo, uso crônico de costicoteróides, nticonvulsivantes, heparina e outros. 21 Na vigência de uma osteoporose mais grave com múltiplas fraturas e dor óssea, a reabilitação aquática oferece métodos com técnicas mais suaves, destinadas a aliviar a dor, aumentar a amplitude de movimento e proporcionar eventual fortalecimento. Após a fase aguda do quadro, ou seja, quando os locais de fraturas ou trincas estiverem bem consolidados, os movimentos mais vigorosos e exercícios mais intensos gerados pela resistência da água podem ser iniciados, assim como uma combinação de exercícios de sustentação parcial e completa de peso que provêm esforços mecânicos necessários para estimular a formação de massa óssea e minimizar a progressão da doença. 9.1.1 Objetivos 1. Alívio da dor; 2. Melhora da mobilidade; 3. Auxílio para enfrentar os efeitos psicossociais da doença; 4. Prevenção de perdas ósseas adicionais, tendo em vista a redução do risco de fratura. 9.2 Osteoartrite A osteoartrite é um processo induzido nas articulações por influências mecânicas, metabólicas e genéticas, causando perda de cartilagem e hipertrofia óssea. A perda progressiva da cartilagem articular e a recuperação inadequada levam a formação de osteófitos durante a remodelação óssea subcondral. Com a instalação lenta e progressiva da doença os sintomas de dor articular, rigidez, limitação de movimento, crepitação, edema e graus variáveis de inflamação surgem de maneira insindiosa. Os pacientes com alterações degenerativas das articulações das mãos, pés, coluna, quadril e/ou joelhos freqüente são encaminhados à hidroterapia devido aos benefícios da flutuação como: auxilio ao movimento, sustentação da articulação para possibilitar o movimento livre e, finalmente, a resistência ao movimento. Na osteoartrite também ocorrem deformidades articulares que levam a desequilíbrios compensatórios em outras articulações e músculos (p.ex:. o encurtamento aparente de uma perna causada por uma deformidade da articulação coxofemoral em flexão, adução e rotação lateral pode levar à uma alteração escoliótica lombar 22 compensatória). Portanto, o objetivo no tratamento da osteoartrite visa o alívio da dor e espasmos musculares, o fortalecimento dos músculos periarticulares, a mobilização de outras articulações envolvidas, o aumento da amplitude de movimento da articulação afetada e melhora do padrão da marcha. Unidade X - Patologias Reumáticas 10.1 Espondilite Ancilosante As síndromes espondilíticas ou espondiloartropatias soronegativas correspondem a um grupo de enfermidades que compartilham desordens multissistêmicas. Além de envolvimentos osteoartículo-musculares, como o processo inflamatório da coluna vertebral, das articulações periféricas e dos tecidos periarticulares (em especial as ênteses), ainda ocorrem manifestações extra- articulares como a uveíte anterior, lesões mucocutâneas, fibrose pulmonar, anormalidades do arco aórtico e distúrbios de condução. São consideradas espondiloatropatias: a espondilite anquilosante, a síndrome de Reiter e outras artrites reativas como a artropatia psoriática, a enteroartropatia, a síndrome SAPHO (sinovite, acne, pustulose, hiperostose e osteomielite), entre outras. O processo de tais doenças desencadeia desvios posturais (flexão de tronco), fibrose e ossificação das cápsulas articulares e tecidos moles periarticulares e, também, diminuição da capacidade pulmonar (doenças restritivas). A hidroterapia pode atuar na correção postural e coordenação da respiração diafragmática, assim como a redução da dor, do espasmo muscular e manutenção da mobilidade das articulações da cintura escapular, coluna cervical, torácica, lombar e quadris. 10.2 Fibromialgia É uma síndrome dolorosa caracterizada por dor difusa, com envolvimento crônico de múltiplos músculos. Os pacientes apresentam vários sintomas como dor muscular difusa, pontos dolorosos, dor articular, rigidez matinal, cefáleia, parestesia, formigamento, ansiedade, cãibras, depressão, irritação, alterações de memória, alteração da concentração, fadiga, insônia, sono não restaurador, nistagmo, sensação de edema e intolerância ao calor e frio. De difícil tratamento, a fibromialgia tem sido um desafio profissional para muitos pesquisadores e clínicos. Poucas modalidades de tratamento tiveram sucesso para controlar os sintomas. 23 Os pacientes necessitam de múltiplas abordagens terapêuticas, como associação de farmacoterápicos (analgésicos, antidepressivos etc.), fisioterapia, hidroterapia, acupuntura, psicoterapia e mudança do estilo de vida, para que haja a recuperação da atividade funcional e de trabalho, melhora da saúde mental, do distúrbio do sono, das alterações de humor e da fadiga. A reabilitação aquática oferece tratamento para melhorar o condicionamento físico geral, alívio da dor, melhora dos padrões do sono através de esforço físico, relaxamento e melhora postural. O relaxamento obtido a partir do exercício e o suporte fornecido pela água melhoram os sintomas de dor e rigidez. Tal tratamento exige um compromisso em longo prazo, supervisionado dentro de um programa de reabilitação 10.3 Artrites Reumatóides A artrite reumatóide (AR) é uma doença auto-imune de etiologia desconhecida, caracterizada por poliartrite simétrica, que leva à deformidade e à destruição das articulações em virtude da erosão óssea e da cartilagem. Em geral a AR acomete duas vezes mais as mulheres que os homens, atingindo grandes e pequenas articulações em associação com manifestações sistêmicas como: rigidez matinal, fadiga, perda de peso e incapacidade para a realização de suas atividades tanto na vida diária como profissionais). Os objetivos da hidroterapia nesta doença seriam: alívio da dor e do espasmo muscular, manutenção ou restauração da força muscular em torno das articulações dolorosas, redução de deformidades e aumento da amplitude de movimentação em todas as articulações afetadas, restauração da confiança e reeducação da função perdida. Unidade XI - Patologias Obstétricas e Ginecológicas 11.1 No pré e pós-parto 11.1.1 Objetivo Geral Os principais efeitos da prática de atividade física sobre o corpo da gestante incluem o alívio da sintomatologia dolorosa, como as lombalgias; a melhora da circulação de retorno, tanto linfática quanto venosa, auxiliando na redução dos 24 edemas da gravidez; promove uma reeducação postural, já que a gestação altera a posição do centro de gravidade da mulher; melhora o tônus muscular e promove um maior relaxamento; melhora a função intestinal, pois a constipação é uma queixa comum entre as gestantes; melhora o condicionamento do aparelho cardiorrespiratório; facilita o trabalho de parto, tornando-o mais efetivo e menos doloroso; promove uma recuperação mais rápida do parto, além de aumentar a auto- estima dagestante, proporcionando um bem-estar físico e emocional. 11.1.2 Objetivo Específico Alongamento muscular; Fortalecimento de grupos musculares específicos; Relaxamento; Exercícios respiratórios; Reeducação postural. 11.2 Técnica Começa com uma caminhada dentro da piscina, que dura em média 5 minutos, e alongamento dos grupamentos musculares, completando assim 10 a 15 minutos de aquecimento; depois são realizados os exercícios direcionados ao fortalecimento de grupos musculares específicos, além de exercícios respiratórios e de reeducação postural. Essa segunda etapa dura em média 35 minutos. Ao final da sessão, deve ser feito também um relaxamento, que tem o objetivo de promover a estabilização das freqüências cardíaca e respiratória, além de relaxar as musculaturas ainda sob alguma tensão, durando cerca de 10 minutos. São utilizados alguns materiais como pranchas de natação, bolas, halteres próprios para a água, bastões, flutuadores de várias formas. Cada sessão tem uma duração de 45 a 60 minutos, não devendo ultrapassar 1 hora, evitando-se assim a fadiga da grávida. 11.3 Indicações Ginecologia e Obstetrícia - Pré e pós parto, gestantes. Contra Indicações 25 Febre acima de 38 º; Traumas recentes em músculos e ligamentos; Tendência para labirintitis, hiper sensibilidade no canal auditivo; Incontinência intestinal e da bexiga; Feridas abertas; Doença contagiosa através da água e do ar; Hiper sensibilidade a produtos químicos utilizados na manutenção da água da piscina; Infecção grave no sistema gênito urinário; Serio comprometimento do sistema cardiovascular. Se a gestante vivenciar qualquer sensação desconfortável durante ou após os exercícios, deve parar imediatamente a atividade e informar ao fisioterapeuta responsável pelas sessões bem como ao seu médico. Os sinais e sintomas de alerta incluem, entre outras condições a critério médico: taquicardia, tonturas, cefaléia, contrações uterinas, sangramentos vaginais, vazamento de líquido amniótico, náuseas, falta de ar, dor lombar e/ou pélvica, diminuição dos movimentos fetais, edema súbito de tornozelos, punhos ou face, e ganho ponderal insuficiente ou perda de peso. 26 REFRÊNCIAS http://www.aquabrasil.info/hidroterapia.shtml http://www.fisiovale.com.br/hidroterapia.html http://www.pucrs.br/reabilitacao/fisio-aqua.php http://www.aquabrasil.info/hidroterapia.shtml http://www.fisiovale.com.br/hidroterapia.html http://www.pucrs.br/reabilitacao/fisio-aqua.php
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