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ATIVIDADE FARMACIA HOSPITALAR 1

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Atividade Avaliativa
Profa. CAMILA ARGUELO
ABRIL / 2020
FERNANDA NUNES DA SILVA RA 201703266609
Procedimentos de emergência em pacientes intoxicados
 Os agentes tóxicos e as circunstâncias das intoxicações podem ser agudas ou crônicas, ocorrendo por causa acidental, provocada, ocupacional entre outras.
 As intoxicações são causadas pela ingestão, aspiração ou introdução no organismo, acidental ou não, de substâncias tóxicas, como entorpecentes, medicamentos, produtos químicos utilizados em laboratório e limpeza, alimentos deteriorados, venenos, gases tóxicos. 
 
 Diante de uma intoxicação, O QUE FAZER?
 
 A desobstrução de vias aéreas, aspiração de secreções, retirada de corpos estranhos, traqueostomia e outras medidas se necessárias.
 A descontaminação, com o objetivo de diminuir a absorção, aumentar a eliminação. Através do vomito pode ser realizada no local, ser utilizada para remoção de grandes partículas.Está CONTRA-INDICADA na ingestão de produtos corrosivos (ácidos, amoníaco, soda cáustica), quando o paciente estiver comatoso, pelo risco de broncoaspiração de conteúdo gástrico. 
 A lavagem gástrica é realizada através da inserção de uma sonda naso-gástrica calibrosa e introdução de solução (soro fisiológico 0,9%) até retorno límpido. Pode-se enviar o conteúdo gástrico para análise.
O carvão ativado que interrompe a circulação êntero-hepática das drogas e intensifica a velocidade de difusão da substância química do corpo para o trato gastro-intestinal. Pode causar uma redução da motilidade intestinal. Logo após utiliza-se um catártico osmótico (sulfato de sódio, sorbitol) que minimiza a absorção acelerando a passagem do tóxico pelo organismo.
INTOXICAÇÕES POR GASES
 
 Ocorrem com maior freqüência em minas, poços de petróleo, garagens, locais fechados e mal ventilados. Os gases podem formar compostos ligados a hemoglobina, impedindo a oxigenação do sangue.
 Retirar o acidentado do local, levando-o para o ar livre, deve-se tomar cuidado para que o socorrista não acabe intoxicado também, utilizando proteção
· Afrouxar roupas
· Repouso absoluto
· Medidas de manutenção das funções vitais
		
INTOXICAÇÕES POR ÁCIDOS E ÁLCALIS FORTES
 Tais intoxicações são comuns em acidentes com crianças menores de cinco anos e em tentativas de suicídio (hipocloritos, água de lavadeira, soda cáustica, removedores), produzem lesões na boca, língua, esôfago e estômago. 
· Não provoque vômito se ingerido, nunca devem ser passadas sondas nasogástricas pelo risco de perfuração. Pode-se dar um protetor de mucosa, como gelatina dissolvida em água ou clara de ovo
· Se o produto atingiu regiões de mucosa mais sensível, lave cuidadosamente com água corrente
· Se a criança ou outra pessoa manipulou o produto, deve-se lavar as mãos e dedos para evitar contato com outras regiões os olhos.
· Requerem ação rápida para evitar as complicações agudas; a endoscopia precoce é de crucial importância para avaliar a extensão da lesão, sendo um método seguro para definição de condutas e prognóstico.
 
INTOXICAÇÕES POR METAIS
 As intoxicações agudas por metais (chumbo, por exemplo) apresentam sintomas gastro-intestinais mais significativos, além de mialgia generalizada, encefalopatia. Acidentes de trabalho pela utilização de pigmentos em cerâmicas, tinturas de cabelo, compostos adicionados à gasolina, baterias, certos tipos de solda. São encontradas também intoxicações por arsênico, mercúrio e fósforo.
 O tratamento consiste na avaliação rigorosa dos sinais e sintomas, hidratação adequada, controle sintomático, avaliação de função hepática e renal, e especificamente, a administração de quelantes (EDTA de sódio ou cálcio, Dimercaprol, Penicilamina). Podem ser realizados exames complementares de dosagem do metal sérico ou urina.
INTOXICAÇÕES POR AGROTÓXICOS
 
 Os agrotóxicos ou defensivos agrícolas são substâncias que vêm sendo cada vez mais utilizadas na agricultura e na saúde pública, podendo ou não oferecer perigo para o homem, dependendo da toxicidade, do grau de contaminação e o tempo de exposição durante sua aplicação. Assim, o principal problema está na sua utilização indiscriminada, sem qualquer preocupação com a segurança.
 A contaminação humana por agrotóxicos se dá por via direta e indireta. Os principais agentes de intoxicação entre os praguicidas são os inseticidas usados na agricultura, em ambientes domésticos e públicos, classificados em três grandes grupos: os organoclorados, os inibidores da colinesterase (organofosforados e carbamatos) e as piretrinas naturais e sintéticas.
Dentre os efeitos a longo prazo na exposição a estes compostos, o de maior ocorrência é o aparecimento de neuropatia periférica tardia, além de cefaléia, fraqueza, alteração de memória e de sono, anorexia, fadiga fácil, tremores, nistagmo.
 O tratamento geral consiste na manutenção das funções vitais, seguida pela descontaminação com lavagem gástrica, até 6 a 8 horas após a ocorrência, até retorno límpido, caso haja ingestão, (retirar roupas e lavar as áreas atingidas, se exposição dérmica e respiratória) administrar carvão ativado 1grama por quilo de peso (máximo 50g), além de catártico. Especificamente, é utilizada a atropina que apresenta ação anticolinérgica e antimuscarínica e atua como tratamento sintomático, somente deve ser administrado nos quadros onde os sintomas muscarínicos são bem evidentes. 
 Os exames laboratoriais complementares são a dosagem de atividade das colinesterases e a cromatografia em camada delgada (CCD), muito utilizado em toxicologia por ser um método físico-químicode separação de compostos e identificação através de comparação com padrões. A amostra pode ser conteúdo gástrico ou 1 ml de sangue com anticoagulante, o objetivo é confirmar a presença do agente tóxico.
INTOXICAÇÕES POR PLANTAS
 A intoxicação aguda por plantas, embora de incidência universal, sua distribuição e intensidade assumem aspectos regionais, quase sempre por ingestão acidental de uma planta ou de alguma de suas partes que é tóxica. 
 A utilização de plantas venenosas para a alimentação, como por exemplo a mandioca-brava (cujo princípio tóxico é mais concentrado nas folhas e raiz). Tal ingestão determina um quadro de intoxicação cianídrica, com elevada mortalidade. 
 O tratamento exige atendimento rápido em centros de referência, consiste em administração de nitritos, visando a formação de metemoglobina, que combina-se com o cianeto formando cianometemoglobina, praticamente atóxica. Administra-se a seguir hipossulfito de Sódio 25% que reagem com os radicais ciaídricos formando tiocianatos (Kit Cianeto).
 Plantas ornamentais como "comigo ninguém pode", que são comumente causadoras de acidentes, causam grande irritação de mucosas, pela presença de ráfides de oxalato de cálcio: edema de lábios, dor em queimação, sialorréia, disfagia, afonia, cólicas abdominais, náuseas e vômitos. O tratamento é sintomático, podendo ser administrado um protetor de mucosa, como gelatina dissolvida ou clara de ovo.
· 
· Conhecer as plantas perigosas da região, da casa e do quintal, pelo aspecto e nome
· Não comer plantas selvagens, inclusive cogumelos, a não ser que sejam bem identificados
· Ensinar as crianças, o mais cedo possível, a não pôr na boca plantas ou suas partes, alertando-as sobre os perigos em potencial das plantas tóxicas
· Lavar a planta antes de comer seus frutos, não baseando-se na observação de aves ou insetos que a consomem, para saber se ela é tóxica
· Nem sempre o aquecimento ou cozimento destroem a substância tóxica

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