Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
SUMÁRIO responsabilidade civil do estado 2 CONCEITO 2 Evolução da Responsabilidade civil do estado 2 Teoria da irresponsabilidade do estado 2 Responsabilidade com previsão legal 2 Responsabilidade Subjetiva (Teoria Civilista) 2 Teoria da culpa do serviço (faute du service) 2 Teoria da responsabilidade objetiva 3 RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO 4 Teorias da responsabilidade civil do estado 4 teoria do risco administrativo 4 TEORIA DO RISCO INTEGRAL 4 Agentes da responsabilidade civil 4 DANOS CAUSADOS POR AGENTES PÚBLICOS 5 CONDUTA E DANOS INDENIZÁVEIS 5 RESPONSABILIDADE EM CASO DE OMISSÃO 6 RESPONSABILIDADE OBJETIVA EM CASO DE OMISSÃO 6 EXCLUDENTES E ATENUANTES 7 Atenuante de responsabilidade 8 Responsabilidade do Agente Público 9 DIREITO DE REGRESSO 9 PRAZO PRESCRICIONAL 9 RESPOSABILIDADE EM ATOS LEGISLATIVOS E JUDICIAIS 9 Atos legislativos 9 Atos jurisdicionais 10 exercícios 11 Gabarito 14 RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO CONCEITO Apesar do estado gozar de prerrogativas especiais, baseada na Supremacia do Interesse Público sobre o Privado, a sua atuação imperativa sobre os cidadãos também enseja uma série de limitações, principalmente em relação aos danos causados pela sua atuação. Essa responsabilidade deriva do princípio da isonomia, uma vez que, mesmo em benefício da sociedade, a administração pública cause prejuízo a uma pessoa ou grupo de pessoas, estas deverão ser indenizadas propriamente pelo estado. EVOLUÇÃO DA RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO TEORIA DA IRRESPONSABILIDADE DO ESTADO Baseado na ideia de que “o rei nunca erra”, existia uma soberania sem direito à contestação pelos particulares frente a atuação estatal. RESPONSABILIDADE COM PREVISÃO LEGAL Situações específicas ensejavam responsabilidade estatal. Ainda imperava a irresponsabilidade como regra. RESPONSABILIDADE SUBJETIVA (TEORIA CIVILISTA) São necessários quatro elementos para se definir a responsabilidade estatal: Conduta ou Fato Dano Nexo causal. Elemento Subjetivo do Agente (dolo ou culpa) Na prática era quase impossível provar o elemento subjetivo do agente. TEORIA DA CULPA DO SERVIÇO (FAUTE DU SERVICE) Não é mais estritamente necessário provar o elemento subjetivo. Essa teoria se baseia na “Culpa Anônima”. Deve-se então provar que o serviço foi: Mal Prestado Prestado de Forma Ineficiente Prestado com Atraso Os elementos de conduta, dano e nexo se mantém. Podendo a conduta ser baseada em culpa anônima e sem a necessidade estrita de provar o elemento subjetivo do agente. TEORIA DA RESPONSABILIDADE OBJETIVA Para existir são necessários três fatores: Conduta ou Fato Dano Nexo causal. Não basta a presença de uma conduta e de um dano; é necessário que exista entre eles uma ligação, que é o chamado nexo causal (ou nexo de causalidade). Assim, o nexo causal é a demonstração de que o dano sofrido é consequência dessa conduta, sem a qual não teria ocorrido. Quando apenas esses três elementos forem suficientes para gerar o dever de indenizar (conduta, dano e nexo causal), estaremos diante da chamada responsabilidade objetiva. Importante mencionar que a responsabilidade do estado não necessita de um ato ilícito para se manifestar, podendo ensejar a responsabilidade estatal em atos totalmente lícitos. Importante: Para a Doutrina a conduta deve ser COMISSIVA! A conduta omissiva, em regra, resulta em responsabilidade subjetiva do estado. A responsabilidade subjetiva também exige a presença desses três elementos, contudo, além deles, é imprescindível a comprovação do dolo ou da culpa do causador do dano. O dolo ocorre quando o causador do dano tinha tal intenção, ele fez objetivando esse resultado ou assumindo o risco de produzi-lo. A culpa ocorre quando o causador não tinha a intenção de produzir tal dano, mas deu causa a ele em virtude de sua negligência, imprudência ou imperícia. Assim, a responsabilidade subjetiva exige que tal dano tenha sido causado por uma conduta dolosa ou culposa (o termo "culpa em sentido amplo" pode ser utilizado para referir- se ao dolo ou culpa, abrangendo ambos os conceitos). RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO Encontramos a base da responsabilidade civil estatal na Constituição Federal, que diz: Art. 37, § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. Esse dispositivo contemplou a responsabilidade civil do Estado na modalidade objetiva, amparada na teoria do risco administrativo. A responsabilização estatal se dará mediante a demonstração da presença dos elementos conduta, dano e nexo causal. Quando um agente público causar um dano a terceiros, a responsabilidade civil do Estado se configura independentemente da demonstração de que ele agiu de forma dolosa ou culposa, sendo suficiente que se comprove que a conduta do agente público é a responsável pelo dano causado a esse terceiro (nexo de causalidade). TEORIAS DA RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO TEORIA DO RISCO ADMINISTRATIVO Trata-se da teoria adotada pelo nosso ordenamento jurídico como regra geral. Essa teoria é pautada pela teoria da responsabilidade objetiva, não havendo que se falar em dolo ou culpa para a configuração da responsabilidade estatal. Contudo, tal teoria admite a presença de excludentes e atenuantes. TEORIA DO RISCO INTEGRAL A teoria do risco integral, adotada apenas em situações excepcionais, também define que a responsabilidade do Estado é objetiva. Tal teoria, entretanto, não admite a alegação de excludentes do dever estatal de indenizar, isto é, situações como a culpa exclusiva da vítima e o caso fortuito e a força maior não têm o condão de afastar a responsabilidade do Estado. Assim, mesmo diante de tais situações, configura-se o dever do Estado de indenizar os danos sofridos. Essa forma de responsabilização é aplicada nos seguintes casos: Danos ambientais; Danos oriundos de atividades nucleares; Danos em virtude de atentado terrorista a bordo de aeronaves brasileiras. AGENTES DA RESPONSABILIDADE CIVIL Essa responsabilidade é, conforme rege a Constituição Federal, aplicada para as pessoas jurídicas de direito público e para as pessoas jurídicas de direito privado, prestadoras de serviços públicos, abrangendo, portanto os seguintes entes: Administração Direta (União, Estados, Distrito Federal e Municípios); Autarquias; Fundações Públicas; Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista (prestadoras de serviço público); Delegatários de serviços públicos (Concessionárias e Permissionárias) Um ponto que merece destaque é que esse dever de responsabilização de forma objetiva alcança tanto os danos causados para terceiros usuários como para terceiros não usuários do serviço público. Em entidades prestadoras de serviços públicos a responsabilidade é OBJETIVA. E o Estado TAMBÉM tem sua responsabilidade objetiva, mas de maneira SUBSIDIÁRIA DANOS CAUSADOS POR AGENTES PÚBLICOS A Constituição estabelece que o Estado responde pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros. Conforme rege a teoria da imputação, os atos praticados pelos agentes públicos são imputados aos órgãos aos quais pertencem, sendo tal conduta, por sua vez, imputada à própria pessoa jurídica da qual esses órgãos fazem parte. Para que haja a responsabilidade do Estado, é necessário que o agente público esteja atuando nessa qualidade, no exercício de suas atribuições (como um policial dirigindo uma viatura e que colide com um veículo particular, por exemplo). Caso um agente público, no desempenho de suas funções, extrapole suas competências ou pratique um ato ilegal, também teremos a responsabilidade estatal. Prevalece que os atos praticados por agente que esteja fora do exercício da função, mas em aparência de a estar desempenhando, também serão casos deresponsabilização estatal. Caso um servidor também se utilize de seu cargo para gerar prejuízos a terceiros, também estaremos diante de uma situação de responsabilidade estatal. CONDUTA E DANOS INDENIZÁVEIS Os danos passíveis de indenização são tanto os danos materiais como morais (e também os chamados danos à imagem). É importante atentar para o fato de que não são apenas os danos oriundos de condutas ilícitas que são geradores da responsabilidade estatal, pois, em algumas situações, mesmo que o agente público aja dentro da legalidade, poderá haver o dever do Estado de indenizar. Assim, tanto uma conduta ilícita quanto uma conduta lícita podem culminar a responsabilização civil do Estado, desde que preenchidos os demais requisitos. RESPONSABILIDADE EM CASO DE OMISSÃO A teoria da culpa administrativa (também chamada de culpa anônima) é adotada em caso de condutas estatais omissivas, isto é, quando o Estado falhou em seu dever de agir. Em caso de omissão, a responsabilidade estatal se dará de forma subjetiva. Assim, em caso de omissões antijurídicas do Estado, ele deverá ressarcir os danos sofridos por terceiros. Contudo, em face de a responsabilidade ser subjetiva nessas situações, é necessária a comprovação de que o Estado agiu de forma negligente. Vale ressaltar que em virtude do princípio da reserva do possível, não é exigível que o Estado esteja integralmente presente em todos os momentos do cotidiano, sendo que sua responsabilidade se configura quando restar comprovada que o Estado foi omisso em situações em que a sua mera atuação regular seria suficiente para ter evitado o dano. RESPONSABILIDADE OBJETIVA EM CASO DE OMISSÃO Assim, conforme já se afirmou, em caso de omissão, o Estado responderá de forma subjetiva. Contudo, mesmo em tratando de condutas omissivas, existem situações excepcionais em que o Estado responderá de forma objetiva. Isso ocorre quando o Estado possui o dever de garantir a integridade de coisas e pessoas que estão sob sua custódia. Como exemplo, podemos citar os detentos, as crianças em uma escola pública, os pacientes de hospitais psiquiátricos e os veículos apreendidos no pátio da Receita Federal. O exemplo mais usual em provas é o caso do preso. Quando um preso sob custódia estatal sofre lesões ou é assassinado (mesmo que isso tenha sido por causado por outro preso), existe o dever do Estado de indenizar tais danos (para o preso ou sua família, em caso de morte), que responderá de forma objetiva, isto é, não haverá sequer a necessidade de comprovar que algum agente público agiu com dolo ou culpa. É importante ressaltar que a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é de que nos casos em que um presidiário cometer suicídio também haverá, em regra, a responsabilização estatal, de forma objetiva. Outro exemplo também oriundo da jurisprudência do STF, que define ser objetiva a responsabilidade do Estado, mesmo em virtude de omissão, em caso de atendimento hospitalar deficiente. EXCLUDENTES E ATENUANTES As EXCLUDENTES são hipóteses que afastam o dever de indenizar, não havendo que se falar em responsabilização do Estado, podem ser: 1) Culpa exclusiva da vítima - nesse caso, a vítima é a única responsável pelo evento danoso. 2) Caso fortuito e força maior - nessa situação estamos diante de eventos imprevisíveis e inevitáveis, situações que fogem ao controle da Administração. 3) Ausência de QUALQUER dos elementos da Responsabilidade Civil Objetiva (Conduta, Dano ou Nexo de Causalidade) É importante ressaltar que, como regra, prevalece em prova o conceito que adota os termos “caso fortuito” e “força maior” como sinônimos, sendo hipóteses de exclusão da responsabilidade estatal (salvo se houver uma omissão ilícita estatal). Contudo, outra parte da doutrina adota um posicionamento no sentido de que a força maior representa tais eventos imprevisíveis e inevitáveis (sendo causa de exclusão da responsabilidade estatal) e que o caso fortuito representa eventos internos da Administração Pública (como no caso de quebrar o freio de uma viatura), não sendo hipóteses de exclusão da responsabilidade do Estado. Embora tenhamos de reconhecer que tais situações não poderiam existir em provas objetivas, elas existem e a melhor maneira de responder a tais questões é a seguinte: a) Se o caso fortuito e a força maior estiverem narrados na questão como situações idênticas, como se fossem sinônimos, serão casos de excludentes, exemplo: (Cespe - 2015) A responsabilidade civil do Estado deve ser excluída em situações inevitáveis, isto é, em caso fortuito ou em evento de força maior cujos efeitos não possam ser minorados. Gabarito: Certo b) Se a questão diferenciar o caso fortuito da força maior (ou trabalhar apenas o caso fortuito sozinho), adotamos o posicionamento de que apenas a força maior exclui a responsabilidade do Estado, enquanto o caso fortuito não, exemplo: (Cespe - 2012) O caso fortuito, como causa excludente da responsabilidade civil do Estado, consiste em acontecimento imprevisível, inevitável e completamente alheio à vontade das partes, razão por que não pode o dano daí decorrente ser imputado à Administração. Gabarito: Errado APROFUNDANDO - caso FORTUITO INTERNO de caso FORTUITO EXTERNO: A Doutrina costuma classificar caso fortuito INTERNO como caso fortuito, ensejando responsabilidade estatal, caso este caso só tenha sido possível de acordo com a custódia estatal (De bens ou Pessoas). Deve-se provar que com a CUSTÓDIA correta, o dano não teria ocorrido. Caso Fortuito Externo seria classificada como FORÇA MAIOR, totalmente alheio e independente de uma situação de custódia. ATENUANTE DE RESPONSABILIDADE Em determinadas situações, a responsabilidade estatal poderá ser ATENUADA, reduzindo-se o valor da indenização devida. Nesse caso, temos a chamada culpa recíproca (ou culpa concorrente), situações em que a vítima contribuiu para a ocorrência do evento danoso. Desse modo, verificamos que a participação da vítima na ocorrência do evento danoso pode influenciar na responsabilização do Estado, da seguinte forma: A vítima for a única responsável (culpa exclusiva) EXCLUDENTE. A vítima contribuir para o evento danoso (culpa recíproca ou concorrente) ATENUANTE. IMPORTANTE: Quando houver a alegação de uma excludente ou de uma atenuante, o ônus da prova recairá sobre o Estado, isto é, o Estado deverá provar que tal situação ocorreu. RESPONSABILIDADE DO AGENTE PÚBLICO A Constituição Federal no seguinte dispositivo conferiu, o que os doutrinadores chamam de “Teoria da Dupla Garantia” (O Particular tem o direito de ser indenizado pelo dano, e o Agente só será responsabilizado em questão de Dolo ou Culpa) : § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. DIREITO DE REGRESSO Quando um agente público causar um dano a um terceiro, poderá esse terceiro lesado exigir uma indenização do Estado, conforme acima estudado. Contudo, caso o Estado seja condenado, poderá exigir essa quantia do servidor, por meio da chamada ação regressiva. Contudo, é importante que, ao passo que a responsabilidade do Estado é objetiva (não precisa haver o dolo ou a culpa do agente que causou o dano), a responsabilidade do servidor é subjetiva, isto é, ele somente ressarcirá esse valor despendido pelo Estado caso tenha agido com dolo ou culpa. Conforme rege a jurisprudência mais atual do STF, esse terceiro lesado não pode acionar diretamente o servidor para obter sua indenização, pois a legitimidade para figurar no polo passivo dessa ação de indenização (ser réu) é do Estado, e não do servidor. Da mesma forma, não poderá o agente público figurar em tal ação como litisconsorte passivo do Estado, isto é, também não é possível que a ação seja ajuizada conjuntamente contra o Estadoe o agente público causador do dano. FIQUE ATENTO – Em 2014 o STJ, com vistas a buscar economicidade e eficiência processual, ADMITIU a propositura de ação de reparação civil pela vítima, DIRETAMENTE em face do agente público, DEVENDO comprovar o DOLO e a CULPA do mesmo. PRAZO PRESCRICIONAL Prevalece atualmente que o prazo prescricional que o administrado lesado possui para ajuizar a ação de reparação contra o Estado é de cinco anos (quinquenal). Desse modo, a jurisprudência é de que a prescrição contra a Fazenda Pública é quinquenal, mesmo em ações indenizatórias, uma vez que é regida pelo Decreto 20.910/32, norma especial que prevalece sobre lei geral, não sendo aplicado nesses casos o prazo prescricional previsto no Código Civil (Que seria de 3 anos) RESPOSABILIDADE EM ATOS LEGISLATIVOS E JUDICIAIS ATOS LEGISLATIVOS Em caso de danos sofridos em virtude de atos legislativos, não há que se falar em responsabilização do Estado. Contudo, em situações excepcionais, poderá haver o dever do Estado de indenizar danos oriundos de sua atuação legislativa, nos seguintes casos: Lei de efeitos concretos. Ex: Lei que determina um terreno privado com área de utilidade pública, gerando sua desapropriação. Lei declarada inconstitucional – Desde que desta lei tenha decorrido dano específico. ATOS JURISDICIONAIS Do mesmo modo, não haverá responsabilidade civil do Estado em decorrência de atos jurisdicionais. Entretanto, também não se trata de uma regra absoluta, pois em casos específicos poderá, sim, haver a responsabilização do Estado em decorrência de sua atuação jurisdicional, nas seguintes hipóteses: Erro judiciário; Prisão além do tempo fixado na sentença (Não é ato judicial, e sim ato administrativo) Juiz agir com dolo ou fraude; Recusa, omissão ou retardo, sem justo motivo, de providência que se deva ordenar (falta objetiva na prestação judiciária). Observação - Não cabe indenização em virtude de prisões temporárias ou preventivas, como regra geral. IMPORTANTE: Para ação de regresso CONTRA o juiz que emitiu o ato jurisdicional é necessário demonstrar que o juiz agiu com DOLO ou cometeu ERRO GROSSEIRO EXERCÍCIOS 01 - UFPR – 2019 - Silvério, servidor público do Município X, dirigindo veículo oficial e em horário de expediente, ao desviar de um buraco, abalroou automóvel particular, que estava estacionado regularmente, ocasionando danos materiais ao seu proprietário. A respeito da responsabilidade civil, assinale a alternativa correta. A) Fica afastada a responsabilidade civil do Município, pois a existência do buraco pode ser compreendida como caso fortuito ou de força maior. B) O Município responderá subjetivamente pelos danos causados, ou seja, exige-se a demonstração de dolo ou culpa do Poder Público. C) O Município responderá objetivamente pelos danos causados, sendo vedada a ação de regresso em face de Silvério. D) O Município responderá subsidiariamente pelos danos causados, sendo imprescindível que o patrimônio de Silvério seja atingido primeiro. E) O Município responderá objetivamente pelos danos causados, podendo ajuizar ação de regresso em face de Silvério, se ficar demonstrado dolo ou culpa deste. 02 - UFPR – 2019 - O Brasil é um país pioneiro na matéria responsabilidade civil do Estado. Ainda que por força jurisprudencial e doutrinária, o tema desenvolveu-se sobremaneira no país. As lacunas do ordenamento positivo formal, todavia, acabaram por propiciar certa insegurança, decorrente da variedade de teses e teorias que são encontradas nessa seara. Considerando esse contexto, assinale a alternativa correta. A) Tanto a doutrina como a jurisprudência não estão pacificadas, no Brasil, no tocante ao estabelecimento do regime jurídico da responsabilidade civil estatal por omissão, que ora é entendida como objetiva, ora como subjetiva. B) A responsabilidade civil do Estado no Brasil é matéria tradicionalmente regulada tanto pela Constituição da República quanto pela Lei Nacional de Responsabilidade Civil do Estado. C) A teoria do risco administrativo não foi recepcionada pela Constituição da República de 1988. D) O texto da Constituição da República veda expressamente a responsabilidade civil do Estado por atos legislativos. E) As pessoas jurídicas prestadoras de serviços públicos respondem subjetivamente por suas ações se tiverem personalidade de Direito privado. 03 - UFPR – 2018 - “ACIDENTE DE TRÂNSITO - Responsabilidade civil do Estado - Bicicleta colhida por veículo oficial - Culpa da vítima não demonstrada - Aplicação da teoria do risco integral - Indenização devida”. Analise a ementa acima transcrita e assinale a alternativa correta. A) No Brasil, aplica-se a teoria do risco integral. B) No processo evolutivo da responsabilização extracontratual do Estado, foi admitida, na sua origem, a irresponsabilidade estatal, porém mitigada pela responsabilidade pessoal do soberano. C) A responsabilidade objetiva contempla a falta do serviço (“faute du service”) e admite hipóteses de atenuantes e excludentes. D) A culpa de vítima e o caso fortuito são circunstâncias que atenuam ou excluem a responsabilidade estatal, porém haverá necessariamente a denunciação à lide do funcionário envolvido no dano. E) A responsabilidade objetiva depende da caracterização do nexo de causalidade entre o fato e o dano. 04 - UFPR – 2018 - Assinale a alternativa correta. A) A teoria do Risco Integral admite a culpa concorrente da vítima como cláusula excludente de responsabilidade. No entanto, deverá ser investigada a culpa da vítima nos termos da teoria da responsabilidade subjetiva. B) As praças são bens públicos de uso especial, pois nelas somente se pode contemplar a natureza. Sua utilização depende de autorização do Poder Público municipal. C) A permissão de serviço público deve ser precedida de licitação, enquanto que a concessão de serviço público, ato administrativo precário, pode ser concedida independentemente de licitação, desde que devidamente motivada em excepcional interesse público primário. D) Ocorre a culpa do serviço (faute du service) quando o serviço público não funcionou (omissão), sua prestação se deu de maneira atrasada ou apresentou mau funcionamento. Poderá se configurar quando a concessionária de serviço público de transporte aéreo cancela voo sem prévia comunicação e sem qualquer motivação. E) Respeita o princípio da impessoalidade a nomeação de parente em primeiro grau do Prefeito para ocupar cargo de assessor de gabinete na Administração Direta. 05 - UFPR – 2013 - Sobre a responsabilidade civil do Estado, assinale a alternativa correta. A) As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. B) O Estado é responsável por danos causados a terceiros por ato praticado por servidor público efetivo; atos praticados por servidor público ocupante de cargo em comissão não resultam responsabilidade do Estado, mas apenas pessoal, do servidor que causou o dano. C) As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos não responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros. D) O Estado é responsável por danos causados a terceiros, sendo obrigação dos prejudicados pelos atos do Estado comprovar o dolo ou a culpa do agente estatal que deu causa ao dano. E) As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado exploradoras de atividade econômica responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável, independentemente da existência de culpa. 06 - UFPR – 2012 - “No Brasil, o processo de evolução da responsabilidade objetiva do poder público foi lapidado nas construções jurisprudenciais, mediante o desenvolvimento de teorias que forneceramo supedâneo necessário para o atual sistema normativo. São elas: teoria da culpa, do acidente administrativo, do risco administrativo e do risco integral” (BACELLAR FILHO, Romeu Felipe. Direito Administrativo e o novo Código Civil. Belo Horizonte: Fórum, 2007, p. 207). Considerando o trecho acima, assinale a alternativa correta. A) No Brasil, adota-se a forma de responsabilização objetiva do Estado em suas relações contratuais. B) Não há no Brasil tratativa constitucional expressa a respeito da responsabilidade civil extracontratual do Estado por atos omissivos, cabendo à doutrina e jurisprudência a tratativa desse assunto, o que tem gerado posições diferenciadas a respeito do tema. C) O Código Civil Brasileiro não trata do assunto da responsabilidade civil do Estado em suas relações extracontratuais. D) O direito de regresso, no Brasil, é assegurado exclusivamente nos casos de dolo. 07 - FCC – 2020 - Em conhecido acórdão proferido em regime de repercussão geral, versando sobre a morte de detento em presídio − Recurso Extraordinário n° 841.526 (Tema 592) – o Supremo Tribunal Federal confirmou decisão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, calcada em doutrina que, no tocante ao regime de responsabilização estatal em condutas omissivas, distingue-a conforme a natureza da omissão. Segundo tal doutrina, em caso de omissão específica, deve ser aplicado o regime de responsabilização A) integral; em caso de omissão genérica, aplica-se o regime de responsabilização objetiva. B) objetiva; em caso de omissão genérica, aplica-se o regime de responsabilização subjetiva. C) subjetiva; em caso de omissão genérica, aplica-se o regime de responsabilização objetiva. D) objetiva; em caso de omissão genérica, não há possibilidade de responsabilização. E) subjetiva apenas em relação ao agente, exonerado o ente estatal de qualquer responsabilidade; em caso de omissão genérica, aplica-se o regime de responsabilização objetiva do ente estatal. 08 - FCC – 2019 - Em uma determinada metrópole, há duas linhas de trem metropolitano: uma é operada por uma empresa privada, mediante regime contratual de concessão, e o sistema de condução dos trens é totalmente automatizado, sem maquinistas ou operadores manuais; na outra linha, gerida por empresa estatal, os trens são conduzidos por maquinistas. Em caso de ocorrência de acidentes envolvendo usuários em cada uma dessas linhas, é correto concluir que será aplicado o regime de responsabilidade A) subjetivo, em ambas as situações. B) objetivo, em ambas as situações. C) subjetivo na linha gerida pela concessionária e objetivo na linha gerida pela empresa estatal. D) objetivo na linha gerida pela concessionária e subjetivo na linha gerida pela empresa estatal. E) integral, em ambas as situações. 09 - FCC – 2019 - No tocante à responsabilidade extracontratual do Estado, as seguintes teorias foram adotadas em determinado momento histórico: 1. Teoria do risco administrativo, propiciando a responsabilidade objetiva do Estado; 2. Teoria da irresponsabilidade, afastando a responsabilidade do Estado; 3. Teoria civilista da culpa, propiciando a responsabilidade subjetiva, baseada na culpa ineligendo e culpa in vigilando em relação aos agentes causadores do dano; 4. Teoria da culpa do serviço, propiciando a responsabilidade subjetiva, baseada na culpa anônima do serviço público. Do ponto de vista evolutivo, tais teorias se sucederam na seguinte sequência: A) 1, 2, 3 e 4. B) 2, 3, 4 e 1. C) 4, 3, 2 e 1. D) 2, 3, 1 e 4. E) 3, 2, 4 e 1. 10 - FCC – 2019 - Na amplitude da abrangência das funções exercidas pelo Executivo, a possibilidade de arguição de culpa de terceiro se mostra possível A) pelo ente público demandado com fundamento em responsabilidade objetiva pura, a fim de indenizar aquele que tenha sofrido danos. B) nos casos em que o poder público figure no polo passivo de demanda de ressarcimento de danos, independentemente da modalidade de responsabilização que lhe seja imposta. C) diante de dedução de pleito indenizatório com fundamento em responsabilidade objetiva decorrente de acidente de trânsito, pela quebra do nexo de causalidade. D) nos casos de responsabilidade subjetiva dos entes públicos, porque demandam prova de culpa ou dolo do agente público, não se aplicando essa lógica para as concessionárias de serviço público, sempre sujeitas à responsabilidade objetiva. E) desde que haja concorrência com culpa da vítima, o que excluiria o nexo de causalidade capaz de imputar responsabilidade civil objetiva aos entes públicos. GABARITO 1. E 2. A 3. E 4. D 5. A 6. B 7. B 8. B 9. B 10. C
Compartilhar