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ATIVIDADE INTERDICIPLINAR/ SERVIÇO SOCIAL

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PAGE 
Sistema de Ensino A DISTÂNCIA
SUMÁRIO
1-INTRODUÇÃO...........................................................................................................3
2-DESENVOLVIMENTO...............................................................................................4
3-CONCLUSÃO............................................................................................................12
4 REFERÊNCIAS
1 INTRODUÇÃO
 O presente trabalho tem como objetivo analisar os desastres ambientais na perspectiva da sociedade capitalista.
 O objetivo proposto foi alcançado,mas entende-se que é imprescindível a realização de estudos minuciosos e detalhados visando o aperfeiçoamento pelo poder público das Leis pesquisadas para que brechas sejam evitadas e o meio ambiente não seja afetado por possíveis erros futuros.
 Utilizou-se metodologia baseada no levantamento bibliográfico do assunto abordado,foi feita uma seleção dos avanços advindos a partir da criação da Lei nº 6.938 de 31 de agosto de 1981, Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1988 e ainda uma análise da Política Nacional de Meio Ambiente(PNMA) e de resoluções advindas dela.Pode-se observar que a lei trouxe mecanismos que ainda vigoram no país,proporcionando melhorias nas questões ambientais. Mas o rompimento da barragem de Brumadinho como foi citado na página 8 que resultou em um dos maiores desastres com rejeitos de mineração no Brasil,mostra o quão frágil são as políticas públicas atuais.
2-DESENVOLVIMENTO
 Antes da Constituição Federal de 1988, a competência dos municípios para legislar sobre meio ambiente já havia sido estabelecida de maneira expressa pela Lei no 6.938/81, de 31 de agosto de 1981, Artigo 6º, Parágrafo 2º Dessa maneira, os municípios podem estabelecer normas ambientais e integrar disposições ambientais em sua legislação, criando obrigações, direitos e faculdades, instituindo organizações, mecanismos e instrumentos para a ação ambiental, através de leis votadas pelas Câmaras Municipais como também por meio de regulamentos do Executivo.
 A Constituição Federal (CF) de 1988 dispõe, no art. 170, parágrafo único,que “é assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei”. Todavia, simultaneamente, no art. 225, § 1º, inciso IV, ela prevê que “incumbe ao poder público (...) exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade”
Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981
Art 1º - Esta Lei, com fundamento no art. 8º, item XVII, alíneas c, h e i , da Constituição Federal, estabelece a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, constitui o Sistema Nacional do Meio Ambiente, cria o Conselho Nacional do Meio Ambiente e institui o Cadastro Técnico Federal de Atividades e instrumentos de Defesa Ambiental.
 A Política Nacional do Meio Ambiente,de acordo com o art. 2º da referida lei tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento sócio-econômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana, atendidos os seguintes princípios:
I - ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando o meio ambiente como um patrimônio público a ser necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo;II - racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar; Ill - planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais;
IV - proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas representativas;V - controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente poluidoras;VI - incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o uso racional e a proteção dos recursos ambientais;VII - acompanhamento do estado da qualidade ambiental;
VIII - recuperação de áreas degradadas; IX - proteção de áreas ameaçadas de degradação;X - educação ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a educação da comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa do meio ambiente.
 Para fins previstos na Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981em seu artigo 3º entende-se por meio ambiente:
I - o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas
Art 7º - É criado o Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA, cuja composição,organização, competência e funcionamento serão estabelecidos, em regulamento, pelo Poder Executivo.
Segundo Carvalho (2003), 
o CONAMA é um dos fatores responsáveis pelo caráter democrático e transformador da política nacional de meio ambiente, estruturada em período de exceção. No início da década de 1980, esse conselho ajudou a promover a ruptura do modelo clássico de gestão do Estado “baseado nas decisões monolíticas e unilaterais da autoridade pública, ao introduzir pela primeira vez no papel do estado e na organização do poder executivo mecanismos de gestão colegiada e participativa” (CARVALHO, 2003, p. 264).
 O Programa Nacional do Meio Ambiente - PNMA, procura fortalecer institucionalmente os organismos responsáveis pelas ações relativas ao meio ambiente em nível estadual e local; promover o desenvolvimento de instrumentos e mecanismos de gerenciamento e ações de proteção de ecossistemas; e viabilizar a aplicação dos mecanismos de análise de mercado à gestão do meio ambiente e ao uso sustentável dos recursos naturais. 
Em sentido restrito, não há desastre natural, mas perigo natural. A diferença entre desastre e perigo está no componente humano; quando a população é afetada por um perigo, e quando a resposta da comunidade a um perigo é insuficiente, ocorre um desastre. As definições apresentadas abaixo são extraídas do glossário de definições de termos sobre desastres desenvolvido pela International Strategy for Disaster Reduction – ISDR (TERMINOLOGY...,2004). 
 Entende-se como Perigo um evento físico, fenômeno ou atividade humana que pode causar perda de vida, danos a propriedades, perdas econômicas e degradação ambiental. O perigo pode ser natural ou induzido por processos antropogênicos (degradação ambiental e perigos tecnológicos). Pode ser único, sequencial ou combinado com outros perigos e efeitos. Cada perigo tem sua localização, intensidade, freqüência e probabilidade:
Perigos Naturais - são processos ou fenômenos naturais que ocorrem na biosfera e que podem constituir-se num evento prejudicial. Os perigos naturais podem ser classificados de acordo com sua origem em perigos geológicos, perigos hidrometeorológicos ou perigos biológicos; terremotos, atividade vulcânica, tsunamis,movimentos de terra (deslizamentos, quedas de blocos, corridas de lama), inundações, furacões, tornados, seca severa, desertificação, incêndios florestais, extremos da temperatura, tempestades de areia ou de poeira, avalanches de neve, doenças epidêmicas, contaminação de plantas ou animais; Perigos Tecnológicos são associados a acidentes tecnológicos ou industriais, a falhas de infra-estrutura ou a determinadas atividades humanas que podem causar perdas de vidas ou ferimentos, danos à propriedade, danos sociais e econômicos e degradação ambiental. Podem ser entendidos como perigos antropogênicos. temos a poluição industrial, a atividade nuclear, os resíduos tóxicos, o rompimento de represas, os acidentes industriais e de transporte outecnológicos(explosões,fogos,derramamentos).PerigosHidrometeorológicos- são processos ou fenômenos de natureza atmosférica, hidrológica ou oceanográfica; Perigos Geológicos - são processos ou fenômenos naturaisque incluem processos de origem endógena, de origem tectônica ou exógena, tais como movimentos de massa.(IBGE,2002,p.164)
 A Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1988 (Lei de Crimes Ambientais, Artigo 73, combinado com Artigo 76), determina que os valores arrecadados em pagamentos de multas aplicadas pela prefeitura por infração ambiental sejam revertidos em Fundos Municipais de Meio Ambiente ou correlato. Se o mesmo for inexistente, os valores arrecadados devem ser transferidos ao Estado ou à União. Além das multas, os municípios podem estipular outras fontes de recursos para compor seus fundos municipais, como, por exemplo, doações provenientes da iniciativa privada ou de organizações não-governamentais nacionais e internacionais voltadas a programas de recuperação de áreas degradadas e indenização das populações afetadas por impactos ambientais.
Art 9º - São instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente:
I - o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental;
II - o zoneamento ambiental;III - a avaliação de impactos ambientais;IV - o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras; V - os incentivos à produção e instalação de equipamentos e a criação ou absorção de tecnologia, voltados para a melhoria da qualidade ambiental;VI - a criação de reservas e estações ecológicas, áreas de proteção ambiental e as de relevante interesse ecológico, pelo Poder Público Federal, Estadual e Municipal;VII - o sistema nacional de informações sobre o meio ambiente; VIII - o Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental; IX - as penalidades disciplinares ou compensatórias ao não cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção da degradação ambiental.
 O  rompimento da barragem de Brumadinho, em 25 de janeiro de 2019, resultou em um dos maiores desastres com rejeitos de mineração do Brasil . A barragem de rejeitos classificada como de "baixo risco" e "alto potencial de danos",era controlada pela Vale S.A. e estava localizada no ribeirão Ferro-Carvão, na região de Córrego do Feijão, no município brasileiro de Brumadinho, a 65 km de Belo Horizonte, em Minas Gerais.
 A década de 1990-1999 foi declarada pela ONU como a Década Internacional de Redução de Desastres Naturais, e o tema principal foi “Construir a Cultura da Prevenção” A estratégia de Yokohama, concebida durante a Conferência Mundial de Redução de Desastres Naturais, em 1994, destacou alguns tópicos que podem ser considerados atuais. Entre eles cita-se:
1) A avaliação de risco é um passo necessário para se adotar uma política nacional eficiente de redução de desastres;2) A prevenção e preparação são de importância primária, além de considerar o desenvolvimento de políticas e planejamentos nacional e regional;3) Medidas de prevenção são mais efetivas quando envolvem a participação em todos os níveis da comunidade; e 4) A proteção ambiental como componente de desenvolvimento sustentável combinada com a erradicação da pobreza é um elemento imperativo na prevenção e diminuição de desastres naturais.(IBGE,2005,p.166)
 Segundo a Vale, a barragem rompida tinha Declarações de Condições de Estabilidade emitidas pela empresa TUV SUD em junho e setembro de 2018. A empresa diz que os documentos atestavam "a segurança física e hidráulica da barragem". Porém, especialistas questionam os critérios dessa aprovação. Alessandra Cardoso (2019), assessora política do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), cita o fato de que a barragem estava sem receber rejeitos há três anos.
É importante saber se a empresa adota o mesmo rigor de segurança em barragens que estão inativas, em processo de sedimentação."Para ela, quando uma mina ou barragem paralisa suas atividades, "a tendência é que a empresa dê menos atenção aos critérios de segurança.(CARDOSO,2019)
 Representante do Comitê Nacional em Defesa dos Territórios Frente à Mineração, Katia Visentainer diz que, caso outras barragens tenham sido danificadas, o volume de rejeitos poderá ser ainda maior.
 Segundo a Vale, a barragem que rompeu tinha um volume de cerca de 11,7 milhões de metros cúbicos. Em comparação, no acidente da Samarco em Mariana, foram liberados 34 milhões de metros cúbicos de rejeitos. Não se sabe quais os volumes das outras duas barragens do complexo em Brumadinho.
Responsabilidade objetiva
é o poluidor obrigado, independentemente de existência de culpa, a indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade.(ART. 14, parágrafo 1º,Lei 6.938/81).
 No Brasil, existem 299 barragens cadastradas pelo DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral). Dessas, 23 têm alto risco da estrutura se romper. E 138 têm alto dano potencial associado, o que quer dizer que, caso a estrutura ceda, o estrago será devastador. Apesar do número estar na escala das centenas, apenas 19 barragens são consideradas prioritárias pelo estado crítico em que se apresentam – o critério para essa classificação é uma combinação das duas categorias (alto risco estrutural mais dano que pode causar). (http://super.abril.com.br/cotidiano/barragens-de-mineracao-sao-uma-bomba-relogio-e-o-problema-nao-e-so-de-mariana)
Afrouxar o licenciamento ambiental aumenta a margem de lucro das empresas, em função da redução dos custos. Isso é bom para as empresas e seus acionistas. Porém, quando ocorre um desastre ambiental, o que há é uma socialização dos prejuízos, que são pagos pela sociedade como um todo.(EL PAIS, 2019
 O trágico desastre de Brumadinho deve servir de alerta para toda a sociedade brasileira. Promover o desenvolvimento econômico às custas da destruição ambiental é burrice e é contrário ao interesse nacional. Não há desenvolvimento sem proteção ambiental. Devemos ter a competência de construir um estilo de desenvolvimento que seja, de fato, sustentável.(EL PAÍS,2019)
 Segundo o jornal EL País (2019) o desastre de Brumadinho  é uma boa oportunidade para refletir sobre uma visão muito disseminada no Brasil de que a proteção ambiental é um entrave ao desenvolvimento.  Tem aumentado o número de pessoas que acreditam na ideia de que o Brasil deveria afrouxar as políticas ambientais como forma de acelerar a economia. Muitos acreditam que devemos desenhar políticas econômicas sem analisar suas consequências ambientais. Isso está profundamente equivocado.
 Ainda de acordo com o jornal EL País(2019)não há desenvolvimento sem proteção ambiental. Os livros textos de economia das melhores universidades do mundo já não falam mais de crescimento sem considerar os seus impactos ambientais, que no passado eram tratadas como simples “externalidades”. Se os órgãos ambientais tivessem exigido maiores investimentos da Vale na segurança das barragens antes de conceder a licença, isso teria sido visto como um “entrave ambiental”.
Na visão antiga, qualquer forma de produzir minério é boa porque faz a economia crescer, gerando empregos e isso basta. Não entra nessa perspectiva a análise do custo das vidas e da degradação ambiental de desastres como Brumadinho ou Mariana (este foi o maior da história do Brasil). Esse prejuízo ocorre na forma de morte de pessoas, traumas psicológicos, perdas de pertences pessoais, doenças, degradação dos rios e lagos, contaminação dos mananciais de água potável, destruição das florestas que mantém o regime de chuvas, a vazão dos rios e os insetos que polinizam as lavouras; dentre muitos outros. Portanto, interessa às empresas, mas não interessa à sociedade o afrouxamento do licenciamento ambiental.(EL PAIS,2019)
O Modo de Produção Capitalista interfere no desenvolvimento sustentável
O homem é compreendido como ser genérico, como ser que opera sobre o mundo, sobre os outros homens e sobre si mesmo enquanto gênero, enquanto espécie que busca sua sobrevivência.Mas o homem não busca apenas e meramente sua sobrevivência, busca a transformação de si mesmo e da natureza e é capaz de fazê-lo porque se reconhece e reconhece ao outro nesse processo” (ANDERY, 1996, p. 404)
 O capitalismo evidenciou a acumulação do capital, agora ampliada a escala mundial, com a supremacia dos trustes e dos cartéis. As últimas décadas do século XIX assinalaram o interesse por zonas privilegiadas de investimento no Exterior, a ponto de, após 1880, se conferir às colônias maior valor econômico. Perseguindo outros campos de investimento, o capitalismo monopolista dirigiu-se à exportação de capital e de bens de capital” (VIEIRA, 2007, p. 139-140).
A crise que caracteriza a contemporaneidade qualifica-se por um grau de intensidade e capilaridade muito maior que as suas antecessoras. Destaca-se, nesse contexto, a emergência da questão ambiental em escala local e global, em virtude dos impactos ambientais crescentes gerados pelo modo de produção capitalista dominante. Neste sentido, a chamada crise ambiental atinge os variados grupos sociais de forma desigual uma vez que esta reflete as contradições clássicas inerentes ao capitalismo.A mundialização do capital e os novos contornos adquiridos pela economia na contemporaneidade acentuam ainda mais tais contradições caracterizando o cenário de crise. (QUINTANA e HACON,2011) 
 Para as referidas autoras (2011) esta necessidade vem sendo crescentemente viabilizada pelas privatizações e liberalização do mercado resultantes da implementação das teorias neoliberais, a partir de fins da década de 1970. A crise resulta, em última instância, da contradição central do modo de produção capitalista, isto é, da contradição entre a produção socializada e a sua apropriação privada. 
Muito tem sido escrito sobre a crise ambiental contemporânea. Na maioria dos casos culpa-se à indústria, fazendo clara menção ao grau de desenvolvimento tecnológico da sociedade antes que à sua estrutura de relações sociais. Para isso existe um argumento de peso: nos expaíses socialistas o grau de destruição da natureza foi igual ou pior que nos capitalistas, logo a causa deve ser procurada na indústria e não no tipo de relações sociais. Nas próximas páginas vamos questionar esse argumento. Consideramo-lo errado, desde qualquer ponto de vista. Contudo, aqui nos limitaremos a destacar uma causa e manifestação da crise ambiental contemporânea que é exclusiva das relações capitalistas. Com isso demonstraremos que se deve buscar a causa da crise ambiental em primeira instância no tipo de relações sociais de produção (FOLADORI
 De acordo com Foladori (1999) a análise das implicações das relações sociais capitalistas com o meio ambiente permite-nos extrair algumas conclusões que mostram diferenças de grau e de essência a respeito de outras formas de organização social. De grau, porque a busca do lucro, como lógica interna econômica, condiz a uma tendência à produção ilimitada: diferente de outras sociedades humanas na história, que apresentam limites à produção em relação à satisfação de suas necessidades. De essência, porque pela primeira vez na história da sociedade humana, o sistema capitalista gera desemprego de maneira crescente e estrutural, mostrando com maior nitidez que as contradições no interior da sociedade humana são o aspecto mais candente da crise ambiental. 
O relacionamento entre a economia capitalista e os problemas ambientais obriga-nos a recolocar teoricamente a questão ambiental.As primeiras aproximações ao estudo da questão ambiental provém da ecologia. A ecologia surge como uma área da biologia para estudar a inter-relação dos organismos e comunidades e organismos com o meio ambiente. As considerações mais avançadas da ecologia incorporam o ser humano e assim a ecologia passa a se converter em uma ciência interdisciplinar que pretende estabelecer uma conexão entre as ciências físico-naturais e as ciências sociais.(ODUM,1980)
 No âmbito do Ministério do Meio Ambiente, a qualidade ambiental é tratada por meio de um conjunto de ações e programas que objetivam introduzir mecanismos inovadores no processo de gestão e implementar o controle ambiental, com ênfase no controle da poluição, de forma a resultar em incrementos de qualidade ambiental e de vida.
É consenso que o meio ambiente sofre pressões causadas tanto pela carência de saneamento, transporte e habitação, como pela decorrente da poluição provocada pelo desenvolvimento das atividades econômicas, dentre as quais se destacam as de origem industrial. As emissões de material orgânico, de nutrientes e metais pesados para os rios, baías e praias, as emissões de material particulado e gases para a atmosfera, a gestão inadequada de resíduos sólidos, principalmente os perigosos, e a produção e consumo de energia poluem e contaminam águas superficiais e subterrâneas, o ar e o solo(BRASIL,1981) 
 Para qualquer espécie viva o ambiente é a inter-relação com o meio abiótico e com as outras espécies vivas. Entre esses três grupos,espécie, meio abiótico e outras espécies, estabelece-se uma inter-relação de dependência dinâmica. Qualquer espécie extrai recursos do meio e gera dejetos. Quando a extração de recursos ou a geração de dejetos é maior do que a capacidade do ecossistema de reproduzi-los ou reciclá-los, estamos frente à depredação e/ou poluição, as duas manifestações de uma crise ambiental(FOLADORI,1999,p.11)
 Debates relativos à questão ambiental no Brasil tiveram origem com o Projeto de Lei nº 13, de 1981, que resultou na edição da Lei 6.938, conhecida como Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), onde em 31 de agosto de 1981 foi instituída no país. A PNMA determina que sejam realizados os estudos de impactos ambientais com intuito de garantir licenças, e assim garantir recursos financeiros para projetos
 A Lei Federal no 6.938, de agosto de 1981, que estabelece as bases para a Política Nacional do Meio Ambiente, ao criar o Sistema Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA, dispõe sobre a articulação e responsabilidade de seus órgãos competentes nos três níveis de governo. Na esfera municipal, são componentes do SISNAMA, os órgãos ou entidades locais responsáveis pelo controle e fiscalização das atividades que degradam o meio ambiente.
De acordo com o IBAMA (2006), existem conflitos nas relações entre segmentos sociais com interesses diferentes, conflitos na ocupação do território e na utilização dos recursos, conflitos na definição de responsabilidades de cada um.
 De acordo com Silva (2007), a criação da lei Federal nº 6.938/81, foi marcante na história da legislação ambiental brasileira, sendo um documento bastante relevante e significativo, tornando-se um instrumento de defesa e proteção do ambiente e das gerações futuras, ou seja, uma ferramenta legislativa de preservação da natureza 
3- CONCLUSÃO
 Buscou-se neste estudo fazer uma análise das alterações ambientais que impediram o desempenho satisfatório das atividades econômicas (pesca, agricultura e pecuária) procurando uma articulação com o objetivo do desenvolvimento local sustentável.
 Os objetivos, propostos na pesquisa foram alcançados, mesmo assim, entende-se como necessário e de fundamental importância a realização de estudos mais minuciosos e detalhados visando corrigir algumas distorções verificadas na lei que criou a Política Nacional do Meio Ambiente, proporcionando assim ter melhores resultados não somente para o meio ambiente, mas também para os todos os cidadãos brasileiros.
 Pretendeu-se conhecer, as ocorrências de impacto, do ponto de vista ambiental, no território do município de Brumadinho. Com este objetivo, efetuou-se um conjunto de perguntas sobre o estado do meio ambiente, abordando-se diversos temas para sua caracterização. 
 No Brasil, os desastresambientais dificilmente são provocados por efeitos naturais de grande magnitude, como tsunamis, terremotos e outros, porém, muitos deles são provocados por ação humana.
 O desenvolvimento é algo que impulsiona o homem,  gera progresso e até mesmo permite que procuremos atestar nossas mais profundas capacidades e adaptações, mas quando feito de forma inconsciente, nos afasta do nosso elo mais profundo e importante: o nosso planeta.Diante disso, os desastres ambientais são uma das maiores preocupações dos tempos atuais, principalmente porque os efeitos são arrastados por anos e mais anos à frente, e reverter essa situação dependerá da forma como encaramos a nossa existência
 Possíveis alterações ambientais com conseqüências sobre as condições da vida humana e/ou com efeitos prejudiciais sobre certas atividades econômicas, especificamente sobre a pesca, a agricultura e a pecuária foram investigados através de uma minuciosa pesquisa sobre os acontecimentos ocorridos no município de Brumadinho
 Com a edição da Lei nº 6.938/81 o país passou a ter formalmente uma Política Nacional do Meio Ambiente, uma espécie de marco legal para todas as políticas públicas de meio ambiente a serem desenvolvidas pelos entes federativos.
4-REFERÊNCIAS
ANDERY, M.A. et al. Para compreender a ciência: uma perspectiva histórica. In: A prática, a história e a construção do conhecimento: Karl Marx (1818-1813). 6 ed. São Paulo e Rio de Janeiro: EDUC/Espaço e Tempo, 1996.
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BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm>. Acesso em: 13 de março de 2019
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VIEIRA, Evaldo. Os direitos e a política social. 2 ed. São Paulo: Cortez, 2007.
serviço social
DESASTRES AMBIENTAIS NA PERSPECTIVA 
 DA SOCIEDADE CAPITALISTA
2019
CRISTIANE alves moreira
 DESASTRES AMBIENTAIS NA PERSPECTIVA 
 DA SOCIEDADE CAPITALISTA
Trabalho Interdisciplinar apresentado como pré-requisito para avaliação do Curso de Serviço Social para a Universidade Pitágoras Unopar
 Orientador: Prof. Amanda Boza, Patrícia Campos, Maria Angela Santini, Rosane Aparecida Belieiro Malvezzi e Paulo Sérgio Aragão.
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