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Prévia do material em texto

autor do original
RAFAEL ALTAFIN GALLI
1ª edição
SESES
rio de janeiro 2015
GESTÃO E LEGISLAÇÃO 
AMBIENTAL
Conselho editorial regiane burger, modesto guedes júnior
Autor do original rafael altafin galli
Projeto editorial roberto paes
Coordenação de produção rodrigo azevedo de oliveira
Projeto gráfico paulo vitor bastos
Diagramação fabrico
Revisão linguística aderbal torres bezerra
Imagem de capa shutterstock
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida 
por quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em 
qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita da Editora. Copyright seses, 2015.
Diretoria de Ensino — Fábrica de Conhecimento
Rua do Bispo, 83, bloco F, Campus João Uchôa
Rio Comprido — Rio de Janeiro — rj — cep 20261-063
Sumário
Prefácio 7
1. Meio ambiente 10
Meio ambiente 10
Educação ambiental 14
Política nacional do meio ambiente 18
2. Responsabilidade ambiental 32
A crise ambiental 32
Direito ambiental 37
Dano ambiental 39
Da responsabilidade penal, civil e administrativa 40
Crimes Ambientais 43
3. Licenciamento ambiental 52
Princípio do poluidor pagador 52
O licenciamento ambiental no controle das atividades poluidoras 54
Estudos ambientais 57
Indicadores 61
Avaliação de impacto ambiental 61
Estudo de impacto ambiental 62
Relatório de impacto ambiental 66
4. Auditoria ambiental 76
Histórico 76
ISO 14000 80
Conceito de auditoria ambiental 81
Aplicação das auditorias ambientais 82
Sistema de gestão ambiental – I 84
Ecologia e economia 86
5. Sistema de gestão ambiental 98
Conceituação 98
Princípios definitivos de um sistema de gestão ambiental 99
ISO 14000 102
7
Prefácio
Prezado(a) aluno(a)
A disciplina Gestão e Legislação Ambiental visa transmitir ao estudante no-
ções fundamentais sobre a gestão ambiental, bem como conhecimentos espe-
cíficos sobre o Direito Ambiental. 
A disciplina trabalha sob enfoques humanísticos, ético, político, jurídico e 
histórico acerca das regras referentes ao direito ambiental. 
Assim, esta disciplina tem o objetivo de fornecer ao estudante, uma visão 
global de Gestão e Legislação Ambiental, pautada em teoria e prática, que auxi-
liará o estudante em sua vida profissional.
Desse modo, dividimos esse material de apoio em cinco partes: A primeira, 
pautada no estudo do meio ambiente e do direito ambiental. Estudaremos no 
primeiro e no segundo capítulos, os conceitos de meio ambiente, educação am-
biental e a legislação ambiental, em especial a lei de política nacional do meio 
ambiente e a lei de crimes ambientais. 
A partir do terceiro capítulo, estudaremos temas que envolvem a gestão am-
biental. Analisaremos as regras referentes ao licenciamento ambiental no con-
trole das atividades poluidoras, a avaliação do impacto ambiental, o estudo do 
impacto ambiental (EIA) e o relatório de impacto ambiental (RIMA).
No quarto capítulo, analisaremos as regras referentes à auditoria ambien-
tal. Conheceremos as suas definições, aplicações e o sistema de gestão ambien-
tal. Por fim, no quinto e último capítulo estudaremos especificamente os siste-
mas de gestão ambiental, em especial, a ISO 14000 e ISO 14001.
Com isso, esta disciplina procura analisar as noções fundamentais referen-
tes à gestão e legislação ambiental, bem como as questões práticas que envol-
vem o tema.
Este estudo é de suma importância ao gerenciamento de qualquer ramo de 
atividade, servindo, pois, como alicerce para todo desenvolvimento profissional.
Bons estudos e boa sorte!
Meio ambiente
1
10 • capítulo 1
1 Meio ambiente
Neste primeiro capítulo, analisaremos o Meio Ambiente. Vamos estudar o con-
ceito de meio ambiente, conforme o posicionamento de diversos autores, bem 
como a importância da educação ambiental para o Brasil e o mundo. Em um 
segundo momento, estudaremos a política nacional do meio ambiente, seus 
princípios e objetivos. Vamos aos estudos!!!!
OBJETIVOS
•  Entender o conceito de meio ambiente;
•  Conhecer a importância da educação ambiental;
•  Estudar a política Nacional do meio ambiente;
•  Compreender os princípios e objetivos da política nacional do meio ambiente.
REFLEXÃO
Você conhece o correto conceito de meio ambiente? O significado de educação ambiental? 
Neste capítulo, estudaremos estas questões, bem como a política nacional do meio ambiente, 
seus princípios e objetivos. 
1.1 Meio ambiente
A consciência ambiental vem envolvendo parcelas significativas das socieda-
des de todo o mundo e as questões ambientais, mais do que nunca, apresen-
tam-se em níveis globais.
A evolução histórica do meio ambiente se inicia na Antiguidade, se conso-
lidando com a formação dos Estados nacionais e, atualmente, desborda das 
fronteiras nacionais, passando a ser uma preocupação de toda a humanidade, 
estampada em declarações e tratados internacionais.
Documentos como o Código de Hamurabi e a Lei Mozaica já demonstravam 
uma preocupação dessas antigas civilizações com o respeito à natureza, sendo 
que, tais preocupações foram se arrastando ao tempo, em pequenas propor-
ções, mas nunca esquecida pela humanidade.
capítulo 1 • 11
Segundo o autor Jorge Alberto de Oliveira Marum (2002, pg. 92):
A Magna Carta, outorgada por João Sem – Terra em 1215, também continha minucio-
sos dispositivos sobre a utilização das florestas, que foram divididos em dois diplomas: 
a Carta da Floresta e a Carta da Liberdade, hoje tão reverenciada em todos os sistemas 
jurídicos.
A partir do século XVIII, a natureza passou a perder um pouco do seu caráter 
divino e intocável e, passou a ser um mecanismo de exploração do homem, em 
busca de um desenvolvimento científico e econômico.
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Segundo a observação de Heisenberg (Apud. NAZO, G. N.; MUKAI, T, pg. 
111, 2002):
A consideração da natureza como algo distinto do mundo divino só começou a firmar-
se a partir do século XVIII. A natureza, não mais cenário participante da vida divina e hu-
mana, tornou-se objeto indiferente e homogêneo das experiências científicas. O termo 
natureza passou a designar muito mais uma descrição científica da natureza, do que ela 
mesma. As montanhas, as plantas, os rios, as fontes, os astros celestiais e os próprios 
animais foram morrendo e desaparecendo aos poucos do cenário humano, reduzidos 
a equações matemáticas, fórmulas científicas, esquemas racionais e pragmáticos, ele-
mentos físicos do universo. 
12 • capítulo 1
A expressão “meio ambiente” (milieuambient) foi, ao que parece, utilizada 
pela primeira vez, pelo naturalista francês Geoffroy de Saint – Hilaire na obra 
Étudesprogressives d’unnaturaliste, de 1835, tendo sido perfilhada por Au-
gusto Comte em seu Curso de filosofia positiva (MILARÉ, 2009).
Contudo, foi a partir do século XX, mais precisamente, após a 2ª Guerra 
Mundial, que o meio ambiente e a sua preservação, passou a ser visto como 
uma preocupação mundial.
Segundo José Afonso da Silva (1997, pg. 2), “O meio ambiente é, assim, a interação do 
conjunto de elementos naturais, artificiais e culturais que propiciam o desenvolvimento 
equilibrado da vida em todas as suas formas.”
Para muitos doutrinadores, a expressão “meio ambiente” é redundante, pois 
a palavra ambiente engloba a palavra meio, uma vez que a palavra ambiente “in-
dica a esfera, o círculo, o âmbito que nos cerca, em que vivemos (SILVA, 1997).
Neste diapasão, a proteção do meio ambiente traduz a proteção à vida. O 
meio ambiente é o pressuposto para o exercício de todos os demais direitos, 
visto que representa, em última análise,a preservação da vida em todas as suas 
formas, sendo que, somente aqueles que possuírem uma boa qualidade de 
vida, terão condições de exercitarem os demais direitos humanos.
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capítulo 1 • 13
Maurício Lilster (Apud FREIRE, 2000) defende que, no conceito de ambiente 
e seus estudos, o homem se apresenta em sua natureza de ser social e tem como 
ponto de partida a sua atuação modificadora dos componentes físicos naturais 
que o circundam, quando essas modificações alteram, de algum modo, o equi-
líbrio dos ecossistemas ou atentem contra seu restabelecimento.
No Brasil, o conceito de meio ambiente, surgiu com a Lei n. 6.938, de 31 de 
agosto de 1981 (BRASIL, 2014), que dispõe sobre a Política Nacional do Meio 
Ambiente, a qual definiu o que é meio ambiente, nos seguintes termos:
Art. 3º. Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por:
I – meio ambiente o conjunto de condições, leis, influências e interações de 
ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as 
suas formas. 
CONEXÃO
Para maiores informações referentes à lei n. 6.938/81, o aluno pode acessar o site <www.
planalto.gov.br>, onde terá acesso a todo o nosso ordenamento jurídico.
Segundo Celeste Leite dos Santos Pereira Gomes (1999, pg. 3), a questão am-
biental se endereça à proteção dos bens singulares e à recuperação da degrada-
ção global, destacando-se:
o ciclo natural da água; o ciclo climático natural; a camada de ozônio; a termoregulação 
das florestas tropicais e dos grandes bosques; a diversidade biológica; o patrimônio 
genético; a função da autodepuração dos mares e do solo; o sistema de alimentação e 
reprodução do ecossistema marinho e zonas úmidas; a composição da água; o equilí-
brio térmico da atmosfera; o equilíbrio termogenético e o equilíbrio radioativo.
A Constituição da República Federativa do Brasil, no artigo 225, “caput”, 
(BRASIL, 2014) dispõe sobre o meio ambiente enunciando que, Todos têm direi-
to ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e 
essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade 
o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
14 • capítulo 1
Com isso, a definição de meio ambiente é ampla, abrangendo vários aspec-
tos da vida humana, onde o legislador brasileiro, optou por trazer um conceito 
jurídico indeterminado, a fim de criar um espaço positivo de incidência da nor-
ma. (FIORILLO, 2000).
Verificando a própria terminologia, podemos concluir que meio ambiente 
relaciona-se a tudo aquilo que circunda o ser humano. É o universo natural que 
exerce influência sobre os seres vivos. Neste sentido, o meio ambiente não deve 
ser visto como o espaço em que vivemos, mas o espaço do qual vivemos.
1.2 Educação ambiental
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A problemática ambiental é uma das principais preocupações da socieda-
de moderna, desencadeando, por isso, uma série de iniciativas no sentido de 
reverter a situação atual de consequências danosas à vida na terra. Uma dessas 
iniciativas é a Educação Ambiental que as instituições de educação básica estão 
procurando implementar, na busca da formação de cidadãos conscientes e com-
prometidos com as principais preocupações da sociedade (SERRANO, 2003). 
A década de 70 assistiu às primeiras experiências e implementações pionei-
ras da Educação Ambiental, sempre reservada a seus aspectos ecológicos.
A primeira definição internacional da Educação Ambiental foi adotada pela 
International Union for the Conservation of Nature (IUCN, 1971), que enfatizou 
os aspectos ecológicos da Conservação. Basicamente, a Educação Ambiental 
estava relacionada à conservação da biodiversidade e dos sistemas de vida. A 
Conferência de Estocolmo (1972) ampliou sua definição e outras esferas do co-
capítulo 1 • 15
nhecimento e, finalmente, a Conferência Intergovernamental de Tbilisi (1977), 
internacionalmente mais aceita, definiu que:
A Educação Ambiental é um processo de reconhecimento de valores e cla-
rificação de conceitos, objetivando o desenvolvimento das habilidades e modi-
ficando as atitudes em relação ao meio, para entender e apreciar as inter-rela-
ções entre os seres humanos, suas culturas e seus meios biofísicos. A Educação 
Ambiental também está relacionada com a prática das tomadas de decisões e a 
ética que conduzem para a melhoria da qualidade de vida. (SATO, 2004).
Segundo Cecília Galvão (PESQUISA EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL, 2007), o 
conceito de Educação Ambiental (EA) é relativamente recente, tem pouco mais 
de trinta anos, e foi evoluindo, desde as conferências promovidas pela Unesco, 
realizadas em Belgrado, em 1975 e em Tbilisi, em 1977, de acordo com uma 
consciência cada vez mais colectiva de intervenção positiva na natureza (UNES-
CO, 1989). A EA começou por assumir um caráter naturalista, ingênuo, de elo-
gio de regresso ao passado e recusa do progresso, visto como intrinsecamente 
antiambiental. O conceito foi evoluindo no sentido de assumir características 
de maior realismo, pensando o futuro com outra lógica de desenvolvimento e 
de progresso, nos termos do chamado desenvolvimento sustentável. [...]
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No Brasil, no final da década de 80, iniciou-se em São Paulo um interessante 
processo de organização dos militantes ambientalistas, preocupados mais es-
pecificamente com as questões relacionadas com a educação ambiental. Nesse 
período, mais precisamente em 1989, realizou-se o I Fórum de Educação Am-
biental. Organizado conjuntamente por várias ONG’s, esse encontro teve a ca-
racterística de aglutinar as mais diversas concepções ambientalistas e os mais 
variados princípios ou idéias sobre educação ambiental. (CASCINO, 2003).
16 • capítulo 1
A partir desse primeiro encontro entre educadores e ambientalistas, ou-
tros três fóruns foram realizados: o II Fórum, pré ECO – 92, em abril de 1992; 
o III, na PUC – SP, em agosto de 1994, e o IV, nos dias 5 e 8 de agosto de 1997, 
em Guarapari, Espírito Santo. Nos quatro Fóruns realizados, a marca registra-
da foi a tentativa de se criarem novas formas de ler os processos de formação 
das cidadanias, das maneiras de instruir, informar, educar as futuras gerações, 
procurando recriar as falas e comportamentos sustentados por uma ética de 
preservação e desenvolvimento com harmonia. (CASCINO, 2003).
Com relação à legislação, a Educação Ambiental aparece na Lei n. 6.938/81, que 
instituiu a “Política Nacional do Meio Ambiente”. Embora esteja inserida nas formas 
Educação Formal e Não Formal, ela é limitada em seus aspectos ecológicos e de con-
servação. A Constituição de 1988 assimilou a legislação ordinária e estabeleceu como 
incumbência do poder público: “promover a Educação Ambiental em todos os níveis 
de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente” (art. 225, 
parágrafo 1º, VI). (SATO, 2004).
Depois disso, mais precisamente em 27 de abril de 1999, o então Presidente 
Fernando Henrique Cardoso sancionou a Lei 9.795, regulamentada pelo Decreto 
4281/02, que dispõe sobre a Educação Ambiental e institui a Política Nacional de 
Educação Ambiental (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA – MEC, 2007).
Além da Constituição Federal de 1987, cujo artigo 225 assegura um ambiente 
saudável a todos, em 1999, o Governo Federal decretou a Lei 9795/99, declaran-
do que a EA deve ser implementada em 
todos os níveis e idades. Somado às le-
gislações, o Tratado de EA para as socie-
dades sustentáveis e responsabilidade 
global, formulado pelas organizações 
não governamentais, durante a Rio – 92, 
tambémrepresenta um excelente docu-
mento de apoio à EA (SATO, 2004).
Esse foi um grande passo rumo a uma sociedade sustentável, pois definiu 
estratégias de implantação da Educação Ambiental na educação em geral e na 
educação escolar, envolvendo, em sua esfera de ação, além dos órgãos e enti-
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capítulo 1 • 17
dades integrantes do SISNAMA – Sistema Nacional do Meio Ambiente, institui-
ções educacionais públicas e privadas dos sistemas de ensino, os órgãos públi-
cos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e organizações 
não governamentais com atuação em educação ambiental. (ANTUNES, 2005).
Diferente de outras legislações, a Lei 9.795/99, não estabelece regras ou san-
ções, mas estabelece responsabilidades e obrigações. Em seu Capítulo I, arti-
go 3º, item VI (MEC, 2007), ela incumbe à sociedade, como um todo, “manter 
atenção permanente à formação de valores, atitudes e habilidades que propi-
ciem a atuação individual e coletiva voltada para a prevenção, a identificação e 
a solução de problemas ambientais”, ou seja, não se deve esperar que as ações 
partam somente do setor público, é preciso engajamento do cidadão nas ques-
tões ambientais, como em qualquer questão referente ao seu desenvolvimento 
e ao da comunidade em que está inserido. 
Nesse sentido, há muitas maneiras de definir a educação ambiental:
•  Educação ambiental é a preparação de pessoas para a vida enquanto 
membros da biosfera;
•  Educação ambiental é o aprendizado para compreender, apreciar, saber 
lidar e manter os sistemas ambientais na sua totalidade;
•  Educação ambiental significa aprender a ver o quadro global que cerca 
um problema específico – sua história, seus valores, percepções, fatores 
econômicos e tecnológicos, e os processos naturais ou artificiais que o 
causam e que sugerem ações para saná-lo;
•  Educação ambiental é a aprendizagem de como gerenciar e melhorar 
as relações entre a sociedade humana e o ambiente, de modo integrado 
e sustentável;
•  Educação ambiental significa aprender a empregar novas tecnologias, 
aumentar a produtividade, evitar desastres ambientais, minorar os da-
nos existentes, conhecer e utilizar novas oportunidades e tomar decisões 
acertadas.
•  Educação ambiental é fundamentalmente uma educação para a resolução 
de problemas, a partir das bases filosóficas do holismo, da sustentabilida-
de e do aprimoramento. (SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE, 1997).
18 • capítulo 1
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Educação Ambiental é um processo de educação política que possibilita a 
aquisição de conhecimentos e habilidades, bem como a formação de atitudes 
que se transformam necessariamente em práticas de cidadania que garantem 
uma sociedade sustentável. (JÚNIOR, PELICIONI, 2002).
1.3 Política nacional do meio ambiente
Em 1981 foi criada a lei 6.938 que dispõe sobre a Política Nacional do Meio 
Ambiente, seus objetivos, princípios e mecanismos de formulação e aplicação 
no país, bem como, dispõe sobre o Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNA-
MA), e o Cadastro de Defesa Ambiental.
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capítulo 1 • 19
ATENÇÃO
Essa lei incorporou e aperfeiçoou normas estaduais já vigentes e instituiu o Sistema Nacional 
do Meio Ambiente, integrado pela União, por Estados e Municípios, e atribuiu aos Estados 
a responsabilidade maior na execução das normas protetoras do meio ambiente (MILARÉ, 
2009, pg. 328).
Segundo o autor Luís Paulo Srvinskas (2010, pg. 198), o objeto de estudo da 
política nacional do meio ambiente é a qualidade ambiental propícia à vida das 
presentes e futuras gerações. Segundo o autor:
É através do estudo deste objeto, que o direito ambiental vai traçar sua política nas di-
versas esferas da Federação. Nesse sentido, preservar é impedir a intervenção humana 
na região, procurando manter o estado natural dos recursos ambientais. Melhorar é 
permitir a intervenção humana no ambiente com o objetivo de melhorar a qualidade dos 
recursos ambientais, realizando o manejo adequado das espécies animais e vegetais. 
Recuperar, por fim, é permitir a intervenção humana, buscando a reconstituição da área 
degradada e fazer com que ela volte a ter as mesmas características da área original.
1.3.1 Princípios da política nacional do meio ambiente
Em seu artigo 2º, a lei n. 6938/81, traz os princípios que regem a política na-
cional do meio ambiente. Seja porque faltasse uma assessoria legislativa espe-
cializada, seja porque o assunto a ser regulamentado fosse novidade para a so-
ciedade e o próprio legislador, a formulação desses princípios resultou muito 
ambígua, visto que vários itens apresentados como princípios são, na realida-
de, programas, metas ou modalidades de ação. (MILARÉ, 2009).
20 • capítulo 1
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Nesse sentido, temos os seguintes princípios:
I. Ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, con-
siderando o meio ambiente como um patrimônio público a ser ne-
cessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo; 
No teor do artigo 225 da Constituição Federal, o Poder Público é es-
pecialmente qualificado para a implementação do preceito constitu-
cional relativo ao meio ambiente, incumbindo-lhe uma série de res-
ponsabilidades e ações. Por tratar-se de patrimônio da coletividade 
e de “bem de uso comum do povo”, e por envolver nítidos interesses 
sociais, o meio ambiente encontra no Poder Público uma espécie de 
“fiel depositário”, que deve zelar por ele, tutelá-lo de várias maneiras 
e fomentá-lo. Mais que todos os outros capitais, este não pode ser de-
preciado, dilapidado, descurado – antes, esse “patrimônio” deve ser 
muito incrementado em seu acervo e em sua qualidade. O uso correto 
do meio ambiente tem a ver com os direitos difusos, que superam os 
direitos individuais para alcançar os direitos e interesses maiores da 
coletividade (MILARÉ, 2009);
II. Racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar; 
III. Planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais; 
IV. Proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas repre-
sentativas; 
V. Controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente 
poluidoras; 
capítulo 1 • 21
VI. incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o 
uso racional e a proteção dos recursos ambientais; 
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VII. Acompanhamento do estado da qualidade ambiental; 
VIII. Recuperação de áreas degradadas;
IX. Proteção de áreas ameaçadas de degradação;
X. Educação ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a educa-
ção da comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa 
na defesa do meio ambiente. 
Destaca-se com relação a este último princípio que, a educação ambiental 
em todos os níveis de ensino e aprendizado, e sob qualquer forma de transmis-
são de conhecimentos e experiências, deve ser assegurada como direito consti-
tucional. O mesmo refere-se à capacitação da comunidade para sua participa-
ção ativa, na defesa do meio ambiente, através de segmentos organizados, quer 
na fase de elaboração de políticas públicas, quer nas várias formas de imple-
mentação de planos, programas e projetos, desde o âmbito local até o nacional 
(MILARÉ, 2009, pg. 333).
CONEXÃO
Este princípio é de tal magnitude que a Lei Fundamental o consagrou explicitamente (art. 
225, parágrafo 1º, VI), resultando daí uma política nacional de amplo alcance e longo prazo, 
disciplinada pela Lei 9.795/1999.
22 • capítulo 1
É de se observar também que,nem todos os princípios anteriormente ci-
tados podem ser considerados verdadeiros princípios, pois muitos deles apre-
sentam-se como mera orientação da ação governamental. É possível ainda 
haver eventual contradição entre os supostos princípios e, nesse caso, deve pre-
valecer aquela mais favorável ao meio ambiente (SIRVINSKAS, 2010).
1.3.2 Objetivos da Política Nacional do Meio Ambiente
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O objetivo geral da política nacional do meio ambiente é a preservação, me-
lhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegu-
rar, no País, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da 
segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana (art. 2º, caput, 
lei 6.938/81).
Não obstante, além dos objetivos gerais, a lei n. 6.938/81, em seu artigo 4º , 
traz os objetivos específicos da Política Nacional do Meio Ambiente, sendo estes 
(BRASIL, 2014):
I. À compatibilização do desenvolvimento econômico-social com a pre-
servação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico; 
Segundo o professor Édis Milaré (2009, pg. 334):
capítulo 1 • 23
Nesse encontro de demanda e de oferta, há que se levar em conta dois fatores: a qua-
lidade ambiental e o equilíbrio ecológico. A qualidade ambiental é um conjunto de re-
quisitos e condições que atestam a saúde do meio ambiente, ou seja, fatores propícios 
à vida tal se encontra nos sistemas vivos do mundo natural, principalmente daqueles 
elementos que entram no metabolismo dos processos essenciais à vida: ar, água, ali-
mentos, componentes do solo, microclima, entre outros. Nunca é demais insistir em que 
a qualidade ambiental é pressuposto da qualidade de vida. Já o equilíbrio ecológico é 
a permanência dos ecossistemas em suas características próprias e essenciais – uma 
vez que cada ecossistema ou hábitat ou meio tem as suas peculiaridades. Em síntese, o 
equilíbrio ecológico, que é dinâmico, consiste na capacidade que os ecossistemas pos-
suem de manter-se iguais a si mesmos apesar de todas as ações e reações que neles 
se processam, principalmente aquelas provocadas pela intervenção antrópica. 
II. À definição de áreas prioritárias de ação governamental relativa à quali-
dade e ao equilíbrio ecológico, atendendo aos interesses da União, dos 
Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios;
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III. Ao estabelecimento de critérios e padrões de qualidade ambiental e de 
normas relativas ao uso e manejo de recursos ambientais;
IV. Ao desenvolvimento de pesquisas e de tecnologias nacionais orienta-
das para o uso racional de recursos ambientais; 
V. À difusão de tecnologias de manejo do meio ambiente, à divulgação de 
dados e informações ambientais e à formação de uma consciência pú-
blica sobre a necessidade de preservação da qualidade ambiental e do 
equilíbrio ecológico; 
24 • capítulo 1
VI. À preservação e restauração dos recursos ambientais com vistas à sua 
utilização racional e disponibilidade permanente, concorrendo para a 
manutenção do equilíbrio ecológico propício à vida; 
VII. À imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar e/
ou indenizar os danos causados e, ao usuário, da contribuição pela uti-
lização de recursos ambientais com fins econômicos. 
Tais objetivos têm por escopo dar efetivi-
dade ao desenvolvimento sustentável previsto 
constitucionalmente, garantir o desenvolvi-
mento socioeconômico e os interesses da segu-
rança nacional e proteger a dignidade da vida 
humana previstos na lei infraconstitucional 
(SIRVINSKAS, 2010, pg. 199).
Destaca-se por fim que, as diretrizes da Polí-
tica Nacional do Meio Ambiente serão formula-
das em normas e planos, destinados a orientar 
a ação dos Governos da União, dos Estados, do 
Distrito Federal, dos Territórios e dos Municí-
pios no que se relaciona com a preservação da qualidade ambiental e manuten-
ção do equilíbrio ecológico (art. 5º, lei 6.938/81).
ATENÇÃO
Importante relembrar, por mais custosa que seja a recuperação ou vultosa a compensação, 
jamais se reconstituirá a integridade ambiental ou a qualidade plena do meio que foi afetado. 
Isto se deve à impossibilidade de valorar financeira ou economicamente os danos, porquanto 
a estrutura sistêmica do meio ambiente dificulta ser até onde e até quando se estendem as 
sequelas do estrago; por isso, indenizações e compensações, inobstante seu valor pecuniá-
rio, são mais simbólicas do que reais, se comparadas ao valor intrínseco da biodiversidade, do 
equilíbrio ecológico ou da qualidade ambiental plena.
Da mesma forma, as atividades empresariais públicas ou privadas serão 
exercidas em consonância com as diretrizes da Política Nacional do Meio Am-
biente (parágrafo único, art. 5º, lei 6938/81).
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capítulo 1 • 25
ATIVIDADE
1. Como você define a expressão “meio ambiente”?
2. O que dispõe a Constituição Federal sobre o meio ambiente?
3. A Constituição Federal traz regras referentes à educação ambiental no nosso país? 
Explique.
REFLEXÃO
O estudo deste primeiro capítulo permitiu entender questões essenciais que envolvem o conceito 
de meio ambiente e educação ambiental. Analisamos a importância de um meio ambiente ecolo-
gicamente equilibrado, bem como, de uma política de educação ambiental, para que as presentes 
e futuras gerações se atentem à necessidade de preservação do meio ambiente. Em um segundo 
momento, analisamos uma das principais normas referentes ao Direito Ambiental, sendo esta a Lei 
n. 6.938/81, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente. Compreendemos, em espe-
cial nesta norma, o objetivo e os princípios que estruturam a Política Nacional do Meio Ambiente. 
LEITURA RECOMENDADA
Presidência da República 
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988
CAPÍTULO VI
DO MEIO AMBIENTE
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso 
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à co-
letividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
§ 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:
I - reservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo 
ecológico das espécies e ecossistemas; 
26 • capítulo 1
II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fis-
calizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético; 
III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus com-
ponentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão 
permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a 
integridade dos atributos que justifiquem sua proteção; 
IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente 
causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de im-
pacto ambiental, a que se dará publicidade; 
V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos 
e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio 
ambiente; 
VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscienti-
zação pública para a preservação do meio ambiente;
VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem 
em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam 
os animais a crueldade. 
§ 2º - Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado arecuperar o meio 
ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público 
competente, na forma da lei.
§ 3º - As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão 
os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, 
independentemente da obrigação de reparar os danos causados.
§ 4º - A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Panta-
nal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização 
far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do 
meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais.
§ 5º - São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por 
ações discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais.
§ 6º - As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização defi-
nida em lei federal, sem o que não poderão ser instaladas.
Disponível em http://www.planalto.gov.br/
capítulo 1 • 27
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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biental: planejamento, avaliação, implantação, operação e verificação. 2. ed. Rio de Janeiro: 
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Paulo: LTR, 1999.
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28 • capítulo 1
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TESSARIOLI NETO, João; GROPPO, Gerson Antonio; BLANCO, Maria Claudia Silva Garcia. 
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VALLE, Cyro Eyer. Qualidade Ambiental: ISO 14000. 6. ed. São Paulo: Senac, 2006.
capítulo 1 • 29
NO PRÓXIMO CAPÍTULO
No próximo capítulo, estudaremos o direito ambiental. Analisaremos o conceito de direito am-
biental, bem como, a responsabilidade penal, civil e administrativa, diante de danos ambien-
tais. Por fim, estudaremos as normas existentes em nosso ordenamento jurídico, referentes 
aos crimes ambientais. 
Responsabilidade 
ambiental
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32 • capítulo 2
2 Responsabilidade ambiental
Neste segundo capítulo, analisaremos a Responsabilidade frente aos danos 
ambientais. No início, realizaremos um breve panorama histórico da crise am-
biental no Brasil e no mundo. Em seguida, estudaremos o direito ambiental, 
bem como as regras referentes à responsabilidade penal, civil e administrativa, 
frente aos danos ambientais. Por fim, analisaremos a lei de crimes ambientais. 
Vamos aos estudos!!!!
OBJETIVOS
•  Entender o conceito de Direito Ambiental;
•  Conhecer a responsabilidade frente aos danos ambientais;
•  Estudar a lei de crimes ambientais. 
REFLEXÃO
Você conhece a legislação de proteção ao meio ambiente? A responsabilidade das pessoas 
físicas ou jurídicas pelos danos causados ao meio ambiente? Neste capítulo, estudaremos 
estas questões, bem como a lei de crimes ambientais.
2.1 A crise ambiental
Desde os primórdios da civilização, o ser humano nunca se preocupou com 
a preservação do meio ambiente. Por todo o mundo, pessoas devastaram o 
meio ambiente em busca de riquezas, do desenvolvimento econômico e so-
cial, sem se preocupar com o caráter irreversível de suas ações, para as pre-
sentes e futuras gerações.
Florestas foram devastadas, rios foram poluídos, o ar fora contaminado, ou 
seja, houve uma degradação global do meio ambiente, tudo prosseguido numa 
perspectiva puramente econômica, fatos estes que levaram o homem à evidên-
cia de que os recursos naturais não são inesgotáveis.
Mas, foi no fim do século XX, principalmente depois da 2ª Guerra Mundial, 
que a crise ecológica tomou proporções significativas e o ser humano passou a 
se preocupar com o meio ambiente, com a sua escassez e sobrecarga.
capítulo 2 • 33
Segundo Roxana Cardoso Brasileiro Borges (1999), a peculiaridade que há 
nesta crise ecológica que acomete a sociedade no final do século XX é o fato 
de ser ela provocada por um processo civilizatório que pode estar levando-a à 
sua própria destruição. E se tal ameaça pode parecer distante, de imediato já se 
percebem perdas na qualidade de vida das gerações atuais.
Grandes devastações ambientais deram força a este questionamento. Na 
Inglaterra, em 1952, centenas de pessoas morreram em poucos dias em con-
sequência de um episódio agudo de poluição do ar na cidade de Londres. No 
Japão, o “desastre de Minamata”, relacionado à poluição das águas da baía 
desse nome, por mercúrio, causara a morte ou lesões nervosas irreversíveis a 
milhares de pessoas. Na Alemanha, o Rio Reno,cujo nome significa puro (rein) 
transformara-se no esgoto da Europa, receptáculo dos detritos das indústrias e 
siderúrgicas. (BORGES, 1999)
A conscientização sobre os graves problemas ambientais mobilizou as sociedades civis 
dos países do primeiro mundo, levando-os a debater o problema da poluição na Confe-
rência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano em Estocolmo, em 1972.
O primeiro grande texto a respeito das questões ambientais e dos limites 
para o desenvolvimento humano foi publicado em Roma, em 1968. Os limites 
do crescimento, esse texto faz um amplo estudo sobre o consumo e as reservas 
dos recursos minerais e naturais e os limites de suporte/capacidade ambiental, 
ou a capacidade de o planeta suportar desgastes e crescimento populacional. 
(CASCINO, 2003).
Segundo Guido Fernando da Silva Soares (2001),
A Declaração sobre o Meio Ambiente Humano, adotada em Estocolmo pela Conferên-
cia das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, de 5 a 16-6-1972, pode ser 
considerada como um documento com a mesma relevância para o Direito Internacional 
e para a Diplomacia dos Estados que teve a Declaração Universal dos Direitos do ho-
mem (adotada pela Assembléia Geral da ONU em 10-12-1945). Na verdade, ambas as 
Declarações têm exercido o papel de verdadeiros guias e parâmetros na definição dos 
princípios mínimos que devem figurar tanto nas legislações domésticas dos Estados, 
quanto na adoção dos grandes textos do Direito Internacional da atualidade. 
34 • capítulo 2
Por outro lado, tal como os grandes textos de natureza constitucional, ora petrificaram, 
em textos escritos, aqueles valores que já se encontravam estabelecidos nos sistemas 
jurídicos da maioria das Nações e nas relações internacionais, ora declararam outros 
novos, de conformidade com a emergente consciência da necessidade de preservação 
do meio ambiente global.
Após a Conferência de Estocolmo, a opinião pública mundial tornou-se mais 
sensível às questões ambientais e, consequentemente, mais exigente. Os desas-
tres ambientais passaram a ser divulgados instantaneamente em nível global, 
acelerando a formação de uma consciência ambiental. O movimento ambienta-
lista se organizou política e tecnicamente, ganhando legitimidade e endossando 
produtos ecologicamente corretos, estudos de impactos ambientais entre outros.
Continuando pela história, em 1977, realizou-se em Tblisi, na Geórgia, ex
-União Soviética, o Primeiro Congresso Mundial de Educação Ambiental. Nesse 
primeiro encontro, ainda na URSS totalitária, foram apresentados os primeiros 
trabalhos que estavam sendo desenvolvidos em vários países. (CASCINO, 2003).
Na década de 80, apesar do crescimento da pressão ambientalista e do apri-
moramento da legislação ambiental, a recessão que a economia brasileira atra-
vessou não estimulou novos investimentos em controle ambiental, pois a grande 
maioria das empresas defrontou-se com a escassez de recursos financeiros.
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Nesse sentido, foram surgindo vários movimentos sociais e políticos, fó-
runs de debates e congressos, com o intuito de focalizar o problema ambiental 
e forçar a criação de legislações severas sobre a proteção do meio ambiente.
capítulo 2 • 35
Há de se destacar também na década de 70 e 80, no que tange a realidade 
brasileira, os movimentos ecológicos populares, principalmente os movimen-
tos dos seringueiros, liderados por Chico Mendes, que tomou relevância nacio-
nal, após a sua morte.
Passados quinze anos, em 1987, algo de novo pairou no ar, com a publica-
ção de nosso futuro comum. E a realização da Conferência Internacional sobre 
Desenvolvimento e Meio Ambiente, a Rio-92 marcaria uma profunda mudança 
nos paradigmas que orientam a leitura das realidades sociais e dos problemas 
que envolvem a produção e o consumo de bens e serviços, a exploração de re-
cursos naturais, a reforma e/ou substituição de instituições de representação 
e participação política, a transformação dos espaços de formação e educação 
das futuras gerações. Concretizando um movimento de construção de novas 
referências sociais e políticas, houve um salto qualitativo nas relações entre as 
sociedades e seu meio. (CASCINO, 2003). 
Com a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvi-
mento – Rio-92, as questões ambientais passaram a focar temas globais, que 
dizem respeito, sobretudo à saúde do planeta e à sobrevivência e à qualidade de 
vida de toda a humanidade, com destaque ao desenvolvimento sustentado, mu-
danças climáticas, proteção da biodiversidade e proteção da camada de ozônio.
CONEXÃO
Para maiores informações referentes à Rio-92, o aluno pode acessar o site <www.onu.org.br>
O desenvolvimento sustentável tornou-se um requisito fundamental para 
se pensar a problemática ecológica, como, também, uma meta a ser buscada e 
respeitada por todos os países.
O conceito de desenvolvimento sus-
tentado encontra-se expresso no “caput” 
do artigo 225 da Constituição Federal, sen-
do que, pode ser entendido como o tipo 
de desenvolvimento que visa a atender as 
necessidades das presentes gerações, sem 
afetar às necessidades das futuras.
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36 • capítulo 2
Segundo o professor Edis Milaré (2009, pg. 36):
Compatibilizar meio ambiente e desenvolvimento significa considerar os problemas am-
bientais dentro de um processo contínuo de planejamento, atendendo-se adequadamen-
te às exigências de ambos e observando-se as suas inter-relações particulares a cada 
contexto sociocultural, político, econômico e ecológico, dentro de uma dimensão tempo/
espaço. Em outras palavras, isto implica dizer que a política ambiental não se deve erigir 
em obstáculo ao desenvolvimento, mas sim em um de seus instrumentos, ao propiciar a 
gestão racional dos recursos naturais, os quais constituem a sua base material.
A Conferência Rio-92 procurou trazer ao mundo a ideia de que o desenvolvi-
mento econômico deve vir de maneira planejada e sustentada (trata-se do fun-
damento da função socioambiental da propriedade rural), com vistas a assegu-
rar a compatibilização com a proteção do meio ambiente. E a proteção do meio 
ambiente não cabe tão somente ao poder Público, mas sim, a toda a coletivida-
de, que tem o dever também de fiscalizar e preservar o meio ambiente para as 
presentes e futuras gerações.
A partir disso, as empresas, sobretudo as multinacionais, passaram a se pro-
nunciar mais intensamente, porém, não o suficiente, sobre suas responsabili-
dades ambientais, contando com os estímulos do debate sobre a modernidade, 
do liberalismo econômico, das certificações de qualidade, dentre outras.
No Brasil, esse novo enfoque nas discussões dos problemas ambientais ga-
nhou espaço cada vez maior na mídia, a qual, passou a transmitir ao público 
menos informado, os inúmeros problemas ambientais que cercam o país.
No entanto, ainda há muito que fazer. Enquanto empresas premiadas pelos 
seus programas de controle ambiental ganham espaço nos noticiários, perdu-
ram a destruição da Floresta Amazônica e da Mata Atlântica, a exploração irre-
gular dos solos, os processos erosivos, a destruição dos mananciais, a poluição 
dos rios e tantas outras ambiental.
Não só o Brasil, como todo o mundo, tem que tomar consciência de que a 
preservação do meio ambiente é um dever de todos e, é um elemento essen-
cial para a preservação da vida. Se esperamos pelo bom funcionamento dos 
ecossistemas, da vida humana e animal, temos de colocar o desenvolvimento 
capítulo 2 • 37
econômico e social em consonância com o mundo natural, onde as ações do 
homem devem ser compatíveis com a manutenção do meioambiente e, con-
sequentemente, do próprio planeta.
2.2 Direito ambiental
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O direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado é fruto da evolução 
dos direitos, e seu conteúdo identifica-o como um direito fundamental do ser 
humano. A consciência ambientalista propiciou o surgimento e o desenvolvi-
mento de uma legislação ambiental em todos os países.
As expressões mais utilizadas para designar a 
nomenclatura desta disciplina jurídica são Direi-
to do Meio Ambiente, Direito do Ambiente, Direito 
Ambiental, Direito Ecológico e Direito de Proteção 
da Natureza. Porém, o desenvolvimento dos estudos 
sobre a disciplina conduziu a maioria dos autores 
à utilização da expressão Direito Ambiental.
Nesse sentido, muitas são as definições para a 
disciplina jurídica Direito Ambiental.
Para William Freire (2000, pg. 23), Direito Ambiental é uma especialização 
do Direito Administrativo que estuda as normas que tratam das relações do ho-
mem com o espaço que o envolve. É o conjunto de normas que regem as rela-
ções do homem com o meio ambiente.
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38 • capítulo 2
CONCEITO
O professor Edis Milaré (2009, pg. 93) considera Direito do Ambiente como o complexo de 
princípios e normas reguladoras das atividades humanas que, direta ou indiretamente, pos-
sam afetar a sanidade do ambiente em sua dimensão global, visando à sua sustentabilidade 
para as presentes e futuras gerações.
Segundo José Afonso da Silva (1997, pg. 41),
Pode-se dizer que se trata de uma disciplina jurídica de acentuada autonomia, dada a natu-
reza específica de seu objeto – ordenação da qualidade do meio ambiente com vista a uma 
boa qualidade de vida – que não se confunde, nem mesmo se assemelha, com o objeto 
de outros ramos do Direito. Pode-se declarar também que o Direito Ambiental é hoje um 
ramo do Direito Público, tal é a forte presença do Poder Público no controle da qualidade 
do meio ambiente, em função da qualidade de vida concebida como uma forma de direito 
fundamental da pessoa humana; especialmente é o Direito Ambiental Constitucional.
Finalizando, Paulo Bessa Antunes define o Direito Ambiental (2005, pg. 09) 
como sendo:
[...] um direito que se desdobra em três vertentes fundamentais, que são constituídas pelo 
direito ao meio ambiente, direito sobre o meio ambiente e direito do meio ambiente. Tais 
vertentes existem, na medida em que o Direito Ambiental é um direito humano fundamen-
tal que cumpre a função de integrar os direitos à saudável qualidade de vida, ao desenvolvi-
mento econômico e à proteção dos recursos naturais. Mais do que um direito autônomo, o 
Direito Ambiental é uma concepção de aplicação da ordem jurídica que penetra, transver-
salmente, em todos os ramos do Direito. O Direito Ambiental, portanto, tem uma dimensão 
humana, uma dimensão ecológica e uma dimensão econômica, que se devem harmonizar 
sob o conceito de desenvolvimento sustentado.
No entanto, independentemente dos conceitos anteriormente descritos, é 
pacífico para a maioria da doutrina que, o Direito Ambiental, é um direito fun-
damental e difuso, considerado de terceira geração.
capítulo 2 • 39
Isso porque, o Direito Ambiental não 
é um direito individual, como os tradicio-
nais, nem um direito social, corresponden-
te à Segunda geração de direitos, mas sim, 
um direito difuso, de Terceira Geração, 
consistente num direito – dever, na medida 
em que a pessoa, ao mesmo tempo em que 
é titular do direito ao meio ambiente eco-
logicamente equilibrado, tem também a 
obrigação de defendê-lo e preservá-lo para 
as presentes e futuras gerações.
2.3 Dano ambiental
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Entende-se por dano toda lesão a um bem jurídico tutelado. Dano ambien-
tal, por sua vez, é toda agressão contra o meio ambiente causada por atividade 
econômica potencialmente poluidora, por ato comissivo praticado por qualquer 
pessoa ou por omissão voluntária decorrente de negligência (SIRVINSKAS, 2010).
A lei 6938/81, em seu artigo 3º, conceitua poluição como a degradação da 
qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente 
(BRASIL, 2014):
a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população; 
b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; 
c) afetem desfavoravelmente a biota; 
d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; 
e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais 
estabelecidos; 
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40 • capítulo 2
Destaca-se também que a lei de Política Nacional do Meio Ambiente consa-
gra como um de seus objetivos a imposição ao poluidor e ao predador da obri-
gação de recuperar e/ou indenizar os danos causados. Além disso, possibilita 
o reconhecimento da responsabilidade do poluidor em indenizar e/ou reparar 
os danos causados ao meio ambiente e aos terceiros afetados por sua atividade, 
independentemente da existência de culpa (MACHADO, 2003).
2.4 Da responsabilidade penal, civil e administrativa
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A lei 6938/81, em seu parágrafo 3º, inciso IV, define poluidor como a pessoa 
física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta ou indireta-
mente, por atividade causadora de degradação ambiental (BRASIL, 2014).
Ato contínuo, em seu artigo 4º, inciso VII, dispõe quanto à responsabiliza-
ção do agente causador de dano ambiental, destacando que a Política Nacional 
do Meio Ambiente visará à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação 
de recuperar e/ou indenizar os danos causados, e ao usuário, da contribuição 
pela utilização de recursos ambientais com fins econômicos.
Em seu artigo 14 também destaca a responsabilidade ambiental, ao dispor 
que, sem prejuízo das penalidades definidas pela legislação federal, estadual 
e municipal, o não cumprimento das medidas necessárias à preservação ou 
correção dos inconvenientes e danos causados pela degradação da qualidade 
ambiental sujeitará os transgressores: 
I. à multa simples ou diária, nos valores correspondentes, no mínimo, a 10 
(dez) e, no máximo, a 1.000 (mil) Obrigações Reajustáveis do Tesouro Na-
cional – ORTNs, agravada em casos de reincidência específica, conforme 
capítulo 2 • 41
dispuser o regulamento, vedada a sua cobrança pela União se já tiver sido 
aplicada pelo Estado, Distrito Federal, Territórios ou pelos Municípios. 
II. à perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais concedidos pelo 
Poder Público; 
III. à perda ou suspensão de participação em linhas de financiamento em 
estabelecimentos oficiais de crédito; 
IV. à suspensão de sua atividade. 
E mais, nestes casos, é o poluidor obri-
gado, independentemente da existência 
de culpa, a indenizar ou reparar os danos 
causados ao meio ambiente e a terceiros, 
afetados por sua atividade. O Ministério 
Público da União e dos Estados terá legiti-
midade para propor ação de responsabili-
dade civil e criminal, por danos causados 
ao meio ambiente (parágrafo primeiro).
Já a Constituição Federal, em seu artigo 
225, define também a responsabilidade das 
pessoas físicas e jurídicas quanto à preser-
vação do meio ambiente, quando dispõe 
que todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso 
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Públi-
co e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras 
gerações (BRASIL, 2014).
Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público(pará-
grafo primeiro, art. 225, CF):
I. preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o ma-
nejo ecológico das espécies e ecossistemas; 
II. preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do 
País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de 
material genético; 
III. definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus 
componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a su-
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42 • capítulo 2
pressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que 
comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção; 
IV. exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencial-
mente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estu-
do prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade; 
V. controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, méto-
dos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida 
e o meio ambiente;
VI. promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a cons-
cientização pública para a preservação do meio ambiente;
VII. proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que colo-
quem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies 
ou submetam os animais a crueldade. 
Nesse sentido, quanto à responsabilidade 
dos infratores, dispõe também a Constituição 
Federal, no parágrafo terceiro, do artigo 225, que 
as condutas e atividades consideradas lesivas ao 
meio ambiente, sujeitarão os infratores, pessoas 
físicas ou jurídicas, a sanções penais e adminis-
trativas, independentemente da obrigação de re-
parar os danos causados.
A legislação brasileira consagrou a Responsabilidade Objetiva aos sujeitos causadores 
de danos ambientais, visto que, o agente que causar um dano ambiental, responde 
pelo mesmo, independentemente da existência de dolo ou culpa, bastando somente, a 
existência do nexo causal, ou seja, a relação entre o ato cometido pelo agente, e o dano 
causado ao meio ambiente.
Destaca-se, por fim, que a pessoa jurídica de direito público interno tam-
bém é responsável pelos danos que diretamente causar ao meio ambiente por 
meio de suas funções típicas. Aplica-se neste caso, a responsabilidade objetiva 
pelo risco integral. Não há que apurar a culpa, bastando a constatação do dano 
e o nexo causal entre este e o agente responsável pelo ato ou fato lesivo ao meio 
ambiente (SIRVINSKAS, 2010).
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capítulo 2 • 43
2.5 Crimes ambientais
Em 1998, foi criada a lei 9.605 que 
dispõe sobre as sanções penais e 
administrativas derivadas de con-
dutas e atividades lesivas ao meio 
ambiente. 
A lei trata, especialmente, de 
crimes contra o meio ambiente e 
de infrações administrativas am-
bientais. Dispõe, também, sobre 
processo penal e cooperação inter-
nacional para a preservação do meio ambiente. Esta lei teve como inovações 
marcantes a não utilização do encarceramento como norma geral para as pes-
soas físicas criminosas, a responsabilização penal das pessoas jurídicas e a 
valorização da intervenção da Administração Pública, através de autorizações, 
licenças e permissões (MACHADO, 2003).
2.5.1 A Lei de Crimes Ambientais
A Lei 9.605/98, que dispõe sobre os crimes 
ambientais, logo em seu artigo 2º, informa que, 
quem, de qualquer forma, concorre para a prá-
tica dos crimes previstos nesta Lei, incide nas 
penas a estes cominadas, na medida da sua cul-
pabilidade, bem como o diretor, o administra-
dor, o membro de conselho e de órgão técnico, 
o auditor, o gerente, o preposto ou mandatário 
de pessoa jurídica, que, sabendo da conduta 
criminosa de outrem, deixar de impedir a sua 
prática, quando podia agir para evitá-la.
E mais, as pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e 
penalmente conforme o disposto nesta Lei, nos casos em que a infração seja 
cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão 
colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade (art. 3º, lei 9.605/98).
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A responsabilidade das pessoas jurídi-
cas nesse sentido, não exclui a das pessoas 
físicas, autoras, co-autoras ou partícipes do 
mesmo fato (parágrafo único).
Poderão ser incriminadas penalmente 
tanto a pessoa jurídica de Direito Privado 
como a de Direito Público. No campo das 
pessoas jurídicas de Direito Privado estão, 
também, as associações, fundações e sindicatos. A administração pública di-
reta como a administração indireta podem ser responsabilizadas penalmente. 
A lei brasileira não colocou nenhuma exceção. Assim, a União, os Estados e os 
Municípios, como as autarquias, as empresas públicas, as sociedades de eco-
nomia mista, as agências e as fundações de Direito Público poderão ser incri-
minados penalmente (MACHADO, 2003).
Para imposição e gradação da penalidade, a autoridade competente obser-
vará (art. 6º, lei 9.605/98):
I. a gravidade do fato, tendo em vista os motivos da infração e suas conse-
quências para a saúde pública e para o meio ambiente;
II. os antecedentes do infrator quanto ao cumprimento da legislação de 
interesse ambiental;
III. a situação econômica do infrator, no caso de multa.
Destaca-se também que, as penas restritivas de direitos são autônomas e 
substituem as privativas de liberdade quando (art. 7º, lei 9.605/98):
I. tratar-se de crime culposo ou for aplicada a pena privativa de liberdade 
inferior a quatro anos;
II. a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do 
condenado, bem como os motivos e as circunstâncias do crime indi-
carem que a substituição seja suficiente para efeitos de reprovação e 
prevenção do crime.
Nesse sentido, são consideradas penas restritivas de direito (art. 8º, lei 
9.605/98):
I. prestação de serviços à comunidade;
II. interdição temporária de direitos;
III. suspensão parcial ou total de atividades;
IV. prestação pecuniária;
V. recolhimento domiciliar.
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capítulo 2 • 45
A responsabilidade penal descrita na lei de crimes ambientais está estrutu-
rada essencialmente, sobre o princípio da culpabilidade. A lei 9.605/98 contém 
tipos penais punidos a título de dolo e de culpa. Diante disso, há necessidade 
de distinguir entre dolo e culpa. Alguns dos tipos penais só se consumam se o 
crime foi praticado dolosamente, ou seja, se o indivíduo tinha vontade e cons-
ciência de querer praticar o delito. A intenção subjetiva deve estar em harmonia 
com a conduta exterior. Já a culpa subjetiva, mais frequente, caracteriza-se pela 
imprudência, imperícia ou negligência. Todos os tipos penais dessa lei são pra-
ticados a título de dolo, exceto quando a lei admite expressamente a modalida-
de culposa (SIRVINSKAS, 2010).
ATIVIDADE
1. Em que consiste a Responsabilidade Objetiva por danos ambientais?
2. As pessoas jurídicas de direito público e privado podem responder penalmente pelos 
danos ambientais praticados? Fundamente. 
REFLEXÃO
O estudo deste segundo capítulo permitiu analisarmos as principais normas de proteção ao 
meio ambiente. Iniciamos com uma análise da crise ambiental no Brasil e no mundo, bem 
como, do conceito de direito ambiental. Ato contínuo, estudamos a responsabilidade civil, 
penal e administrativa das pessoas físicas e jurídicas frente aos danos ambientais causados, 
bem como os principaisaspectos referentes à lei de crimes ambientais. 
46 • capítulo 2
LEITURA RECOMENDADA
LEI Nº 9.605, DE 12 DE FEVEREIRO DE 1998
CAPÍTULO V
DOS CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE
Seção I
Dos Crimes contra a Fauna
Art. 29. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em 
rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, 
ou em desacordo com a obtida:
Pena – detenção de seis meses a um ano, e multa.
§ 1º Incorre nas mesmas penas:
I - quem impede a procriação da fauna, sem licença, autorização ou em desacordo 
com a obtida;
II - quem modifica, danifica ou destrói ninho, abrigo ou criadouro natural;
III - quem vende, expõe à venda, exporta ou adquire, guarda, tem em cativeiro ou 
depósito, utiliza ou transporta ovos, larvas ou espécimes da fauna silvestre, nativa 
ou em rota migratória, bem como produtos e objetos dela oriundos, provenientes de 
criadouros não autorizados ou sem a devida permissão, licença ou autorização da 
autoridade competente. 
§ 2º No caso de guarda doméstica de espécie silvestre não considerada amea-
çada de extinção, pode o juiz, considerando as circunstâncias, deixar de aplicar 
a pena.
§ 3° São espécimes da fauna silvestre todos aqueles pertencentes às espécies 
nativas, migratórias e quaisquer outras, aquáticas ou terrestres, que tenham todo 
ou parte de seu ciclo de vida ocorrendo dentro dos limites do território brasileiro, 
ou águas jurisdicionais brasileiras.
§ 4º A pena é aumentada de metade, se o crime é praticado:
I - contra espécie rara ou considerada ameaçada de extinção, ainda que somente 
no local da infração;
II - em período proibido à caça;
III - durante a noite;
IV - com abuso de licença;
V - em unidade de conservação;
capítulo 2 • 47
VI - com emprego de métodos ou instrumentos capazes de provocar destruição 
em massa.
§ 5º A pena é aumentada até o triplo, se o crime decorre do exercício de caça 
profissional.
§ 6º As disposições deste artigo não se aplicam aos atos de pesca.
Art. 30. Exportar para o exterior peles e couros de anfíbios e répteis em bruto, 
sem a autorização da autoridade ambiental competente:
Pena – reclusão, de um a três anos, e multa.
Art. 31. Introduzir espécime animal no País, sem parecer técnico oficial favorável 
e licença expedida por autoridade competente:
Pena – detenção, de três meses a um ano, e multa.
Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domés-
ticos ou domesticados, nativos ou exóticos:
Pena – detenção, de três meses a um ano, e multa.
§ 1º Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em 
animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recur-
sos alternativos.
§ 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal.
Art. 33. Provocar, pela emissão de efluentes ou carreamento de materiais, o pe-
recimento de espécimes da fauna aquática existentes em rios, lagos, açudes, 
lagoas, baías ou águas jurisdicionais brasileiras:
Pena – detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas cumulativamente.
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas:
I - quem causa degradação em viveiros, açudes ou estações de aquicultura de 
domínio público;
II - quem explora campos naturais de invertebrados aquáticos e algas, sem licen-
ça, permissão ou autorização da autoridade competente;
III - quem fundeia embarcações ou lança detritos de qualquer natureza sobre 
bancos de moluscos ou corais, devidamente demarcados em carta náutica.
Art. 34. Pescar em período no qual a pesca seja proibida ou em lugares interdita-
dos por órgão competente:
Pena – detenção de um ano a três anos ou multa, ou ambas as penas cumulati-
vamente.
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem:
I - pesca espécies que devam ser preservadas ou espécimes com tamanhos in-
feriores aos permitidos;
48 • capítulo 2
II - pesca quantidades superiores às permitidas, ou mediante a utilização de apa-
relhos, petrechos, técnicas e métodos não permitidos;
III - transporta, comercializa, beneficia ou industrializa espécimes provenientes da 
coleta, apanha e pesca proibidas.
Art. 35. Pescar mediante a utilização de:
I - explosivos ou substâncias que, em contato com a água, produzam efeito se-
melhante;
II - substâncias tóxicas, ou outro meio proibido pela autoridade competente:
Pena – reclusão de um ano a cinco anos.
Art. 36. Para os efeitos desta Lei, considera-se pesca todo ato tendente a retirar, 
extrair, coletar, apanhar, apreender ou capturar espécimes dos grupos dos peixes, 
crustáceos, moluscos e vegetais hidróbios, suscetíveis ou não de aproveitamento 
econômico, ressalvadas as espécies ameaçadas de extinção, constantes nas listas 
oficiais da fauna e da flora.
Art. 37. Não é crime o abate de animal, quando realizado:
I - em estado de necessidade, para saciar a fome do agente ou de sua família;
II - para proteger lavouras, pomares e rebanhos da ação predatória ou destrui-
dora de animais, desde que legal e expressamente autorizado pela autoridade 
competente;
III – (VETADO)
IV - por ser nocivo o animal, desde que assim caracterizado pelo órgão competente.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9605.htm>
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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capítulo 2 • 49
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50 • capítulo 2
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Formação de Professores de Ciências (UFScar); Grupo Temática Ambiental e o Processo Educa-
tivo (UNESP – Rio Claro) e Grupo de Pesquisa em Ensino de Ciências (USP – Ribeirão Preto) 
– Vol. 2, n. 01, Janeiro – Junho, 2007.
PETERS, Edson Luiz. Meio Ambiente & Propriedade Rural. Curitiba: Juruá, 2003.
PHILIPPI JR., Arlindo; ROMÉRO, Marcelo de Almeida; BRUNA, Gilda Collet. Curso de Ges-
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TESSARIOLI NETO, João; GROPPO, Gerson Antonio; BLANCO, Maria Claudia Silva Garcia; 
Hortas. Campinas, SP: CATI, Ago. 2004. 
VALLE, Cyro Eyer. Qualidade Ambiental: ISO 14000. 6. ed. São Paulo: Senac, 2006;
NO PRÓXIMO CAPÍTULO
No próximo capítulo, estudaremos o licenciamento ambiental. Analisaremos o licenciamento 
ambiental no controle das atividades poluidoras. Vamos compreender as regras referentes à 
avaliação e estudo do impacto ambiental, bem como o relatório de impacto ao meio ambiente 
(RIMA). Bons estudos!!!!
Licenciamento 
ambiental
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52 • capítulo 3
3 Licenciamento ambiental
Neste terceiro capítulo, analisaremos o licenciamento ambiental no controle 
das atividades poluidoras. Estudaremos o princípio do poluidor pagador, bem 
como os estudos ambientais relacionados ao meio ambiente integrado. Anali-
saremos, por fim, as normas referentes à avaliação de Impacto Ambiental e ao 
Relatório de Impacto ao Meio Ambiente (RIMA).
OBJETIVOS
•  Entender o princípio do poluidor pagador;
•  Compreender o licenciamento ambiental;
•  Analisar a avaliação de impacto ambiental;
•  Conhecer o relatório de impacto ao meio ambiente. 
REFLEXÃO
Você conhece o significado das siglas EIA e RIMA? O princípio do poluidor pagador? Neste 
capítulo, estudaremos estas questões, bem como o licenciamento ambiental no controle das 
atividades poluidoras.
3.1 Princípio do poluidor pagador
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capítulo 3 • 53
O homem tem a responsabilidade especial de preservar e administrar pru-
dentemente o patrimônio representado pela flora e pela fauna silvestres. Não 
obstante, devido à escassez dos recursos naturais, e à necessidade de prevenir 
catástrofes, pode-se cobrar pelo uso dos recursos naturais, bem como, cabe ao 
poluidor, o custo social da poluição por ele gerada.
No Brasil, a Lei n. 6.938/81 (Lei da Política Nacional do Meio Ambiente) dis-
põe em seu artigo 4º, inciso VII:
Art. 4º. A Política Nacional do Meio Ambiente visará:
VII – à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar e/ou indenizar 
os danos causados, e ao usuário, da contribuição pela utilização de recursos ambientais 
com fins econômicos.
Em reforço a isso, dispõe a Constituição Federal, em seu artigo 225, §3º, que as con-
dutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pes-
soas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da 
obrigação de reparar os danos causados.
 Assim, temos dois princípios interligados, o princípio usuário – pagador e 
o princípio poluidor – pagador, isto é, aquele que obriga o poluidor a pagar a 
poluição que pode ser causada ou que já foi causada. O uso gratuito dos recur-
sos naturais tem representado um enriquecimento ilegítimo do usuário, pois 
a comunidade que não usa do recurso ou que o utiliza em menor escala fica 
onerada. O poluidor que usa gratuitamente o meio ambiente para nele lançar 
os poluentes invade a propriedade pessoal de todos os outros que não poluem, 
confiscando o direito de propriedade alheia (MACHADO, 2003).
A Declaração do Rio, de 1992, agasalhou a matéria em seu Princípio 16, dis-
pondo que “as autoridades nacionais devem procurar promover a internaliza-
ção dos custos ambientais e o uso de instrumentos econômicos, tendo em vista 
a abordagem segundo a qual o poluidor deve, em primeiro, arcar com o custo 
da poluição, com a devida atenção ao interesse público e sem provocar distor-
ções no comércio e nos investimentos internacionais” (MILARÉ, 2009).
54 • capítulo 3
ATENÇÃO
Vê-se, que o poluidor deverá arcar com o prejuízo causado ao meio ambiente da forma mais 
ampla possível. Impera, em nosso sistema, a responsabilidade objetiva, ou seja, basta a com-
provação do dano ao meio ambiente, a autoria e o nexo causal, independentemente da exis-
tência de culpa (SIRVINSKAS, 2010).
3.2 O licenciamento ambiental no controle das atividades poluidoras
O licenciamento ambiental obedece a 
preceitos legais, normas administrativas 
e rituais claramente estabelecidos e cada 
dia mais integrados à perspectiva de em-
preendimentos que causem, ou possam 
causar, significativas alterações do meio, 
com repercussões sobre a qualidade am-
biental (MILARÉ, 2009).
O Conselho Nacional do Meio Ambien-
te (CONAMA), em sua resolução n. 237, 
define licenciamento ambiental, como 
sendo o procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente 
licencia a localização, instalação, ampliação e a operaçãode empreendimentos 
e atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou po-
tencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar 
degradação ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares e 
as normas técnicas aplicáveis ao caso (art. 1º, inciso I).
Em seu inciso II, define licença ambiental como sendo o ato administrativo 
pelo qual o órgão ambiental competente, estabelece as condições, restrições e 
medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo empreende-
dor, pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar e operar empre-
endimentos ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais consideradas 
efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, pos-
sam causar degradação ambiental.
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capítulo 3 • 55
A licença ambiental é a outorga concedida pelo Poder Público a quem pretende exercer uma 
atividade potencialmente nociva ao meio ambiente. Assim, todo aquele que pretende cons-
truir, instalar, ampliar e colocar em funcionamento estabelecimentos e atividades utilizadoras 
de recursos ambientais, considerados efetiva ou potencialmente poluidores, deverá requerer 
perante o órgão público competente a licença ambienta (SIRVINSKAS, 2010).
CONCEITO
A audiência pública tem por objetivo assegurar o cumprimento do princípio democrático ou 
da participação. Essa audiência poderá ser marcada de ofício pelo órgão público ambiental, 
se julgar necessária a pedido do Ministério Público, por solicitação de entidade civil ou por 
requerimento subscrito por no mínimo cinquenta interessados (SIRVINSKAS, 2010).
A localização, construção, instalação, ampliação, modificação e operação 
de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais conside-

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