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MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO AULA 2 2

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IMPORTÂNCIA DA ESCOLHA DOS MATERIAIS
A escolha implica em determinar as propriedades requeridas para cada
caso com a finalidade de, então, eleger os materiais que apresentem estas
propriedades pelo menor custo, levando em consideração o custo global,
incluindo-se as despesas necessárias de manutenção e uso até o fim da
vida útil do objeto em questão.
No exercício de sua profissão, o engenheiro
se depara com vários materiais que deve
Escolher para obter, com a melhor relação
CUSTO X BENEFÍCIO, a solução Para um
dado problema ou obra.
IMPORTÂNCIA DA ESCOLHA DOS MATERIAIS
A escolha do material deve ser definida
na fase de projeto, pois muitas vezes o
material interfere no desenvolvimento
do projeto arquitetônico.
Ex: Alvenaria Estrutural, Pré-moldados...
O custo global deve atender:
1. Resistencia do material
2. Durabilidade
3. Desempenho estrutural
4. Menor impacto ambiental
IMPORTÂNCIA DA ESCOLHA DOS MATERIAIS
A escolha de uma classe de resistência característica (fck) mais elevada no
projeto de estrutura de concreto permite que se obtenham seções mais
esbeltas, de menor massa e menor carga nas fundações da construção.
IMPORTÂNCIA DA ESCOLHA DOS MATERIAIS
MATERIAIS E O MEIO AMBIENTE
Não existe material de construção que não cause impacto ambiental.
Vivemos em um mundo feito por materiais de construção, cercados por
concreto, aço, alumínio, cal, gesso, rochas naturais, vidros, plásticos,
zinco, cobre, cerâmicas, etc.
O concreto de cimento Portland é o
material artificial de maior
consumo pelo homem.
Atualmente, materiais abundantes
como areia e argila já estão
escassos em locais próximos de
grandes e médias cidades.
MATERIAIS E O MEIO AMBIENTE
As cerâmicas, cimento, aço, alumínio, zinco, gesso e cobre são produzidas
por calcinação. A energia térmica é, na maioria das vezes, conseguida pela
queima de derivados de petróleo, gás ou carvão.
O aquecimento do planeta é um dos principais problemas da agenda
ambiental atual.
A água em contato com os materiais,
pode lixiviar compostos tóxicos,
contaminando o solo e o lençol
freático.
MATERIAIS E O MEIO AMBIENTE
Como consequência da grande massa de materiais manejada pela
construção civil, agravadas pelas elevadas perdas e desperdício de
material, o setor é um grande gerador de resíduos.
Os resíduos da construção e demolição
são gerados em massa superior a
500kg/hab.ano. (sem contabilizar
acréscimo na extração e
processamento).
O transporte de materiais também são
grandes contribuintes da poluição.
ENSAIOS DE MATERIAIS
A qualidade pode ser estimada:
• Diretamente: por obras já realizadas
• Indiretamente: através de ensaios
Os ensaios fornecem:
• Propriedades físicas, químicas e
mecânicas
• Coeficiente de segurança
• Recepção dos materiais
Os ensaios resultam em maior eficácia pois as condições a que o material
deve satisfazer podem ser reguladas ou modificadas intencionalmente, o
que irá aumentar a velocidade das observações trazendo respostas mais
rápidas.
ENSAIOS DE MATERIAIS
Coeficiente de Segurança: É necessário que o esforço imposto a um
material, seja inferior ao esforço limite que o mesmo pode suportar, a fim
de que haja margem para absorver aumentos de tensão ou de fadiga
provenientes de carregamentos imprevistos, choques intempestivos, uso
contínuo, oxidação, microfissuração, falta de homogeneidade, etc.
Recepção dos Materiais: São os processos
rápidos e econômicos adotados para se
conferir as qualidades previstas para cada
material (série de ensaios de fácil
execução). ABNT ou INMETRO
NORMALIZAÇÃO
Os números fornecidos pelos ensaios são valores relativos pois é grande o
número de parâmetros que influenciam. Daí a necessidade da fixação de
métodos que, reduzindo ao mínimo os fatores de variação, permitem uma
comparação mais perfeita das características. A interpretação dos resultados
exige a associação de diferentes ensaios.
Ex: Ensaio de resistência mecânica, os
seguintes fatores exercem considerável
influência:
• forma geométrica e dimensões dos
corpos de prova;
• duração e marcha do ensaio;
• máquina de ensaio;
• condições outras do ensaio
(temperatura, estado de umidade, etc)
NORMALIZAÇÃO
Objetivo da normalização: Normalizar é padronizar atividades específicas e
repetitivas. É uma maneira de organizar as atividades por meio da criação e
utilização de regras ou normas.
A normalização técnica tem como objetivo
contribuir nos seguintes aspectos:
a) Qualidade; 
b) Produtividade; 
c) Tecnologia;
d) Marketing; 
e) Eliminação de barreiras técnicas e
comerciais.
NORMALIZAÇÃO - CONCEITO
Normas Técnicas: São documentos aprovados por uma instituição
reconhecida, que prevê, para um uso comum e repetitivo, regras, diretrizes
ou características para os produtos ou processos e métodos de produção
conexos, cuja observância não é obrigatória, a não ser quando explicitadas
em um instrumento do Poder Público (lei, decreto, portaria, normativa, etc.)
ou quando citadas em contratos.
Normas Regulamentadoras (NR): São documentos aprovados por órgãos
governamentais em que se estabelecem as características de um produto ou
dos processos e métodos de produção com eles relacionados, com inclusão
das disposições administrativas aplicáveis e cuja observância é obrigatória.
Os níveis de normalização são estabelecidos pela abrangência das normas
em relação às áreas geográficas. A abrangência aumenta da base para o
topo da pirâmide
NORMATIZAÇÃO
Hierarquia na normatização:
Pirâmide de abrangência da normatização
NORMAS NACIONAIS, DO MERCOSUL E INTERNACIONAIS
Normas Empresariais: São as normas elaboradas e aprovadas visando à
padronização de serviços em uma empresa ou em um grupo de empresas;
Normas de Associação: São as normas elaboradas e publicadas por uma
associação representante de um determinado setor, a fim de estabelecer
parâmetros a serem seguidos por todas as empresas a ela associadas. São as
normas editadas por uma organização nacional de normas.
Normas nacionais: No Brasil, as normas brasileiras são os documentos elaborados
segundo procedimentos definidos pela ABNT (Associação Brasileira de Normas
Técnicas). O CNN (Comitê Nacional de Normalização) define a ABNT como Foro
Nacional de Normalização, entidade privada, sem fins lucrativos, à qual
compete coordenar , orientar e supervisionar o processo de elaboração
de normas brasileiras, bem como elaborar, editar e registrar as referidas
normas (NBR). As normas brasileiras são identificadas pela ABNT com a
sigla NBR número/ano e são reconhecidas em todo o território nacional.
NORMAS NACIONAIS, DO MERCOSUL E INTERNACIONAIS
Normas regionais: São estabelecidas por um organismo regional de
normalização, para aplicação em um conjunto de países. São normas
regionais: Normas do Mercosul – desenvolvidas pela AMN (Associação
Mercosul de Normalização), elaboradas através dos CSM (Comitês Setoriais
Mercosul).
Normas internacionais: São normas técnicas
estabelecidas por um organismo
internacional de normalização, resultantes
da cooperação e de acordos entre grande
número de nações independentes, com
interesses comuns.
NORMAS ISO
Fundada em 1947, a ISO-Internacional Organization for Standardzation
recebeu essa sigla por ser sinônimo de igualdade, tendo a função de
desenvolver trabalhos de normas técnicas que representem o consenso
entre seus membros.
A sede da ISO é em Genebra, na Suíça e atualmente fazem parte 163 países,
incluindo o Brasil. A participação brasileira é realizada através dos Comitês
Brasileiros (CB) ou pelos Organismos de Normalização Setorial (ONS).
A aprovação de uma norma internacional demanda mais de dois anos e requer uma
maioria favorável de dois terços de votos dos membros participantes do Comitê
Técnico (TC).
SÉRIE DE NORMAS ISO 9000
• NBR ISO 9000 – Descreve os fundamentos de sistemas de gestão da
qualidade e estabelece a terminologia para esses sistemas;
• NBR ISO 9001 – Especifica requisitos para um sistema de gestão da
qualidade;
• NBR ISO 9004 – Fornece diretrizes que consideram tanto a eficácia, como
a eficiência desistemas de gestão da qualidade.
SÉRIE DE NORMAS ISO 14000
• NBR ISO 14000 – Descreve os fundamentos de sistemas de gestão
ambiental e estabelece a terminologia para esses sistemas;
• NBR ISO 14001 – Dspecifica requisitos para um sistema de gestão
ambiental;
• NBR ISO 14004 – Fornece diretrizes que consideram tanto a eficácia,
como a eficiência de sistemas de gestão ambiental.
Além da ISO 9000, existe a série ISO 14000, voltada para o meio ambiente.
Essa norma é de grande importância no momento em que a humanidade
passa por alterações climáticas devido ao descaso para com os aspectos
ambientais. A série 14000 é formada por três normas:
NORMAS BRASILEIRAS – COMITÊ BRASILEIRO
CB-02 – Elaboração das normas técnicas de componentes, elementos,
produtos ou serviços utilizados na construção civil (planejamento, projeto,
execução, métodos de ensaio, armazenamento, transporte, operação, uso e
manutenção e necessidades do usuário, subdivididas setorialmente);
CB-18 – Normalização no setor de cimento, concreto e agregados,
compreendendo dosagem de concreto, pastas e argamassas; aditivos,
adesivos, águas e elastômeros (terminologia, requisitos, métodos de ensaio
e generalidades).
FINALIDADE DA NORMALIZAÇÃO
• As Normas Técnicas são elaboradas para regulamentar a QUALIDADE, a
CLASSIFICAÇÃO, a PRODUÇÃO e o EMPREGO dos diversos materiais.
• As normas têm uma função orientadora e purificadora no mercado. São
recomendações, com base na melhor técnica disponível e certificada
num determinado momento, para se atingir um resultado satisfatório. As
normas valem como padrões mínimos de referência.
ENTIDADES NORMALIZADORAS
• Vigência:
As Comissões técnicas da ABNT promovem revisão no elenco de normas sob
sua responsabilidade a cada período de 5 (cinco) anos, podendo ou não
alterar o texto da mesma em vigor.
TIPOS DE NORMAS DA ABNT
• NB - (Norma Brasileira) - Condições e exigências para execução de obras;
• EB - (Especificação Brasileira) - Estabelecem prescrições para os
materiais;
• MB - (Método Brasileiro) - Ensaios. Processos para formação e exame de
amostras;
• PB - (Padronização Brasileira) - Estabelecem dimensões para os materiais;
• TB - (Terminologia Brasileira) - Regularizam a nomenclatura técnica;
• SB - (Simbologia Brasileira) - Estabelecem convenções para desenhos;
• CB - (Classificação Brasileira) - Dividem e ordenam materiais por
propriedades características;
Ex.: Concreto por grupos de resistência.
COMITÊS BRASILEIROS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
ABNT/CB-02 Construção Civil
ABNT/CB-03 Eletricidade
ABNT/CB-18 Cimento, concreto e agregados
ABNT/CB-22 Impermeabilização
ABNT/CB-24 Segurança conta incêndio
ABNT/CB-25 Qualidade
ABNT/CB-28 Siderurgia
ABNT/CB-31 Madeiras
ABNT/CB-32 Equipamentos de proteção individual
ABNT/CB-35 Alumínio
ABNT/CB-37 Vidros planos
ABNT/CB-38 Gestão ambiental
ABNT/CB-40 Acessibilidade
ABNT/CB-53 Metrologia
ABNT/CB-55 Refrigeração, Ar condicionado, Ventilação e Aquecimento
ABNT/ONS-58 Ensaios não destrutivos
ABNT/CB-90 Qualificação de Mão de Obra para o processo construtivo de edificações
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
• Memorial Descritivo: Fornece a descrição e indicação dos materiais a
serem empregados. Dirigido a elementos não técnicos para melhor
compreensão do projeto, inclusive de toda a obra, quando concluída;
• Especificações técnicas: Indicação minuciosa das propriedades mínimas
que os materiais devem apresentar e a técnica a ser empregada na
construção. Destinam-se ao construtor visando assegurar que a obra seja
realizada com os cuidados apontados no projeto.
Além de plantas, desenhos e cálculos, um Projeto de Engenharia tem partes
de redação sob a forma de memorial descritivo e de especificações técnicas.
OBSERVAÇÕES:
Exemplos:
• NB-1 é registrada sob o n° NBR 6118
• MB-1 é registrado sob o n° NBR 7215
• EB-1 é registrada sob o n° NBR 5732
O nome Norma Técnica (NT) pode ser aplicado a qualquer dos tipos acima.
Para pesquisa no site da ABNT, deve-se usar as registradas com prefixo NBR
Aglomerantes
Aglomerantes: Os aglomerantes são definidos como produtos
empregados na construção civil para fixar ou aglomerar outros materiais
entre si.
Geralmente são materiais em forma de pó, também chamados de
pulverulentos que, misturados com a água, formam uma pasta capaz de
endurecer por simples secagem ou devido à ocorrência de reações
químicas.
Misturas:
• Pasta: mistura de aglomerante + água
• Argamassa: mistura de aglomerante + Agregado miúdo + água
• Concreto: Aglomerante + Agregado miúdo + Agregado graúdo + Água
Aglomerantes
Podem ser divididos em diversos tipos de acordo com sua composição e
endurecimento.
Aglomerantes quimicamente
Inertes: Seu endurecimento ocorre devido à secagem do material.
A argila é um exemplo de aglomerante inerte.
Aglomerantes quimicamente
Ativos: Seu endurecimento se dá por meio de reações químicas.
É o caso da cal e do cimento.
Aglomerantes ativos
São divididos também em dois tipos:
Aglomerantes Aéreos: são aqueles que conservam suas propriedades e
processam seu endurecimento somente na presença de ar.
Como exemplo deste tipo de aglomerante, temos o gesso e a cal.
Aglomerantes ativos
Aglomerantes Hidráulicos: caracterizados por conservarem suas
propriedades em presença de ar e água, mas seu endurecimento ocorre
sob influência exclusiva da água. O cimento é o principal aglomerante
hidráulico utilizado na construção civil.
Aglomerantes ativos
Os aglomerantes hidráulicos podem ser divididos também:
Aglomerantes simples: são formados por apenas um produto com
pequenas adições de outros componentes com o objetivo de melhorar
algumas características do produto final. Normalmente as adições não
ultrapassam 5% em peso do material. O cimento Portland comum é um
exemplo deste tipo de material.
Aglomerantes com adição: são compostos por um aglomerante simples
com adições em quantidades superiores, com o objetivo de conferir
propriedades especiais ao aglomerante, como menor permeabilidade,
menor calor de hidratação, menor retração, entre outras.
Aglomerantes ativos
Aglomerantes compostos: formados pela mistura de subprodutos
industriais ou produtos de baixo custo com aglomerante simples. O
resultado é um aglomerante com custo de produção relativamente mais
baixo e com propriedades específicas. Como exemplo, temos o cimento
pozolânico, que é uma mistura do cimento Portland com uma adição
chamada pozolana.
Pozolana:
É um composto que possui sílica reativa, que quando finamente moído e em contato
com cal atua como ligante hidráulico, confere ao cimento uma maior impermeabilidade,
possibilitando a sua aplicação e melhorando a sua performance em ambientes úmidos e
subterrâneos.
Aplicações: placas de concreto, assentamento de cerâmicas, blocos e tijolos, concreto
armado, fundações, estacas, galerias subterrâneas.
Aglomerantes
Os aglomerantes também podem ser caracterizados segundo o tempo que
levam para começar a processar o endurecimento da pasta onde são
empregados.
Início da solidificação da pasta é chamado de pega.
• Início de pega: pasta começa a endurecer,
perde sua plasticidade.
• Fim de pega: pasta solidificada
completamente, perde toda sua plasticidade.
ATENÇÃO: NÃO CONFUNDIR PEGA COM ENDURECIMENTO!
O fim da pega significa que a pasta não pode mais ser manuseada e,
terminada essa fase, inicia o endurecimento. Apesar de no fim da pega a
pasta já ter alguma resistência, é durante o endurecimento que os ganhos de
resistência são significativos.
Tipos de pega
• Aglomerante de pega rápida: quando a pasta inicia sua solidificação
num intervalo de tempo inferior a 30 minutos.
• Aglomerante de pega semirrápida: quando a pasta inicia sua
solidificação num intervalo de tempo entre 30 a 60 minutos.
• Aglomerante de pega normal: quando a solidificação da pasta ocorre
num intervalo de tempo entre 60 minutos e 6
• horas.
Gesso
O gesso é um aglomerante obtido a partir da eliminação parcial ou total
da água de cristalização contida em uma rocha natural chamada gipsita,
que ocorre na naturezaem camadas estratificadas.
Gipsita
Gesso
A obtenção ocorre por meio de 3 etapas:
• a extração da rocha;
• a diminuição de tamanho da mesma por processos de trituração;
• a queima do material ou calcinação.
Gesso
A última etapa também é conhecida como calcinação e consiste em expor
a rocha a temperaturas que podem variar de 100 a 300ºC, obtendo como
resultado o gesso com desprendimento de vapor d’água.
De acordo com a temperatura
de queima podem resultar
diferentes tipos de produtos.
O processo de queima da
gipsita normalmente é feito
em fornos rotativos.
Gesso
O gesso, ao ser misturado com água, torna-se plástico e enrijece
rapidamente, retornando a sua composição original.
Essa combinação faz-se com a produção de uma fina malha de cristais de
sulfato hidratado, interpenetrada, responsável pela coesão do conjunto.
Esse fenômeno conhecido como pega é acompanhado de elevação de
temperatura, tratando-se de uma reação exotérmica.
Normalmente, o gesso possui tempo de pega entre 15 e 20 minutos.
Gesso
A temperatura da água funciona como acelerador de pega e a quantidade
como retardador, ou seja, quanto maior a temperatura da água, mais
rápido o material reage e quanto maior a quantidade de água, mais
lentamente ocorrem as reações.
Quanto maior a quantidade de água adicionada, maior a porosidade e
menor a resistência.
Quando a calcinação é feita em temperatura mais alta, o resultado é um
gesso de pega mais lenta, só que com maior resistência.
Resistência à compressão de 5 à 15 MPa.
Gesso
Quantidade de água necessária para o gesso é de 50 a 70%.
O amassamento é feito com excesso de água para evitar uma pega muito
rápida, tornando a pasta manuseável por tempo suficiente à aplicação.
A perda de água excedente conduz ao endurecimento e aumento de
resistência.
O gesso, como material de construção, é um pó branco, de elevada finura,
comercializado principalmente em sacos de 50 kg, com o nome de gesso,
estuque ou gesso-molde.
Algumas empresas fornecem sacos de 1, 20 e 40 kg.
No Brasil, o gesso é relativamente escasso, mais usado para estética do
que como aglomerante.
Gesso
Gesso
É utilizado principalmente como material de acabamento em interiores,
para obtenção de superfícies lisas, podendo substituir a massa corrida e a
massa fina.
Nesse caso, pode ser utilizado puro (apenas misturado com água) ou em
misturas com areias, sob forma de argamassas.
Atualmente, o gesso é empregado em larga escala no formato de placas,
as chamadas paredes leves ou drywall.
Elas são usadas em forros, divisórias, para dar acabamento em uma
parede de alvenaria bruta ou em mal estado, ou para melhorar os índices
de vedações térmicos ou acústicos do ambiente.
Por ser um aglomerante aéreo, não se presta para a aplicação em
ambientes externos devido à baixa resistência em presença da água.
Produção de gesso acartonado - drywall
Chapas fabricadas por processo de laminação contínua de uma mistura de
gesso, água e aditivos entre duas lâminas de cartão.
NBR 14715:2001, NBR 14716:2001 e NBR 14717:2001.
Produção de gesso acartonado - drywall
Tipos de chapas de gesso acartonado - drywall
Cores:
• Standard (ST) – Branca – (áreas secas)
• Resistente à Umidade (RU) – Verde
• Resistente ao Fogo (RF) – Rosa
Chapas acartonadas - dimensões:
L= 60,0 ou 120,0 cm
C = 240,0 ou 360,0 cm
Espessuras: 7mm, 10mm, 12,5mm, 15mm, 20mm e 25 mm.
Tipos de chapas de gesso acartonado - drywall
Cal aérea
A cal é obtida a partir da calcinação da rocha calcária, composta
principalmente por óxidos de cálcio e pequenas quantidades de
impurezas como óxidos de magnésio, sílica, óxidos de ferro e óxidos de
alumínio. O processo de fabricação consiste resumidamente na extração
da rocha e queima (calcinação).
produto da queima é chamado de cal viva ou virgem.
Processo de calcinação – 850 a 1250 ºC.
• Abaixo de 850 ºC – queima é incompleta, resultando num produto de
rendimento inferior.
• Acima de 1250 ºC – os óxidos de cálcico se combinam com impurezas –
processo de vitrificação.
Cal aérea obtenção
Cal aérea obtenção
Cal aérea
O produto da queima é chamado de cal viva ou virgem. A obtenção da cal
Virgem pode ser expressa pela seguinte equação química:
O produto resultante é formado principalmente por óxido de cálcio
(CaO)mas para usada como aglomerante, deve ser transformada em
hidróxido, acrescentando água.
A adição de água em obra é chamada de extinção e o produto resultante é
a cal extinta.
Ciclo da cal
Cal aérea
Quando esse processo é realizado ainda em fábrica tem-se a cal hidratada.
A figura abaixo mostra o processo de extinção:
• Cal virgem está em forma de grãos de grande tamanho e estrutura
porosa ou pó.
• Já a cal hidratada está em forma de flocos ou pó.
• Ambas tem coloração branca.
Cal virgem
Cal hidratada
Cal aérea
Quanto à classificação é pela composição da rocha:
• Cal cálcica: composta por no mínimo 75% de óxidos de cálcio (CaO).
Esse tipo de cal possui como característica a maior capacidade de
sustentação da areia.
• Cal magnesiana: possui no mínimo 20% de óxidos de magnésio (MgO)
em sua composição. Quando utilizada em argamassas, esse tipo de cal
dá origem a misturas mais trabalháveis.
Soma de ambos não pode ser inferior a 95% e os demais 5% são
impurezas.
Extinção da cal é feita em tambor, liberando calor. Na variação cálcica,
atinge até 400 ºC. Na variação magnesiana, reação mais lenta, com
menos calor.
Cal aérea obtenção
Extinção da cal
Amostras de 1,2 kg em blocos;
• Adiciona-se água e observa-se o tempo de reação da extinção.
• Rápida – tempo < 5 min;
• Média – 5 < tempo < 30 min;
• Lenta – tempo > 30 min.
Rendimento em pasta:
Cal gorda: possui rendimento superior a 1,82, ou seja, uma unidade de
volume de cal dá origem a mais de 1,82 unidades de volume de pasta. A
variedade cálcica é um exemplo de cal gorda.
Cal magra: possui rendimento inferior a 1,82; ou seja, uma unidade de
volume de cal dá origem a menos de 1,82 unidades de volume de pasta. A
cal magnesiana é um exemplo de cal magra.
Envelhecimento da pasta
Depois da extinção, mistura fica em repouso, dependendo:
• Cal em pedra: o período de envelhecimento varia de 7 a 10 dias,
quando a variedade é cálcica e 2 semanas para a cal magnesiana.
• Cal em pó: o período de envelhecimento mínimo é de 24 horas.
Cal hidratada propriedades
• Plasticidade;
• Retenção de água;
• Incorporação de areia;
• Endurecimento.
Cal hidratada propriedades
Plasticidade:
• Mais facilidade de aplicação de argamassas como revestimento;
• Material pulverulento – diminui o atrito entre os grãos de areia da argamassa;
• Plástica – melhor trabalhabilidade e rendimento.
Retenção de água:
• Mantém água em torno da partícula (evita perda por sucção para a alvenaria);
• Ao reagir com o CO2, a cal libera água que é usada na hidratação do cimento;
• Atenua o processo de retração – ocorrido por perdas de volume.
Cal hidratada propriedades
Incorporação da areia:
• Como os grãos de cal são muito fino, estes conseguem envolver um
maior volume de areia;
• Aumenta o rendimento da pasta ou argamassa.
Cal hidratada propriedades
• Usadas em argamassas com cimento e areia;
• Argamassas de cal endurecem de fora para dentro, exigindo certa
porosidade que permita a evaporação da água e a penetração do gás
carbônico.
• Pode ser em flocos ou pó;
• Mesma característica da rocha só que com alta porosidade.
A cal hidratada difere da virgem por seu processo de hidratação ser feito
em usina. A cal viva é moída e pulverizada e o material moído é misturado
com uma quantidade exata de água. Após, a cal hidratada é separada da
não hidratada e de impurezas, por processos diversos.
Cal hidratada propriedades
Vantagens:
• maior facilidade de manuseio, transporte e armazenamento;
• Maior segurança (queimaduras), já pronto uso;
Desvantagens:
• menor rendimento, menor capacidade de sustentação da areia, menor
trabalhabilidade.
A cal hidratada difere da virgem por seu processo de hidratação ser feito
em usina. A cal viva é moída e pulverizadae o material moído é misturado
com uma quantidade exata de água. Após, a cal hidratada é separada da
não hidratada e de impurezas, por processos diversos.
Encontradas no mercado em 8 kg, 20 kg, 25 kg ou 40 kg.
Cal hidratada
Na construção civil, a cal é utilizada principalmente em argamassas de
assentamento e revestimento, pinturas, misturas asfálticas, estabilização
de solos, fabricação de blocos sílico calcários, indústria metalúrgica, etc.
Cal hidratada
O uso da cal propicia o aumento de trabalhabilidade da mistura, o que
Também contribui para tornar as argamassas mais econômicas pela
possibilidade de aumento na quantidade de agregados. O custo reduzido
da cal também contribui para tornar seu uso atrativo.
Outra contribuição da cal nas argamassas é a redução do fenômeno de
retração, que é a diminuição de volume capaz de gerar o aparecimento de
fissuras.
Os revestimentos feitos de argamassa de cal e areia devem ser executados
em camadas finas, com intervalo de aproximadamente 10 dias entre uma
camada e outra para possibilitar o endurecimento completo do material.
As pinturas à base de cal possuem propriedades fungicidas e bactericidas.
Além disso, a cal pode ser utilizada para a separação da escória, que é um
resíduo da fabricação de aço para a construção civil.
Cal hidratada
RESUMO DA AULA
TRABALHO EM GRUPO (DUPLA)
Cada dupla irá pesquisar 1 norma conforme o assunto proposto
IMPORTANTE
• Verificar se as normas escolhidas estão vigentes;
• Fazer um resumo sobre as normas;
• Entregar o conteúdo do resumo uma semana antes da AV1

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