Buscar

Apostila HIDROTERAPIA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

3 
 
Unidade I - Histórico - Uso dos recursos hídricos ao longo dos séculos 
 Através de nossa história a utilização da água como meio de cura vem sendo 
descrita desde a civilização grega (por volta de 500 a.C.). Escolas de medicina 
foram criadas próximas as estações de banho e fontes, desenvolvendo, assim, as 
técnicas aquáticas e suas utilizações no tratamento físico específico. Hipócrates já 
utilizava a hidroterapia para pacientes com doenças reumáticas, neurológicas, 
icterícia, assim como tratamento de imersão para espasmos musculares e doenças 
articulares (460-375 a.C.). 
 Já os romanos utilizavam os banhos para higiene e prevenção de lesões nos 
atletas. Esses banhos de temperatura variada evoluíam desde muito quentes 
(caldarium) a mornos (tepidarium) até mais frios (frigidarium). Com o tempo, esses 
banhos deixaram de ser de uso exclusivo dos atletas e se tornaram centros para a 
saúde, higiene, repouso e atividades intelectuais, recreativas e de exercícios, de 
acesso a coletividade. Em meados de 330 d.C., a finalidade principal dos banhos 
romanos era curar e tratar doenças reumáticas, paralisias e lesões. 
 Com o declínio do Império Romano, o uso do célebre sistema de banhos 
caíram em ruína ao longo de décadas e por volta do ano 500 d.C. foram extintos. Na 
idade média, com a influência da religião que considerava o uso das forças físicas e 
os banhos de água um ato pagão, teve um declínio ainda maior, persistindo até o 
século XV, quando houve um ligeiro ressurgimento. 
 O uso terapêutico da água, no entanto, começou a aumentar gradualmente no 
início dos anos de 1700, quando um médico alemão Sigmund Hahn e seus filhos 
defenderam a utilização da água para tratamento de úlceras de pernas e outros 
problemas médicos. Essa nova conduta médica passa a chamar-se hidroterapia 
que, conforme a definição de Wyman e Glazer, consiste na aplicação de água sob 
qualquer forma para o tratamento de doenças. 
 Baruch cita a Grã-Bretanha como o lugar de nascimento da hidroterapia 
científica, com a publicação dos primeiros trabalhos em 1697 por Sir John Floyer 
(“AnInquiry into the right use and abuse of hot, cold and temperate buths” – Uma 
investigação sobre o uso correto e o abuso dos banhos quentes, frios e 
temperados). Baruch acreditava que o tratamento de Floyer tenha influenciado 
os ensinamentos da “Heidelberg University”, através do professor Fridrich Hoffmann, 
que incluía as doutrinas de Floyer nos seus ensinamentos. Esses ensinamentos 
4 
 
foram levados para a França e Inglaterra pelo professor Currie, que elaborou vários 
trabalhos científicos sobre a hidroterapia. Embora o trabalho de Currie tenha sido 
pouco aceito na Inglaterra, o inverso aconteceu na Alemanha. John Wesley, o 
fundador do metodismo, escreveu um livro em 1747, enfocando a água como um 
meio curativo (“An easy and natural way of curing most diseases” – Uma maneira 
fácil e natural de curar a maioria das doenças). Os banhos de vapor quente, 
seguidos por banhos frios foram popularizados e se tornaram tradição, na cultura 
escandinava e na russa, durante muitas gerações. 
 Em meados do século XIX o professor austríaco Winterwitz (1834-1912) 
fundou uma escola de hidroterapia e um centro de pesquisa em Viena, onde 
realizava estudos científicos que estabeleceram uma base fisiológica aceitável para 
a hidroterapia naquela época. Seus discípulos, particularmente Kelogg, Brixbaum e 
Strasser, trouxeram contribuições importantes para o estudo dos efeitos fisiológicos 
do calor e frio e sobre os termorreguladores do corpo na aplicação da hidroterapia 
clínica. Tais pesquisas serviram de impulso na instalação dos banhos de turbilhão e 
exercícios subaquáticos que entraram em uso regular só no começo do século XX. 
 Um dos primeiros norte-americanos a dedicarem seus estudos a hidroterapia 
foi o dr. Simon Baruch. Realizou seus trabalhos a partir de estudos que fez com o dr. 
Wintirwitz, na Europa. Publicou livros como “O uso da água na medicina moderna” e 
“Princípios e prática da hidroterapia”. Foi o primeiro professor na Columbia 
University a ensinar a hidroterapia. 
 A partir desta época, a água deixa de ser utilizada de uma forma passiva, 
através de banhos de imersão, e começa a ser utilizada de uma forma mais ativa, 
empregando a propriedade de flutuação para a realização de exercícios. Em 1898 o 
conceito de hidroginástica, que implica o uso de exercícios dentro da água, foi 
recomendado por von Reyden e Goldwater. Em 1928, o médico Walter Blount 
descreveu o uso de um tanque com turbilhão ativado por motor que ficou conhecido 
como “tanque de Hubbard”. Tal invenção foi criada para a execução de exercícios 
pelos pacientes na água e, por sua vez, trouxe para a Europa grande 
desenvolvimento de técnicas de tratamentos aquáticos, como o método dos 
anéis de Bad Ragaz e o método Halliwick(2). No Brasil a hidroterapia científica teve 
início na Santa Casa do Rio de Janeiro com banhos de água doce e salgada. Na 
época, a entrada principal da Santa Casa era banhada pelo mar (em meados de 
1922). 
5 
 
 Atualmente, o conteúdo de instrução em fisioterapia aquática nos programas 
acadêmicos de fisioterapia é uma prática cada vez mais freqüente, com um índice 
de 62% de inclusão no currículo de nível básico. Embora a reabilitação aquática 
venha realizando grandes avanços desde o começo do século XX é preciso 
intensificar ainda mais a utilização dessa prática terapêutica pelos profissionais da 
saúde que acreditam nos seus benefícios, estimulando a incorporação da 
reabilitação aquática nos programas de tratamento terapêutico. 
Unidade II - Projetos e Equipamentos de um Setor Aquático 
2.1 Piscina 
As piscinas podem ser planejadas para “multiuso”, sendo maiores (22,3 m de 
comprimento e 13,5 m de largura) ou para atendimento individualizado, que seria 
uma piscina tipo “tanque” (até 3 por 3 m). A temperatura ideal para a piscina maior 
oscila entre 27º e 29ºC e para a menor entre 33º e 34ºC. 
 A rampa que dá acesso à cadeira de rodas é necessária, assim como 
escadas internas com os degraus 
baixos e corrimões bilaterais para a segurança do usuário. O banco longo localizado 
ao lado da escada com hidrojatos posicionados em alturas variadas para 
massagear os diversos seguimentos corporais (coluna, ombros, joelhos) são 
utilizados. Os corrimões também são colocados ao longo das áreas delimitadas pela 
parede da piscina. Os tipos de elevadores são: hidráulico, elétrico, mecânico e 
pneumático e podem ser utilizados para facilitar o acesso do paciente à piscina. 
 A profundidade da piscina varia entre 1,05 m e 1,35 m e é ideal para grande 
parte dos tipos de terapia (piscina tipo “tanque”). Entretanto, a profundidade de 2,10 
m pode ser utilizada em piscinas maiores (tipo “multiuso”) que apresentam um fundo 
graduado, indo paulatinamente de uma profundidade menor (1,05 m) para uma 
maior (2,10 m)(10). 
2.2 Vestiários 
Uma instalação bem planejada concede até 1,8 m² de vestiário por pessoa. 
Pia, toalete, tomadas para secadores de cabelo, balcões, bancos e armários são 
considerados comodidades mínimas. O piso indicado para estas áreas é o 
6 
 
texturizado e ou antiderrapante. Tapetes de náilon de alta densidade também podem 
ser colocados. 
2.3 Materiais e equipamentos 
 Os equipamentos utilizados para a hidroterapia oferecem suporte para a 
flutuação ou aumentam a intensidade de um exercício ou adicionam variedade a um 
programa Tornando-o mais agradável e diversificado. 
 Os equipamentos de auxílio à flutuação geram um ambiente aquático mais 
confortável e seguro para o paciente. Eles são utilizados para obter posição correta 
do corpo, fornecer estabilidade, promover meio de tração, graduar forças 
compressivas, assistir movimentos e aumentar a resistência do movimento. 
 Os equipamentos para exercícios aquáticos que intensificam a resistência 
normalmente são elaborados em cima de um aumento da áreade superfície que é 
puxada ou empurrada através da água. A quantidade de resistência é determinada 
por três fatores: o tamanho da peça e o espaço na água que a peça ocupa, 
proporcionando um arrasto maior ou menor; a forma 
que o objeto apresenta na água, variando a respectiva aerodinâmica; e a velocidade 
do movimento da peça na água. 
 Os equipamentos mais utilizados de uma forma geral são: esteiras rolantes, 
equipamentos de acesso à piscina, equipamentos de flutuação, pesos, 
equipamentos de resistência baseado em arrasto, aquatoner, hidrotone, sistemas de 
amarração, estações de exercícios submersas, brinquedos e equipamentos 
recreativos, equipamentos de segurança, vestuário aquático e aparelhos de 
medição. 
2.3.1 EQUIPAMENTOS FLUTUANTES 
1. Para assistência – movimento deve ser executado a favor da flutuação 
2. de apoio - servem de sustentação do cliente durante a sessão ou em 
determinados movimentos 
3. para resistência – movimento deve se executado contra a ação da flutuação 
 
 
7 
 
2.3.2 EQUIPAMENTOS RESISTIVOS 
Este equipamento não tem flutuabililidade, atuam de acordo com sua área de 
superfície frontal 
1. Para resistência – os movimentos devem ser executados contra a ação da 
resistência frontal ao movimento 
2.3.3 EQUIPAMENTOS DE PESO 
1. Devem ser utilizados como auxílio para clientes com muita flutuabilidade ou 
na transferência para a terapia em terra. 
2. . Para resistência – os movimentos devem ser realizados contra a ação da 
gravidade. 
2.3.4 EQUIPAMENTOS MISTOS 
1. A utilização destes equipamentos está diretamente realizada com o objetivo 
do instrutor ou terapeuta. 
2. São geralmente flutuantes e também resistivos 
2.3.4 EQUIPAMENTOS CONSIDERADOS COM OUTROS 
1. Exemplos de equipamentos considerados como outros: Step, 
bastão, emborrachados. 
2.4 EQUIPES MULTIDISCIPLINARES 
Hoje no Brasil, é importante a presença de uma equipe multidisciplinar para o 
atendimento de maior qualidade formado por: Educador Físico, Fisioterapeuta, 
Psicólogo, Fonoaudiólogo, Terapeuta Ocupacional, assistente Social e Médico. 
Unidade III- PROPRIEDADES Físicas da água 
3.1 Densidades Relativas 
 Determina a capacidade de flutuar de um objeto ou corpo. A densidade da água é 
igual a 1, já a de um corpo humano é de 0,93, por isso ele flutua. 
8 
 
3.2 Flutuação 
 É a força de sentido oposto ao da gravidade. Ou seja, ao inspirar, o indivíduo 
bóia e ao expirar ele afunda, pois com 5% da estrutura corporal acima da água, o 
corpo humano flutua. Essa propriedade é utilizada como resistência ao movimento, 
sobrecarga natural, estímulo à circulação periférica, fortalecimento da musculatura 
respiratória, facilitação do retorno venoso e participante do efeito massageador da 
água. 
3.3 Pressões Hidrostáticas 
 A água, como qualquer líquido, exerce pressão no objeto nela imerso. Se o 
objeto estiver em repouso (relaxamento), a pressão exercida em todos os planos 
será igual. Se o objeto estiver em movimento e a água também, ver-se-à a pressão 
reduzida bem como o empuxo, provocando certo afundamento que, se controlado, é 
parcial. Segundo a lei de Pascal, cada tipo de massa (corpo, líquido, gasoso ou 
sólido) recebe e transmite uma pressão determinada, dependendo da profundidade 
de imersão. Quanto maior a profundidade em que o corpo de encontra, maior será a 
pressão exercida sobre ele. Isto significa que um indivíduo em pé na água sofrerá 
maior pressão nos pés. A pressão hidrostática possui efeitos terapêuticos, 
promovendo aumento do débito cardíaco, aumento da pressão pleural e aumento da 
diurese 
 
.3.4 Viscosidade 
 Está relacionada à coesão das moléculas de água, e quando as camadas do 
líquido são postas em movimento, essa atração cria resistência ao movimento. 
Unidade IV - Aspectos Biológicos da Terapia Aquática 
4.1 Alterações cardiovasculares após imersão 
 Ao entrar na piscina, os vasos cutâneos se constringem momentaneamente, 
causando aumento da resistência periférica e aumento momentâneo da pressão 
arterial. Mas durante a imersão as arteríolas dilatam-se ocorrendo uma diminuição 
9 
 
da resistência periférica, e por essa razão uma queda de PA. Logo, quanto maior a 
temperatura da água, menor deve ser o tempo de exposição. 
 Deve-se chamar a atenção do estresse que o uso da água morna para 
reabilitação, os exercícios terapêuticos e o treinamento causam no sistema 
cardiovascular. A água numa temperatura de 34ºC estimula a circulação arterial 
periférica que melhora ainda mais durante os exercícios terapêuticos ativos. O 
estresso exercido no sistema circulatório e no coração e consideravelmente maior 
na água do que quando os exercícios terapêuticos são realizados fora dela. Alem 
disso, a PH exercido sobre o tórax e o estomago força o coração a trabalhar mais 
forte, devendo-se tomar cuidado com pessoas susceptíveis a ataques cardíacos. 
Em geral, o tratamento nestes casos não deve ultrapassar 20 minutos. 
4.2 Efeitos da imersão na respiração 
 Estando a água a uma temperatura aumentada(em torno de 33 a 36,5 ºC) 
haverá dilatação dos vasos sanguíneos, aumento do suprimento sanguíneos 
periférico e elevação da temperatura muscular, levando ao aumento do 
metabolismo da pele e músculos e, conseqüentemente, aumento do metabolismo 
geral e da freqüência respiratória. Haverá também uma atividade aumentada das 
glândulas sudoríparas e sebáceas a medida que a temperatura da pele se eleva. 
Sistema cardiorespiratorio. 
 Se utilizada de uma forma adequada, a HT promovera melhora das 
condições cardiorespiratoria. De um modo geral, haverá: 
 
 Melhora da capacidade aeróbica; 
 Melhora nas trocas gasosas; 
 Reeducação respiratória; 
 Aumento no consumo de energia; 
 Auxilio no retorno venoso; 
 
 
10 
 
4.3 Efeitos da imersão na excreção de sódio 
 A resistência renal vascular diminui em aproximadamente um terço, a pressão 
renal venosa aumenta em aproximadamente duas vezes, e a excreção de sódio 
aumenta em dez vezes em indivíduos com o sódio corporal total normal. O aumento 
na excreção de sódio é um fenômeno dependente do tempo de imersão. A excreção 
de sódio aumenta também em função da profundidade, devido à alteração do 
volume sangüíneo total circulante. 
4.4 Modificações fisiológicas e terapêuticas durante o exercício em água 
aquecida 
Muitos efeitos terapêuticos benéficos obtidos com a imersão na água 
aquecida (como o relaxamento, a analgesia, a redução do impacto e da agressão 
sobre as articulações) são associados aos efeitos possíveis de se obter com os 
exercícios realizados quando se exploram as diferentes propriedades físicas da 
água, tais como: 
4.4.1 Preventivo: 
1. Previne deformidades e atrofias; 
2. Previne piora do quadro do paciente; 
3. Diminui o impacto e a descarga de peso sobre as articulações. 
4.4.2 Motor: 
1. melhora da flexibilidade; 
2. Trabalho de coordenação motora global, da agilidade 
e do ritmo; 
3. Diminuição do tônus (diminuindo as referências fusais); 
4. Reeducação dos músculos paralisados; 
5. Facilitação do ortostatismo e da marcha; 
6. Fortalecimento dos músculos(4,6). 
4.4.3 Sensorial: 
1. Estimula o equilíbrio, a noção de esquema corporal, a propriocepção e a noção 
espacial, já que a água é um meio instável; 
2. Facilita as reações de endireitamento e equilíbrio, visto que não existe pontos de 
apoio e o paciente é obrigado a promover alterações posturais (flutuação e 
turbulência); 
11 
 
3. Diminui os estímulos proprioceptivos à medida que aumenta a profundidade, 
diminuindo a descarga de peso 
Unidade V - Indicações e Contra Indicações da Hidroterapia 
 A hidroterapia é indicada para todas as áreas da fisioterapia que envolvam 
problemas de ordem traumato-ortopedicos, esportivos, neurológicos, reumáticos, 
cardiopatas, pneumopatas, estéticos, etc. 
5.1 Indicações: 
As indicações mais comuns para um tratamento hidroterápicosão para os 
pacientes que apresentam os seguintes sinais e sintomas: 
 
 Elevado nível de dor 
 Edemas de extremidades 
 Desvios da marcha 
 Diminuição da mobilidade 
 Fraqueza muscular generalizada 
 Baixa resistência muscular 
 Impossibilidade de sobrecarga nos membros inferiores 
 Resistência cardiovascular diminuída 
 Contraturas articulares 
 Disfunções posturais 
 Habilidades diminuídas 
 Interação social do paciente 
5.2 Contra Indicações: 
 Infecções de pele (tinea pedis, tinea capitis etc) 
 A água quente proporciona bom meio para proliferação de bactérias, portanto 
todas as infecções devem ser consideradas como contra indicação, 
especialmente as gastrointestinais. 
12 
 
 Infecções transmitidas pela água tais como febre tifóide, cólera, poliomielite, 
bem como as doenças infecciosas especialmente relacionadas com crianças ( 
SKINNER) 
 Clientes com capacidade vital inferior a 1 litro 
 Incontinência fecal e urinária 
 Epilépticos não controlados 
 Qualquer tipo de feridas, ulceras aberta, etc devem ser cobertas por 
bandagem apropriada para o meio. 
 Insuficiência cardíaca não controlada 
 Doenças vasculares periféricas 
 Doenças renais nas quais o paciente tenha dificuldade de ajustar-se a perdas 
hídricas. 
Unidade VI - Método dos Anéis de Bad Ragaz 
Bad Ragaz é uma cidade Suíça construída em torno de um spa de água 
morna natural, com três modernas piscinas cobertas. Em 1930 teve início a 
utilização deste spa para exercícios aquáticos. Tal técnica de exercícios se originou 
na Alemanha pelo dr. Knupfer Ipsen, cujo objetivo era promover a estabilização do 
tronco e das extremidades através de padrões de movimentos básicos e às vezes 
resistidos, realizados segundo os planos anatômicos. O paciente é posicionado em 
decúbito dorsal, com auxílio de flutuadores ou “anéis” no pescoço, pelve e 
tornozelos, é por isso que a técnica também é designada de “método dos anéis”. Em 
1967, Bridgt Davis incorporou o método de facilitação neuromuscular proprioceptiva 
ao “método dos anéis”. Beatice Egger desenvolveu ainda mais esta técnica, 
publicando-a em Alemão. 
Atualmente, o método Bad Raggaz é constituído de técnicas de movimentos 
com padrões em planos anatômicos e diagonais, com resistência e estabilização 
fornecidos pelo terapeuta. O posicionamento do paciente em decúbito dorsal é 
mantido através de flutuadores nos seguimentos anatômicos já mencionados 
anteriormente. A técnica pode ser utilizada passiva ou ativamente 
em pacientes ortopédicos, reumáticos ou neurológicos. 
 
 
13 
 
6.1 Características: 
 Uso das propriedades da água como turbulência e flutuações são usadas 
como suporte. 
 Executar movimentos anatômicos, biomecânicos e fisiológicos das 
articulações e músculos em padrões funcionais. 
 Trabalhar com o paciente individualmente. 
 
6.2 Equipamentos: 
 Colar cervical 
 Flutuador pélvico 
 Flutuador de tornozelos. 
6.3 Objetivos 
Os objetivos terapêuticos incluem redução de tônus muscular, pré-treinamento 
de marcha, estabilização de tronco, fortalecimento muscular e melhora da amplitude 
articular. 
 Aumentar a amplitude de movimento articular e a mobilidade dos tecidos 
nervosos e miofascial. 
 Melhorar a função muscular e - Preparar os membros inferiores para a 
descarga de peso. 
 Restaurar o padrão normal de movimento dos MMSS e MMII. 
6.6 Técnica 
6.6.1 Isotônica 
 
 Neste exercício, a resistência é graduada e controlada pelo fisioterapeuta, o 
qual age como um estabilizador movendo-se a partir do movimento do paciente na 
água. O fisioterapeuta pode aumentar ou diminuir a resistência, movimentando o 
paciente na mesma direção (assistido), ou em direção oposta ao movimento 
(resistido). 
 
 
 
14 
 
6.6.2 Isocinética 
 
 Neste exercício, a resistência é graduada e controlada pelo paciente, o 
fisioterapeuta atua como um fixador enquanto o paciente se movimenta. O 
fisioterapeuta fixa parte do corpo, enquanto o paciente determina a quantidade de 
resistência proporcionalmente à velocidade do movimento. 
 
6.6.3 Passiva 
 
 O paciente é movimentado na água, com a utilização dos padrões para 
relaxamento, alongamento de tronco e coluna e inibição de tônus. Utilizado 
principalmente em casos de dor ao se realizar o movimento ativo (analgésica) e 
para ganho de ADM. Também para ensinar o padrão ao paciente (propriocepção). 
 
6.6.4 Isométrica 
 
 O exercício isométrico na água é realizado quando o paciente mantém 
determinada posição, enquanto é movido na água. A posição do paciente é fixa, 
sendo que a água provê a resistência para a contração sustentada do paciente. 
 
Obs. Os padrões de MMSS e MMII podem ser realizados unilateralmente ou 
bilateralmente. Ainda em relação aos padrões bilaterais, podem ser simétricos ou 
assimétricos. 
6.7 Indicações e Contra Indicações 
6.7.1 Indicações: 
 Condições ortopédicas e neurológicas, por exemplo pré e pós operatório, 
após fratura artrite reuamatóide, osteoartrite, espondilite anquilosante. 
 Pacientes de cirurgias torácica, cardíaca e mamária. - Condições 
neurológicas Paraplegia 
 Hemiplegia - Parkinson (com cautela). 
 Condições neuromusculares - fortalecimento leve. - Lesões M.M.S e M.M.I. 
15 
 
 Disfunções traumato-ortopédicos em que o paciente apresenta déficit 
cinético-funcional envolvendo ADM, ↑ força, dor, ler-dort, lombalgias. 
 Doenças reumáticas (fibromialgias, artroses e artrites). 
 Qualquer condição que envolva déficit de musculatura de tronco ou cinturas. 
 Utilização juntamente com técnicas funcionais. 
 Patologias ou condições de fraqueza de tronco, estabilidade proximal 
diminuída. 
 Distrofia simpático reflexa. 
 Lesões do Sistema Nervoso Central (SNC). Mostra excelente resposta aos 
movimentos passivos para alongamento, ganho de ADM, relaxamento e 
inibição de tônus. Exemplos: AVC, Parkinson, TCE, etc. 
 
6.7.2 Contra-indicações e precauções: 
 
 Programas devem ser planejados para evitar a fadiga dos pacientes (a 
liberdade da água pode encorajar atividades demasiadas). 
 Pacientes que se encaixam nas contra-indicações da hidroterapia. 
 Os pacientes recebem uma grande quantidade de estímulo vestibular durante 
o tratamento ( evite tonturas). 
 Cautela durante o tratamento dos pacientes com condições agudas de coluna 
ou extremidades, devido a possibilidade de alongar demasiadamente 
articulações doloridas edemaciadas e com frouxidão. 
 Pacientes com condições neurológicas onde exercícios ativos e resistidos 
aumentam a espasticidade em tronco ou membros ou na presença de 
hipertonia. 
 Dor, quadros agudos e instabilidade articular. 
 Posicionar-se adequadamente, utilizar mecânica correta. 
 Evitar fadiga excessiva. 
 Utilizar cuidadosamente as técnicas com pacientes espásticos. 
 Monitorar o estímulo excessivo do aparelho vestibular. 
 
 
16 
 
Unidade VII - Método Halliwick 
O método Halliwick foi desenvolvido, em 1949, na Halliwick School for Girls, 
em Southgate, Londres. MC Millian, que foi o criador da técnica, desenvolveu 
inicialmente uma atividade recreativa que visava dar independência individual na 
água, para pacientes com incapacidade e treiná-los a nadar. Com o passar dos 
anos, ele foi aperfeiçoando seu método original e adotou técnicas adicionais que 
foram estabelecidas a partir dos seguintes princípios: 
• Adaptação ambiental: envolve o reconhecimento de duas forças, gravidade e 
empuxo que, combinados, levam ao movimento rotacional; 
• Restauração do equilíbrio: enfatiza a utilização de grandes padrões de 
movimento, principalmente com os braços, para mover o corpo em diferentes 
posturas e ao mesmo tempo, manter o equilíbrio; 
• Inibição: é a capacidade de criar e manter uma posição ou postura desejada, 
através da inibição de padrões posturais patológicos; 
• Facilitação: é a capacidade de criar um movimento que desejamos mentalmentee, controlá-lo fisicamente, por outros meios sem utilizar a flutuação. Tal aprendizado 
é graduado através de um “programa de dez pontos”, que utiliza a seqüência do 
desenvolvimento do movimento físico pelo córtex cerebral. 
Essas técnicas têm sido utilizadas para tratar terapeuticamente pacientes pediátricos 
ou adultos com diferentes alterações de desenvolvimento e disfunções neurológicas, 
na Europa e nos Estados Unidos da América do Norte. 
7.1 Indicações e Contra Indicações 
7.1.1 Indicações 
 Ortopedia e Traumatologia - problemas da coluna vertebral, fraturas, pré e 
pós-operatórios, inflamações, praticantes de esportes de diversas 
modalidades, etc. 
 Neurologia (adulto e infantil) - AVC, pré e pós-operatório, atraso no 
desenvolvimento motor, paralisia cerebral, Síndrome de Down, etc. 
 Reumatologia - artrites, artroses, fibromialgia, etc. 
 Ginecologia e Obstetrícia - Pré e pós parto, gestantes, etc. 
17 
 
 Respiratória (adulto e infantil) - asma, DBPOC (doença bronco-pulmonar 
obstrutiva crônica), pré e pós operatório de lobotomia, etc. 
 Geriatria - patologias diversas decorrentes ou não do envelhecimento. 
 Síndromes Dolorosas e Síndromes Raras - das mais diversas 
 Oncologia – pós mastectomia. 
 Pediatria – deformidades de coluna, atrasos no desenvolvimento motor etc. 
 Cardiologia – reabilitação cardíaca, pré e pós cirúrgico. 
7.12 Contra Indicações 
 Os programas devem ser planejados para evitar a fadiga dos pacientes (a 
liberdade da água pode encorajar atividades demasiadas). 
 Pacientes que se encaixam nas contra-indicações da hidroterapia. 
 Os pacientes recebem uma grande quantidade de estímulo vestibular durante 
o tratamento ( evite tonturas). 
 Cautela durante o tratamento dos pacientes com condições agudas de coluna 
ou extremidades, devido a possibilidade de alongar demasiadamente 
articulações doloridas edemaciadas e com frouxidão. 
 Pacientes com condições neurológicas onde exercícios ativos e resistidos 
aumentam a espasticidade em tronco ou membros ou na presença de 
hipertonia. 
 Dor, quadros agudos e instabilidade articular. 
 Posicionar-se adequadamente, utilizar mecânica correta. 
 Evitar fadiga excessiva. 
 Utilizar cuidadosamente as técnicas com pacientes espásticos. 
Unidade VIII - Método Watsu 
O Watsu, também conhecido como “Water Shiatsu”, aquashiatsu ou 
hidroshiatsu, foi criado por Harold Dull, em 1980. Tal técnica aplica os alongamentos 
e movimentos do shiatsu zen na água, incluindo alongamentos passivos, 
mobilização de articulações e “hara-trabalho”, bem como pressão sobre “tsubos” 
(acupontos) para equilibrar fluxos de energia através dos meridianos (caminhos de 
energia). Há dois tipos de posições no watsu: as posições simples e as complexas. 
18 
 
As simples incluem os movimentos básicos e de livre flutuação. As posições 
complexas são chamadas berços. O fluxo de transição do watsu consiste em: uma 
abertura, os movimentos básicos e três sessões: 1ª) berço de cabeça; 2ª) embaixo 
da perna distante, ombro e quadril; 3ª) berço da perna próxima e uma conclusão. 
Através da organização “Worldwide Aquatic Boby Work Association” (Associação 
Mundial de Trabalho Corporal Aquático), na Escola de Shiatsu e Massagem, 
localizada em Harbin Hot Springs, Middletown California - EUA, o autor da técnica, 
Harold Dull ministra e orienta cursos de watsu e outras técnicas de trabalho corporal. 
8.1 Objetivos 
 Relaxamento. 
 Questões relacionadas aos músculos, como dores e também no aumento do 
desempenho muscular. 
 Questões relacionadas a problemas na coluna vertebral. 
 Questões psicológicas, como ansiedades e estresse possuem grandes 
resultados com a watsuterapia, aliado a psicologia. 
 O trabalho com a gestação é muito interessante, proporcionando uma 
gestação tranqüila, segura e reforçando o auxilio e o resgate do trabalho 
natural do parto - gestantes. Obs: Atualmente desenvolvo um trabalho de 
pesquisa a respeito da gestação natural e parto natural. 
 O trabalho com crianças vêm para demonstrar a sabedoria e facilitar no 
desenvolvimento físico e psicológico da criança. 
 O trabalho com idosos, só vem reforçar os benefícios do watsu, já que está 
ajuda no condicionamento e em diversas questões da saúde que se faz 
presente na dita 3º idade. 
8.2 Técnica 
O Watsu foi criado inicialmente para fins de relaxamento, sendo hoje utilizada 
também para auxiliar o tratamento de várias desordens neuromusculares e músculo-
esqueléticas. A técnica tem como objetivo geral promover o profundo relaxamento, 
aliviando as tensões físicas e psíquicas geradas pelo estresse do cotidiano. 
Podemos citar também alguns objetivos específicos, como o alivio da dor muscular e 
articular, aumento da flexibilidade, funcionalização do tônus muscular, entre outros. 
19 
 
Os beneficiados pelo Watsu são pessoas com dores crônicas, enxaquecas, 
síndrome de pânico, depressão, insônia, déficits neurológicos e todas aquelas que 
desejam relaxar, absorvendo do ambiente tranqüilo e aconchegante o necessário 
para uma reflexão profunda. Outros beneficiados com esta terapia são as pessoas 
que têm problemas de insônia, depressão, estresse, fibromialgias, dores de cabeça, 
falta de disposição, sendo também de grande utilidade para gestantes e crianças, 
melhorando seus desempenhos e aquietando suas atividades prejudiciais. 
Trabalhando também com pacientes neurológicos, que muitas vezes 
apresentam limitações de amplitude secundária e restrições de tecidos moles, o que 
contribui para impedir a recuperação funcional, o Watsu é de grande utilidade na 
preparação das estruturas oesteomusculares para um melhor desempenho durante 
as atividades em solo. 
Diante dos inúmeros benefícios da watsuterapia, podemos desenvolver 
trabalhos semi direcionados, ou seja, sessões especificam para um objetivo 
qualquer, mas como as terapias naturais e corporais não agem apenas no ponto 
desejado temos uma resposta positiva em outras áreas, mesmo que essa não seja o 
motivo do trabalho. 
8.3 Indicações e Contra Indicações 
Inicialmente são poucas as contra-indicações para o praticante, no qual o 
terapeuta estará sempre atento no caso de alguma impossibilidade, como no caso 
do praticante ou interagente estiver com febre, capacidade vital significativamente 
limitada, infecção urinária grave, feridas abertas, infecção transmissível por meio 
aquático, hemorragia cerebral recente. 
 Durante a sessão são realizados em torno de 45 movimentos diferentes, 
respeitando o tempo de cada movimento de acordo com a necessidade do 
praticamente e a do terapeuta. A passagem de um movimentou ao outro ocorre de 
forma tranqüila sem que o praticante necessite se apoiar ou sair do estado de 
relaxamento o que mais uma vez permite ao praticante um estado meditativo. 
A água aquecida junto da flutuação faz com que a noção de limite e da forma 
do corpo esteja alterada, o que promove o relaxamento. Observando os princípios 
20 
 
físicos da água, como por exemplo, as seguintes leis: densidade, empuxo, pressão 
hidrostática, inércia, ação e reação e flutuação. Analisando esses princípios e unindo 
suas características, entendemos as qualidades terapêuticas da água. Um dos 
principias conceitos é a flutuação, que facilita o relaxamento muscular, a perda de 
tônus muscular, a descompressão da articulação e reduz a exigências do oxigênio, 
já que no estado de leveza que se atinge dentro da água, as exigências de oxigênio 
do corpo são diminuídas drasticamente, o que induz ao estado de calma e 
meditação. 
 Realizando uma anamnese completa, descobre-se qual o caminho a ser 
percorrido, dando total liberdade para que o praticante sinalize qualquer incômodo 
durante a sessão, o que dá ao praticante ou interagente uma sensação de liberdade 
e por isso conforto. 
 Não havendo necessidade de saber nadar, o alongamento flui de um 
movimento a outro e com todatranqüilidade, a confiança é atingida e o objetivo da 
terapia é alcançado. 
 O terapeuta pode promover um relaxamento tão eficiente que abre espaço 
para um trabalho interior, podendo o praticante entrar em contato com sentimentos 
guardados. Os resultados, ao final da sessão, são individualizados, mas é certo que 
haverá uma espécie de renascimento, onde os olhos irão brilhar de tal forma que 
será possível ver refletida a sua essência. 
Unidade IX - Patologias Ortopédicas 
9.1 Osteoporose 
A osteoporose é uma enfermidade crônica, multifatorial, relacionada à perda 
progressiva de massa óssea, geralmente de progressão assintomática até a 
ocorrência de fraturas. É um estado de insuficiência ou de falência óssea que surge 
com o envelhecimento, principalmente em mulheres a partir da sexta década. 
Os principais fatores de risco são história familiar, hipoestrogenismo, 
nuliparidade, sedentarismo, imobilização prolongada, baixa massa muscular em 
mulheres brancas ou asiáticas, dieta pobre em cálcio, tabagismo, uso crônico de 
costicoteróides, nticonvulsivantes, heparina e outros. 
21 
 
Na vigência de uma osteoporose mais grave com múltiplas fraturas e dor 
óssea, a reabilitação aquática oferece métodos com técnicas mais suaves, 
destinadas a aliviar a dor, aumentar a amplitude de movimento e proporcionar 
eventual fortalecimento. Após a fase aguda do quadro, ou seja, quando os locais de 
fraturas ou trincas estiverem bem consolidados, os movimentos mais vigorosos e 
exercícios mais intensos gerados pela resistência da água podem ser iniciados, 
assim como uma combinação de exercícios de sustentação parcial e completa de 
peso que provêm esforços mecânicos necessários para estimular a formação de 
massa óssea e minimizar a progressão da doença. 
9.1.1 Objetivos 
1. Alívio da dor; 
2. Melhora da mobilidade; 
3. Auxílio para enfrentar os efeitos psicossociais da doença; 
4. Prevenção de perdas ósseas adicionais, tendo em vista a redução do risco de 
fratura. 
9.2 Osteoartrite 
 
 A osteoartrite é um processo induzido nas articulações por influências 
mecânicas, metabólicas e genéticas, causando perda de cartilagem e hipertrofia 
óssea. A perda progressiva da cartilagem articular e a recuperação inadequada 
levam a formação de osteófitos durante a remodelação óssea subcondral. Com a 
instalação lenta e progressiva da doença os sintomas de dor articular, rigidez, 
limitação de movimento, crepitação, edema e graus variáveis de inflamação surgem 
de maneira 
insindiosa. Os pacientes com alterações degenerativas das articulações das mãos, 
pés, coluna, quadril e/ou joelhos freqüente são encaminhados à hidroterapia devido 
aos benefícios da flutuação como: auxilio ao movimento, sustentação da articulação 
para possibilitar o movimento livre e, finalmente, a resistência ao movimento. Na 
osteoartrite também ocorrem deformidades articulares que levam a desequilíbrios 
compensatórios em outras articulações e músculos (p.ex:. o encurtamento 
aparente de uma perna causada por uma deformidade da articulação coxofemoral 
em flexão, adução e rotação lateral pode levar à uma alteração escoliótica lombar 
22 
 
compensatória). Portanto, o objetivo no tratamento da osteoartrite visa o alívio da 
dor e espasmos musculares, o fortalecimento dos músculos periarticulares, a 
mobilização de outras articulações envolvidas, o aumento da amplitude de 
movimento da articulação afetada e melhora do padrão da marcha. 
Unidade X - Patologias Reumáticas 
10.1 Espondilite Ancilosante 
As síndromes espondilíticas ou espondiloartropatias soronegativas 
correspondem a um grupo de enfermidades que compartilham desordens 
multissistêmicas. Além de envolvimentos osteoartículo-musculares, como o processo 
inflamatório da coluna vertebral, das articulações periféricas e dos tecidos 
periarticulares (em especial as ênteses), ainda ocorrem manifestações extra- 
articulares como a uveíte anterior, lesões mucocutâneas, fibrose pulmonar, 
anormalidades do arco aórtico e distúrbios de condução. São consideradas 
espondiloatropatias: a espondilite anquilosante, a síndrome de Reiter e outras 
artrites reativas como a artropatia psoriática, a enteroartropatia, a síndrome SAPHO 
(sinovite, acne, pustulose, hiperostose e osteomielite), entre outras. 
O processo de tais doenças desencadeia desvios posturais (flexão de tronco), 
fibrose e ossificação das cápsulas articulares e tecidos moles periarticulares e, 
também, diminuição da capacidade pulmonar (doenças restritivas). A hidroterapia 
pode atuar na correção postural e coordenação da respiração diafragmática, assim 
como a redução da dor, do espasmo muscular e manutenção da mobilidade das 
articulações da cintura escapular, coluna cervical, torácica, lombar e quadris. 
10.2 Fibromialgia 
É uma síndrome dolorosa caracterizada por dor difusa, com envolvimento 
crônico de múltiplos músculos. Os pacientes apresentam vários sintomas como dor 
muscular difusa, pontos dolorosos, dor articular, rigidez matinal, cefáleia, parestesia, 
formigamento, ansiedade, cãibras, depressão, irritação, alterações de memória, 
alteração da concentração, fadiga, insônia, sono não restaurador, 
nistagmo, sensação de edema e intolerância ao calor e frio. De difícil tratamento, a 
fibromialgia tem sido um desafio profissional para muitos pesquisadores e clínicos. 
Poucas modalidades de tratamento tiveram sucesso para controlar os sintomas. 
23 
 
Os pacientes necessitam de múltiplas abordagens terapêuticas, como 
associação de farmacoterápicos (analgésicos, antidepressivos etc.), fisioterapia, 
hidroterapia, acupuntura, psicoterapia e mudança do estilo de vida, para que haja a 
recuperação da atividade funcional e de trabalho, melhora da saúde mental, do 
distúrbio do sono, das alterações de humor e da fadiga. 
A reabilitação aquática oferece tratamento para melhorar o condicionamento 
físico geral, alívio da dor, melhora dos padrões do sono através de esforço físico, 
relaxamento e melhora postural. O relaxamento obtido a partir do exercício e o 
suporte fornecido pela água melhoram os sintomas de dor e rigidez. Tal tratamento 
exige um compromisso em longo prazo, supervisionado dentro de um programa de 
reabilitação 
10.3 Artrites Reumatóides 
A artrite reumatóide (AR) é uma doença auto-imune de etiologia 
desconhecida, caracterizada por poliartrite simétrica, que leva à deformidade e à 
destruição das articulações em virtude da erosão óssea e da cartilagem. Em geral a 
AR acomete duas vezes mais as mulheres que os homens, atingindo grandes e 
pequenas articulações em associação com manifestações sistêmicas como: rigidez 
matinal, fadiga, perda de peso e incapacidade para a realização de suas atividades 
tanto na vida diária como profissionais). 
Os objetivos da hidroterapia nesta doença seriam: alívio da dor e do espasmo 
muscular, manutenção ou restauração da força muscular em torno das articulações 
dolorosas, redução de deformidades e aumento da amplitude de movimentação em 
todas as articulações afetadas, restauração da confiança e reeducação da função 
perdida. 
Unidade XI - Patologias Obstétricas e Ginecológicas 
11.1 No pré e pós-parto 
11.1.1 Objetivo Geral 
Os principais efeitos da prática de atividade física sobre o corpo da gestante 
incluem o alívio da sintomatologia dolorosa, como as lombalgias; a melhora da 
circulação de retorno, tanto linfática quanto venosa, auxiliando na redução dos 
24 
 
edemas da gravidez; promove uma reeducação postural, já que a gestação altera a 
posição do centro de gravidade da mulher; melhora o tônus muscular e promove um 
maior relaxamento; melhora a função intestinal, pois a constipação é uma queixa 
comum entre as gestantes; melhora o condicionamento do aparelho 
cardiorrespiratório; facilita o trabalho de parto, tornando-o mais efetivo e menos 
doloroso; promove uma recuperação mais rápida do parto, além de aumentar a auto-
estima dagestante, proporcionando um bem-estar físico e emocional. 
11.1.2 Objetivo Específico 
 Alongamento muscular; 
 Fortalecimento de grupos musculares específicos; 
 Relaxamento; 
 Exercícios respiratórios; 
 Reeducação postural. 
11.2 Técnica 
Começa com uma caminhada dentro da piscina, que dura em média 5 
minutos, e alongamento dos grupamentos musculares, completando assim 10 a 15 
minutos de aquecimento; depois são realizados os exercícios direcionados ao 
fortalecimento de grupos musculares específicos, além de exercícios respiratórios e 
de reeducação postural. Essa segunda etapa dura em média 35 minutos. Ao final da 
sessão, deve ser feito também um relaxamento, que tem o objetivo de promover a 
estabilização das freqüências cardíaca e respiratória, além de relaxar as 
musculaturas ainda sob alguma tensão, durando cerca de 10 minutos. 
São utilizados alguns materiais como pranchas de natação, bolas, halteres 
próprios para a água, bastões, flutuadores de várias formas. 
Cada sessão tem uma duração de 45 a 60 minutos, não devendo ultrapassar 1 hora, 
evitando-se assim a fadiga da grávida. 
11.3 Indicações 
 Ginecologia e Obstetrícia - Pré e pós parto, gestantes. 
 Contra Indicações 
25 
 
 Febre acima de 38 º; 
 Traumas recentes em músculos e ligamentos; 
 Tendência para labirintitis, hiper sensibilidade no canal auditivo; 
 Incontinência intestinal e da bexiga; 
 Feridas abertas; 
 Doença contagiosa através da água e do ar; 
 Hiper sensibilidade a produtos químicos utilizados na manutenção da água da 
piscina; 
 Infecção grave no sistema gênito urinário; 
 Serio comprometimento do sistema cardiovascular. 
 
Se a gestante vivenciar qualquer sensação desconfortável durante ou após os 
exercícios, deve parar imediatamente a atividade e informar ao fisioterapeuta 
responsável pelas sessões bem como ao seu médico. Os sinais e sintomas de alerta 
incluem, entre outras condições a critério médico: taquicardia, tonturas, cefaléia, 
contrações uterinas, sangramentos vaginais, vazamento de líquido amniótico, 
náuseas, falta de ar, dor lombar e/ou pélvica, diminuição dos movimentos fetais, 
edema súbito de tornozelos, punhos ou face, e ganho ponderal insuficiente ou perda 
de peso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
REFRÊNCIAS 
http://www.aquabrasil.info/hidroterapia.shtml 
http://www.fisiovale.com.br/hidroterapia.html 
http://www.pucrs.br/reabilitacao/fisio-aqua.php 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.aquabrasil.info/hidroterapia.shtml
http://www.fisiovale.com.br/hidroterapia.html
http://www.pucrs.br/reabilitacao/fisio-aqua.php

Outros materiais