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!1 AMPUTAÇÃO Prof. Ma. Aíla Dias Seção 1.2 - Técnicas cirúrgicas de amputação………21 !2 CONCEITO ➢ Deriva do latim: Ambi = em volta de; Putatio = podar/retirar. ➢ R e t i r a d a , n o r m a l m e n t e cirúrgica, total ou parcial de um membro. INCIDÊNCIA ➢Doença Vascular periférica – 50 a 75 anos ➢Trauma - <50 anos ➢Homens – 75% !4➢ Cerca de 75% de todos os amputados são homens, associados ao trabalho ou não, e as amputações devido a doença são mais comuns em homens ➢ Aproximadamente 85% de todas as amputações são rea l i zadas nos membros inferiores INDICAÇÕES !5 ➢ Perda irreparável do aporte sanguíneo de um membro doente ou lesionado ➢ Indicadas quando uma lesão que não afeta a circulação de um membro é tão grave que seu funcionamento não pode ser restaurado ➢ Necessária para salvação da vida do paciente, quando a infecção num membro é incontrolável ou como tratamento de tumores malignos. ETIOLOGIA ➢DOENÇAS VASCULARES ➢TRAUMÁTICAS ➢QUEIMADURAS ➢INFECÇÕES ➢TUMORES MALIGNOS ➢MÁ FORMAÇÃO CONGÊNITA . !7 !8 !9 !10 ETIOLOGIA A maioria das amputações são realizadas por DOENÇA VASCULAR PERIFÉR ICA: arteriosclerose, combinada ou não com diabetes, ou algum outro tipo de patologia vascular. Esta indicação é mais frequente em pessoas idosas. ETIOLOGIA A segunda indicação mais comum para amputação é o trauma: ➢Adultos com menos de 50 anos de idade acontece sua maior incidência; ➢Mais freqüente entre os homens; ➢Mais comum nos membros inferiores. QUEIMADURAS ➢Queimaduras ou congelamentos podem destruir tecidos suficientes para tornar necessária uma amputação. ➢Como regra geral as feridas por q u e i m a d u r a s d e v e m s e r adequadamente aval iadas e a amputação realizada ao nível mais distal, compatível com uma boa cicatrização com raras exceções. !14 INFECÇÃO ➢Aguda e crôn ica, que não responde a tratamento médico ou outras medidas cirúrgicas, pode ser uma indicação de amputação. !16 TUMORES ➢Tu m o r e s b e n i g n o s r a r a m e n t e requerem amputação. No entanto, ocasionalmente podem ser tão grande ou de tal natureza que a ressecção local resultaria em um membro sem função. ➢A amputação é em geral indicada nos tumores malignos sem evidência de disseminação metastásica. !18 LESÕES NERVOSAS ➢A indicação comum de amputação após lesões nervosas é o surgimento de úlceras tróficas num membro anestésico. ➢A úlcera trófica no pé ou na mão com freqüência se torna infectada, levando a grande destruição de tecidos, por vezes, o membro se torna inteiramente sem função e a amputação e colocação de uma prótese está obviamente indicada. ANOMALIAS CONGÊNITAS ➢A ressecção cirúrgica de parte ou total de um membro devido a malformação congênita pode ser ind icada na in fânc ia ou na adolescência, o cirurgião pode prever uma função melhor após a cirurgia, favorecendo a substituição protética. !21 COMPLICAÇÕES DAS AMPUTAÇÕES EDEMA ➢A colocação de drenos no pós-operatório d e v e m i n i m i z a r a f o r m a ç ã o d o s hematomas. ➢U m h e m a t o m a p o d e r e t a r d a r a cicatrização da ferida, servindo como meio de cultura de bactérias. ➢O uso de enfaixamentos compressivos t a m b é m a j u d a m a m i n i m i z a r o aparecimento dos hematomas. !23 INFECÇÕES ➢S ã o c o m p l i c a ç õ e s d e q u a l q u e r procedimento cirúrgico, mais são mais frequentes em doenças vasculares. !24 NECROSES ➢Ocorre geralmente nas bordas da pele e pode retardar a cicatrização. !25 Necrose pós amputação de terço proximal de braço direito. CONTRATURAS ➢P o d e m s e r e v i t a d a s a t r a v é s d o posicionamento adequado do coto. ➢Um neuroma sempre se forma na extremidade de um nervo seccionado. Os neuromas doloridos podem dificultar a adaptação da prótese, devendo ser tratado cirurgicamente. !26 NEUROMAS Espículas ósseas !27 SENSAÇÃO X DOR FANTASMA ➢Após a amputação, o paciente percebe uma sensação de que a parte amputada está ainda presente (sensação fantasma). ➢Esta sensação pode ser perturbadora e dolorosa, o paciente pode relatar dor em um segmento que não existe (dor fantasma). !28 ÚLCERAS DE PRESSÃO ➢Lesão causada na pele, por interrupção sanguínea devido a pressão aumentada no contato com a prótese. ➢Pode ser necessário substituir o soquete de apoio do coto na prótese ou suspender temporariamente o uso da prótese. !29 !30 Podem ocorrer alterações na pele, como irritação, lesões, inflamações, escoriações e alteração da coloração. O processo de amputação pode causar depress ã o por distor ç ã o da imagem corporal, além das mudanças de estilo de vida. !31 ALTERAÇÕES CUTÂNEAS PROBLEMAS PSICOLÓGICOS Ocorrem por formação de esporões ósseos. Devido à má postura causada pela diferença de comprimento dos membros inferiores. !32 PROBLEMAS ÓSSEOS ESCOLIOSE NÍVEIS DE AMPUTAÇÃO DESARTICULAÇÃO GLENO-UMERAL TERÇO PROXIMAL TERÇO DISTAL DESARTICULAÇÃO DO COTOVELO TERÇO PROXIMAL TERÇO DISTAL DESARTICULAÇÃO DE PUNHO DESARTICULAÇÃO CARPAL PROXIMAL DESARTICULAÇÃO CARPAL DISTAL Amputação para MMSS !34 Amputação DESARTICULAÇÃO GLENO-UMERAL Amputação Amputação Transumeral(Terço proximal) Amputação Desarticulação de cotovelo Amputação AMPUTAÇÃO DE ANTE-BRAÇO (terço distal) !39 DESARTICULAÇÃO DE PUNHO Amputação de dedos!40 DESARTICULAÇÃO COXO-FEMORAL TRANSFEMORAL (TERÇO PROXIMAL) TRANSFEMORAL (TERÇO MÉDIO) TRANSFEMORAL (DISTAL) SUPRA-CONDILIANA DESARTICULAÇÃO DO JOELHO TRANSTIBIAL CLÁSSICA (TERÇO PROXIMAL) TRANSTIBIAL (TERÇO DISTAL) TRANSMETATARSIANA DIGITAL (TRASFALAGIANA) Amputação para MMII !41 Amputação Desarticulação de quadril (coxo-femoral) Amputação Amputação transfemoral (distal) Amputação Desarticulação de joelho Amputação Amputação transtibial (proximal) Amputação Amputação transmetatarsiana !47 DURANTE A CIRURGIA ´ Nervos devem ser inseridos profundamente para evitar neuromas. ´ Mioplastia – Inserir músculo agonista no antagonista. ´ Miodese – Inserir o músculo secionado no osso. ´ Ossos não podem ter saliências pontiagudas. ´ Osteoperiosteplastia – Unir fíbula a tíbia para formar um único apoio ao coto. ´ Anastomose dos vasos para reestabelecer a circulação. !48 SITUAÇÃO PROBLEMA ´ Uma senhora de 70 anos realiza tratamento com especialista vascular devido a uma doença vascular periférica, há dez anos. Apresenta cinco focos de úlceras no membro inferior esquerdo e, este ano, as úlceras pioraram muito. Na última consulta, seu m é dico disse que as ú lceras estavam muito infeccionadas e que o único recurso que restava era a amputação da perna. A filha da paciente, quando recebeu a notícia, ficou muito preocupada com a situação, e a maior delas era sobre quais as possíveis complicações pós-cirúrgicas da amputação. !49 !50 BIBLIOGRAFIA BÁSICA: CARVALHO, J. A. Órteses: um recurso terapêutico complementar. Barueri, SP: Manole: 2006. CARVALHO, J. A. Amputações de membros inferiores: em busca da plena reabilitação. 2 ed. Barueri, SP: Manole: 2003. DUTTON, M. Fisioterapia Ortopédica: exame, avaliação e intervenção. Porto Alegre: Artmed, 2007. COMPLEMENTARES: BARNES, R. W.; COX, B. Amputação: manual ilustrado. São Paulo: Revinter, 2003. DE LUCCIA, N. Amputação e reconstrução nas doenças vasculares e no pé diabético. São Paulo: Revinter, 2006. (COMPRAR) EDELSTEIN, J. E.; BRUCKNER, J. Órteses: abordagem clínica. São Paulo: LAB, 2006. HEBERT, S; XAVIER, R; PARDINI, JR. A; BARROS FILHO, T. E. P. Ortopedia e Traumatologia: Princípios e Prática. 3 ed. Porto Alegre: Artmed, 2003. STOKES, M. CASH: Neurologia para fisioterapeutas. São Paulo: Editora Premier, 2000.
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