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1690335230apostila_arte_vr_2023

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ARTE 
@vestibularesumido
Capítulos de Arte 
1. ARTE NA PRÉ-HISTÓRIA……………………………….………………….………………………PÁG. 5 
2. ARTE DA MESOPOTÂMIA………………………….……………………………..………………PÁG. 8 
3. ARTE EGÍPCIA…………….……………………………………………………………………..……PÁG. 10 
4. ARTE GREGA…….……………………………………………………………………………………PÁG. 13 
5. ARTE ROMANA…….……………………………………………………………..…………………PÁG. 16 
6. ARTE BIZANTINA……………………………………………………………………………………PÁG. 18 
7. ARTE RENASCENTISTA NA IDADE MODERNA……………………………………..……PÁG. 21 
8. ARTE BARROCA E ROCOCÓ…………………………………………………..………………PÁG. 26 
9. ROMANTISMO………………………………………………………………………………….……PÁG. 28 
10. REALISMO……………………………………………………………………………………………..PÁG. 31 
11. PAUL CÉZANNE, UM PRECURSOR………………………………………………………..…PÁG. 34 
12. CUBISMO…………………………………………………………………………………………..….PÁG. 35 
13. FUTURISMO………………………………………………………………………………………..…PÁG. 37 
14. VINCENT VAN GOGH E O EXPRESSIONISMO……………………………………….…PÁG. 38 
15. EXPRESSIONISMO ALEMÃO…………………………………………………………………. PÁG. 39 
16. EXPRESSIONISMO NO TEATRO…………………………………………………………..…PÁG. 42 
17. O CINEMA EXPRESSIONISTA………………………………………………………………...PÁG. 43 
18. EXPRESSIONISMO NA DANÇA……………………………………………………….….…..PÁG. 44 
19. BAUHAUS………………………………………………………………………………..….………..PÁG. 45 
20. NOVOS SISTEMAS……………………………………………………………………..…...…..PÁG. 46 
2
@vestibularesumido
21. A AVENTURA DADAÍSTA…………………………………………………………………..…..…PÁG. 47 
22.A EXPERIÊNCIA SURREALISTA…………………………………………………………….…. PÁG. 52 
23.MARIA MARTINS E O SURREALISMO NO BRASIL…………………………………..…PÁG. 55 
24.SURREALISMO NO MÉXICO…………………………………………………………….……...PÁG. 56 
25.CAMINHOS DA ABSTRAÇÃO………………………………………………………………..…PÁG. 58 
26.ARTE REVOLUCIONÁRIA……………………………………………………………………...…PÁG. 60 
27. TRANSGRESSÕES………………………………………………………………………..….……..PÁG. 62 
28.MODERNISMO NO BRASIL……………………………………………………………………...PÁG. 63 
29.TROPICALISMO……………………………………………………………………..….…………...PÁG. 69 
30. NOVAS RUPTURAS PELO MUNDO…………………………………………………………..PÁG. 70 
31. ARTE E COTIDIANO……………………………………………………………………..….………PÁG 72 
32. OP ART……………………………………………………………………..….……………………….PÁG. 73 
33. POP ART……………………………………………………………………..….……………………..PÁG. 75 
34. REFLEXOS NO BRASIL……………………………………………………………………..…....PÁG. 78 
35.MÚSICA PÓS-SEGUNDA GUERRA……………………………………………………………PÁG. 80 
36. A MÚSICA BRASILEIRA NAS DÉCADAS DE 1950 E 1960……………………….….PÁG. 82 
37. CONCEITO E AÇÃO……………………………………………………………………..….……..PÁG. 84 
38.REPRESENTAÇÕES DO CORPO PELO MUNDO………………………………………...PÁG. 85 
39.PERSPECTIVAS ESTÉTICAS NA IDENTIDADE NACIONAL…………………….…….PÁG. 87 
40. O CORPO TRANSGRESSOR….…………………………………………………….………...PÁG. 89 
41. ARTE FEMINISTA……………………………………………………………………...….………...PÁG. 92 
3
@vestibularesumido
42.A ESCULTURA AMPLIADA……………………………………………………………………...PÁG. 94 
43. A EXPRESSIVIDADE NOS ANOS 1980: O PÓS-MODERNISMO………………...PÁG. 95 
44. 1980: A DÉCADA DO ROCK BRASILEIRO….…………………………………………….PÁG. 96 
45. A ARTE CONTEMPORÂNEA E OS NOVOS SISTEMAS VISUAIS…………………PÁG. 97 
46. O SAMBA……………………………………………………………………………………………..PÁG. 99 
47. AS FESTAS POPULARES NA CULTURA BRASILEIRA………………………………..PÁG. 100 
48.RITMOS REGIONAIS BRASILEIROS…………………………………………………………PÁG. 102 
4
@vestibularesumido
5
ARTE NA PRÉ-HISTÓRIA 
A arte na pré-história constitui uma das 
maneiras mais eficazes para que os pesquisadores 
possam reconstituir a cultura existente nos 
primórdios da humanidade.
Essa foi justamente a época em que os homens ainda 
não haviam inventado a escrita. Portanto, os 
desenhos, esculturas e objetos 
encontrados nos dão pistas de como as 
pessoas viviam e se organizavam em um 
passado muito distante.
A pré-história está dividida em três grandes períodos, 
sendo que em cada um deles a arte apresenta 
caraterísticas peculiares.
Para facilitar o estudo, confira abaixo as divisões da 
Pré-História:
• Período Paleolítico ou Idade da Pedra Lascada 
(do surgimento da humanidade até 8000 a.C.);
• Período Neolítico ou Idade da Pedra Polida (de 
8000 a.C. até 5000 a.C.);
• Idade dos Metais (5000 a.C. até o surgimento 
da escrita, por volta de 3500 a.C.).
Período Paleolítico
Nessa fase, a arte era realizada nas cavernas ou 
próximas delas, as quais eram chamadas de arte 
parietal e arte rupestre.
Desenho de cavalo na caverna de Altamira
A arte parietal recebe esse nome pois está 
relacionada com o suporte em que foi desenvolvida, ou 
seja, as paredes das cavernas. Já a Arte Rupestre era 
realizada fora das cavernas e das grutas.
Nesse período, as pinturas eram feitas nas rochas e sua 
principal característica era o naturalismo.
Além de figuras abstratas, foram desenvolvidas figuras 
de animais e homens. Geralmente, demostravam 
imagens de caça.
Ademais da arte representada nas paredes das cavernas, 
foram desenvolvidos os primeiros instrumentos e 
ferramentas com pouca sofisticação: facas, 
machados, arpões, lanças, arcos, flechas, 
anzóis.
As técnicas de produção eram simples e os materiais 
utilizados eram pedra, madeira, ossos, chifres e peles de 
animais.
Nessa época, também foram produzidas esculturas, 
geralmente figuras femininas.
Vênus de Willendorf (11 cm). Encontrada na Áustria, essa escultura data do 
período paleolítico
Vale lembrar que o homem do paleolítico (caçador e 
coletor) era nômade, ou seja, vivia em busca de comida 
e abrigo, portanto, não se fixavam nos territórios.
Período Neolítico
A arte no período neolítico já pode ser vista fora das 
cavernas. Com um clima mais ameno, o homem do 
neolítico começa a viver próximo dos rios.
@vestibularesumido
6
 
Peças de metal encontradas nos Bálcãs, datam de 5.300 a.C.
A Idade dos Metais está dividida de acordo com o 
metal mais utilizado, a saber:
• Idade do Bronze
• Idade do Cobre
• Idade do Ferro
Também encontradas nos Bálcãs, figura feminina sem cabeça e pedaços de 
madeira e metal
Nesse período, destacam-se os utensílios, 
instrumentos e ferramentas fabricados com o intuito 
utilitário. Por exemplo, os instrumentos de cozinha, 
objetos artísticos, armas, ferramentas para 
a agricultura, caça e pesca. Havia ainda 
esculturas em metal representando mulheres com 
roupas detalhadas e também guerreiros.
É desse período a invenção da roda e o arado de bois 
utilizado na agricultura. Nesse momento, também 
começam a surgir os primeiros experimentos na 
escrita.
Arte na Pré-História no Brasil
Esse período marcou o sedentarismo da raça 
humana, que deixa de ser nômade e passa a 
construir vilas. A agricultura e a criação de animais 
foram as principais características desse período.
Embora também fossem desenvolvidas com pedras, 
tal qual no Paleolítico, nota-se nesse período a 
evolução da arte, que apresentava um cuidado maior, 
como o polimento do material.
Também destacam-se os objetos feitos de cerâmica 
e a confecção de tecidos de lã e linho, em 
substituição aos trajes confeccionados com peles de 
animais.
Exemplar de peça de cerâmica do período neolítico
Importante destacar ainda a construção de 
monumentos megalíticos, que são grandes 
pedras dispostas em composições únicas. Acredita-
se que o objetivo dessas construções era para a 
realização de rituais e celebrações.
 
Cromeleque de Almendres, Évora, Portugal. Monumento megalítico 
importante na Península Ibérica
Idade dos Metais
Com a descoberta dos metais, a arte começa a 
adquirir outro aspecto. Nesse período, ela esteve 
marcada pelo desenvolvimento da metalurgia e da 
expansão das técnicas de fundição.
@vestibularesumido
7
 
Pintura Rupestre no Parque Nacional da Serra do Capivara, Piauí
No Brasil, existem alguns sítios arqueológicos, sendo 
encontradas pinturas rupestres em vários locais nos 
estados de Minas Gerais, Piauí, Rio Grande do Norte, 
Pernambuco, Paraíba, Santa Catarina e Mato Grosso do 
Sul.
Um exemplo das pinturas rupestres que podem ser encontradas no parque.
Detalhe de um dos conjuntos de pinturas rupestres do Parque Nacional do 
Catimbau.
Inscrições rupestres entalhadas em uma parte da rocha.
 
Vaso Cilíndrico marajoara, Coleção H. Law.
@vestibularesumido
8
Grandes murais, artigos utilitários e de adornoforam 
desenvolvidos pelos mesopotâmicos. Muitas pinturas 
eram produzidas para adornarem os templos e 
palácios como os murais. Utilizavam diversas cores 
(com maior incidência do preto, branco, vermelho e 
amarelo) e mosaicos para retratar sobretudo, cenas 
cotidiano, de guerra, rituais, cerimônias, deuses e 
também a história desses povos.
Arquitetura Mesopotâmica
Zigurate de Ur, na província de Dhi Qar, no Iraque
As construções arquitetônicas foram marcadas pela 
grandiosidade nas quais incluíam arcos, pinturas 
murais, esculturas e decorações em baixo relevo, 
sobretudo nos templos e palácios.
Os principais materiais utilizados para erguer essas 
construções eram a argila e os tijolos queimados e 
cozidos ao sol. Com principal exemplo, podemos citar 
o “Zigurate de Ur”, uma espécie de templo em forma 
de piramidal criado pelos sumérios para adoração dos 
deuses.
Escultura Mesopotâmica
Rainha da Noite, Antiga Deusa da Mesopotâmia
ARTE DA MESOPOTÂMIA 
A arte mesopotâmica representa as diversas 
manifestações artísticas (pintura, escultura, 
arquitetura, artesanato, literatura, etc.) que foram 
desenvolvidas pela civilização mesopotâmica 
durante cerca de 4.000 anos.
Eles habitavam as terras férteis do vale dos rios Tigre 
e Eufrates, territórios que hoje pertencem a Turquia e 
a o I r a q u e . O s p r i n c i p a i s p o v o s 
mesopotâmicos foram: os sumérios, os 
acádios, os assírios, os caldeus e os 
babilônicos.
Principais Características
Ainda que seja difícil reunir as diversas características 
que marcaram a arte mesopotâmica, visto a infinidade 
de povos e culturas que se desenvolveram na região, 
no geral, a arte mesopotâmica reflete a história, a 
política, a religião, as forças da natureza e as diversas 
conquistas dos povos que habitaram o local até o 
século VI a.C., ou seja, até a conquista dos persas.
Os principais materiais utilizados para a produção da 
arte mesopotâmica eram a argila, o adobe, a 
terracota, a cerâmica, o cobre, o bronze, o basalto, o 
ouro, a prata, o estanho, o alabastro, o junco, o 
marfim e ainda, diversas pedras preciosas.
A arquitetura mesopotâmica foi a mais 
desenvolvida das artes desse período, 
sendo marcada pela grandiosidade das 
formas. A escultura e a pintura possuíam a mesma 
finalidade decorativa, ou seja, elas foram produzidas 
para decorar os espaços arquitetônicos.
Pintura Mesopotâmica
Mosaico de Leão da Babilônia, fragmento do portão de Ishtar em Istambul, 
Turquia
@vestibularesumido
9
Muitas esculturas tinham o objetivo de ornar os 
grandes espaços arquitetônicos, tal qual as pinturas, e 
seguiam padrões naturalistas e/ou realistas. Tinham 
como principal característica a ausência de movimento, 
constituindo assim, esculturas rijas e estáticas.
Literatura Mesopotâmica
Tabuleta de argila com escrita cuneiforme do assírio antigo
Os mesopotâmicos se destacaram também na 
literatura com a criação de poemas e narrativas épicas, 
como a “Epopeia de Gilgamesh”, inspiradora da 
descrição do dilúvio em Acádio.
@vestibularesumido
10
ARTE EGÍPCIA 
A Arte Egípcia nasceu há mais de 3000 anos a.C. e 
está ligada à religiosidade, visto que a maior 
parte das suas estátuas, pinturas, monumentos e 
obras arquitetônicas se manifesta em temas 
religiosos. Assim, o interior dos templos, bem como 
as peças ou espaços relacionados com o culto dos 
mortos, eram artisticamente elaborados. Os 
túmulos são um dos aspectos mais representativos 
da arte egípcia.
Isso porque os egípcios acreditavam na 
imortalidade da alma e que ela poderia 
sofrer eternamente, caso o corpo fosse 
profanado.
Daí decorre a mumificação e o caráter 
monumental do local onde as múmias 
eram colocadas, cujo objetivo estava 
voltado para protegê-las pela 
eternidade.
A arte funerária era de extrema importância no Antigo Egito
Pintura Egípcia: O faraó contratava artistas 
para desenhar e pintar nas paredes das pirâmides, 
que viriam a ser os seus túmulos. Essas pinturas 
detalhavam a vida deles e seu entorno, de modo 
que essa arte registra parte da história do Egito. 
Pinturas de 4,4 mil anos encontradas na tumba da Sacerdotisa Hetpet 
representam a sociedade da época
Nessa sociedade, a arte era produzida de forma 
padronizada e não dava espaço para a criatividade.
Dessa maneira, foi realizada uma arte anônima, pois o 
importante era a perfeita realização das técnicas 
executadas e não o estilo dos artistas.
A dimensão das pessoas e objetos não caracterizava uma 
relação de proporção e distância, mas sim os níveis 
hierárquicos daquela sociedade. Assim, o faraó era sempre 
o maior dentre as figuras representadas numa pintura.
Cores e tintas na Arte do Egito Antigo
As tintas utilizadas nessas pinturas eram extraídas na 
natureza:
• Preto (kem): associado à noite e à morte, a cor 
preta era obtida do carvão de madeira ou de 
pirolusite (óxido de manganésio do deserto do 
Sinai).
• Branco (hedj): extraído do cal ou gesso, o branco 
simbolizava a pureza e da verdade.
• Vermelho (decher): representava a energia, o 
poder e a sexualidade e era encontrado em 
substâncias ocres.
• Amarelo (ketj): estava associado à eternidade e 
era extraído do óxido de ferro hidratado (limonite).
• Verde (uadj): simboliza a regeneração e a vida e 
era obtido da malaquite do Sinai.
• Azul (khesebedj): extraído do carbonato de 
cobre, o azul estava associado ao rio Nilo e ao céu.
Características da Pintura Egípcia
Existiam muitas normas a serem seguidas na pintura e no 
baixo-revelo produzidos no Antigo Egito:
• Ausência de três dimensões;
• Ausência de sombra;
• Utilização de cores convencionais.
Lei da Frontalidade
A lei da frontalidade é a característica mais marcante 
na pintura egípcia. Essa regra determinava que o tronco 
das pessoas deveria ser representado de frente, enquanto 
a cabeça, pernas e pés exibidos de perfil.
Os olhos também são retratados de frente. Essa maneira 
de representação cria uma combinação visual lateral e 
frontal.
@vestibularesumido
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Pintura no Templo de Tebas exemplificando a lei da frontalidade na arte egípcia
Escultura Egípcia
Exemplares de esculturas encontradas no Egito
A maior parte das esculturas do Egito Antigo são 
representações dos faraós e dos deuses, apresentados 
em formas frontais, estáticas e sem qualquer expressão 
facial.
As esculturas dos faraós eram representadas sempre na 
mesma posição: homem de pé e com o pé esquerdo a 
frente, homem sentado de pernas cruzadas ou sentado 
com a mão esquerda apoiada na coxa.
Características da Escultura Egípcia
• Formas estáticas;
• Formas isentas de expressão facial;
• Seguimento da convenção: em pé ou sentado.
Esfinges Egípcias
Com corpo de leão (representado a força) e cabeça 
humana (representando a sabedoria), as esfinges são, 
sem dúvida, as esculturas egípcias mais famosas. Elas 
eram colocadas nas entradas dos templos com o 
intuito de afastar os maus espíritos.
 
Grande Esfinge de Gizé
Arquitetura Egípcia
Pirâmides de Gizé
A arquitetura deste período reflete a 
funcionalidade, o que lhe conferia solidez e 
durabilidades incomparáveis para época.
As pirâmides do deserto de Gizé são as obras 
arquitetônicas mais famosas da arquitetura egípcia. É 
também na região de Gizé que se localiza a esfinge 
mais famosa, a Grande Esfinge de Gizé.
Enquanto o mastaba era o túmulo dos egípcios, as 
pirâmides eras os túmulos dos seus faraós, que eram 
considerados os representantes de Deus na terra.
É importante referir que a base do triângulo 
representava o faraó e a sua ponta representava a sua 
ligação com Deus.
@vestibularesumido
12
 
 
@vestibularesumido
13
Pintura Grega
Jovem dança ao som da flauta
A arte da pintura era desenvolvida em cerâmicas, bem 
como nas paredes das grandes construções. Os vasos 
nem sempre foram peças de decoração, sendo 
utilizados no trabalho diário ou para guardar 
mantimentos, tais como vinho e azeite.
As pinturas mostravam harmonia e rigor nos detalhes. 
No que respeita às cores, seguia-se o seguinte padrão: 
figurasnegras sobre fundo vermelho ou figuras 
vermelhas e douradas sobre fundo negro ou fundo 
branco.
Os principais pintores foram: Clítias, 
Exéquias e Sófilos.
Arquitetura Grega
Aspecto exterior do Panteão de Atenas, na capital da Grécia
Os grandes templos erguidos pelos gregos tinham o 
propósito de prestar culto aos seus deuses. Uma das 
suas características é a utilização das colunas e a 
simetria entre a entrada e os fundos do templo.
Igualmente, as praças eram importantes dentro da 
polis grega, pois eram um local de encontro e de 
passagem para seus habitantes.
A arte grega abarca todas as manifestações 
artísticas e revela a história, a estética e mesmo a 
filosofia desta civilização.
O povo grego foi na antiguidade um dos que exibiam 
manifestações culturais mais livres, rendendo-se 
pouco às ordens de reis e sacerdotes, pois 
acreditavam que o ser humano era a concepção mais 
incrível do universo.
A arte grega passou pelos períodos arcaico, clássico e 
helenístico, e cada uma dessas fases históricas, 
influenciou a elaboração das obras.
Detalhe de escultura grega
Características da Arte Grega
Os gregos se destacaram especialmente na pintura, 
na arquitetura e na escultura. Vejamos algumas 
características:
• Simetria;
• Perfeição;
• Obras realizadas a partir de modelos vivos;
• Uso religioso, doméstico ou funerário;
• Valorização do ser humano.
As pinturas e esculturas eram concebidas a fim de 
serem belas e assim perfeitas, de acordo com os 
princípios da filosofia grega. Esta, talvez, seja a principal 
característica da arte grega, o que a torna singular e 
cujas influências são visíveis até os nossos dias.
As artes foram ainda influenciadas pelas próprias 
civilizações com as quais a Grécia se relacionava. 
Afinal, a Magna Grécia, compreendeu possessões na 
costa da Turquia, Macedônia, e sul da Itália.
ARTE GREGA 
@vestibularesumido
14
Esta arte se manifesta nas esculturas dos deuses e 
dos atletas cuja perfeição dos detalhes dos corpos 
tornam os gregos excepcionais nessa manifestação 
artística.
As esculturas, chamada de kouros - homem jovem 
e korés - mulher jovem, eram inicialmente feitas de 
mármore. Encontravam-se numa posição rígida e 
simétrica com o objetivo de dar-lhes equilíbrio.
No entanto, com a necessidade de retratar 
movimentos, o mármore foi substituído pelo bronze 
por se tratar de um material mais leve. Assim, 
reduzia a probabilidade de a esculturar se partir.
Com o tempo, as esculturas femininas que eram 
vestidas, passaram a se apresentar sem roupa. Da 
mesma forma, as estátuas não tinham grandes 
expressões facia is e passaram a retratar 
sentimentos.
As esculturas gregas que chegaram até o dias de 
hoje são cópias feitas pelos romanos. Poucos 
exemplos, como a Vênus de Milo são originais.
Os principais nomes da escultura grega 
foram: Fídias, Lisipo, Miron, Policleto e 
Praxíteles.
Teatro Grego
O teatro teve início com as festas em honra aos 
deuses, mais precisamente com o culto à Dionísio e 
se constituíam numa parte das celebrações 
religiosas.
Além dos atores, contavam com o coro que 
comentavam a cena e explicavam as sutilezas das 
tramas para o espectador. A tragédia grega constitui 
uma das maiores heranças artísticas desse povo e 
são encenadas até hoje.
Representação de uma apresentação de teatro na Grécia Antiga
Outras obras de interesse na arquitetura grega foram a 
Acrópole de Atenas, Colosso de Rodes, Estátua de Zeus, 
Farol de Alexandria, Templo de Ártemis.
A princípio, apenas as obras públicas recebiam atenção e 
imponência, entretanto, no século V a.C., as moradas 
também começam a ser realizadas de forma mais 
confortável e espaçosa.
Estilos Arquitetônicos Gregos
Podemos definir três estilos arquitetônicos gregos:
• Coríntio: rico em detalhes;• Dórico: simples e maciço, representa o 
masculino;
• Jônico: luxuoso, representa o feminino.
Os principais artistas da arquitetura grega foram: 
Calícrates, Fídeas e Ictinos.
Escultura Grega
Exemplos das primeiras esculturas gregas onde a mulher estava 
vestida e o homem, nu
@vestibularesumido
15
O desenvolvimento artístico do teatro está 
intimamente ligado à arquitetura dos anfiteatros 
gregos que aproveitavam o máximo a acústica para 
que todos pudessem ouvir o texto.
Mais tarde, o teatro passou a retratar o cotidiano 
através da comédia.
Os principais artistas do teatro grego 
foram: Choerilus, Phrynichus e Pratinas.
Arte Grega e Romana
Frequentemente ouvimos falar em arte greco-
romana e isto ocorre pois a arte grega influenciou a 
arte romana. Os romanos tentaram imitar a arte 
grega porque ficaram impressionados com ela por 
ocasião do domínio da Grécia.
A arte grega, por sua vez, também sofreu a ação 
da arte romana. Uma prova disso é o uso de arcos 
em detrimento das colunas na construção dos 
templos e palácios.
@vestibularesumido
16
A arte romana foi produzida pelo povo pertencente 
à Roma Antiga e perdurou aproximadamente do 
século VIII a.C. ao século IV d.C.
Foi fortemente influenciada pelos etruscos e gregos, 
sendo que as manifestações artísticas mais 
significativas remontam ao estabelecimento da 
República no ano de 509 a.C.
Apesar disso, conhecemos poucos nomes de seus 
artistas e arquitetos, posto que era uma arte coletiva 
ou feita para seus mecenas.
A arte desse período é dividida em arte da Roma 
Republicana (antes de 27 a.C.) e a da Roma 
Imperial (do ano 27 a.C. em diante).
Características da Arte Romana
• Influência da arte etrusca: expressão realista;
• Influência da arte grega: expressão de ideal de 
beleza;
• Uso de arcos e abóbodas na arquitetura;
• Representação realista na escultura;
• Colorido, delicadeza e precisão nos detalhes da 
pintura.
Pintura romana na Vila dos Mistérios, em Pompeia (séc I a.C.)
Os romanos aproveitaram a bagagem cultural dos 
etruscos, cuja arte era bastante desenvolvida, bem 
como deixaram-se influenciar pelos padrões 
estéticos gregos, que admiravam.
Quando os romanos conquistaram a Grécia, ficaram 
fascinados com a sua arte e começaram a imitar os 
gregos. Daí resulta que muitas das características da 
arte grega são encontradas na arte romana. Como é 
o caso também da mitologia.
A arquitetura foi a maior de todas as expressões 
artísticas dos romanos. Nela, a característica que 
mais se destaca é o uso dos arcos.
As esculturas romanas, por sua vez, são essencialmente 
cópias das originais gregas. Nelas, o realismo é uma 
característica marcante.
A pintura romana, classificada em quatro 
estilos, caracteriza-se ora pelo colorido das 
paredes, ora pelo ilusionismo ou pela 
riqueza de detalhes.
Arquitetura Romana
Coliseu, anfiteatro romano, acomodava mais de 40 mil pessoas para assistir os 
espetáculos
Na arquitetura romana tem destaque a construção de 
portais, aquedutos, prédios, monumentos e templos. 
Eles foram erigidos com praticidade e inovação, como 
no caso do uso do arco e da abóbada nas construções.
Essas estruturas amorteceram o emprego das colunas 
gregas e acrescentaram os espaços internos.
Nas casas romanas não era diferente, posto que as 
plantas eram rigorosamente desenhadas em formas 
retangulares. Vale lembrar que os monumentos tinham 
o objetivo de homenagear os seus mecenas.
Ademais, foram levantados anfiteatros que, com a 
tecnologia das abóbadas e arcos, abrigavam um grande 
número de pessoas, do qual grande exemplo é o 
Coliseu, em Roma.
Os templos romanos, por sua vez, partem 
da fusão de elementos gregos e etruscos. 
Possuem planta retangular, teto de duas 
águas, vestíbulo profundo com colunas 
livres e uma escada na frente dando entrada 
à base.
ARTE ROMANA 
@vestibularesumido
17
Escultura Romana
Escultura romana. Fragmento do Altar da Paz, dedicado à deusa Pax
A escultura romana era de caráter realista, posto 
que eles não representavam o "belo", mas as 
pessoas retratadas fidedignamente.
Entretanto, os artistas romanos, por terem intenso 
contato com a arte grega, acabaram sendo 
influenciados por ela também na escultura. Ocorreu, 
então,uma junção entre o estilo grego com novas 
concepções romanas.
As esculturas e relevos escultóricos costumavam 
adornar os prédios públicos e privados. Elas 
primavam pelo realismo e ocupavam espaços 
especiais em obras arquitetônicas, enriquecendo e 
complementando-as.
Pintura Romana
Nessa pintura romana, o centauro Quíron ensina Aquiles a tocar a lira. Afresco, 
Itália
Os artistas romanos trabalharam uma grande variedade 
de temas, como acontecimentos históricos e cotidianos, 
lendas, conquistas militares, efígies e natureza-morta.
As pinturas romanas eram realizadas em 
murais (afrescos) e possuíam 
tridimensionalidade. Os materiais utilizados 
variavam de metais em pó, vidros 
pulverizados, substâncias extraídas de 
moluscos, pó de madeira e até seivas de 
árvores.
Além dos afrescos, encontramos mosaicos romanos 
por todas as partes do Império. Eles variam de modelos 
contemplativos de tesselas brancas e negras até as 
composições figurativas de várias cores.
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Características e Manifestações da Arte 
Bizantina
Em decorrência do período histórico, a Arte Bizantina 
expressa especialmente o caráter religioso.
Além disso, o imperador era uma figura de referência 
sagrada uma vez que desempenhava o seu papel de 
governante em nome de Deus, tal como era propagado 
na época.
Assim, muitas vezes se encontra mosaicos que 
retratavam o imperador e sua esposa entre Jesus e 
Maria.
Os artistas da época não tinham liberdade 
para se expressar, não podiam usar sua 
criatividade; deviam apenas cumprir com a 
elaboração da obra, tal como lhes era 
solicitado.
Podemos, dessa forma, destacar as 
seguintes características da arte bizantina:
• Caráter majestoso que demostra poder e 
riqueza;
• Ligação direta com a religião católica;
• Demonstração clara da autoridade do 
imperador - ao considerá-lo sagrado;
• Frontalidade - representação das figuras em 
posição frontal e rígida;
Deste modo, Constantinopla viu muitos dos seus 
artistas migrarem para o Império Romano do 
Ocidente, cuja capital era Roma.
Arquitetura Bizantina
Basílica de São Vital, em Ravena, Itália
A Arte Bizantina é uma arte cristã que surge no 
período em que o Cristianismo passa a ser 
reconhecido como religião.
Jesus, considerado uma ameaça para o Império 
Romano, foi perseguido e morto pelos romanos. Após 
sua morte, seus adeptos se escondiam em catacumbas 
para rezar, pois continuaram sendo perseguidos .
Até que em 313 o imperador Constantino 
outorgou o Édito de Milão, que proibia a 
perseguição aos cristãos e, então, o 
Cristianismo começa a crescer. Surgem 
assim, as igrejas cristãs e um novo estilo de 
arte, a Arte Bizantina.
Arte Paleocristã e Arte Bizantina
A Arte Bizantina se contextualiza na Arte 
Paleocristã, que tem origem nas expressões 
artísticas dos convertidos na fé em Jesus Cristo. Eram 
manifestações feitas especialmente através das 
pinturas nas catacumbas e nos sepulcros.
Pintura paleocristã na Catacumba de Santa Priscila, Roma, séc II
A Arte Bizantina, por sua vez, surge após a aceitação 
do Cristianismo e, assim, revela a exuberância de uma 
arte que pretende ser vista, divulgada e que tinha 
como propósito instruir os devotos, neles incutindo a 
devoção ao Cristianismo.
Desse modo, a Arte Bizantina pode ser considerada o 
primeiro estilo de arte cristã
ARTE BIZANTINA
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Os ícones eram encontrados sobretudo nas 
igrejas, entretanto era possível também encontrá-
los nos ambientes familiares, em oratórios.
Foi na Rússia que essa expressão teve maior 
reconhecimento, principalmente na região de 
Novgorod. Foi lá que viveu o renomado artista 
André Rublev, no início do século XV.
Ícones de André Rublev. À esquerda, Solenidade da Santíssima Trindade; 
à direita, Nossa Senhora da Misericórdia
Iconoclastia e Arte Bizantina
A pintura, todavia, não foi muito além do 
contexto religioso, uma vez que no Império 
Bizantino surgiu um movimento chamado de 
iconoclastia.
Segundos os iconoclastas, figuras 
humanas não podiam ser adoradas, pois 
a adoração cabia apenas a Deus. De 
acordo com a prática monoteísta a 
veneração dos santos consistia no 
pecado da idolatria.
Assim, para acabar com o culto a figuras humanas, 
o imperador proibiu a reprodução de toda 
representação humana, ordenando, inclusive, a 
destruição das obras artísticas que existissem 
nessas condições.
Mosaico Bizantino
Exemplo de mosaico bizantino
O imperador mandou construir igrejas onde os 
convertidos pudessem se reunir para rezar.
A arquitetura se destaca como expressão artística desse 
período pela construção de grandes e ricas igrejas, na 
verdade basílicas, dada a sua amplitude e riqueza 
expressa no revestimento de ouro e decoração com 
mosaicos.
Os exemplos mais conhecidos de arquitetura da Arte 
Bizantina são:
• As Basílicas de Santo Apolinário e São Vital, em 
Ravena;
• A Igreja de Santa Sofia, em Istambul - obra da 
autoria do matemático Antêmio de Tralles e de 
Isidoro de Mileto, cuja construção foi feita entre 
os anos 532 e 537;
• A Basílica da Natividade, em Belém - construção 
ordenada pela mãe do imperador Constantino na 
cidade onde Jesus nasceu. Foi construída entre os 
anos 327 e 333 e incendiada cerca de dois séculos 
depois.
Igreja de Santa Sofia, Istambul, Turquia. Construída para agradar as classes 
mais abastadas
Pintura Bizantina
A predominância dos temas religiosos dá destaque às 
pinturas feitas nas igrejas.
Nessa época foi criado o ícone, uma vertente da pintura 
bizantina. Ícone em grego significa imagem e nesse 
contexto representavam personagens religiosas como a 
Virgem e Cristo, além de santos.
Uma das técnicas bastante utilizadas pelos pintores 
bizantinos foi a têmpera, que consiste em preparar os 
pigmentos junto a uma goma feita de material orgânico 
(como a gema de ovo) a fim de fixar melhor as cores à 
superfície.
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Os mosaicos foram bastante destacados no 
período e constituem a expressão máxima 
da arte bizantina, atingindo nesse 
momento a mais impecável realização.
Entre outras coisas, eles retratavam o imperador, bem 
como profetas. Eram aplicados no interior das igrejas e 
exibiam cores intensas e materiais nobres que 
refletiam a luz, concedendo suntuosidade aos templos.
Eram criados a partir de pequenos pedaços de pedras 
em cores distintas, colocados sobre cimento fresco 
em uma parede e que compunham, assim, um desenho.
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ARTE RENASCENTISTA NA IDADE 
MODERNA 
O Renascimento Artístico representou uma 
das vertentes do período renascentista com a 
profusão de diversas obras.
Lembre-se que o Renascimento foi um movimento 
artístico, intelectual e cultural que teve início no 
século XV na Itália.
Foi com o declínio do sistema feudal e de diversas 
caraterísticas associadas ao período medieval, que 
surgiu a Renascença, um período de efervescência 
cultural, artística e científica que se espalhou pela 
Europa.
A Adoração dos Reis Magos (1475) de Sandro Botticelli
Características do Renascimento nas 
Artes
Diferentemente da arte medieval, o 
renascimento artístico esteve inspirado 
na antiguidade clássica, ou seja, nas artes 
greco-romana, que haviam sido 
esquecidas durante séculos.
Para os artistas do renascimento, o contexto 
associado ao período medieval impossibilitou a 
evolução da arte em diversos aspectos.
Isso porque, o medievo esteve intimamente 
relacionado a uma cultura religiosa, de onde o 
teocentrismo (Deus no centro do Universo) regia a 
vida das pessoas.
Foi a partir do avanço científico, social e cultural que surge 
o movimento do renascimento, o qual foi marcado 
sobretudo pelo caráter humanista.
Assim, o teocentrismo medieval dá lugar ao 
antropocentrismo renascentista, com a chegada da Idade 
Moderna.
A grande contribuição da arte renascentista foi a 
descoberta da perspectiva e da profundidade. Assim, do 
plano reto e bidimensional da arte medieval, a arte da 
renascença promoveu um outro olhar.
Outros aspectos, não menos importantes, exploradospelos 
artistas do renascimento, foram o equilíbrio das formas e a 
busca da harmonia, fundamentadas na arte clássica.
Vale lembrar que o renascimento artístico incluiu a 
evolução da pintura, escultura, arquitetura e literatura, 
valorizando aspectos humanos e da natureza.
Ainda que muitos temas explorados pelos 
artistas do renascimento estejam associados ao 
plano religioso e espiritual, a mudança de 
mentalidade da época proporcionou incluir uma 
variedade de temáticas. Os assuntos abordados 
variavam desde os costumes, a mitologia, as 
paisagens, dentre outros.
Principais Artistas e Obras
Segue abaixo os principais artistas e obras do período 
renascentista, os quais foram grandes destaques na área da 
pintura, arquitetura, escultura e literatura.
Leonardo da Vinci (1452-1519)
Sem dúvida, Leonardo foi um dos principais artistas do 
Renascimento.
 n
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A última ceia (1495-1498)
Pintor, escultor, arquiteto e literato renascentista, 
de suas principais obras destacam-se:
• Mona Lisa (La Gioconda);
• A Última Ceia;
• A Virgem das Rochas;
• Homem Vitruviano.
Michelangelo (1475-1564)
Michelangelo foi pintor, escultor, arquiteto e 
escritor renascentista.
Pietà (1498-1499)
Considerado o “Gigante do Renascimento”, 
destacou-se com a produção de sua escultura de 
diversas obras, entre elas, destacam-se:
• David;
• Pietà;
• Moisés;
• Teto da Capela Sistina, com destaque para 
a pintura A Criação de Adão.
Donatello di Niccoló (1368-1466)
Donatello foi um escultor italiano nascido em 
Florença, teve grande destaque na arte 
renascentista.
David (1430-1440)
De seus trabalhos destacam-se as esculturas:
• David;
• Gattamelata;
• São Marcos;
• Tabernáculo de São Jorge.
Sandro Boticcelli (1445-1510)
Pintor e desenhista italiano, Boticcelli foi um dos principais 
nomes do renascimento italiano.
O nascimento de Vênus (1485-1486)
De suas obras destacam-se:
• O Nascimento de Vênus;
• Adoração dos Reis Magos;
• Primavera e Virgem com o Menino;
• São João Batista Criança.
Rafael Sanzio (1483-1520)
Pintor italiano que, em suas obras, utilizou a técnica do 
contraste de luz e sombras, sendo reconhecido como um 
dos principais nomes do movimento renascentista.
https://www.todamateria.com.br/homem-vitruviano/
https://www.todamateria.com.br/david-de-michelangelo/
https://www.todamateria.com.br/pieta-de-michelangelo/
https://www.todamateria.com.br/teto-da-capela-sistina/
https://www.todamateria.com.br/a-criacao-de-adao-michelangelo/
https://www.todamateria.com.br/o-nascimento-de-venus/
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Madona do Prado (1506)
De suas obras merecem destaque as diversas 
pinturas de Madonas e O Casamento da Virgem.
Masaccio (1401-1428)
Pintor italiano considerado o primeiro grande 
pintor do renascimento artístico.
O pagamento do tributo (1425)
De suas obras merecem destaque:
• Sagrada Trindade;
• A Natividade;
• Tríptico de San Giovenale;
• Expulsão do Paraíso;
• O pagamento do tributo.
Filippo Brunelleschi (1377-1446)
Arquiteto e escultor italiano.
Cúpula da Catedral Santa Maria del Fiore (1438) em Florença
Suas principais obras arquitetônicas foram:
• Domo (cúpula) da catedral de Santa Maria del Fiore;
• Hospital do Inocentes;
• Palácio Pitti;
• Capela Pazzi.
Tintoretto (1518-1594)
Jacopo Comin, mais conhecido como Tintoretto, foi um 
pintor italiano da última fase do renascimento artístico 
(denominada de alto renascimento).
A última ceia (1592-1594)
Considerado precursor do movimento do barroco, suas 
obras mais notáveis são:
• Marte e Vênus surpreendidos por Vulcano;
• O Milagre de São Marcos;
• A Última Ceia;
• São Jorge lutando contra o Dragão.
Paolo Veronese (1529-1588)
Pintor italiano pertencente à última fase do renascimento, 
a obra de Veronese abrange aspectos da escola maneirista.
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As bodas de Caná (1562-1563)
De suas pinturas mais notáveis destacam-se:
• As Bodas de Caná;
• A Batalha de Lepanto;
• O Sacrifício de Isaac;
• Adoração pelos Magos.
Andrea Mantegna (1431-1506)
Pintor e gravador italiano, Andrea contribuiu com a 
técnica do ilusionismo espacial.
Lamentação sobre o Cristo Morto (1480)
De suas principais obras merecem destaque:
• Quarto dos esposos;
• Lamentação sobre Cristo Morto;
• Judite e Holofernes;
• A Circuncisão de Jesus.
Fra Angelico (1387-1455)
Guido di Pietro Trosini, mais conhecido pelo nome 
Fra Angelico, foi um pintor italiano beatificado pela 
Igreja Católica em 1982.
A anunciação (1437-1446)
Um dos precursores da pintura renascentista, destacou-se 
com suas obras:
• O Juízo Final;
• Adoração dos Reis Magos;
• A Anunciação;
• A Coroação do Virgem.
Donato Bramante (1444-1514)
Arquiteto e pintor Bramante foi discípulo de Andrea 
Mantegna.
Cristo na coluna (1479)
Contribuiu para as construções arquitetônicas da Igreja de 
São Pedro, em Montorio, e da Basílica de São Pedro. Na 
pintura, merecem destaque as obras:
• Cristo na Coluna;
• Homens de Armas.
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Dante Alighieri (1265-1321)
Escritor italiano, considerado um dos 
primeiros e dos maiores escritores de língua 
italiana.
Dante e seus Poemas (1460), por Domenico di Michelino.
Além da literatura, foi um estadista e político 
da época da renascença. De suas obras 
merece destaque:
• A Divina Comédia;
• Sobre a Eloquência Vernácula;
• Vida Nova e Monarquia.
Francesco Petrarca (1304-1374)
Escritor italiano considerado o "Fundador do 
Humanismo Renascentista" e criador da forma 
fixa literária, os sonetos.
Francesco Petrarca na obra Ciclo dos Famosos Homens e Mulheres 
(1450), por Andrea di Bartolo di Bargilla.
De suas obras destacam-se:
• Cancioneiro e o Triunfo;
• Meu Livro Secreto;
• Itinerário para a Terra Santa;
• Remédios para os Trancos e Barrancos.
Giovanni Boccaccio (1313-1375)
Escritor e humanista italiano, Boccaccio foi um estudioso da obra 
de Dante.
Representação de Boccaccio, autor desconhecido
Suas obras de destaque, são:
• Decameron (grande obra que inclui cerca de 100 novelas);
• Mulheres famosas;
• Rima e Visão Amorosa.
Nicolau Maquiavel (1469-1527)
Escritor, historiador e político italiano, Maquiavel foi um dos 
grandes nomes da literatura renascentista.
Retrato de Nicolau Maquiavel feito na segunda metade do século XVI, por 
Santi di Tito
Considerado o “Pai do Pensamento Político Moderno” sua 
principal obra é O Príncipe, que aborda sobre o tema da 
unificação italiana.
https://www.todamateria.com.br/a-divina-comedia/
https://www.todamateria.com.br/o-principe-de-maquiavel/
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A Arte Barroca teve início em Roma no ano 
1600 d.C. e durou até 1750. O Barroco marcou 
a história da Arte, tendo sido o estilo mais 
esplendoroso, imponente e ornamentado de 
todos os tempos. Com a introdução do Barroco, 
a Arte, que era racional durante o 
Renascimento, passou a ter mais emoção e 
dinamismo. Um elemento comum da Arte 
Barroca foi o domínio da luz que era usado para 
efetuar fortes contrastes de luz e sombra, 
efeitos dramáticos, impactos emocionais e 
sensibilidades nas pinturas.
Na Itália, a religião influenciou vários aspectos 
da Arte Barroca, devido ao fato que a Igreja 
Católica financiava catedrais. A Igreja italiana 
esperava voltar a atrair fiéis com gloriosas obras 
de arquitetura. Na França, reis construíam 
palácios magníficos para mostrar o poder e a 
glória da Monarquia. No norte da Europa, nos 
países onde o Protestantismo era a principal 
religião, imagens religiosas eram proibidas. Temas 
frequentes em quadros eram retratos, natureza-
morta e paisagens.
O estilo Barroco se espalhou por toda 
Europa e pelas colônias espanholas e 
portuguesas das Américas, incluindo o 
Brasil.
Barroco Italiano - Caravaggio
O Barroco teve início em Roma. O artista 
Caravaggio (1571-1610) se tornou um símbolo do 
Barroco italiano. 
 
Caravaggio - Bacchus
A arte de Caravaggio foi influenciada por Michelangelo. As 
pinturas religiosas de Caravaggio eram de santos que 
pareciam ser pessoas comuns e de milagres que pareciamser 
eventos do cotidiano. Por esse motivo, muitas igrejas e 
pessoas que encomendaram altares de Caravaggio se 
recusaram a aceitar o seu estilo.
Barroco Espanhol - Velázquez
A arte do espanhol Diego Velázquez (1599-1660), no começo 
de sua carreira, atraiu a atenção do Rei Felipe IV. O rei 
escolheu Velázquez para ser o único artista a pintar seus 
retratos. Velázquez passou trinta anos de sua carreira 
pintando para a corte espanhola.
Velázquez era diferente de outros artistas 
barrocos, pois não pintava quadros ostentosos. 
Em suas obras, ele retratava a corte com 
dignidade e realismo, apresentando as pessoas 
em poses mais naturais.
 
Diego Velázquez - As Meninas
O quadro "As Meninas" de Velázquez foi eleito inúmeras vezes 
como a maior obra de arte da história. O quadro retrata a 
princesa Margarita aos cinco anos de idade, rodeada por 
damas de honra e anãs. O quadro é minucioso, mostrando os 
detalhes da sala em que estava a princesa. O quadro também 
inclui detalhes como o próprio reflexo do artista no espelho, 
ARTE BARROCA E ROCOCÓ
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Rococó
O estilo Rococó ocorreu durante a segunda metade do século XVIII, 
quando reinava Luís XV da França. O estilo nasceu em Paris e se 
espalhou pela Europa. Era utilizado na decoração de castelos, igrejas e 
casas e na arte de quadros, talheres, roupas e porcelanas.
O estilo rococó foi essencialmente um estilo de arte decorativa com 
ornamentos de linhas curvadas, como desenhos de flores e conchas. 
As pinturas do estilo Rococó retratavam a aristocracia 
da época se divertindo. A arte era leve, cheia de vida e 
superficial. As linhas retas dos estilos anteriores foram 
substituídas por curvas e as cores usadas eram prata, 
ouro ou cores leves.
 
Amantes Felizes - Jean-Honoré Fragonard
Barroco Francês - Palácio de 
Versalhes
A política influenciou a arte e a arquitetura 
barroca. As monarquias da França e da 
Espanha encomendavam obras de artes e 
edificações que refletiam o esplendor e a 
riqueza monárquica.
 
Palácio de Versalhes
 
Jardim do Palácio de Versalhes
A construção do Palácio de Versalhes teve 
início em 1669. O palácio foi construído em 
honra e a mandado do rei francês Luís XIV, 
o Rei Sol. O Palácio de Versalhes é a 
construção da época barroca mais 
significante da França. Ele é extremamente 
luxuoso, tendo centenas de aposentos 
decorados com mármore, móveis de prata 
e decorações em ouro. Os jardins do 
palácio também refletiam o luxo exigido 
por Luís XIV.
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28
O romantismo é um movimento artístico 
e cultural caracterizado pelo 
sentimentalismo, subjetivismo e fuga da 
realidade.
Esse movimento surgiu no século XVIII na 
Europa, durante a revolução industrial, e 
logo se espalhou por diversos países 
como: França, Alemanha, Inglaterra, Brasil 
e Portugal. Ele durou até meados do 
século XIX, quando começa o realismo.
Contrário aos valores clássicos de 
equilíbrio e harmonia, ele se 
manifestou em diversos campos: 
literatura, pintura, escultura, 
arquitetura e música.
A adoração dos Magos (1828), pintura romântica de 
Domingos Sequeira
A arte, que antes era de caráter nobre e 
erudita, passa a valorizar o folclórico e o 
nacional. Ela ultrapassa as barreiras da 
Corte e começa a ganhar a atenção do 
povo.
Na literatura, o romantismo teve como 
marco inicial a publicação da obra Os 
sofrimentos do jovem Werther (1774), do 
escritor alemão Goethe.
No Brasil, a literatura romântica tem 
início com a publicação da obra Suspiros 
poéticos e saudades (1836), de Gonçalves 
de Magalhães. Já em Portugal, ele começa 
em 1825 com a publicação da obra 
poética Camões, escrita por Almeida 
Garrett.
Características do romantismo
• Sentimentalismo: supervalorização das emoções pessoais, 
com destaque para a melancolia.
• Subjetivismo: oposto ao objetivismo, há valorização das 
sensações do ser humano e da liberdade de pensamento.
• Egocentrismo: foco no indivíduo, que passa a ser o centro 
das atenções.
• Escapismo: desejo de evasão para escapar da realidade 
como ela se apresenta, criando um mundo idealizado.
• Idealizações: idealização da sociedade, do amor e da 
mulher, buscando uma realidade diferente.
• Oposição ao modelo clássico: valorização da arte 
popular e folclórica, oposta à arte erudita da antiguidade 
clássica.
• Nacionalismo: forte exaltação da natureza e da pátria, 
com temas relacionados com a grandiosidade da natureza e 
o sentimento de pertença.
• Retorno ao passado: a Idade Média passa a ser a 
referência para os artistas, que apreciavam as tradições e a fé 
humana.
O romantismo no Brasil
No Brasil, o Romantismo começa anos depois da Independência do 
país, que aconteceu em 7 de setembro de 1822.
Livre do controle estabelecido pela metrópole portuguesa, o país 
começa a buscar uma identidade mais brasileira que o afastasse dos 
moldes europeus.
É notório na literatura romântica do país a presença de elementos 
mais brasileiros, com características do povo, da cultura e de uma 
linguagem regionalista.
O marco inicial do movimento romântico no Brasil é a publicação 
do livro de poesias Suspiros poéticos e saudades, em 1836, de 
Gonçalves de Magalhães.
Nesse mesmo ano, foi publicada em Paris a Revista 
Niterói, que reuniu um grupo de estudantes 
interessados em divulgar a cultura brasileira, do qual 
fazia parte Gonçalves de Magalhães. Por esse motivo, 
essa publicação é tida também como precursora do 
ROMANTISMO 
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29
Principais autores do Romantismo 
no Brasil
O romantismo no Brasil contou com uma 
produção literária muito vasta que englobou 
a poesia lírica e épica, o romance e o teatro. 
Alguns escritores que tiveram grande 
destaque no romantismo foram:
• Na poesia lírica e épica: Gonçalves de 
Magalhães, Gonçalves Dias, Casimiro 
de Abreu, Álvares de Azevedo, Castro 
Alves, Junqueira Freire, Fagundes 
Varela e Sousândrade.
• No romance: José de Alencar, Joaquim 
manuel de Macedo, Manuel Antônio de 
Almeida, Visconde de Taunay e 
Bernardo Guimarães.
• No teatro: José de Alencar, Gonçalves 
Dias, Gonçalves de Magalhães, Álvares 
de Azevedo e Martins Pena.
As fases do romantismo no Brasil
O romantismo no Brasil foi dividido em 3 
fases, também chamadas de gerações:
• Primeira geração romântica (1836 a 
1852): nacionalista, indianista e 
religiosa.
• Segunda geração romântica (1853 a 
1869): egocentrismo exacerbado e 
pessimismo.
• Terceira geração romântica (1870 a 
1880): cunho social e libertário.
Primeira fase do romantismo (1836 e 1852)
A primeira fase do romantismo é chamada 
de Geração nacionalista-indianista. 
Inspirados pela ideia de uma nação livre e 
autônoma, os escritores desse período se 
empenharam em consolidar alguns aspectos 
da identidade nacional.
Tendo como foco uma literatura 
nacionalista, eles exploraram 
temas relacionados com a 
valorização da natureza, o povo 
brasileiro, a cultura popular, o 
folclore brasileiro e o passado 
histórico.
Uma das marcas mais relevantes da 
literatura dessa fase é o indianismo, onde o 
índio, eleito herói nacional, torna-se símbolo 
da pureza e da inocência, sendo apontado de 
maneira idealizada.
Iracema (1884), obra de José Maria de Medeiros (1849-1925)
Iracema (trecho da obra de José de Alencar)
“Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, 
nasceu Iracema. Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os 
cabelos mais negros que a asa da graúna, e mais longos que seu talhe 
de palmeira.
O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha 
recendia no bosque como seu hálito perfumado.
Mais rápida que a corça selvagem, a morena virgem corria o sertão e 
as matas do Ipu, onde campeava sua guerreira tribo, da grande nação 
tabajara. O pé grácil e nu, mal roçando, alisava apenas a verde pelúcia 
que vestia a terra com as primeiras águas.”
Autores e obras da primeira fase do romantismo no 
Brasil
• Gonçalves de Magalhães (1811-1882) - Obras: Suspiros poéticos 
e saudades (1836), A Confederação de Tamoios (1857) e Os 
Indígenasdo Brasil perante a História (1860).
• Gonçalves Dias (1823-1864) - Obras: Canção do exílio (1843), I-
Juca- Pirama (1851) e Os Timbiras (1857).
• José de Alencar (1829-1877) - Obras: O Guarani (1857), Iracema 
(1865) e Ubirajara (1874).
Segunda fase do romantismo (1853 a 1869)
Diferente da primeira fase, focada na busca de uma identidade 
nacional, a segunda geração romântica, chamada de ultrarromântica ou 
de mal do século, foi marcada pelo egocentrismo e o negativismo.
Influenciada pela poesia pessimista do inglês George 
Gordon Byron (1788-1824), um dos principais escritores 
do romantismo europeu, essa geração também ficou 
conhecida como Byroniana.
Numa atitude de protesto contra o mundo e a realidade social e 
política do país, os escritores desse período mostram desinteresse 
pela vida. Assim, eles exploram temas como a frustração, a desilusão, 
o tédio, o negativismo, a fuga da realidade e a morte.
https://www.todamateria.com.br/primeira-geracao-romantica/
https://www.todamateria.com.br/segunda-geracao-romantica/
https://www.todamateria.com.br/terceira-geracao-romantica/
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O Navio Negreiro, tragédia no mar (trecho do poema de 
Castro Alves)
“Era um sonho dantesco... O tombadilho
Que das luzernas avermelha o brilho,
Em sangue a se banhar.
Em sangue a se banhar.
Tinir de ferros... estalar do açoite…
Legiões de homens negros como a noite,
Horrendos a dançar...”
Autores e obras da terceira fase do romantismo no Brasil
Os escritores de maior destaque na terceira fase romântica 
foram:
• Castro Alves (1847-1871) - Obras: O Navio Negreiro 
(1869) e Espumas flutuantes (1870).
• Tobias Barreto (1839-1889) - Obras: Amar (1866), A 
Escravidão (1868) e Dias e noites (1893).
• Sousândrade (1833-1902) - Obras: Harpas Selvagens 
(1857) e O Guesa (1858 e 1888).
Minha desgraça (trecho do poema publicado na 
obra Lira dos vinte anos, de Álvares de Azevedo)
“Minha desgraça, não, não é ser poeta,
Nem na terra de amor não ter um eco,
E meu anjo de Deus, o meu planeta
Tratar-me como trata-se um boneco....
Não é andar de cotovelos rotos,
Ter duro como pedra o travesseiro....
Eu sei.... O mundo é um lodaçal perdido
Cujo sol (quem mo dera!) é o dinheiro....”
Autores e obras da segunda fase do 
romantismo no Brasil
Os escritores que tiveram grande destaque na 
segunda fase romântica foram:
• Álvares de Azevedo (1831-1852) - Obras: Lira 
dos Vinte anos (1853), Noite na taverna 
(1855) e Macário (1855).
• Casimiro de Abreu (1839-1860) - Obra: 
publicou somente um livro de poesias As 
primaveras (1859).
• Fagundes Varela (1841-1875) - Obras: 
Noturnas (1861), Cântico do Calvário (1863) 
e Cantos e fantasias (1865).
Terceira fase do romantismo (1870 a 
1880)
A terceira fase do romantismo é chamada de 
Geração condoreira, pois está relacionada com a 
ave condor, uma ave solitária que voa alto e é 
símbolo dos Andes.
Os escritores dessa fase são inspirados 
pela poesia do poeta francês Victor 
Hugo, que também ficou conhecida como 
Geração hugoana.
Nesse período, surge a poesia social, relacionada, 
sobretudo, com o tema do abolicionismo. Castro 
Alves, o “poeta dos escravos”, foi a principal figura 
do momento, cuja poesia esteve voltada para os 
problemas humanos, sem apresentar uma visão 
idealizada do mundo. Temas como a escravidão e a 
opressão são os mais abordados pelo poeta.
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O realismo é uma tendência estética surgida 
na Europa durante a segunda metade do 
século XIX.
Do ponto de vistas das artes plásticas, 
desponta sobretudo na pintura francesa, 
entretanto, também se desenvolve na 
escultura, arquitetura e no meio literário.
O contexto histórico em que ocorre é o do 
sucessivo crescimento industrial e científico 
das sociedades.
Naquele momento, passou-se a acreditar que, 
com a natureza "dominada", era preciso haver 
maior objetividade e realismo também nas 
expressões artísticas, rejeitando todo tipo de 
visão subjetiva e ilusória.
Características da Arte Realista
• objetividade;
• rejeição a temas metafísicos (como 
mitologia e religiosidade);
• representação da realidade "crua": as 
coisas como elas são;
• realidade imediata e não imaginada;
• politização;
• caráter de denúncia das desigualdades.
•
Moças peneirando trigo (1853-54), de Gustave Coubert, mostra 
o trabalho braçal feminino
Na arte realista predominam temas do 
cotidiano. Os artistas se ocupam em retratar 
as pessoas como aparentam, sem idealizações.
Dessa forma, por conta do amadurecimento 
da industrialização e da crescente desigualdade 
e pobreza, os trabalhadores serão assunto de 
destaque.
Pintores realistas
Na pintura, os artistas realistas de maior destaque são:
Gustave Courbet (1819-1877)
Autorretrato de Courbet, produzido aproximadamente em 1843
O pintor Gustave Courbet (1819-1877) é considerado o mais 
importante artista dessa vertente e criador da estética realista 
na pintura social.
Courbet demonstrava interesse e empatia pela 
parcela mais pobre da população do século XIX, e 
isso transparece em suas telas.
A preocupação do artista era também com a superação das 
tradições clássica e romântica, além dos temas que essa 
sugeria, como a mitologia, religião e fatos históricos.
À esquerda, Os quebradores de pedra (1849). À direita, Os camponeses de Flagey 
(1848)
REALISMO 
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Manet, diferentemente de Coubert e de outros pintores 
realistas, não tinha como mote a vida rural e dos 
trabalhadores, tampouco a intenção de fazer uma crítica 
social com sua arte.
Esse artista pertencia à elite burguesa e seu realismo 
destacava o estilo de vida aristocrático.
Rompeu com a tradição academicista da pintura no que diz 
respeito à técnica e foi criticado por curadores na época.
Mais tarde, dá impulso a uma nova corrente, o 
impressionismo, que seria o precursor da arte 
moderna.
Realismo na Escultura
Na escultura, o realismo também se manifestou. Da mesma 
forma que na pintura, os escultores buscavam retratar as 
pessoas e situações sem idealizações.
A preferência era por temas contemporâneos e, muitas 
vezes, assumiam uma postura política.
O artista que mais se destacou nessa vertente foi August 
Rodin (1840-1917), que ocasiona muitas polêmicas.
A idade do Bronze (1877), de Rodin. À direita, detalhe da escultura
Logo em seu primeiro grande trabalho, A Idade 
do Bronze (1877), Rodin causa alvoroço. O enorme 
realismo do trabalho chegou a gerar dúvidas 
quanto à sua produção, se teria sido feita a partir 
de moldes de modelos vivos.
Quando se fala em Rodin, é importante citar também a 
artista Camille Claudel, que foi sua assistente e 
amante. Sabe-se hoje que Camille auxiliou e finalizou 
muitas das obras do famoso escultor.
Da mesma forma, vale lembrar também que muitos 
estudiosos classificam August Rodin como um precursor do 
estilo modernista.
Cabe dizer que Courbet era admirador das teorias 
anarquistas de Proudhon que despontavam na época, 
ele também teve intensa participação durante a 
Comuna de Paris.Dessa forma, seu posicionamento 
político teve grande impacto em sua produção.
Jean-François Millet (1814-1875)
Angelus (1858) é uma das obras que retrata com maior fidelidade o 
compromisso de Millet com o realismo
Millet também foi um importante pintor realista. 
Juntamente com Camille Corot e Théodore 
Rousseau, organizou um movimento artístico 
chamado Escola de Barbizon, no qual eles 
retiram-se de Paris e se estabelecem no povoado 
rural de Barbizon. Lá, o grupo de pintores se 
dedica a representação de paisagens e 
cenas rurais.
Para Millet, mais importava a representação humana 
do que o cenário em si. Ele dedicou-se, sobretudo, a 
retratar camponeses e a integração da natureza com 
o ser humano.
Édouard Manet (1832-1883)
Almoço na relva (1863) causou polêmica no Salão dos Artistas 
Franceses e foi rejeitada, sendo exposta mais tarde no Salão dos 
Recusados
https://www.todamateria.com.br/manet/
https://www.todamateria.com.br/arte-moderna/
https://www.todamateria.com.br/arte-moderna/@vestibularesumido
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Realismo no Brasil
O violeiro (1899), de Almeida Júnior
No Brasil, o movimento realista não se dá da mesma 
maneira que na Europa. Aqui, o realismo expresso em 
temas de paisagem é produzido por artistas como 
Benedito Calixto (1853-1927) e José Pancetti 
(1902-1958).
Na representação do povo simples e de temas rurais, 
temos Almeida Júnior (1850-1899). No que se refere 
ao caráter social, podemos citar Cândido Portinari 
(1903-1962).
https://www.todamateria.com.br/candido-portinari/
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O francês Paul Cézanne (1839-1906) é considerado precursor de importantes movimentos da Arte Moderna, como 
o Cubismo e outras vanguardas que surgiram a partir de então. Era filho de uma família abastada e manteve-se distante 
das agitações culturais parisienses, vivendo isolado em sua propriedade em Aix-en-Provence, no sul da França. Recluso, 
dedicou sua vida ao trabalho com a pintura. Em suas obras, Cézanne demonstrou pioneirismo ao geometrizar as formas, 
fossem elas paisagens, elementos da natureza ou figuras humanas, procurando a simplificação e a fragmentação da 
realidade.
Figura 2. Paul Cézanne. The François Zola Dam. 1877-1878. Óleo sobre tela. 54,2 x 74,2 cm.
PAUL CÉZANNE, UM 
PRECURSOR
Na composição da paisagem apresentada na figura 2, o artista procurou equilibrar 
formas e cores. Os elementos são transformados em massas compactas que 
resultam do movimento das pinceladas e da simplificação da estrutura e da forma 
de árvores, casas e telhados. Os sucessivos planos são percebidos pelos contrastes 
das cores e pelas variações de tonalidades. Toda a composição sugere uma 
natureza sólida e harmoniosa.
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O Cubismo surgiu das experiências de Pablo Picasso e do 
francês Georges Braque (1882-1963) entre 1906 e 1909. 
Eles procuravam reproduzir um objeto sob todos os 
ângulos, propondo a simultaneidade dos pontos de vista 
imaginados. Para alcançar esse objetivo, buscavam maior 
geometrização das formas e decomposição da 
perspectiva.
Assim, acabaram por desconstruir a sintaxe 
tradicional na pintura, o que se refletiu 
também em outras manifestações, como a 
escultura, a arquitetura e a literatura.
O movimento teve duas fases: a primeira é chamada de 
Cubismo Analítico; a segunda, Cubismo Sintético. A partir 
de então, torna-se necessário um maior esforço 
intelectual por parte do público para interpretação do 
objeto artístico, o que traz profundas consequências para
as artes visuais.
Cubismo Analítico
No Cubismo Analítico, os artistas buscavam a 
representação de um objeto decomposto em vários 
ângulos num mesmo plano.
Figura 3. Georges Braque. Violino e jarro.
1910. Óleo sobre tela. 117 × 73 cm.
Em Violino e jarro (Figura 3), Georges Braque apresenta 
sob vários ângulos simultâneos os objetos que dão nome 
à obra. Valendo-se de uma escala reduzida de cores, quase 
monocromática, o pintor se preocupa mais com as 
formas do que com a representação naturalista da cena.
As regras de perspectiva são desconsideradas, 
privilegiando-se a sucessão a sobreposição de formas e 
planos até quase se perder o imediato reconhecimento 
da imagem. Braque e Picasso se conheceram em 1907 e 
trabalharam juntos até 1914, quando eclodiu a Primeira 
Guerra Mundial. Devido a um ferimento na cabeça 
ocorrido em 1915, quando lutava na guerra, Braque se viu
obrigado a afastar-se da pintura por dois anos.
Cubismo Sintético
No Cubismo Sintético, as formas tendem a ficar mais 
reconhecíveis e menos fragmentadas. Os artistas passam a 
adicionar às telas colagens de impressos, letras e 
elementos reais relacionados ao tema pintado.
Durante essa fase, o espanhol Juan Gris (1887-1927) e os 
franceses Robert Delaunay (1885-1941) e Fernand Léger 
(1881-1955) também se destacaram.
Figura 4. Juan Gris. Copos e jornal. 1914.
Colagem, tinta guache, tinta a óleo e lápis.
24 ×15cm.
Na obra Copos e jornal (Figura 4), Juan Gris decompõe os 
objetos em vários ângulos sem que, no entanto, percam a 
relação com sua forma original. Sobre a tela, recortes de 
jornais são colados em vez de serem representados. As 
palavras do texto atuam como elementos composicionais,
pois as letras, nesse contexto, adquirem potência de 
imagem.
CUBISMO
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Figura 5. Fernand Léger. Três mulheres. 1921-1922. Óleo sobre tela. 183,5 x 251,5 cm.
Em Três mulheres (Figura 5), Fernand Léger pinta formas femininas usando uma geometrização tão esquemática que o corpo 
aparenta ser um conjunto de conexões tubulares, o que dá certa aparência mecânica.
Com exceção da mesa vermelha, em primeiro plano, e de outra menor, no canto superior direito, 
quase não existem indicadores de perspectiva, e o elaborado fundo geométrico pouco se distingue 
das figuras femininas,
não havendo rigorosa separação entre forma e fundo, como ocorria tradicionalmente em 
movimentos anteriores.
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O movimento teve duas fases distintas. Na primeira delas, privilegiavam-
se técnicas de pintura que se assemelhavam às do Divisionismo e às do 
Fauvismo, como o uso de cores vibrantes e de pinceladas separadas. É 
dessa fase a tela Poste de iluminação (Figura 6), do italiano Giacomo 
Balla (1871-1958), que escolheu como tema a luz elétrica,
que começava a ser difundida e era vista com encantamento e como 
sinal de modernidade. 
Por meio de pinceladas curtas, o pintor tenta reproduzir a sensação de 
intensa claridade provocada pela lâmpada elétrica.
Figura 7. Umberto Boccioni. Dinamismo do ciclista. 1913. Óleo sobre tela. 70 x 90 cm.
Na segunda fase do movimento, os artistas passaram a aplicar os 
princípios do Cubismo Analítico e Sintético por meio da simplificação e 
da geometrização de formas.
A tela Dinamismo do ciclista (Figura 7), de Umberto 
Boccioni (1882-1916), parece inicialmente ser abstrata, 
mas, após análise atenta, revela formas que lembram 
um ciclista e partes de uma bicicleta. O artista usa o 
contraste entre as cores para dar luminosidade ao 
quadro e à posição do ciclista com o corpo apontado 
para a esquerda, o que confere sentido de direção. A 
paisagem ao fundo é simplificada e esquematizada.
Futurismo
O movimento futurista surgiu na Itália, 
idealizado por Filippo Tommaso 
Marinetti (1876-1944). Em 1909,
foi publicado no jornal parisiense Le 
Figaro o Manifesto futurista, que 
preconizava o fim das tradições 
consideradas
corrompidas pelos signatários, apelando 
para a
violência juvenil como instrumento de 
transformação.
Os artistas adeptos exaltavam as 
virtudes do progresso científico e 
técnico e viam na guerra o meio de 
regeneração da sociedade. Marinetti 
ingressou no Partido Nacional Fascista 
em 1919, do qual foi militante ativo.
Figura 6. Giacomo Balla. Poste de iluminação. 1909. 
Óleo sobre tela.174,7 x 114,7 cm.
As principais características do 
Futurismo são o desejo de 
rompimento com o passado e a 
exaltação da eletricidade, da 
máquina, do automóvel, dos 
trens, da velocidade e do frenesi 
da vida urbana. Dessa forma, os 
artistas buscavam criar efeitos 
d i n â m i c o s p o r m e i o d a 
representação dos corpos em 
movimento e das sensações 
v i sua i s provocadas pe la 
agitação dos centros urbanos.
Boccioni também 
se destacou como 
escultor futurista 
ao criar volumes 
distorcidos que 
sugerem a ideia 
de movimento e 
de força, como o 
que se apresenta 
n a e s c u l t u r a 
Formas únicas de 
continuidade no 
espaço (Figura 8).
FUTURISMO 
Figura 8. Umberto Boccioni. Formas únicas de
continuidade no espaço. 1913. Escultura em
bronze. 111 × 88 cm.
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Figura 9. Vincent van Gogh. Noite estrelada. 1889. Óleo sobre tela. 92,1 x 76,7 cm.
Com uma vida curta e trágica, o pintor holandês Vincent van Gogh (1853-1890) é considerado um dos precursores
do Expressionismo. Após várias tentativas malsucedidas para se estabelecer em diversas profissões, Van Gogh inicia o
estudo do desenho e da pintura frequentando cursos esparsos ou de maneira independente. Em 1886, entra em contato
com o trabalho dospintores impressionistas em Paris, onde vivia seu irmão Theo van Gogh, o que influencia sobremaneira
sua forma de trabalhar as cores, que até então eram predominantemente sombrias, com grande ocorrência de tons
amarronzados e escuros.
O acesso às gravuras japonesas - com suas figuras e fundos planos, sem a representação da 
perspectiva tal qual era praticada desde o Renascimento na Europa - foi determinante para a 
concepção da obra de Van Gogh. Suas pinturas eram constituídas pela sequência de empastes - 
camadas grossas de tinta que se avolumavam nas telas, reforçando
a expressividade - e pelo uso de cores fortes e contrastantes.
Durante toda sua vida, Vincent van Gogh trocou correspondência com seu irmão Theo, que o patrocinava. Nessas cartas,
o pintor discorre várias vezes sobre o uso intencional das cores com a finalidade de expressar suas emoções e estados
interiores. Em Noite estrelada (Figura 9), o artista usa pinceladas bem marcadas para reforçar o movimento espiralado das
nuvens e os reflexos circulares das luzes das estrelas e da lua. Há intensa movimentação na metade superior do quadro,
contrastando com a calma e a regularidade da metade inferior, onde se encontra uma cidade adormecida. Essa disposição
em expressar os estados da alma por meio da pintura posteriormente apareceu na produção artística expressionista.
VINCENT VAN GOGH E O 
EXPRESSIONISMO 
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EXPRESSIONISMO ALEMÃO 
Expressionismo alemão
O movimento expressionista originou-
se na Alemanha em 1905 e foi bastante 
heterogêneo, não havendo qualquer 
organização. Era composto por vários 
grupos de artistas que tinham 
produções diversas, de modo que o 
que os unia era o desejo de romper 
com os padrões e a utilização da 
pintura como meio de expressão do 
universo íntimo, com ênfase nos 
aspectos emocionais e psicológicos. 
Para tanto, empregavam formas 
distorcidas e cores com forte carga 
emocional que não correspondiam ao 
natural, procurando fazer com que as 
imagens fossem um reflexo dos 
sentimentos diante do conturbado
contexto em que viviam.
Depois da ascensão do imperador 
Guilherme I, em 1861, e da unificação 
política e administrativa da Alemanha,
em 1871, uma série de conflitos foram 
desencadeados e culminaram na 
eclosão da Primeira Guerra. Os 
reflexos desse conflito, por sua vez, 
foram determinantes para a Segunda 
Guerra (1939-1945), pois, derrotada, a 
Alemanha se viu obrigada a pagar os 
prejuízos. 
O país perdeu territórios e 
viveu sob forte instabilidade 
econômica, social e política, 
além de enfrentar crises de 
desemprego e inflação. Esse 
contexto permitiu também a 
ascensão do partido nazista. 
As obras dos artistas desse 
período refletiam o desespero 
e a descrença da população 
por meio de imagens densas e 
angustiantes.
A Ponte
Um dos g rupos de a r t i s t a s 
expressionistas que se formaram foi o 
Die Brücke, nome alemão para "A 
Ponte", criado em Dresden no ano de 
1905. Esse grupo apresentava 
semelhanças com o Fauvismo no 
emprego das cores, porém o fazia 
deforma mais radical, usando-as de 
maneira até então impensável, 
distorcendo as figuras. Do grupo 
participaram Erich Heckel (1883-1970), 
Karl Schmidt-Rottluff (1884-1976) e 
Ernst Ludwig Kirchner (1880-1938).
Figura 10. Ernst Ludwig Kirchner. Meninas que se banham no lago. 1909. 
Oleo sobre tela. 91,2 x 120 cm.
Em Meninas que se banham no lago (Figura 10), Kirchner usa, de forma 
inusitada, o vermelho e o laranja para representar a tonalidade da pele, e o 
verde para as sombras nos corpos femininos. As cores são praticamente 
puras, quase sem variação de saturação, ou seja, sem o acréscimo do preto 
ou do branco para, respectivamente, diminuir ou aumentar a luminosidade. 
Na composição, o desenho tem função secundária, pois o que predomina 
é a expressividade atingida por meio do emprego das cores.
O Cavaleiro Azul
Outro grupo que se destacou foi o Der Blaue Reiter - em português, "O 
Cavaleiro Azul" -, organizado em 1911, em Munique, que buscava a 
expressão por meio de uma orientação mais mística e espiritual. Faziam 
parte dele os alemães Franz Marc (1880-1916) e Auguste Macke 
(1887-1914), além do russo Wassily Kandinsky (1866-1944).
Figura 11. Wassily Kandinsky. Composição IV. 1911. Óleo sobre tela. 159,5 x 250,5 cm.
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Nova Objetividade
No início da década de 1920, o grupo Neue
Sachlichkeit, em português, "Nova Objetividade",
surgiu com uma proposta de crítica à sociedade
burguesa. Devido a seu caráter profundamente crítico
e contestador, os artistas passaram a ser perseguidos
pelo Estado Nazista até se dissiparem, em 1930. Otto
Dix (1891-1969) e George Grosz (1893-1959) são
considerados os expoentes desse movimento.
Em 1915, Otto Dix partiu como voluntário para as
trincheiras da Primeira Guerra. Inspirado pela série de
gravuras Os desastres da guerra, produzida entre 1810
e 1815 por Francisco Goya durante a invasão napoleônica
na Espanha, o artista alemão retratou os horrores que
presenciou nos campos de batalha. A série, composta de
50 gravuras, foi apresentada em 1924 e é considerada
uma das maiores obras produzidas como crítica às guerras.
Figura 12. Otto Dix. O vendedor de fósforos. 1921. Óleo
e colagem sobre tela. 144 x 166 cm.
Na pintura O vendedor de fósforos (Figura 12), 
trabalho anterior ao Nova Objetividade, Otto 
Dix retrata a indiferença e o descaso das 
pessoas diante de um ex-soldado cego e 
mutilado que vende fósforos.
Figura 13. Otto Dix. Metrópolis. 1928. Têmpera sobre madeira. 181 × 400 cm.
Um dos trabalhos mais contundentes de Dix é Metrópolis 
(Figura 13), que traz uma crítica à sociedade burguesa, 
característica do movimento. Na parte central da tela, uma 
banda de jazz toca para um público sofisticado. Na cena, 
veem-se indivíduos da sociedade da época. Nos dois planos 
laterais, as cenas de rua se contrastam. A falta de pernas do 
soldado no plano lateral esquerdo se contrapõe ao glamour 
decadente das prostitutas à direita, com o sapato da mulher 
em primeiro plano.
A forte crítica à sociedade alemã do período fez com que a 
arte de Dix fosse considerada degenerada e condenada pelo 
Partido Nazista, que prezava o ideal romântico e heroico do 
passado alemão.
George Grosz também participou da Primeira Guerra 
como soldado do exército alemão.
A experiência o levou a desenvolver uma obra marcada 
pela produção de ilustrações e caricaturas satíricas que 
eram críticas severas e mordazes à sociedade e à guerra. 
Muitos de seus trabalhos foram realizados em caneta 
nanquim e reproduzidos em jornais, atingindo um grande
número de pessoas.
Figura 14. George Grosz. Cena de rua em Berlim. 1930. Óleo sobre tela. 60 
x 46 cm.
Em Cena de rua em Berlim (Figura 14), George Grosz 
critica a alta sociedade berlinense, retratando um casal 
abastado que flerta na rua, indiferente à miséria que 
atingia grande parte da população após a Primeira 
Guerra.
Alguns de seus trabalhos também foram 
condenados pela sociedade, como "Ecce 
Homo", série de aquarelas e litografias em 
que denuncia os costumes e hábitos 
decadentes das classes mais elevadas em 
obras consideradas pornográficas.
Na década de 1930, o artista mudou-se para
os Estados Unidos, onde lecionou e continuou
a produzir até a sua morte.
Egon Schiele
Egon Schiele (1890-1918) nasceu em Viena, na Áustria, e 
é considerado um dos mais importantes artistas 
expressionistas. Ainda jovem, iniciou seus estudos na 
Escola de Arte de Viena. Aos 17 anos, conheceu o pintor 
Gustav Klimt (1862-1918), que, por admirar o trabalho 
do jovem artista, passou a fazer o papel de mecenas 
comprando e indicando seu trabalho a outros potenciais 
clientes.
@vestibularesumido
41
A obra de Schiele apresenta forte carga 
erótica, com prostitutas
e trabalhadores de classes baixas como 
modelos preferenciais.
O artista buscava captar os estados de 
alma dos retratados, entre os
quais se incluía. O ato de pintar a si 
mesmo é recorrente em sua obra,
mostrando-se, por vezes, com aspecto 
repulsivo. Sem pudor emse expor, seus 
autorretratos apresentam a forma como 
se via e como enfrentava a realidade. 
Esses trabalhos exibem diversas fases da
sua curta vida. Em muitos deles, expõe 
frontalmente seu corpo
nu e esquelético. Em Autorretrato 
cabisbaixo (Figura 15), Schiele
olha para quem está do outro lado da 
tela como quem olha para
o espelho. 
O que o observador encontra na face do 
artista é uma espécie de desafio ou 
convite a enfrentar a realidade.
Figura 15. Egon Schiele. Autorretrato cabisbaixo.1912. Oleo sobre tela. 42,2 x 33,7 cm.
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O Expressionismo também se manifestou em outras linguagens. No teatro, as produções buscavam "limpar" as 
cenas, utilizando cenários em que o espaço era reduzido ao mínimo, e os figurinos pareciam distantes da 
realidade, com o objetivo de atingir o espectador na essência do drama. Por se opor ao ilusionismo, o teatro 
expressionista era contra a representação fidedigna da realidade, uma vez que estava focado em dramas 
subjetivos e na exposição de questões emocionais das personagens. Por isso buscava, também, diminuir a 
distância física entre espectador e autor.
Os artistas deveriam interpretar de maneira que fugissem ao natural. Eram priorizados o simbolismo dos 
objetos e a iluminação dramática, com intensos contrastes entre claro e escuro. Para isso, as cenas ora eram 
mantidas na penumbra, ora entrecortadas por feixes de luz intensos. 
As sombras eram exageradas e implicavam caráter sobrenatural, aumentando a tensão 
emocional das cenas. Da mesma forma, as falas apresentavam frases curtas carregadas 
de simbolismos e metáforas. A movimentação dos atores seguia as mesmas premissas 
com gestos e expressões faciais que tencionavam representar o estado de alma e as 
características fundamentais das personagens, por isso os movimentos eram abruptos 
ou mesmo interrompidos.
Os reflexos do movimento expressionista no teatro resultaram numa dramaturgia 
inovadora tanto na forma, com cenas sequenciais independentes, nas quais se 
misturavam ficção e realidade, quanto nos conteúdos, com a proposição de temas até 
então pouco usuais, como a guerra. Explorando a profundidade dos sentimentos, as 
personagens eram seres complexos em eterno conflito consigo mesmas.
O grupo teatral Nova Objetividade apostou no processo de politização e na busca de novas alternativas contra 
a realidade do mundo que se impunha no período pós-Primeira Guerra. Os autores teatrais, ou dramaturgos, 
em sua maioria alinhados com partidos considerados de esquerda, acreditavam na função social e política do 
teatro para a construção de uma sociedade mais justa e melhor.
Figura 16. Cena de Transformation (1918-1919), do autor Ernst Toller.
EXPRESSIONISMO NO 
TEATRO 
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O CINEMA EXPRESSIONISTA 
No cinema, o Expressionismo se manifesta valendo-se de elementos das artes plásticas, do teatro e da literatura,
transformados por meio da construção de uma elaborada atmosfera. O resultado são obras compostas por 
linguagem corporal expressiva, cenários pintados à mão e figurinos e maquiagens contrastando luz e sombra, que 
são fundamentais no cinema expressionista, sendo responsáveis pela ilusão de óptica. O aspecto formal é 
retorcido, e a atmosfera criada é dramática, onírica, com uma sensação constante de desconforto, deformação e 
suspense, antecipando o que se tornaria o gênero terror no cinema.
O filme O Gabinete do Dr. Caligari (1920), do diretor polonês Robert Wiene (1873-1938), é 
considerado um marco do cinema expressionista e um dos mais importantes na história 
do cinema. É tido como o primeiro filme de terror, tendo influenciado várias gerações de 
cineastas. Os cenários são, em sua maioria, construídos de papel, com sombras pintadas e 
formas distorcidas. A maquiagem é forte, e os gestos são exagerados pelos atores. 
Colaborando para o clima de tensão e mistério, a trilha sonora pontua as cenas de forma 
intensa e dramática.
Pensando no contexto histórico, fica mais fácil entender a estética sombria do cinema expressionista: a memória
traumática de um povo que acabara de sair derrotado da Guerra, com uma perspectiva incerta de futuro, e cujos 
sinais obscuros já anunciavam a Segunda Guerra. Por causa de seu teor sociopolítico, ganha destaque a ficção 
científica Metrópolis (1927), do alemão Fritz Lang (1890-1976), que mostra uma cidade futurista distópica.
Figura 17. Cena do filme Metrópolis.
@vestibularesumido
44
O balé expressionista usa de movimentação 
brusca, com gestos fortes e grotescos que 
evocam o disforme e o extravagante, em 
oposição ao balé clássico, cujos movimentos 
são harmônicos
e suaves. A dança expressionista carrega forte 
efeito cênico, de distorções formais e 
cromáticas, com a coreografia dos dançarinos 
sendo uma interpretação pessoal da natureza, 
e não uma
representação próxima da imitação.
Mary Wigman
Para a bailarina, coreógrafa e professora alemã 
Mary Wigman (1886-1973), a dança não 
deveria
ser mera interpretação da música, o que, a seu 
ver, era uma forma de subordinação; portanto
música e movimentos deveriam ser 
elaborados em conjunto. Com base nessas 
ideias, Wigman
buscava com suas coreografias apresentar 
simbolismos que fossem além do simples ato 
de contar uma história. 
Como professora, Wigman incentivava os 
alunos a sentirem os próprios movimentos e 
não repetirem ou imitarem movimentos 
predeterminados. Algumas máscaras usadas 
em suas coreografias foram produzidas pelo 
pintor expressionista Emil Nolde (1867-1956).
Figura 18. Mary Wigman, em 1922.
Assim como outras obras expressionistas, seu trabalho também foi 
considerado degenerado pelo regime nazista e sua escola foi fechada, já 
que Hitler determinou que todas as obras assim classificadas fossem 
proibidas ou destruídas. Após a derrocada nazista, Mary Wigman reabriu 
sua escola em 1945.
Chinita Ullmann
Filha de pai alemão e mãe brasileira, Chinita Ullmann (1904-1977) é 
apontada como a pioneira da dança moderna no Brasil. Ainda na 
adolescência foi enviada pelos pais à Alemanha para estudar piano. Lá 
descobriu seu interesse pela dança e matriculou-se na escola de dança 
de Mary Wigman, em Dresden. Após trabalhar dois anos, lançou-se na 
carreira de coreógrafa. Juntamente com Carletto Thieben, um colega da 
Escola de Dresden, apresentou-se em turnês pela Europa, Estados 
Unidos e América Latina. Em 1932, retornou ao Brasil e abriu em São 
Paulo a primeira escola de dança moderna, onde procurava difundir seus 
ensinamentos inspirados em movimentos da natureza e em culturas 
ancestrais com base na ideia de que a dança expressionista era 
fundamentada no ato de criar, e não de aprender.
Figura 19. A dançarina teuto-brasileira Chinita Ullmann.
O EXPRESSIONISMO NA 
DANÇA 
@vestibularesumido
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Nas primeiras décadas do século XX, diversos movimentos de vanguarda tomaram como valores estéticos elementos 
que sintetizavam o que significava a vida moderna, a industrialização e a tecnologia. A geometria euclidiana, a abstração 
formal e a síntese das formas, as máquinas e a fabricação industrial são alguns desses valores. Nesse
contexto, surge, em 1919, da fusão da Escola de Belas Artes de Weimar com a Escola de Artes Aplicadas de Weimar, a 
escola Bauhaus, numa tentativa de articular arte, artesanato, arquitetura e design. Sua direção foi entregue ao jovem 
arquiteto alemão Walter Gropius (1883-1969) que era ligado à ala modernista da arquitetura alemã e à organizaçãodo 
Conselho dos Trabalhadores para a Arte.
A fundação da Bauhaus se dá num período político pós-guerra de uma Alemanha derrotada e 
tomada por diversos conflitos internos, como greves e motins. Nessa época, foi criada uma 
nova república alemã, cuja capital era Weimar, cidade pequena que ficava longe da 
turbulência de Berlim. É nesse contexto que Walter Gropius propõe ao estado a 
reformulação do ensino artístico público. Gropius pretendia formar novas gerações de 
artistas para uma sociedade ideal, sem hierarquias e na qual todas as funções fossem 
complementares.

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