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QUESTIONÁRIO | Direitos Humanos Fundamentais

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Questionário de Direitos Humanos Fundamentais
1. Alguns direitos de liberdade são insuficientes de terem efetividade social por falta do implemento de alguns direitos. Extraia duas normas de liberdade que necessitem de intervenção estatal para produzir efetividade ou eficácia social.
	R: No geral, quando se fala, especificamente, do direito à liberdade e dos outros que também fazem parte da primeira geração, é preciso associar a não intervenção estatal, mas quando se trata de direitos relacionados à liberdade positiva, ou seja, aqueles que asseguram o princípio da igualdade material entre os indivíduos, é preciso pensar em normas de ordem pública para obter interesses coletivos. Surge, então, a necessidade de um Estado intervencionista para que se possa ter o pressuposto do próprio exercício da liberdade.
Longe de algo simples, vale dizer que, antes de prosseguir, os direitos de liberdade estão envolvidos com outros direitos fundamentais. Assim, são necessárias diversas medidas e condições para que o sujeito possa conseguir exercer seus direitos. Abaixo seguem exemplos:
1. A LIBERDADE DE TRABALHO OU, PARA CONTEMPLAR O DEBATE DE TERMINOLOGIA, LIBERDADE DE EXERCÍCIO DE OFÍCIO E DE PROFISSÃO
A liberdade de trabalho é um direito individual pautado na liberdade do indivíduo em escolher a sua profissão. Com isso, o Poder Público não pode constranger a escolha profissional. Além disso, por ter caráter de direito individual se torna uma liberdade de caráter formal por não conceder o aspecto material, vale dizer que há uma limitação por lei em caso de qualificações mínimas.
Importa destacar que a liberdade de escolha e a liberdade de exercício de qualquer profissão, como apontou Jorge Miranda, precisam ser diferenciadas. Para que o indivíduo de fato possa desfrutar da liberdade de escolha ele necessita que alguns direitos ou condições sejam supridas, como: formação escolar correspondente, acesso à aprendizagem ou prática adequada e entre outras. Sem essas condições atendidas, a liberdade se torna pouco prática. Já a liberdade de exercício de qualquer profissão consiste no direito de obter sem discriminação habilidades legais, direito de escolher local onde exercerá atividade profissional e outros.
Dito isso, são necessárias algumas observações: a primeira é que o livre exercício de certas profissões sofre restrições do Estado a fim de não prejudicar terceiros e a segunda observação, como citado acima, é que existem condições para o exercício tanto da liberdade de escolha como da liberdade de ofício, logo se deve ter atenção às condições de vida do indivíduo. Nem todos possuem acesso aos mecanismos educacionais e às escolhas onde trabalhar.
No geral, os direitos sociais ao trabalho se encontram espalhados. No art. 170, caput e inc. VIII da Norma Constitucional, ressalta-se que:A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existências dignas, conforme os ditames da justiça social. Entre os listados, encontra-se o princípio do pleno emprego, por exemplo.
Uma última observação é que a liberdade de trabalho não garante direito ao trabalho, sendo assim, de grande relevância o papel do Estado na condução de melhorias de cunho social. Para tanto, deve implementar sistemas de Políticas Públicas de trabalho e emprego que ainda são deficientes. 
2. LIBERDADE DE EXPRESSÃO
A liberdade de expressão seria, segundo a classificação José Afonso da Silva, tipicamente de eficácia plena. Embora muitos dos seus efeitos não necessitem de regulamentação, como, a não censura, alguns efeitos após intervenção são úteis para a livre circulação de idéias e de acesso. 
Se levarmos em conta, por exemplo, a liberdade de expressão como um exercício que precisa do financiamento de cultura ou informação há um vasto campo que precisa de auxílio estatal. Neste caso, o Estado deve adotar projetos que garantam a manifestação de grupos que não possuem espaço. 
1. O que seria o Direito à paz? Qual o pressuposto ou fundamento do Direito a Autodeterminação dos Povos? E o dispositivo?
R:Inicialmente, os direitos a paz e a autodeterminação dos povos são parte da gama de direitos chamados direito fundamentais de terceira geração e princípios que regem as relações internacionais, advindos após a segunda guerra, ligadas diretamente ao surgimento de entidades como a Organização das Nações Unidas e a Organização Internacional do Trabalho, evidenciando o alargamento da noção de sujeitos de direito e o conceito de dignidade humana, e dotados de grande teor de humanismo e universalidade, sendo assim, advindos da proteção do próprio ser humano. 
Em primeiro lugar, o Direito à paz esteve presente em estado de natureza no contratualismo social de Rousseau e ficou implícito como um dogma na paz perpétua de Kant. Nesse sentido, a defesa da paz se tornou um princípio constitucional na atual constituição de 1988 e localiza-se em seu artigo 4°, inciso VI, sendo um dos princípios que o legislador constituinte destacou para a atuação do país em suas relações internacionais. Sendo assim, quem conturbar essa paz estará cometendo crime contra a sociedade, por meio da violação da ordem, da liberdade e do bom funcionamento da convivência universal.
Por último, o Direito a autodeterminação dos povos é, também, um princípio atribuído as relações internacionais brasileiras, localizado na Constituição Federal de 1988, no artigo 4°, inciso III. Esse princípio surge como uma forma de assegurar a independência, a liberdade e o direito de organização própria dos povos. Nesse sentido, confere aos povos o direito de autogoverno e de decidirem livremente a sua situação política, bem como aos Estados o direito de defender a sua existência e condição de independente.
1. Elabore uma estória e que seu grupo demonstre que o devido procedimento legal não foi cumprido.
	R: Pedro foi acusado pelo crime de apropriação indébita previsto no Artigo 168 do Código Penal Brasileiro, foi julgado pela comarca de Murici, em seu julgamento o juiz considerou inoportuno o interrogatório do réu e a produção de provas, julgado de antemão a lide, e condenando Pedro à pena de 4 anos de reclusão e multa.
Tal julgamento sofre nulidade, pois o devido processo legal não foi cumprido, onde o réu não teve garantido seus direitos constitucionais para que se realize um julgamento mediante os ditames previstos em lei uma vez que o juiz não permitiu que o réu apresentasse sua defesa, o que vai de encontro com os princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório, não respeitando o devido processo legal.
Em coadunação a Constituição Federal de 1988 em seu artigo 5°, inciso LIV- “ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal”. Ou seja, tal inciso impõe limites ao poder do Estado em relação a julgar e punir seus cidadãos em sua esfera individual, assegurando respeito e garantias de ordem processual e de ordem material. Em consequência ao princípio do devido processo legal decorre-se outros princípios que o complementam, tal como o contraditório e a ampla defesa. 
1. Aonde é possível se perceber em um enunciado constitucional conteúdo(s) que provém ou emanam do jusnaturalismo racional?
	 R: Podemos considerar o Jusnaturalismo como um dos pensamentos iniciais acerca da concepção de Direito, pois ele encontrava seu fundamento no ideal de justiça, na ordem considerada justas das coisas, alicerçado não em uma lei escrita por homens falhos, mas sim em valores legítimos oriundos de uma lei ditada pela vontade divina ou pela razão.
Para os Jusnaturalistas, a vida humana deveria ser regrada pelos princípios e costumes que antecedem as leis, e que, por serem justos, as sobrepõem, não podendo ser contrariados. E é nisto que reside a grande crítica ao Jusnaturalismo, pois, dada a sua imaterialidade não seria possível a aplicação dessas normas principiológicas como lei. Em contrapartida, há o exemplo do Reino Unido, que possuem um conjunto de leis não escritas e que têm aplicação em todo o seu território.
Diversaspremissas oriundas do jusnaturalismo, tais como o direito à vida, à honra e à liberdade foram utilizadas pela Organização das Nações Unidas em sua Declaração Universal dos Direitos Humanos.E na Constituição Brasileira, também podemos localizar ideais jusnaturalistas em vários artigos:
· Artigo 1º, inciso III– a dignidade da pessoa humana;
· Artigo 3º, inciso IV–promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
· Artigo 4º, inciso II–prevalência dos direitos humanos;
· Artigo 5º, inciso I– homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
· Artigo 5º, inciso III –ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
· Artigo 5º, inciso VI –é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
1. Explique com exemplos os Princípios Estruturante do Estado brasileiro.
R: Faz-se necessário, antes de tudo, observar nesse contexto que a Constituição ao expressar o regime republicano como forma federalista explicita os fundamentos do Estado Brasileiro; esses, em sua maioria estão expressos do artigo 1° ao art.4°. Encontra-se dentre esses a soberania (exemplificada a partir do momento que o Estado detém autoridade superior que não pode ser limitada) a cidadania(vista como a faculdade do povo em participar da vida política de seu Estado), a dignidade da pessoa humana(brevemente exemplificada como garantia das necessidades vitais do indivíduo, o mínimo necessário para uma vida considerada digna deve ser assegurado), os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa(significando a garantia constitucional às formas lícitas de trabalho e da iniciativa à atividade empresarial (nesse fundamento é possível observar o aspecto libero - social da constituição). Para além, observa-se também, no art.2° da CF, a separação das funções estatais, conferindo a órgãos especializados as devidas atribuições; trata-se, portanto, dos Poderes da União, os quais são independentes e harmônicos entre si e caracterizam-se pelo poder executivo, o legislativo e o judiciário. Para mais, a Constituição estabelece seus objetivos fundamentais a serem atingidos, previstos no art.3°. Esses deverão ser orientados por políticas governamentais que proporcionem seu desenvolvimento e efetivação. A começar pela garantia do desenvolvimento nacional, a erradicação da pobreza, a promoção do bem de todos, sem preconceito de raça, sexo, cor, idade e outras formas de discriminação. Em seguida, no art. 4°, a Constituição Federal trata dos princípios estruturantes das relações internacionais. Sendo esses, a independência nacional(que fomenta o Brasil como um País livre de influências externas), a prevalência dos direitos humanos (princípio importante para delimitar os acordos e convenções que o Brasil poderá ser parte), a autodeterminação dos povos (caracterizado pelo reconhecimento dos direitos das minorias), não intervenção (pautando a proibição de ameaça ou uso de força contra integridade territorial ou a independência política dos estados), a igualdade entre os estados, a defesa da paz, a solução pacífica dos conflitos, o repúdio ao terrorismo e ao racismo, a cooperação entre os povos para o progresso da humanidade e a concessão de asilo político. 
 
1. Passamos um texto: “Evolução dos Direitos Fundamentais”, do Prof. Luis Virgílio Afonso da Silva. A exploração do texto foi feita em dupla(lembram-se?) O que ele criticou no texto, saberiam reproduzir com suas próprias palavras, construindo em grupo suas principais críticas?
	R: A principio o autor tenta trazer o questionamento a respeito do surgimento das declarações de direitos. De início, volta-se à Inglaterra, que sempre dita percussora dos direitos fundamentais, não tinha uma verdadeira declaração até 1998. Nota-se, mesmo assim, que apesar da ausência de uma declaração expressa a idéia de direitos naturais e inalienáveis era muito forte. Em seguida, através de uma análise das duas grandes declarações de direitos feita pelo autor, é possível observar que cada declaração teve suas características particulares, referente ao nível de necessidade de cada povo. O grupo pode observar que entre a declaração dos Estados Unidos e a da França haviam dispares situações, relatadas a princípio pelo nível de adesão, nas colônias estadunidenses a declaração apenas punha no papel direitos já reconhecidos socialmente, enquanto que na Revolução Francesa além de tudo que era desrespeitado, havia muito presente o questionamento a respeito da validade de ter uma declaração dos direitos. Certamente, o processo de reconhecimento dos direitos fundamentais é particular diantes das situações e complexas sociedades mais diferentes possíveis. 
	Visto isso, em seguida observam-se os conceitos de liberdade, de acordo com Isaiah Berlin, teórico social e filosofo russo, que foram divididos em dois. No primeiro, a chamada liberdade negativa, que se baseia na idéia de que deve existir uma auto regulação por meio das relações dos indivíduos dentro da sociedade, sem uma intromissão do estado. Por outro lado, para ele, na liberdade positiva, a liberdade que consiste na participação dos indivíduos no debate político, influenciando diretamente nas decisões do estado. Nesse sentido, o grupo destacou que essa polarização não é algo recente, já tendo sido bastante abordada por Benjamin Constant, com a liberdade dos antigos, seguindo o mesmo raciocínio da liberdade positiva, e a liberdade dos modernos, indo de encontro com a negativa. Nesse sentido, conhece-se o que podemos chamar de primeira geração. Por conseguinte, na chamada segunda geração dos direitos fundamentais a problemática pautava-se em uma espécie de liberdade formal, a qual apenas quem detivesse condições materiais poderiam exercer suas liberdades. Nessa conjectura, Robert Alexy afirma sobre direitos sociais serem direitos a algo e, o particular, tendo condições financeiras e houver oferta, poderá apreciar tais direitos. É perceptível a estrutura problemática que se forma, mas o processo formativo dos direitos fundamentais pauta-se em uma construção complementar das gerações.
	O autor, agora abordando a efetividade dos direitos sociais, traz uma opinião comum baseada na ideia de que para esses direitos serem efetivos, é necessária somente uma “vontade política”. Por outro lado, sem discordar totalmente dessa afirmação, faz uma crítica ao afirmar que o problema decorre não somente disso, mas principalmente de uma diferença do dever-ser das liberdades públicas e dos direitos sociais que, segundo ele, não pode ser ignorado dadas as suas consequências. 
Ainda sobre essa evolução dos direitos fundamentais, é trazida a ideia de que esses direitos não se esgotam somente aos direitos sociais e econômicos, mas também são de extrema importância os direitos de solidariedade. Nesse sentido, o autor aponta que o grande problema é a definição desses direitos de terceira geração, isto é, de que forma uma gama de direitos tão distintos se uniria. Para ele, essa imprecisão conceitual pode trazer uma vulgarização dos direitos fundamentais, não de forma a diminuir a importância desses direitos, mas permitindo que, cada vez mais, direitos de fundamentalidade duvidosa sejam inseridos na terceira geração.
	Por fim, o autor discorre sobre os direitos humanos na ordem internacional. Dando ênfase ao impacto que o holocausto causou na sociedade mundial como um todo, isso é perceptível com a promulgação da Declaração Universal dos Direitos Humanos, onde consagra a ideia do homem livre e digno de igualdade de direitos. Isso reflete como uma questão interna pode ser repetida, na ordem internacional. Como se através do exemplo do holocausto, houvesse a preocupação de impedir que algo parecido voltasse a repercutir. Tanto que a Declaração, é basicamente sobre liberdades, os direitos de primeira geração que foram os mais violadosdurante a segunda guerra mundial. E ele mostra como isso se repete com os direitos de segundo e terceira geração, que só foram efetivados anos mais tarde.
A partir daí surge uma linha de pensamento de universalização dos direitos, pois, por eles serem inerentes aos seres humano deveriam ser garantidos a todos. O autor enfatiza que o grande problema dessa estratégia, reside no fato de ser uma concepção ocidental. E que não haveria como os direitos serem, de fato, universais se há separação, por exemplo, entre os países por via de impedimentos em suas respectivas fronteiras. Destacando a singularidade de cada território.
Um último ponto abordado é a falta de efetividade desses direitos, pois, em um âmbito internacional, devido a soberania dos Estados não há a possibilidade de tratar, por exemplo, os abusos de autoridades em relação aos direitos fundamentais.
Ele finaliza apontando o valor das palavras e do discurso, ou seja, o querer uníssono da sociedade como uma fonte ameaçadora ao uso arbitrário e abusivo da força física, no sentido de violação dos direitos fundamentais.

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