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AVALIAÇÃO E RENDIMENTO ESCOLAR
Rosiane dos Santos Oliveira
RESUMO: A pesquisa apresenta uma análise das dificuldades de aprendizagem na leitura e escrita do Ensino Fundamental. Constatou-se que a principal causa que origina a dificuldade que os alunos apresentam para ler e escrever é decorrente de não terem sido alfabetizados nas séries anteriores, o que causa grande dificuldade para compreender os conteúdos que são tratados ao chegar no 5º ano, percebe-se que quanto o aluno é mal alfabetizado a dificuldade de aprendizagem se torna dificultoso no decorrer dos anos letivos. Muitas vezes levando o aluno a reprovação e evasão escolar sentindo incapazes. Nota-se a partir destes resultados, que há necessidade de se buscar as reais causas da dificuldade de aprendizagem, devido à importância dessas habilidades para o desenvolvimento do aluno e que para isso, é necessário a participação da família e de todos comprometidos com a questão.
Palavras-Chaves: Dificuldade de Aprendizagem, leitura e escrita.
INTRUDUÇÃO
Percebe-se que a dificuldade de aprendizagem na leitura e escrita é um problema enfrentado pela maioria das crianças na idade escolar e a cada dia aumenta o número de criança com problema na leitura e escrita fato este que vai se estendendo às séries posteriores por conta da progressão continuada que, na maioria das vezes atribui ao aluno a culpa pelo seu fracasso escolar.
A dificuldade da escola em lidar com a diversidade, com o aluno diferente do idealizado e a falta de conhecimento e domínio de metodologias sistematizadas em alfabetização e da valorização do ser humano como um ser integral – onde organismo, corpo, inteligência e desejo estão entrelaçados, vai gerando conflitos cada vez maiores, tanto no sujeito que aprende como na instituição escolar. Cresce o jogo de empurra – empurra, sem uma análise crítica das condições das relações interpessoais, da falta de compreensão das necessidades e estágios do aluno e meios para atendê-los.
Dessa forma cria-se um círculo vicioso onde a escola culpa a família, que culpa o professor, que culpa o governo, que culpa os técnicos, as gestões administrativas, que culpam os professores, que culpam os alunos.
Ferreiro (2001) enfatiza que as dificuldades de aprendizagem da leitura e escrita estão freqüentemente ligadas às perturbações precoces que determinaram a inibição dos processos ou o predomínio de um dos momentos sobre o outro, impedindo a integração que possibilita a aprendizagem. Quando aprender é difícil principalmente para crianças das classes mais desfavorecidas, que acabam tendo um contato menor com a produção escrita em seu meio social.
Neste artigo serão mostrados três fatores como os grandes responsáveis pelas dificuldades do desenvolvimento da leitura e escrita. São eles: o contexto sócio-econômico, o sistema escolar e os fatores referentes à estrutura familiar e individual. Estes fatores estão internamente relacionados entre si, formando uma complexa teia e não podem ser separadas uns dos outros sob pena de perda abrangente da dificuldade. Portanto o objetivo principal desse trabalho é Analisar as causas que originam dificuldades no desenvolvimento da leitura e escrita dos alunos.
Percebe-se que o objetivo de ensinar a ler e escrever deve está centrada em propiciar ao aluno condições de interagir com os variados tipos de textos que circulam na sociedade, a fim de que o letramento possa se estabelecer dentro e fora dos muros da escola, e de que esses alunos sejam capazes de fazer leituras críticas tornando-se cidadãos no seu sentido pleno. Contudo na sociedade da informação a escola deve servir de bússola para navegar nesse mar do conhecimento, superando a visão utilitarista de só oferecer informações “úteis” para a competitividade e obter resultados.
A DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM
Entende-se que a aprendizagem da leitura e escrita se inicia com a imitação de sons articulados, até a fase adulta, em que há um verdadeiro aperfeiçoamento técnico. A linguagem oral e escrita revela-se imprescindível ao processo de comunicação. Trata-se de uma questão que deve ser especialmente trabalhada na fase infantil, durante seu processo de construção de conhecimento. O desenvolvimento do processo da leitura e da escrita é de fundamental importância nas classes de alfabetização, pois a partir do momento em que a criança começa a ler e escrever passa a ter uma nova maneira de interpretar fatos que acontecem no mundo em que vive. 
Dentre as mais variadas causas que originam a dificuldade na leitura e a escrita nas crianças em idade escolar existe uma grande polêmica acerca do tema dislexia embora não seja doença é considerada como distúrbio de aprendizagem na área da leitura e escrita e soletramento. Porém, os sintomas que uma criança com dislexia apresenta são idênticos a quaisquer outros transtornos de aprendizagem encontrados em uma criança dislexa. A criança dislexa apresenta dificuldade de aprendizagem já nos primeiros anos escolares.
Piaget (1987) na sua teoria diz (...). A aprendizagem da leitura e escrita não se realiza da mesma forma para todos os alunos. Eles não chegam à escola com o mesmo nível de compreensão, os níveis de estruturação cognitiva, porque é em função desse nível que eles terão condições de aprender. A cognição é a própria inteligência, e depende da troca do organismo como o meio. Se uma criança tem qualquer déficit cognitivo, pode se disser que houve algum problema nessa troca, e é preciso compensar a deficiência havida na troca. (...).
Nesse sentido, Ferreiro (2000) afirma que.
Se pensarmos que a criança aprende só quando é submetida a um ensino sistemático, e que a sua ignorância está garantida até que receba tal tipo de ensino, nada poderemos enxergar, Mas se pensarmos que as crianças são seres que ignoram que devem pedir permissão para começar a aprender, talvez comecemos a aceitar que podem saber, embora não tenha sido dada a elas a autorização institucional para tanto. Ferreiro (2000, p. 34).
Entretanto, a aprendizagem da leitura e da escrita é um processo complexo que envolve vários sistemas e habilidades como: lingüísticas, perceptuais, motoras e cognitivas. Por isso, quanto mais ciente estiver o professor de como se dá o processo de aquisição da leitura e escrita e quais as dificuldades enfrentadas pelas crianças para adquiri-la, mais condição terá esse professor de encaminhar de forma agradável e produtiva o processo de aprendizagem.
A IMPORTÂNCIA DA CONTRIBUIÇÃO DA ESCOLA E DA FAMÍLIA NO PROCESSO DE LEITURA E ESCRITA
Antes se costuma atribuir à criança, toda a responsabilidade por seu fracasso escolar. Hoje, porém, já se reconhece que as dificuldades em aprendizagem não se dão no vazio, e sim em contexto, tanto situacionais, quanto interpessoais. Não podemos falar de dificuldade tendo somente a criança como ponto de referência. O “contexto” em que a criança se encontra precisa ser considerado. Assim, quer a família, quer a escola, e o contexto sócio-econômico, podem ser grandes responsáveis pelas causas que originam dificuldade de aprendizagem na leitura e escrita dos alunos.
Dessa forma, instituições escolares devem levar em conta as experiências que as crianças trazem de sua cultura, pois esta mostra o que a criança vive em comunidade cotidianamente. Neste sentido, cabe a escola pensar a educação mais especificamente a alfabetização a partir das experiências que as crianças trazem, assim não é apenas a escola que contribui nesse aprendizado, mas é uma somatória de atividades que a criança vivencia permitindo apropriar-se do conhecimento. Dentro as dificuldades de aprendizagem destacam-se no contexto escolar as relacionadas à leitura e escrita. Capovilla ressalta que:
(...) esse quadro é conseqüência do método de ensino adotado pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’S), ou seja, do método global, o qual “prega” que a alfabetização deve ser feita diretamente a partir de textos complexos, que devem ser introduzidos logo ao inicio da alfabetização, antes que a criança tenha tido a chance de aprender a decodificare codificar, sendo que não há um ensino explícito e sistemático das correspondências grafemas, fonema, pois se espera que a criança sozinha perceba tais relações. (Capovilla 2004 P. 12).
Percebe-se que nem sempre a escola pode contar com a parceria da família que também está esperando que a escola contribua para a melhoria de vida. É certo que os papéis da família e da escola, antes prioritariamente repressores, modificaram-se ao longo das últimas décadas. Uma das principais diferenças refere-se à transmissão do conhecimento, pois antes, essa transmissão dava-se apenas na escola, a agência por excelência destinada à transmissão dos conhecimentos acumulados pela sociedade. Os valores e padrões de comportamento eram ensinados e cultivados em casa.
A escola, por sua vez, afirma que o êxito do processo educacional depende, e muito, da atuação e participação da família, que deve estar atenta a todos os aspectos do desenvolvimento do educando, reclama bastante da responsabilidade pela formação ampla do aluno que os pais transportam para ela, e alega que isto desviou da função principal de transmitir os conteúdos curriculares, sobretudo de natureza cognitiva. Com isso, ao invés de ter as famílias como aliados, acabam afastando-se ainda mais do ambiente escolar.
UM OLHAR SOBRE A PRÁTICA PEDAGÓGICA E ALTERNATIVA DE ENSINO
O professor desempenha um papel muito importante tanto no processo de diagnóstico como no processo reeducativo, cabe ao professor o reconhecimento da criança que apresenta distúrbios de aprendizagem. Estando em contato direto com o aluno durante o processo de ensino aprendizagem o professor percebe de imediato o aluno que apresenta dificuldade para ler, ou trocas ortográficas, ou lentidão para realizar as atividades escolares. Após este reconhecimento é importante que os “problemas” que a criança apresenta sejam vistos como decorrentes de dificuldades e não como fruto da “preguiça” ou do “desleixo” do aluno. 
Esta visão não implica só numa mudança de nomenclatura, mas numa modificação do relacionamento do professor com o aluno. Se, os “problemas” da leitura e escrita são classificados como dificuldades então, a causa é independente de boa ou má vontade da criança em realizar as tarefas escolares. Neste caso compreende-se que apesar de todo o esforço que o aluno dispensa, dificilmente conseguirá corresponder às expectativas escolares sem apóio externo e já se os “problemas” são vistos como conseqüências de preguiça e de falta de disposição para prestar atenção, o aluno sofrerá todo tipo de punição com o objetivo de extinguir a “preguiça” e assim integrá-lo no processo de ensino. Este último procedimento poderá acarretar na recusa da criança em volta a escola já que esta se torna um ambiente aversivo.
Inicialmente, o professor, deve respeitar as dificuldades da criança. Este respeito envolve: a não utilização de comentários depreciativos sobre as dificuldades apresentadas pelo aluno; respeitar o ritmo da criança e não a envolver em situações de competição com os demais colegas, não colocá-lo em situações geradoras de ansiedade (pedir que leia em voz alta na frente da classe, solicitar que escreva na lousa frases diretas oralmente), e evitar comparações com os outros colegas que não apresentam dificuldade e conversar com aluno sobre as dificuldades; explicando-lhe porque ocorrem. 
Esta conversa acerca das dificuldades que acriança apresenta é de suma importância já que permite que se estabeleça, entre o professor e o aluno, um clima aberto e sincero, no qual a criança se sinta apoiada e tranqüila sobre as possíveis reações do professor frente às suas dificuldades, sabemos que a criança com dificuldade para ler ou para escrever, tem geralmente habilidades discutíveis para música, pintura, matemática, ciência, cabendo ao professor reforçar estas áreas e, auxiliar o aluno a utilizá-las como um meio de compensar suas limitações.
Felizmente temos um bom número de educadores que, apesar de todas as dificuldades acreditam que é na escola o seu lugar e acredita-se que para erradicar a dificuldade de aprendizagem, tanto na escola quanto os profissionais envolvidos devem ser comprometidos com as questões, tendo clareza de seu papel de colaboradores da desmistificação dos rótulos atribuídos as crianças com dificuldade de aprendizagem. 
A essência do ensino da leitura e da escrita é ajudar o aluno a compreender o que lê e o que escreve e o papel do professor como orientador dessa prática é fundamental, cabendo-lhe as melhores propostas e métodos pedagógicos para alcançar os seus objetivos, que certamente é formar leitores críticos e escritores competentes, capazes de criar textos coerentes e coesos, utilizando variados recursos lingüísticos, e de fazer a leitura de palavras associada à leitura do mundo. Sabemos que as transformações no processo de ensino – aprendizagens só ocorrerão gradativamente, não será um livro didático ou um pacote do governo que para essas alterações, elas estão atreladas às condições propiciadas ao professor mentor principal desse processo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Sabe-se que a leitura e a escrita são habilidades que pesam fundamentalmente na construção do individuo como ser social tendo em vista ele estar condicionado a uma sociedade regida pelo capitalismo, no mercado de trabalho, nos desafios que surgem no mundo a cada dia. Pensar em educação é também pensar nos sujeitos envolvidos, ou seja, alunos, professores e demais componentes sociais.
Pensar em educação é também pensar nos sujeitos envolvidos, ou seja, alunos, professores e demais componentes sociais que precisam respeitar-se mutuamente, sabemos que os problemas da dificuldade de leitura e escrita nas escolas são constantes, mas não podemos deixar de lado que a cultura de cada criança deve ser levada em consideração, pois de acordo com o tempo de cada uma o professor irá trabalhar no sentido de tornar mais fácil possível para o aluno, já que a aquisição da leitura e escrita não deixa de ser uma apropriação de conhecimento e muitos casos a criança não consegue avançar nos estágios porque não tem facilitador que lhe apontem alternativas metodológicas que lhe façam despertar para o saber por outras vias, pois sabemos que toda criança apresenta diferentes, mecanismos para desenvolver suas estruturas cognitivas, para tanto, necessita da mediação certa.
Infelizmente nem sempre o que o sistema de governo impõe, e o melhor para a formação do cidadão. Muitas vezes as políticas voltadas para a educação, atendem apenas uma parte da sociedade, a desorganização e falta de compromisso por parte daqueles que regem o sistema maior, afetam também, outro setores como: saúde, segurança, etc., o que culmina nas camadas mais pobres, refletindo-se nos filhos que presenciam e sentem as mazelas causadas pelas falhas deste sistema. O desemprego, a violência, as drogas, exploração do trabalho infantil, são fatores presentes na realidade brasileira hoje, com as quais a criança em formação convive, a escola precisa saber como trabalhar esta realidade, como profissionais que estejam preparados para compreender as diferentes causas que geram a dificuldade de aprendizagem na leitura e escrita, apontando o melhor caminho para a criança aprender.
Acredita-se que a transformação é possível e que a escola ainda é a “porta” de entrada da camada social seja alta ou baixa, para conquista de uma posição social mais estável, sendo assim devemos ser consciente de que o papel do alfabetizador é continuar e ampliar a luta pela alfabetização tem confiança de que a escola com todas as suas carências, ainda é o lugar onde se podem fortalecer as nossas esperanças de mudanças.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAPOVILLA, Alessandra G.S; CAPOVILLA, Fernando C. Alfabetização: métodos fônicos. 3. ed. São Paulo: EMNON, 2004.
FERREIRO, Emilia; TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da língua escrita. Disponível em: <http://www.novaescola.com>. Acesso em: 21 fev. 2007.
FREIRE, Paulo. Educação e mudança. Rio de Janeiro Paz e Terra, 1982.
MORAES, Antonio. Distúrbios de aprendizagem.São Paulo: EDICON, 1996.
PIAGET, Jean. O diálogo com a criança e o desenvolvimento do raciocínio. São Paulo, 1987.
� Artigo apresentado como conclusão de curso de Licenciatura de Pedagogia UNIP-Pa.
� Aluna do Curso de Licenciatura de Pedagogia da Universidade Paulista-UNIP-Nazaré-Pa.

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