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IMPORTÂNCIA DA ESCOLHA DOS MATERIAIS A escolha implica em determinar as propriedades requeridas para cada caso com a finalidade de, então, eleger os materiais que apresentem estas propriedades pelo menor custo, levando em consideração o custo global, incluindo-se as despesas necessárias de manutenção e uso até o fim da vida útil do objeto em questão. No exercício de sua profissão, o engenheiro se depara com vários materiais que deve Escolher para obter, com a melhor relação CUSTO X BENEFÍCIO, a solução Para um dado problema ou obra. IMPORTÂNCIA DA ESCOLHA DOS MATERIAIS A escolha do material deve ser definida na fase de projeto, pois muitas vezes o material interfere no desenvolvimento do projeto arquitetônico. Ex: Alvenaria Estrutural, Pré-moldados... O custo global deve atender: 1. Resistencia do material 2. Durabilidade 3. Desempenho estrutural 4. Menor impacto ambiental IMPORTÂNCIA DA ESCOLHA DOS MATERIAIS A escolha de uma classe de resistência característica (fck) mais elevada no projeto de estrutura de concreto permite que se obtenham seções mais esbeltas, de menor massa e menor carga nas fundações da construção. IMPORTÂNCIA DA ESCOLHA DOS MATERIAIS MATERIAIS E O MEIO AMBIENTE Não existe material de construção que não cause impacto ambiental. Vivemos em um mundo feito por materiais de construção, cercados por concreto, aço, alumínio, cal, gesso, rochas naturais, vidros, plásticos, zinco, cobre, cerâmicas, etc. O concreto de cimento Portland é o material artificial de maior consumo pelo homem. Atualmente, materiais abundantes como areia e argila já estão escassos em locais próximos de grandes e médias cidades. MATERIAIS E O MEIO AMBIENTE As cerâmicas, cimento, aço, alumínio, zinco, gesso e cobre são produzidas por calcinação. A energia térmica é, na maioria das vezes, conseguida pela queima de derivados de petróleo, gás ou carvão. O aquecimento do planeta é um dos principais problemas da agenda ambiental atual. A água em contato com os materiais, pode lixiviar compostos tóxicos, contaminando o solo e o lençol freático. MATERIAIS E O MEIO AMBIENTE Como consequência da grande massa de materiais manejada pela construção civil, agravadas pelas elevadas perdas e desperdício de material, o setor é um grande gerador de resíduos. Os resíduos da construção e demolição são gerados em massa superior a 500kg/hab.ano. (sem contabilizar acréscimo na extração e processamento). O transporte de materiais também são grandes contribuintes da poluição. ENSAIOS DE MATERIAIS A qualidade pode ser estimada: • Diretamente: por obras já realizadas • Indiretamente: através de ensaios Os ensaios fornecem: • Propriedades físicas, químicas e mecânicas • Coeficiente de segurança • Recepção dos materiais Os ensaios resultam em maior eficácia pois as condições a que o material deve satisfazer podem ser reguladas ou modificadas intencionalmente, o que irá aumentar a velocidade das observações trazendo respostas mais rápidas. ENSAIOS DE MATERIAIS Coeficiente de Segurança: É necessário que o esforço imposto a um material, seja inferior ao esforço limite que o mesmo pode suportar, a fim de que haja margem para absorver aumentos de tensão ou de fadiga provenientes de carregamentos imprevistos, choques intempestivos, uso contínuo, oxidação, microfissuração, falta de homogeneidade, etc. Recepção dos Materiais: São os processos rápidos e econômicos adotados para se conferir as qualidades previstas para cada material (série de ensaios de fácil execução). ABNT ou INMETRO NORMALIZAÇÃO Os números fornecidos pelos ensaios são valores relativos pois é grande o número de parâmetros que influenciam. Daí a necessidade da fixação de métodos que, reduzindo ao mínimo os fatores de variação, permitem uma comparação mais perfeita das características. A interpretação dos resultados exige a associação de diferentes ensaios. Ex: Ensaio de resistência mecânica, os seguintes fatores exercem considerável influência: • forma geométrica e dimensões dos corpos de prova; • duração e marcha do ensaio; • máquina de ensaio; • condições outras do ensaio (temperatura, estado de umidade, etc) NORMALIZAÇÃO Objetivo da normalização: Normalizar é padronizar atividades específicas e repetitivas. É uma maneira de organizar as atividades por meio da criação e utilização de regras ou normas. A normalização técnica tem como objetivo contribuir nos seguintes aspectos: a) Qualidade; b) Produtividade; c) Tecnologia; d) Marketing; e) Eliminação de barreiras técnicas e comerciais. NORMALIZAÇÃO - CONCEITO Normas Técnicas: São documentos aprovados por uma instituição reconhecida, que prevê, para um uso comum e repetitivo, regras, diretrizes ou características para os produtos ou processos e métodos de produção conexos, cuja observância não é obrigatória, a não ser quando explicitadas em um instrumento do Poder Público (lei, decreto, portaria, normativa, etc.) ou quando citadas em contratos. Normas Regulamentadoras (NR): São documentos aprovados por órgãos governamentais em que se estabelecem as características de um produto ou dos processos e métodos de produção com eles relacionados, com inclusão das disposições administrativas aplicáveis e cuja observância é obrigatória. Os níveis de normalização são estabelecidos pela abrangência das normas em relação às áreas geográficas. A abrangência aumenta da base para o topo da pirâmide NORMATIZAÇÃO Hierarquia na normatização: Pirâmide de abrangência da normatização NORMAS NACIONAIS, DO MERCOSUL E INTERNACIONAIS Normas Empresariais: São as normas elaboradas e aprovadas visando à padronização de serviços em uma empresa ou em um grupo de empresas; Normas de Associação: São as normas elaboradas e publicadas por uma associação representante de um determinado setor, a fim de estabelecer parâmetros a serem seguidos por todas as empresas a ela associadas. São as normas editadas por uma organização nacional de normas. Normas nacionais: No Brasil, as normas brasileiras são os documentos elaborados segundo procedimentos definidos pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). O CNN (Comitê Nacional de Normalização) define a ABNT como Foro Nacional de Normalização, entidade privada, sem fins lucrativos, à qual compete coordenar , orientar e supervisionar o processo de elaboração de normas brasileiras, bem como elaborar, editar e registrar as referidas normas (NBR). As normas brasileiras são identificadas pela ABNT com a sigla NBR número/ano e são reconhecidas em todo o território nacional. NORMAS NACIONAIS, DO MERCOSUL E INTERNACIONAIS Normas regionais: São estabelecidas por um organismo regional de normalização, para aplicação em um conjunto de países. São normas regionais: Normas do Mercosul – desenvolvidas pela AMN (Associação Mercosul de Normalização), elaboradas através dos CSM (Comitês Setoriais Mercosul). Normas internacionais: São normas técnicas estabelecidas por um organismo internacional de normalização, resultantes da cooperação e de acordos entre grande número de nações independentes, com interesses comuns. NORMAS ISO Fundada em 1947, a ISO-Internacional Organization for Standardzation recebeu essa sigla por ser sinônimo de igualdade, tendo a função de desenvolver trabalhos de normas técnicas que representem o consenso entre seus membros. A sede da ISO é em Genebra, na Suíça e atualmente fazem parte 163 países, incluindo o Brasil. A participação brasileira é realizada através dos Comitês Brasileiros (CB) ou pelos Organismos de Normalização Setorial (ONS). A aprovação de uma norma internacional demanda mais de dois anos e requer uma maioria favorável de dois terços de votos dos membros participantes do Comitê Técnico (TC). SÉRIE DE NORMAS ISO 9000 • NBR ISO 9000 – Descreve os fundamentos de sistemas de gestão da qualidade e estabelece a terminologia para esses sistemas; • NBR ISO 9001 – Especifica requisitos para um sistema de gestão da qualidade; • NBR ISO 9004 – Fornece diretrizes que consideram tanto a eficácia, como a eficiência desistemas de gestão da qualidade. SÉRIE DE NORMAS ISO 14000 • NBR ISO 14000 – Descreve os fundamentos de sistemas de gestão ambiental e estabelece a terminologia para esses sistemas; • NBR ISO 14001 – Dspecifica requisitos para um sistema de gestão ambiental; • NBR ISO 14004 – Fornece diretrizes que consideram tanto a eficácia, como a eficiência de sistemas de gestão ambiental. Além da ISO 9000, existe a série ISO 14000, voltada para o meio ambiente. Essa norma é de grande importância no momento em que a humanidade passa por alterações climáticas devido ao descaso para com os aspectos ambientais. A série 14000 é formada por três normas: NORMAS BRASILEIRAS – COMITÊ BRASILEIRO CB-02 – Elaboração das normas técnicas de componentes, elementos, produtos ou serviços utilizados na construção civil (planejamento, projeto, execução, métodos de ensaio, armazenamento, transporte, operação, uso e manutenção e necessidades do usuário, subdivididas setorialmente); CB-18 – Normalização no setor de cimento, concreto e agregados, compreendendo dosagem de concreto, pastas e argamassas; aditivos, adesivos, águas e elastômeros (terminologia, requisitos, métodos de ensaio e generalidades). FINALIDADE DA NORMALIZAÇÃO • As Normas Técnicas são elaboradas para regulamentar a QUALIDADE, a CLASSIFICAÇÃO, a PRODUÇÃO e o EMPREGO dos diversos materiais. • As normas têm uma função orientadora e purificadora no mercado. São recomendações, com base na melhor técnica disponível e certificada num determinado momento, para se atingir um resultado satisfatório. As normas valem como padrões mínimos de referência. ENTIDADES NORMALIZADORAS • Vigência: As Comissões técnicas da ABNT promovem revisão no elenco de normas sob sua responsabilidade a cada período de 5 (cinco) anos, podendo ou não alterar o texto da mesma em vigor. TIPOS DE NORMAS DA ABNT • NB - (Norma Brasileira) - Condições e exigências para execução de obras; • EB - (Especificação Brasileira) - Estabelecem prescrições para os materiais; • MB - (Método Brasileiro) - Ensaios. Processos para formação e exame de amostras; • PB - (Padronização Brasileira) - Estabelecem dimensões para os materiais; • TB - (Terminologia Brasileira) - Regularizam a nomenclatura técnica; • SB - (Simbologia Brasileira) - Estabelecem convenções para desenhos; • CB - (Classificação Brasileira) - Dividem e ordenam materiais por propriedades características; Ex.: Concreto por grupos de resistência. COMITÊS BRASILEIROS DA CONSTRUÇÃO CIVIL ABNT/CB-02 Construção Civil ABNT/CB-03 Eletricidade ABNT/CB-18 Cimento, concreto e agregados ABNT/CB-22 Impermeabilização ABNT/CB-24 Segurança conta incêndio ABNT/CB-25 Qualidade ABNT/CB-28 Siderurgia ABNT/CB-31 Madeiras ABNT/CB-32 Equipamentos de proteção individual ABNT/CB-35 Alumínio ABNT/CB-37 Vidros planos ABNT/CB-38 Gestão ambiental ABNT/CB-40 Acessibilidade ABNT/CB-53 Metrologia ABNT/CB-55 Refrigeração, Ar condicionado, Ventilação e Aquecimento ABNT/ONS-58 Ensaios não destrutivos ABNT/CB-90 Qualificação de Mão de Obra para o processo construtivo de edificações ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS • Memorial Descritivo: Fornece a descrição e indicação dos materiais a serem empregados. Dirigido a elementos não técnicos para melhor compreensão do projeto, inclusive de toda a obra, quando concluída; • Especificações técnicas: Indicação minuciosa das propriedades mínimas que os materiais devem apresentar e a técnica a ser empregada na construção. Destinam-se ao construtor visando assegurar que a obra seja realizada com os cuidados apontados no projeto. Além de plantas, desenhos e cálculos, um Projeto de Engenharia tem partes de redação sob a forma de memorial descritivo e de especificações técnicas. OBSERVAÇÕES: Exemplos: • NB-1 é registrada sob o n° NBR 6118 • MB-1 é registrado sob o n° NBR 7215 • EB-1 é registrada sob o n° NBR 5732 O nome Norma Técnica (NT) pode ser aplicado a qualquer dos tipos acima. Para pesquisa no site da ABNT, deve-se usar as registradas com prefixo NBR Aglomerantes Aglomerantes: Os aglomerantes são definidos como produtos empregados na construção civil para fixar ou aglomerar outros materiais entre si. Geralmente são materiais em forma de pó, também chamados de pulverulentos que, misturados com a água, formam uma pasta capaz de endurecer por simples secagem ou devido à ocorrência de reações químicas. Misturas: • Pasta: mistura de aglomerante + água • Argamassa: mistura de aglomerante + Agregado miúdo + água • Concreto: Aglomerante + Agregado miúdo + Agregado graúdo + Água Aglomerantes Podem ser divididos em diversos tipos de acordo com sua composição e endurecimento. Aglomerantes quimicamente Inertes: Seu endurecimento ocorre devido à secagem do material. A argila é um exemplo de aglomerante inerte. Aglomerantes quimicamente Ativos: Seu endurecimento se dá por meio de reações químicas. É o caso da cal e do cimento. Aglomerantes ativos São divididos também em dois tipos: Aglomerantes Aéreos: são aqueles que conservam suas propriedades e processam seu endurecimento somente na presença de ar. Como exemplo deste tipo de aglomerante, temos o gesso e a cal. Aglomerantes ativos Aglomerantes Hidráulicos: caracterizados por conservarem suas propriedades em presença de ar e água, mas seu endurecimento ocorre sob influência exclusiva da água. O cimento é o principal aglomerante hidráulico utilizado na construção civil. Aglomerantes ativos Os aglomerantes hidráulicos podem ser divididos também: Aglomerantes simples: são formados por apenas um produto com pequenas adições de outros componentes com o objetivo de melhorar algumas características do produto final. Normalmente as adições não ultrapassam 5% em peso do material. O cimento Portland comum é um exemplo deste tipo de material. Aglomerantes com adição: são compostos por um aglomerante simples com adições em quantidades superiores, com o objetivo de conferir propriedades especiais ao aglomerante, como menor permeabilidade, menor calor de hidratação, menor retração, entre outras. Aglomerantes ativos Aglomerantes compostos: formados pela mistura de subprodutos industriais ou produtos de baixo custo com aglomerante simples. O resultado é um aglomerante com custo de produção relativamente mais baixo e com propriedades específicas. Como exemplo, temos o cimento pozolânico, que é uma mistura do cimento Portland com uma adição chamada pozolana. Pozolana: É um composto que possui sílica reativa, que quando finamente moído e em contato com cal atua como ligante hidráulico, confere ao cimento uma maior impermeabilidade, possibilitando a sua aplicação e melhorando a sua performance em ambientes úmidos e subterrâneos. Aplicações: placas de concreto, assentamento de cerâmicas, blocos e tijolos, concreto armado, fundações, estacas, galerias subterrâneas. Aglomerantes Os aglomerantes também podem ser caracterizados segundo o tempo que levam para começar a processar o endurecimento da pasta onde são empregados. Início da solidificação da pasta é chamado de pega. • Início de pega: pasta começa a endurecer, perde sua plasticidade. • Fim de pega: pasta solidificada completamente, perde toda sua plasticidade. ATENÇÃO: NÃO CONFUNDIR PEGA COM ENDURECIMENTO! O fim da pega significa que a pasta não pode mais ser manuseada e, terminada essa fase, inicia o endurecimento. Apesar de no fim da pega a pasta já ter alguma resistência, é durante o endurecimento que os ganhos de resistência são significativos. Tipos de pega • Aglomerante de pega rápida: quando a pasta inicia sua solidificação num intervalo de tempo inferior a 30 minutos. • Aglomerante de pega semirrápida: quando a pasta inicia sua solidificação num intervalo de tempo entre 30 a 60 minutos. • Aglomerante de pega normal: quando a solidificação da pasta ocorre num intervalo de tempo entre 60 minutos e 6 • horas. Gesso O gesso é um aglomerante obtido a partir da eliminação parcial ou total da água de cristalização contida em uma rocha natural chamada gipsita, que ocorre na naturezaem camadas estratificadas. Gipsita Gesso A obtenção ocorre por meio de 3 etapas: • a extração da rocha; • a diminuição de tamanho da mesma por processos de trituração; • a queima do material ou calcinação. Gesso A última etapa também é conhecida como calcinação e consiste em expor a rocha a temperaturas que podem variar de 100 a 300ºC, obtendo como resultado o gesso com desprendimento de vapor d’água. De acordo com a temperatura de queima podem resultar diferentes tipos de produtos. O processo de queima da gipsita normalmente é feito em fornos rotativos. Gesso O gesso, ao ser misturado com água, torna-se plástico e enrijece rapidamente, retornando a sua composição original. Essa combinação faz-se com a produção de uma fina malha de cristais de sulfato hidratado, interpenetrada, responsável pela coesão do conjunto. Esse fenômeno conhecido como pega é acompanhado de elevação de temperatura, tratando-se de uma reação exotérmica. Normalmente, o gesso possui tempo de pega entre 15 e 20 minutos. Gesso A temperatura da água funciona como acelerador de pega e a quantidade como retardador, ou seja, quanto maior a temperatura da água, mais rápido o material reage e quanto maior a quantidade de água, mais lentamente ocorrem as reações. Quanto maior a quantidade de água adicionada, maior a porosidade e menor a resistência. Quando a calcinação é feita em temperatura mais alta, o resultado é um gesso de pega mais lenta, só que com maior resistência. Resistência à compressão de 5 à 15 MPa. Gesso Quantidade de água necessária para o gesso é de 50 a 70%. O amassamento é feito com excesso de água para evitar uma pega muito rápida, tornando a pasta manuseável por tempo suficiente à aplicação. A perda de água excedente conduz ao endurecimento e aumento de resistência. O gesso, como material de construção, é um pó branco, de elevada finura, comercializado principalmente em sacos de 50 kg, com o nome de gesso, estuque ou gesso-molde. Algumas empresas fornecem sacos de 1, 20 e 40 kg. No Brasil, o gesso é relativamente escasso, mais usado para estética do que como aglomerante. Gesso Gesso É utilizado principalmente como material de acabamento em interiores, para obtenção de superfícies lisas, podendo substituir a massa corrida e a massa fina. Nesse caso, pode ser utilizado puro (apenas misturado com água) ou em misturas com areias, sob forma de argamassas. Atualmente, o gesso é empregado em larga escala no formato de placas, as chamadas paredes leves ou drywall. Elas são usadas em forros, divisórias, para dar acabamento em uma parede de alvenaria bruta ou em mal estado, ou para melhorar os índices de vedações térmicos ou acústicos do ambiente. Por ser um aglomerante aéreo, não se presta para a aplicação em ambientes externos devido à baixa resistência em presença da água. Produção de gesso acartonado - drywall Chapas fabricadas por processo de laminação contínua de uma mistura de gesso, água e aditivos entre duas lâminas de cartão. NBR 14715:2001, NBR 14716:2001 e NBR 14717:2001. Produção de gesso acartonado - drywall Tipos de chapas de gesso acartonado - drywall Cores: • Standard (ST) – Branca – (áreas secas) • Resistente à Umidade (RU) – Verde • Resistente ao Fogo (RF) – Rosa Chapas acartonadas - dimensões: L= 60,0 ou 120,0 cm C = 240,0 ou 360,0 cm Espessuras: 7mm, 10mm, 12,5mm, 15mm, 20mm e 25 mm. Tipos de chapas de gesso acartonado - drywall Cal aérea A cal é obtida a partir da calcinação da rocha calcária, composta principalmente por óxidos de cálcio e pequenas quantidades de impurezas como óxidos de magnésio, sílica, óxidos de ferro e óxidos de alumínio. O processo de fabricação consiste resumidamente na extração da rocha e queima (calcinação). produto da queima é chamado de cal viva ou virgem. Processo de calcinação – 850 a 1250 ºC. • Abaixo de 850 ºC – queima é incompleta, resultando num produto de rendimento inferior. • Acima de 1250 ºC – os óxidos de cálcico se combinam com impurezas – processo de vitrificação. Cal aérea obtenção Cal aérea obtenção Cal aérea O produto da queima é chamado de cal viva ou virgem. A obtenção da cal Virgem pode ser expressa pela seguinte equação química: O produto resultante é formado principalmente por óxido de cálcio (CaO)mas para usada como aglomerante, deve ser transformada em hidróxido, acrescentando água. A adição de água em obra é chamada de extinção e o produto resultante é a cal extinta. Ciclo da cal Cal aérea Quando esse processo é realizado ainda em fábrica tem-se a cal hidratada. A figura abaixo mostra o processo de extinção: • Cal virgem está em forma de grãos de grande tamanho e estrutura porosa ou pó. • Já a cal hidratada está em forma de flocos ou pó. • Ambas tem coloração branca. Cal virgem Cal hidratada Cal aérea Quanto à classificação é pela composição da rocha: • Cal cálcica: composta por no mínimo 75% de óxidos de cálcio (CaO). Esse tipo de cal possui como característica a maior capacidade de sustentação da areia. • Cal magnesiana: possui no mínimo 20% de óxidos de magnésio (MgO) em sua composição. Quando utilizada em argamassas, esse tipo de cal dá origem a misturas mais trabalháveis. Soma de ambos não pode ser inferior a 95% e os demais 5% são impurezas. Extinção da cal é feita em tambor, liberando calor. Na variação cálcica, atinge até 400 ºC. Na variação magnesiana, reação mais lenta, com menos calor. Cal aérea obtenção Extinção da cal Amostras de 1,2 kg em blocos; • Adiciona-se água e observa-se o tempo de reação da extinção. • Rápida – tempo < 5 min; • Média – 5 < tempo < 30 min; • Lenta – tempo > 30 min. Rendimento em pasta: Cal gorda: possui rendimento superior a 1,82, ou seja, uma unidade de volume de cal dá origem a mais de 1,82 unidades de volume de pasta. A variedade cálcica é um exemplo de cal gorda. Cal magra: possui rendimento inferior a 1,82; ou seja, uma unidade de volume de cal dá origem a menos de 1,82 unidades de volume de pasta. A cal magnesiana é um exemplo de cal magra. Envelhecimento da pasta Depois da extinção, mistura fica em repouso, dependendo: • Cal em pedra: o período de envelhecimento varia de 7 a 10 dias, quando a variedade é cálcica e 2 semanas para a cal magnesiana. • Cal em pó: o período de envelhecimento mínimo é de 24 horas. Cal hidratada propriedades • Plasticidade; • Retenção de água; • Incorporação de areia; • Endurecimento. Cal hidratada propriedades Plasticidade: • Mais facilidade de aplicação de argamassas como revestimento; • Material pulverulento – diminui o atrito entre os grãos de areia da argamassa; • Plástica – melhor trabalhabilidade e rendimento. Retenção de água: • Mantém água em torno da partícula (evita perda por sucção para a alvenaria); • Ao reagir com o CO2, a cal libera água que é usada na hidratação do cimento; • Atenua o processo de retração – ocorrido por perdas de volume. Cal hidratada propriedades Incorporação da areia: • Como os grãos de cal são muito fino, estes conseguem envolver um maior volume de areia; • Aumenta o rendimento da pasta ou argamassa. Cal hidratada propriedades • Usadas em argamassas com cimento e areia; • Argamassas de cal endurecem de fora para dentro, exigindo certa porosidade que permita a evaporação da água e a penetração do gás carbônico. • Pode ser em flocos ou pó; • Mesma característica da rocha só que com alta porosidade. A cal hidratada difere da virgem por seu processo de hidratação ser feito em usina. A cal viva é moída e pulverizada e o material moído é misturado com uma quantidade exata de água. Após, a cal hidratada é separada da não hidratada e de impurezas, por processos diversos. Cal hidratada propriedades Vantagens: • maior facilidade de manuseio, transporte e armazenamento; • Maior segurança (queimaduras), já pronto uso; Desvantagens: • menor rendimento, menor capacidade de sustentação da areia, menor trabalhabilidade. A cal hidratada difere da virgem por seu processo de hidratação ser feito em usina. A cal viva é moída e pulverizadae o material moído é misturado com uma quantidade exata de água. Após, a cal hidratada é separada da não hidratada e de impurezas, por processos diversos. Encontradas no mercado em 8 kg, 20 kg, 25 kg ou 40 kg. Cal hidratada Na construção civil, a cal é utilizada principalmente em argamassas de assentamento e revestimento, pinturas, misturas asfálticas, estabilização de solos, fabricação de blocos sílico calcários, indústria metalúrgica, etc. Cal hidratada O uso da cal propicia o aumento de trabalhabilidade da mistura, o que Também contribui para tornar as argamassas mais econômicas pela possibilidade de aumento na quantidade de agregados. O custo reduzido da cal também contribui para tornar seu uso atrativo. Outra contribuição da cal nas argamassas é a redução do fenômeno de retração, que é a diminuição de volume capaz de gerar o aparecimento de fissuras. Os revestimentos feitos de argamassa de cal e areia devem ser executados em camadas finas, com intervalo de aproximadamente 10 dias entre uma camada e outra para possibilitar o endurecimento completo do material. As pinturas à base de cal possuem propriedades fungicidas e bactericidas. Além disso, a cal pode ser utilizada para a separação da escória, que é um resíduo da fabricação de aço para a construção civil. Cal hidratada RESUMO DA AULA TRABALHO EM GRUPO (DUPLA) Cada dupla irá pesquisar 1 norma conforme o assunto proposto IMPORTANTE • Verificar se as normas escolhidas estão vigentes; • Fazer um resumo sobre as normas; • Entregar o conteúdo do resumo uma semana antes da AV1
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