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resenha etica e moral

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Identificação: de La Taille, Yves. Moral e ética no mundo contemporâneo. Revista USP – São Paulo – nº 110 – p. 29-42 - 2018.
Autor cita como crimes contemporâneos terrorismo e chacinas, ambos seguidos de suicídio. 
O autor aborda a sinonímia nos termos empregados para tratar moral e ética trazendo a importância de separar o conceito, o que é comum quando este tema é abordado em livros ou artigos científicos mais também fazendo uma crítica superficial aos tantos autores e situações sociais em que os termos são empregados de forma equivocada e concorda com outro autor, o Canto-Sperber (2007,pp. 7 e 14) que o termo ética está perdido de sentido por sua banalização no uso e 
Dentro dos Estudos Culturais, o livro analisa a crise na pós-modernidade, tomando como centrais as mudanças estruturais que fragmentam e desconstrói as identidades culturais de classe, etnia, raça, nacionalidade e gênero.
Resumo e Crítica:
Se até no século XX tínhamos uma sociedade moderna sólida por conta das paisagens culturais de classe, gênero, sexualidade, etnia, raça e nacionalidade, traçados por esta mesma sociedade, fornecendo-nos igualmente sólidas localizações como indivíduo social. No final daquele tempo as paisagens culturais começaram a se fragmentar e modificar, transformando também nossas identidades pessoais, abalando a ideia que temos de nós mesmos como sujeitos integrados. A essa perda de um “sentido de si mesmo” estável, o autor denomina deslocamento ou descentração do sujeito.
A descentração dos indivíduos tanto de seu lugar no mundo social e cultural quanto de si mesmo, constitui uma “crise de identidade” para o indivíduo. Esses processos de mudança tomados em conjunto, representam um processo de transformação e nos leva a perguntar se não é a própria modernidade que está sendo transformada.
Distinguem-se três concepções de identidades:
a) Sujeito do Iluminismo- baseado numa concepção de pessoa humana como um indivíduo totalmente centrado, unificado, e de ação cujo centro consistia num núcleo interior, que emergia deste o nascimento e ao longo de toda sua vida, permanecendo totalmente o mesmo.
b) Sujeito Sociológico- reflete a complexidade do mundo moderno e a consciência de que este núcleo moderno não era autônomo e auto-suficiente, mas isto era formado na relação com outras pessoas importantes para ele.
 c) Sujeito pós-moderno- a identidade torna-se uma celebração móvel, formada e transformada continuamente em relação às formas pelas quais somos representados ou interpelados nos sistemas culturais que nos rodeiam.
 A globalização é outro aspecto da questão da identidade que está relacionada ao caráter da mudança da modernidade. As sociedades modernas são constituídas em mudanças constantes, rápidas e permanentes, e isto a diferencia da sociedade tradicional.
Nesta sociedade moderna, não há nenhum centro, nenhum princípio articulador ou organizador único e não se desenvolvem de acordo com o desdobramento de uma única causa ou lei. Ela está constante-mente sendo descentrada por forças fora de si mesmas.
As transformações associadas à modernidade tardia, diz Hall, libertaram o indivíduo de seus apoios estáveis nas tradições e nas estruturas. Antes se acreditava que estas eram divinamente estabelecidas; não estavam, portanto, sujeitas a mudanças fundamentais.
À medida que as sociedades modernas se tornavam mais complexas elas adquiriam uma força mais coletiva e social. O indivíduo passou a ser visto como mais localizado e definido no interior de grandes estruturas e formações sustentadoras da sociedade.
O que aconteceu à concepção do sujeito moderno, na modernidade tardia não foi simplesmente sua degradação, mas seu deslocamento. O descentramento final do sujeito cartesiano ocorreu por conta de cinco grandes avanços na teoria social e nas ciências humanas: Tradições do pensamento marxista; descoberta do inconsciente por Freud; Trabalhos do lingüista estrutural Ferdinand de Saussure; Trabalho de Michel Foucault (poder disciplinar); Impacto do feminismo.
[…] – Suprimido para você não perder muito tempo 🙂
Ao lado da tendência em direção à homogeneização global, há também uma fascinação com a diferença e com a mercantilização da etnia e da alteridade. Há juntamente com o impacto global um novo interesse pelo local, produzindo novas identificações globais e novas identificações locais.
A globalização está tendo efeitos em toda parte, incluindo o Ocidente, e a “preferia” também está vivendo seu efeito pluralizador, embora num ritmo mais lento e desigual.
A tendência em direção à “homogeneização global” tem seu paralelo num poderoso revival da etnia, algumas vezes de variedades mais híbridas ou simbólicas, mas também freqüentemente das variedades exclusivas ou essencialistas.
Sobre o autor:
Stuart Hall nasceu em 3 de fevereiro de 1932 em Kingston, Jamaica. É um teórico cultural que trabalhou no Reino Unido. Ele contribuiu com obras chave para os estudos da cultura e dos meios de comunicação, assim como para o debate político. Trabalhou na Universidade de Birmingham e tornou-se o personagem principal do Birmingham Center for Cultural Studies. Entre 1979 e 1997, Hall foi professor na Open University. Seu trabalho é centrado principalmente nas questões de hegemonia e de estudos culturais a partir de uma posição pós-gramsciana. Hall concebe o uso da linguagem como determinado por uma moldura de poderes, instituições, política e economia. Essa visão apresenta as pessoas como “produtores” e “consumidores” de cultura ao mesmo tempo. 
Outras obras:
– Da Diáspora: Identidade e Mediações Culturais;
– Questões de identidade cultural;
Conclusão:
Com uma linguagem objetiva e esclarecedora, Stuart Hall explora algumas questões sobre a identidade cultural na modernidade tardia apresentando uma afirmação de que as identidades modernas estão sendo descentradas, transformando as identidades pessoais, abalando a ideia que temos de nós mesmos como sujeitos integrados e promovendo uma “crise de identidade”.
[…] – Suprimido para você não perder muito tempo 🙂
Este livro é um convite ao debate do movimento/deslocamento produzido pela globalização nas identidades culturais na modernidade tardia/pós-modernidade. Neste sentido, a concepção “descentramento do sujeito” ganha sentido, pois diante desses intensos fluxos produzidos/introduzidos nas paisagens culturais, estas se fragmentam/pluralizam e com elas e a partir delas também o sujeito.
A noção de híbridos culturais pode em muito contribuir com a educação tornando todos os envolvidos com ela mais abertos aos fenômenos plurais e diversos que se manifestam nos respectivos saberes/fazeres dos sujeitos individuais e coletivos tanto dentro da escola como na sociedade em que ela está inserida.
O livro nos leva a rever nossas formas culturais e nossa capacidade de interpretação do mundo pós-moderno.
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