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FISIOLOGIA – AULA 07 Isadora Goellner 2020.1 O pâncreas é uma glândula exócrina e endócrina, que desempenha papel fundamental na digestão e no metabolismo, utilizando e armazenando substrato energético. ANATOMIA A glândula é retro-peritoneal, próxima ao duodeno e dividida em cabeça, corpo e cauda. Parte exócrina: agrupada em lóbulos (ácinos), dividida por tecido conjuntivo e conectada ao conduto que drena no ducto pancreático e no duodeno: líquido alcalino rico em enzimas digestivas. Parte endócrina: pequeno grupo de células endócrinas, mergulhado nos ácinos, denominadas de lhotas de Langerhans, nas quais predominam células α e β. ENZIMAS DIGESTIVAS: bicarbonato de sódio PÂNCREAS O pâncreas contem 1 milhão de ilhotas, que perfazem 1% de sua massa e secretam: Células α: 18 a 20 % secretam glucagon Células β: 73 a 75% secretam insulina e amilina Células D: 4 a 6% secretam somatostatina Células PP: polipeptÍdeo No interior das ilhotas: Células β são centrais Células estão no dorso Células polipeptídicas na região ventral Circulação Ínsulo-Acinar Portal: FISIOLOGIA – AULA 07 Isadora Goellner 2020.1 ANATOMIA FUNCIONAL O sangue venoso é drenado na veia porta hepática, ficando o fígado como órgão principal de ação dos hormônios pancreáticos. O suplemento sanguíneo deriva da artéria esplênica e das artérias pancreático duodenal, superior e inferior. O sangue corre do centro para a periferia e por isto as células alfa e D recebem altas concentrações de insulina das células β. Estas concentrações locais de insulina inibem o glucagon e a somatostatina. Os nervos parasimpático,simpático e sensitivos,inervam as ilhotas. Adrenalina estimula o glucagom e a hiperglicemia e inibe a insulina INSULINA ESTÍMULO PARA SÍNTESE Glicose: as células beta do pâncreas são os mais importantes sensores de glicose do organismo. O aumento de glicose sanguínea leva a um aumento na secreção de insulina. Aminoácidos: a ingestão de proteínas causa um aumento transitório dos níveis plasmáticos de aminoácidos induzindo a secreção de insulina. Hormônios intestinais: incretinas também estimulam a secreção de insulina. SÍNTESE CONSTITUIÇÃO • A pró insulina é formada de uma cadeia alfa e β terminal ligada ao peptídeo C. • O peptídeo C é retirado formando a insulina madura. • A insulina é um hormônio polipeptídico constituído por duas cadeias e ( 51 aminoácidos) unidas por duas pontes dissulfeto. • A insulina e o peptídeo C são armazenados no aparelho de Golgi sendo liberados juntos no citoplasma • A estimulação da celula β leva a exocitose liberando insulina e pepitideo C LIBERAÇÃO Glicose gera ATP que bloqueia canal de K e abre canal de cálcio com exocitose da insulina. FISIOLOGIA – AULA 07 Isadora Goellner 2020.1 INSULINA HUMANA COMERCIAL SÍNTESE E LIBERAÇÃO DA INSULINA A célula β possui receptores de glicose e de insulina, podendo regular sua própria liberação de insulina através de mecanismo regulador autócrino de auto-regulação, (liberação de insulina induzida pela insulina). SÍNTESE E LIBERAÇÃO DE INSULINA na célula β, é dependente do metabolismo da glicose na célula Beta TRANSPORTADORES DE GLICOSE Transportadores de Membrana Específicos: -GLUT -Na maioria dos tecidos A célula β funciona como sensor de energia, que responde às mudanças nos níveis plasmáticos de substratos energéticos. FISIOLOGIA – AULA 07 Isadora Goellner 2020.1 Co-transporte com o íon Sódio (SGLT): -Célula intestinal e túbulo proximal renal, fazem recaptação da glicose para o sangue. Exceção dos hepatócitos e neurônios e hemácias. SÍNTESE E LIBERAÇÃO DE INSULINA NA CÉLULA β 1. Transportador Glut-2 facilita entrada de glicose no pâncreas 2. ENZIMA GLICOCINASE é o sensor de glicose, ao entrar em contacto fosforila a glicose 3. A glicose oxidada forma ATP, fecha o canal de K ,a célula despolariza abrindo o canal de cálcio e entra cálcio na célula 4. O aumento do cálcio plasmático estimula a vesícula secretora e ocorre exocitose. LIBERAÇÃO DE INSULINA A liberação ocorre em resposta aos níveis de glicose e amino-ácido na refeição e hormônios gastrointestinais. A liberação de insulina é pulsátil e rítmica. O pico rápido dura 1 minuto. Após 10 minutos inicia a segunda fase e sobe lentamente fazendo um plâto. 1º FASE: estimulação transitória da secreção rápida, liberação seguida de declínio (dura minutos), grânulos próximos a membrana. insulina pré formada 2º FASE: consiste aumento gradual da secreção até nível de platô (dura horas), sendo que a insulina é recém sintentizada. METABOLISMO DA INSULINA • A insulina tem meia vida de 6 minutos , liberada no sangue parte se liga ao receptor e o restante é degradada no fígado (80%) , rim e músculo pelas insulinases . • O peptídeo C tem meia vida longa e não é degrado pelo rim sendo usado como índice da capacidade secretora do pâncreas. • Os sensores de glicose estão presentes no intestino, ilhotas do pâncreas e hipotálamo. SÍNTESE DA INSULINA • Fatores que influenciam a liberação de insulina pela célula β em resposta à glicose se ligam a receptores de membrana celular da célula beta. OS RECEPTORES DE INSULINA Receptor de membrana composto de duas subunidades alfa e β ligadas por ponte dissulfeto. A cadeia alfa extracelular onde se liga a insulina. A cadeia β na porção intracelular ativa a via tirosina quinase gerando várias proteínas conhecidas como IRS (substrato receptor de insulina). FISIOLOGIA – AULA 07 Isadora Goellner 2020.1 IRS: substrato dos receptores de insulina, dependo do tecido, desencadeiam uma cascata de enzimas que geram o efeito metabólico ou o efeito-GH like. SUBSTRATOS DOS RECEPTORES DE INSULINA: VIA PI3, CINASE MEDIAÇÃO DE EFEITOS METABÓLICOS DA INSULINA SUBSTRATOS DOS RECEPTORES DE INSULINA: VIA MAPK VIA PROLIFERATIVA GH LIKE O bloqueio farmacológico dessa via previne a ação da insulina no crescimento celular, mas não tem efeito nas ações metabólicas do hormônio. Down regulation: excesso de insulina reduz seus receptores devido aceleração da degradação intracelular. MODULADORES DOS RECEPTORES DE INSULINA ↑ exercício ↓ dieta hc e gorduras ↓ insulina ↓ obesidade ↓ cortisol e adrenalina EFEITOS FISIÓGICOS DA INSULINA A ação resultante de todos os efeitos da insulina no organismo é a redução do nível de glicose sanguíneo, sendo considerado um hormônio hipoglicemiante. PRECOCE: a insulina medeia cerca de 40% da glicose do corpo, cuja maior parte, 89 a 90%, ocorre no músculo. O deslocamento para o interior da célula é mediado por proteínas carreadores ou transportadoras de glicose: GLUT-4, GTUT-2 FISIOLOGIA – AULA 07 Isadora Goellner 2020.1 INTERMEDIÁRIOS: inibe a lipólise, cetogênese, utilização hepática da glicose, armazenamento de glicose e lipídeos LONGO PRAZO: efeitos mitogênicos e promoçãode crescimento mediado pela via MAPK. FÍGADO: -Capta glicose pelo fígado e estoca como glicogênio. -Inibe a quebra do glicogênio em glicose -Aumenta enzimas glicogênio sintetase. -Aumemta a glicoquinase para difusão da glicose. -Conversão da glicose em ácidos graxos e triglicérides. -Inibe a gluconeogênese. MÚSCULO: -Captação de glicose pelo músculo. -Estoca glicogênio no músculo. -Facilita a entrada de glicose no músculo. TECIDO ADIPOSO: -Aumenta a utilização de glicose no corpo e reduz necessidade de utilização dos ácidos graxos, -Promove a síntese de glicerol, que combinado com ácidos graxos forma triglicérides, que é a forma de armazenar gordura. -Inibe a quebra de gordura pela lipase e estimula lipase lipoproteica. Efeitos mitogênicos e promoção de crescimento com o AUMENTO da insulina: -AUMENTAM O TÔNUS VASCULAR -HIPERTENSÃO -ÁTEROESCLEROSE -DOENÇA CÁRDIOVASCULAR METABOLISMO DO CARBOIDRATO - O cérebro é permeável à glicose e não necessita de insulina como vetor. GLUCAGON POLIPEPTÍDEO de 20 aminoácidos, secretados pela célula α, sintetizado à partir do pró-glucagon. Pró-glugacon também é expresso em células de outros tecidos, como as entero-intestinais, e no SNC. O pró-glugacon também é expresso em células de outros tecidos, como as entero-intestinais, e no SNC. O pro glucagom no pancreas se transforma em glucagon e no intestino GLP1 Glucagon x GLP-1 GLUCAGON: -Síntese é estimulada pela hipoglicemia. GLP_1: -Peptídeo semelhante a glucagon 1 (Glucagon-like peptide) estimulada pelo aumento de glicose na luz do intestino. Estimula a ação da insulina nas células β e inibe o glucacon -Promovem dilatação e gástrica e redução do apetite. GLUCAGON Refeições ricas em carboidrato inibem o glucagon. Somatostatina inibe o glucagon. Adrenalina e cortisol estimulam o glugagon. EFEITOS DO GLUCAGON FISIOLOGIA – AULA 07 Isadora Goellner 2020.1 RECEPTOR DE GLUCAGON Tipo proteína G, expresso no fígado, células β, cérebro, estômago e adrenal. SOMASTOTATINA E POLIPTÍDEOS: moduladores SOMASTOTATINA o SNC E PÂNCREAS o Peptídeo de 14 aminoácidos, secretados pelas células D do pâncreas. o Inibe a insulina e glicose o REDUZ O GH POLIPEPTÍDEO PANCREÁTICO o O polipeptídeo pancreático: pertencem a família dos neuropeptídeos Y. o É produzido pelas células F, localizadas na periferia das ilhotas o Liberado na hipoglicemia e após exercício o Atravessa a barreira hemato-encefálica e tem relação com o aumento do apetite. AMILINA o É um polipeptídeo pancreático de 37 aminoácidos, pertencente à família da calcitonina. o Age como a insulina na regulação da glicemia e suprime o glucagon. o É a primeira a ser afetada antes do diabetes aparecer HIPOFUNÇÃO DO PÂNCREAS DIABETES Glicemia de jejum > 126mg/dl de jejum ou 200mg/dl em qualquer horário Sintomas: poliúria, polidipsia, polifagia -Sede com aumento do número de micções e volume urinário -Baixa imunidade -Coceira no corpo -Vermelhidão na face -Perda de peso e fome -Desidratação RESISTÊNCIA INSULÍNICA -Ocorre incapacidade dos tecidos periféricos de responderem a concentrações de insulina normais. -Em geral precede o diabetes em anos com um aumento da produção de insulina. -Estafa do pâncreas parcial e total após algum tempo levando ao diabetes TIPOS DIABETES -Tipo 1: auto-imune, resulta da perda das células β e pode evoluir com cetoacidose, desidratação e coma. Ocorre com maior frequência em crianças e apresentam anticorpos contra o pancreas. -Tipo 2: deficiência parcial de insulina geralmente em adultos após período de resistência insulínica por obesidade ou decorrentes de outros fatores que levam falência pancreática. -Outros : LADA, MODY, gestacional etc. HIPERFUNÇÃO DO PÂNCREAS INSULINOMA: tumor produtor de insulina que levam a episódios de hipoglicemia, sudorese, palpitação e desmaios. OBS: vídeo auxílio para estudos, segue o link • https://youtu.be/nyvu2euX8tM https://youtu.be/nyvu2euX8tM
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