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FACULDADE DE EDUCAÇÃO DE GOIÁS Profº: Welton 10º Período Noturno Acadêmica: Jéssika Pereira Neves ATIVIDADE AP1 – DIREITOS HUMANOS E MOVIMENTOS SOCIAIS Primeira DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DO HOMEM E DO CIDADÃO DE 1789 (publicada pela Assembleia Geral Francesa) 1º) Como que a Flávia Piovesan em sua obra: Direitos Humanos e o Direito Constitucional Internacional, trata dessa IGUALDADE MATERIAL? Para Flávia Piovesan, no ano de 1948, a Declaração Universal visando estabelecer o respeito à dignidade da pessoa humana com foco central de toda discussão sobre direitos humanos, com o fim de ser incorporada por todos os tratados e declarações. O direito à igualdade material, o direito à diferença e o direito ao reconhecimento de identidades integram a essência dos direitos humanos, em sua dupla vocação em prol da defesa da dignidade humana e da prevenção do sofrimento humano. A igualdade material, correspondente ao ideal de justiça social e distributiva (igualdade orientada pelo critério socioeconômico); a igualdade material, correspondente ao ideal de justiça enquanto reconhecimento de identidades (igualdade orientada pelos critérios gênero, orientação sexual, idade, raça, etnia e demais critérios). O direito à igualdade material, o direito à diferença e o direito ao reconhecimento de identidades integram a essência dos direitos humanos, em sua dupla vocação em prol da afirmação da dignidade humana e da prevenção do sofrimento humano. A garantia da igualdade, da diferença e do reconhecimento de identidades é condição e pressuposto para o direito à autodeterminação, bem como para o direito ao pleno desenvolvimento das potencialidades humanas, transitando-se da igualdade abstrata e geral para um conceito plural de dignidades concretas. As políticas contemporâneas que foram adotadas para dar alívio e remediar as condições resultantes de um passado discriminatório, as ações afirmativas objetivam transformar a igualdade formal em igualdade material e substantiva, assegurando a diversidade e a pluralidade social. As ações afirmativas devem ser compreendidas tanto pelo prisma retrospectivo, como pelo prisma prospectivo. Quanto aos direitos consagrados pela Convenção, destacam- se o direito à igualdade perante a lei, sem qualquer distinção de raça, cor, origem, nacionalidade ou etnia; o direito a tratamento equânime perante os Tribunais e perante todos os órgãos administradores da justiça; o direito a recursos e remédios judiciais quando da violação a direitos protegidos pela Convenção; o direito à segurança e à proteção contra violência; o direito de votar; a proibição de propaganda e organizações racistas; o direito ao acesso a todo lugar ou serviço de natureza pública, proibida qualquer discriminação; além do exercício de outros direitos civis, políticos, sociais, econômicos e culturais, que deve ser garantido sem qualquer discriminação. 2º) Como que o Artigo 5º da Constituição Federal do Brasil de 1988, registra esse Direito de Igualdade? Em que este direito se fundamenta? Para José Afonso da Silva, o princípio da legalidade abrange a noção dessa igualdade material, ou seja, o tratamento segundo condições de desigualdade. Para o autor, o Estado se sujeita ao império da lei, mas da lei que realize o princípio da igualdade e da justiça não pela sua generalidade, mas por busca da igualização das condições dos socialmente desiguais. A igualdade perante a lei se positiva com a noção clássica iluminista, para constitucionalmente atrelar-se à dignidade humana, para nortear a igualdade na lei, com a interpretação do direito, de modo a tratar o ser humano de modo diferenciado em face da sua natureza racional. Segundo Aristóteles, a formulação da igualdade é o fim do direito. Como conjunto de regras coercitivas que disciplinam a conduta dos homens na sociedade, o direito buscaria garantir a igualdade, seja nas relações entre os indivíduos seja nas relações entre o Estado e os indivíduos. Em sua concepção, um ordenamento jurídico só seria justo se protegesse os fracos contra os fortes, os pobres contra os ricos, e se estabelecesse medidas para que todos os membros da sociedade recebam igual tratamento, segundo certos critérios fundamentais, como o trabalho, o mérito, a necessidade etc. Nesse sentido, podemos concluir que a igualdade é um dos conteúdos necessários da legalidade; e a finalidade das normatizações passa necessariamente, pelo desejo de que a igualdade formal garanta a material. 3º) E o Artigo 1723 do Código Civil? De acordo com o artigo 1.723 do Código Civil, “É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família”. Embora as uniões estáveis sempre tenham existido, apenas com a entrada em vigência do atual Código Civil foi inserido um título para tratar da união estável (arts. 1723 a 1727), positivando a união estável como um formato de família. Tal fato, contudo, não eliminou as inúmeras polêmicas que envolvem a entrega da prestação jurisdicional diante da morte de um dos companheiros, especialmente se o de cujus for civilmente casado. Ainda que o artigo 1790 do Código Civil tenha sido considerado inconstitucional pelo STF, equiparando a situação do convivente com a do cônjuge, a dificuldade maior ocorre quando o convivente, por algum motivo, não é reconhecido pela família do companheiro, ou ainda, é discriminado ou excluído em situações aparentemente simples como ser incluído no convênio médico ou odontológico do companheiro, ou até mesmo na partilha de bens, no caso de falecimento. Apesar de o Contrato ou Declaração de União Estável assinado pelo casal ser um meio eficaz de comprovar a intenção dos conviventes em relação ao requisito do objetivo de constituir família, ainda que sem filhos, por demonstrar que desejam o convívio mútuo, na prática, obseva- se que a maioria dos conviventes não o faz. Ressalta-se também que aos companheiros em comunhão estável não foi dado um estado civil, mas ao precisar fazê-lo é feita a menção como se estivesse vivendo em uma situação transitória: “em união estável com”. Na verdade, a opção pela união estável em si, para a maioria é exatamente a resistência em se comprometer legalmente. Pessoas que convivem em união estável costumam dizer que “papel não muda nada” ou até mesmo “atrapalha a boa convivência”. Poucas, porém, confessam não se comprometerem por estar esperando “alguém melhor” para firmar um compromisso. A formalização da União Estável acaba por estabelecer cláusulas praticamente idênticas ao casamento, sendo interessante apenas para os que desejam se proteger legalmente, enquanto juntam dinheiro para uma festa de casamento posterior ou para facilitar adesão a algum benefício em que a qualidade de companheiro seja exigida. Portanto, ao se falar da igualdade formal entre União Estável e Casamento, realmente está garantida no direito positivado, entretanto, na prática, em nada se justifica a existência do instituto, se não pela necessidade de que responda por algo que não se deseja formalizar, ou manter garantias para existência de relações íntimas paralelas com direitos patrimoniais, sem se legalizar a bi ou poligamia. 4º) Faça sua Interpretação da Igualdade atualmente: Atualmente podemos perceber que em vários lugares que passamos ainda existe a desigualdade social, é quando falamos de desigualdade social temos um leque enorme de exemplos, no trabalho, nas escolas, nas ruas etc. A dignidade da pessoa humana é um dos princípios fundamentais que regem o Estado e a convivência em sociedade. No Brasil, ela está estabelecida no artigo 1º da CF como valor moral inerente ao ser humano, sendo o preceito máximo do Estado Democrático de Direito. Alémda dignidade, o regimento federal também assegura a soberania, a cidadania, os valores sociais e a igualdade entre todos os cidadãos. De acordo com o artigo 5º da referida Constituição, "todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade” . Mesmo a Constituição enaltecendo todos os direitos e garantias do ser humano, não é o que vemos ver ao longo de todos esses anos que a Constituição rege esse sistema, A desigualdade gera e interfere na grande parte da sociedade brasileira, refletidos na má distribuição de recursos financeiros e de renda entre as pessoas, quem tem mais, sempre terá mais privilégios do que aqueles menos favorecidos. Sem deixar de fora a corrupção que tira os direitos e garantias de uma sociedade “Simples” para enriquecer e onde deixa de existir os direitos de igualdade social. O Brasil é um país no qual tem uma das melhores Constituição do mundo, porém, nós como cidadãos não sabemos usa-la e aplica-la como realmente deveria, se assim fosse, viveríamos em um país com igualdade em perfeita harmonia com a CF/88, mas deixamos de lado uma lei “maior”, para sermos apenas como a maioria da população, aqueles que esperam de braços cruzados um posicionamento do Estado, onde passamos a ser como aqueles que buscam o melhor para si e não para todos. Nos espelhando em ter o melhor para si próprio e esquecendo dos menos favorecidos. Onde passamos a ser corruptos como aqueles que nos mesmos jamais pensaríamos em ser, E quando digo que somos iguais me refiro a todos os seres humanos e não somente os brasileiros. Pois desde que o mundo é mundo existe e irá existir desigualdade social. Pois como diz o grande filósofo Thomas Hobbes “O homem é o lobo do homem”. Ainda sobre o 1º Artigo, acrescido do 2º Artigo “ O fim de toda a associação política é a conservação dos direitos naturais e imprescritíveis do homem. Esses Direitos são a liberdade. a propriedade, a segurança e a resistência à opressão.” no que se refere a LIBERDADE, OUTRO LEMA DA REVOLUÇÃO FRANCESA: Pode-se afirmar que desde a Revolução Francesa de 1789 até hoje, este Lema se transformou em um dos três direitos civis Básicos: Liberdade (1ª Geração de D.H.), Igualdade (2ª Geração de D.H.); e Fraternidade (3ª Geração de D.H.). A liberdade envolveu inclusive as crianças no movimento internacional contra o abuso de poder... Liberdade com a Igualdade são chamados de diretos/raiz, que somados ao direito de propriedade, formam o conjunto dos direitos essenciais ou direitos/raiz. 5º) Quais outros direitos decorrem desses? Inclusive são tratados no artigo 5º da CF/88? Comente: Atrelado ao lema da liberdade individual, decorrem os direitos políticos e civis: direito à vida, liberdade, vida privada, propriedade, liberdade de expressão, proteção, participação na religião e na política, entre outros. As diferenças existentes entre os poderes políticos e os civis são que o primeiro abrange apenas os eleitores, voltados para o exercício da cidadania. Já os direitos civis envolvem todas as pessoas, sem existir nenhuma forma de distinção entre elas. Os direitos humanos decorrentes da igualdade aconteceram depois da Segunda Guerra Mundial, quando começou a ser fortalecida a concepção de Estado de Bem-Estar Social. Surgiram como forma de proteger a dignidade da pessoa humana e os direitos dos povos. Diferente dos direitos da liberdade individual, aqui o Estado é responsável pela garantia de uma vida digna do indivíduo na sociedade, dando-lhe oportunidades de forma igual, investindo em políticas públicas. Tais direitos estão sendo constituídos pelos direitos econômicos, sociais e culturais. Econômicos, para assegurar uma existência digna, respeitando os princípios de livre concorrência, propriedade privada, reduzir a desigualdade social, defesa do consumidor etc. Sociais, relacionados à educação, lazer, segurança, assistências aos desamparados, alimentação, transporte e trabalho. E, por fim, os direitos culturais: valorização das manifestações culturais, acesso da população à cultura nacional, proteção do patrimônio cultural brasileiro e das suas culturas populares, entre outros. Os direitos humanos ligados à fraternidade apareceram a partir dos anos 1960 e estão relacionados ao progresso ou ao desenvolvimento, proteção a grupos sociais vulneráveis, ao meio ambiente, buscando preservar a qualidade de vida. Entre esses direitos estão inseridos o direito ambiental, os direitos das crianças, idosos, adolescentes e portadores de deficiência, além da proteção de patrimônios históricos, artístico, cultural, etc. O Estado não é responsável por defender os direitos na terceira geração, mas compartilha a tutela junto a representantes da sociedade civil. Por serem direitos considerados transindividuais, já que estão condicionados à existência de um grupo específico. Alguns exemplos são o direito à paz, ao desenvolvimento, comunicação, proteção contra manifestações de discriminação racial etc. A primeira geração visa proteger o ser humano de forma individual, tendo como base a singularidade. A segunda geração tem como objetivo proteger o ser humano como parte social: uns em relação a outros, promovendo a igualdade social e, sendo por isso considerada parcial. A terceira geração tem, por sua vez, o objetivo de proteger o ser humano em relação a todos, ou seja, tem como princípio a generalidade. A proteção dos direitos humanos não deve ser apenas ser uma obrigação relacionada ao Estado, mas se trata na verdade de uma questão universal, competindo também ao Direito Internacional realizar o monitoramento da realização desses direitos e deve ser um compromisso de todas as pessoas, pois nenhum poder está acima da justiça, da verdade ou da dignidade humana. 6º) Como inserir o artigo 2º do Código Civil brasileiro nessa discussão? Personalidade, capacidade e o conceito jurídico de pessoa estão intimamente ligados. Embora a personalidade em si não seja um direito, ela apoia todos os direitos do ser humano e consiste no direito que a pessoa tem de defender o que lhe é próprio: liberdade, vida, identidade, honra e reputação. Acerca dos direitos do nascituro é necessário adquirir personalidade, para que se analise efetivamente quem tem ou não direitos e quais são eles, in verbis: “Art. 2º. A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.” Infere-se do artigo que a personalidade civil do homem começa com o nascimento com vida, mas também põe a salvo os direitos do nascituro, resguardando, caso o feto nasça com vida, haja a transformação do que era mera expectativa de direito em direitos de fato. A maior parte da doutrina e jurisprudência admitem que o ordenamento jurídico brasileiro adotou a teoria natalista, tendo em vista tanto o disposto no Código Civil quanto na Constituição Federal. Ademais, o Supremo Tribunal Federal já se manifestou na votação da ADI 3510, ocorrida em 29 de maio de 2008, no sentido de que um embrião não pode ser considerado um ser humano. Naquela oportunidade, a maioria dos Ministros votaram pela constitucionalidade da lei que trata de biossegurança e regulamenta as pesquisas com células-tronco embrionárias. Ocorre, entretanto, que tramita na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei nº 478 de 2007, que pretende criar o Estatuto do Nascituro, que não se apega à técnica jurídica e ignora o fato de que para ser detentor de direitos e obrigações o “ser” deve possuir personalidade jurídica. Os autores do projeto invocam premissas religiosas de que a vida se inicia a partir da concepção, que poderá ocorrer dentro ou fora do corpo; transforma o crime deaborto em hediondo e prevê pena de detenção de até 3 (três) anos para quem “causar culposamente a morte de nascituro”, proíbe o aborto em caso de estupro, estipulando o pagamento de pensão , pelo Estado ao nascituro até identificação do agressor, que a partir de então será o responsável por ajudar na criação do filho, e, ainda, prevê a proibição total de se realizar o aborto eugênico, como no caso de anencefalia. O projeto foi aprovado na Comissão de Finanças da Câmara dos Deputados em junho de 2013, onde o relator foi o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Em que pese o direito da mulher a dispor sobre seu corpo é sensato que os direitos humanos assegure às mulheres tais direitos, planejando sua família e promovendo campanhas de métodos contraceptivos, contudo, acreditar que o nascituro, ou ainda, o “embrião” seja parte de seu corpo, biologicamente não se sustenta, pois o óvulo lhe pertence, como o esperma ao homem, mas a junção dos dois matérias, forma outro diverso, pertencente aos dois: uma vida advinda de ambos, mas totalmente distinta de ambos. Assim, embora os benefícios das células troncos sejam muito desejados, cabe questionar o quanto sacrifícios de vidas e se em algum estágio delas respeitam a dignidade humana. Os direitos humanos decorrentes da igualdade aconteceram depois da Segunda Guerra Mundial, quando começou a ser fortalecida a concepção de Estado de Bem-Estar Social. Surgiram como forma de proteger a dignidade da pessoa humana e os direitos dos povos.
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