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História da Arte Roma Arte em Roma • O aparecimento da cidade de Roma, em 753 a.C., está envolto em lendas e mitos. A formação cultural dos romanos foi influenciada principalmente por gregos e etruscos. • Assim, a arte romana assimilou, da arte greco-‐ helenís:ca, a busca por expressar um ideal de beleza, e, da arte etrusca, mais popular a preocupação em expressar a realidade da vida. Arte em Roma • Durante mil anos, da República (509 a.C.-‐ 27 a.C) ao Império (27 a.C.-‐476 d.C.), os territórios romanos se estenderam das ilhas britânicas, passando por toda a Europa Ocidental, Grécia, regiões do norte da África e do Oriente Médio, até o Mar Cáspio. Arte em Roma • A arte permaneceu mais ou menos inalterada enquanto os romanos conquistavam o mundo e fundavam seu próprio império sobre as ruínas dos reinos helênicos. • Os romanos :nham a tradição de reproduzir aspectos da arte grega, fazendo, inclusive, cópias de esculturas gregas. • Em 200 a.C. A enorme demanda por estátuas gregas em Roma, provoca uma inundação de cópias em mármore e bronze feitas a parWr de moldes de gesso. Arte em Roma • A arte só mudou quando Roma se tornou senhora do mundo (a parWr de 40 a.C.). • A mais notável realização dos romanos se deu na área da engenharia civil. Suas estradas, aquedutos, banhos públicos, que hoje mesmo em ruínas, ainda são impressionantes. Engenharia e arquitetura Arte em Roma Arquitetura: • Uma importante caracterís:ca da arquitetura romana é o uso de arcos. Aqueduto de Segóvia Espanha. Arte em Roma Arquitetura: • Os romanos costumavam erguer seus templos num plano mais elevado de modo que a entrada só era alcançada por uma escadaria, construída diante da fachada principal. • Esses elementos arquitetônicos – pór:co e escadaria – tornavam a fachada principal bem disWnta das laterais e do fundo do edi]cio. • Eles não :nham, portanto, a mesma preocupação dos gregos: fazer os lados do templo semelhantes dois a dois, frente e fundo; laterais. Maison Carré, Em Nimes, França. Arte em Roma • Nem todos os templos, porém resultaram da soma da tradição romana com os ornamentos gregos. Enquanto a concepção arquitetônica grega criava ediIcios para serem vistos do exterior, a romana procurava criar espaços interiores. • O Panteão, construído em Roma durante o reinado do imperador Adriano, é certamente o melhor exemplo dessa diferença. • Os romanos tornaram-‐se grandes especialistas na arte de construção de abóbadas que podem ser consideradas outra importante caracterís:ca da arquitetura romana. Panteão, em Roma. As abóbadas podem ser consideradas outra importante caracterís:ca da arquitetura romana. Panteão, em Roma. Panteão, em Roma. Arte em Roma • Planejado para reunir a grande diversidade de deuses existentes em todo o Império, o Panteão, com sua planta circular fechada por uma cúpula, cria um local isolado do exterior onde o povo se reunia para o culto e foi converWdo em igreja no início da era cristã. Por esse moWvo nunca se permiWu que se desfizesse em ruínas. Panteão, em Roma. Arte em Roma A concepção arquitetônica do teatro • Graças ao uso de arcos e abóbadas, os romanos construíram edi]cios bem amplos, sobretudo anfiteatros (grego amphi (dois) téathron (teatro) significa ‘teatro com assento dos dois lados do palco’). DesWnados a abrigar muitos espectadores, esses anfiteatros alteraram significaWvamente a planta do teatro grego. Arte em Roma • Do ponto de vista estrutural, os romanos possuíam uma engenharia magnífica, que foi aplicada na construção de grandes teatros. • Os gregos escolhiam locais em declive para construção de teatros, já os romanos espalham seus grandes teatros onde havia grande concentração de gente. Arte em Roma • O Coliseu é certamente o mais belo e famoso dos anfiteatros romanos. Externamente, esse edi]cio era ornamentado por esculturas, que ficavam dentro dos arcos, e por três ordens de colunas gregas. Meias colunas pois ficavam presas a estrutura das arcadas. Não Wnham a função de sustentar a construção, mas apenas de ornamentá-‐la. • Três ordens de arcos sobrepostos, desWnados a sustentarem os assentos do vasto anfiteatro interior. O andar térreo é uma variação do es:lo dórico, o segundo andar é jônico, e o terceiro e o quarto são meias colunas corín:as. Se passarmos os olhos por nossas cidades certamente encontraremos exemplos dessa influência. Coliseu, em Roma. Coliseu, em Roma. “Pão e circo” Os romanos perceberam que o Teatro poderia ser usado como arma políWca, fazendo assim um programa de dominação das massas. A primeira grande modificação foi: • o esvaziamento das ideias conWdas no teatro grego. Agora, para os romanos, esta arma serviria apenas para a diversão de uma plateia. A ideia era dar diversão e com isso dominar o pensamento do povo e mostrar poder dos dirigentes. Agora o que importava era o espetáculo e não a ideia e a reflexão conWdas nele. “Pão e circo” No teatro romano a elevação do palco e a profundidade eram maiores que no teatro grego. Quanto à plateia, agora os romanos criam a disWnção entre as pessoas do público. A plateia era dividida por classes sociais, onde os melhores lugares eram reservados para uns poucos privilegiados. “Pão e circo” • O teatro Romano criou uma série de espetáculos muito disWntos dos espetáculos gregos, com isso a estruturados edi]cios, foi se tornando complexa para atender às necessidades técnicas. • Na Roma anWga, a arena oval ou circular do anfiteatro era desWnada a espetáculos públicos, combates de feras ou de gladiadores, jogos e representações teatrais. “Pão e circo” Havia o Cursus, que cobria todos os Wpos de corridas, principalmente: • as corridas de carros, bigas e quadrigas, • os esportes pugilísWcos e bélicos, • o espetáculo que exibia lutas entre pessoas e animais selvagens. Arte em Roma Obras públicas A arte romana revela-‐nos um povo de grande espírito prá:co: estabeleceu colônias e construiu casas, templos, termas, aquedutos, mercados e ediIcios governamentais. Uma das mais representaWvas obras da construção civil dos romanos é o aqueduto conhecido até nossos dias por Le Pont du Gard (século I a.C.). Aqueduto Le Du Pont Gard, França Aqueduto Le Du Pont Gard, França O Poder político da arte Arte e polí:ca estavam fortemente relacionadas no mundo da Roma an:ga. Os líderes sabiam do poder que a arte :nha de promover seus ideais polí:cos, assim como de celebrar suas conquistas em tempos de guerra e também de paz. Monumentos públicos, auto-‐relevos comemora:vos, desenhos reproduzidos em objetos e moedas espalhados por todo o Império Romano e serviam de obras de publicidade imperial. O Poder político da arte Durante o Império, imperadores e seus familiares eram retratados em poses de comando, liderando um exército numa batalha ou dando comida aos pobres. Um tema comum na arte romana é o do imperador se dirigindo à mul:dão. Arte em Roma Arcos triunfais Os arcos triunfais que os romanos erigiram em todo o seu império, na Itália, na França, África do Norte e Ásia. Os arcos triunfais usam métodos que emolduram e acentuaram a grande portada central e aberturas mais estreitas. Arco Triunfal de Tibério, Orange, sul da França. Arco Triunfal de Palmira-‐Siria Destruido recentemente pelo Estado Islamico. Pintura Arte em Roma A pintura, murais e o mosaico • Os trabalhos de murais e mosaicos descobertos em Pompéia e Herculano e em outros lugares são os únicos meios de se ter uma ideia sobre a pintura an:ga. • Pompéia era uma cidade de veraneio habitada por famílias abastadas, foi sepultada sob as cinzas do Monte Vesúvio quando se deu a erupção em 79 d.C. Quase todas as casas e vilas dessa cidade :nham pinturas murais, colunatas e galerias ilustradas, imitações de quadros emoldurados e de cenários para palcos teatrais. Arte em Roma Alguns esWlos de pintura em Pompéia: 1 – Os arWstas usavam relevos pintados nos rebocos que se assemelhavam ao mármore colorido. 2 – Exibia elementos arquitetônicos como peitoris e colunas, que eram pintados com sombras para criar um efeito tridimensional (tromp l’oeil). Personagens em tamanho natural povoavam cenas mitológicas, religiosas ou teatrais. Afresco na Vila dos Mistérios, em Pompéia. Culto a Dionísio – cores vivas. • Trompe-‐l’oeil -‐ Recurso técnico-‐arrsWco empregado com a finalidade de criar uma ilusão de óWca, como indica o senWdo francês da expressão: tromper, "enganar", l'oeil, "o olho". Seja pelo emprego de detalhes realistas, seja pelo uso da perspecWva e/ou do claro-‐escuro, a imagem representada com o auxílio do trompe l'oeil cria no observador a ilusão de que ele está diante de um objeto real em três dimensões e não de uma representação bidimensional. Exemplos de tromp l’oeil EsWlo renascenWsta Exemplos de tromp l’oeil EsWlo renascenWsta Exemplos de tromp l’oeil EsWlo renascenWsta Exemplos de tromp l’oeil Atual Afrescos em Pompéia. Séculos II a.C. e I d.C. Escultura Arte em Roma A escultura • Embora fossem grandes admiradores da arte grega, os romanos eram muito diferentes dos gregos. Por serem realistas e prá:cos, suas esculturas são em geral uma representação das pessoas, e não a de um ideal de beleza humana, como fizeram os gregos. • Ao entrar em contato com os gregos, os escultores romanos sofreram forte influência das concepções helenísWcas da arte, mesmo não abdicando de um interesse muito próprio: representar os traços caracterís:cos do retratado. Mas na estátua do primeiro imperador romano – Augusto – 19 a.C. o escultor usou como referência o Doríforo de Policleto, porém procurou captar as feições reais de Augusto e o vesWu com uma couraça e uma capa romana. Augusto de Prima Porta 19 a.C. Doríforo de Policleto 440 a.C. Imperador Vespasiano 70 d.C. Arte em Roma • A preocupação dos romanos com representações bastante realistas pode ser observada não só nas estátuas de imperadores, mas também nos relevos esculpidos em monumentos que celebram feitos importantes do Império Romano. Arte em Roma Monumentos comemora:vos • Os romanos quiseram proclamar suas vitórias e contar a história de suas campanhas militares erguendo colunas que narravam através de relevos a história das batalhas. • Coluna de Trajano, erguida no século I da era cristã, narra as lutas do imperador e dos exércitos romanos na Dácia. • O imenso número de figuras esculpidas em relevo faz da obra um importante documento histórico em pedra. Pela expressividade das figuras ou cenas, ela adquire também grande valor arrsWco. Coluna de Trajano, em Roma. 114 d.C. Detalhe da Coluna de Trajano, em Roma. 114 d.C. Arte em Roma Monumentos comemora:vos • A coluna de Marco Aurélio, em Roma,erguida em menos de um século depois da coluna de Trajano, celebra o êxito do romanos contra os povos bárbaros. Coluna de Marco Aurélio, em Roma. Arte em Roma • Depois das primeiras décadas do século III, os imperadores romanos começaram a enfrentar tanto lutas internas pelo poder quanto a pressão dos povos bárbaros que, cada vez mais, invesWam contra as fronteiras do Império. Com isso , o interesse pelas artes diminuiu e poucos monumentos foram erguidos por ordem do Estado. • Começava a decadência do Império Romano que, no século V, precisamente em 476, perdeu seu domínio sobre o vasto território do Ocidente para os imperadores germânicos.
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