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AULA 9 - DIREITO CIVIL V - DISSOLUÇÃO DA SOCIEDADE CONJUGAL

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AULA 9 – DISSOLUÇÃO DA SOCIEDADE CONJUGAL
DIREITO CIVIL V (FAMÍLIA)
Profa. Ms. Janaina Rabelo
janaina.rabelo@professor.unifametro.edu.br
· OBJETIVO DA AULA:
- Analisar a dissolução da sociedade conjugal.
· RELEMBRANDO...
· Código de 1916: casamento indissolúvel.
· O desquite rompia a sociedade conjugal, porém mantinha o vínculo matrimonial, com a obrigação de mútua assistência (permanência do encargo alimentar em favor do cônjuge inocente e pobre);
· Cessavam-se os deveres de fidelidade e coabitação, mas não se podia casar novamente.
· Lei do divórcio: desquite passou a ser denominado separação (mesma finalidade: finalizar a sociedade conjugal, porém não o vínculo matrimonial).
· O divórcio direto só era concedido excepcionalmente, se comprovada separação de fato há mais de 5 anos.
· A separação judicial só era concedida por mútuo consentimento, se os cônjuges fossem casados há mais de 2 anos. Litigiosamente, se atribuída ao outro violação dos deveres do casamento.
· CF/1988 e CC/2002: 
· Divórcio direto se comprovada separação de fato por mais de dois anos;
· Divórcio por conversão da separação judicial por mais de um ano.
· EC 66/2010:
· O divórcio agora é sempre direto! 
· Não é mais necessário período mínimo de separação de fato para ingressar diretamente com o divórcio.
· STJ, Informativo 604 (2017): A Emenda à Constituição n. 66/2010 não revogou os artigos do Código Civil que tratam da separação judicial.
· STJ, Informativo 610 (2017): A Emenda Constitucional n. 66/2010 não revogou, expressa ou tacitamente, a legislação ordinária que trata da separação judicial.
· Jornada de Direito Civil - Enunciado n. 514 do CJF: “A EC 66/2010 não extinguiu a separação judicial e extrajudicial”.
· Em caso de reconciliação…
· Quem é separado judicialmente pode, a qualquer tempo, restabelecer a sociedade conjugal, pleiteando a medida judicial ou administrativamente (art. 48 da Res. 35 do CNJ), para que possa retornar ao estado civil de casado. 
· Se já houver se divorciado, não há outra solução, a não ser casar novamente!
· CONVERSÃO DA SEPARAÇÃO EM DIVÓRCIO
· Tema polêmico:
· Existem decisões convertendo a separação de ofício, e já decretando o divórcio entre as partes;
· Mas também há decisões determinando a necessidade das partes se manifestarem acerca da conversão, sob pena de julgamento do processo sem resolução do mérito, por falta de interesse processual.
· Separação de fato e de corpos
· Separação de fato: no mundo dos fatos.
· Separação de corpos: reconhecida judicialmente.
· Os cônjuges mantém o estado de casados, mas a sociedade conjugal está rompida.
· Ambas cessam os deveres de coabitação e fidelidade;
· Deixa de existir a presunção de paternidade dos filhos após 300 dias subsequentes à separação. (Art. 1597, II);
· Põem fim ao regime de bens;
· Podem constituir união estável.
· DIVÓRCIO
· O divórcio é a medida dissolutória do vínculo matrimonial válido, importando, por consequência, a extinção de deveres conjugais.
· “Trata-se, no vigente ordenamento jurídico brasileiro, de uma forma voluntária de extinção da relação conjugal, sem causa específica, decorrente de simples manifestação de vontade de um ou ambos os cônjuges, apta a permitir, por consequência, a constituição de novos vínculos matrimoniais.” (STOLZE, 2019, p. 571).
· Pode ser requerido a qualquer tempo.
· O pedido só compete aos cônjuges e, em caso de incapacidade, ao curador, ascendente ou irmão (art. 1.582 e p. único, CC).
· Pode ser concedido sem que haja prévia partilha de bens (art. 1.581, CC).
· Rito do divórcio contencioso: arts. 693 a 699, CPC.
· Rito do divórcio consensual: arts. 731 a 734, CPC.
· Alteração do estado civil para divorciados.
· Divórcio judicial consensual
· Procedimento de jurisdição voluntária.
· Ambos os cônjuges requerem a homologação do divórcio, por petição, na qual deve constar (art. 731, CPC): 
I - as disposições relativas à descrição e à partilha dos bens comuns;
II - as disposições relativas à pensão alimentícia entre os cônjuges;
III - o acordo relativo à guarda dos filhos incapazes e ao regime de visitas; e
IV - o valor da contribuição para criar e educar os filhos.
· OBS.:
· Também é necessária a deliberação a respeito do nome. No silêncio de quem adotou o nome do outro, presume-se que não há intenção de alteração.
· Não havendo acordo sobre a partilha, a divisão pode ser operada após o divórcio, inclusive em cartório (CC, art. 1.581 e CPC, art. 731, p. único)
· Havendo filhos incapazes, é indispensável a participação do MP (CPC, arts. 178, II e 698).
· OBS.:
· Cláusula de dureza:
· CC, art. 1.574. (…)
· Parágrafo único. O juiz pode recusar a homologação e não decretar a separação judicial se apurar que a convenção não preserva suficientemente os interesses dos filhos ou de um dos cônjuges.
· Reconhecida como inconstitucional. De todo modo, deve ser homologado o divórcio, apenas preservando-se os interesses patrimoniais (CC, art. 548, CC) e os interesses da prole.
· OBS.:
· A sentença de divórcio deve ser averbada no registro civil (art. 10, I, CC e art. 29, § 1º, “a”, LRP).
· Se houver imóveis, também deve ser averbada no registro imobiliário (art. 167, II, LRP)
· Se algum dos cônjuges for empresário, também deve ser averbada no Registro Público de Empresas Mercantis (art. 980, CC)
· Divórcio Contencioso
· Pode o juiz (para M. B. Dias ele deve) decretar o divórcio quando do recebimento da inicial, já que se trata de um direito potestativo. 
· Ademais, é o que permite o art. 355, I, CPC:
Art. 355. O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença com resolução de mérito, quando:
I - não houver necessidade de produção de outras provas;
· Se existir litígio quanto aos filhos ou partilha de bens, o processo continua quanto a essas questões. Haverá uma sentença parcial (art. 356, CPC)
· Enunciado n. 18 do IBDFAM
· “Nas ações de divórcio e de dissolução da união estável, a regra deve ser o julgamento parcial do mérito (art. 356 do Novo CPC), para que seja decretado o fim da conjugalidade, seguindo a demanda com a discussão de outros temas”.
· Competência
· CPC, Art. 53. É competente o foro:
I - para a ação de divórcio, separação, anulação de casamento e reconhecimento ou dissolução de união estável:
a) de domicílio do guardião de filho incapaz;
b) do último domicílio do casal, caso não haja filho incapaz;
c) de domicílio do réu, se nenhuma das partes residir no antigo domicílio do casal.
· Divórcio Extrajudicial
· CPC, Art. 733. O divórcio consensual, a separação consensual e a extinção consensual de união estável, não havendo nascituro ou filhos incapazes e observados os requisitos legais, poderão ser realizados por escritura pública, da qual constarão as disposições de que trata o art. 731.
· § 1º A escritura não depende de homologação judicial e constitui título hábil para qualquer ato de registro, bem como para levantamento de importância depositada em instituições financeiras.
· Da escritura devem constar estipulações sobre pensão alimentícia, partilha de bens**, mantença do nome de casado ou retorno ao nome de solteiro.
· Nada sendo mencionado sobre o nome presume-se que o cônjuge que adotou o sobrenome do outro vai assim permanecer.
· Pode ser feita por procurador com poderes específicos para o ato.
· Necessidade de as partes serem assistidas por advogado ou por defensor público, cuja qualificação e assinatura constarão do ato notarial (dispensável a procuração).
· RESOLUÇÃO 35/2007, CNJ: 
· Art. 33. Para a lavratura da escritura pública de separação e de divórcio consensuais, deverão ser apresentados: 
a) Certidão de casamento; 
b) documento de identidade oficial e CPFIMF; 
c) pacto antenupcial, se houver; 
d) certidão de nascimento ou outro documento de identidade oficial dos filhos absolutamente capazes, se houver; 
e) certidão de propriedade de bens imóveis e direitos a eles relativos; e 
f) documentos necessários à comprovação da titularidade dos bens móveis e direitos, se houver. 
· Art. 34. As partes devem declarar ao tabelião, no ato da lavratura da escritura, quenão têm filhos comuns ou, havendo, que são absolutamente capazes, indicando seus nomes e as datas de nascimento. 
· Art. 37. Havendo bens a serem partilhados na escritura, distinguir-se-á o que é do patrimônio individual de cada cônjuge, se houver, do que é do patrimônio comum do casal, conforme o regime de bens, constando isso do corpo da escritura. ***
· Para Maria Berenice Dias, apesar de a lei e a Resolução do CNJ referendar que na escritura deva constar a descrição e a partilha dos bens comuns do casal, não há como impor tal exigência, pois:
· O CPC libera a partilha para momento posterior (art. 731, parágrafo único); e
· O CC admite o divórcio sem a prévia partilha (CC, art. 1581).
· OBS.:
· ENUNCIADO 571, CJF – Se comprovada a resolução prévia e judicial de todas as questões referentes aos filhos menores ou incapazes, o tabelião de notas poderá lavrar escrituras públicas de dissolução conjugal.
· Res. 35, CNJ, art. 46. O tabelião poderá se negar a lavrar a escritura de separação ou divórcio se houver fundados indícios de prejuízo a um dos cônjuges ou em caso de dúvidas sobre a declaração de vontade, fundamentando a recusa por escrito.
· Não há regra de fixação da competência do tabelionato, podendo os cônjuges livremente escolhê-lo. 
· Morte de um dos cônjuges
· O falecimento dissolve o vínculo conjugal (CC, art. 1.571, § 1º).
· O sobrevivente passa à condição de viúvo.
· Se a morte ocorrer enquanto tramita a ação de divórcio, esta perde o objeto (art. 485, IV, CPC). O sobrevivente adquire o estado civil de viúvo.
· Também a morte presumida dissolve o casamento (V. arts. 6º, 7º e 22 a 39, CC).
· Cessa o impedimento do cônjuge sobrevivente para o casamento. 
· Contudo, a mulher só pode casar depois de 10 meses (CC, art. 1523, II), exceto se antes desse prazo der à luz um filho ou provar que não está grávida (CC, art. 1523, parágrafo único).
· Vamos exercitar?
(VUNESP - 2018 - PC-SP - Delegado de Polícia) Maria propôs ação de divórcio em face de João e ambos, já divorciados, estão aguardando a homologação da partilha dos bens do casal. Nesse período, Maria conhece José e decidem se casar. Sobre o caso hipotético, assinale a alternativa correta.
A) Os colaterais de terceiro grau de José, consanguíneos ou afins, podem arguir o fato de que Maria é divorciada e a partilha de bens dela e de João ainda não foi homologada.
B) Maria e José podem celebrar o casamento, desde que com o regime de separação obrigatória de bens.
C) Se o oficial de registro tiver conhecimento de que a partilha de bens de Maria e João ainda não foi homologada, ele é obrigado a declarar o impedimento.
D) Ainda que Maria prove a inexistência de prejuízo de João, o juiz não poderá autorizar o casamento de Maria e José até que a partilha de bens seja homologada.
E) Qualquer pessoa relativamente incapaz pode declarar o impedimento do casamento de Maria até o momento da celebração.
(FAU - 2017 - Prefeitura de Apucarana - PR – Advogado) A homologação do divórcio ou da separação consensuais, observados os requisitos legais, poderá ser requerida em petição assinada por ambos os cônjuges, da qual deverá conter, EXCETO:
A) As disposições relativas à descrição e à partilha dos bens comuns.
B) As disposições relativas à pensão alimentícia entre os cônjuges.
C) O acordo relativo à guarda dos filhos incapazes e ao regime de visitas.
D) O estabelecimento da guarda compartilhada não é exigido, tampouco necessário a intercessão do Ministério Público, mesmo com filhos menores.
E) O valor da contribuição para criar e educar os filhos.
Verdadeiro ou falso?
a) A separação judicial não foi suprimida do sistema jurídico com a Emenda Constitucional nº 66/2010, que tratou apenas de extinguir os prazos necessários para sua conversão em divórcio ou para obtenção do divórcio direto.
b) O parentesco por afinidade não se extingue, na linha reta ou colateral, até o segundo grau, com a dissolução do casamento.
c) É requisito para a concessão do divórcio a definição quanto à partilha dos bens entre os cônjuges.
d) O ex-cônjuge devedor de alimentos ficará isento da obrigação alimentar constante da sentença de divórcio se contrair novo casamento.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
· B1. FARIAS, Cristiano Chaves de; ROSENVALD, Nelson. Curso de Direito Civil: famílias. vol. 6. Salvador: Jus Podivm.
· B2. GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro: direito de família: de acordo com a lei n. 12.874/2013. São Paulo: Saraiva.
· B3. TARTUCE, Flávio – Direito civil: Direito de família. Vol. 5. – Rio de Janeiro: Forense.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
· C1. CAHALI, Yussef Said. Divórcio e Separação. 12. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais.
· C2. CASABONA, Marcial Barreto. Guarda compartilhada. São Paulo: QuartierLatin.
· C3. CRUZ, Maria Luiza Póvoa. Separação, divórcio e inventário por via administrativa: implicações das alterações no CPC promovidas pela lei 11.441/2007. Belo Horizonte: Del Rey.
· C4. GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo curso de direito civil: direito de família. São Paulo: Saraiva.
· C5. FARIA, Andréa Rocha et al. Revista Brasileira de Direito das Famílias e Sucessões. Porto Alegre: Magister, 2007. Bimestral.
Bons estudos!

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