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SUMÁRIO
responsabilidade civil do estado 2
CONCEITO 2
Evolução da Responsabilidade civil do estado 2
Teoria da irresponsabilidade do estado 2
Responsabilidade com previsão legal 2
Responsabilidade Subjetiva (Teoria Civilista) 2
Teoria da culpa do serviço (faute du service) 2
Teoria da responsabilidade objetiva 3
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO 4
Teorias da responsabilidade civil do estado 4
teoria do risco administrativo 4
TEORIA DO RISCO INTEGRAL 4
Agentes da responsabilidade civil 4
DANOS CAUSADOS POR AGENTES PÚBLICOS 5
CONDUTA E DANOS INDENIZÁVEIS 5
RESPONSABILIDADE EM CASO DE OMISSÃO 6
RESPONSABILIDADE OBJETIVA EM CASO DE OMISSÃO 6
EXCLUDENTES E ATENUANTES 7
Atenuante de responsabilidade 8
Responsabilidade do Agente Público 9
DIREITO DE REGRESSO 9
PRAZO PRESCRICIONAL 9
RESPOSABILIDADE EM ATOS LEGISLATIVOS E JUDICIAIS 9
Atos legislativos 9
Atos jurisdicionais 10
exercícios 11
Gabarito 14
 
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO
 CONCEITO
Apesar do estado gozar de prerrogativas especiais, baseada na Supremacia do Interesse 
Público sobre o Privado, a sua atuação imperativa sobre os cidadãos também enseja uma série 
de limitações, principalmente em relação aos danos causados pela sua atuação.
Essa responsabilidade deriva do princípio da isonomia, uma vez que, mesmo em 
benefício da sociedade, a administração pública cause prejuízo a uma pessoa ou grupo de 
pessoas, estas deverão ser indenizadas propriamente pelo estado.
EVOLUÇÃO DA RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO
TEORIA DA IRRESPONSABILIDADE DO ESTADO
Baseado na ideia de que “o rei nunca erra”, existia uma soberania sem direito à 
contestação pelos particulares frente a atuação estatal.
RESPONSABILIDADE COM PREVISÃO LEGAL
Situações específicas ensejavam responsabilidade estatal. Ainda imperava a 
irresponsabilidade como regra.
RESPONSABILIDADE SUBJETIVA (TEORIA CIVILISTA)
São necessários quatro elementos para se definir a responsabilidade estatal:
 Conduta ou Fato 
 Dano 
 Nexo causal. 
 Elemento Subjetivo do Agente (dolo ou culpa)
Na prática era quase impossível provar o elemento subjetivo do agente.
TEORIA DA CULPA DO SERVIÇO (FAUTE DU SERVICE)
Não é mais estritamente necessário provar o elemento subjetivo. Essa teoria se baseia 
na “Culpa Anônima”.
Deve-se então provar que o serviço foi:
 Mal Prestado
 Prestado de Forma Ineficiente
 Prestado com Atraso
Os elementos de conduta, dano e nexo se mantém. Podendo a conduta ser baseada em 
culpa anônima e sem a necessidade estrita de provar o elemento subjetivo do agente.
TEORIA DA RESPONSABILIDADE OBJETIVA
Para existir são necessários três fatores:
 Conduta ou Fato 
 Dano 
 Nexo causal. 
Não basta a presença de uma conduta e de um dano; é necessário que exista entre eles 
uma ligação, que é o chamado nexo causal (ou nexo de causalidade). Assim, o nexo causal é a 
demonstração de que o dano sofrido é consequência dessa conduta, sem a qual não teria 
ocorrido.
Quando apenas esses três elementos forem suficientes para gerar o dever de indenizar 
(conduta, dano e nexo causal), estaremos diante da chamada responsabilidade objetiva.
Importante mencionar que a responsabilidade do estado não necessita de um ato ilícito 
para se manifestar, podendo ensejar a responsabilidade estatal em atos totalmente lícitos.
Importante: Para a Doutrina a conduta deve ser COMISSIVA! A conduta 
omissiva, em regra, resulta em responsabilidade subjetiva do estado. 
A responsabilidade subjetiva também exige a presença desses três elementos, contudo, 
além deles, é imprescindível a comprovação do dolo ou da culpa do causador do dano.
O dolo ocorre quando o causador do dano tinha tal intenção, ele fez objetivando esse 
resultado ou assumindo o risco de produzi-lo. A culpa ocorre quando o causador não tinha a 
intenção de produzir tal dano, mas deu causa a ele em virtude de sua negligência, imprudência 
ou imperícia.
Assim, a responsabilidade subjetiva exige que tal dano tenha sido causado por uma 
conduta dolosa ou culposa (o termo "culpa em sentido amplo" pode ser utilizado para referir-
se ao dolo ou culpa, abrangendo ambos os conceitos).
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO 
Encontramos a base da responsabilidade civil estatal na Constituição Federal, que diz: 
Art. 37, § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras 
de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, 
causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos 
casos de dolo ou culpa.
Esse dispositivo contemplou a responsabilidade civil do Estado na modalidade objetiva, 
amparada na teoria do risco administrativo. 
A responsabilização estatal se dará mediante a demonstração da presença dos 
elementos conduta, dano e nexo causal. Quando um agente público causar um dano a 
terceiros, a responsabilidade civil do Estado se configura independentemente da 
demonstração de que ele agiu de forma dolosa ou culposa, sendo suficiente que se comprove 
que a conduta do agente público é a responsável pelo dano causado a esse terceiro (nexo de 
causalidade).
TEORIAS DA RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO
TEORIA DO RISCO ADMINISTRATIVO
Trata-se da teoria adotada pelo nosso ordenamento jurídico como regra geral. Essa 
teoria é pautada pela teoria da responsabilidade objetiva, não havendo que se falar em dolo 
ou culpa para a configuração da responsabilidade estatal. Contudo, tal teoria admite a 
presença de excludentes e atenuantes.
TEORIA DO RISCO INTEGRAL
A teoria do risco integral, adotada apenas em situações excepcionais, também define que 
a responsabilidade do Estado é objetiva. Tal teoria, entretanto, não admite a alegação de 
excludentes do dever estatal de indenizar, isto é, situações como a culpa exclusiva da vítima e 
o caso fortuito e a força maior não têm o condão de afastar a responsabilidade do Estado. 
Assim, mesmo diante de tais situações, configura-se o dever do Estado de indenizar os danos 
sofridos.
Essa forma de responsabilização é aplicada nos seguintes casos:
 Danos ambientais; 
 Danos oriundos de atividades nucleares;
 Danos em virtude de atentado terrorista a bordo de aeronaves brasileiras.
AGENTES DA RESPONSABILIDADE CIVIL
Essa responsabilidade é, conforme rege a Constituição Federal, aplicada para as pessoas 
jurídicas de direito público e para as pessoas jurídicas de direito privado, prestadoras de 
serviços públicos, abrangendo, portanto os seguintes entes:
 Administração Direta (União, Estados, Distrito Federal e Municípios);
 Autarquias;
 Fundações Públicas;
 Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista (prestadoras de serviço 
público);
 Delegatários de serviços públicos (Concessionárias e Permissionárias)
Um ponto que merece destaque é que esse dever de responsabilização de forma objetiva 
alcança tanto os danos causados para terceiros usuários como para terceiros não usuários 
do serviço público.
Em entidades prestadoras de serviços públicos a responsabilidade é 
OBJETIVA. E o Estado TAMBÉM tem sua responsabilidade objetiva, mas de maneira 
SUBSIDIÁRIA
DANOS CAUSADOS POR AGENTES PÚBLICOS
A Constituição estabelece que o Estado responde pelos danos que seus agentes, nessa 
qualidade, causarem a terceiros. 
Conforme rege a teoria da imputação, os atos praticados pelos agentes públicos são 
imputados aos órgãos aos quais pertencem, sendo tal conduta, por sua vez, imputada à 
própria pessoa jurídica da qual esses órgãos fazem parte. 
Para que haja a responsabilidade do Estado, é necessário que o agente público esteja 
atuando nessa qualidade, no exercício de suas atribuições (como um policial dirigindo uma 
viatura e que colide com um veículo particular, por exemplo). Caso um agente público, no 
desempenho de suas funções, extrapole suas competências ou pratique um ato ilegal, também 
teremos a responsabilidade estatal.
Prevalece que os atos praticados por agente que esteja fora do exercício da função, mas 
em aparência de a estar desempenhando, também serão casos deresponsabilização estatal. 
Caso um servidor também se utilize de seu cargo para gerar prejuízos a terceiros, 
também estaremos diante de uma situação de responsabilidade estatal.
CONDUTA E DANOS INDENIZÁVEIS
Os danos passíveis de indenização são tanto os danos materiais como morais (e 
também os chamados danos à imagem).
É importante atentar para o fato de que não são apenas os danos oriundos de condutas 
ilícitas que são geradores da responsabilidade estatal, pois, em algumas situações, mesmo que 
o agente público aja dentro da legalidade, poderá haver o dever do Estado de indenizar. 
Assim, tanto uma conduta ilícita quanto uma conduta lícita podem culminar a 
responsabilização civil do Estado, desde que preenchidos os demais requisitos. 
RESPONSABILIDADE EM CASO DE OMISSÃO
A teoria da culpa administrativa (também chamada de culpa anônima) é adotada em 
caso de condutas estatais omissivas, isto é, quando o Estado falhou em seu dever de agir. Em 
caso de omissão, a responsabilidade estatal se dará de forma subjetiva. 
Assim, em caso de omissões antijurídicas do Estado, ele deverá ressarcir os danos 
sofridos por terceiros. Contudo, em face de a responsabilidade ser subjetiva nessas situações, 
é necessária a comprovação de que o Estado agiu de forma negligente. 
Vale ressaltar que em virtude do princípio da reserva do possível, não é exigível que o 
Estado esteja integralmente presente em todos os momentos do cotidiano, sendo que sua 
responsabilidade se configura quando restar comprovada que o Estado foi omisso em 
situações em que a sua mera atuação regular seria suficiente para ter evitado o dano.
RESPONSABILIDADE OBJETIVA EM CASO DE OMISSÃO
 Assim, conforme já se afirmou, em caso de omissão, o Estado responderá de forma 
subjetiva. Contudo, mesmo em tratando de condutas omissivas, existem situações 
excepcionais em que o Estado responderá de forma objetiva.
Isso ocorre quando o Estado possui o dever de garantir a integridade de coisas e 
pessoas que estão sob sua custódia. Como exemplo, podemos citar os detentos, as crianças 
em uma escola pública, os pacientes de hospitais psiquiátricos e os veículos apreendidos no 
pátio da Receita Federal.
O exemplo mais usual em provas é o caso do preso. Quando um preso sob custódia 
estatal sofre lesões ou é assassinado (mesmo que isso tenha sido por causado por outro 
preso), existe o dever do Estado de indenizar tais danos (para o preso ou sua família, em caso 
de morte), que responderá de forma objetiva, isto é, não haverá sequer a necessidade de 
comprovar que algum agente público agiu com dolo ou culpa.
É importante ressaltar que a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é de que nos 
casos em que um presidiário cometer suicídio também haverá, em regra, a responsabilização 
estatal, de forma objetiva.
Outro exemplo também oriundo da jurisprudência do STF, que define ser objetiva a 
responsabilidade do Estado, mesmo em virtude de omissão, em caso de atendimento 
hospitalar deficiente.
EXCLUDENTES E ATENUANTES
As EXCLUDENTES são hipóteses que afastam o dever de indenizar, não havendo que 
se falar em responsabilização do Estado, podem ser:
1) Culpa exclusiva da vítima - nesse caso, a vítima é a única responsável pelo evento 
danoso. 
2) Caso fortuito e força maior - nessa situação estamos diante de eventos 
imprevisíveis e inevitáveis, situações que fogem ao controle da Administração.
3) Ausência de QUALQUER dos elementos da Responsabilidade Civil Objetiva (Conduta, 
Dano ou Nexo de Causalidade)
É importante ressaltar que, como regra, prevalece em prova o conceito que adota os 
termos “caso fortuito” e “força maior” como sinônimos, sendo hipóteses de exclusão da 
responsabilidade estatal (salvo se houver uma omissão ilícita estatal). 
Contudo, outra parte da doutrina adota um posicionamento no sentido de que a força 
maior representa tais eventos imprevisíveis e inevitáveis (sendo causa de exclusão da 
responsabilidade estatal) e que o caso fortuito representa eventos internos da 
Administração Pública (como no caso de quebrar o freio de uma viatura), não sendo hipóteses 
de exclusão da responsabilidade do Estado.
Embora tenhamos de reconhecer que tais situações não poderiam existir em provas 
objetivas, elas existem e a melhor maneira de responder a tais questões é a seguinte:
a) Se o caso fortuito e a força maior estiverem narrados na questão como 
situações idênticas, como se fossem sinônimos, serão casos de excludentes, 
exemplo:
(Cespe - 2015) A responsabilidade civil do Estado deve ser excluída 
em situações inevitáveis, isto é, em caso fortuito ou em evento de força 
maior cujos efeitos não possam ser minorados.
Gabarito: Certo
b) Se a questão diferenciar o caso fortuito da força maior (ou trabalhar 
apenas o caso fortuito sozinho), adotamos o posicionamento de que apenas a força 
maior exclui a responsabilidade do Estado, enquanto o caso fortuito não, exemplo:
(Cespe - 2012) O caso fortuito, como causa excludente da 
responsabilidade civil do Estado, consiste em acontecimento imprevisível, 
inevitável e completamente alheio à vontade das partes, razão por que não 
pode o dano daí decorrente ser imputado à Administração.
Gabarito: Errado
APROFUNDANDO - caso FORTUITO INTERNO de caso FORTUITO EXTERNO:
A Doutrina costuma classificar caso fortuito INTERNO como caso fortuito, 
ensejando responsabilidade estatal, caso este caso só tenha sido possível de acordo 
com a custódia estatal (De bens ou Pessoas). Deve-se provar que com a CUSTÓDIA 
correta, o dano não teria ocorrido.
Caso Fortuito Externo seria classificada como FORÇA MAIOR, totalmente 
alheio e independente de uma situação de custódia.
ATENUANTE DE RESPONSABILIDADE
Em determinadas situações, a responsabilidade estatal poderá ser ATENUADA, 
reduzindo-se o valor da indenização devida. 
Nesse caso, temos a chamada culpa recíproca (ou culpa concorrente), situações 
em que a vítima contribuiu para a ocorrência do evento danoso. 
Desse modo, verificamos que a participação da vítima na ocorrência do evento 
danoso pode influenciar na responsabilização do Estado, da seguinte forma:
 A vítima for a única responsável (culpa exclusiva) EXCLUDENTE.
 A vítima contribuir para o evento danoso (culpa recíproca ou concorrente) 
ATENUANTE.
IMPORTANTE: Quando houver a alegação de uma excludente ou de uma 
atenuante, o ônus da prova recairá sobre o Estado, isto é, o Estado deverá provar 
que tal situação ocorreu.
RESPONSABILIDADE DO AGENTE PÚBLICO
A Constituição Federal no seguinte dispositivo conferiu, o que os doutrinadores chamam 
de “Teoria da Dupla Garantia” (O Particular tem o direito de ser indenizado pelo dano, e o 
Agente só será responsabilizado em questão de Dolo ou Culpa) :
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de 
serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a 
terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
DIREITO DE REGRESSO
Quando um agente público causar um dano a um terceiro, poderá esse terceiro lesado 
exigir uma indenização do Estado, conforme acima estudado. Contudo, caso o Estado seja 
condenado, poderá exigir essa quantia do servidor, por meio da chamada ação regressiva. 
Contudo, é importante que, ao passo que a responsabilidade do Estado é objetiva (não 
precisa haver o dolo ou a culpa do agente que causou o dano), a responsabilidade do servidor 
é subjetiva, isto é, ele somente ressarcirá esse valor despendido pelo Estado caso tenha agido 
com dolo ou culpa.
Conforme rege a jurisprudência mais atual do STF, esse terceiro lesado não pode 
acionar diretamente o servidor para obter sua indenização, pois a legitimidade para figurar 
no polo passivo dessa ação de indenização (ser réu) é do Estado, e não do servidor. Da mesma 
forma, não poderá o agente público figurar em tal ação como litisconsorte passivo do Estado, 
isto é, também não é possível que a ação seja ajuizada conjuntamente contra o Estadoe o 
agente público causador do dano.
FIQUE ATENTO – Em 2014 o STJ, com vistas a buscar economicidade e 
eficiência processual, ADMITIU a propositura de ação de reparação civil pela vítima, 
DIRETAMENTE em face do agente público, DEVENDO comprovar o DOLO e a CULPA 
do mesmo.
PRAZO PRESCRICIONAL
Prevalece atualmente que o prazo prescricional que o administrado lesado possui 
para ajuizar a ação de reparação contra o Estado é de cinco anos (quinquenal). 
Desse modo, a jurisprudência é de que a prescrição contra a Fazenda Pública é 
quinquenal, mesmo em ações indenizatórias, uma vez que é regida pelo Decreto 
20.910/32, norma especial que prevalece sobre lei geral, não sendo aplicado nesses 
casos o prazo prescricional previsto no Código Civil (Que seria de 3 anos)
RESPOSABILIDADE EM ATOS LEGISLATIVOS E JUDICIAIS
ATOS LEGISLATIVOS
Em caso de danos sofridos em virtude de atos legislativos, não há que se falar em 
responsabilização do Estado. Contudo, em situações excepcionais, poderá haver o 
dever do Estado de indenizar danos oriundos de sua atuação legislativa, nos seguintes 
casos:
 Lei de efeitos concretos.
Ex: Lei que determina um terreno privado com área de utilidade pública, gerando 
sua desapropriação.
 Lei declarada inconstitucional – Desde que desta lei tenha decorrido dano 
específico.
ATOS JURISDICIONAIS
Do mesmo modo, não haverá responsabilidade civil do Estado em decorrência de 
atos jurisdicionais. Entretanto, também não se trata de uma regra absoluta, pois em 
casos específicos poderá, sim, haver a responsabilização do Estado em decorrência de 
sua atuação jurisdicional, nas seguintes hipóteses:
 Erro judiciário;
 Prisão além do tempo fixado na sentença (Não é ato judicial, e sim ato 
administrativo)
 Juiz agir com dolo ou fraude; 
 Recusa, omissão ou retardo, sem justo motivo, de providência que se deva 
ordenar (falta objetiva na prestação judiciária).
Observação - Não cabe indenização em virtude de prisões temporárias ou 
preventivas, como regra geral.
IMPORTANTE: Para ação de regresso CONTRA o juiz que emitiu o ato 
jurisdicional é necessário demonstrar que o juiz agiu com DOLO ou cometeu ERRO 
GROSSEIRO
EXERCÍCIOS
01 - UFPR – 2019 - Silvério, servidor público do Município X, dirigindo veículo oficial e em 
horário de expediente, ao desviar de um buraco, abalroou automóvel particular, que estava 
estacionado regularmente, ocasionando danos materiais ao seu proprietário. A respeito da 
responsabilidade civil, assinale a alternativa correta.
A) Fica afastada a responsabilidade civil do Município, pois a existência do buraco pode ser 
compreendida como caso fortuito ou de força maior.
B) O Município responderá subjetivamente pelos danos causados, ou seja, exige-se a 
demonstração de dolo ou culpa do Poder Público.
C) O Município responderá objetivamente pelos danos causados, sendo vedada a ação de 
regresso em face de Silvério.
D) O Município responderá subsidiariamente pelos danos causados, sendo imprescindível que 
o patrimônio de Silvério seja atingido primeiro.
E) O Município responderá objetivamente pelos danos causados, podendo ajuizar ação de 
regresso em face de Silvério, se ficar demonstrado dolo ou culpa deste.
02 - UFPR – 2019 - O Brasil é um país pioneiro na matéria responsabilidade civil do Estado. 
Ainda que por força jurisprudencial e doutrinária, o tema desenvolveu-se sobremaneira no 
país. As lacunas do ordenamento positivo formal, todavia, acabaram por propiciar certa 
insegurança, decorrente da variedade de teses e teorias que são encontradas nessa seara. 
Considerando esse contexto, assinale a alternativa correta.
A) Tanto a doutrina como a jurisprudência não estão pacificadas, no Brasil, no tocante ao 
estabelecimento do regime jurídico da responsabilidade civil estatal por omissão, que ora é 
entendida como objetiva, ora como subjetiva.
B) A responsabilidade civil do Estado no Brasil é matéria tradicionalmente regulada tanto pela 
Constituição da República quanto pela Lei Nacional de Responsabilidade Civil do Estado.
C) A teoria do risco administrativo não foi recepcionada pela Constituição da República de 
1988.
D) O texto da Constituição da República veda expressamente a responsabilidade civil do 
Estado por atos legislativos.
E) As pessoas jurídicas prestadoras de serviços públicos respondem subjetivamente por suas 
ações se tiverem personalidade de Direito privado.
03 - UFPR – 2018 - “ACIDENTE DE TRÂNSITO - Responsabilidade civil do Estado - Bicicleta 
colhida por veículo oficial - Culpa da vítima não demonstrada - Aplicação da teoria do risco 
integral - Indenização devida”.
Analise a ementa acima transcrita e assinale a alternativa correta.
A) No Brasil, aplica-se a teoria do risco integral.
B) No processo evolutivo da responsabilização extracontratual do Estado, foi admitida, na sua 
origem, a irresponsabilidade estatal, porém mitigada pela responsabilidade pessoal do 
soberano.
C) A responsabilidade objetiva contempla a falta do serviço (“faute du service”) e admite 
hipóteses de atenuantes e excludentes.
D) A culpa de vítima e o caso fortuito são circunstâncias que atenuam ou excluem a 
responsabilidade estatal, porém haverá necessariamente a denunciação à lide do funcionário 
envolvido no dano.
E) A responsabilidade objetiva depende da caracterização do nexo de causalidade entre o fato 
e o dano.
04 - UFPR – 2018 - Assinale a alternativa correta.
A) A teoria do Risco Integral admite a culpa concorrente da vítima como cláusula excludente 
de responsabilidade. No entanto, deverá ser investigada a culpa da vítima nos termos da 
teoria da responsabilidade subjetiva.
B) As praças são bens públicos de uso especial, pois nelas somente se pode contemplar a 
natureza. Sua utilização depende de autorização do Poder Público municipal.
C) A permissão de serviço público deve ser precedida de licitação, enquanto que a concessão 
de serviço público, ato administrativo precário, pode ser concedida independentemente de 
licitação, desde que devidamente motivada em excepcional interesse público primário.
D) Ocorre a culpa do serviço (faute du service) quando o serviço público não funcionou 
(omissão), sua prestação se deu de maneira atrasada ou apresentou mau funcionamento. 
Poderá se configurar quando a concessionária de serviço público de transporte aéreo cancela 
voo sem prévia comunicação e sem qualquer motivação.
E) Respeita o princípio da impessoalidade a nomeação de parente em primeiro grau do 
Prefeito para ocupar cargo de assessor de gabinete na Administração Direta.
05 - UFPR – 2013 - Sobre a responsabilidade civil do Estado, assinale a alternativa correta.
A) As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços 
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, 
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
B) O Estado é responsável por danos causados a terceiros por ato praticado por servidor 
público efetivo; atos praticados por servidor público ocupante de cargo em comissão não 
resultam responsabilidade do Estado, mas apenas pessoal, do servidor que causou o dano.
C) As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços 
públicos não responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a 
terceiros.
D) O Estado é responsável por danos causados a terceiros, sendo obrigação dos prejudicados 
pelos atos do Estado comprovar o dolo ou a culpa do agente estatal que deu causa ao dano.
E) As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado exploradoras de atividade 
econômica responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, 
assegurado o direito de regresso contra o responsável, independentemente da existência de 
culpa.
06 - UFPR – 2012 - “No Brasil, o processo de evolução da responsabilidade objetiva do poder 
público foi lapidado nas construções jurisprudenciais, mediante o desenvolvimento de teorias 
que forneceramo supedâneo necessário para o atual sistema normativo. São elas: teoria da 
culpa, do acidente administrativo, do risco administrativo e do risco integral” (BACELLAR 
FILHO, Romeu Felipe. Direito Administrativo e o novo Código Civil. Belo Horizonte: Fórum, 
2007, p. 207). Considerando o trecho acima, assinale a alternativa correta.
A) No Brasil, adota-se a forma de responsabilização objetiva do Estado em suas relações 
contratuais.
B) Não há no Brasil tratativa constitucional expressa a respeito da responsabilidade civil 
extracontratual do Estado por atos omissivos, cabendo à doutrina e jurisprudência a tratativa 
desse assunto, o que tem gerado posições diferenciadas a respeito do tema.
C) O Código Civil Brasileiro não trata do assunto da responsabilidade civil do Estado em suas 
relações extracontratuais.
D) O direito de regresso, no Brasil, é assegurado exclusivamente nos casos de dolo.
07 - FCC – 2020 - Em conhecido acórdão proferido em regime de repercussão geral, versando 
sobre a morte de detento em presídio − Recurso Extraordinário n° 841.526 (Tema 592) – o 
Supremo Tribunal Federal confirmou decisão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, 
calcada em doutrina que, no tocante ao regime de responsabilização estatal em condutas 
omissivas, distingue-a conforme a natureza da omissão. Segundo tal doutrina, em caso de 
omissão específica, deve ser aplicado o regime de responsabilização
A) integral; em caso de omissão genérica, aplica-se o regime de responsabilização objetiva.
B) objetiva; em caso de omissão genérica, aplica-se o regime de responsabilização subjetiva.
C) subjetiva; em caso de omissão genérica, aplica-se o regime de responsabilização objetiva.
D) objetiva; em caso de omissão genérica, não há possibilidade de responsabilização.
E) subjetiva apenas em relação ao agente, exonerado o ente estatal de qualquer 
responsabilidade; em caso de omissão genérica, aplica-se o regime de responsabilização 
objetiva do ente estatal.
08 - FCC – 2019 - Em uma determinada metrópole, há duas linhas de trem metropolitano: uma 
é operada por uma empresa privada, mediante regime contratual de concessão, e o sistema de 
condução dos trens é totalmente automatizado, sem maquinistas ou operadores manuais; na 
outra linha, gerida por empresa estatal, os trens são conduzidos por maquinistas.
Em caso de ocorrência de acidentes envolvendo usuários em cada uma dessas linhas, é 
correto concluir que será aplicado o regime de responsabilidade
A) subjetivo, em ambas as situações.
B) objetivo, em ambas as situações.
C) subjetivo na linha gerida pela concessionária e objetivo na linha gerida pela empresa 
estatal.
D) objetivo na linha gerida pela concessionária e subjetivo na linha gerida pela empresa 
estatal.
E) integral, em ambas as situações.
09 - FCC – 2019 - No tocante à responsabilidade extracontratual do Estado, as seguintes 
teorias foram adotadas em determinado momento histórico:
1. Teoria do risco administrativo, propiciando a responsabilidade objetiva do Estado;
2. Teoria da irresponsabilidade, afastando a responsabilidade do Estado;
3. Teoria civilista da culpa, propiciando a responsabilidade subjetiva, baseada na culpa 
ineligendo e culpa in vigilando em relação aos agentes causadores do dano;
4. Teoria da culpa do serviço, propiciando a responsabilidade subjetiva, baseada na culpa 
anônima do serviço público.
Do ponto de vista evolutivo, tais teorias se sucederam na seguinte sequência:
A) 1, 2, 3 e 4.
B) 2, 3, 4 e 1.
C) 4, 3, 2 e 1.
D) 2, 3, 1 e 4.
E) 3, 2, 4 e 1.
10 - FCC – 2019 - Na amplitude da abrangência das funções exercidas pelo Executivo, a 
possibilidade de arguição de culpa de terceiro se mostra possível
A) pelo ente público demandado com fundamento em responsabilidade objetiva pura, a fim de 
indenizar aquele que tenha sofrido danos.
B) nos casos em que o poder público figure no polo passivo de demanda de ressarcimento de 
danos, independentemente da modalidade de responsabilização que lhe seja imposta.
C) diante de dedução de pleito indenizatório com fundamento em responsabilidade objetiva 
decorrente de acidente de trânsito, pela quebra do nexo de causalidade.
D) nos casos de responsabilidade subjetiva dos entes públicos, porque demandam prova de 
culpa ou dolo do agente público, não se aplicando essa lógica para as concessionárias de 
serviço público, sempre sujeitas à responsabilidade objetiva.
E) desde que haja concorrência com culpa da vítima, o que excluiria o nexo de causalidade 
capaz de imputar responsabilidade civil objetiva aos entes públicos.
GABARITO
1. E
2. A
3. E
4. D
5. A
6. B
7. B
8. B
9. B
10. C

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