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Dissolução da Sociedade e do Vínculo Conjugal

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Dissolução da Sociedade e do Vínculo Conjugal
Art. 1.571. A sociedade conjugal termina: 
I - pela morte de um dos cônjuges;
 II - pela nulidade ou anulação do casamento; 
III - pela separação judicial;
 IV - pelo divórcio. 
§ 1o O casamento válido só se dissolve pela morte de um dos cônjuges ou pelo divórcio, aplicando-se a presunção estabelecida neste Código quanto ao ausente. 
§ 2o Dissolvido o casamento pelo divórcio direto ou por conversão, o cônjuge poderá manter o nome de casado; salvo, no segundo caso, dispondo em contrário a sentença de separação judicial.
Dissolução do Vínculo Conjugal
Formas de dissolução do casamento válido:
 a) Morte 
b) Divórcio. 
• Podendo ser terminativas que referem-se a somente a sociedade conjugal, colocando fim aos deveres recíprocos. Não permitem novas núpcias, uma vez que mantem-se o vinculo jurídico. 
• Ou ainda, dissolutivas que referem-se aos deveres recíprocos e o regime de bens. 
Conceitos Iniciais e a Emenda Constitucional 66/2010
A promulgação da Emenda Constitucional 66/20102 , conhecida como a Emenda do Divórcio foi considerada uma verdadeira revolução para o Direito de Família, colocando fim ao prazo de separação de fato ou judicial para a concessão do divórcio. 
 SEPARAÇÃO
A separação judicial consiste em uma forma de dissolução da sociedade conjugal que não põe fim ao vínculo conjugal.
 Sendo assim, põe fim a algumas obrigações do matrimônio. (fidelidade reciproca, comunicação de bens, coabitação, ...) 
Nesse sentido, temos o Enunciado n. 255, III JDC: “Não é obrigatória a partilha de bens na separação judicial”. 1.1 Separação Judicial: põe fim a algumas obrigações do matrimonio, tais como dever de coabitação, fidelidade reciproca e comunicação de bens (sem obrigação de partilha, podendo ser feita em momento posterior) se assim determinar o regime. 
Análise do artigos 1573 e 1578 do C.C
Art. 1.573. Podem caracterizar a impossibilidade da comunhão de vida a ocorrência de algum dos seguintes motivos: I - adultério; II - tentativa de morte; III - sevícia ou injúria grave; IV - abandono voluntário do lar conjugal, durante um ano contínuo; V - condenação por crime infamante; VI - conduta desonrosa. 
 	Parágrafo único. O juiz poderá considerar outros fatos que tornem evidente a impossibilidade da vida em comum. 
Art. 1.578. O cônjuge declarado culpado na ação de separação judicial perde o direito de usar o sobrenome do outro, desde que expressamente requerido pelo cônjuge inocente e se a alteração não acarretar: I - evidente prejuízo para a sua identificação; II - manifesta distinção entre o seu nome de família e o dos filhos havidos da união dissolvida; III - dano grave reconhecido na decisão judicial. 
§ 1o O cônjuge inocente na ação de separação judicial poderá renunciar, a qualquer momento, ao direito de usar o sobrenome do outro. § 2o Nos demais casos caberá a opção pela conservação do nome de casado.
Separação Judicial e Extrajudicial
Separação Judicial (Art 1576 C.C) põe fim a algumas obrigações do matrimonio, tais como dever de coabitação, fidelidade reciproca e comunicação de bens (sem obrigação de partilha, podendo ser feita em momento posterior) se assim determinar o regime. 
Parágrafo único. O procedimento judicial da separação caberá somente aos cônjuges, e, no caso de incapacidade, serão representados pelo curador, pelo ascendente ou pelo irmão.
DIVÓRCIO Art 1580 C.C)
Trata-se da medida jurídica, obtida pela iniciativa das partes (ou seja: vedação da atuação ex officio do magistrado), em conjunto ou isoladamente, que dissolve integralmente o casamento; 
Com o divórcio fica determinado o fim da sociedade conjugal e do vinculo matrimonial (ou seja: havendo reconciliação do casal, somente poderá ser retomada a conjugalidade por meio de um novo casamento).
 Poderá ser: Divórcio Direito e Conversão de Separação em Divórcio (Judicial ou por escritura pública/administrativo), 
Modalidades de Divórcio
A nova redação dada ao § 6° do Art 226 da CF deixou de exigir o prazo de um ano do decreto da separação judicial para a conversão da separação em divórcio.
As questões correlatas, como guarda dos filhos, alimentos, visitas, sobrenome e partilha de bens , embora não tenham nenhuma influência na decretação do divórcio, podem ser discutidas e definidas na ação.
Divórcio Judicial Consensual: inexistência de litígio, a existência de filhos menores ou incapazes ou no caso de incapacidade de um dos cônjuges.
Divórcio Judicial Litigioso ou a pedido de um dos cônjuges.
Divórcio Extrajudicial: consenso entre as partes, inexistência de filhos incapazes, capacidade dos divorciandos.
CARACTERISTICAS (MATERIAIS E PROCESSUAIS) DO DIVÓRCIO
a) Natureza personalíssima; 
b) Inadmissibilidade de terceiros intervirem no divórcio; 
c) Obrigatoriedade de intervenção do MP – discussão doutrinária. Vide o Novo CPC: Art. 698.
 Nas ações de família, o Ministério Público somente intervirá quando houver interesse de incapaz e deverá ser ouvido previamente à homologação de acordo. 
d) Obrigatoriedade de designação de audiência para tentativa de reconciliação do casal (audiência de ratificação) – pena de nulidade processual que também passa por discussão doutrinaria tendo em vista a CF/88 e a Lei n. 11.441/2007 que suprimiu a necessidade de audiência em casos de dissolução consensual em via administrativa;
Continuação
 e) Foro privilegiado da mulher ou do menor para as ações de divórcio. Vide o Novo CPC: 
 Art. 53. É competente o foro:
 I - para a ação de divórcio, separação, anulação de casamento e reconhecimento ou dissolução de união estável: 
de domicílio do guardião de filho incapaz; b) do último domicílio do casal, caso não haja filho incapaz; c) de domicílio do réu, se nenhuma das partes residir no antigo domicílio do casal;
 II - de domicílio ou residência do alimentando, para a ação em que se pedem alimentos;
 f) do sigilo da justiça e proteção a Dignidade Humana: Art. 189. 
g) possibilidade de não divisão do patrimônio comum no divórcio (manutenção do condomínio) Súmula 197/STJ. Família. Casamento. Divórcio direto. Concessão sem prévia partilha de bens. Possibilidade. CCB/2002, art. 1.575, parágrafo único. Lei 6.515/77, art. 40. 
h) a questão do uso do sobrenome de casado.

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