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Hidrografia da Sub- Região Oeste

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BACIA HIDROGRÁFICA ALTO DO TIETE
CARACTERÍSTICAS FISIOGRÁFICAS E HIDROCLIMÁTICAS 
O Rio Tietê tem suas nascentes a leste da cidade de São Paulo, junto ao divisor de águas com a vertente oceânica. Seu curso segue a direção geral leste-oeste e até atingir a Barragem de Rasgão, definida como o limite da Bacia do Alto Tietê, drena uma área de 5.775 km². Em seu curso superior a ocupação da bacia é predominantemente agrícola, embora existam neste trecho centros urbanos de importância, tais como Mogi das Cruzes e Suzano, e diversas indústrias de porte. O Rio Tietê atinge a grande concentração urbana da cidade de São Paulo e municípios adjacentes junto ao bairro da Penha e o município de Guarulhos. A partir deste ponto até praticamente o municípios de Barueri e Santana de Parnaíba, o rio atravessa regiões de alta densidade demográfica e ocupação do solo intensa e indisciplinada. 
Estas características prevalecem também nas bacias dos principais afluentes do Tietê tais como o Pinheiros e o Tamanduateí, entre outros. Outro aspecto que adiciona complexidade à análise hidrológica da bacia são as inúmeras obras de aproveitamento dos recursos hídricos existentes na região e as transferências de água de outras bacias. Entre muitas outras, as principais transferências são: (1) as águas oriundas do Sistema Cantareira; (2) a reversão de curso das águas do Tietê e Pinheiros para o Reservatório Billings; e (3) o desvio das águas do alto curso do Rio Tietê e alguns de seus afluentes para a região central da área metropolitana. Estas transferências alteram significativamente a ocorrência das vazões, no tempo e no espaço, dos principais cursos d’água da região. Outro aspecto a ser destacado é a ocorrência de inundações que tendem a exigir cada vez mais esforços e recursos dos poderes públicos, em razão da intensa ocupação do solo da bacia e da cada vez mais crítica falta de espaço para a implantação de medidas de controle ou mitigatórias. 
Em termos mais gerais, a Bacia do Alto Tietê apresenta índices de precipitação total média anual elevados, característica que decorre de sua proximidade à Serra do Mar. No interior da bacia os índices são menores. Nas regiões da bacia hidrográfica do Alto Tietê como Cabeceiras, Billings e Guarapiranga - próximas à vertente oceânica da Serra do Mar - os índices estão entre 1.800 e 3.000 mm. Estes índices são observados por influência da umidade vinda do mar. A precipitação total média anual da bacia está em torno de 1.400 mm. 
CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-AMBIENTAL 
Geologia 
A análise dos processos geológicos mais marcantes que ocorreram na área da bacia hidrográfica do Alto Tietê foi realizada, ressaltando a influência que os mesmos exerceram na modelagem do relevo e, consequentemente, no comportamento hidráulicohidrológico da bacia. O conhecimento e compreensão do arcabouço geológico da região da Serra do Mar, onde se implanta a bacia hidrográfica do Alto Tietê, são fundamentais para o melhor entendimento das características fisiográficas que governam o escoamento hidráulico da região e, portanto, do seu comportamento hidrológico. A Figura 4 apresenta o mapa geológico da bacia, destacando as principais unidades geológicas presentes.
 Hidrogeologia
 O Mapa Hidrogeológico da Bacia do Alto Tietê foi gerado visando reavaliar a produtividade dos aquíferos, a importância hidrogeológica e as características gerais dos sistemas aquíferos. A Figura 5 mostra o resultado da análise hidrogeológica da bacia.
Plano Diretor de Macrodrenagem da Bacia do Alto Tietê
As inundações que acontecem na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) atingem toda a população, as indústrias e o comércio, provocando prejuízos incalculáveis do ponto de vista econômico e social. Não é difícil saber porque isso acontece.
A RMSP está situada sobre um planalto com baixos declives e é talvez a área mais densamente ocupada no mundo. Ao longo do tempo essa ocupação foi feita de forma desordenada e desprovida de planejamento urbano. O processo de urbanização que ocorreu a partir dos anos 60 trouxe como conseqüência a impermeabilização do solo; todo espaço retirado pela urbanização, antes destinado ao armazenamento natural das águas, ou seja, as várzeas dos cursos d'água, foram substituídas por novas áreas inundáveis. Acrescenta-se a esse problema a prática de canalizações dos rios e córregos, muitas vezes de forma radical, alterando o comportamento das enchentes e não resolvendo o problema, uma vez que a cidade continua crescendo sem planejamento, exigindo cada vez mais medidas para disciplinar e conter as águas.
Visando primordialmente o combate às enchentes na Região Metropolitana de São Paulo, através de uma abordagem integrada dos problemas em todas as principais sub-bacias da bacia hidrográfica do Alto Tietê, em 1998 foi elaborado o Plano Diretor de Macrodrenagem da bacia do alto Tietê, que busca complementar as necessárias obras de melhoria hidráulica dos rios Tietê e Tamanduateí com um conjunto de soluções modulares, por sub-bacias, que permitem a execução por etapas O Plano Diretor de Macrodrenagem visa, em síntese, diagnosticar os problemas existentes ou previstos no horizonte de projeto a determinar, do ponto de vista técnico-econômico e ambiental, as soluções mais interessantes.
Em sua estruturação atual contempla soluções para as seguintes bacias:
Bacia do Rio Tamanduateí, aqui incluídas as sub-bacias dos Ribeirões dos Meninos e Couros e do Córrego do Oratório;
Bacia do Córrego Pirajuçara;
Bacia do Rio Aricanduva e Calha do Rio Tietê
Bacia do Ribeirão Vermelho
Bacia do Médio Juqueri
Bacia do Rio Baquirivu
SUB - BACIA HIDROGRÁFICA RIO JUQUERI
O Rio Juqueri é um afluente da margem direita do Rio Tietê. Ela nasce aos pés da Serra Vermelha no Bairro do Mascate Grande em Nazaré Paulista, no Estado de São Paulo. Passa pelos municípios de Nazaré Paulista, Mairiporã, Franco da Rocha, Caieiras, São Paulo, na extrema Zona Norte, Cajamar, Santana de Parnaíba e Pirapora do Bom Jesus, onde desagua no Rio Tietê. Em Mairiporã, ela forma a Represa do Juqueri, que abastece boa parte da região da Grande São Paulo. Até Franco da Rocha é em trecho de águas limpas. Atualmente o rio é barrento, isto se deve a invasão e a retirada das matas ciliares.
Na sub-região Juqueri/Cantareira estão os reservatórios Juqueri (Paiva Castro) e Águas Claras. Esses reservatórios fazem parte do Sistema Cantareira, responsável pela transposição das águas do Alto Piracicaba para a bacia do Alto Tietê, principal manancial de abastecimento da Região Metropolitana de São Paulo. Nos aproveitamentos do Sistema Cantareira (Jaguar/Jacareí, Cachoeira e Atibainha) na bacia do Piracicaba, a vazão natural média de longo termo é de 40,2 m³/s; com a inclusão da bacia do rio Juqueri em Paiva Castro, a vazão média de longo termo é de 44,8 m³/s. A capacidade de armazenamento (volume útil) equivalente do Sistema Cantareira, incluindo Paiva Castro é de 988,02 hm³ (FUSP, 2009).
SUB - BACIA HIDROGRÁFICA RIO COTIA
A Sub-bacia do rio Cotia compreende cerca de 262 km2 e está inserida na porção sul da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê (Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos 6 - UGRHI 6), que, por sua vez, apresenta a totalidade do seu território na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP).
Ao longo de seu curso o rio Cotia apresenta cachoeiras, lagos e extensas várzeas, que exercem a função de reservatórios naturais na regularização das enchentes em épocas de chuvas. Próximo à Bacia do Rio Tietê estas características vão diminuindo devido à urbanização desordenada, conforme informações da Organização Não Governamental - ONG SOS Manancial do Rio Cotia .
O rio Cotia, principal curso d’água dessa Sub-bacia, afluente da margem esquerda do rio Tietê, nasce na região sul do município de Cotia, e tem seu percurso com sentido de sul para norte. Entre seus principais contribuintes estão os rios Capivari e Cotia do Peixe, o córrego Manoel Góes Serrano e os ribeirões do Moinho Velho, das Pedras, do Aterrado e da Graça.
SUB - BACIA HIDROGRÁFICA RIO BARUERI – MIRIM
Rio Barueri-Mirimé um rio que corta os municípios de Itapevi, Jandira e Barueri, afluente do rio Tietê. O aldeamento que deu origem a cidade de Barueri foi fundado em 11 de novembro de 1560 quando o Padre José de Anchieta construiu a Capela de Nossa Senhora da Escada na margem direita do rio Tietê um pouco acima da confluência com o Rio Barueri Mirim.
SUB - BACIA HIDROGRÁFICA PINHEIROS/PIRAPORA
O Subcomitê Pinheiros-Pirapora abrange 8 municípios: Jandi¬ra, Pirapora do Bom Jesus, Carapicuíba, Osasco, Santana de Parnaíba, Itapevi, Barueri e São Paulo. Cada uma dessas cidades tem um assento no Subcomitê, com exceção da capi¬tal, que possui dois, em função da dimensão dos seus problemas ambientais.
Criado em 15 de setembro de 1998, em uma audiência pública organizada pelo Comitê de Bacia Hidrográfica do Alto Tietê e pelo município de Osasco. Por vários meses uma comissão organizadora do Comitê con¬sultou prefeitos, representantes de municípios e organizações da sociedade civil na sub-região a fim de montar a estrutura organizacional necessária para a existência do Subcomitê.
Atualmente o Subcomitê está iniciando seu sexto mandato, já tendo oito anos de atuação como unidade regional de gerên¬cia de recursos hídricos. É composto por 27 membros e seus suplentes – 9 de cada categoria – com eleições a cada dois anos, coincidindo com as do Comitê do Alto Tietê.
Nas posições de Presidente, Vice e Secretário manteve-se a convenção adotada pelos comitês paulistas de bacias hidrográficas, ocu¬padas respectivamente por representantes dos Municípios, da Sociedade Civil e do Estado.
O grupo executivo do Subcomitê é composto por dois mem¬bros de cada setor, tendo a tarefa de organizar os encontros e o programa de atividades. A instância especializada é a Câma¬ra Técnica de Planejamento, também composta por pelo me¬nos dois representantes de cada setor – e que ou são membros do Subcomitê ou são especialistas indicados para representar um membro.

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