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Arranjos Familiares Diferentes APRESENTAÇÃO Olá! Sabe-se que a estrutura familiar tem grande influência sobre os resultados educacionais dos estudantes. Nas úl�mas décadas, os arranjos familiares têm se tornado bastante diversificados. Portanto, os educadores devem estar preparados para este novo cenário, habilitando igualmente seus alunos, em vista da promoção de uma cultura do respeito e da diversidade, conforme aprofundaremos nesta Unidade de Aprendizagem. Bons estudos. Ao �nal desta unidade, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Descrever vários �pos de arranjos familiares presentes na sociedade atual. Explicar como os diversos es�los de paternagem e as variadas situações familiares afetam o desenvolvimento educacional dos filhos. Desenvolver alterna�vas para minimizar os danos causados no desenvolvimento educacional de crianças e adolescentes devido ao preconceito dos pares e da sociedade aos arranjos familiares considerados "diferentes" do modelo tradicional. • • • DESAFIO Leia o início de uma matéria sobre sexualidade e educação, publicada em uma revista para educadores: "Neste fim de semana surgiu, numa conversa com amigos, o tema das configurações familiares. A filha de uma amiga, de cinco anos, contou que um de seus coleguinhas �nha dois pais. Imediatamente, um dos presentes fez o seguinte comentário: - Deve ser muito ruim ser filho de um casal gay! Comigo, que sou filho de pais heterossexuais, mas que não se casaram e nem moraram juntos, já foi complicado de lidar com o preconceito e a ignorância das pessoas." (Revista Escola, 2014.) De acordo com o úl�mo censo do IBGE, o modelo de família formado por um casal heterossexual e seus próprios filhos deixou, pela primeira vez, de ser majoritário no Brasil. De acordo com o censo, existem pelo menos 19 �pos de arranjos familiares diferentes daquele formado por pais que moram juntos de seus filhos, dentre os quais: casais sem filhos, várias gerações sob o mesmo teto, casais homossexuais, pais solteiros e seus filhos, avós que criam seus netos, irmãos ou irmãs que criam irmãos mais novos ou simplesmente vivem juntos, e ainda diversos arranjos com pais divorciados e a união de filhos de pais diferentes. Diante desta realidade, qual vem a ser o papel da escola? Pense nos obje�vos prioritários da escola e aponte ações proposi�vas, a serem assumidas pela escola, em apoio a estas famílias que compõem a diversidade dos lares brasileiros na atualidade. INFOGRÁFICO De acordo com os dados levantados no úl�mo Censo do IBGE (2010), o Brasil possui cerca de 57 milhões de famílias, das quais 51% se diferem da chamada família nuclear, formada por um homem, uma mulher e o(s) filho(s) do casal. Confira a composição das famílias brasileiras no infográfico a seguir: CONTEÚDO DO LIVRO Os diferentes es�los de paternagem exercem não apenas uma influência significa�va no comportamento dos estudantes, mas também no desenvolvimento educacional destes alunos. Aprenda mais sobre a influência dos diversos es�los de criação de filhos e veja como tais diferenças afetam o co�diano escolar, lendo um trecho do livro A criança em desenvolvimento, de Helen Bee e Denise Boyd. Boa leitura! https://sagahcm.sagah.com.br/sagahcm/ua/9679/2/131/img_conteudo/layouts/1700537405/layout.png DICA DO PROFESSOR No vídeo a seguir conheceremos melhor as diversas configurações familiares. Elas incidem diretamente sobre os �pos de paternagem com os quais os alunos são educados no próprio núcleo familiar e são um retrato da diversidade que compõe o co�diano dos estudantes. Confira: Conteúdo disponível na plataforma virtual de ensino. Con�ra! EXERCÍCIOS 1) Diana Baumrind é uma pesquisadora que examinou as combinações das várias dimensões de paternidade: afeto ou ausência; nível de expecta�va; clareza e consistência das regras, comunicação entre pai e filho. A par�r daí, Diana passou a considerar três combinações específicas dessas caracterís�cas: o es�lo permissivo, o es�lo autoritário e o es�lo democrá�co. Resultados mais consistentes de outros estudiosos, apontam para uma quarta combinação: o es�lo negligente. Considerando uma família em que os filhos crescem sem regras e onde a ausência de comunicação é notória, a qual combinação específica se relaciona a esta situação? a) Um es�lo democrá�co, porém permissivo. b) Um es�lo negligente. c) Um es�lo democrá�co. d) Um es�lo permissivo. e) Um es�lo autoritário. 2) Ainda é grande o número de pessoas que desaprovam as novas configurações familiares, arraigadas no conceito de que a família é aquela formada por pai, mãe e filhos. Diante desta realidade, qual é o papel da escola frente às dificuldades de aceitação da diversidade dos arranjos familiares? Assinale a alterna�va que responde CORRETAMENTE ao ques�onamento: a) A escola deve estar atenta ao comportamento e às dificuldades de concentração e de aprendizagem do aluno. b) A questão da diversidade das relações familiares foge ao papel da escola. https://sagahcm.sagah.com.br/proxy_replace_uas/proxy.php?key=64e9a921-d5e7-46f3-9cf5-d55c96266f91 c) O professor deve evitar se referir à diversidade familiar para alunos em fase de alfabe�zação. d) O professor deve minimizar o assunto para evitar conflitos religiosos e ideológicos. e) Os gestores devem propor que filhos de casais homossexuais guardem sigilo sobre esta situação para evitar a discriminação. 3) Não há dúvida de que o divórcio é traumá�co para os filhos. Alguns efeitos nega�vos, contudo, considerados em vista das consequências de uma separação conjugal, podem estar ligados a problemas que já exis�am antes do divórcio, como no caso de constantes conflitos conjugais. Sobre o divórcio e suas consequências na vida da criança e do adolescente, é correto afirmar que: a) A menor incidência de comportamento an�ssocial na sala de aula se refere aos filhos de pais recém-divorciados. b) É comprovado que os efeitos do divórcio, do ponto de vista educacional, são mais graves na infância. c) Mudanças de residência e de escola podem ajudar a criança a sen�r menos os efeitos do divórcio, pela novidade que representam. d) Uma polí�ca educa�va e familiar precisa ser construída em estreita união para minimizar as consequências do divórcio na criança. e) É considerada benéfico que pais separados busquem novas uniões, pois famílias monoparentais são um atraso para formação dos filhos. 4) Túlio tem 11 anos e está na 6ª série. Seus pais se separaram há pouco tempo, e o pai se mudou para outra cidade. Ele era uma criança alegre, brincalhona e bem-sucedida nos estudos, mas passou a apresentar problemas de concentração nos trabalhos escolares, tornando-se arredio e triste. Assinale a alterna�va ideal para que um professor lide com as mudanças de Túlio: a) Convocando os pais para que prestem assistência ao filho. b) Dando conselhos sobre relacionamento aos pais. c) Esperando a crise passar. d) Levando-o a trabalhar com pares. e) Ques�onando-o sobre a qualidade dos seus trabalhos. 5) A estrutura familiar atual tem que ser compreendida levando-se em conta a realidade da ausência, ao menos em boa parte do tempo, de um ou ambos os pais em casa, em decorrência do trabalho. Entretanto, essa mesma estrutura pode ser comprome�da pelo desemprego e por suas consequências. Sobre a questão do emprego e sua centralidade na estrutura familiar, podemos afirmar que: a) em geral, as crianças respondem à situação de desemprego dos pais com a naturalidade de quem nada percebe. b) Frequência às aulas e o abandono escolar podem estar diretamente ligados ao desemprego dos pais. c) Nos arranjos em que as mães se ausentam, para trabalhar, as meninas perdem um referencial importante para a própria educação. d) Não é aconselhável que os pais que trabalham fora peçam alguma ajuda aos filhos nas tarefas de casa. e) Noutros tempos, os homens �nham mais dificuldades em lidar com o desemprego, mas a emancipação feminina trouxe fim às tensões. NA PRÁTICA Uma trajetória descendentenão é inevitável na pobreza. Um caminho potencial para esses estudantes é ter o acompanhamento de um mentor acadêmico. O programa Quantum Opportuni�es, criado pela Fundação Ford, nos EUA, era um programa de quatro anos em que as crianças �nham acompanhamento de mentores ao longo do ano le�vo (Carnegie Council on Adolescent Development, 1995). Os alunos do nono ano que par�cipavam do programa vinham de famílias de minorias de baixa renda. Todos os dias, durante quatro anos, os mentores proporcionavam apoio con�nuo, orientação e auxílio concreto aos estudantes. SAIBA + Para ampliar seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo a(s) sugestão(ões) do professor: Os novos arranjos de família no Direito Brasileiro Conteúdo disponível na plataforma virtual de ensino. Con�ra! Alienação parental e os efeitos psicológicos nos filhos Conteúdo disponível na plataforma virtual de ensino. Con�ra! 3 A�vidades para discu�r famílias (de todas as formas) na educação infan�l Conteúdo disponível na plataforma virtual de ensino. Con�ra! https://sagahcm.sagah.com.br/sagahcm/ua/9679/2/131/img_conteudo/layouts/1870443041/layout.jpg
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