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PÂNCREAS ENDÓCRINO E DIABETES/REGULAÇÃO DA FOME

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VICTORIA CHAGAS – FACULDADES PEQUENO PRÍNCIPE – T10 
PÂNCREAS ENDÓCRINO 
 
 Produz hormônios que controlam/regulam o 
metabolismo da glicose, ácidos graxos e dos 
aminoácidos – liberados na corrente sanguínea 
 ILHOTAS PANCREÁTICAS (LANGERHANS) 
 4 tipos de células: 
- ALFA: GLUCAGON (20%), mais na borda 
- BETA (β): INSULINA e amilina (65%), parte central 
- DELTA (δ): SOMATOSTATINA (10%) 
- PP: POLIPEPTÍDEO (5%) 
 
 A insulina inibe a secreção do glucagon, a amilina inibe a secreção de insulina e a 
somatostatina inibe tanto a secreção de insulina como de glucagon 
 
❖ INSULINA 
 
 Hormônio peptídico 
(proteína pequena). Duas 
cadeias lineares, A (21 AA) 
e B (30 AA) 
 Carboidratos em excesso 
-> armazenados sob a 
forma de glicogênio 
(fígado e músculos) 
 Excesso de carboidrato que não pode ser armazenado na 
forma de glicogênio é convertido sob o estímulo da 
insulina, em gordura e armazenado no tecido adiposo 
 Meia vida de 6-8 minutos 
 
❑ SÍNTESE 
 Duas cadeias conectadas por pontes dissulfeto 
 Pré-pró-insulina -> clivada no RE -> pró-insulina 
(3 cadeias – A, B e C) -> clivado no aparelho de golgi em 
grânulos secretores -> Insulina 
 Peptídeo C pode ser usada nos pacientes diabéticos para 
ver quanto de sua insulina natural está sendo produzida 
 Degradado pela enzima insulinase, em sua maior parte no 
fígado, e nos rins e músculos. Rompe ligações dissulfeto. 
Cadeias A e B inativas e excretadas na urina. 
 GLP-1 e o GIP (peptídeo inibidor gástrico) produzidos pelas 
células no intestino (jejuno e íleo) estimulam a liberação 
antecipatória da insulina, evitando um aumento súbito na 
concentração de glicose. 
 
VICTORIA CHAGAS – FACULDADES PEQUENO PRÍNCIPE – T10 
❑ SECREÇÃO DE INSULINA PELAS CÉLULAS β 
 
1. Transporte de glicose na célula beta. 
GLUT 2 – transportador específico para a glicose 
– difusão facilitada. 
2. Forma ATP 
3. Quando ATP aumenta, fecha canais de K+ 
4. O fechamento dos canais DESPOLARIZA a célula. 
5. Despolarização abre os canais de Ca 2+ 
6. O Ca 2+ flui para dentro da célula até concentração 
aumentar (cálcio estimula microtúbulos) 
7. Aumento do Ca intracelular provoca a 
secreção da insulina 
 
 
❑ MECANISMO DA CAPTAÇÃO DA INSULINA 
 
 A ação da insulina nas células-alvo começa quando o 
hormônio se liga a seu receptor na membrana da célula 
(um tetrâmero composto por duas subunidades α e duas 
subunidades β) 
1. INSULINA SE LIGA A UMA DAS SUBUNIDADES ALFA DO 
RECEPTOR. Há alteração conformacional que ativa a 
tirosinocinase na subunidade β, que se fosforila, em 
presença de ATP (subunidade se autofosforila.) 
2. TIROSINOCINASE ATIVADA FOSFORILA DIVERSAS 
PROTEÍNAS OU ENZIMAS como as do grupo de substratos 
do receptor de insulina (IRS) – tipos diferentes de IRS se 
expressam em diferentes tecidos. 
3. Segundos depois que a insulina se acopla aos 
receptores de membrana, as membranas de 80% das 
células aumentam muito a sua captação de glicose. 
4. Os receptores de insulina são internalizados (captado) 
por sua célula-alvo por endocitose. O receptor de 
insulina é degradado pelas proteases (ou armazenado) 
 
❑ AÇÃO DA INSULINA 
 
 Faz a concentração de glicose no sangue diminuir, 
 Provoca a inserção de transportadores de glicose 
 – GLUT 4 – nas membranas celulares (musculares e 
adiposas). 
 Nos hepatócitos, há presença de GLUT2 
permanentemente na membrana. Portanto, quando a 
insulina se acopla no receptor ela ativa a enzima 
glicocinase, que converte a glicose em glicose 6-
fosfato, permitindo a conversão da glicose em 
glicogênio. 
 
 
VICTORIA CHAGAS – FACULDADES PEQUENO PRÍNCIPE – T10 
❖ GLUCAGON 
 O glucagon é 
polipeptídio de 
cadeia linear 
simples com 29 
aminoácidos 
 O glucagon é 
sintetizado como 
pré-pró-glucagon. 
 O peptídeo de sinalização e outras sequências peptídicas são removidos, para a produção 
do glucagon que depois é armazenado em grânulos densos 
 Diminuição do influxo de cálcio na célula causa a secreção do glucagon 
 
❑ AÇÕES DO CLUCAGON 
 
 As principais ações do glucagon 
são no fígado (em contraste 
com a insulina, que age sobre o 
fígado, tecido adiposo e tecido 
muscular). 
 Interage com receptores 
celulares de membrana 
(proteína G) 
 
TANTO INSULINA QUANTO GLUCAGON AUMENTAM SEUS NÍVEIS COM INGESTÃO DE 
AMINOÁCIDOS 
 
❖ SOMATOSTATINA 
 Polipeptídio com 14 aminoácidos 
 INIBE: glucagon, insulina e funções gastrointestinais 
 Diminui motilidade do estômago e do duodeno 
 
➔ DIABETES MELITOS 
 
 Vasos sanguíneos em diversos tecidos começam a funcionar anormalmente resultam 
aporte inadequado de sangue. Isso leva a aumento do risco de ataque cardíaco, 
derrame, doença renal, retinopatia, cegueira, isquemia e gangrena nos membros. 
 
❑ TIPO 1 (INSULINODEPENDENTE): é causado pela destruição das células β, 
 frequentemente, como resultado de processo autoimune. Assim, o paciente diabético do tipo I é 
magro, tem grandes possibilidades de apresentar cetoacidose diabética 
 O tratamento é a administração subcutânea de insulina, dieta controlada e exercícios 
 
❑ TIPO 2 (NÃO INSULINO DEPENDENTE): Causado pela resistência à insulina. 
 Cerca de 90% a 95% de todos os casos de diabetes mellitus. 
 frequentemente, associado à obesidade 
 O tratamento do diabetes mellitus tipo II inclui restrição calórica e redução de peso, tratamento com 
fármacos sulfonilureias (p. ex., tolbutamida ou gliburida) 
VICTORIA CHAGAS – FACULDADES PEQUENO PRÍNCIPE – T10 
REGULAÇÃO DA FOME 
 Os núcleos laterais do hipotálamo funcionam como o centro da fome, e a estimulação 
dessa área faz com que o animal coma vorazmente – liberação de GRELINA 
 Os núcleos ventromediais do hipotálamo funcionam como o centro da saciedade. 
Acredita-se que esse centro promova sensação de satisfação nutricional que inibe o 
centro da fome – liberação de LEPTINA 
 Os núcleos paraventricular, dorsomedial e arqueado do hipotálamo também 
desempenham papel importante na regulação da ingestão de alimentos. 
 O hipotálamo recebe sinais neurais do trato gastrointestinal que fornecem informação 
sensorial sobre o enchimento gástrico, sinais químicos dos nutrientes no sangue (glicose, 
aminoácidos, ácidos graxos), que significam saciedade, sinais dos hormônios 
gastrointestinais, sinais dos hormônios liberados pelo tecido adiposo e sinais do córtex 
cerebral (visão, olfato e paladar) que influenciam o comportamento alimentar. 
- Substâncias orexígenas -> estimulam a alimentação 
- Substâncias anorexígenas -> inibem a alimentação 
 
➔ LEPTINA (+ SACIEDADE) 
 hormônio peptídico (anorexígeno) de 167 aminoácidos, produzida principalmente por 
adipócitos (células do tecido adiposo), mas também na glândula mamária, músculo 
esquelético, epitélio gástrico e trofoblasto placentário. 
 INSULINA E CCK 
 + POMC/A-MSH/CART 
 Sua ação no SNC reduz ingestão alimentar e aumento do gasto energético. 
 Quando o estoque de gordura aumenta, adipócitos secretam mais leptina 
 
➔ GRELINA (+ FOME) 
 hormônio orexígeno de cadeia curta (28 aa) liberado pelas células oxínticas do estômago 
e em grau menor pelo intestino. 
 Os níveis de grelina se elevam durante o jejum, têm seu pico antes da alimentação e cai 
rapidamente após a refeição, tendo papel na estimulação da ingestão alimentar. 
 + AGRP/NPY 
 Pode estimular o hormônio do crescimento. 
 
➔ NEUROPEPTÍDEO Y (NPY) 
 É um neurotransmissor encefálico que parece ser o estímulo para a ingestão alimentar 
(reduz o gasto energético) 
 É um hormônio orexígeno 
 a leptina inibe o NPY em uma via de retroalimentação negativa. 
 
➔ PEPTÍDEO YY (PYY) 
 Secretado em todo trato gastrointestinal, porém com maior parte pelo íleo e pelo cólon 
 Influenciado pelas calorias ingeridas e pela composição do alimento, e também é mais 
influenciada pelos adipócitos 
 Inibe GRELINA

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