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ressonancia Magentica p1

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INTRODUÇÃO
Antes de qualquer coisa, é preciso entender o processo, o surgimento e a importância 
do método EAD. Desde o surgimento da Educação a Distância (EAD) no Brasil cada vez 
mais se observam alguns questionamentos quanto a sua real definição. Devido a isso, 
no decorrer dos anos, diversos estudiosos vêm fazendo tentativas no sentido de criar 
alguns importantes conceitos para essa modalidade de ensino, que cada vez mais vem 
se incorporando através de novos mecanismos e estratégias tanto pedagógicas quanto 
tecnológicas.  Entre  as  diversas  definições mais  conhecidas  pode­se mencionar  a  de 
Gustavo  Cirigliano  (1983),  que  define  a  educação  feita  a  distância  como  um  ponto 
mediano  entre  um processo  contínuo,  em que  nos  casos  extremos  irão  se  situar  de 
uma  forma  ímpar  (ou seja, diferentemente do modelo de ensino presencial, a  forma 
ímpar se refere diretamente à disciplina do aluno, que se faz de forma essencial para 
conclusão da matéria online) em relação ao processo denominado presencial, em que a 
presença de professor e aluno é fundamental.
Nesta  aula  iremos  aprender  conceitos  e  definições  sobre  o  método  denominado 
Ressonância Nuclear Magnética e de que forma ela é importante para o diagnóstico por 
imagem.
A ressonância magnética (RM) é um fenômeno  físico de  troca de energia entre  força 
denominada  periódica  (as  conhecidas  ondas  eletromagnéticas)  e  corpos  em 
movimento. A condição perfeita para que ocorra esse fenômeno de ressonância é que 
a  frequência  periódica  das  ondas  eletromagnéticas  seja  igual  à  frequência  de 
movimento  dos  corpos.  Um  exemplo  bem  conhecido  de  manifestação  em  relação  à 
ressonância é o som que ouvimos do rádio. Nesse caso porém uma estação emite as 
ondas  eletromagnéticas  em  uma  determinada  faixa  de  frequência  e  então,  quando 
ajustamos  o  circuito  eletrônico  do  nosso  rádio  na  mesma  faixa  de  frequência  da 
estação emissora, ouvimos o sinal que está sendo transmitido.
Podemos assim  facilmente compreender que o  fenômeno da  ressonância aplicado ao 
diagnóstico  por  imagem  se  baseia  na  troca  de  energia  entre  núcleos  de  átomos  de 
hidrogênio com ondas eletromagnéticas que são provenientes de campos magnéticos 
oscilatórios. Sempre que a frequência oscilatória dos campos aplicados coincidir com a 
frequência  de  rotação  dos  núcleos  de  hidrogênio  haverá  o  processo  de  troca  de 
energia.  Para  que  esse  processo  ocorra  de maneira  controlada,  é  necessário  que  os 
núcleos dos hidrogênios estejam alinhados.
O campo magnético externo é o responsável por esse alinhamento, e quanto maior a 
potência do campo magnético externo, maior será a quantidade de hidrogênios que se 
alinharão  com  ele.  Nesse  caso,  uma  parcela  de  hidrogênio  absorverá  a  energia  das 
ondas  eletromagnéticas  externas  e  mudará  de  orientação  em  relação  ao  campo 
magnético. A “população de hidrogênios” que mudou de orientação assume um estado 
energizado e posteriormente irá liberar essa energia na forma de sinal da ressonância 
magnética nuclear.
SAIBA MAIS!
Clique aqui para saber mais sobre a história da Ressonância Magnética.
https://unifil.blackboard.com/bbcswebdav/pid-384533-dt-content-rid-481355_1/xid-481355_1
INDICAÇÃO DE VÍDEO(S):
O vídeo aborda brevemente como funciona o método de imagem denominado ressonância magnética, demonstrando a
sua importância para a área médica.
Como funciona a ressonância magnética – parte 1.
Disponível em:
x
www.youtube.com/watch?v=YeVHTjMwVTo.
Acesso em: 11 ago. 2016.
 
Como funciona a ressonância magnética – Parte 2.
Disponível em:
x
www.youtube.com/watch?v=gxQIDDID5Pk.
Acesso em: 11 ago. 2016.
 
Como funciona a ressonância magnética – Parte 3.
Disponível em:
x
www.youtube.com/watch?v=Tb3­kYEPf7Y.
Acesso em: 11 ago. 2016.
 
INDICAÇÃO DE LEITURA(S):
O livro Princípios Básicos da Ressonância Magnética aborda de  forma clara e objetiva como se deve atuar no método
diagnóstico. O autor demonstra a importância do conhecimento em física para atuação com excelência dos profissionais.
Livro  disponível  em:
<www.livrosgratis.com.br/download_livro_62923/principios_basicos_de_ressonancia_magnetica_nuclear_do_estado_solido>
Acesso em: 11 ago. 2016.
https://www.youtube.com/watch?v=YeVHTjMwVTo
https://www.youtube.com/watch?v=gxQIDDID5Pk
https://www.youtube.com/watch?v=Tb3-kYEPf7Y
http://www.livrosgratis.com.br/download_livro_62923/principios_basicos_de_ressonancia_magnetica_nuclear_do_estado_solido
CONTEÚDO
Ressonância  magnética,  método  de  diagnóstico  por  imagem  que  usa  ondas  de 
radiofrequência e um  forte  campo magnético para obter  informações detalhadas dos 
órgãos e tecidos  internos do corpo, sem a utilização de radiação  ionizante, diante de 
outros métodos de diagnóstico por imagem é considerado padrão ouro em informações 
anatômica e patológicas.
Principios Básicos
A obtenção da  imagem por ressonância magnética a partir do hidrogênio se deve ao 
fato de esse elemento estar amplamente distribuído nos  tecidos do  corpo humano e 
por  suas características em responder a campos magnéticos externos como se  fosse 
um  pequeno  ímã.  A  obtenção  de  imagens  a  partir  de  outros  elementos,  como  o 
fósforo, o flúor e o sódio, também é possível; no entanto, a baixa constituição desses 
elementos no corpo humano inviabiliza o uso do método.
O hidrogênio é um átomo que possui sua constituição devido a uma carga positiva em 
seu núcleo (próton +) e uma carga negativa em sua eletrosfera (elétron e­).
Figura ­ Demonstração do átomo de hidrogênio em imagem: repare no próton e no elétron.
Fonte: etb®, 2016.
 
Apresenta movimento de rotação e torno do próprio eixo (spin nuclear). O movimento 
de  spin  nuclear,  quando  sofre  ação  do  campo  magnético  externo,  altera  as  suas 
características,  passando  a  descrever  um  movimento  de  rotação  conhecido  por 
precessão. O movimento de precessão pode ser entendido como uma distorção de spin 
nuclear  em  resultado da ação do  campo magnético  externo. O núcleo do hidrogênio 
sob a ação da força magnética altera o seu movimento giratório de uma “linha” para 
um “ cone” sobre o seu próprio eixo. Esse movimento é o denominado precessão, e 
pode  ser  comparado  ao movimento  giratório  de  um  pião  no momento  em  que  este 
começa a perder a sua força.
O  comportamento  do  núcleo  do  hidrogênio  como  um  pequeno  ímã  se  dá  quando  o 
mesmo está sob a ação de um campo magnético externo. Isso lhe confere uma força 
magnética  denominada  força  microscópica.  Podemos  compreender  então  que  a 
somatória das  forças magnéticas microscópicas da grande quantidade de hidrogênios 
alinhados  ao  campo  magnético  externo  resultará  em  uma  força  maior  denominada 
magnetização longitudinal, que é representada pela notação Mz.
A magnetização longitudinal, também denominada resultante magnética macroscópica, 
constitui­se  no  vetor  magnético  utilizado  no  sistema  de  RM  para  induzir  correntes 
elétricas em condutores estrategicamente posicionados junto ao magneto.
FINALIZAÇÃO DA AULA
Nesta  aula  foi  abordado  sobre  a  introdução  à  ressonância  magnética,  método  de 
imagem  que  não  utiliza  radiação  ionizante,  e  sim  ondas  eletromagnéticas,  que  para 
sua  formação  de  imagem,  utiliza  os  átomos  de  hidrogênio  presente  em  grande 
quantidade no corpo humano. Fazendo com que esses mesmos átomos de hidrogênio, 
se alinhem mandando informações para uma bobina de radiofrequência, para que no 
momento final, produza imagem digital em um computador.
REFERÊNCIAS
HARRIS RK. Nuclear Magnetic Resonance Spectroscopy ­ A Physicochemical View. ­ Essex –England: Longman Scientific &
Technical, 1986.
___________ e MANN EB. NMR and the Periodic Table. London: Academic Press, ­1978.
HENNEL  JW  e  KLINOWSKI  J.  Fundamentals  of  Nuclear  Magnetic  Resonance.  Essex  –  England:  Longman  Scientific  &
Technical,– 1993.
MASON J. (Editor). Multinuclear NMR. New York: Plenum Press, ­1989.
VICTOR MS; GERALDES FGC. Ressonância Magnética Nuclear ­ Fundamentos, Métodos e Aplicações. Coimbra – Portugal:
Fundação Calouste Gulbenkian, 1987.
INTRODUÇÃO:
Para entender sobre o magnetismo é necessário rever alguns conhecimentos de Física 
básica, como por exemplo lembrar primeiramente que tudo na natureza está formado 
de pequenas unidades denominadas átomos e que cada átomo é constituído por um 
núcleo e elétrons girando em órbitas específicas ao seu redor. Em um núcleo atômico 
se encontram, além de nêutrons, outras pequenas partículas dotadas de carga elétrica 
positiva (prótons). O núcleo do átomo de hidrogênio (usado na ressonância magnética) 
é o mais simples e um único próton.
O  segredo  da  imagem  de  ressonância  magnética  está  no  fato  de  um  corpo 
magnetizado precessar ao redor de um forte campo magnético estático, ou seja, sem 
alteração.  Esse  fenômeno  de  precessão  ocorre  sempre  que  uma  força  externa  age 
sobre  um  objeto  em  rotação.  O movimento  de  precessão  pode  ser  entendido  como 
uma distorção do spin nuclear em resultado da ação do campo magnético externo.
O  núcleo  de  hidrogênio  sob  a  ação  da  força  magnética  altera  o  seu  movimento 
giratório  de  uma  linha  para  um  cone  sobre  o  seu  próprio  eixo.  Esse  movimento, 
denominado  precessão,  pode  ser  comparado  ao movimento  giratório  de  um pião  no 
momento em que este começa a perder a sua força.
Agindo  em  conjunto  com  o  movimento  de  precessão  teremos  a  magnetização 
longitudinal, em que o comportamento do núcleo do hidrogênio age como um pequeno 
ímã, quando está sob a ação de um campo magnético externo, o que lhe permite obter 
uma força magnética própria.
 
As propriedades de ressonância magnética têm origem na interação entre um átomo
em um campo magnético externo (B0), de forma mais precisa, é um fenômeno em que
partículas contendo momento angular e momento magnético exibe um movimento de
precessão quando estão sob ação de um campo magnético externo (B0) (MAZZOLLA,
2009).
 
Figura ­ Demonstrativo comparativo dos movimentos de precessão e rotação.
Fonte: etb®, 2016.
Um bom conceito que permite compreender melhor todo o magnetismo que envolve a 
ressonância é o equilíbrio dinâmico que o cerca. Quando um paciente é introduzido no 
equipamento de RM, uma quantidade  considerável  dos  seus átomos de hidrogênio é 
orientada  com  as  linhas  de  força  do  campo magnético  principal.  Nessa  situação  se 
observa que uma grande parte de hidrogênios se orienta em uma das direções do eixo 
longitudinal do equipamento, ou seja, o eixo Z.
Constituindo­se  na  população  de  hidrogênios  energizados  que  se  orienta  na  direção 
oposta,  frequentemente  os  átomos  de  baixa  energia  absorvem  energia  do  meio  e 
pulam para o lado que está mais energético. Os átomos de alta energia, por sua vez,
fazem  o  contrário,  liberam  energia  para  o  meio  e  se  posicionam  no  lado  de  baixa 
energia, estabelecendo o que se conhece por equilíbrio dinâmico.
 
O  uso  da  técnica  de  MRI  em  conjunto  com  outras  áreas  de  conhecimento  traz
resultados  antes  não  atingidos  e  proporcionam  uma  facilidade  na  obtenção  de
resultados  complexos.  A  analise  de  cérebros  obtidos  através  da  ressonância
magnética é um exemplo disto (AMARO, JR.; YAMASHITA, H., 2001).
INDICAÇÃO DE VÍDEO(S):
O vídeo  sugere  um entendimento  básico  de  como  funciona  todo  o magnetismo 
agindo em conjunto com o aparelho de RM.
Disponível em:
www.youtube.com/watch?v=Nwe0nq8afQ0.
Acesso em: 11 ago. 2016.
 
Vídeo explicativo demonstrando a  ação dos movimentos de precessão,  conceito 
básico para aplicação da ressonância magnética.
Disponível em:
www.youtube.com/watch?v=KxsLRty2QFg.
Acesso em: 11 ago. 2016.
 
INDICAÇÃO DE LEITURA:
“Física da Ressonância Magnética” The Physics of magnetic resonance ­ Genilson
A.  de  Oliveira1,  Thiago  Borduqui2  ­  Curso  de  Física  ­  Universidade  Católica  de 
Brasília,  Fonte 
http://www.ucb.br/sites/100/118/TCC/1º2012/AFisicadaRessonanciaMagnetica.pd
f. Acesso 2017, janeiro 23
 
INDICAÇÃO DE FILME
O  filme  Entendendo  o  Magnetismo  demonstra  o  quão  essencial  ele  é  para  o 
mundo em geral, e deixa bem evidenciado que é uma força que permeia todo o
universo.
Disponível em:
www.youtube.com/watch?v=0k­9cXG5_jU.
Acesso em: 11 ago. 2016.
 
https://www.youtube.com/watch?v=Nwe0nq8afQ0
https://www.youtube.com/watch?v=KxsLRty2QFg
http://www.ucb.br/sites/100/118/TCC/1%C2%BA2012/AFisicadaRessonanciaMagnetica.pdf
https://www.youtube.com/watch?v=0k-9cXG5_jU
CONTEÚDO
A  Ressonância  Magnética  (RM)  é  hoje  um  método  de  diagnóstico  por  imagem 
estabelecido na prática clínica e que continua em crescente desenvolvimento. Dada a 
sua  alta  capacidade  de  diferenciar  os  tecidos  e  coletar  informações  em  nível 
bioquímico,  o  espectro  de  aplicações  se  estende  então  a  todas  as  partes  do  corpo 
humano e explora os aspectos anatômicos e funcionais de todos os sistemas.
A física da Ressonância Magnética Nuclear (RMN) está aplicada à formação de imagens 
e é de uma grande complexidade e de grande abrangência, uma vez que tópicos como 
o  eletromagnetismo,  a  supercondutividade  e  o  processamento  de  sinais  têm  de  ser 
abordados em conjunto para o entendimento desse método.
A  imagem  por  ressonância  magnética  é  explicada,  de  forma  resumida,  como  o 
resultado  da  interação  de  um  forte  campo  magnético  que  é  produzido  pelo 
equipamento  com  os  prótons  de  hidrogênio  presentes  no  tecido  humano  e  criando 
então uma condição para que possa ser enviado um pulso de radiofrequência e, após, 
coletada a radiofrequência modificada, através de uma bobina ou antena receptora.
Esse sinal codificado espacialmente se dá por gradientes de campo magnético que são
coletados, processados e convertidos numa imagem ou numa informação. Apesar de o 
fenômeno físico da Ressonância Magnética Nuclear ter sido descrito em 1946 por Block 
e Purcell em artigos independentes, as primeiras imagens do corpo humano só foram 
possíveis  de  se  conseguir  cerca  de 30  anos  após,  através  dos  trabalhos  de  diversos 
cientistas no mundo todo, mas especialmente de Paul Lauterbur e Sir Peter Mansfield. 
Esse  intervalo de tempo é somente o  início da demonstração da complexidade desse 
método  e  da  necessidade  de  tecnologias  aparentemente  tão  distintas  como  os 
supercondutores  e  o  processamento  de  sinais  serem  usados  para  a  formação  da 
imagem. É importante salientar que em nenhum outro método de imagem os conceitos 
físicos  estão  tão  atrelados  à  rotina  de  realização  de  exames  e  à  operação  do 
equipamento  quanto  em  RM.  Dessa  maneira,  existe  a  necessidade  de  entender  os 
conceitos, o que é primordial para a execução dos exames com qualidade e o benefício 
que o padrão de qualidade trará para o diagnóstico de importantes patologias.
O átomo de hidrogênio é o mais simples presente na tabela periódica, e tem o próton 
como núcleo. Os prótons são partículas carregadas positivamente e que possuem uma 
propriedade denominada spin ou momento angular.
Como o objetivo é ter uma visão simplificada e introdutória da física relacionada à RM, 
vamos compreender que o spin represente o movimento de giro do próton em torno do 
seu próprio eixo, da mesma forma que um pequeno pião. Para o próton de hidrogênio, 
o spin (I) pode ser +1/2ou ­1/2, o que na nossa analogia clássica poderá representar o 
próton  girando  tanto  para  um  lado  quanto  para  o  outro.  Juntamente  com  o  spin,  o 
próton de hidrogênio possui uma outra propriedade denominada momento magnético, 
o  que  faz  com  que  ele  se  comporte  como  um  pequeno  ímã  ou  como  um  pequeno 
magneto.  Esse  conceito  analógico  é  válido  se  visualizarmos  um  próton  como  uma 
pequena esfera carregada (esta com cargapositiva) e girando em torno de seu próprio 
eixo (o spin).
Como  para  toda  partícula  carregada  em  movimento  acelerado  surge  um  campo 
magnético  associado  a  ela,  o  próton  de  hidrogênio  se  comporta  como  um  pequeno 
magneto, ou como um dipolo magnético.
Os prótons de hidrogênio são colocado sob a ação de um campo magnético externo, o 
que  ocorre  com  os  prótons  do  corpo  do  paciente  quando  o  mesmo  é  posicionado 
dentro do magneto, é importante entendermos que na temperatura média de 36,5 ºC 
presente no corpo humano, que está sob a ação do fraco campo magnético terrestre 
de  0,3  gauss  (ou  3  x  10­5  tesla,  uma  vez  que  o  fator  de  conversão  é  denominado 
como  1  T  =  10.000  G),  os  momentos  magnéticos  não  possuem  uma  orientação 
especial bem­definida, distribuindo­se de forma randômica. Essa distribuição aleatória 
faz com que a magnetização resultante de um volume de um tecido seja igual a zero.
Para a compreensão da magnetização vamos agora ver como ela ocorre no tecido do 
corpo humano. Nas  imagens,  como a menor unidade é denominada voxel, que é da 
ordem de 1,0 mm3 ou mais, é o efeito combinado dos prótons de hidrogênio que  irá 
interessar para o método diagnóstico. A magnetização  resultante em cada voxel é o 
resultado da soma vetorial de todos os spins que resultaram do cancelamento mútuo. 
No equilíbrio, a magnetização resultante possui somente a componente horizontal (ao 
longo  de  B0).  É  fundamental  que  neste momento  façamos  a  localização  espacial  do 
vetor magnetização.
Figura ­ Demonstração da magnetização dos tecidos através do alinhamento dos spins. Fonte: Adaptado 
de UTFPR, s.d.
 
Figura – Átomos de Hidrôgenio sem a presença do campo magnético externo. Renato Camargo
 
Figura – Prótons de Hidrôgenio com a presença do campo magnético externo onde foi aplicado B0. 
Renato Camargo
FINALIZAÇÃO
Até  aqui  tratamos  do  fenômeno  descrito  como  ressonância magnética  e  da  observação  em  relação  ao  hidrogênio  e  ao
alinhamento  dos  spins.  Vimos  então  até  aqui  que  o  fenômeno  da  ressonância  magnética  se  baseia  em  perturbar  o
equilíbrio  dinâmico  de  tal  forma  que  a  resultante magnética mude  a  sua  orientação  no  espaço  e  vá  preferencialmente
assumir uma posição no plano transversal (X,Y).
Para que isso ocorra, faz­se necessário que os corpos em movimento troquem energia com muita força, promovendo uma
oscilação das ondas eletromagnéticas de radiofrequência.
REFERÊNCIAS
BERNSTEIN MA, KING KF, ZHOU XJ. Handbook of MRI Pulse Sequences. London: Elsevier; 2004.
BLOCH F. Nuclear induction. Phys Rev 1946; 70:460.
BRACEWELL R. The Fourier Transform & Its Applications. Third Edition. New York: McGrawl­Hill Science, 1999.
FOSTER MA. Magnetic Resonance in Medicine and Biology. New York: Pergamon Press, 1984.
GALLAGHER TA et al. An introduction to the Fourier transform: relationship to MRI. AJR 2008;190:1396­1405.
HAHN EL. Spin echoes. Phys Review 1950;80 (4).
HENNING  J,  NAUERTH  A,  FRIEDBURG  H.  Rare  imaging:  a  fast  imaging  method  for  clinical  MR.  Magn  Reson  Med
1986;3:823­833.
HOUNSFIELD  GN.  Computerized  transverse  axial  scanning  (tomography):  Part  1.  Description  of  system.  BJR
1973;46(552):1016­1022.
LAUTERBUR, PC. Image formation by induced local interactions: Examples employing nuclear magnetic resonance. Nature
242: 190, 1973.
MANSFIELD P. Multi­planar imaging formation using NMR spin echoes. J Phys 1977;10:L55–L58.
PURCELL EM, TORREY HC, POUND RV. Resonance absorption by nuclear magnetic moments  in  a  solid.  Phys Rev 1946;
69:37.
DEFINIÇÕES EM RM
Como já explicado em aulas anteriores a RM é um método eficiente de diagnóstico por 
imagem, no qual não se faz uso de radiação ionizante e sim ondas eletromagneticas. O 
seu  potencial  em  demonstrar  as  estruturas  anatômicas  surpreende  até  mesmo  os 
profissionais mais experientes na área.
Essa  técnica,  no  entanto,  não  é  tão  fácil  quanto  se  pensa.  A  complexidade  de 
fenômenos envolvidos, particularmente nos aspectos que se referem à física quântica, 
é um fator que desafia e, por vezes, até desestimula aqueles que se habilitam na sua 
prática. Por outro lado, é completamente fascinante compreender os mistérios e saber 
como obter dessa ferramenta imagens que tanto impressionam.
O exame de RM é, muita das vezes, decisivo para se estabelecer o diagnóstico de um 
paciente,  e  por  esse motivo  deve  ser  feito  de  forma  criteriosa,  com  a  utilização  de 
todos os recursos oferecidos.
Todavia, esse exame não deve ser iniciado sem que antes o paciente seja submetido a 
uma  entrevista  para  afastar  uma  possível  contraindicação  à  realização  do  exame. 
Pacientes  portadores  de  marca­  passo,  clipes  cirúrgicos  de  aneurisma  e 
neuroestimuladores não devem se submeter a essa técnica por estarem correndo risco 
de saúde.
A entrevista ainda tem a finalidade de coletar informações clínicas úteis para auxiliar o 
professional que realiza o exame e o médico radiologista na confecção do laudo. Todos 
esses  procedimentos  ainda  são  importantes  para  orientar  o  paciente  quanto  ao  seu 
comportamento  durante  a  realização  do  exame.  É  importante  ressaltar  o  número 
significativo  de  pacientes  que  não  conseguem  realizar  o  exame  por  se  sentirem 
desconfortáveis quando estão no interior do magneto. Entre essas pessoas encontram­
se  os  claustrofóbicos,  os  portadores  de  movimentos  involuntários  e  aqueles  que 
simplesmente não conseguem permanecer  imóveis por apresentarem quadros álgicos 
importantes.
INDICAÇÃO DE VÍDEO
O  vídeo  a  seguir  demonstra  algumas  questões  aplicadas  à  RM, 
mostrando o seu interior. Esse vídeo permitirá ao aluno compreender 
alguns dos fatores na definição do método. Disponível em:
http://www.youtube.com/watch?v=eCBT10bJH4k. Acesso em: 11 ago. 2016.
 
INDICAÇÃO DE LEITURA
A leitura sugere um grande leque de definições nas diversas áreas de 
aplicabilidade à ressonância magnética. Disponível em:
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAer08AI/ressonancia­magnetica.  Acesso 
em: 11 ago. 2016.
 
“Física da Ressonância Magnética” The Physics of magnetic resonance ­ Genilson 
A.  de  Oliveira1,  Thiago  Borduqui2  ­  Curso  de  Física  ­  Universidade  Católica  de 
Brasília,  Fonte 
http://www.ucb.br/sites/100/118/TCC/1º2012/AFisicadaRessonanciaMagnetica.pd
f. Acesso 2017, janeiro 23
 
INDICAÇÃO DE FILME
O  filme  indicado  mostra  a  importância  da  ressonância  magnética 
quando  relacionada com os padrões de qualidade em  imagem e em 
procedimentos. Disponível em:
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAer08AI/ressonancia­magnetica.  Acesso 
em: 11 ago. 2016.
 
http://www.youtube.com/watch?v=eCBT10bJH4k
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAer08AI/ressonancia-magnetica
http://www.ucb.br/sites/100/118/TCC/1%C2%BA2012/AFisicadaRessonanciaMagnetica.pdf
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAer08AI/ressonancia-magnetica
CONTEÚDO
Estão  no  protocolo  de  contraindicações  para  a  realização  dos  exames  em  RM  os 
pacientes portadores de:
Marca­passo cardíaco;
Implante coclear;
Clipes vasculares metalicos;
Prótese vascular
Desfibrilador cardíaco implantável;
Fixadores ortopédicos externos metálicos não removível;
Clipes de aneurisma cerebral ferromagnético antes de 1995
Stent vascular ;
Implantes dentários magnéticos;
DIU;
Tatuagens antigas, com tintas que possuiam traços de metais;
Fragmentos de metal no corpo, como projeteis de arma de fogo;
neuroestimuladores.
Pacientes claustrofobicos;
Gestantes até o terceiro mês.
Todas essas situações de contraindicação serão identificadas a partir da entrevista com 
o paciente, que tem a finalidade de coletar as  informações clínicas que  irão ajudar o 
profissional  que  realiza o exame de RM na  sua  condução.  Poderão ainda  servir  para 
que  o  médico  radiologista  estabeleça  correlação  entre  o  exame  de  RM  e  estudos 
realizados por outrosmétodos, auxiliando­o em suas conclusões no diagnóstico final.
Durante o processo da entrevista, o professional que assiste o paciente deve orientá­lo 
quanto ao seu comportamento no transcorrer do exame e esclarecer possíveis dúvidas 
em relação ao método.
Na entrevista, deve­ se ainda investigar se existem fatores que possam contraindicar a 
realização do exame. Normalmente os serviços diagnósticos dispõem de questionários 
prontos para a finalidade de conhecimento do paciente. As informações que podem ser 
transmitidas durante a entrevista referem­se:
Tempo de realização de exame (aproximadamente de 30 a 40 minutos);
Som produzido pelo sistema durante o exame;
Possibilidade de comunicação com o operador nos intervalos entre as séries;
Importância de se manter imóvel durante a realização do exame;
Importância da comunicação de qualquer fato estranho que possa ocorrer durante 
a realização do exame.
Obs.: Durante o exame, é de grande importância que o profissional a realizar
o  exame  estabeleça  uma  comunicação  com  o  paciente.  Esse  procedimento
costuma  tranquilizar  o  paciente  e  evita  nele  aquela  sensação  de  ter  sido
“abandonado”. Um outro fator é manter­se atento aos eventuais estados de
ansiedade ou angústia que podem vir a acometer o paciente.
Outro grande fator para as definições do exame de RM é conhecer aos protocolos de 
exames para cada órgão com uma finalidade específica. A RM e é muito utilizada para 
o estudo do encéfalo, com ênfase principalmente na avaliação do parênquima cerebral. 
A  RM  já  provou  ser  um método  eficiente  no  sistema  nervoso  central  (SNC),  e  para 
muitos outros diagnósticos como:
Avaliação de processos inflamatórios;
Avaliação das substâncias branca e cinzenta;
Pesquisa de malformação;
Pesquisa de tumores;
Estudo vascular venoso / arterial;
Estudo para análises funcionais.
 
Para  o  estudo  do  sistema  nervoso  central  inúmeras  vantagens  são  apresentadas 
através do exame de RM:
Umas de suas grandes vantagens é que a RM, não faz uso de radiação ionizante, 
como  os  outros  métodos  de  imagens  como  os  Raios­X,  Tomografia 
Computadorizada, Densitometria Óssea, Radiologia Intervencionista, entre outros. 
Na RM as imagens são realizadas através de ondas eletromagnéticas.
Não há estudos, que tenha comprovado danos à saúde ou efeitos colaterais pela 
exposição  ao  campo  magnético  e  ondas  eletromagnéticas  geradas  pelos 
aparelhos, independentes de sua potência em Tesla.
Os  exames  realizados  em  RM,  apresentam  grande  riqueza  de  imagens 
diagnosticas,  permitindo  a  visualização  de  diferença  de  tecidos  anatômicos  e 
patológicos
Os exames realizados em RM, geram imagens nos planos axial, coronal e sagital, 
permitindo  até mesmo  reconstrução  de  imagens  em  3D,  contribuindo  para  um 
melhor diagnóstico.
Nas  RM,  alguns  casos,  deve­se  usa  contraste,  para  melhor  visualização  de 
tecidos. Contraste paramagnético (gadolínio), possui um risco consideravelmente 
menor, em relação à outros tipos de meios de contrastes.
 
Os serviços de RM adotam um protocolo que apresenta uma série localizadora no plano 
sagital (divide o corpo em lados direito e esquerdo), seguida de duas aquisições axiais 
(plano  que  divide  o  corpo  em  superior  e  inferior):  axial  T2  e  axial  flair  e  uma  série 
coronal T2 (plano que divide o corpo em anterior e posterior). Em um estudo de rotina 
do encéfalo, por exemplo, estas quatro séries devem ser realizadas:
Série sagital T1;
Série axial T2;
Série axial flair;
Série coronal T2.
 
A  série  sagital  T1  normalmente  é  a  primeira  a  ser  realizada.  Como  não  existem 
imagens prévias, o planejamento dos cortes é feito a partir do referencial estabelecido 
no posicionamento “zero” usualmente fixado na glabela.
 
Figura ­ Corte sagital T1.
Fonte: Publicado por VALE et al., “Chiari malformation and central sleep apnea syndrome”, 2014, U.S. 
National Library of Medicine, sob a licença Creative Commons Attribution 4.0 International. Link da 
página: ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4263339. Acesso em: 01/09/2016.
 
A série axial em T2 é obtida pela sequência de pulsos gradiente de eco. Nessa série, os 
cortes devem cobrir todo o parênquima cerebral, desde a região do forame magno até 
a região do seio sagital superior. O planejamento é feito de forma gráfica, utilizando a 
imagem  sagital  previamente  adquirida.  Essa  série  apresenta  uma  alta  sensibilidade 
para  grande  parte  das  patologias  cerebrais,  e  a  sua  capacidade  em  demonstrar  a 
presença de líquidos por meio do hipersinal permite identificar com grande segurança a 
presença de tumores, processos infecciosos, cistos e edemas.
 
Figura ­ Corte axial T2.
Fonte: Publicado por ROBBINS et al., “Legionella pneumophila infection presenting as headache, 
confusion and dysarthria in a human immunodeficiency virus­1 (HIV­1) positive patient: case report”, 
2012, U.S. National Library of Medicine, sob a licença Creative Commons Attribution 2.0 Generic. Link 
da página: ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3519780. Acesso em: 01/09/2016.
 
A  técnica  axial  flair  é  obtida  pela  a  sequência  recuperação  da  inversão.  Para  a 
obtenção da ponderação em flair faz­se necessária a utilização de tempo de inversão 
de aproximadamente 2.200 ms em equipamentos com um campo magnético principal 
de 1,5 tesla.
 
Figura ­ Corte axial flair.
Fonte: Publicado por KAMATE et al., “Central nervous system inflammatory demyelinating disorders of 
childhood”, 2010, U.S. National Library of Medicine, sob a licença Creative Commons Attribution 2.0 
Generic, com adaptações. Link da página: ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3021933. Acesso em: 
01/09/2016.
 
E por último o coronal em T2 pode ser feito sobre imagens da série sagital ou axial. A 
espessura média  dos  cortes  é  de 5 mm,  com  intervalos  que podem variar  de 2  a 3 
mm. As estruturas encefálicas são apresentadas num plano anatômico diferente dos já 
mencionados, permitindo então uma análise sob uma nova perspectiva.
 
Figura ­ Corte coronal em T2.
Fonte: Publicado por MOSER et al., “MR­guided focused ultrasound technique in functional neurosurgery: 
targeting accuracy”, 2013, U.S. National Library of Medicine, sob a licença Creative Commons 
Attribution 2.0 Generic, com adaptações. Link da página: ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3988613. 
Acesso em: 01/09/2016.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesta  aula,  aprendemos  algumas  definições  em  ressonância  magnética  e  pudemos 
observar o quão importante é esse método diagnóstico. Abordou­se a entrevista à qual 
o paciente se submete para a sua própria segurança.
Vimos ainda a importância de se seguir os protocolos de imagem, respeitando o tempo 
da aquisição de imagem em: sagital, axial, axial flair e coronal, e como essa sequência
de protocolos estabelecidos é importante para o controle de qualidade diagnóstico.
REFERÊNCIAS
DELIGANIS  AV,  FISCHER  DJ,  LAM  AM,  MARAVILLA  KR. 
Cerebrospinal  fluid  signal  intensity  increase  on  flair  MR 
Images in patients under general anesthesia:  the role of supplemental O2. 
Radiology 2001; 218:152­156.
FILIPPI CG, ULUG AM, LIN D, HEIER LA, ZIMMERMAN RD. Hyperintense signal 
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children anesthetized with propofol: new fluid­attenuated inversion recovery 
finding. AJNR 2001; 22:394­399.
FRIGON C, JARDINE DS, WEINBERGER E, HECKBERT SR, SHAW DWW. Fraction 
inspired oxygen  in relation to cerebrospinal  fluid hyperintensity on  flair 
MR  imaging  of  the  brain  in  children  and  young  adults  undergoing 
anesthesia. AJR 2002; 179:791­796.
ROBSON MD, GATEHOUSE PD, BYDDER M, BYDDER GM. Magnetic resonance: 
an  introduction  to  ultrashort  TE  (UTE)  imaging.  J  Comput  Assist  Tomogr 
2003;27:825–846.
 
INTRODUÇÃO
Tudo  o  que  existe  é  único,  mas  no  universo  nada  está  absolutamente  isolado.  Muitas  são  as  linguagens  usadas  para
transmitir informaçõesde um corpo para outro. A ciência possui ferramentas que muitas vezes permitem a decodificação e
o entendimento das mensagens que nos são transmitidas. A ressonância é uma dessas formas curiosas de interação entre
dois sistemas. Quando um sistema elástico vibra animado por uma onda sonora, diz­se que ele está em ressonância com o
som. Para induzir vibração num corpo a onda sonora deve possuir frequência e amplitude adequadas.
A relaxação dos spins que gera o sinal de indução livre (SIL) é causada pelas trocas de energia entre spins e entre spins e
sua vizinhança (rede). Essas interações são chamadas de relaxação spin­spin e spin­rede e juntas fazem com que o vetor
M retorne ao seu estado de equilíbrio (paralelo a B0). Duas constantes de tempo foram criadas para caracterizar cada um
desses processos: T1 e T2. A constante T1 está relacionada ao tempo de retorno da magnetização para o eixo longitudinal
e é influenciada pela interação dos spins com a rede. A constante T2 faz referência à redução da magnetização no plano
transversal e é influenciada pela interação spin­spin (dipolo­dipolo).
Para a  compreensão dos princípios, deve­se antes  criar  conceitos  sobre a  sequência de pulsos, que é a  forma como os
pulsos  de  RF  são  aplicados  e  a  obtenção  dos  sinais  de  RM  influencia  o  contraste  das  imagens.  É  possível,  a  partir  da
aplicação de pulsos de diferentes ângulos, obter diferentes contrastes e diferentes ângulos entre os tecidos presentes no
corpo humano.
A sequência spin­eco também é importante e a mais comum na RM. Essa sequência inicia­se com um pulso de RF em 90º
(considerado  um  pulso  seletivo).  Outro  fator  que  vamos  observar  no  decorrer  do  capítulo  é  o  tempo  eco,  o  tempo  de
repetição e as diversas sequências de gradiente.
INDICAÇÃO DE VÍDEO
O vídeo demonstra alguns dos princípios aplicados na RM. Esse vídeo permite ao aluno uma comparação em tempo
real da importância desses princípios.
Disponível em:
x
www.youtube.com/watch?v=YR26K2RoghM.
Acesso em: 11 ago. 2016.
Mais um vídeo sobre princípios em RM sendo relacionados com a neuroimagem do sistema nervoso central.
Disponível em: 
x
www.youtube.com/watch?v=P9Hrh­PoCkM.
Acesso em: 11 ago. 2016.
 
INDICAÇÃO DE LEITURA:
O livro indicado a seguir retrata de forma clara e objetiva os princípios de RM através da sobreposição de imagens e
reconstrução  em  3D.  No  quesito  físico  a  literatura  retrata  a  importância  desse  conhecimento  para  o  método
diagnóstico por imagem.
Disponível  em:  <www.livrosgratis.com.br/ler­livro­online­143857/sobreposicao­de­imagens­de­termografia­e­
ressonancia­magnetica­­uma­nova­modalidade­de­imagem­medica­tridimensional> Acesso em: 11 ago. 2016.
 
INDICAÇÃO DE FILME
Um  filme  curto  que  retrata  o  princípio  da  ressonância  magnética  na  odontologia.  O  importante  para  qualquer
profissional que realiza a aquisição de imagem é possuir um conhecimento amplo e multidisciplinar em relação aos
métodos diagnósticos em imagem.
Disponível em:
x
www.youtube.com/watch?v=CUHkiSbxYIY.
Acesso em: 11 ago. 2016.
https://www.youtube.com/watch?v=YR26K2RoghM
https://www.youtube.com/watch?v=P9Hrh-PoCkM
http://www.livrosgratis.com.br/ler-livro-online-143857/sobreposicao-de-imagens-de-termografia-e-ressonancia-magnetica--uma-nova-modalidade-de-imagem-medica-tridimensional
https://www.youtube.com/watch?v=CUHkiSbxYIY
CONTEÚDO
Até  aqui  consideramos  que  um  campo  magnético  produzido  pelo  magneto  possuí  um  valor  único  e  uniforme.  Dessa
maneira, se todo um volume de tecido, como o cérebro por exemplo, for posicionado nesse campo e um pulso de RF for
enviado com valor de  frequência exatamente  igual à  frequência de precessão dos prótons de hidrogênio,  todo o volume
será excitado. Os prótons de hidrogênio do volume como um todo receberão energia do pulso de RF e retornarão sinal para
a  bobina.  Esse  sinal  contém  informação  de  todo  o  tecido  cerebral, mas  não  possibilita  que  saibamos  de  que  parte  do
cérebro ele provém.
Como  o  objetivo  de  um  gradiente  é  mapear  uma  imagem  bidimensional  (2D),  é  preciso  estabelecer  um  método  que
possibilite a seleção de um corte do corpo e que, dentro desse corte, possamos ter uma matriz de pontos organizada em
linhas  e  colunas.  Para  cada  elemento  dessa matriz  (pixel)  deve  ser  obtido  o  valor  de  intensidade  de  sinal,  para  que,
através  de  uma  escala  com  vários  tons  de  cinza  ou  cores,  possamos  visualizar  a  imagem  final.  O  acionamento  de  um
gradiente de  campo  também altera  a  fase dos  spins.  Essa alteração é proporcional  ao  tempo em que o gradiente  ficar
ligado  e  à  amplitude  do  gradiente.  Juntas,  fase  e  frequência  poderão  fornecer  informações  espaciais  do  sinal,  como
veremos a seguir.
São necessárias três etapas para uma codificação de um sinal de forma a obter uma imagem de RM. São elas:
1. seleção de corte;
2. codificação de fase;
3. codificação de frequência.
 
Cada etapa representa o acionamento de gradientes em uma dada direção. Se o gradiente de seleção de corte for acionado
para a direção  z,  cada posição ao  longo do eixo da mesa  irá precessar  com um valor diferente de  frequência. Se esse
gradiente  permanecer  ligado,  poderemos  então  enviar  um pulso  de RF  com  frequência  central  de  precessão  igual  à  da
região que queremos excitar. Dividimos assim o paciente em cortes axiais. Os outros dois gradientes (codificação de fase e
frequência) serão acionados nos eixos que restaram (x e y ou y e x).
Quando  o  gradiente  de  codificação  de  fase  é  acionado,  alteramos  a  fase  dos  spins  de  forma  proporcional  para  a  sua
localização.  Assim,  um  dos  eixos  do  corte  fica  mapeado  com  a  fase.  É  necessário  acionar  n  vezes  o  gradiente  de
codificação de fase. Cada vez que o gradiente é acionado, altera­se a sua amplitude. No momento da leitura de um sinal, o
gradiente  de  codificação  de  frequência  é  acionado  na  direção  restante.  Dessa  forma,  o  segundo  eixo  do  corte  ficará
mapeado em frequência. O gradiente de codificação de frequência também é denominado gradiente de leitura.
Para compreender melhor os princípios que envolvem a ressonância magnética, iremos conceituar o domínio do tempo, o
domínio da frequência (Fourier). O sinal coletado de cada corte será mapeado em fase e frequência. Ou seja, um sinal que
vai variar no tempo, contendo diversas fases e diversas frequências que carregam informações sobre todo o tecido contido
no corte. É  importante salientar que por volta de 1807 o matemático  francês  Jean­Baptiste  Joseph Fourier desenvolveu
ferramentas analíticas para decompor uma função contínua em suas componentes oscilatórias e amplitudes. Esse processo
é hoje conhecido como transformada de Fourier. Uma versão dessa metodologia é usada atualmente para determinar as
amplitudes e  frequências  (e, portanto, as posições) encontradas no  sinal de RM  (eco)  coletado pelas bobinas. Somente
após coletar 64, 128, 256 ou mais ecos e armazená­los no chamado espaço K é que foi possível aplicar a transformada de
Fourier (TF) para passar do domínio do tempo para o domínio de frequências, obtendo a imagem de RM. Uma descrição
completa  desse  processo  é  apresentada  por  autores  como Bracewell  e Gallagher.  Abordaremos  a  seguir  o  conceito  de
espaço K de forma mais simples e sua importância prática.
O  espaço  k  não  é  um  local  físico  no  equipamento  de  RM.  É  um  conceito  abstrato  que  tem  a  função  de  auxiliar  no
entendimento de sequências de pulsos que são consideradas mais modernas e que estão associadas a metodologias de
aquisição. É útil visualizarmos o espaço k como uma matriz. Cada linha dessa matriz será preenchida com um eco coletado
na sequência de pulso. Podemos visualizar o espaço k na forma de uma matriz de tons de cinza. Cada ponto nessa matriz
corresponde  a  uma  intensidade  de  sinal  (tom  de  cinza)  e  a  uma  posição  no  tempo  erepresenta  a  amplitude  do  sinal
recebido  pela  bobina  naquele  dado  instante.  Os  eixos  de  coordenadas  (x  e  y  ou  ky  e  kx)  desse  espaço  são,
respectivamente, o gradiente de codificação de frequência e o gradiente de codificação de fase.
Figura ­ Demonstração do espaço k. Fonte: Publicado por toubibe, 2015, Pixabay®, sob domínio público. Link da página: pixabay.com/pt/mri­
magnético­raio­x­crânio­cabeça­782459.
Acesso em: 01/09/2016.
 
O preenchimento linha a linha do espaço k irá ocorrer na medida em que o gradiente de codificação da fase na sequência
de pulso variar em sua amplitude. O número de codificações de fase pode então, por exemplo, ser de 256, o que resulta
em um acionamento de 256 amplitudes diferentes para o gradiente de codificação de fase. Essa amplitude pode se iniciar
com o uso de um gradiente negativo com máxima amplitude, reduzindo gradativamente sua amplitude até zero e, a partir
daí, acionando um gradiente positivo até atingir novamente a amplitude máxima, mas na direção contrária. Cada linha do
espaço k será preenchida com um eco que foi codificado por uma amplitude diferente da do gradiente de fase.
Uma das características mais importante do preenchimento do espaço k, descrito acima, é que os extremos do espaço k
serão  preenchidos  com  sinal  de  baixa  amplitude,  pois  o  próprio  acionamento  do  gradiente  causa  maior  defasagem  e
redução do sinal. Já as linhas centrais do espaço k conterão sinal de maior amplitude, o que na imagem de RM resultará
em contraste (preto e branco).
 
Algumas características do espaço k são importantes para entendermos melhor a imagem resultante.
1. Não existe uma correspondência entre um ponto do espaço k e um ponto da  imagem de RM. Em cada ponto do
espaço k existe informação de todo o corte. Se por exemplo um pequeno artefato de entrada de RF na sala de exames
ocorrer em um dado  instante durante uma sequência de pulso, a presença desse artefato bem  localizado no  tempo
poderá gerar um artefato que se propagará para toda a imagem de RM;
2. Quanto maior o número de  linhas do espaço k, maior é a quantidade de  sinal  coletado, porém maior é o  tempo
necessário. Se em uma sequência de pulso spin eco cada linha do espaço k é preenchida a cada tempo de repetição
(TR), o tempo total para adquirir uma ou mais imagens será diretamente proporcional ao número de linhas do espaço
k;
3. As linhas centrais do espaço k estão diretamente relacionadas ao contraste presente na imagem de RM, e a periferia,
à resolução espacial;
4. Uma imagem de RM pode ser formada por mais de um espaço k. A escolha do número de espaços k que irão ser
utilizados para gerar uma  imagem é um parâmetro controlado pelo operador e costuma ser chamado de número de
aquisições ou número de excitações (NEX). Passar de um para dois espaços k faz com que o tempo total de aquisição
dobre,  com o benefício de melhorar em cerca de 40% a  relação  sinal­ruído na  imagem. A  cada  sequência de pulso
pode­se utilizar uma estratégia para o preenchimento do espaço k.
Figura ­ Esquema representativo das formas de preenchimento que podem ser aplicadas no espaço k.
Onde: A) Cartesiana; B) Half­Fourier; C) Cêntrica; D) Eco Planar; E) Espiral; F) Radial, BLADE ou Propeller. Fonte: Adaptado de UTFPR, s.d.
FINALIZAÇÃO
Nesta aula aprendemos o princípio da sequência, que se baseia em suprimir o sinal de um tecido conhecendo o seu tempo
de  inversão.  Entende­  se  então  que  o  tempo  de  inversão  é  o  tempo  necessário  para  que  a  resultante magnética  dos
hidrogênios ligados a um tecido em particular possa migrar do eixo longitudinal de maior energia até o plano transversal.
Nesse momento, se for aplicado um pulso de 90°, os hidrogênios do tecido vão se posicionar novamente no eixo z, e dessa
forma, não poderão contribuir com o sinal de ressonância magnética.em relação ao seu valor inicial.
REFERÊNCIAS
FARADAY M. Experimental Researches in Electricity. v. 3. London: Richard Taylor and William Francis, 1855.
GLOVER  GH,  SCHNEIDER  E.  Three­point  Dixon  technique  for  true  water/fat  decomposition  with  B0  inhomogeneity
correction. Magn Reson Med 1991; 18:371­ 383.
MAAS M, DIJKSTRA PF,  AKKERMAN EM. Uniform  fat  suppression  in  hands  and  feet  through  the  use  of  two­point  dixon
chemical shift MR imaging. Radiology 1999; 210:189­193.
SISTEMAS DE RM
O equipamento de RM  infelizmente não apresenta uma arquitetura agradável para a 
maioria  dos  pacientes.  Equipamentos  do  tipo  supercondutores  de  alto  campo 
magnético necessitam de um sistema hermeticamente  fechado para acondicionar em 
seu interior o hélio em estado líquido.
O  gás  hélio  somente  se  apresenta  nesse  estado  quando  se  encontra  em  uma 
temperatura  igual  ou menor que  ­269,4  °C.  Essa  é uma  temperatura  absurdamente 
baixa, o que está próximo de obter uma definição de zero absoluto. É uma condição 
importante  para  que  o  sistema  possa  gerar  o  alto  campo  magnético  desejado. 
Materiais  supercondutores  quase  não  oferecem  resistência  à  passagem  de  corrente 
elétrica e, por esse motivo, permitem ser alimentados com correntes elétricas de alta 
intensidade, O gás hélio é responsável pelo resfriamento dos ímãs superpotentes que 
criam campos magnéticos muito fortes. As máquinas de ressonâncias mais modernas 
utilizam  uma  quantidade  menor  do  elemento,  mas  pode  ser  que  o  homem  jamais 
consiga construir um equipamento que dispense o uso do hélio.
Em equipamentos supercondutores de 1,5 T o condutor principal pode ser alimentado 
por  correntes  com  intensidades  de  até  1.300  ampères  e  diferença  de  potencial  da 
ordem de 1 volt.
O  sistema  de  Ressonância  Magnética,  precisa  ser  bem  compreendido,  para  que  se 
possa obter sucesso, na realização dos exames, para entender melhor, o sistema nos 
parágrafos será dado uma explanada sobre os componentes do sistema de ressonância 
magnética.
INDICAÇÃO DE VÍDEO
Vídeo  explicativo  sobre  o  sistema  de  ressonância  magnética,  que 
expõe  de  forma  objetiva,  permitindo  a  fácil  compreensão  do  aluno. 
Disponível em:
http://www.youtube.com/watch?v=ZcVqbtNiUK8 Acesso em: 11 ago. 2016.
 
INDICAÇÃO DE LEITURA
O  livro  a  seguir  tem  como  principal  característica  diversas  técnicas 
aplicadas aos sistemas presentes na ressonância magnética. Oferece 
também uma  leitura  leve e de  fácil  compreensão, podendo servir como guia de 
bolso. Disponível em:
https://issuu.com/editorarubio/docs/maualdetecnicasemrm.  Acesso  em:  11  ago. 
2016.
 
“Imagem  por  ressonância  magnética:  princípios  básicos”  Magnetic 
resonance imaging – basics ­ Maria Cristina Ferrarini Nunes Soares HageI Masao 
IwasakiII – Artigo de Revisão ­ Ciência Rural, Santa Maria, v.39, n.4, p.1287­
1295, jul, 2009 ­ ISSN 0103­8478.
 
“Ressonância  magnética:  princípiosde  formação  da  imagem  e 
aplicaçõesem  imagem  funcional”  Magnetic  resonance:  principles  of 
imageformation  and  applications  in  funcional  imaging  ­  Alessandro  A Mazzola1. 
Artigo de Revisão ­ Associação Brasileira de Física Médica® ­ Revista Brasileira 
de Física Médica. 2009;3(1):117­29.
 
http://www.youtube.com/watch?v=ZcVqbtNiUK8
https://issuu.com/editorarubio/docs/maualdetecnicasemrm
MAGNETOS
Para  o  sistema  de  ressonância  magnética  existem  três  tipos  de  magnetos 
permanentes, resistivos e supercondutores também conhecidos como condutores.
Magnetos permanentes – possuem o menor custo em manutenção comparados 
aos demais. Esse tipo de magneto apresenta um custo econômico em relação aos 
outros, possui um campo magnético de força relativo baixa em relação aos outros 
aparelhos  0,3Tesla  (T)  =  3.000Gauss)  esse  equipamento  necessita  de 
temperatura  estável.  Os  magnetos  permanentes  podem  ser  utilizados  para  o 
estudo  de  todo  o  corpo,  ressaltando  que  são  melhores  quando  aplicados  a 
procedimentos específicos e de pequena área de visão, qualquer objeto metálicoque  que  for  atraído  pelo  campo magnético,  será  difícil  a  remoção. Nos  exames 
realizados  em  campos  magnéticos  de  alta  frequência  existe  a  possibilidade  do 
paciente  sentir  forte  sensação  de  calor,  porém  sem  reação  ou  alteração  física 
comprovada.  Deve­se  ressaltar,  que  em  caso  de  pacientes  com marca­passo  e 
prótese  magnética,  o  mesmo  pode  sentir  um  calor,  dependendo  do  caso,  até 
mesmo sofrer queimaduras.
Magnetos  resistivos  –  são  alimentados  por  correntes  elétricas  presentes  no 
ambiente. Não necessitam de refrigeração por hélio líquido, mas, por outro lado, 
apresentam limitação na potência do campo magnético que são capazes de gerar. 
O  fator  importante  nesse  tipo  de magneto  é  o  consumo  elétrico,  é  econômico, 
porem consome mais energia, possui  campo magnético de  força baixa  cerca de 
0,2Tesla (T) = 2.000Gauss.
Magnetos supercondutores  –  são  alimentados  por  correntes  elétricas  de  alta 
intensidade  conseguem  campos  magnéticos  de  2Tesla  (T)  =  10.000Gauss.  Os 
equipamentos  supercondutores  são  refrigerados por  hélio  líquido  e  envoltos  por 
camadas de vácuo para prevenir contra a perda de calor. trabalha a temperatura 
próximas  ou  iguais  à  0o  F  (  ­273o  C)  obtida  por  meio  de  gás  criogênico  de 
nitrogênio  e  hélio  líquido.  A  esta  temperatura,  certos  materiais  oferecem 
baixíssima resistência a corrente elétrica.
Os  campos gradientes  também  fazem parte do  sistema presente  em RM,  e  além do 
campo  magnético  principal  B0  estão  equipados  com  campos  magnéticos  com 
intensidades variáveis, denominadas campos gradientes, que são ligados e desligados 
no momento  da  aquisição  das  imagens.  Esses  campos  apresentam uma variação  da 
intensidade do campo magnético na direção e na sua aplicação.
 
(A)
 
(B)
Figura ­ Demonstração da aplicação de gradiente (A) e sem a aplicação do gradiente 
(B).
Fonte: Adaptado de UTFPR, s.d.
 
Os campos gradientes possuem algumas características classificadas em função de:
Amplitude – está  relacionada  com a potência do  campo gradiente, ou  seja,  sua 
capacidade  de  gerar  campos  magnéticos  tanto  maior  quanto  de  menor 
intensidade;
Tempo  de  elevação  –  é  o  tempo  gasto  por  um  campo  gradiente  para  a  sua 
elevação máxima;
Índice  de  virada  (slew  rate)  –  pode  ser  descrito  como  a  potência  do  campo 
gradiente em relação à distância;
Ciclo de tarefa (duty cycle) – é o valor em porcentagem com relação ao tempo de 
repetição (TR), permite ao gradiente operar em sua potência máxima;
Criogeradores – são os mecanismos de contenção e manutenção do hélio em seu 
estado líquido;
Amplificadores de radiofrequência (RF) – a radiofrequência está relacionada com a 
geração  de  campos  magnéticos  oscilatórios.  Ao  interagir  com  o  núcleo  dos 
hidrogênios  em  precessão,  estando  esses  na  mesma  faixa  de  frequências 
aplicadas, ocorrerá a troca de energia.
BOBINAS
As bobinas de RM permitem o sinal que o paciente gera no interior do magneto e que 
se constitui em ondas eletromagnéticas de baixa amplitude que são capazes de induzir 
correntes  elétricas  em  condutores  posicionados  nas  proximidades  da  região  de  onde 
partem  essas  ondas.  Os  dispositivos  que  geram  a  corrente  elétrica  induzida  são 
denominados bobinas ou até mesmo antenas. Essas bobinas devem ser posicionadas 
em  contato  próximo  com  a  região  de  interesse  como  forma  de  se  obter  uma 
amplificação  dos  sinais  gerados.  As  bobinas  usadas  com  frequência  são  bobinas  de 
arranjo  em  fase  ou  PHASE ARRAY,  bobinas  de  volume ou  transceptoras,  bobinas  de 
superfície.
 
Bobina  de  arranjo  em  fase  ou  PHASE  ARRAY:  Constituídas  por  bobinas  e 
receptores  múltiplos.  O  sinal  captado  pelo  receptor  de  cada  segmento  é 
combinado para formar a imagem. Tem a vantagem de uma bobina pequena, pela 
melhor  relação  de  sinal  e  ruído,  e  a  vantagem de  uma  bobina  de  volume  para 
estudar  regiões  maiores.  Geralmente  são  utilizadas  para  estudos  da  coluna 
vertebral.
Figura ­ Bobinas de arranjo de fase.
Fonte: Publicado por SCHLAMANN et al., “Dynamic MRI of the vocal cords using phased­array coils: A 
feasibility study”, 2009, U.S. National Library of Medicine, sob a licença Creative Commons Attribution 
2.0 Generic. Link da página: ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2765177. Acesso em: 01/09/2016.
 
 
Bobinas  de  volume  ou  transceptoras:  Transmitem  e  recebem  pulsos  de 
radiofreqüência. A maioria são bobinas de quadratura, que possuem 2 pares de 
bobinas  para  transmitir  e  receber  o  sinal  do  tecido.  São  as  bobinas  de  cabeça, 
corpo, quadratura e extremidades.
Figura ­ Bobinas volume ou transceptoras (corpo).
Fonte: Publicado por TARNOKI et al., “Clinical value of whole­body magnetic resonance imaging in 
health screening of general adult population”, 2015, U.S. National Library of Medicine, sob a licença 
Creative Commons Attribution 3.0 Unported. Link da página: ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4362601. 
Acesso em: 01/09/2016.
 
 
Bobinas de superfície:  Esse  tipo  de  bobina  apena  recebe  o  sinal  dos  tecidos. 
São  utilizadas  nas  superfícies  cutâneas.  As  imagens  adquiridas  com bobinas  de 
superfície  têm ótima  relação/ruído, possibilitando adquirir  imagens  com maiores 
detalhes anatômicas.
Figura ­ Bobinas de superfície.
Fonte: Ikonoklast Fotografie/Shutterstock®. Link da página: shutterstock.com/pic­213635728. Acesso 
em: 01/09/2016.
As bobinas de superfície normalmente são apenas receptoras do sinal de RMN e quase 
sempre são posicionadas em contato muito próximo com a região de interesse. Porém 
as bobinas de corpo inteiro são mais usuais devido a sua praticidade, e são utilizadas 
para  estudo  de  tórax  e  abdome.  A  preparação  da  sala  também  faz  parte  da 
composição  do  exame  de  RM;  para  cada  tipo  de  exame,  existe  uma  bobina  a  ser 
utilizada, isso faz com que a imagem possua um melhor arranjo e um melhor ruído.
Faz  parte  do  sistema  de  RM  o  registro  do  paciente  tanto  na  recepção  quanto  no 
equipamento. A relação de dados pessoais solicitados inclui:
nome completo;
idade;
sexo;
peso;
exame a ser realizado.
 
Tipos de protocolos
Junto  com  o  registro  do  paciente  no  equipamento  mais  a  suposta  patologia 
investigada, será escolho o protocolo para realização do exame. Nessa fase o operador 
escolhe entre os protocolos disponíveis que  ficam gravados no sistema. Dependendo 
da  experiência  do  operador  e  da  natureza  do  exame,  o  protocolo  poderá  ser  criado 
passo  a  passo  durante  a  realização  do  procedimento.  Protocolos  utilizados  para 
determinadas áreas anatomias investigadas:
 
Figura – Tabela de alguns tipos de protocolos em RM ­ Renato Camargo.
 
O posicionamento do paciente, é de grande importância para a aquisição de imagens, 
também faz parte do processo de sistemas em RM. Cumprindo as etapas anteriores, o 
operador  posiciona  o  paciente.  Neste  momento  é  feito  um  ajuste  da  bobina,  e  o 
paciente  deve  ser  acomodado  da  forma  mais  confortável  possível.  Recomenda­se 
oferecer  ao paciente protetores  auditivos.  Também neste momento o operador deve 
estabelecer  um diálogo  inicial  com o paciente,  transmitindo­lhe  as  informações mais 
importantes para o sucesso do exame. É fundamental deixar o paciente o mais calmo 
possível, orientando­o a se comunicar nos intervalos entre as sequências, se assim ele 
achar necessário.
FINALIZAÇÃO
O sistema aplicado na ressonância magnética possui variações de grande importância. 
Os  protocolos  feitos  desde  o  recebimento  do  paciente  devem  ser  cumpridos  com 
excelência  para  um  controle  de  qualidade  tanto  na  execução  do  exame  quanto  na 
recepção do paciente.
É  importante  compreender  que  o  gap  é  definido  como  o  intervalo  entre  os  cortes  e 
permite  uma  definiçãodo  espaçamento  entre  duas  margens.  O  gap  mínimo 
corresponde a 10% da espessura do corte selecionado na imagem, juntamente com a 
matriz da imagem em RM, que pode ser simétrica ou assimétrica.
As  matrizes  assimétricas  com  a  menor  dimensão  codificada  pelo  gradiente  de  fase 
permitem a obtenção de séries com tempos mais curtos.
REFERÊNCIAS
BERNSTEIN  MA,  KING  KF,  ZHOU  XJ.  Handbook  of  MRI  Pulse 
Sequences. London: Elsevier; 2004.
BLOCH F. Nuclear induction. Phys Rev 1946; 70:460.
FOSTER  MA.  Magnetic  Resonance  in  Medicine  and  Biology.  New 
York:Pergamon Press; 1984.
HAHN EL. Spin echoes. Phys Review 1950;80 (4).
LAUTERBUR  PC.  Image  formation  by  induced  local  interactions:  examples 
employing Nuclear Magnetic Resonance. Nature 1973;242:190­191.
MANSFIELD  P. Multi­planar  imaging  formation  using  NMR  spin  echoes.  J 
Phys 1977;10:L55–L58.
PURCELL  EM,  TORREY  HC,  POUND  RV.  Resonance  absorption  by  nuclear 
magnetic moments in a solid. Phys Rev 1946; 69:37.
 
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