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REFEIÇÕES ALIMENTARES DE BEZERRAS DE CORTE EM FORRAGEIRAS DE ESTAÇÃO FRIA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA 
CENTRO DE CIÊNCIAS RURAIS 
DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA 
CURSO DE ZOOTECNIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
Juliana Squizani Dutra 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFEIÇÕES ALIMENTARES DE BEZERRAS DE CORTE EM 
FORRAGEIRAS DE ESTAÇÃO FRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Santa Maria, RS 
2017 
 
 
Juliana Squizani Dutra 
 
 
 
 
REFEIÇÕES ALIMENTARES DE BEZERRAS DE CORTE EM FORRAGEIRAS DE 
ESTAÇÃO FRIA 
 
 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso defendido ao 
Curso de Zootecnia, da Universidade Federal de 
Santa Maria (UFSM, RS), como requisito parcial 
para obtenção do grau de Zootecnia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Orientadora: Profª Dr
a
. Marta Gomes da Rocha 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Santa Maria, RS, Brasil 
2017 
 
Juliana Squizani Dutra 
 
 
 
 
 
 
 
REFEIÇÕES ALIMENTARES DE BEZERRAS DE CORTE EM FORRAGEIRAS DE 
ESTAÇÃO FRIA 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao 
curso de Graduação em Zootecnia, da 
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM, 
RS), como requisito parcial para obtenção do 
grau de Bacharel em Zootecnia. 
 
 
 
 
Aprovado em __ de novembro de 2017: 
 
 
 
 
________________________________________ 
Marta Gomes da Rocha, Dra. (UFSM) 
(Presidente/Orientadora) 
 
________________________________________ 
Fernando Ongaratto, Zootecnista (UFSM) 
 
________________________________________ 
Lisiane Rorato Dotto, Zootecnista (UFSM) 
 
 
 
 
 
 
 
Santa Maria, RS 
2017 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 Meus mais sinceros agradecimentos à professora Marta Gomes da Rocha, pela 
confiança depositada em mim, pela orientação, ensinamentos e dedicação durante todo o 
período. Muito obrigada! 
 A professora Luciana Pötter por sempre ajudar de forma tão grandiosa neste percurso. 
 A todos os integrantes do Laboratório de Pastos & Suplementos, que de alguma forma 
me ajudaram, em especial ao Fernando Ongaratto, Tuani Bergoli e Paula Severo por sempre 
estarem ao meu lado auxiliando e pela ajuda mais que especial no TCC. 
Ao meu esposo Geraldo Pedrozo pela colaboração em tantos momentos, a minha mãe 
Lenir Dutra e meus padrinhos Leonir Melo e Valdenir Melo por não medirem esforços para 
me ajudar e a toda família em geral por sempre estarem de alguma forma ajudando em meu 
crescimento. 
As minhas colegas de faculdade Ana Clara, Andrea, Débora, Luiza e em nome de 
vocês os demais, obrigada por todos os cinco anos de coleguismo e amizade. 
A todos que se fizeram presente nesta trajetória me ajudando o meu sincero muito 
obrigada! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFEIÇÕES ALIMENTARES DE BEZERRAS DE CORTE EM FORRAGEIRAS DE 
ESTAÇÃO FRIA 
MEALS DYNAMICS OF BEEF HEIFERS ON COLD SEASON PASTURES 
 
Juliana Squizani Dutra
1
, Marta Gomes da Rocha
2
 
 
RESUMO 
 
Foram avaliadas as refeições alimentares de bezerras de corte em diferentes sistemas 
alimentares: pastagem de azevém (Lolium multiflorum) cv. Comum, exclusivo ou consorciado 
com ervilhaca (Vicia sativa) cv. Comum ou trevo vermelho (Trifolium pratense), cv. 
Eztanzuela 116. O método de pastejo foi o de lotação contínua, com número variável de 
animais para manter a altura do dossel em 15±1,5 cm. O número de refeições, o tempo de 
duração da refeição e o intervalo entre refeições foram calculados a partir dos dados coletados 
em cinco avaliações do comportamento ingestivo realizadas durante 12 horas. O delineamento 
experimental foi inteiramente casualizado, em arranjo de parcelas sub-subdivididas, sendo os 
sistemas alimentares as parcelas principais, os períodos de avaliação as sub-parcelas e os 
turnos de avaliação as sub-subparcelas e as bezerras foram consideradas como repetição. 
Quando verificadas diferenças, as médias foram comparadas pelo procedimento lsmeans. 
Houve interação entre sistemas alimentares × períodos de avaliação e períodos de avaliação × 
turnos. O intervalo entre refeições no início da utilização da pastagem foi superior à tarde. O 
uso de diferentes sistemas alimentares não modifica a duração das refeições enquanto o 
número de refeições aumenta quando o azevém é consorciado com leguminosas. 
 
Palavras-chave: Consórcio de pastagens, Lolium multiflorum, Trifolium pratense, Vicia 
sativa, interação planta-animal 
 
 
ABSTRACT 
 
The meals dynamics of beef heifers were evaluated on three different feeding systems: Italian 
ryegrass cv. Comum exclusive or intercropped with Vetch (Vicia sativa) cv. Comum or Red 
Clover (Trifolium pratense), cv. Eztanzuela 116. The grazing method was continuous 
stocking, with variable number of animals to maintain the sward height at 15±1,5 cm. The 
number of meals, its time of duration and the interval between meals were calculated from 
data collected during five twelve-hour evaluations of ingestion behavior. The experimental 
design was completely randomized in a sub-subdivided plot, the feeding systems were the 
main plot, the periods were the subplots, the shifts were the sub-subplots and heifers were 
considered as repetitions. When differences occurred, the means were compared by lsmeans 
procedure. We observed interaction between Feeding Systems x periods of evaluation and 
periods of evaluation × shifts. The interval between meals was higher in the afternoon. The 
use of different feeding systems is not able to modify the duration of the heifer´s meals and 
the number of meals increases when Italian ryegrass is intercropped with legumes. 
 
Keywords: Intercropping pastures, Lolium multiflorum Lam, Trifolium pratense, Vícia sativa, 
plant-animal relationship. 
 
1
 Acadêmica do curso de Zootecnia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM – Brasil), autora. 
2
 Professora na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM – Brasil), orientadora. 
https://sites.google.com/site/florasbs/poaceae/azevem
https://sites.google.com/site/florasbs/fabaceae/trevo-vermelho
 
LISTA DE TABELAS 
Tabela 1 – Precipitação pluviométrica e temperatura média durante o período de avaliação e 
medias históricas, Santa Maria/RS. ...................... Erro! Indicador não definido.3 
Tabela 2 – Número de refeições (NR), duração de refeição (DR) de bezerras de corte em três 
sistemas alimentares: azevém exclusivo (AZ) ou consorciado com trevo vermelho 
(TV) ou ervilhaca (ER).. ....................................... Erro! Indicador não definido.7 
Tabela 3 – Número de refeições (NR) e duração de refeições (DR) de bezerras de corte nos 
períodos de avaliação. ........................................... Erro! Indicador não definido.8 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
Fígura 1 – Representação das etapas da produção animal em pastagemErro! Indicador não 
definido.15 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 99 
2 REVISÃO DA LITERATURA .............................................................................. 100 
2.1 Gramínea ................................................................................................................ 100 
2.1.1 Azevém (Lolium multiflorum Lam.) ..................................................................... 110 
2.2. Leguminosas ............................................................................................................ 11 
2.2.1Ervilhaca (Vícia sativa L.) ......................................................................................13 
2.2.2 Trevo Vermelho (Trifolium pratense L.) ................................................................ 13 
2.2 Interface planta - herbívoro ...................................................................................14 
2.3 Comportamento Ingestivo ....................................... Erro! Indicador não definido. 
3 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................. 166 
4 ARTIGO ................................................................................................................... 189 
RESUMO: ......................................................................... Erro! Indicador não definido.9 
ABSTRACT: ................................................................... Erro! Indicador não definido.19 
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 190 
MATERIAL E MÉTODOS ....................................................................................... 211 
RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................... 244 
CONCLUSÃO ............................................................................................................. 277 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................... 28 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
A área pastoril do Brasil corresponde a mais de 172 milhões de hectares (IBGE, 2007), 
o que nos remete para uma vasta área de produção de animal e, por conseguinte, produção de 
proteína. A pecuária brasileira é quase que exclusivamente baseada no “pasto”, como 
componente-chave do seu sistema de produção (FONSECA; MARTUSCELLO et al., 2013). 
Um fato a considerar é que boa parte desse sistema não produz o que poderia e nem de forma 
sustentável como deveria (FONTANELI et al., 2012). Há necessidade de uma intervenção no 
sistema, para que exista uma relação simbiótica entre a forragem e o animal, de forma que não 
basta pensarmos em apenas um destes fatores, é preciso correlacioná-los. 
O comportamento ingestivo dos herbívoros está relacionado com o manejo imposto ao 
pasto, e o tempo de pastejo diário desses animais é composto por várias refeições alimentares 
(SICHONANY, 2015). Uma refeição é definida por uma longa sequência de pastejo. Quando 
a refeição é interrompida por vários minutos, a refeição anterior se define, e a próxima 
refeição iniciará tão logo o animal inicie uma nova sequência de pastejo. O número de 
refeições parece ser um indicador da qualidade do ambiente pastoril (BAILEY et al., 1996). 
Quando se somam as refeições e suas durações ao longo do dia tem-se o tempo de pastejo 
diário (CARVALHO, 2005). 
O azevém (Lolium multiflorum Lam.) é a gramínea mais cultivada para pastejo em 
regiões sub-tropicais quando se trata de espécies de inverno. Essa espécie permite 
consorciação com leguminosas como o trevo vermelho (Trifolium pratense L.) e a ervilhaca 
(Vícia sativa L.). Objetivou-se avaliar as refeições alimentares de novilhas de corte em 
pastejo contínuo sobre azevém ou azevém consorciado com leguminosas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 REVISÃO DA LITERATURA 
 
 
2.1 Gramíneas 
 
 
 A família das gramíneas (Poaceae ou Gramineae) é uma das principais famílias na 
divisão Angiospermae e da classe Monocotiledoneae. Muitos dos cereais utilizados na 
alimentação, não só animal, mas humana, se enquadram nessa família, a exemplo do Azevém 
(Lolium multiflorum Lam). A raízes das gramíneas podem ser seminais ou permanentes. 
Estas gramíneas se dividem de acordo com o período de desenvolvimento (inverno ou verão), 
quanto ao período de vida (anual ou perene), sendo o seu valor nutritivo variado assim como 
suas exigências. 
No período de inverno, e com período de vida anual, podemos citar algumas 
gramíneas bastante conhecidas no Rio Grande do Sul como a Aveia (Avena spp.), o Azevém 
(Lolium multiflorum Lam), Centeio (Secale cereale L) e Triticale (X Triticosecale Wittmack) 
(HAHN et al., 2015). Durante o período de verão as espécies mais utilizadas são o Milheto (, 
Sorgos Forrageiros e o Capim Sudão. 
As plantas geralmente armazenam suas reservas nos locais mais perenes e as 
gramíneas geralmente acumulam essas reservas na base do colmo (Azevém, Aveia e espécies 
do gênero Panicum), nos estolões (Pangola, Grama Estrela e Pensacola) e rizomas (Bermuda 
e Quicuio) (FONTANELI et al., 2012). 
 
 
2.1.1 Azevém (Lolium multiflorum Lam.) 
 
 
O azevém (Lolium multiflorum Lam.) é uma gramínea anual de estação fria, de 
metabolismo C3, cespitosa, apresenta colmos eretos, e é oriunda da Bacia do Mediterrâneo. É 
uma espécie rústica e vigorosa, considerada naturalizada em muitas regiões sul-brasileiras e 
apresenta elevado valor nutritivo, sendo uma das gramíneas mais cultivadas no Rio Grande do 
Sul (FONTANELI et al., 2012) para pastejo, feno e produção de sementes. Dentre os motivos 
que fazem com que aumente mais a área cultivada com essa espécie são a sua capacidade de 
 
ressemeadura natural e fácil adaptação em quase todos os tipos de solo, apresentando raízes 
superficiais (5 a 15 cm). O valor médio do filocrono do azevém é de 125 graus-dia 
(CONFORTIN et al., 2010). O período de pastejo do azevém é de julho a outubro, mas se 
bem manejado pode chegar ao início de novembro o que resulta em uma média de 120 dias de 
utilização. Os ganhos médios diários em bezerras de corte em pastejo em azevém são de 0,750 
a1,059 kg, com taxa de lotação entre 875,1 e 1.082 kg/ha de PC (Peso Corporal) (PILAU et 
al., 2004; ROSA et al., 2013). 
O azevém apresenta alto teor de proteína bruta e boa digestibilidade. Os teores de 
proteína bruta (PB) e fibra em detergente neutro (FDN) da forragem colhida por simulação de 
pastejo nos estádios vegetativo, pré-florescimento e florescimento são de 20,7 e 43,1; 18,6 e 
49,9; 12,7 e 48,2, respectivamente (CAMARGO et al., 2012). Em pastagem de azevém, 
quando os animais recebem suplemento energético a taxa de lotação pode variar entre 997 
kg/ha
 
de PC (ROSO et al., 2009) a 1360,1 kg/ha
 
de PC (ROCHA et al., 2003). 
 Quando o azevém é manejado sob os métodos de pastejo contínuo e rotativo, foi 
identificada diferença nas suas características morfogênicas. Em pastejo contínuo essa espécie 
apresenta maior taxa de elongação, taxa de aparecimento e tempo de vida das folhas 
(CAUDURO et al., 2006). 
 
 
2.2 Leguminosas 
 
 
As leguminosas são da família das dicotiledôneas, apresentam características que as 
diferem das gramíneas. Seu valor nutritivo é maior, tem um menor custo de produção pois 
reciclam o nitrogênio, reduzindo a dependência de energia fóssil (FONTANELI et al., 2012). 
As leguminosas forrageiras são relevantes na produtividade das pastagens, incorporando N 
atmosférico ao sistema solo-planta e melhorando a alimentação do rebanho. Segundo Pedreira 
(2001), o uso de leguminosas consorciadas com gramíneas em pastagens é vantajoso, pois 
aumenta a qualidade e a diversificação da dieta consumida pelos animais. Além disso, 
melhoram a disponibilidade de forragem pelo aporte de nitrogênio ao sistema solo por meio 
de sua reciclagem e transferência para a gramínea acompanhante (FONTANELI et al., 2012). 
A associação entre gramíneas e leguminosas é uma opção que contribui para o 
problema da disponibilidade e distribuição de forragem nas estações frias do ano no sul do 
Brasil. As misturas de espécies forrageiras anuais de inverno visam combinar os picos de 
 
produção de matéria seca atingidos em diferentes épocas, de acordo com a espécie, resultando 
em aumento da produção e do período de utilização da pastagem, podendo a utilização iniciar 
em meados de maio e se estender até novembro, com 182 dias de pastejo (ROSO et al., 1999). 
 
 
2.2.1 Ervilhaca (Vicia sativa L.) 
 
 
 A ervilhaca (Vícia sativa L.), como leguminosa anual de inverno, é a forrageira mais 
cultivada no Rio Grande do Sul, pois encontra ampla adaptação e responde bem em locais 
com clima temperado e subtropical, mas é sensível ao frio, déficit hídrico e calor. É semeada a 
lançoou em linha nos meses de abril a maio, podendo ser consorciada com azevém, centeio e 
aveia preta. A densidade de semeadura a ser usada varia de 40 a 60 kg/ha, mas quando 
consorciada pode ser usado 40 kg/ha de semente (FONTANELI et al., 2012). 
 Em trabalho desenvolvido na Embrapa Trigo, com sistemas de integração lavoura-
pecuária, durante três anos, sob plantio direto, na consorciação de aveia preta-azevém- 
ervilhaca, o ganho de peso animal não apresentou diferença significativa quanto em relação as 
espécies de gramíneas exclusivas (SANTOS et al., 2002). 
 Ao avaliar a ervilhaca em solo Brunizem Avermelhado, preparado pelo sistema 
convencional, Aita (2001) obteve 2.527 kg/ha de matéria seca (MS). Já nos sistemas 
consorciados, a soma dos rendimentos de MS de aveia preta e ervilhaca comum foi similar à 
dos rendimentos da MS obtidos em seus cultivos isolados, com valores variando de 3,2 a 4 
ton/ha
 
de
 
MS (BORTOLINI, 2000). 
Ao avaliaram o desempenho animal em pastagem de aveia com adubação nitrogenada 
ou consorciada com ervilhaca foi observado um ganho médio diário de 1,21 kg/dia para 
novilhos com peso médio inicial de 320 kg (CANTO et al., 1997). Paris et al. (2012) 
observaram que o teor de proteína bruta em pastagem de aveia preta, azevém e ervilhaca e 
aveia branca, azevém e ervilhaca, manteve-se acima de 20% e o teor de fibra em detergente 
neutro foi de 45,23% até 99 dias após a semeadura. 
 
 
 
 
2.2.2 Trevo Vermelho (Trifolium pratense L.) 
 
 
O trevo vermelho (Trifolium pratense L.) é intensamente cultivado nos países de 
produção pecuária por ser rústico, palatável e nutritivo. O trevo vermelho é considerado uma 
leguminosa bienal ou perene de curta duração, mas, com verões secos, torna-se anual 
(FONSECA; MARTUSCELLO et al., 2013). O trevo vermelho necessita de solos bem 
drenados, sendo semeado entre abril e maio. Pode ser estabelecido sob plantio direto, e a 
quantidade de semente varia de 8 a 10 kg/ha; quando consorciado podem ser usados de 6 a 8 
kg/ha de semente (FONTANELI et al., 2012). 
Ao avaliar a recria de bezerras de corte em alternativas de uso da pastagem de azevém, 
fornecendo 1% do PC de ração comercial e a pastagem de azevém consorciado com trevo 
vermelho, Roso et al. (2009) observaram teores de proteína e FDN de 24,8% e 36,4%, 
respectivamente e o GMD no consórcio com trevo vermelho de 0,925 kg/dia de PC, não 
diferiu do tratamento com suplemento. 
Em Santa Maria-RS, o trevo vermelho em mistura com azevém produziu 4510,0 kg/ha 
de MS e permitiu estender o período de produção de forragem até dezembro (GLIENKE et 
al., 2006). Em trabalho desenvolvido na Embrapa Trigo, com sistema de produção mista 
(lavoura + pecuária), no período de maio a outubro de 1994 a 1996, sob plantio direto, as 
pastagens perenes incluindo esta espécie proporcionaram ganho de peso de aproximadamente 
300 kg/ha, durante a estação fria, e de 460 kg/ha, durante a estação quente (SANTOS et al., 
2002). 
 
 
2.3 Interface planta-herbívoro 
 
 
As plantas presentes nas áreas de pastejo são forrageiras que os animais podem 
selecionar, considerando que os mesmos escolhem diferentes espécies e partes da planta. Na 
área de pastejo, alguns fatores como contaminação com fezes e urina ou danos causados por 
insetos podem influenciar a preferência do animal e a habilidade de acessar a forragem (REIS 
et al., 2014). A produção animal em pastagem pode ser entendida, do ponto de vista do 
funcionamento, como resultado de três etapas interdependentes: crescimento, utilização e 
conversão (HODGSON, 1990; Figura 1). A fixação de energia proveniente do sol e sua 
 
transformação em tecido vegetal são processos responsáveis pela produção de forragem e 
correspondem à etapa de crescimento. Essa forragem, quando colhida pelo animal por meio 
do pastejo, caracteriza a etapa de utilização. A conversão, última etapa do processo produtivo, 
é a transformação da forragem consumida em tecidos e produtos de origem animal 
(FONSECA; MARTUSCELLO et al., 2013). 
 
Figura 1 - Representação das etapas da produção animal em pastagem. 
Fonte: Adaptado de HODGSON, 1990. 
 
Existe uma estreita relação entre as características do pasto e as características dos 
animais que teriam a capacidade de utilizá-lo. Pastagens de forrageiras com baixo valor 
nutritivo seriam mais bem aproveitadas por espécies animais de maior peso corporal, como 
bovinos e equinos. No entanto, pastos de forrageiras de elevada qualidade são mais adequadas 
aos animais menores, como caprinos, ovinos ou até mesmo animais jovens de espécies 
maiores, bezerros por exemplo. (FONSECA; MARTUSCELLO et al., 2013). 
 
 
2.4 Comportamento ingestivo 
 
 
O conhecimento do comportamento ingestivo é uma ferramenta de grande importância 
na avaliação de dietas, pois possibilita ajustar o manejo alimentar dos animais para obtenção 
de melhor desempenho produtivo (CAVALCANTI et al., 2008). O comportamento alimentar 
de ruminantes em pastejo tem sido utilizado para nortear e embasar diversas discussões 
relacionadas ao consumo e, consequentemente, associando ao desempenho dos animais 
(JÚNIOR et al., 2013). Os animais tendem a concentrar sua atividade de pastejo nas camadas 
do pasto contendo principalmente lâminas foliares (HODGSON, 1990), essa seletividade 
 
propicia que o animal colha forragem de maior qualidade do que a pastagem como um todo 
(HAMPEL, 2014). 
As variáveis comportamentais estudadas são: tempo de pastejo, tempo de ruminação, 
tempo de alimentação no cocho e tempo em outras atividades. As atividades comportamentais 
são consideradas mutuamente excludentes, conforme definição de Pardo et al. (2003). O 
tempo gasto pelos animais na seleção e apreensão da forragem, incluindo os curtos espaços de 
tempo utilizados no deslocamento para a seleção da forragem é considerado tempo de pastejo. 
O tempo de ruminação corresponde aos processos de regurgitação, remastigação, 
reinsalivação e redeglutição. O tempo de alimentação no cocho é o tempo despendido pelo 
animal no consumo de suplemento. Enquanto o tempo em outras atividades entende-se como 
descanso, consumo de água, interações etc. (JÚNIOR, 2013). 
Uma estação alimentar é definida como a área disponível em forma de um semicírculo 
hipotético localizado na frente do animal, enquanto as suas patas dianteiras estiverem paradas 
(RUYLE; DWYER, 1985). A variação nos padrões de deslocamento e procura de forragem 
podem ser alterados pelo estádio fenológicos da forrageira. O menor número de bocados por 
estação alimentar e bocados por dia, no estádio reprodutivo, ocorre devido a um aumento na 
quantidade de material senescente, dificultando a formação do bocado. A distância percorrida 
entre as estações alimentares é maior quando a massa de lâminas verdes diminui (BAGGIO et 
al., 2009). 
O comportamento ingestivo de animais também pode ser analisado pelo uso das 
refeições alimentares. Uma refeição é considerada uma longa sequência de pastejo. Quando 
interrompida por vários minutos por qualquer outra atividade, a refeição anterior se define e a 
próxima é iniciada tão logo o animal realize uma nova sequência de pastejo (CARVALHO; 
MORAES, 2005). O número e duração das refeições são importantes e os fatores que 
controlam o início e fim das refeições, são a estrutura e a qualidade da forragem oferecida aos 
animais que podem interferir nas refeições alimentares (HAMPEL, 2014). 
As características das refeições (duração, número, distribuição ao longo do dia, etc.) e 
a magnitude da forragem ingerida são reflexos diretos da qualidade, quantidade e estrutura do 
pasto que se oferece ao animal (CARVALHO; MORAES, 2005). 
 
 
 
 
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
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REFEIÇÕES ALIMENTARES DE BEZERRAS DE CORTE EM FORRAGEIRAS DE 
ESTAÇÃO FRIA 
MEALS DYNAMICS OF BEEF HEIFERS ON COLD SEASON PASTURES 
 
Juliana Squizani Dutra
1
, Marta Gomes da Rocha
2
 
 
RESUMO 
 
Foram avaliadas as refeições alimentares de bezerras de corte em diferentes sistemas 
alimentares: pastagem de azevém (Lolium multiflorum) cv. Comum, exclusivo ou consorciado 
com ervilhaca (Vicia sativa) cv. Comum ou trevo vermelho (Trifolium pratense), cv. 
Eztanzuela 116. O método de pastejo foi o de lotação contínua, com número variável de 
animais para manter a altura do dossel em 15±1,5 cm. O número de refeições, o tempo de 
duração da refeição e o intervalo entre refeições foram calculados a partir dos dados coletados 
em cinco avaliações do comportamento ingestivo realizadas durante 12 horas. O delineamento 
experimental foi inteiramente casualizado, em arranjo de parcelas sub-subdivididas, sendo os 
sistemas alimentares as parcelas principais, os períodos de avaliação as sub-parcelas e os 
turnos de avaliação as sub-subparcelas e as bezerras foram consideradas como repetição. 
Quando verificadas diferenças, as médias foram comparadas pelo procedimento lsmeans. 
Houve interação entre sistemas alimentares × períodos de avaliação e períodos de avaliação × 
turnos. O intervalo entre refeições no início da utilização da pastagem foi superior à tarde. O 
uso de diferentes sistemas alimentares não modifica a duração das refeições enquanto o 
número de refeições aumenta quando o azevém é consorciado com leguminosas. 
 
Palavras-chave: Consórcio de pastagens, Lolium multiflorum, Trifolium pratense, Vicia 
sativa, interação planta-animal 
 
 
ABSTRACT 
 
The meals dynamics of beef heifers were evaluated on three different feeding systems: Italian 
ryegrass cv. Comun, exclusive or intercropped with Vetch (Vicia sativa) cv. Comun or Red 
Clover (Trifolium pratense), cv. Eztanzuela 116. The grazing method was continuous 
stocking, with variable number of animals to maintain the sward height at 15±1,5 cm. The 
number of meals, its time of duration and the interval between meals were calculated from 
data collected during five twelve-hour evaluations of ingestion behavior. The experimental 
design was completely randomized in a sub-subdivided plot, the feeding systems were to the 
main plot, the periods were the subplots, the shifts were the sub-subplots and heifers were 
considered as repetitions. When differences occurred, the means were compared by lsmeans 
procedure. We observed interaction between Feeding Systems x periods of evaluationand 
periods of evaluation × shifts. The interval between meals was higher in the afternoon. The 
use of different feeding systems is not able to modify the duration of the heifer´s meals and 
the the number of meals increases when Italian ryegrass is intercropped with legumes. 
 
Keywords: Intercropping pastures, Lolium multiflorum Lam, Trifolium pratense, Vícia sativa, 
plant-animal relationship 
 
1
 Acadêmica do curso de Zootecnia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM – Brasil), autora. 
2
 Professora na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM – Brasil), orientadora. 
https://sites.google.com/site/florasbs/poaceae/azevem
https://sites.google.com/site/florasbs/fabaceae/trevo-vermelho
 
INTRODUÇÃO 
 
 
As pastagens formam o principal ingrediente das dietas de ruminantes e a forma mais 
econômica de todos os sistemas pecuários (FONTANELI, 2012). A utilização de pastagens de 
inverno é uma alternativa para a criação de bovinos. 
A consorciação de gramíneas e leguminosas é uma prática de manejo que vem sendo 
explorada em sistemas pecuários. Dentre as gramíneas de estação fria o azevém (Lolium 
multiflorum Lam) é a espécie mais utilizada no sul do Brasil e entre as leguminosas 
comumente presentes em consorciações estão a ervilhaca (Vícia sativa L.) e o trevo vermelho 
(Trifolium pratense L.). O uso de leguminosas consorciadas com gramíneas em pastagens é 
vantajoso, pois aumenta a qualidade e a diversificação da dieta consumida pelos animais. 
Além disso, melhoram a disponibilidade de forragem pelo aporte de nitrogênio (N) ao sistema 
solo por meio de sua reciclagem e transferência para a gramínea acompanhante, além de 
reduzir os custos com adubação nitrogenada em pastagens, pois esses fertilizantes aumentam 
o custo na produção (PEDREIRA, 2001). As misturas de espécies forrageiras anuais de 
inverno visam combinar os picos de produção de matéria seca atingidos em diferentes épocas, 
de acordo com a espécie (ROSO et al., 2000) 
O estudo do comportamento ingestivo é uma ferramenta para entender as interações 
que acontecem entre animal-pasto. Para que os animais apresentem uma produção desejada, o 
seu bem-estar deve ser promovido. O comportamento de pastejo é afetado por restrições 
climáticas, topográficas e predatórias. (HAMPEL, 2014). Durante o pastejo pode-se analisar 
as refeições alimentares, as quais de acordo com Carvalho e Moraes (2005) são consideradas 
uma longa sequência de pastejo, e podem ser modificadas pela qualidade da forragem, que 
afeta o número e a duração das refeições. Sendo assim o objetivo deste trabalho foi estudar as 
refeições alimentares de novilhas de corte em pastejo continuo sobre azevém ou azevém 
consorciado com trevo vermelho ou ervilhaca. 
 
 
 
 
 
 
MATERIAL E MÉTODOS 
 
O experimento foi desenvolvido na Universidade Federal de Santa Maria, localizada 
na região fisiográfica da Depressão Central do Rio Grande do Sul. O clima da região é Cfa, 
subtropical úmido, segundo a classificação de Köppen (MORENO, 1961). O solo é 
classificado como Argissolo vermelho distrófico arênico (EMBRAPA, 1999). Os valores 
médios da composição química do solo foram: pH-H2O: 5,1; índice SMP: 5,6; argila: 21,1 
m/V; P: 14,4 mg/dm3; K: 98 mg/dm3; MO: 2,36 m/V; saturação Al: 7,4 %; saturação bases: 
41,7 %; CTC pH7: 11,9 cmol/dm3. Os dados de precipitação pluviométrica e temperatura 
foram obtidos junto a Estação Meteorológica da UFSM (Tabela 1). 
 
Tabela 2 - Precipitação pluviométrica e temperatura média durante o período de avaliação e 
médias históricas, Santa Maria/RS. 
 Meses de avaliação 
 Junho Julho Agosto Setembro Outubro 
 -----------------------Médias observadas
1
---------------------------- 
Temp. média (
º
C) 15,1 14,8 20,0 16,6 18,2 
Precipitação (mm) 146,8 236 94 182,2 462,4 
 -----------------------------Médias históricas
2
-------------------------- 
Temp. média (
º
C) 14,1 14,5 15,3 16,6 19,5 
Precipitação (mm) 145,7 148,6 137,4 153,6 145,9 
¹Médias observadas no período de 01/06/2015 – 31/10/2015; 
² 
Médias históricas de 01/01/1975 – 31/10/2015 
 
 A área experimental é de 7,2 ha com nove divisões e uma área anexa de 1,5 ha. A 
utilização da pastagem foi de 27 de junho a 11 de novembro de 2015. Os tratamentos foram 
constituídos por: pastagem de azevém (Lolium multiflorum Lam) cv. Comum exclusivo ou 
consorciado com trevo vermelho (Trifolium pratense) cv. Estanzuela 116 ou ervilhaca (Vícia 
sativa) cv. Comum. A pastagem foi estabelecida em maio de 2015, com preparo do solo por 
meio de três gradagens. A adubação constou de 200 kg/ha de fertilizante NPK da fórmula 05-
20-20. A semeadura foi realizada a lanço, utilizando-se 45 kg/ha de sementes de azevém e, 
nos consórcios, mais 50 kg/ha de sementes de ervilhaca ou 10 kg/ha de sementes de trevo 
vermelho. As sementes das leguminosas foram inoculadas com Rhizobium específico e 
revestidas com carbonato de cálcio. Em cobertura, foram utilizados 80 kg/ha de nitrogênio 
(N), na forma de ureia, em quatro aplicações de igual quantidade, sendo a primeira em 
15/06/15 e as demais com intervalo médio de trinta dias. 
 
Os animais experimentais foram bezerras Angus, com idade média inicial de oito 
meses e peso corporal de 143±5 kg, sendo utilizadas três bezerras-teste em cada unidade 
experimental. O método de pastejo foi o contínuo com lotação variável, para manter a altura 
do dossel de 15±1,5 centímetros. Semanalmente foram tomadas medidas de altura do dossel 
em 50 pontos em cada piquete. 
A massa de forragem (MF) foi avaliada por meio da técnica de estimativa visual com 
dupla amostragem. A forragem proveniente dos cortes foi homogeneizada e dividida em duas 
sub amostras, para determinação do teor de matéria seca (MS) e dos componentes botânicos e 
estruturais (colmo de azevém, lâminas foliares de azevém, leguminosas, material senescente e 
outras espécies) por meio de separação manual. Após a separação desses componentes e 
secagem em estufa com circulação forçada de ar a 55° C, por 72 h, obteve-se a contribuição 
de cada componente e foi calculada a participação percentual de cada um desses na massa de 
forragem em kg de MS/ha. 
A taxa de lotação (kg/ha de peso corporal (PC)) foi obtida pela soma do peso médio 
das bezerras-teste com a soma do peso médio das bezerras reguladoras da altura do dossel, 
multiplicado pelo número de dias que as mesmas foram mantidas no piquete e esse valor 
dividido pelo número de dias do período experimental. 
Para a avaliação do comportamento ingestivo, os animais testes foram observados por 
um período de 12 horas ininterruptas por cinco vezes, a intervalos de 10 minutos 
(JAMIESON E HODGSON, 1979). Foi calculada a duração das refeições, o número de 
refeições e o intervalo entre refeições a cada período de avaliação. Uma refeição foi 
caracterizada como uma sequência de pastejo com, no mínimo, duas observações sucessivas 
de 10 minutos nesta atividade. A interrupção do pastejo por qualquer outra atividade, também 
por um período mínimo de 20 minutos, caracterizou o término da refeição e início do 
intervalo entre refeições (BAGGIO et al., 2008). As variáveis duração das refeições, número 
de refeições e duração do intervalo entre refeições foram classificadas dentro dos turnos de 
avaliação: manhã (06:00 h-11:59 h) e tarde (12:00 h-17:59h). 
A simulação de pastejo foi realizada nas mesmas datas das avaliações de 
comportamento ingestivo. Da forragem da simulação de pastejo foram separadas duas sub-
amostras, sendo uma para separação botânica e outra para análises laboratoriais. Essas 
amostras foram secadas em estufa de circulação forçada de ar a 55° C por 72 horas, e moídas 
em moinho tipo “Willey”, para as análises laboratoriais. O teor de matéria seca das amostras 
foi determinado por secagem em estufa á 105°C durante oito horas. O conteúdo de matéria 
mineral foi determinado por combustãoa 600°C durante quatro horas e a matéria orgânica por 
 
diferença de massa. O nitrogênio total foi de terminado pelo método Kjeldahl (Método 
984.13; AOAC, 1997). A análise de fibra em detergente neutro foi realizada de acordo com 
Senger et al. (2008). A digestibilidade in situ da matéria seca (DISMS) das amostras de 
forragem foi determinada por meio de incubação por 48 horas no rúmen de um bovino 
fistulado. 
O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com medidas repetidas no 
tempo, com três tratamentos e três repetições de área. Para comparar os tratamentos, as 
variáveis que apresentaram normalidade (Shapiro-Wilk), foram submetidas à análise de 
variância pelo procedimento Mixed do programa estatístico SAS®, versão 9.4. A interação 
entre tratamentos e estádios fenológicos foi desdobrada quando significativa a 5% de 
probabilidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
 
A temperatura média e a precipitação pluviométrica mensal foram de 16,9ºC e 224,2 
mm, respectivamente, durante os meses que compreenderam o período experimental. A 
temperatura média durante o período experimental foi semelhante à média histórica (16ºC). A 
precipitação pluviométrica foi 78 mm inferior a precipitação esperada para o período. 
A massa de forragem (1.564,65 ± 60,8 kg/ha) foi similar (P>0,05) nos sistemas 
alimentares. Houve diferença (P<0,05) para a massa de forragem entre os períodos de 
avaliação, com maior valor no quarto período (1.854,06 ± 63,20 kg/ha), intermediário no 
primeiro e terceiro (1.533,15 ± 76,92 kg/ha) e inferior no segundo período (1.338,25 ± 63,20 
kg/ha). A diferença deve-se, provavelmente, a maior ou menor participação de colmos do 
azevém na massa de forragem. A massa de colmos (402,37 ± 33,13 kg) foi similar entre os 
sistemas alimentares (P>0,05) e diferiu entre os períodos de avaliação (P<0,05), sendo maior 
no quarto período (728,37 ± 34,41 kg), intermediária no terceiro (405,82 ± 37,17 kg) e de 
menor valor no primeiro e segundo período, que não diferiram entre si (237,65 ± 40,50 kg). 
A altura do dossel (14,29 ± 0,28 cm) foi similar entre os sistemas alimentares 
(P>0,05), isso assegurou que os animais, nos diferentes sistemas, tivessem condição similar 
de consumo e seleção da forragem. Houve diferença (P<0,05) entre os períodos de avaliação, 
sendo a altura maior no primeiro período (16,75 ± 0,23 cm), intermediária no segundo e 
quarto (13,77 ± 0,19 cm) e menor no terceiro período (12,86 ± 0,20 cm). Esse manejo da 
altura do dossel entre 10 e 15 cm, resulta em altas taxas de crescimento do pasto, 
possibilitando elevada ingestão de forragem (PONTES et al., 2003). Para manter a mesma 
altura do dossel, a taxa de lotação (1.021,58 ± 49,57 kg) manteve-se similar entre os sistemas 
alimentares e os períodos de avaliação (P>0,05). 
A massa de lâminas foliares (672,03 ± 34,49 kg) manteve-se similar entre os sistemas 
alimentares (P>0,05) e diferiu entre os períodos de avaliação, sendo maior no primeiro 
período (904,1 ± 48,51 kg), intermediária no segundo e terceiro (653,28 ± 37,25 kg) e menor 
no quarto (477,46 ± 35,82 kg). 
 Houve interação sistemas alimentares × período de avaliação (P<0,05) para a variável 
massa de leguminosas. A participação da ervilhaca foi superior no primeiro, segundo e 
terceiro período (181,1 ± 26,32 kg) e inferior no quarto (1,66 ± 5,21 kg). A participação do 
trevo vermelho foi superior no terceiro e quarto período (18,03 ± 5,21 kg) e inferior no 
 
primeiro e segundo (66,59 ± 24,67 kg). Observação similar quanto a este resultado foi feita 
por Fontaneli (1991), quando, em consorciação de aveia mais trevo vermelho, a aveia 
contribuiu de forma mais significativa nos meses julho a agosto e o trevo vermelho 
predominou no fim de dezembro. 
A massa de material morto (354,1 ± 42,3 kg) manteve-se similar entre os sistemas 
alimentares (P>0,05) e diferiu entre os períodos de avaliação (P<0,05), sendo maior no 
terceiro e quarto período (449,42 ± 32,7 kg) intermediário no segundo (335 ± 31,97 kg) e 
inferior no primeiro (182,81 ± 40,43 kg). A participação do material morto foi maior nos 
últimos períodos por ser o comportamento natural da planta, quando começa a se dirigir para 
o estágio final, o amadurecimento e florescimento, envelhecem os tecidos vegetais 
(DESCHAMPS, 1999). 
A relação folha:colmo (2,7 ± 0,31) manteve-se similar entre os sistemas alimentares 
(P>0,05), entre os períodos de avaliação houve diferença (P<0,05), sendo maior no primeiro 
período (5,06 ± 0,47) intermediária no segundo e no terceiro (2,56 ± 0,16) e inferior no quarto 
(0,77 ± 0,6). 
A variável fibra em detergente neutro (51,61 ± 0,89 %) foi similar entre os sistemas 
alimentares (P>0,05), e entre os períodos de avaliação houve diferença (P<0,05), sendo maior 
no quarto período (59,89 ± 0,61 %) intermediária no segundo (51,70 ± 0,59 %) e inferior no 
primeiro e terceiro (47,43 ± 0,9 %). Essa variável mostrou correlação negativa com a 
porcentagem de lâminas foliares, pois à medida que as lâminas foliares diminuem aumenta a 
proporção de colmos e, consequentemente, o teor de FDN (VICENTE, 2017). 
O teor de proteína bruta (18,73 ± 0,63 %) manteve-se similar entre os sistemas 
alimentares (P>0,05) estando dentro dos valores recomendados para a categoria de animais 
em pastejo (NRC, 1996). Entre os períodos de avaliação houve diferença, sendo maior no 
primeiro, segundo e no terceiro período (20,03 ± 0,66 %) e inferior no quarto (14,81 ± 0,64 
%), e pode-se relacionar ao final de período, quando a quantidade de lâminas foliares é menor 
e, por consequência, há decréscimo no teor de PB. 
Não houve diferença (P>0,05) para a digestibilidade in vitro da matéria orgânica (80,8 
± 1,18 %) na forragem da simulação de pastejo nos sistemas alimentares. Houve diferença 
(P<0,05) nos períodos de avaliação, sendo a digestibilidade maior no terceiro período (85,47 
± 1,4 %) e menor no primeiro, segundo e quarto (79,34 ± 1,41 %). Rocha et al. (2003) 
observaram digestibilidade média de 62,71 % em consórcio de aveia preta (Avena strigosa) + 
azevém (Lolium multiflorum Lam) + trevo vesiculoso (Trifolium vesiculosum Savi). 
 
Foi observada interação entre tratamento × período (P<0,05), para a variável intervalo 
entre refeições No primeiro, terceiro e quarto período o intervalo foi semelhante (90,05 ± 
10,35 min) em todos os sistemas alimentares, No ciclo dois, as terneiras exclusivamente em 
azevém realizaram um maior intervalo entre refeições (148,98 ± 9,83 min), o intervalo teve 
duração intermediária em azevém + trevo vermelho (113,61 ± 81,83 min) e o intervalo foi 
menor em azevém + ervilhaca (73,43 ± 43 min). Segundo Carvalho et al. (2005), a duração 
da refeição está diretamente relacionada a velocidade de ingestão de matéria seca. Um animal 
em maior oferta de forragem, em pastos altos, obtém alta taxa de ingestão e isso reflete na 
mais rápida saciedade (menor duração de refeição) e maior tempo de saciedade, com maior 
duração de intervalos (MEZZALIRA et al. 2011). Ocorreu interação entre período × turno, 
para número de refeiçõs (P<0,05), no primeiro e segundo período a duração da refeição foi 
maior no turno da manhã (118,4 ± 8,77 min) e inferior à tarde (65,90 ± 8,77 min) e no terceiro 
e o quarto a duração foi similar nos dois turnos (93,35 ± 8,28 min). 
 
Tabela 2 – Número de refeições (NR), duração de refeição (DR), de bezerras de corte em três 
sistemas alimentares: azevém exclusivo (AZ) ou consorciado trevo vermelho 
(TV) ou ervilhaca (ER). 
Item Sistemas alimentares P
1
 P
2
 S×T
3
 S×P
4
 T×P
5
 
 AZ ER TV 
NR 2,2±0,1b 2,5±0,11a 2,5±0,1a 0,0157 0,5180 0,0757 0,2602 0,4092 
DR 74,2±3,5 69,8±3,8 67,2±3,4 0,3569 0,9999 0,0044 0,1366 0,5226 
¹Probabilidade entre sistemas alimentares, 
2
Probabilidade entre turnos, 
3
Probabilidade da interação entre sistemas 
alimentares × turnos,4
Probabilidade da interação entre sistemas alimentares × períodos, 
5
Probabilidade entre 
turno × períodos, médias seguidas por letras iguais na coluna não diferem entre si (P>0,05) pelo procedimento 
lsmens. 
 
Não houve interação (P>0,05) sistema forrageiro × período de avaliação e sistema 
forrageiro × turno e período de avaliação × turno para número diário de refeições e intervalo 
entre refeições. O número diário de refeições foi maior (2,53 ±0,10) nos sistemas trevo e 
ervilhaca, que não diferiram entre si, e menor no sistema azevém (2,19 ±0,10). Nos turnos, o 
número diário de refeições foi semelhante (2,4 ±0,08). A mesma variável diferiu entre os 
períodos de avaliação (P<0,05), sendo maior no primeiro e terceiro período (2,6 ± 012) e 
menor no segundo e quarto período (2,23 ± 0,11). A variável duração da refeição não diferiu 
(P>0,05) entre os sistemas forrageiros (70,42 ±3,6 min) e entre os turnos (70,42 ±2,94 min) 
(Tabela 2). 
 
 
Tabela 3 – Número de refeições (NR) e duração de refeições (DR) de bezerras de corte nos 
períodos de avaliação. 
Item Período de avaliação P
1
 
 27/07-24/08 25/08-22/09 23/09-20/10 21/10-11/11 
NR 2,4±0,1a 2,2±0,1b 2,7±0,1a 2,2±0,1b 0,0032 
DR 71,2±4,3ab 68,3±3,9b 60,4±4,3b 81,6±3,9a 0,0044 
¹Probabilidade entre períodos, médias seguidas por letras iguais na coluna não diferem entre si (P>0,05) pelo 
procedimento lsmens. 
 O número de refeições foi maior (P<0,05), no primeiro e terceiro períodos, que foram 
semelhantes entre si e o número foi menor e não diferiu no segundo e quarto períodos. A 
duração da refeição foi superior no quarto período e semelhante ao primeiro período, que por 
sua vez não diferiu do segundo e terceiro períodos (Tabela 3). O início e fim das refeições são 
descritos pelo número e duração das refeições. Quando a qualidade da forragem é semelhante, 
a estrutura do dossel torna-se um importante determinante da escolha do padrão das refeições 
(HAMPEL, 2014). Baggio et al. (2008) trabalhando com consorcio de aveia e azevém 
verificaram uma média de duração das refeições de 84 minutos. 
 
 
CONCLUSÃO 
 
 
A duração da refeição de bezerras de corte não é modificada em pastagem de azevém 
ou azevém consorciado com leguminosas. O uso de leguminosas proporciona aumento do 
número de refeições de bezerras de corte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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