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Leitura e Interpretação de Desenho Mecânico Módulo Básico Teoria Um t?-einamento, seja de que natureza for, é apefzas o inzirio de uma longa caminhada. Faz-se necessário que a sua curta duração seja complementada com o estudo deste mafzuat epratica, o que proporciona?-á a sedimentação dos conhecimentos. ACORDO USIMINAS-SENAI Material didático elaborado pela equipe do Centro de Formação Profissional da Usiminas USIMINAS - CENTRO DE FORMACAO PRORSSIONAL Unidade 01 - I~VTROD'CÇÃO - Razão e importância 3 5 - Formato d o papel 5 6 6 Unidade 02 - PROJEÇOES ORTOGONAIS - Linhas - Projeções Ortogonais - Vistas Essenciais - Supressão d e Vistas Unidade 03 - COTAGEM 15 17 - Vista única 18 19 23 - Acabamento superficial 26 Unidade 04 - CORTES - Corte tota - Meio corte - Omissão de corte USIMINAS - CENTRO DE FORMAÇAO PRORSSIONAL Unidade 05 - CASOS ESPECIAIS DE PROJECÃO - Vistas parciais - Vista auxiliar - Vista auxiliar simplificada - Rotação de detalhes oblíquos ............................................................ 42 O - 3- Diedro 43 Unidade 06 - ELEMEXTOS DE ~ L ~ Q U I X A S - - Introducao 45 46 53 54 - Rebites ....................................................................................................... ~ . . 5 5 - Soldas .. ....................................................... 56 - Molas 61 - Rolamentos 62 - Pinos ............................................................................................................. 63 64 65 66 Unidade 07 - CONJUNTOS - Desenho de detalhe e de conjunto 68 -7 - Desenho de catálogos 12 7' - \. istas explodidas ....................................................................................... 73 ,. . .., 3 - Tolerancta e ajustes ................................................................................... BIBILIOGRkFIA ............................................................................................. 84 O Desenho Técnico, como base de qualquer projeto, é a linguagem gráfica em que se expressam e registram as idéias e dados para a constru@.o de máquinas e estruturas. Deve ser considerado importantíssimo não somente pelos desenhistas profissionais, mas, é uma linguagem que deve ser estudada e compre- endida por todas as pessoas envolvidas ou interessadas nas atividades técnicas. Após conhecer a técnica da expressão e a maneira d e manejar os instrumentos, este projeto nos possibilitará desenvolver e compreender as convenções, normas, simbologias e outras técnicas universais usadas na descrição d e peças simples o u complexas, além d e desenvolver nossas habilidades no traçado d e esboço e na capacidade de perceber, que nos permitirá pensar em três dimensões, visualizar com rapidez e precisão e construir uma clara imagem mental daquilo que se quer representar no papel. OBJETIVOS - Ler e interpretar desenhos técnicos - Executar trafados à mão livre e com intrumentos básicos. USIMINAS - CENiRO DE FORMAÇAO PROFISSIONAL Quando vamos executar uma determinada peça na oficina d e nossa escola o u na indústria, necessitamos receber todas informagões e dados da mesma. Estas infomasões poderiam ser apresentadas d e várias formas, tais como: 1. Descrição verbal da peça 2. Fotografia da peça 3. Modelo da peça 4. Desenho técnico da peça Se analisarmos cada uma destas formas, veremos que nem todas proporcionam as informações indispensáveis para a execução da pega, senão, vejamos: 1. Uma Descrição Verbal não é o bastante para transmitir as idéias d e forma e di- mensões d e uma peça, mesmo que ela não seja muito complicada. Se experi- mentarmos descrever, usando somente o recurso da palavra, um objeto, d e manei- ra que outra pessoa o execute, concluire- mos que isto é praticamente impossível. 2. A Fotografia transmite relativamente bem a idéia da parte exterior da peça, mas não mostra seus detalhes internos e nem suas dimensões. Logo, a fotografia também não resolve o nosso problema. 3. O Modelo resolve, até certo ponto: alguns problemas. Nem todos, po- rém. Por exemplo, se tivéssemos que tansportar uma peça d e grande ta- manho, para reproduzi-la pelo mo- delo ... Além disso, a peça pode estar sendo "projetada", não existindo ain- da um modelo da mesma. 4. Desenho Técnico pode transmitir, com clareza, precisão e de maneira simples, todas as idéias d e forma e dimensões d e uma peça. Além disso, há uma série d e outras informa- ções necessárias que somente o desenho pode dar, tais como: o material d e que é feita a peça, os acabamentos de sua superfície, as tolerâncias d e suas medidas etc. Portanto, o conhecimento de Desenho Técnico é indispensável a todos aqueles que necessitam executar tarefas que sejam d e ajustagem, tornearia, marcenaria, eletricidade etc. O Desenho Técnico é usado na indústria pelos engenheiros, projetistas, desenhistas, mestres e operários qualificados, como uma linguagem técnica universal, pela qual se expressam e registram idéias e dados para a construção d e móveis, máquinas e estruturas. Sendo uma linguagem gráfica universal: o Desenho Técnico possui normas especificas para o seu traçado e interpretação. Estas normas são elaboradas por entidades especializadas que padronizam e normalizam o seu emprego. No Brasil, a ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - padronizou as normas NBB, NB 13 e outras, que fixam as condições gerais que devem ser observadas na execução dos desenhos récnicos e representações convencionais. FORMATO DO PAPEL No desenho as normalizações devem ser aplicadas com bastante rigor, e em todos os elementos componentes do desenho tais como: - Formato de Papel - Nargem - Legenda - Caligrafia - Linhas - Vistas - Sinais Convencionais O quadro que segue nos mostra respectivas, dimensnes e margens. TODOS MARGEhl ESQ. 25 1 os formatos do papel com suas, Ex: FORMATO A3 USIMINAS - CENTRO DE FORMACAO PROFISSIONAL LEGENDA Alegenda deve ficar no canto inferior direito nos formatos, A3, M , Al:AO, ou ao longo da largura da folha de desenho no formato A4, Aj. Legendas Industriais: hs legendas nos desenhos industriais variam de acordo com as necessidades internas de cada empresa, mas da-erxd conter obfigatoriarnente: a) Logotipo da repartição; indústria ou empresa; bl Título do desenho; (Local de montagem, conjunto, sub-conjunto, nome da peça] c) Escala: d) Número do desenho; e1 Datas e assinaturas dos responsáveis pela execu@o, verificação e aprovação; 0 Número da pep, quantidade, denominação, material e dimensões em bmto. Escalo em substitutçõo de: T i f u l o d o d e s e n h o substituido por: Número CALIGRAFIA Em desenho técnico, usamos uma caligrafia obedecendo às nosmas e não à caligrafia comum. As letras e algarismos podem ser verticais ou inclinados para a direita, sendo usados, de preferência, estes últimos. Devem ser semelhantes aos dos tipos representados abaixo. A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z a b c d e f g h i j k I m n o p q r s t u v w x y z 1 2 3 4 5 6 7 8 9 A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X YZ a b c d e f g h i j k l m n o p q r s f u v w x y z O J234.56789 USIMINAS = CENTRO DE FORMAÇAO PROFISSIONAL UNIDADE 2 LINHAS Ao analisarmos um desenho, notamos que ele apresenta linhas d e tipos e espessuras diferentes. O conhecimento destas linhas é indispensável para a interpretação dos desenhos. TIPOS E EMPREGOS Quanto ã espessura, as linhas devem ser: - grossas - médias - finas h espessura da linha média deve ser a metade da linha grossa e a espessura da linha fina, metade da linha média. Linhas para arestas e contornos visíveis são de espessura grossa e d e traço continuo. I b Linhas para arestas e contornos não visíveis são d e espessura média e tracejadas. Linhas d e centroe eixo d e simetria são de espessura fina e formadas por trasos e pontos. PROJEÇÕES ORTOGONAIS Cma peça que estamos observando ou mesmo imaginando, pode ser desenhada (representada) num plano. A essa representação gráfica se dá o nome de "projeção". O plano é denominado "plano de proje- çiio" e a representação da peça recebe, nele, o nome de prbjeçiio. Podemos obter as projeções através de observaqões feitas em posicões determi- nadas. Podemos então ter várias "vistas" da pega. Tomemos por exemplo uma caixa de fósforos. Para representar a caixa vista de frente, consideramos um plano vertical e va- mos representar nele esta vista. A vista de frente 6 , por isso, também denominada projeção vertical e/ou ele- vação. Reparemos, na figura abaixo, as proje- cões verticais o u elevações das peças. Elas são as vistas de frente das pecas para o observador na posição indicada. USIMINAS - CENTRO DE FORMACAO PROFISSIONAL Voltemos ao exemplo da caixa de fósforos. I O observador quer representar a caixa, olhan- do-a por cima. Então usará um plano, que denominaremos de plano horizontal, e a projecão que representa esta "vista de cima" será denominada projesão horizontal vista de cima ou planta. 4 figura abaixo representa a projeção horizon- tal, vista de cima ou planta das peças, para o observador na posição indicada. O observador poderá representar a caixa, olhando-a de lado. Teremos uma vista lateral, e a projeção representará uma vista lateral que pode ser da direita ou da esquerda. .9' Reparemos que uma pesa pode ter, pelo que foi esclarecido, até seis vistas; entretanto, uma peça que estarnos vendo ou imaginando, deve ser representada por um número d e vistas que nos dê a idéia completa d e peça, um número d e vistas essenciais para representá-la a fim d e que possamos entender qual é a forma e quais as dimensões da peça. Estas vistas são chamadas d e "vistas principais". VISTAS ESSENCIAIS A0 selecionar a posicão da peça da qual se vai fazer a projecão, escolhe- se para a vertical, aquela visa que mais caracteriza ou individualiza a peça; por isso, é comum também chamar a projeção vertical (elevacão) de vista principal. As três vistas, elevação, planta e vista lateral esquerda, dispostas em posip3es normalizadas pela ABNT nos dão as su i s projeçõe; A vista d e frente (elevação) e a vista d e cima (planta) alinham-se verticalmen- te. h vista d e frente (elevação) e a vista d e lado (vista lateral esquerda) alinham- se horizontalmente. Finalmente, temos a caixa de fósforos desenhada em três projeções. mu PINHEIRO ; d f Por esse processo podemos desenhar qualquer peça. Na vista lateral esquerda das projeções das peças abaixo, existem linhas tracejadas. Elas representam as arestas não visíveis. QCAhWO VISTA KA MTERAi Nas projeções a o lado, aparecem linhas d e centro. Nas projeções a o lado, foram em- pregados eixos d e simetria. USIMINAS - CENiRO DE FORMAÇAO PROFISSIONAL As projeções desenhadas nas folhas anteriores apresentaram a vista lateral esquerda, representando o que se vê olhando a peca pelo lado esquerdo, apesar de sua projeção estar à direita da elevação. Nos casos em que o maior número de detalhes estiver colocado no lado direito da peca, usa-se a vista lateral direita, projetando-a à esquerda da elevação, conforme exemplos abaixo. 1--1 VISTA LATERAL DIREiTA PLANTA Os desenhos abaixo mostram as p ro j e~ões d e várias peças com utiliza- cão d e apenas uma vista lateral. De acordo com os detalhes a serem mostrados, foram utilizadas as laterais esquerda ou direita. Em certos casos, porém, há necessidade de se usar duas laterais para melhor esclarecimento de detalhes importantes. Quando isso acontece, as linhas tracejadas desnecessárias podem ser omitidas, como nos exemplos abaixo. USIMINAS . CENTRO DE FORMAÇAO PROFISSIONAL -- Quando representamos uma peça pelas suas projeções. usamos as vistas que melhor identificam suas formas e dimensões. Podemos usar três ou mais vistas, como também podemos usar duas vistas e , em alguns casos. até uma única vista. Nos exemplos abaixo estão representadas peças com duas vistas Continuara havendo uma vista principal - vista d e frente -, sendo escolhida como segunda x-ista aquela que melhor complete a represen- tação da pesa. VISTA LATERAL ELEVAÇÃO DIREITA A ELEVAÇÀO - PAITA ELEVAÇÃO VISTA LATEKAL ESQXERDA COTAGEM Para a execu<;ao de uma p e p , toma-se necessário que se coloque no desenho, além das projecões que nos dão idéia da forma da peça, também as suas medidas e outras informações complementares. h isto chamamos Dimensionamento ou Cotagem. h Cotagem dos desenhos tem por objetivos princi- pais determinar o tamanho e localizar exatamente os detalhes da peça. Por exemplo, para execução da peça ao lado necessitamos saber as suas dirnen- sões e a exata localização do furo. Para a Cotagem d e um desenho são necessários três elementos: Linbas de Extensão Linhas de Cota lialor Numérico da Cota LINHAS DE EXTENSAO Como vemos na figura acima, as linhas de extensão são d e espessura fina, traço contínuo, não devem tocar o contorno d o desenho da peça e prolongam aproximadamente 3 milímetros além da última linha d e cota que abrangem. Em desenho técnico, normalmente, a unida- d e d e medida é o milímetro, sendo dispensa- da a colocação do símbolo junto a o valor numérico da cota. Se houver o emprego d e outra unidade, o respectivo símbolo vira colocado ao lado d o I valor numérico, conforme figura ao Iado. USfMINAS - CENTRO DE FORMAÇAO PROFiSSIONAL As dimensões são colocadas fora d o contorno da peça, a não ser que sua colocação, dentro, auxilie a clareza d o desenho. Todos os sólidos têm três dimensões: comprimento, largura e altura (ou espessura). As linhas de cota referentes a essas dimensões são distribuídas nas vistas que melhor caracterizam as partes cotadas. As cotas devem ser colocadas de modo que o desenho seja lido da esquerda para a direita e de baixo para cima, sem necessidade de mudar a posição da folha do desenho. USIMINAS - CENTRO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL Recomenda-se a utilização dos símbolos abaixo, que devem ser coloca- dos sempre antes dos valores numéricos das cotas. # Indicativo d e Diâmetro Indicativo d e Quadrado R Indicativo d e Raio d e curvatura r Indicatiro d e Raio d e arredondamento c Indica linha d e centro 4e Indica linha d e simetria CH. indica chapa ESP. Indica espessura Quando, na vista cotada, for evidente que se trata d e diâmetro, quadrado ou raio os respectivos símbolos podem ser dispensados. Os símbolos d e diâmetros 0 e d e quadrado a devem ter 2/3 da altura dos algarismos. Estas duas linhas finas cruzadas ind'i- cam que se trata de superfície plana . .. SÍMBOLOS EM MATERIAIS PERFILADOS 0 s símbolos abaixo, devem ser colocados sempre antes da designação da bitola d o material. SIMBOLOS I INCMCATIVO DE O I REDONDO EXEMPLO DE LEINRA L T I c - CANTONEIRA TE' DUPLO TE" V =%= Bano chopo & 14' de erprsuro poi1'de lor- guro e 85 mm de com- primento. NÜMERO DE BITOLAS EM CHAPAS. FRIAS. ETC. USIMINAS - CENTRO DE FORMAÇAO PROFISSIONAL VISTA ÚNICA Muitas pecas têm formato uniforme e uma única vista é suficiente para descrevê-las adequadamente. Isto é verdadeiro para o caso d e peças cilíndricas e d e peças chatas, quando o uso de símbolos e d e cotações simples fornece todas as indicações necessárias 3 descrisão completa das referidas peças. Uma única vista d e desenho economiza e simplifica a leitura d o desenho. Nos exemplos abaixo estão respresentadas peças por uma única vista. USIMINAS - CENTRO DE FORMAÇAO PROFISSIONAL REGRAS DE COTAGEM COTAGEM POR LINHA BÁSICA A fim de se obter maior precisão na usinagem e acabamento d e uma peça, utiliza-se o seu dimensionamento por "linhasbásicas" o u "linhas d e referência". Estas linhas representam as superfícies usinadas e acabadas, a partir das quais são tomadas todas as medidas, d e forma a evitar-se erros cumulativos. COTAGEM DE FUROS Os furos abertos por brocas, da medida d o seu diâmetro, à sua abertura. alargadores ou pungões, podem ter, além cotações indicando a operação necessária Os furos são usualmente localizados uns em relação aos outros ou em relação a uma superfície usinada. USIMINAS - C E m O DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL COTAGEM DE ARCOS Os arcos são sempre dimensionados, indicando-se seus raios. A cota, neste caso, tem apenas uma flecha, na extremidade que toca o arco. Quando o espago é reduzido, a medida pode ser colocada fora d o desenho, conforme mostra exemplo. Quando o centro d e um arco d e grande raio está localizado fora dos limites d o desenho, o raio deve ser representado por uma linha quebrada duas vezes em ângulo reto, com um falso centro marcado arbitrariamente numa linha que passe pelo centro do arco, como, por exemplo, uma linha d e eixo. Os segmentos extremos dessa linha quebrada têm a direção d o raio. Exemplo: Ainda para arcos de centro inacessível, pode-se representar apenas um trecho extremo do raio real, com a seta tocando a curva e, sobre ele, escreve-se a medida precedida do símbolo R. Exemplo: \ I COTAGEM DE ÂNGULOS Conforme o espaço disponível d o desenho, os ângulos podem ser corados assim: USINIINAS - C E M 0 DE FORMAÇAO PROFISSIONAL COTAGEM DE CHANFROS E CANALETAS Quando as superfícies apresentam pastes chanfradas ou canaletas, o desenho contem as indicações necessárias 2 sua usinagem. Dimensionamento de chanfros Dimensionamento de canaletas COTAGEM DE RASGOS DE CHAVETA Rasgo de chaveta é uma canaleta aberta no eixo e na peça que com êle se conjuga. A chaveta uma vez montada, sesve para manter ambas as peças fixas. Rasgos para chavetas são dimensionados conforme mostrado abaixo. Qualquer cota que seja substituída sem estar na escala do desenho deve ser sublinhada. No caso de ser indicada uma nova cota, a anterior deve ser cortada, porém sem perder a legibilidade. Um registro dessas alterações é efetuado a fim de permitir verificações e comparações. São indicados no desenho, a natureza da alteração, a data dessa alteração e o nome de quem efetuou @ Aciescimo 6 @ Aciercirno j NE klteta+o 10.1041 10-10-61 Dados Resp COTAGEM DE PEÇAS CONICAS E INCLINADAS A cotagem de peças cônicas, peças com detalhes cônicos e peças com faces ou detalhes inclinados é feita através de diversas formas. Exemplos: TIDIA-CAZDO TODAS AS SUAS DIMENSOES r INDICANDO o ANGCLO INDICANDO POR PORCENTAGEM I ' \ ~ D I ~ A ~ - D O A RELAÇAO DE CONICIDADE OU I K C L I N A Ç ~ O SIGNIFICADO: CONCIDADE 20% ou INCLINAÇL&O 20% - Indica que a cada 100 milímetros de comprimento da peça diminue-se 20 milíme- tros da altura ou do diâmetro. CONICIDADE 1:5 ou INCLINAÇAO 15 - Indica que a cada 5 milímetros de comprimento da peça diminue-se 1 milímetro na altura ou no diâmetro. ESCALA Os desenhos que utilizamos em oficinas, para orientar a construção d e uma peca, nem sempre podem ser executados com os valores reais das medidas da peca. Por exemplo: é impossível representar no desenho uma mesa d e três metros de comprimento em seu tamanho real, como é também difícil ou quase impossível representar em seu tamanho natural uma peca para relógio, com três milímetros d e diâmetro. O recurso será; então, reduzir ou ampliar o desenho, conservando a proporção da peça a ser executada. Em todos estes casos, isto é, desenhando na mesma medida, reduzindo ou ampliando, estaremos empregando escalas. Escala é, portanto, a relação entre as medidas d o desenho e a da peça. ESCALAS USUAIS Quando o desenho for d o mesmo tamanho da peça ou quando tiver as mesmas dimensões indicadas nas cotas. teremos a escala natural. A escala natural é indicada da seguinte forma: Escala 1:1, que s e lê "Escala um por um". O exemplo acima, mostra o desenho d e um punção d e bico com todas as indicações necessárias ã sua execução na oficina. Note que, devido a o seu tamanho, foi possível desenhar em escala natural. USIMINAS - CENTRO DE FORMAÇAO PROFISSIONAL Quando o desenho de uma peça for efetuado em tamanho menor do que o tamanho da própria peça, estaremos usando escala de Redução. Note que, embora reduzindo o tamanho do desenho, as cotas conservam as medidas reais da peça. A escah de redução é indicada da seguinte forma: Escala 1:2, que se lê "Escala um por dois". Neste exemplo, o desenho está duas vezes menor que os valores das cotas. As Escalas de Redução recomendadas pela ABNT são as seguintes: Quando o desenho de uma peça for efetuado no tamanho maior do que esta, estaremos usando escala de ampliação. Note que as cotas conservaram, também, os valores reais da peça. A Escala de ampliação é indicada da seguinte forma: O Escala 2:1, que se lê "Escala dois por um", significado que o desenho é duas vezes maior que a peça. As escalas de ampliações recomendadas pela ABNT são as seguintes: 2:1 - 5:1 - 1 O : l A interpretação de uma escala em relação à razão numérica é feita da seguinte forma: DESE3TIO PEÇA Usam-se dois números; o primeiro, refere-se ao desenho e o segundo, à peça. O exemplo ao lado significa que 2 mm na peça, corresponde a 1 mm no desenho. iZ redução ou ampliação só terá efeito para o traçado do desenho, pois na cotagem colocaremos as medidas reais da peça. Em escalas as medidas angulares não sofrem redução ou ampliação como as lineares; por exemplo, seja qual for a escala empregada, um ângulo de 60"erá representado com o mesmo valor. 60 . 40 P ESCALA 1: 1 1 - A escala do desenho deve obrigatoriamente ser indicada na legenda. 2 - Constando na mesma folha desenhos em escalas diferentes, estas devem ser indicadas tanto na legenda como junto aos desenhos a que correspondem. 3 - Sempre que possível devemos desenhar em escala natural USIMINAS CENTRO DE FORMAÇAO PROFlSSIONAL CONVENÇÕES PARA ACABAMENTO DE SUPERF~CIES Superfícies em bruto, porém limpas d e rebarbas e saliências. Superfícies apenas desbastadas fi Superfícies alisadas Superfícies polidas Para outros graus de acabamento, devendo ser indicada a maneira d e obtê-los Superfícies sujeitas a tratamento especi- al, indicado sobre a linha horizontal. Ex.: cromado, niquelado, pintado etc. Quando todas as superfícies de uma p e p tiverem o mesmo acabamento, o respectivo sinal deve ficar em destaque. Se, na mesma pega, houver superfícies com graus de acabamento diferentes dos da maioria, os sinais corresponden- tes serão colocados nas respectivas su- perfícies e também indicados entre pa- rênteses, ao lado do sinal em destaque. Exemplo d e aplicação dos símbolos e convenções. USIMINAS - CENTRO DE FORMAÇAO PROFISSIONAL Quando a superfície necessita ser determinada pelo valor numérico da rugosidade, usa-se a indicação abaixo: 2 SLTERE~CIE 1 - Desvio médio aritmético Ra (unidade de medida em um milésimo d o micron). Deve ser sempre, indicado, porque em desenhos provenientes d e outros países, este valor é indicado com frequência em micropole- gadas. 2 - Processo d e fabricação que caracteriza o grau de acabamento da superfície (rugosidade). 3 - Indica a direção predominante dos sulcos deixados pela ferramenta d e corte. SULCOS DA FERRAMENTA ' # ' I - Sulcos paralelos à linho indicativo do desenho - - Sulcos tronsversais à linha indicdiva do desenho & -Sulcos orientados segundo duas direções crmodos - - Sulcos rnultidirecionois - Sulcos concêntricos - Sulcos radiais CORTES Os cortes são utilizados em desenhos de peças e conjuncos, para facilitar a interpretação de detalhes internos que, atravks das vistas, sem o emprego do corte, seriam de difícil interpretação. Vimos que as vistas principaisapresentam detalhes internos, com linhas tracejadas indicando os contornos e arestas não visíveis, como o exemplo abaixo. PERSPECTIVA DA PEÇA V7STAS ESSEIVCIAIS DA PEGA Se empregarmos o corte, os detalhes internos passarão a ficar visíveis Imaginemos que a peça seja costada no sentido longitudinal e a parte da frente; retirada; na projeção, teremos a elevação em corte. OBSERVAÇ~ES 1 - O corte é imaginário. 2 - O sobreado, na projeção, corres- ponde a parte da peça que foi atin- gida pelo corte. ii região não som- r 7 -- breada indica a não atingida. USIMINAS - CENiRO DE FORMAÇAO PROFISSIONAL Imaginemos, agora, que a peça seja cortada no sentido transversal. Na representação teremos a vista lateral em corte. - - -,- - - - A seguir, temosoutro exemplo, em que a peça foi cortada por um plano horizontal e a parte d e cima, retirada. Na representação teremos a corte. Pelo exposto, vimos que as planta em vistas que não são atingidas pelos cortes não so- frem alteração em sua representação. USIMINAS - CENTRO DE FORMAÇAO PROFISSIONAL Nos desenhos mecânicos, o sombreado das superfícies atingidas pelo corte é substituído por HACHUR-%S. De acordo com a ABNT (Associação Brasileira d e Normas Técnicas), hachuras são traços finos equidistantes e paralelos e representam em traçado convencional, os materiais utilizados na construcão d e pecas e maquinas. Para cada material há um hachura determinada, tracada com a ínclinacão de 4 í Q em relação à base ou ao eixo da pega. As Hackiuras distinguem claramente as partes cortadas. Nos desenhos de conjunto, peças adjacentes devem figurar com hachuras diferindo pela direção ou pela espacejamento. Hachurado convencional Seções finas, tais como guarnigões, juntas - etc., em vez d e hachaduras devem ser ene- r gricidas. IL USIMINAS - CENTRO DE FORMAÇAO PRORSSIONAL O plano de corte é indicado, no desenho, por linha grossa com traço e ponto, denominada de linha de corte. O corte é indicado numa vista e representado em outra. Havendo necessidade de registrar no desenho o sentido em que é observada a vista em corte, este é indicado por setas nos extremos da linha de corte. Necessitando-se identificar uma vista em corte e o respectivo plano, empregam-se letras maiúsculas em sequência (AB, CD etc), colocadas ao lado das setas, nos extremos da linha de corte, escrevendo-se tais letras junto à vista em corte correspondente, como no exemplo abaixo. CORTE AB CORTE TOTAL O corte total ocorre quando a peça é cortada imaginariamente, em toda a sua extensão. Deve ficar claro que, para o traçado da vista em corte, imaginamos retirada a parte da peça que impedia a visão; porém, para o traçado das outras vistas a referida parte é considerada como não retirada. h CORTE LONGITUDU.1 Corte AB CORTE TRANSVERSAL .*-. CORTE HORIZOKTAL Corte EF Corte CD USIMINAS - CENTRO DE FORMAÇAO PROFISSIONAL CORTE EM DESVIO Nas vistas em corte, os detalhes não visíveis poderão ser omitidos, desde que não dificultem a leitura d o desenho. Se a peça apresentar detalhes que não estejam colocados no plano do corte e cuja representação se faça necessária, desvia-se o corte a fim d e alcançá-los, como no exemplo abaixo. Este corte 6 chamado d e corte em desuio. CORTE A B A CORTE A B As arestas formadas (teoricamente) pelo desvio da linha d e corte não são representadas na vista hachurada, como exemplos acima. USIMINAS - CENTRO DE FORMAÇAO PROFISSIONAL MEIO CORTE Quando uma peça é simétrica, não há necessidade de empregarmos o corte total para mostrar seus detaihes internos. Podemos utilizar o meio corte mostrando à metade da peça em corte com seus detalhes internos e a outra metade em vista externa, conforme exemplos abaixo. Este tipo de corte é peculiar a objetos simétricos. A l CORTE A B CORTE A B Por convencão, não se indicam os deta- B,. Ihes não visíveis, mesmo na parte não cortada. CORTE A B CORTE PARCIAL Corte parcial é o corte utilizado para mostrar apenas uma parte interna do objeto ou peça, possibilitando esclarecer pequenos detalhes internos sem necessidade de recorrer ao corte total ou meio corte. A parte cortada é limitada por um linha de ruptura e pelo contorno do desenho da peça. Neste corte, permanecem a linhas de contornos e arestas não visíveis, não atingidas pelo corte parcial. As seções indicam, de modo prático e simples, o perfil ou partes de peças, evitando vistas desnecessárias, que nem sempre identificam a peca. Seçijes traçadas sobre a própria vista Seção traçada com a interrupção da vista Seções traçadas fora das vistas SEÇAO A4 S E G O BB Na identificação da vista de uma seção empregam-se letras maíusculas repetidas (AA, BB etc). RUPTURAS Rupturas sâo representações convencionais utilizadas para o desenho de peças que, devido ao seu comportamento, necessitam ser encurtadas para melhor aproveitamento do espaço no desenho. De acordo com a sua forma, obedecem às convenções abaixo. A linha de ruptura é de espessura média. BARRAS-CHAPAS EIXOS-BARRAS REDONDAS MADEIRA TIJROS PECAS TRAPEZOIDAIS PECAS CÔNICAS A representação de rupturas é empregada quando; na parte que se imagina retirada não houver detalhes que necessitem ser mostrados. O comprimento real da peça é dado pelovalor numérico da cota OMISSÃO DE CORTE Nervuras e braços de peças não são atingidos pelo corte no sentido longitudinal, conforme os exemplos abaixo. CORTE .4B L, B CORTE ;iB Nos desenhos de conjuntos, eixos, pinos, rebites, chavetas, parafusos e porcas também não são considerados cortados quando atingidos pelo corte no sentido longitudinal> conforme os exemplos abaixo. PINO I - PARAFCSOS E PORCA REBITE Entretanto, quando necessário, cortes parciais poderão ser empregados. Eixos, quando cortados no sentido transversal, aparecem hachurados. USIMINAS - C E M 0 DE FORMAÇAO PRORSSIONAL CASOS ESPECLAIS DE PROJEÇÃO VISTAS PARCiAIS Certas peças, embora simples, necessitam, devido a pequenos detalhes, mais de uma vista para sua inteira compreensão. A representação destas peças pode ser simplificada, deixando-se de desenhar a segunda vista por inteiro, mas rebatendo apenas o detalhe. E o caso, por exemplo, de uma peça com chanfro o u furo escareado. USIMINAS - C E W O DE FORMAÇÁO PROFISSIONAL VISTA AUXILIAR A vista auxiliar é emprega para se obter a forma real de partes que estejam fora das posições horizontal e vertical. Obtém-se a vista auxiliar, projetando-se a parte inclinada paralelamente à sua inclinação, conforme exemplos abaixo. REPRESEXTAÇÃO DESACOXSELHÁVEL REPRESENTAÇ~O INDICADA CASOS USUAIS: VISTi\ DE A As vistas auxiliares são vistas parciais. Elas mostram apenas os detalhes que seriam representados deformados. VISTA AUXILIAR SIMPLIFICADA A vista auxiliar simplificada, pela facilidade d e sua interpretacão, é da maior importância no desenho de mecânica. Consiste em representar a peça em vista única e, por meio d e linhas finas, complementar o desenho com os detalhes que não ficaram esclarecidas na vista apresentada. ROTAÇÃO DE DETALHES OBLÍQUOS A rotação de detalhes oblíquos tem por finalidade evitar o encurtamento que resultaria da verdadeira projeção de detalhes inclinados. Faz-se a rotacão desses detalhes de modo a projetá-los sem deformação. Este tipo de representação também é aplicado em peças mostradas em corte. CORTE h- . CORTE .%-A USIMINAS - CENTRO DE FORRIAÇAO PROFISSIONAL No estudo e nos exercícios de projeção que vimos até agora, as vistas têm a seguinte distribuição: VIST& LATERAI DIREITA VISTA D E FRENTE VISTA LATERAL ESQLERDA As projeções com esta disposição das vistas são chamadas "projeção no 1" diedro", sendo esse sistema recomendado pela ABNT (Associação Brasileira d e Normas Técnicas) como norma para os desenhos efetuados no Brasil. Este tipo de projeçãoé também usado em toda a Europa. Nos Estados Unidos e Canadá, entretanto, convencionou-se usar as projeções com disposição diferente das vistas, sendo esse sistema chamado de projeção no 3Q diedro. É impostante o conhecimento deste tipo de representasão, visto existir no Brasil gsande número de indústrias de origem norte-americana e canadense. I?STA LATERAL ESQUERDA VISTA D E CIMA 1 VISTA DE FRESTE T71STA LATERAL DIREITA Observa-se que a vista d e cima fica acima da vista d e frente, enquanto que as laterais direta e esquerda ficam, respectivamente, à direita e à esquerda da vista de frente. INDICAÇÃO DO DIEDRO N o desenho não se representam as linhas de referência, nem se escrevem os nomes das vistas. Deve-se porém indicar o diedro em que é feita a representação, de modo a permitir a identificação das vistas pelas suas posições relativas. Essa indicação se faz, seja escrevendo "I" DIEDRO" o u DIEDRO", seja utilizando os símbolos na legenda. 1 1" DIEDRO . Orient. Des. 1-1 Dir. Reg. I DR - MINAS GERAIS Data: I UNIDADE 6 No campo industrial, onde as aplicacões práticas d e desenho tkcnico são inúmeras, a representação d e Elementos de Máquinas faz-se necessária. Dentre estes elementos destacam-se: pela frequência com que são utilizados, os seguintes: - parafusos e porcas - arruelas - chavetas - rebites - soldas - molas - rolame?ztos -pinos e contra-pinos -polias e correias - mancais - engrenagens Estes elementos d e máquinas, quer sejam os d e ligação permanente, como rebites e soldas, quer sejam os de união temporária, como parafusos, porcas, chavetas etc., bem como os d e transmissão d e movimento, como polias, correias e engrenagens, apresentam represen- tação convencional em Desenho Técnico, segundo normas da Associa- ção Brasileira d e Normas Técnicas (ABNT). USIMINAS - CENTRO DE FORMAÇAO PRORSSlONAL ROSCAS Rosca é uma saliência d e perfil cons- tante, e m forma helicoidal, que se desenvolve, externa ou internamente, ao redor d e uma superfície cilíndrica paralela ou cônica. Estas saliências são denominadas filetes. Para a representa$io no desenho, de- vemos distinguir: roscas externas e roscas internas. ROSCAS EXTERNAS Para a representação das roscas exter- nas, são necessárias as didas: - Diâmetro nominal=d - Passo=P - Comprimento útil da seguintes me- rosca=l Representação simplificada d e uma rosca externa: - Diâmetro nominal - linha grossa - Diâmetro d o núcleo - linha fina, a p r o x i m a d a m e n t e 314 da circunferência=dl ROSCAS INTERNAS r"l Para a representação das roscas in- I I ternas, são necessárias as seguintes medidas: - Diâmetro nominal=D - Passo - Comprimento títlil da rosca=l D Representação simplificada d e uma rosca interna: - Diâmetro d o núcleo: linha gros- Conihua-grossa sa - Diâmetro nominal: linha fina, Contínua-fina - aproximadamente 3.4 da circun- ferência. TIPOS DE ROSCAS Para satisfazer a diferentes fins, usam-se várias formas d e perfis na construção das roscas, sendo que os principais são: TRIÂNGULARES, TRAPEZOIDAIS, DENTE-DE-SERRA, REDONDOS E QUADRADOS. ASTP NPT BA Rosca British Association BSF Rosca Whitworth d e Passo Fino BSP Rosca Whitworth Cilíndrica para Tubos BSPT Rosca Whitworth Cônica para Tubos BSW Rosca WThitworth d e Passo Normal C Rosca para Bicicletas E Rosca Edison ISO International Standards Organization (Métrica) KR BSPT M Rosca Métrica N Rosca Americana NC Rosca Americana de Passo Normal NEF Rosca Americana de Passo Extra-Fino NF Rosca Americana d e Passo Fino NPS Rosca Americana Cilíndrica para Tubos NPSF Rosca Americana Cilindrica "Dryseal" para Tubos NPT Rosca Americana Cônica para Tubos NPTF Rosca Americana Cônica "Dryseal" para Tubos NS Rosca Americana d e Passo Especial PG Rosca para Tubos Blindados Pr PG R BPS R d Rosca d e Filetes Redondos SAE KF SI Rosca Métrica d e Passo Normal SIF Rosca Métrica d e Passo Fino Tr Rosca d e Filetes Trapezoidais UN Rosca Unificada UNC Rosta Unificada d e Passo Normal UNF Rosca Unificada d e Passo Fino UNS Rosca Unificada d e Passo Especial W Rosca Whitworth USIMINAS CENTRO DE FORMAÇAO PRORSSIONAL DIMENSIONAMENTO DE ROSCAS O quadro abaixo mostra os tipos mais comuns d e roscas, os símbolos indicativos das mesmas em Desenho Técnico, os perfis e exemplos de indicacões para cotagem dos desenhos. Roscas ISimb.1 Perfil I Indicagão 1 Obsemagão Rosca normal de 1". Neste de um tubo cujo furo é de 1". Métrica M Rosca métrica normal com 16 mm de diâmetro. Rosca tropezoidal com 8 mm de passo num parafuso de 48 mm de diâmetro. Rosca quadrada com Quadrada Quad. 6 mm de passo num parafuso de 30 mm de diârnentro. USIMINAS - CENTRO DE FORMACÃO PROFISSIONAL ROSCAS MÚLTIPLAS h rosca será de uma só entrada ou de um só passo quando todas as espiras correspondem a mesma linha helicoidal. Se existem várias hélices, como no parafuso de dois passos, a rosca se denomina rosca de dupla entrada ou múltiplas. Em um parafuso de dupla entrada ou de dois filêtes, o avanfo é o dobro do passo: em um de entrada tríplece. êle é o triplo do passo, etc. ,& - Sentido de direçào do filête O filête pode ter dois sentidos de direção: a direita ou a esquerda. ROSCA DIREITA ROSCA ESQUERDA Para que possa reconhecer uma rosca direita basta olhar dê frente, o filête é ascendente da direita para a esquerda e a rosca esquerda o filête é ascendente da esquerda para a direita. OBS.: O mesmo acontece com os outros perfis. Quando tiverem mais de uma entrada ou forem ã esquerda escrever-se- 5 da seguinte forma: Tr 48 x 8-esq M 80-2 entradas RC 1"-esq. -3entr. TIPO DE PARAFUSOS Cabeça Cabqa com Cabeça Cabeça Hexagonal Sextavado interno Quadrada Cilindrica (Sextavado) Cabeça Clindrica Boleada Prisioneiro Com fenda cruzada (Philip) (Allen) Cabe~a Cabeça cabeça Redonda Escareada Cilindrica Boleada Sem cabeça Auto-Atarrachante Para madeira (Estojo) (Rosca Soberba) f3 Bujão TIPOS DE PORCAS Sextavada Com assento cônico Cega com assento esférico . . Com entalhes radiais Chapéu Castelo Com furo de fixação Com parafuso de fixacão Quadrada Argola Borboleta ARRUELAS Arruelas são elementos de máquinas que servem para proteger a superfície das peças, evitar deformações nas superfícies d e contato, e também, d e acordo com sua forma, evitar que a porca afrouxe TIPOS As arruelas são geralmente classifcadas em: - arruelas d e seguranca - arruelas lisas ou planas - arruelas d e pressão Os desenhos abaixo mostram os vários tip exemplos d e aplicações. Arruela d e Segurança Arruela Lisa ou Plana arru Arruela d e Pressão as. b CHAVETAS A chaveta é um elemento d e máquina utilizado como meio de ligação não permanente. Evitando o deslizarnento na transmissão de forças, a chaveta tem seu grande emprego na fixação d e rodas dentadas, polias, volantes etc., aos respectivos eixos. TIPOS Os tipos d e chavetas mais empregadas são Plana embutida Plana não embutida Cônica com cabeça Chaveta de disco ou WOODRLFF 0bsen.e que as chavetas não foram hachuradas, obedecendo à convenção de que, no sentido longitudinal, os elementos de máquinas não são cortados. REBITES Os rebites são empregados para união, em caráter permanente, de chapas e perfis Iaminados. Têm sua grande aplicacão em estruturas metálicas, contruções de reservatórios, caldeiras etc. Os rebites são feitos d e material resistente e dúctil, como o aço, o latão e o alumínio. São ciassifcados d e acordo com seus elementos: cabeça, corpo e contra- cabeça. TIPOS Cabeça Cabeça escareada Cabeça Cabeça redonda cilíndrica -' boleada COSTURAS Costura simples Costura dupla Costura em zigue-zague USIMINAS - CENTRO DE FORMAÇAO PROFISSIONAL SOLDAS Por seu grande emprego, nos diversosramos industriais, faz-se neces- sário o conhecimento da convengão para os diferentes tipos d e soldas. visto que tal recurso vem substituindo o rebite e o parafuso na união permanente de chapas, perfis laminados e estruturas metálicas. Nas construções d e máquinas, muitas peças anteriormente fundidas ou forjadas são hoje projetadas e construídas em partes e unidas por solda. Exemplo: Peca fundida Partes da peça a serem unidas por solda @ Peça soldada r-l TIPOS DE SOLDA Solda Solda Solda angular buião em li ,Solda em V Cordão de Recobrimento USIMINAS - CENiRO DE FORMAÇAO PROFISSIONAL Os símbolos d e soldagem constituem um importante meio técnico em engenharia para transmitir informações. Os símbolos fornecem todas as informações necessárias à soldagem_ tais como: geometria e dimensões do chanfro, comprimento da solda, se a solda deve ser executada no campo, etc. Este ítem se baseia nas normas AWS A2.1, AlVS A2.4 e ABNT TB-2, que tratam especificamente deste assunto. Juntas chanfradas Solda de fHete Solda em bula, Depóslo de cc Solda de ench Solda por resist6ncia J J Duplo J U I Duplo U I V X fiangeado I 1 em ranhura 1 i-: Observaçbes No caso de chanfro X. Reoresentar o X Por descarga ou por ffuencia simetricamente em relaçac a Inha ae iefeiencia NO wso oe chanfro K represenlar c i< 1 simetricamente em relata0 d linha de referencia: shnboio simetricamente em relaç- a linha de referencia: a linha vertical do slmbolo deve ficar à esquerda No caso de chanfro em duplo U. representar o slrnbolo simetricamente em relaç4o à linha de referenda No caso de chanfro em duplo X iiangeado, representar o simbolo simetricamente. em relaçao & linha de referencia No caso de chanfro K fianaeado, representar o simbolo simetricamente. em relaçao à linha de referencia Traçar a linha vertical da slmbolo a esquerda; no caso de filetes duplos contínuos representar o simbolo em ambos os lados da iinha de refergncia de modos simétrico ; no caso de filetes duplos em escalao. os triangulos devem ser defasados Representar simetricamente em relata0 a linha de referencia Representar simetricamente em relaçdo à linha de referencia USIMINAS - CENTRO DE FORMAÇAO PROFISSIONAL S~MBOLOS SUPLEMENTARES zona de solda Perfii do cordão convexo Perfil do cordão cgncavo Acabamento da G Marcar F quando o método de acaba zona de solda mento não est8 especificado Este símbolo pode ser omitido nos casos em Os símbolos suplementares são empregados para detalhar ou explicar alguma característica do cordão? como sua aparência, seu acabamento etc.; como o próprio nome indica, eles suplementam os símbolos básicos, sendo geralmente representados na cauda ou junto à linha de chamada da linha de referência. I que a soldagem em todo o contorno é evidente Soldaaem em todo o contorno do c a m ~ o I a A figura mostra os locais padronizados para os vários elementos de um símbolo de soldagem. Observações Divisão Simbolos A -Angulo do chanfro, incluindo o ângulo de escariaçáo para solda de tampáo. F (E) -Garganta efetiva. - +- S;mbo~o de e,..eno F - Símbolo de acabamento. A L - Comprimento da solda. (N) - Número de soldas por pontos ou de soida por projeção. o P - Espaçamento entre centros de soldas descontínuas. - e R - Abertura da raiz: altura do enchimento para soldas de tampáo e de o fenda. S - Profundidade de preparação; dimensáo ou resisténcia para certas s < ~ { ? @ ~ ) ~ - p soldas. ) i j ~ \ r. T 1 - - Cauda Especificação, do çimbolc. processo Pode ou ser outra omitida referência. quando não se usar nenhuma 3 * <N.g 0 9 referência. 2 - Simbolo básico de solda ou reforéncia de detalhe de solda a ser consultado. 3 - Linha de referência. 4 - Seta ligando a linha de referência ao lado indicado de junta. 5 - 0 s elementos constantes desta área, permanecem inalterados mesmo nos casos em que a cauda e a seta do símbolo sáo invertidos. USIMINAS - C E M 0 DE FORMAÇAO PROFISSIONAL Exemplos de aplicasão da simbologia de solda. >leleral depositado ao mil de base i/7 9 I Exemplos de símbolos de acabamento de soldas símbolo Solda em vários planos, executada em toda a periferia de contato dos membros 1 e 2. Localizar soldas nas Localizar soldas nas extremidades da junta extremidades da junta Comprimento e espaçamento dos incremenros de soldagem descontínua intercalada Solda désejada Exemplos de símbolos de soldagem descontinua USIMINAS - CENTRO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL &=I Símbolo Solda em todo o contorno do membro 1 cuja extremidade foi usinada em forma de cone. Notar a indicação Di2 e os símbolos combinados, o primeiro relativo ã solda em chanfro complementada com uma solda em ângulo. Junta d e Topo, chanfro em V e em U Nestes casos, o símbolo pode possuir mais outra linha d e referência, sendo q u e a mais próxima da seta, indica a primeira operação a executar. Após conclusão das operações d o lado oposto da seta, iniciar as operações d o lado da seta com a goivagem. USIMINAS - CENTRO DE FORMACÃO PRORSSIONAL MOLAS A mola é um dispositivo mecânico com que se dá impulso ou resistência ao movimento de uma peça. São diversos os tipos de molas existentes, sendo as molas helicoidais as de maior emprego. Seguem as representações normais, simplificadas e esquemáticas, segundo as Normas Técnicas. Na representasão de molas helicoidais, indicamos a sesão do material, o número de espiras, o diâmetro interno da espira, o comprimento livre e o passo. MOLAS HELICOIDAIS - compressão Normal Simplificado Esquernárica MOLAS HELIDOIDAIS - distensão ou tração Simplificada Esquemática MOLAS CÔNICAS Normal Simplificada Esquemática USIMINAS - CENTRO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL ROLAMENTOS Rolamentos são elementos de máquinas dos mais empregados, sendo difícil projetar um conjunto mecânico rotativo do qual não faça paste um rolamento. Em Desenho de Mecânica, são representados da seguinte forma: ROLLVEXTO FIXO DE C?&% CARREllt'? DE ESFERAS ALTO-COMPENSADOR DE ROLOS ROLAMEXTO DE ROLOS CIL~NDRICOS ROLAMENTO DE ESCOR;\ NICOS Existindo uma variedade e considerável quantidade de tipos e tamanhos de rolamentos, a especificação de um tipo desejado deve ser feita sempre mediante catálagos dos fabricantes. Numa correta especificação de rolamentos é importante definir, pelo menos, os dados seguintes: - Nome do fabricante - Medidas do eixo - Número do rolamento no catálogo - Diâmetro do furo do rolamento - Diâmetro externo - Medida da largura do rolamento USIMINAS - CENTRO DE FORMAÇAO PROFISSIONAL PINOS São empregados para estabelizar posições relativas d e certas peças e para fixar partes d e máquinas, tais como manipulos a eixos, etc. Classificam-se os pinos em cônicos, cilíndricos e entalhados. P I S O cÔSICO Os pinos cônicos fixam as partes firmemente, graças à sua conicidade, padronizada em 1:50. A medida nominal é sempre a da extre- a midade menor, que corresponde ao diâmetro d o furo. As indicações que devem constar d o desenho são: comprimento, diâmetro nomi- nal, conicidade, e acabamento. Os pinos cilíndricos são d e produção e em- prego mais econômicos que os anteriores, mas apresentam maior dificuldade d e remo- ção. Têm sua função n o ajuste forçado. Os pinos entalhados simplificam e barateiam a operação d e ajuste. Pino e furo têm o mesmo diâmetro nominal. As saliências de- correntes do entalhe cedem elasticamente a o ser o pino introduzido forçado no furo. CONTRAPINOS São elementos d e segurança empregados em eixos, parafusos etc. São de fácil utilização e seu emprego é muito difundido na indústria automobilística e d e máquinas em geral. Exemplos d e Aplicação PINO ENTALHADO USIMINAS - CENTRO DE FORMAÇAO PROFlSSIONAL POLIAS Polias são elementos d e máquinas utilizados para transmitir movimentos d e rotação entre dois eixos com o auxílio d e correias.- Abaixo estão representadas em meia vista vários tipos d e polias e também alguns modelos. d e correias. No di- mensionamento d e uma polia deve- mos ter o cuidado de colocar as cotas e informações necessárias à sua construção, de acordo com as tabelas previstas pelos fabricantes d e polias e correias. POLIAS ESCALON.&DA ARO P U N O j\]& CORREU. 7 ESCALONADA COM GL-IA ARO A B A L . 0 EM 'V-SIMPLES EM T~ EM "V'MLZTIPL~ ARO MISTO P/CORREIA MÚLTIPL~ ESC.4LOXADA REDOSDh CORREIAS CORREIA PLhYA CORREIA PLANA DE CORREIA EM V CORREIA DE ChL4 CAPA M A I S DE L&U CAPA REDOKDA MANGAIS Os mancais servem d e apoio fixo aos elementos de máquinas dotados d e movimento giratório (eixos). Lubrificação Bucha I - Compõe-se o mancal, d e uma estru- tura geralmente d e ferro fundido e- bipartida (base e tampa), que encer- ra a buchz, no interior da qual gira o eixo. Os mancais classificam-se, em relação ao sentido das cargas, em horizontais e verticais, conforme exemplos abaixo: MASCAL HORIZOKTZ4L MASCAL VERTICAL Quanto à construção interna, os mancais se classificam em mancais de deslize e d e rolamento. Nos mancais d e deslizamento, o eixo desliza sobre a bucha que é feita em metal antifricção ou de materiais pláticos. As buchas servem para diminuir o atrito e o desgate do eixo. Nos mancais d e rolamento, o eixo rola sobre rolos ou esferas de ago (rolamento), como no exemplo abaixo. SIAKCAL DE ROLAMEYTO USIMINAS - CENTRO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL ENGRENAGENS -4s engrenagens são formadas por rodas dentadas. Constituem um meio importante d e transmissão de movimentos d e rotacão entre dois eixos, d e um modo direto e exato, sem deslizamento. As engrenagens mais usuais são: cilíndricas paralelas, cônicas, helicoidais e helicoidal com parafuso sem-fim. Circunferência externa - T 8 0 I Circunferência externa I Circunferência primitivo Circunterência de construção, NOMECLATURA DOS ELEMENTOS DAS ENGRENAGENS De - Diâmetro externo Dp - Diâmetro primitivo Di - Diâmetro interno 31 - Módulo N - Número d e dentes e - Espessura d o dente v - Vôo do dente S - Cabeça d o dente i - Pé d o dente L - Largura d o dente H - Altura d o dente P - Passo G - Coroa da engrenagem f - Folga n - Arredondamento d - Distância entre a circunferência primitivo e a d e construção F - Diâmetro d o furo p/ o eixo K - Diâmetro d o cubo 1 - Largura d o cubo USIMINAS - CENTRO DE FORMAÇAO PRORSSIONAL Com o objetivo d e facilitar o desenho, representamos as engrenagens d e forma esquemática, simplificada ou simbólica, como no quadro abaixo, devendo-se ter o cuidado d e colocar todos os dados e inforrnaiôes necessários à sua confeccão, tais como: número d e dentes, rnódulo, diâmetro primitivo interno e externo, passo, largura e dimensões d o cubo USIMINAS - CENTRO DE FORMAÇÃO PROilSSIONAL UNIDADE 7 CONJUNTOS Os conjuntos mecânicos, geralmente, são desenhados d e duas formas: Desenho d e detalhe - as peças são desenhadas separadamente. Desenho de conjunto - as pecas são desenhadas em conjunto, dando uma idéia d e montagem. Nos exemplos abaixo, estão desenhados detalhes e conjunto d e uma chave d e fenda d e hastes permutáveis. USEMINAS - CENTRO DE FORMAÇAO PRORSS1ONAL DENOMIXACOES MATERIAL E DIMESSOES E OBSERVAÇOES Arruela de press, furo 10 x 1 espessura Aço 0.18 a 0,30% C - o jí8" x 30 Aço 0,4 a 0.6% - o 3:8" x 220 Latão - o 5/8" x 2 5 Latão - o 1" x 50 Material plástico (Torneável) o 1" x 120 . 1 6 1 5 3 4 1 3 1 2 1 1 1 A escolha das vistas para os desenhos de conjuntos obedece ao mesmos princípios usados nas projeções das peças. Montagem Parafuso Haste Porca Cabeça Tampa Corpo As peças componentes de um conjunto são identificadas, no desenho, por números colocados dentro de pequenas circunferências. Nos desenhos de conjuntos, existe uma tabela, colocada acima do rótulo, que indica a quantidade, o número, o nome e o material de cada peça, além de outras informações que se fizerem necessárias. USIMINAS - CENTRO DE FORMAÇAO PROFISSIONAL O exemplo abaixo e detalhes d o "Grampo o da folha seguinte mostram o conjunto e os Fixo". GR4MPO FIXO Escala 1:l D E S E N H O DE CATÁLOGOS Um conjunto mecânico pode ser desenhado, também, apenas com o objetivo de mostrar os seus componentes e a nomenclatura destes, como é o caso do desenho da Serra Alternativa Tipo Mecânico apresentada abaixo. Note que o conjunto foi representado em "VISTA ÚMCA não houve preocupaçao com os seus detalhes, pois o objetivo era apenas apresentar a nomenclatura das peças componentes da Serra Alternativa. Poderia ter sido utilizada também a representação em perspectiva, que nos mostraria o conjunto com suas três dimensões; no entanto, sempre que é possível, evita-se esta representação, por ser de difícil e demorada elaboração. Estes desenhos de conjuntos são muito usados em Manuais de Instnigão e Catálogos. 1 Manípulo da morsa 2 Arco da serra 3 Corrediço do arco 4 Suporte guia da corrediça 5 Contrapeso 6 Parafuso da morsa 7 Mossa 8 Lâmina 9 Suporte da contrapeso 10 Engrenagem de transmissao 11 Volante da biela 12 Capa da angrenagem 13 Polia 14 Pinhão de transmissão 15 Base da morsa 16 Peça 17 Desligador automático da chave elétrica 18 Manivela 19 Barramento 20 Motor elétrico 21 Pés VISTAS EXPLODIDAS Outro tipo de desenho de conjunto muito empregado é o da "YiSTA EXPLODIDA" mostrando o conjunto como se estivesse desmontado, porém fazendo correspondência às posições de cada detalhe no conjunto. Embora de difícil e demorada elaboração, é também muito usado em catálogos comerciais ou em manuais de instrução. Os desenhos abaixo apresentam os conjuntos em "VISTAS EXPLODIDAS". USIMINAS - CENTRO DE FORMAÇÁO PROFISSIONAL TOLERANCIA E AJUSTES AFASTAMENTOS Como você já sabe, no planejamento de uma peça são deteminadas as medidas que ela deve ter ao ser fabricada. h medidas que uma peça deve ter ao ser fabsicada chamam-se dimensões nominais. Veja a figura 1. A cota 25 é a dimensão nominal da peça. Ela indica o diâmetro da peça. Mas na fabricação d e uma peça é muito difícil se conseguir as dimensões nominais. Isto porque podem ocorrer vários problemas, como por exemplo: erro d o instrumento d e medida; erro da pessoa que mede a peça; deformação d o material. Por estes problemas é que no planejamento de uma peça também se determinam os afastamentos. Afastamentos são medidas que indicam, n o desenho técnico, variações permitidas na dimensão nominal da peça a ser fabricada. Junto da dimensão nominal sempre aparecem dois afastamentos. Um dos afastamentos é superior e o outro afastamento é inferior. Afastamento superior é aquele que indica a maior variação permitida na dimensão nominal da peça a ser fabricada. Afastamento inferior é aquele que indica a menor variação permitida na dimensão nominal da peça a ser fabricada. Veja a figura 2. Figura 2 Os afastamentos indicados junta da dimensão nominal 25 são + 0,2 e + 0,1 O afastamento superior é + 0,2 e o afastamento inferior é + 0, l . USIMINAS - CENTRO DE FORMAÇAO PROFISSIONAL Nos exemplos da figura 2 os dois afastamentos estão indicados pelo sinal +. Mas os afastamentos podem vir indicados d e outras maneiras. Veja na figura 3 os afastamentos indicados pelos sinais + e -. I + 0.5 @ 30 - 0'2 Figura 3 A dimensão nominal da peça é 30. Os afastamentos são +0,5 e - 0,2. O afastamento superior é +0,5 e o afastamento inferior é -0,2. Agora veja na figura 4 que os dois afastamentos estão indicados pelo sinal - . t=jj Figura 4 A dimemsão nominal da peça é 22. Os afastamentos são - 0,s e - 0,2. Como os dois afastamentos estão indicados pelo sinal - o afastamento superior é aquele que tem o menor número e o afastamento inferior é aauele a u e tem o maior número. Neste exemplo, o afastamento superioré - 0,2 e o afastamento inferior é - 0,5. E ainda existem casos, em que os afastamentos superior e inferior são indicados por uma mesma cota. Isto acontece somente quando os sinais são + e -. Veja um exemplo na figura 5. Figura 5. Neste exemplo o afastamento superior é + 0,s e o afastamento inferior é - 0,j. Dimensão máxima e dimensão mínima. Tendo-se a dimensão nominal e os afastamentos, pode-se calcular a dimensão máxima e a dimensão mínima da peça. Dimensão máxima é a maior dimensão que uma peça pode ter depois d e fabricada. A dimensão máxima é determinada pela dimensão nominal e pelo afastamento superior. Veja a figura A dimensão nominal é 25 e o afastamento superior é + 0,2. Como o sinal d o afastamento superior é + basta somá-lo à dimensão nominal. O resultado é a dimensão máxima. Veja: + 25,O dimensão total 0,2 afastamento superior 2 5,2 dimensão maxíma Veja outro exemplo na figura 7. Neste exemplo, a dimensão nominal é 30 e o afastamento superior é 0,Z. Como o sinal d o afastamento superior é - basta subtraí-lo da dimensão nominal. Veja: - 30,0 dimensão nominal 0,2 afastamento superior 29,8 dimensão Gxima US1M1IiIAS - CENTRO DE FORMAÇAO PROFiSSlONAL Dimensão mínima é a maior dimensão que uma peça pode ter depois de ser fabricada. A dimensão mínima é determinada pela dimensão nominal e pelo afastamento inferior. Veja nas figura 8, 9 e 10 exemplos d e dimensões mínimas da peça. Figura 6 - 25,0 dimensão nominal 0,2 afastamento inferior 24,8 dimensão mínima Figura 9 + + + 2 j,0 dimensão nominal 0,2 afastamento inferior I m 2 j , 2 dimensão mínima Figura 10 - 25,0 dimensão nominal 0,3 afastamento inferior 2 4 , 7 dimensão mínima A dimensão máxima e a dimensão mínima da peça determinam a tolerância. Tolerância é a variação permitida entre a dimensão máxima e a dimensão mínima. Assim, em uma peça de dimensão máxima 25,5 e dimensão mínima 24,5, a tolerância será: - 25,5 dimensão máximo 24, j dimensão mínima 01 ,O tolerância A tolerância é muito importante, principalmente em peças que devem trabalhar ajustadas. USIM1NAS - CEN1n0 DE FORMAÇAO PROFISSIONAL AJUSTES Para entender o que são ajustes é preciso conhecer eixos e furos de peças. Ekos são partes da peça que geralmente se encaixam num furo. Furos - p e p s fêmeas Eixos - peças machos Há peças que podem ter partes que são machos e partes que são fêmeas USIMINAS - CENTRO DE FORMA~AO PROFISSIONAL O modo como o eixo se encaixa num furo chama-se ajuste. De acordo com a função do eixo, existem vários tipos de ajustes TiPO DE AJUSTE LIVRE ROTATIVO DESLIZ ANTE DESLIZANTE JUSTO ADERENTE FORÇADO LEVE FORÇADO DURO à PRESSÃO COM ESFORÇO EXEMPLO DE AJUSTE Montagem à mão, com facilidade Montagem à mão podendo girar sem esforço. Montagem à mão com leve pressão. Montagem a mão. porém, necessitando de algun esforço. Montagem com auxílio de martelo I i Montagem com auxílio de martelo "erado. prensa Montagem com auxílio de balancim ou por dilatação. EXEMPLO DE APUCAÇÃO Peças cujos funcionamentos neces- sitam de folga por f o r ~ a de dilata- ção. mau alinhamento, etc. Peças que giram ou deslizam com boa lubrificação. Es.: eixos, man- cais, etc. Peças que deslizam ou giram com grande precisão. Ex.: anéis de rota- mentos, corrediças, etc. Encaixes fixos de precisão, órgãos lubrificados derlocáveis à mão. Ex.: punções, guias, etc Órgãos que necessitam de frequen- tes desmontagens. Ex.: polias, en- grenagens. rolamentos, etc. Órgãos poççíveis de montagens e desmontagens sem deformafão das peças. Peças impossíveis de serem des- montadas sem deformaçao. Ex.: bu- chas à pressão, etc. Sistema d e tolerância ISO prevê a existência d e 21 campos, representa- dos por letras d o alfabeto latino, sendo as mmscuh . , . , p x a n s f u r n s e a s ~ ~ n s r i x a s . I Furos: 1 I Eixos: I Estas letras indicam as posições dos campos de tolerâncias e m relação à linha zero, indicando as primeiras os ajustes móveis e as últimas os ajustes forçados sobre pressão. A Tolerâncias pJ para furos pjgg com folga incerto b rn Tolerancias a para furos QUALIDADE DE TRABALHO - (GRAUS DE TOLERÂNCIAS) A qualidade das peças dos britadores, das tesouras e outras máquinas grosseiras niio é a mesma das pegas pertencentes a plainas, tornos mecânicos, fresadoras, etc. Enquanto o acabamento das primeiras é apenas regular e os seus ajustes têm folgas consideráveis, as últimas nao somente exigem um acabamento melhor como também ajustes mais exatos. USIMINAS - CENTRO DE FORMAÇAO PROFISSIONAL Justamente por essa razão o sistema ISO estabelece 16 qualidades de trabalho, capazes de serem adaptadas a quaisquer tipos de produção mecânica. Essas qualidades são designidadas por IT 1, IT 2 ... IT 16 (I de ISO e T de tolerância) Para mecanjca grosseira e peças isoladas Para calibradores Para mecânica corrente I I I I Para calibradores Para mecânica corrente Para mecânica grosseira e peps isoladas ESCOLHA DA QUALIDADE A escolha da qualidade depende do tipo de construção ou da função desempenhada pelas peças. Como regra geral, pode--se dizer que: a) As qualidades de 1 a 5, correspondem à mecânica extraprecisa - - é reservada particularmente para calibradores. b) A qualidade 6, corresponde à mecânica muito precisa. É indicada para eixos das máquinas ferramentas como: fresadoras, retifica- doras, etc. c) h qualidade 7, indica mecânica de precisão. É particularmente prevista para furos que se ajustam com eixos de qualidade 6. d) A qualidade 8, é de média precisão. Indicada para eixos que se ajustam com qualidade 7. Presta-se também para a execução de peças de máquinas que não exigem muita precisão nos ajustes. e) '4 qualidade 9, designa a mecânica corrente. É indicada para a execução de certos órgãos de máquinas industriais que se podem ajustar com folgas consideráveis. f) As qualidades 10 e 11, indicam mecânica ordinária. g) As qualidades que vão de 12 a 16 são empregadas em mecânica grosseira. USIMINAS - CENTRO DE FORMAÇAO PROFISSIONAL Os desenhos das peças com indicação de tolerâncias deverão ser cotados do modo seguinte: escreve-se a dimensão nominal seguida de uma letra que, como vimos, indica o campo de tolerância adotado e um número que determina a qualidade. Para peças fêmeas a letra é maiúscula, geralmente H; para peças machos a letra é minúscula, e pode variar conforme o tipo de ajuste desejado. Nos desenhos de conjuntos, onde as peças aparecem montadas a indicação da tolerância poderá ser do seguinte modo. Em casos especiais, poder-se-á ao invés dos símbolos recomendados pela ISO, indicar o valor da tolerância diretamente nos desenhos. Este sistema nem sempre é o recomendável, porque, dificulta a deter- minação do instrumento de verificação, salvo em que a tolerância seja tal que dispense os calibradores fixos e a verificação possa ser feita com instrumento de leitura direita. DIMENSOES ANGULARES Os Ângulos são medidos em graus o u frações d e graus 1. Cada grau corresponde a 1/360 d o círculo; 2. O Grau é dividido em "minutos"; cada grau tem 60 minutos; 3. O Minuto é dividido em "segundos"; cada minuto tem 60 segundos. Graus, minutos e segundos são representados pelos símbolos a o lado indicados Exemplo: 12' 16' 15" (doze graus, dezesseis minutos e quinze segundos). SEGUNDOS / f ' Símbolos das unidades de medidas de ângulos. A tolerância d e dimensões angulares, da mesma forma que a das demais dimensões, conforme exposto linhas atrás, é indicada adiante d e cada medida, nas linhas d e cota, ou anotada uma só vez n o desenho, quando a tolerância é a mesma para várias medidas. Limite superior 4 jO + 30' = 4 j030' Limite inferior 4 j 0 - 30' = 44&30' Tolerância geral + 30' Tolerância + 10' Limite superior 60° + 10' = 6090' Limite inferior 60° - 10' =í9O50' Indicação d e tolerância angular. USIMINAS - CENTRO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL BIBLIOGRAFIA SILVA, Sylvio F. da- "A Linguagem do Desenho Técnico" Rio de Janeiro: LTC - livros técnicos e científicos S.A 1984. FRENCH, Thomas E e VIERCK, Charles J. - "Desenho Técnico e Tecnologia Gráfica - Editora Globo Porto Alegre - Rio de Janeiro. HERLING, André e YAGIk4, Eiji - "Desenho - Educação Artística", 55 7* e 8" série - Instituto Brasileiro de Edições Pedagógicas IBEP - São Paulo. CENTROWEG - "Leitura e Interpreta$ío de Desenho". VOLKSWAGEM, Fundação - "Desenho Técnico" SENAI-SP - '.Desenho Técnico" - São Paulo, 1984 SENAI-SP - "Desenho Técnico Mecânico - Leitura e Interpretasao" SENAI-MG - "CB Desenho" - 1"dição - 1975 SENAI-SP - "Desenhista Mecânico" - São Paulo - 1975. SENAI-SP - "Desenho Técnico Mecânico" - Projeto de formação e aperfeiçoamento de superiores de 1" linha, acordo de cooperação técnica Brasil-Alemanha - São Paulo - 1985. ESCOLA SENAI SUIÇO-BRASILEIR4 - "Desenho Técnico" PRONTUÁRIO DO PROJETISTA DE MAQUINAS - Eng. Francesco Pro venza, Publicações "PRO-TEC". PROCEDIMENTO TÉCNICO PARA DESENHO MECÂNI~O-GERAL- USIMINAS,UDJ-UJE-UJEM-1986. ABNT - "Norma Geral de Desenho Técnico" - NB-8.