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AULA NULIDADE PROCESSO DO TRABALHO

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Tema 2 
Nulidades no Processo do Trabalho
Prof. Ms. Elisabete Garcia
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Apresentação Pessoal
Elisabete Garcia
Mestre em Direito do Trabalho pela PUC/SP
Pós Graduação em Aprendizagem Colaborativa pelo CPS;
Graduada em Direito pela USCS;
Advogada militante nas áreas Trabalhista, Civil e Direito de Família (Contencioso e Consultivo);
Coordenadora de Projetos junto a Controladoria Interna do Centro Paula Souza ;
Professora Concursada junto ao CPS para Cursos Jurídicos;
Professora Senac São Paulo na área de Gestão e Negócios, nos Curso de Gestão em Recursos Humanos e Administração.
Objetivo da aula
 O aluno deverá ser capaz de compreender os efeitos que as nulidades dos atos processuais acarretam na esfera processual trabalhista.
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BASE LEGAL
Artigos 276 a 283 do Código de Processo Civil (CPC);
Artigo 769 da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT);
Artigos 794 a 798 da CLT.
Conceito de Nulidade
Segundo a melhor doutrina, nulidade é a privação dos efeitos de um ato jurídico.
Nulidade pode ser compreendida como qualquer ato processual praticado em descompasso com as normas de direito processual.
“Nulidade é a sanção determinada pela lei, que priva o ato jurídico de seus efeitos normais, em razão do descumprimento das formas mencionadas na norma jurídica. (Sergio Pinto Martins)
Espécies
Nulidade Absoluta
Nulidade Relativa
Violação a Norma de Interesse Público ou Social
Violação Norma Processual de Natureza Privada
Atos inexistentes
Contém vício tão acentuado que não produz efeitos
Mera Irregularidade
Falha na realização do ato que não invalida o processo
NULIDADE ABSOLUTA E RELATIVA
NULIDADE ABSOLUTA (ART. 795, §1ºCLT)
Podem ser conhecidas “ex officio”;
Não há preclusão;
Podem ser alegadas em qualquer tempo, grau e jurisdição;
Art. 795 § 1º - “Deverá, entretanto, ser declarada ex officio a nulidade fundada em incompetência de foro.”
NULIDADE RELATIVA (ART. 795 DA CLT)
Não podem ser conhecidas “ex officio”;
Sofre os efeitos da preclusão ou a convalidação;
Precisa ser provocada.
Art. 795 “As nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das partes, as quais deverão argui-las à primeira vez que tiverem de falar em audiência ou nos autos” – (Principio da Convalidação)
VALIDADE DO ATO PROCESSUAL
Principio da instrumentalidade das formas ou finalidade
Base Legal: Artigo 277 combinado com o Art. 188 do CPC:
Art. 277 “Quando a lei prescrever determinada forma, o juiz considerará válido o ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar a finalidade.”
Art. 188 “Os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial.”
Princípio mãe das nulidades processuais!!!!
Havendo confronto entre a forma e a finalidade, prevalece a finalidade!!!!!!
DECRETAÇÃO DA NULIDADE 
Principio do Prejuízo ou Transcendência - Artigo 794 CLT:
“Nos processos sujeitos à apreciação da justiça do trabalho, só haverá nulidade quando resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo às partes litigantes”
Artigo 796 CLT:
“A nulidade não será pronunciada:
a) quando for possível suprir-se a falta ou repetir-se o ato
b) quando arguida por quem lhe tiver dado causa”. 
Principio do Interesse - Não haverá́ nulidade se a parte prejudicada não a arguir
DECRETAÇÃO DA NULIDADE 
Principio da repressão – o juiz pode decretar a nulidade absoluta do processo se entender que as partes estão buscando fim proibido por lei ou tentando praticar ato simulado.(Art. 142 CPC) ou, pelo contrário, não declarar a nulidade quando arguida por quem lhe der causa (CLT, art. 796, b)
DECRETAÇÃO DA NULIDADE 
Art. 797 da CLT:
“O juiz ou tribunal que pronunciar a nulidade declarará os atos a que ela se estende”;
 Principio da Causalidade 
Art. 798 CLT “A nulidade do ato não prejudicará senão os posteriores que dele dependem ou sejam consequência.”
 
ESTUDO DO CASO
O magistrado trabalhista julga procedente o pedido de adicional de insalubridade do reclamante sem a realização de prova pericial. No recurso ordinário interposto pela empresa, esta alegou nulidade por cerceamento do seu próprio direito de defesa, com violação do art. 195, § 2o, da CLT, que exige a realização da prova pericial como condição indispensável para a condenação da reclamada ao pagamento do adicional de insalubridade.
JURISPRUDÊNCIA
RECURSO. MANDATO. IRREGULARIDADE DE REPRESENTAÇÃO. CPC DE 2015, ARTS. 104 E 76, § 2º (nova redação em decorrência do CPC de 2015) - Res. 210/2016, DEJT divulgado em 30.06, 1º e 04.07.2016. I - É inadmissível recurso firmado por advogado sem procuração juntada aos autos até o momento da sua interposição, salvo mandato tácito. Em caráter excepcional (art. 104 do CPC de 2015), admite-se que o advogado, independentemente de intimação, exiba a procuração no prazo de 5 (cinco) dias após a interposição do recurso, prorrogável por igual período mediante despacho do juiz. Caso não a exiba, considera-se ineficaz o ato praticado e não se conhece do recurso. II - Verificada a irregularidade de representação da parte em fase recursal, em procuração ou substabelecimento já constante dos autos, o relator ou o órgão competente para julgamento do recurso designará prazo de 5 (cinco) dias para que seja sanado o vício. Descumprida a determinação, o relator não conhecerá do recurso, se a providência couber ao recorrente, ou determinará o desentranhamento das contrarrazões, se a providência couber ao recorrido. 
JURISPRUDÊNCIA
AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA SOB A ÉGIDE DA LEI 13.467/2017. PROCURADOR ESTADUAL. INTIMAÇÃO PESSOAL. NULIDADE DE CITAÇÃO NÃO ARGUIDA NA PRIMEIRA OPORTUNIDADE. PRECLUSÃO. O Tribunal Regional registrou que o Estado do Maranhão peticionou duas vezes antes de apresentar embargos a execução e não fez qualquer protesto contra a forma de citação, razão pela qual entendeu preclusa a oportunidade de arguição da nulidade nos termos do artigo 795 da CLT.O exame prévio dos critérios de transcendência do recurso de revista revela a inexistência de qualquer deles a possibilitar o exame do apelo no TST. A par disso, irrelevante perquirir a respeito do acerto ou desacerto da decisão agravada, dada a inviabilidade de processamento, por motivo diverso, do apelo anteriormente obstaculizado. Agravo de instrumento não provido.

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