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Nitrogênio 
O ar que respiramos é constituído por quase 80% de Nitrogênio e cada hectare de terra no mundo é coberto 
por cerca de 90 milhões de quilos de Nitrogênio, o equivalente a 90 mil toneladas. Nem um quilo deste 
Nitrogênio pode ser usado pelas plantas até que ele seja modificado por processos naturais ou por meio da 
produção de fertilizantes comerciais.Através de vários processos de "fixação", o Nitrogênio atmosférico 
gasoso é transformado nas formas utilizáveis pela planta, amônio (NH4) ou nitrato (NO3). Ele pode ser fixado 
pelo relâmpago e levado à superfície da terra através da chuva ou da neve. Ele pode ser fixado por certos 
organismos do solo e nos nódulos das raízes das leguminosas.A fixação industrial fornece milhões de 
toneladas de fertilizantes nitrogenados comercialmente exigidos para se cultivar plantas em todo o mundo. 
Funções do Nitrogênio 
Nas folhas o Nitrogênio está nos cloroplastos como constituinte da molécula de clorofila, onde cada átomo 
de Magnésio está ligado a quatro átomos de Nitrogênio. Também participa da síntese de vitaminas, 
hormônios, coenzimas, alcalóides, hexosaminas e outros compostos. O Nitrogênio é um nutriente que está 
relacionado aos mais importantes processos fisiológicos que ocorrem nas plantas, tais como fotossíntese, 
respiração desenvolvimento e atividade das raízes, absorção iônica de outros nutrientes, crescimento, 
diferenciação celular e genética. 
Nitrogênio nas Plantas 
Além de ser constituinte dos aminoácidos livres e protéicos, o Nitrogênio está presente em outros 
compostos importantes, como as bases nitrogenadas (purinas e pirimidinas), os ácidos nucléicos (DNA e 
RNA), que perfazem cerca de 10% do total do Nitrogênio na planta. Outras formas amino solúveis chegam 
a compor 5% do N das plantas. A fração presente como NH3 (amônia) e NH4 (amônio) geralmente 
representa baixa porcentagem (CONN & STUMPF, 1975; MENGEL & KIRKBY, 1987). 
Nitrogênio no Solo 
A quantidade de Nitrogênio suprida pela maioria dos solos é pequena, muito pouco é encontrado nas rochas 
e minerais. Muito do Nitrogênio do solo vem da matéria orgânica. A matéria orgânica libera o Nitrogênio 
lentamente, sendo a taxa controlada por fatores como temperatura, umidade e textura. Um dos produtos 
da decomposição da matéria orgânica, mineralização é o termo correto, é o amônio, que pode ser retido 
pelo solo, absorvido pelas plantas ou convertido em nitrato. O nitrato pode ser usado pelas plantas, lixiviado 
para fora da zona das raízes ou convertido a Nitrogênio gasoso (N2) e perdido para a atmosfera. 
 Fontes de Nitrogênio 
 Uréia - CO(NH2)2 - 45% N 
Principal fonte de N usada na agricultura brasileira, utilizada principalmente em aplicação no solo 
preferencialmente incorporada para evitar perdas de N. Pode ser aplicada em pulverização foliar em baixas 
concentrações a fim de evitar injúrias nas plantas (teor de biureto inferior a 0,3 %). 
 Sulfato de Amônio - (NH4)2SO4 - 21% N; 24% S 
Fertilizante recomendado em solos que apresentam baixos níveis N e S, possui vantagem de apresentar 
menores perdas por lixiviação devido sua fonte de N ser amoniacal. 
 Nitrato de Amônio - (NH4)+(NO3) - 
O nitrato de amônio é obtido através da neutralização do ácido nítrico pela adição de hidroxido de amonio, 
ou ainda pode ser preparado com nitrato de sódio e hidróxido de amônio. 
O Nitrato de Amônio (NH4 NO3) possui em média 34% de Nitrogênio, é um produto sólido, perolado ou 
granulado, contém um radical nítrico e outro amoniacal, muito usado na agricultura por possuir menor 
volatilização e acidificação do solo, se adapta bem às misturas NPK e muito adequado para fertirrigação. 
Foi o fertilizante nitrogenado mais utilizado no mundo até o fim dos anos 80, onde teve seu consumo 
reduzido devido ao aumento no controle de sua venda, uma vez que é a matéria-prima principal para a 
fabricação de Anfos (amonium-nitrate, fuel-oil) (FRANCO et al., 2007). O Nitrato de Amônio, dentre as fontes 
nitrogenadas mais usadas, é a que apresenta menor índice de acidez no solo, em número de 62, ou seja, 
para cada 100 kg de Nitrato de Amônio é necessário 62 kg de Carbonato de Cálcio para neutralizar a acidez 
no solo (SOUZA & LOBATO, 2004). 
 Nitrato de Potássio - KNO3 - 13% N; 45% K2O 
Fertilizante utilizado em soluções nutritivas para culturas hidropônicas, e em pulverização foliar em culturas 
exigentes nesses nutrientes, com objetivo de aporte nutricional em fases fenológicas chave para incremento 
de produtividade/qualidade de frutos, fibras, sementes. 
 Nitrato de Cálcio - Ca(NO3)2 - 15% N; 19% Ca 
Fertilizante especialmente recomendado para preparo de soluções nutritivas destinadas ao uso em 
sistemas hidropônicos. 
 UAN/URAN - Nitrato de Amônia + Uréia - 40% N 
Fertilizante liquido contendo N nas formas Amídica, Nítrica e Amoniacal, recomendado principalmente em 
pulverização foliar no intuito de aumentar a concentração de N nas culturas em momentos de maior 
demanda pelas plantas. 
 MAP - Monoamônio Fosfato - 10/17% N; 50/52% P2O5 
Fertilizante usado em aplicação no solo em mistura com outros fertilizantes. Possui característica ácida 
quando reage com o solo, podendo afetar sobrevivência das bactérias fixadoras de N, não sendo 
recomendado em áreas de primeiro ano de semeadura de soja. 
Fósforo 
Contribui para aumentar a resistência da planta a algumas doenças, ajuda a cultura a suportar baixas 
temperaturas e a falta de umidade acelera a maturação e protege o solo mediante melhor cobertura 
vegetal.As plantas absorvem o Fósforo do solo, especificamente da solução do solo. Somente pequenas 
quantidades de Fósforo estão presentes na solução do solo, porém, o suprimento deve ser continuamente 
reabastecido pela liberação de Fósforo dos minerais e da matéria orgânica. O pH do solo, ou a acidez, tem 
grande influência na disponibilidade de Fósforo para as plantas e determina as formas que elas podem 
utilizá-lo 
Funções do Fósforo 
O Fósforo promove a formação inicial e o desenvolvimento da raiz, o crescimento da planta; acelera a 
cobertura do solo para a proteção contra a erosão; afeta a qualidade das frutas, dos vegetais e dos grãos, 
e é vital para a formação da semente.O uso adequado de P aumenta a eficiência da utilização de água pela 
planta (resultando em menos perdas) bem como a absorção e a utilização de todos os outros nutrientes, 
venham eles do solo ou do adubo. 
Fósforo nas Plantas 
O Fósforo é um componente vital no processo de conversão de energia solar em alimento, fibra e óleo pelas 
plantas, ele desempenha função chave na fotossíntese, no metabolismo de açucares, no armazenamento 
e transferência de energia, na divisão e na transferência da informação genética. Promove a formação 
inicial e o desenvolvimento das raízes, e o crescimento das plantas, acelera a cobertura do solo, afeta a 
qualidade das frutas, dos vegetais e dos grãos, e é vital para a formação da semente. 
O uso adequado de Fósforo aumenta a eficiência da utilização da água pela planta bem como a absorção 
e utilizações de todos os outros nutrientes, venham eles do solo ou do adubo. Contribui para aumentar a 
resistência das plantas a algumas doenças. Ajuda a cultura a suportar baixas temperaturas e a falta de 
umidade acelera a maturação e protege o solo mediante melhor cobertura vegetal. 
As folhas saudáveis da soja seguem o rastro do sol durante o dia para absorver a quantidade máxima de 
luz, enquanto folhas com deficiência de P dirigem as margens das folhas em direção ao sol para absorverem 
quantidades mínimas de luz. 
Dentro da célula, a informação genética na forma de DNA e moléculas de RNA contém Fósforo como um 
componente estrutural integrante, estas importantes moléculas constituem a informação genética da planta 
e guiam a síntese de proteínas que se dá dentro das células. 
Fósforo no Solo 
As plantas absorvem o Fósforo do solo, especificamente da solução do solo. 
Somente pequenas quantidades de Fósforo estão presentes na solução do solo, porém, o suprimentodeve 
ser continuamente reabastecido pela liberação de Fósforo dos minerais e da matéria orgânica. 
O pH do solo, ou a acidez, tem grande influência na disponibilidade de Fósforo para as plantas e determina 
as formas que elas podem utilizá-lo. Todo o Fósforo é absorvido pelas raízes como íon ortofosfato, H2PO4. 
O Fósforo da matéria orgânica só se torna disponível quando os microrganismos do solo "quebram" a 
matéria orgânica em formas simples, liberando 
os íons fosfatos inorgânicos. 
 Fontes de Fósforo 
 Super Fosfato Triplo - SFT/STP; 45% P2O5; 12%Ca 
Fertilizante usado em aplicação no solo (sulco ou lanço) na forma granulada ou mistura de grânulos com 
outros nutrientes, sendo recomendado em solos com teor adequado de Enxofre, e/ou muito baixo de 
Fósforo. 
 Super Fosfato Simples - SFS/SSP; 18% P2O5; 20% Ca; 12% S 
Fertilizante usado em aplicação no solo (sulco ou lanço), na forma granulada ou mistura de grânulos com 
outros nutrientes, sendo recomendado em solos deficientes em Enxofre. 
 Termofosfatos - (Yoorin); 19% P2O5 Total sendo 17,4% sol. Ac. cítrico; 30% CaO; 18% MgO 
Os Termofosfatos são definidos como fertilizantes resultantes de tratamento térmico de rochas fosfatadas 
com ou sem adição de outros materiais (silicato de magnésio), tratamento este que visa converter o Fósforo 
de modo disponível nos vegetais. No caso de Termofosfato Magnesiano, é necessário adição de 
componentes magnesianos e sílicos. 
Fertilizantes recomendados principalmente em solos com teor médio a adequado de Fósforo, com 
característica de liberação gradativa do mesmo para as plantas. Devido a seu índice de basicidade auxilia 
na correção da acidez do solo e adição de nutrientes importantes nos cultivos como Cálcio e Magnésio. 
 MAP Purificado - Monoamônio Fosfato - 11% N; 60% P2O5 
Fertilizante usado em aplicação foliar visando aporte principalmente de Fósforo em momentos chaves das 
culturas e em áreas de abertura onde os níveis de Fósforo normalmente são baixos e mesmo com adubação 
de base correta, a aplicação pontual em determinadas fases pode trazer incrementos em produtividade 
Potássio 
O Potássio é um nutriente mineral essencial para plantas e animais. Ele é o terceiro mineral mais abundante 
em nossos corpos, excedido somente pelo Cálcio e pelo Fósforo. Nem animais nem plantas podem 
sobreviver sem um suprimento adequado de Potássio e seus efeitos são reais. 
 
Funções do Potássio 
Ele é importante para ativação enzimática, uso eficiente da água, fotossíntese, transporte de açúcares, 
água e movimento de nutrientes, síntese de proteínas, formação de amido e qualidade da cultura. 
 
Potássio nas Plantas 
O teor de Potássio nas plantas só é inferior, em geral, ao de Nitrogênio. Os teores são elevados nas folhas 
e mesmo nas partes colhidas, com exceção de grãos amiláceos. Em plantas com elevado teor de água, 
como batatinha, mandioca, laranja e cana de açúcar, mesmo baixos, são importantes devido a grande 
massa colhida por área. 
O Potássio é absorvido como K+ pelas plantas e o nutriente se mantém nesta forma, sendo o mais 
importante cátion na fisiologia vegetal. Não fazendo parte de compostos específicos, a função do Potássio 
não é estrutural. Destacam-se o papel de ativador de funções enzimáticas e de manutenção da turgidez 
das células. 
O Potássio é extremamente móvel na planta, ocorrendo transporte a longas distâncias. É comum o Potássio 
de folhas velhas ser distribuído para folhas novas. Órgãos novos das plantas são supridos 
preferencialmente e, assim tecidos meristemáticos e frutos novos têm altos teores de Potássio. 
 
Potássio no Solo 
O Potássio é um elemento muito abundante nas rochas e no solo. Os teores totais, em solos bem nutridos, 
podem superar 1%. Grande parte desse Potássio encontra-se em minerais que contém o elemento nas 
estruturas cristalinas. Os minerais primários portadores de Potássio mais importantes encontrados em 
rochas ígneas são os feldspatos e dois tipos de micas (muscovita e biotita). 
O intemperismo do material de origem e o grau de intemperismo do próprio solo afetam os minerais e, 
conseqüentemente, as formas e as quantidades de Potássio existentes no solo. Os feldspatos são 
facilmente intemperizáveis seguidos da biotita, sendo a muscovita a mais persistente nos solos, 
principalmente nas frações de dimensões de silte (limo) ou acima. 
O importante desses minerais é que o Potássio neles contido pode participar da nutrição de plantas, quer 
seja através da liberação de Potássio, quer seja através da fixação do elemento em forma não disponível. 
Além do Potássio estrutural dos minerais, o nutriente ocorre no solo na forma de cátion trocável e na solução 
do solo, sempre como íon K+, que é também a forma de ocorrência em minerais. Os teores trocáveis em 
geral pouco representam em relação aos teores totais, contudo, em solos muito intemperizados de diversas 
regiões brasileiras, eles podem ser a mais importante reserva de Potássio disponível. 
 
Fontes de Potássio 
 Cloreto de Potássio - KCl - 60% K2O 
Principal fonte Potássio usada no mundo, é recomendado para aplicação no solo (sulco ou cobertura), 
juntamente com os nutriente N e P. 
 Nitrato de Potássio - KNO3 - 13% N; 45% K2O 
Fertilizante utilizado em soluções nutritivas para culturas hidropônicas, e em pulverização foliar em culturas 
exigentes nesses nutrientes, com objetivo de aporte nutricional em fases fenológicas chaves para 
incremento de produtividade/qualidade de frutos, fibras, sementes. 
 Sulfato de Potássio - K2SO4 - 50% K2O; 17% S 
Fertilizante utilizado em aplicações no solo, para culturas de maior valor agregado ou com alta sensibilidade 
ao Cl presente no KCl, e em soluções nutritivas para fertirrigação ou hidroponia. Devido ao conteúdo de 
Enxofre, auxilia no fornecimento também desse macronutriente secundário. 
Cálcio 
Esse nutriente essencial, classificado como macronutriente secundário na legislação brasileira de 
fertilizantes, tem um grande papel a desempenhar no processo de formação da colheita. Muitas vezes, 
porém, nos programas de fertilidade preparados para muitas culturas de alta produção e alta qualidade, 
não se pensa nele. Existem exceções. Plantadores de amendoim e de algodão, por exemplo, dão ênfase a 
uma boa nutrição com Cálcio, pois existe o entendimento das contribuições do Cálcio para a fertilidade e 
para as culturas sob manejo intensivo ou estresse (falta d'água, salinidade). 
Funções do Cálcio 
Estimula o desenvolvimento das raízes, aumenta a resistência a pragas e doenças; auxilia a fixação 
simbiótica de Nitrogênio; promove maior pegamento das floradas. 
 
Cálcio nas Plantas 
O Cálcio é vital para várias funções das plantas, ajuda a converter o N-nitrato (N-NO?) em formas 
necessárias para a formação da proteína, ativa um grande número de sistemas enzimáticos que regulam o 
crescimento da planta. É necessário para a formação da parede celular e para a divisão normal da célula. 
O Cálcio, junto com o Magnésio e o Potássio, ajuda a neutralizar os ácidos orgânicos na planta e contribui 
para aumentar a resistência às doenças. 
Cálcio no Solo 
O Cálcio contribui para a formação da fertilidade do solo, pois, desloca o Hidrogênio (H) da superfície das 
partículas do solo quando o calcário é adicionado para reduzir a acidez. Também é essencial para os 
microorganismos que transformam os restos de cultura em matéria orgânica, libertam os nutrientes e 
aumentam a estrutura e a capacidade de retenção de água dos solos. 
O Cálcio ajuda a bactéria Rhizobium a fixar melhor o Nitrogênio atmosférico em formas que as plantas 
leguminosas podem utilizar e também aumenta a absorção de todos os outros nutrientes pelas raízes e o 
seu transporte para os outros órgãos da planta (caule, ramos, folhas, frutos). 
 Fontes de Cálcio 
O Cálcio é o quinto elemento em abundância na crosta terrestre. Não é encontrado em estado nativo na 
natureza, estando sempre como constituinte de rochas ou minerais, como as que contém carbonatos 
(mármore,calcita, calcário e dolomita) e sulfatos (gipso, alabastro), fluorita (fluoreto), apatita (fluorfosfato 
da cálcio) e granito (rochas silicatadas). 
FONTE Ca % 
Corretivos 
Calcário calcítico 32-38 
Calcário magnesiano 28-30 
Calcário dolomítico 15-25 
Cal extinta 52-54 
Gesso agrícola 22 
Fertilizantes Fosfatados 
Fosfato Natural 28 
Superfosfato simples 18 
Superfosfato triplo 10 
Termofosfato 20 
Outras 
Cloreto de cálcio 25 
Nitrato de cálcio 18 
 
Magnésio 
O Magnésio é um elemento químico de símbolo Mg, de número atômico 12 (12 prótons e 12 elétrons), com 
massa atómica 24 u. É um metal alcalino-terroso, pertencente ao grupo (ou família) 2. Os compostos de 
Magnésio, principalmente seu óxido, são usados como material refratário em fornos para a produção de 
ferro e aço também na agricultura, indústrias químicas e de construção. 
O Magnésio é o sexto elemento mais abundante na crosta terrestre. Não é encontrado livre na natureza, 
porém entra na composição de mais de 60 minerais, sendo os mais importantes, Dolomita, Calcita, Apatita 
e Biotita. 
 
Funções do Magnésio 
Colabora com o fósforo, é essencial para a fotossíntese e para o balanço de cátions na planta. 
ESTRUTURAL CONSTITUINTE OU ATIVADOR DE ENZIMAS PROCESSOS 
 Hexoquinase 
Glicose+ ATP = glicose -6- + ADP 
Enolase 
2-P glicerato = P enolpiruvato + P 
- Sínteses orgânicas 
- Balanço eletrolítico 
- Estabilidade dos ribossomos 
Desidrogenase isocítrica 
Isocitrato + NAD(P) = oxalosuccinato + 
NAD(P)H 
Descarboxilase de piruvato 
Piruvato à acetaldeído + CO2 
Carboxilase de ribulose 1,5-2P 
Ribulose-1,5-2P + CO2 = 2,3-P glicerato 
Sintetase de fosfopiruvato 
Piruvato + ATP + P = fosfoenolpiruvato + 
AMP + PP 
Sintetase de glutamilo 
Glutamato + NH? = Glutamina 
Transferase de glutamilo 
Glutamina + NH2OH (NH?) = glutamato 
hidroxamato 
(+ NH?) 
 
Magnésio nas Plantas 
Algumas espécies de plantas são mais exigentes em Magnésio que outras. Leguminosas forrageiras e 
gramíneas, algodão, dendê, milho, batata, citros, cana-de-açúcar e tabaco precisam de grande quantidade 
de Magnésio. 
Algumas variedades e híbridos de culturas tais como milho, soja, lespedeza, algodão e aipo podem requerer 
mais Magnésio que outras. 
Regra geral: em muitas culturas o teor crítico de Magnésio, isto é, o nível abaixo do qual a produção cai, na 
matéria seca é da ordem de 0,2-0,3%. 
 
Magnésio no Solo 
Na crosta terrestre existe cerca de 1,9% de Magnésio, grande parte na forma de minerais. Parte do 
Magnésio se torna disponível à medida que os minerais são intemperizados, um processo lento. 
O Magnésio pode ser adicionado aos solos deficientes pela aplicação de fertilizantes que contém o 
elemento ou através do calcário dolomítico. A disponibilidade de Magnésio frequentemente é relacionada 
ao pH: pesquisas tem mostrado que a disponibilidade de Magnésio nas plantas diminui a baixos pHs e a 
altos pHs. Em solos ácidos, com baixo pH (pH abaixo de 5,8), o excesso de Hidrogênio e o Alumínio 
influenciam a disponibilidade de Magnésio e sua absorção pelas plantas. A altos pHs (acima de 7,4), o 
excesso de Cálcio impede a absorção de Magnésio pelas plantas. 
 
Fontes de Magnésio 
FONTE Mg % 
Corretivos 
Calcário calcítico 2 
Calcário magnesiano 3 - 7 
Calcário dolomítico > 7 
Fertilizantes Fosfatados 
Multifosfafo magnesiano 3,5 
Outras 
Óxido de magnésio 50 
Sulfato Duplo de Potássio e 
Magnésio 
11 
Sulfato de Magnésio 9 
Nitrato de Magnésio 9,3 
 
 
Enxofre 
O Enxofre é matéria prima em inúmeras indústrias de diversos segmentos da economia. Podemos encontrá-
lo na temperatura ambiente no estado sólido. 
O Enxofre é muito importante na indústria sendo utilizado em diversas aplicações e sem ele seria difícil a 
manutenção da vida na Terra. Isto ocorre porque está presente nos organismos vivos, sendo fundamental 
em muitos aminoácidos. Sem o Enxofre teríamos dificuldade até para produzir alimentos já que ele é usado 
em fertilizantes. O Enxofre também é importante na produção de pólvora, de medicamentos e de inseticidas. 
 
Funções do Enxofre 
Estimula o desenvolvimento vegetativo e a frutificação, aumenta o teor de óleos, gorduras e proteínas, 
participando na fixação do N atmosférico. 
 
Enxofre nas Plantas 
O Enxofre é reconhecido, junto com Nitrogênio, Fósforo e Potássio, como um nutriente-chave necessário 
ao desenvolvimento da cultura. 
O Enxofre é exigido para a formação de aminoácidos e de proteínas, para a fotossíntese e para a resistência 
ao frio. As deficiências de enxofre são freqüentemente confundidas com as de Nitrogênio. 
Os sintomas de deficiência de Enxofre aparecem como: 
 crescimento raquítico das plantas; 
 amarelecimento geral das folhas. 
Em situações de deficiência menos severa, os sintomas visuais não são aparentes, mas a produção e a 
qualidade serão afetadas. As concentrações de Enxofre na matéria seca das plantas podem variar entre 
0,2 e até mais de 1,0%. 
A batatinha e muitas outras hortaliças necessitam de grandes quantidades de Enxofre e produzem melhor 
quando esse elemento faz parte do programa de adubação. As leguminosas como o feijão, a soja, a ervilha 
e as forrageiras exigem Enxofre para a nodulação, a fixação de Nitrogênio do ar e a produção. 
 
Respostas de Culturas Brasileiras ao Enxofre 
CULTURA AUMENTO DE PRODUÇÃO (%) 
Algodão 37 
Arroz 16 
Café 41 
Cana 11 
Citros 18 
Colonião 21 
Colza 51 
Feijão 28 
Milho 21 
Repolho 9 
Soja 24 
Sorgo 10 
Trigo 26 
 
Enxofre no Solo 
O Enxofre é fornecido à planta pela matéria orgânica e por minerais do solo. Com freqüência, porém, está 
presente em quantidades insuficientes e não se encontra disponível nas épocas em que é exigido para 
satisfazer as necessidades de culturas altamente produtivas. 
A maior parte do Enxofre do solo está fixada na matéria orgânica e ele só pode ser usado pelas plantas 
quando convertido na forma de sulfato (SO4) pelas bactérias do solo. Este processo é conhecido como 
mineralização. O sulfato é móvel no solo e pode ser lixiviado fora da zona radicular em alguns solos sob 
condições de alta pluviosidade. Quando o solo começa a secar, o sulfato, juntamente com o nitrato, pode 
subir em direção à superfície à medida que a água se evapora. 
Devido a essa mobilidade do Enxofre disponível (sulfato), a análise do solo nem sempre pode fornecer 
informações seguras sobre a capacidade que o solo tem para fornecê-lo às culturas. A análise do tecido da 
planta, particularmente das folhas, pode dar uma indicação melhor da necessidade de Enxofre. 
 
Fontes de Enxofre 
Estima-se que o Enxofre seja o nono elemento mais abundante no planeta. Geralmente pode ser 
encontrado como Sulfetos, Sulfatos e mesmo como Enxofre elementar. Depois do Oxigênio e do Silício é o 
constituinte mais abundante dos minerais. 
Como o Enxofre livre na natureza ocorre principalmente em depósitos vulcânicos ou sedimentares, 
encontram-se também nos carvões, petróleo e gás natural, sob a forma de compostos orgânicos. 
O Brasil consome cerca de 1,6 milhões de toneladas anuais de Enxofre elementar, importando 90% desse 
total devido a pequena produção nacional. 
FONTE S % 
Sulfato de Amônio 23 
Super Fosfato Simples 12 
Gesso agrícola 17 
Enxofre elementar 30 - 99 
 
Boro 
Este micronutriente está presente em diversos minerais, na forma de boratos ou borossilicatos, há maior 
concentração de Boro em granitos do que em basaltos. A forma iônica absorvida pelas plantas é H3BO3. 
 
Funções do Boro 
 Germinação do grão de pólen e crescimento do tubo polínico; 
 Maior pegamento da florada; 
 Aumento da granação; 
 Menor esterilidade masculina e chocamento dos grãos; 
 Colabora com o Cálcio na formação adequada da parede celular. 
ESTRUTURAL CONSTITUINTE OU ATIVADOR DE ENZIMAS PROCESSOS 
Complexos cis com difenóis, carboidratos 
e açúcares-P 
ATPases de membranas celulares (?) 
ATP=ADP + P Sintetase de glicânico 
UDPG + R = UDP+ R -G 
 
- Absorçãoiônica 
- Transporte de carboidratos 
- Síntese de lignina celulose 
- Síntese de ácidos nucléicos e proteínas 
 
Boro nas Plantas 
Nas plantas o Boro é responsável por desenvolver raízes, metabolizar carboidratos, transportar açúcares, 
fazer a síntese de ácidos nucléicos (DNA e RNA), de fito hormônios, formar paredes celulares e divisão 
celular. 
 
Boro no Solo 
A disponibilidade do Boro é adequada entre pH 6 e 7, diminuindo em valores abaixo ou acima dessa faixa, 
tal como acontece com os elementos Nitrogênio e Enxofre. Grande parte do Boro total do solo está presa 
a matéria orgânica, sendo liberada após mineralização, para solução do solo, e a partir daí uma parte pode 
novamente ser absorvida pelas raízes das plantas, outra perdida por lixiviação. 
 
Fontes de Boro 
O Boro é encontrado nas rochas sedimentares marinhas e perto de vulcões. É muito utilizado pelos 
trabalhadores de vidros e de cerâmica, detergentes, extintores de incêndio, ligas metálicas. 
A água é uma fonte de Boro, dependendo da sua origem. As maiores fontes, além da água, são as frutas, 
legumes, castanhas de plantas dicotiledôneas e, em menor quantidade, grão e cereais (plantas 
monocotiledôneas). Outras fontes de Boro como o Bórax, o Solubor e o Ácido Bórico são fertilizantes 
solúveis em água, enquanto a Colemanita é medianamente solúvel e a Ulexita é insolúvel em água. A 
solubilidade em água é um fator determinante da eficiência agronômica no curto prazo, para aplicação 
localizada no sulco e produtos na forma granulada. 
FONTE B % 
Octaborato de Disódico 
Tetrahidratado 
21 
Pentaborato de Sódio 
Decahidratado 
18 
Ácido Bórico 17,5 
Bórax 10,5 
Bórax Pentahidratado 13 
Colemanita 8 
Ulexita 10 
Ulexita Calcinada 15,5 
Hidroboracita 7 
Ferro 
O Ferro ocorre nos solos na forma de óxidos primários como a hematita e magnetita. Com o intemperismo, 
os óxidos e hidróxidos de Ferro aumentam nos solos. 
A deficiência pode ocorrer mesmo em solos com elevados conteúdos de Ferro, pois pequena proporção 
permanece solúvel. A forma iônica absorvida pelas plantas é Fe 2+. 
Os sintomas de deficiência são evidenciados pela presença do verde muito claro nas folhas, com estreita 
faixa verde ao redor das nervuras, inicialmente nas folhas mais novas. Folhas com aparência de vidro, 
transparentes e retorcidas (vitrificação). 
Funções do Ferro 
Fixação de Nitrogênio 
ESTRUTURAL CONSTITUINTE OU ATIVADOR DE ENZIMAS PROCESSOS 
Constituinte - Heme Peroxidase 
Quelados (com ácidos di e tricarboxílicos) 
Fitoferritina (com P) 
AH2 + H2O2 = A + 2H2O 
 
 
Ferro nas plantas 
Ele é essencial para síntese de proteínas e ajuda a formar alguns sistemas respiratórios enzimáticos, tem 
funções na respiração da planta, na fotossíntese e na transferência de energia. 
Sintomas de deficiência de Ferro aparecem primeiro nas folhas mais novas, na parte superior da planta, na 
ponta dos ramos (cacau, café, citros) ou na sua base (coco, dendê) porque ele não se transloca, isto é, 
permanece quase todo no órgão em que primeiro se acumulou. A deficiência severa pode tornar a planta 
inteira amarelo-esbranquiçado. Às vezes, a deficiência de Fe é difícil de ser identificada porque os efeitos 
podem ser mascarados pela deficiência de outro nutriente ou pelo desequilíbrio nutricional. Doenças, 
infestações de insetos ou dano por herbicidas podem ser diagnosticados incorretamente como deficiência 
de Fe (ou outro nutriente). Análises de solo, de planta, o passado histórico e outras informações de cultivo 
podem ajudar na separação das deficiências verdadeiras das de outras doenças. 
Ferro no Solo 
A maior parte dos solos contém milhares de quilos de Ferro, 200.000 Kg por hectare ou mais. Mesmo com 
todo esse ferro, normalmente muito pouco está disponível para o desenvolvimento da cultura; assim, as 
deficiências não são raras em muitas regiões. Existem vários fatores do solo que influenciam a 
disponibilidade de Ferro: 
• Ph do solo 
Mais disponível quando o pH é maior que 6,0; 
Diminuição rápida à medida que o pH atinge 7,0 ou mais. A calagem de solos ácidos é necessária para a 
ótima produção da cultura, mas em excesso pode induzir à deficiência de Fe. 
• Matéria orgânica 
Solos ricos em matéria orgânica são aqueles mais provavelmente pobres em Ferro e onde as deficiências 
são bastante comuns, particularmente quando encharcados. 
• Equilíbrio Nutricional 
O equilíbrio nutricional é um fator importante na determinação da disponibilidade de Ferro. O equilíbrio entre 
Ferro, Cobre (Cu), Manganês (Mn) e Molibdênio (Mo) é particularmente importante. Níveis excessivos de P 
no solo podem induzir a uma de deficiência de Ferro. Deve-se dar especial atenção ao Ferro em solos com 
pH alto e que também têm alto teor de P. 
• Outros fatores do solo 
A combinação de fatores de solo, incluindo calagem elevada, frio, condições de umidade e níveis altos de 
bicarbonato, pode levar à deficiência de Ferro. Isto é especialmente crítico em culturas sensíveis ao Ferro, 
tais como: sorgo (grãos) e árvores frutíferas. A deficiência também é comum nos viveiros de cacau e café 
em que os saquinhos contêm substrato rico em matéria orgânica, são feitas muitas regas e entra pouco 
sol. 
Fontes de Ferro 
O ferro pode existir na água da torneira no estado iónico correcto (Fe ++) mas oxida-se rapidamente numa 
forma não utilizável pelas plantas. Para evitar esse fenômeno, podem usar-se misturas de compostos com 
Ferro. Essas misturas evitam que o ferro se oxide, facilitando a sua assimilação pelas plantas. A 
concentração de ferro deve ser inferior a 0,2 ppm. 
 
FONTE Fe % 
Sulfato Ferroso 19 
Sulfato Férrico 23 
Sulfato Férrico 19 
Óxido Ferroso 77 
Óxido Férrico 69 
Fosfato Ferroso Amoniacal 29 
Sulfato Ferroso Amoniacal 14 
Polifosfato de Ferro e Amônio 22 
 
Manganês 
Os óxidos e sulfetos de Manganês são as formas mais comuns nos solos. A forma iônica absorvida pelas 
plantas é Mn2+. Atua na síntese da clorofila, e participa do metabolismo energético. 
A deficiência leva a diminuição da fotossíntese e da produtividade, o que acarreta no aparecendo de 
manchas cloróticas entre as nervuras das folhas superiores. A clorose fica generalizada quando a 
deficiência é acentuada. 
Funçoes do Manganês 
Aumenta a resistência a algumas doenças (mal-do-pé no trigo, por exemplo). Função similar a do Magnésio, 
participa na fotossíntese e síntese de clorofila. 
ESTRUTURAL CONSTITUINTE OU ATIVADOR DE ENZIMAS PROCESSOS 
 Sintetase de glutatione 
Ver potássio 
 
- Absorção iônica 
- Fotossíntese 
- Controle hormonal 
- Síntese de proteínas 
- Resistência a doenças 
Ativação da metionina 
Metionina + ATP = S-adenosil metionina + 
P 
ATPases 
ATP + H2O = ADP + P 
Quinase pirúvica 
Ver magnésio 
 
Desidrogenase isocítrica 
Ver magnésio 
Descarboxilase pirúvica 
Ver magnésio 
Pirofosforilase 
UDPG + PP = UTP + glicose-1-P 
Sintetase de glutamilo 
Ver magnésio 
Transferase de glutamilo 
Ver magnésio 
Enzima málica 
Piruvato + CO2 + NADPH+ = malato + 
NADP+ 
Oxidase de ácido indolil acético 
AIA + O2 = indolaldeído metilenoindol 
 
Manganês nas Plantas 
O Manganês funciona principalmente como parte dos sistemas enzimáticos da planta. Tem vários 
processos importantes como a fotossíntese e a conversão do N-nitrato em forma que a planta usa para 
fazer aminoácidos e proteínas. 
A síntese de clorofila - o pigmento verde típico das plantas superiores - depende do Manganês. Por causa 
desta função, os sintomas de deficiência de Manganês geralmente envolvem amarelecimento da folha ou 
clorose. 
 
Manganês no Solo 
O Manganês faz parte da lista dos micronutrientes (ao lado do B, Cl, Co, Cu, Fe, Mo, Ni, Se e Si), ou seja, 
dos elementos exigidos em pequenas proporções. Este fato, porém, não está relacionado à sua abundância 
relativa nos solos ou a sua importância como nutriente da planta. Quantidades relativamente grandes de 
Manganês podem ocorrer nos solos, mas somente uma pequena fração normalmenteestá disponível a 
qualquer hora. 
 
Fontes de Manganês 
FONTE Mn % 
Sulfato Manganoso 26-28 
Óxido Manganoso 1-68 
Carbonato Manganoso 31 
Cloreto Manganoso 17 
Óxido Manganoso 63 
 
Zinco 
Está presente em diversas rochas básicas e ácidas, em compostos como sulfetos, carbonatos, silicatos e 
fosfatos. Participa da síntese do aminoácido triptofano, componente de hormônio do crescimento. A sua 
deficiência afeta o crescimento de ramos e folhas, sendo assim, plantas deficientes em Zinco são menores, 
raquíticas e com internódios curtos, com cloroses internervais. 
O Zinco é fundamental para a síntese das proteínas, desenvolvimento das partes florais, produção de grãos 
e sementes e maturação precoce das plantas. 
 
Funções do Zinco 
Estimula crescimento e frutificação. Essencial na síntese do Triptofano, precursor do AIA - hormônio do 
crescimento. Componente de várias enzimas, além de influenciar na permeabilidade das menbranas. 
ESTRUTURAL CONSTITUINTE OU ATIVADOR DE ENZIMAS PROCESSOS 
. Constituinte 
Anidrase carbônica 
CO2+H2O= H2CO3 
- Respiração 
- Controle hormonal 
- Síntese de proteínas 
Isomerase de fosfomanose 
Manose-6-P= Frutose-6-P 
Desidrogenase Láctea 
Lactato+NAD+ = Piruvato+NADH+ H+ 
Desidrogenase alcoólica 
Etanol + NAD+ = acetaldeído+NADH + H+ 
Aldolase 
Frutose-1,6-2P= gliceraldeído-P+ 
dihidroxiacetona-P 
Desidrogenase glutâmica 
Glutamato + NAD+ + H2O = 
alfacetoglutarato + NADH+ + NH4+ 
Carboxilase pirúvica 
Piruvato + ATP + CO2 = oxaloacetato + 
ADP + P 
Sintetase de triptofano 
Indol + serina = triptofano 
Ribonuclease 
RNA + H2O = nucleotídeos 
 
Zinco nas Plantas 
O Zinco é essencial para muitos sistemas enzimáticos da planta, pois controla a produção de importantes 
reguladores de crescimento que afetam o novo crescimento e o desenvolvimento. Um dos primeiros 
indicadores da deficiência de Zinco é o crescimento raquítico das plantas, resultado da diminuição dos 
reguladores de crescimento. 
Os sintomas de deficiência de Zinco incluem: 
- plantas raquíticas; 
- áreas verde-claras entre as nervuras das folhas novas; 
- folhas menores (folhas pequenas); 
- internódios curtos (roseta); 
- largas faixas brancas em cada lado da nervura central do sorgo e do milho. 
 
Zinco no Solo 
Solos deficientes em Zinco são muito comuns em todo o Brasil - do Oiapoque ao Chuí, passando por todo 
o cerrado do Planalto Central. Além disso, a disponibilidade já baixa do Zinco devido à pobreza original 
pode diminuir ainda mais pela aplicação de doses pesadas de calcário. Com o aumento do pH, o Zinco é 
convertido no solo em formas menos aproveitáveis pelas culturas. 
As deficiências de Zinco tendem a ocorrer nos períodos iniciais de desenvolvimento, quando os solos estão 
quentes e úmidos. Isto ocorre devido ao lento crescimento radicular comparado ao rápido crescimento da 
plântula. O sistema radicular, crescendo lentamente, é incapaz de absorver Zinco suficiente para suprir a 
plântula. 
Algumas vezes as plantas, ao crescer, parecem superar a deficiência, entretanto, o prejuízo já foi feito e a 
colheita será reduzida. Muito do Zinco disponível no solo está associado à matéria orgânica na superfície 
do solo. O nivelamento do solo, o cultivo e a erosão podem causar deficiência de Zinco nas culturas pela 
exposição do subsolo com baixa qualidade de matéria orgânica, baixo teor de Zinco ou com alto pH. 
 
Fontes de Zinco 
FONTE Zn % 
Sulfato Zn Monohidratado 35 
Sulfato Zn Heptahidratado 21 
Óxido Zinco 20-80 
Carbonato Zinco 52 
Sulfeto de Zinco 67 
Fosfato de Zinco 51 
Cloreto de Zinco 25 - 27 
Nitrato de Zinco 12 
 
Cobre 
Ocorre associado ao Enxofre na forma de sulfetos. A forma iônica absorvida pelas plantas é Cu²+. 
 
Funções do Cobre 
Aumenta a resistência a doenças; menor esterilidade masculina (cereais). Participação nos processos de 
fotossíntese, respiração, redução e fixação do Nitrogênio, distribuição de carboidratos e metabolismo de 
proteínas e da parede celular. 
ESTRUTURAL CONSTITUINTE OU ATIVADOR DE ENZIMAS PROCESSOS 
 Proteínas - anurina, estelacianina, 
umecianina, glicoproteínas 
Constituinte - Oxidase do ascorbato 
Ascorbato=dicetogliconato 
- Fotossíntese 
- Respiração 
- Regulação hormonal 
- Fixação de Nitrogênio 
(efeito indireto) 
Metabolismo de compostos secundários 
Prolifenol oxidase, cresolase, 
catecolase ou tisosinase 
O-difenol+O2 = O-quinona 
Lacase 
p-difenol e diaminas + O2 = p-quinoma 
Plastocianina 
e? à clorofila ou P700 
Oxidase de diamina 
Putrescina + O2 = aminoaldeído + H2O2 
Oxidase de citocromo 
cit.a + cit.a? + e?cit.a + cit. A? red. 
Carboxilase de ribulose difosfato 
Rul-1,5-2P + CO2 = 2,3-fosfogricerato 
 
Cobre nas Plantas 
As culturas diferem em sua resposta ao Cobre. Os cereais, os citros e a cana-de-açúcar são mais sensíveis 
aos baixos níveis de Cobre. O centeio é muito tolerante aos teores baixos. Nos cereais, a ordem de 
sensibilidade é geralmente a seguinte: trigo > cevada > aveia = milho > centeio. 
As diferenças entre variedades são também importantes e às vezes podem ser tão grandes quanto às 
diferenças entre espécies. 
A resistência de plantas às doenças fúngicas está relacionada com suprimento adequado de Cobre. O 
mesmo influi na uniformidade da florada e da frutificação e regula a umidade natural da planta, aumenta 
resistência à seca, é importante na formação de nós. 
 
Cobre no Solo 
As principais características que influenciam a disponibilidade de Cobre são as seguintes: 
 Matéria Orgânica: As deficiências são frequentemente encontradas em culturas localizadas em solos com 
muita matéria orgânica, como turfas e várzeas. O Cobre é preso pela matéria orgânica mais firmemente 
que qualquer outro micronutriente. 
 Textura: Os solos arenosos, como os tabuleiros do Nordeste, apresentam maior tendência para serem 
deficientes a Cobre que os argilosos. As argilas seguram o Cobre em forma trocável, disponível para as 
plantas. Outros componentes do solo, entretanto, como óxidos e carbonatos, diminuem a disponibilidade. 
 pH do solo: A disponibilidade do Cobre, tal como acontece com a do Ferro, do Manganês e do Zinco, diminui 
à medida que o pH aumenta, principalmente se passar de 6-7. O pH mais alto reduz a solubilidade e 
aumenta a força pela qual o Cobre é preso às argilas e à matéria orgânica, tornando-o menos disponível. 
O excesso de calcário pode causar falta de Cobre. 
 Balanço de nutrientes: A deficiência de Cobre é muitas vezes o resultado da interação negativa entre ele e 
os outros nutrientes do próprio solo ou do adubo. Assim, altos níveis de Nitrogênio agravam a deficiência. 
Excesso de Fósforo, Ferro, Zinco e Alumínio podem reduzir a absorção de Cobre. 
 
Fontes de Cobre 
FONTE Cu % 
Sulfato Cúprico 25 
Penta Hidratado 35 
Monohidratado 13-53 
Básicos 55 
Malaquita 89 
Óxido Cuproso 75 
Calcopirita 35 
Calcosita 80 
Amoniacal 32 
Acetato Cúprico 32 
Oxalato Cúprico 40 
Cloreto Cúprico 14 
 
Molibdênio 
Ocorre como sulfeto ou na forma de óxidos. A maior parte do Molibdênio presente no solo está em formas 
oclusas, no interior de minerais primários e secundários. O intemperismo desses minerais libera íons 
molibdato, cuja solubilidade aumenta em condições alcalinas, contrariamente ao que se observa com os 
outros micronutrientes metálicos (Cu, Fe, Mn e Zn). 
O Molibdênio tem um papel significativo para a fixação do Nitrogênio pelas bactérias, no caso das 
leguminosas e também atua na metabolização do Nitrogênio nas plantas. 
 
Funções do Molibdênio 
Fixação simbiótica de Nitrogênio. 
ESTRUTURAL CONSTITUINTE OU ATIVADOR DE 
ENZIMAS 
PROCESSOS 
 Constituinte - Redução do Nitrato 
- Fixação de Nitrogênio 
Redutase de Nitrato 
Ver ferro 
Nitrogenase 
Ver ferro 
 
Molibdênio nas Plantas 
O Molibdênio é necessário para a síntese e ativação (funcionamento) da redutase do nitrato, uma enzima 
que reduz o nitrato na planta. É também exigido para a fixação simbiótica do Nitrogênio pelasbactérias que 
vivem nos nódulos das raízes das leguminosas. 
Os sintomas de deficiência de Molibdênio consistem geralmente no amarelecimento das folhas mais velhas, 
diminuição no crescimento e possíveis necroses marginais. No caso das leguminosas, a falta de Molibdênio 
provoca sintomas de deficiência de Nitrogênio, pois diminui a fixação do mesmo e consequentemente a 
planta fica sem um nutriente essencial para sua sobrevivência. 
 
Molibdênio no Solo 
Ao contrário dos outros micronutrientes, a disponibilidade de Molibdênio no solo aumenta nos pHs mais 
altos. Os solos arenosos são mais aptos a apresentar deficiências de Molibdênio que os solos de textura 
mais fina. Adubações pesadas com Fósforo (P) aumentam a absorção de Molibdênio do solo pelas plantas, 
enquanto a adubação com Enxofre (S) reduz a absorção de Molibdênio e pode induzir a sua deficiência. 
 
Fontes de Molibdênio 
FONTE Mo % 
Molibdato de Sódio 39 
Molibdato de Amônio 54 
Trióxido de Molibdênio ou Óxido 
de Molibdênio 
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