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Prof.: Phelipe Macedo phelipe.macedo@ibmr.br Rio de Janeiro, 2020 SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO REPRODUÇÃO ASSISTIDA Objetivos de Aprendizagem • Identificar as estruturas que compõe o sistema reprodutor masculino e suas funções; • Identificar as etapas da espermatogênese e as principais patologias do sistema reprodutor masculino; • Propor formas de contornar causas de infertilidade masculina através da reprodução assistida. Sistema Reprodutor Masculino Aparelho reprodutor masculino e órgãos próximos: 1 Bexiga; 2 Osso púbico; 3 Pénis; 4 Corpo cavernoso; 5 Glande; 6 Prepúcio; 7Abertura uretral; 8-Cólon sigmóide; 9-Reto; 10-Vesícula seminal; 11-Conduto ejaculador; 12-Próstata; 13Glândula de Cowper (glândula bulbouretral); 14 Ânus; 15Vaso deferente; 16-Epidídimo; 17-Testículo; 18-Escroto. a) BOLSA ESCROTAL (ESCROTO): Armazena e protege os testículos (gônadas masculinas) Sistema Reprodutor Masculino BOLSA ESCROTAL: bolsa músculo-cutânea onde estão contidos os testículos, epidídimo e primeira porção dos ductos deferentes. Regular a temperatura, afastando os testículos do corpo, de forma a manter a temperatura mais baixa relativamente à cavidade abdominal, imprescindível à formação dos espermatozóides. Sistema Reprodutor Masculino B) TESTÍCULOS (GÔNADAS MASCULINA) – 1 PAR Órgãos ovóides localizados no exterior da cavidade abdominal. Produz os gametas masculinos (espermatozóides) Produz o hormônio sexual masculino (Testosterona) Sistema Reprodutor Masculino B) TESTÍCULOS (VISÃO INTERNA) Túbulos Seminíferos: Local onde ocorre a espermatogênese (formação de espermatozóides). Epidídimo Túbulo Seminífero Sistema Reprodutor Masculino B) TESTÍCULOS (VISÃO INTERNA) Células de Leydig (intesticial): Sob influência do LH produz a testosterona. Epidídimo Túbulo Seminífero Sistema Reprodutor Masculino Membrana basal Células de Leydig TÚBULO SEMINÍFERO Células de Leydig – gametas e hormônios Células de Leydig e Sertoli Secretam testosterona, quando são estimuladas pelo LH, responsável pela diferenciação do trato genital masculino e da genitália externa na fase fetal, pelo aparecimento dos caracteres sexuais secundários e pela manutenção da espermatogênese a partir da puberdade. A produção de TESTOSTERONA permite o desenvolvimento dos órgãos genitais e dos caracteres sexuais secundários, como: Estimulam os folículos pilosos para que façam crescer a barba masculina e os pêlos púbicos. Ampliam a laringe e tornam mais grave a voz. Produzem o aumento de massa muscular durante a puberdade. Sistema Reprodutor Masculino B) TESTÍCULOS (VISÃO INTERNA) Célula de Sertoli: Produz substâncias que nutrem os espermatozóides , dando suporte mecânico e protegendo-os até que eles possam alcançar a maturidade e ser liberados no interior dos túbulos. Epidídimo Túbulo Seminífero Sistema Reprodutor Masculino Células de Sertoli – suporte e nutrição Células de Sertoli Células de Leydig e Sertoli Tem diversas funções essenciais para o bom funcionamento do sistema reprodutor masculino como : Sustentação e proteção das células de linhagem espermatogênica; Nutrição das células da linhagem espermatogênica; Fagocitose de gametas danificados e restos celulares; Secreção de um meio rico em frutose, que nutre e facilita o transporte dos espermatozóides até o interior dos ductos genitais; Secreção dos hormônios inibina após a puberdade (inibindo a secreção de FSH); Sua atividade é regulada pelo FSH. Por ter tantas funções importantes é utilizada como parâmetro para avaliação da eficiência da espermatogênese. C) EPIDÍDIMO Local de amadurecimento e armazenamento de espermatozóides. Sistema Reprodutor Masculino O EPIDÍDIMO é um duto espiralado comprimido, localizado sobre os testículos. Desenrolado, ele poderia medir aproximadamente 6 m de comprimento. Os espermatozóides são armazenados no epidídimo por até duas semanas, local onde eles amadurecem, desenvolvem motilidade e tornam se capazes de fertilizar. A. Cabeça do epidídimo B. Corpo do epidídimo C. Cauda do epidídimo D. Vaso deferente. O EPIDÍDIMO é um duto espiralado comprimido, localizado sobre os testículos. Desenrolado, ele poderia medir aproximadamente 6 m de comprimento. Ductos deferentes Cabeça epidídimo Rede Testis Túbulo seminífero Túbulo reto Túnica albugínea Cauda epidídimo Corpo epidídimo Ducto epidídimo Ducto deferente D) CANAL DEFERENTE: Comunica o epidídimo à vesícula seminal • Os CANAIS DEFERENTES são vasos, que começam na extremidade caudal do epidídimo e sobem para o interior da região abdominal. Depois, passam sobre a bexiga vesical e fazem conexão com as vesículas seminais, na região pélvica, para formar o ducto ejaculatório. • Além de funcionarem como parte do sistema de transporte de espermatozóides, também agem como locais de armazenamento para a maior parte dos espermatozóides produzidos até a ejaculação. E) VESÍCULA SEMINAL Produz o líquido seminal, o qual contém substâncias nutritivas, que irá nutrir o espermatozóide. As vesículas seminais são duas bolsas localizadas na região pélvica, atrás da bexiga. Sua finalidade primária é fornecer uma secreção viscosa, alcalina, que forma uma parte do fluido seminal. As vesículas seminais fornecem cerca de 50 a 70 % do volume do fluido seminal. O fluido das vesículas seminais é rico em nutrientes, inclusive ácido cítrico e aminoácidos e frutose, para prover uma fonte de energia para o metabolismo dos espermatozóides e aumentar a motilidade dos espermatozóides. O fluido seminal – sêmen, inclui secreções seminais, provenientes das vesículas próstata bulbouretrais, assim espermáticas. e glândulas como células . F) PRÓSTATA Produz a secreção prostática (alcalina) que reduz a acidez da vagina, favorecendo a sobrevivência dos espermatozóides naquele ambiente. • A PRÓSTATA é uma estrutura única situada debaixo da bexiga. • A principal função da próstata é armazenar e secretar um fluido claro levemente alcalino que constitui 10-30% do volume do fluido seminal, que, junto com os espermatozóides, constitui o sêmen. A alcalinidade do fluido seminal ajuda a neutralizar a acidez do trato vaginal, prolongando o tempo de vida dos espermatozóides. • A próstata também contém alguns músculos lisos que ajudam a expelir o sêmen durante a ejaculação. https://pt.wikipedia.org/wiki/Fluido_seminal https://pt.wikipedia.org/wiki/Espermatoz%C3%B3ide https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%AAmen https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%BAsculos_lisos G) GLÂNDULA BULBOURETRAL Produz uma secreção que lubrifica o canal da uretra e facilita a motilidade dos espermatozóides. As glândulas bulbouretrais, também chamadas de glândulas de Cowper, são do tamanho de uma ervilha. Essas glândulas produzem uma secreção que entra na uretra neutralizando a acidez da uretra para a passagem do espermatozoide. Essa secreção constitui cerca de 5% do sêmen. H) URETRA Canal que comunica o sistema excretor (micção) e o sistema reprodutor (ejaculação) com o meio externo. É um canal destinado para a urina e para o esperma, ao qual se ligam os canais deferentes. Atravessa o penis, abrindo na extremidade deste órgão. URETRA Por que razão não existe mistura de urina com esperma? R: Os músculos na entrada da bexiga contraem-se durante a ereção para que nenhuma urina entre no esperma e nenhum esperma entre na bexiga. I) PÊNIS Órgão copulador masculino PÊNIS é formado por dois tipos de tecidos cilíndricos: corpos cavernosos e corpo esponjoso (envolve e protege a uretra). A extremidade mais saliente do pênis constitui a glande, que é recoberta por uma pele fina, o prepúcio. Canal deferente Reservatório do Bexiga canal deferente Uretra Vesícula seminal Próstata Glândula de Cowper Uretra Corpo Esponjoso Corpo cavernoso Pênis Epidídimo Testículo Prepúcio GlandeEscroto Espermatogênese - Espermatogônias espermatozóides maduros - Inicia na puberdade (13 a 16 anos) e continua até a velhice Ovogênese - Ovogônias ovócitos maduros -Inicia antes do nascimento completado depois da puberdade (12 a 15 anos) - Continua até a menopausa ESPERMATOGÊNESE → Período de multiplicação: As células precursoras denominadas de espermatogônias multiplicam-se por mitose. A multiplicação, que acontece na parede dos túbulos seminíferos, é relativamente lenta até a puberdade e, após esse período, torna-se intensa. Essa fase da espermatogênese pode ocorrer por toda a vida do homem. - Quiescentes desde período fetal - Divisões mitóticas Espermatogônia - Quiescentes desde período fetal - Divisões mitóticas Espermatogônia Espermatócito 1º → Período de crescimento: As espermatogônias aumentam de tamanho e passam a ser chamadas de espermatócitos primários ou espermatócitos I. ESPERMATOGÊNESE - Quiescentes desde período fetal - Divisões mitóticas Espermatogônia Espermatócito 1º 1º MEIOSE Espermatócito 2º → Período de maturação: No período de maturação, ocorre o processo de meiose. Primeiramente os espermatócitos primários passam pela primeira divisão meiótica e dão origem a dois espermatócitos secundários ou espermatócitos II. Inicia-se, então, a segunda divisão meiótica, que origina duas espermátides. ESPERMATOGÊNESE - Quiescentes desde período fetal - Divisões mitóticas Espermatogônia Espermatócito 1º 1º MEIOSE Espermatócito 2º 2º MEIOSE Espermátides ESPERMATOGÊNESE Após o fim do processo de divisão celular, as espermátides iniciam um processo denominado de espermiogênese, em que ocorre a transformação dessas células em espermatozoides. ESPERMIOGÊNESE Espermatozóide alongado Núcleo migra para a região mais extrema da célula Cauda - locomoção - Acrossoma – fecundação Enzimas auxiliam a penetração no ovócito ACROSSOMA É a fase final de produção dos espermatozóides. As espermátides se transformam em espermatozóides. Espermátide arredondada ESPERMIOGÊNESE A espermatogênese pode ser dividida em três fases, de acordo com as diferentes características funcionais: I. – FASE PROLIFERATIVA, caracterizada por rápidas e sucessivas divisões mitóticas das espermatogônias II.– FASE MEIÓTICA onde o material genético é duplicado, levando à formação de células espermátides III. – FASE DE DIFERENCIAÇÃO OU ESPERMIOGÊNICA, na qual as espermátides passam por complexa série de transformações citológicas, tais como formação do acrossoma e do flagelo, e condensação nuclear. ESPERMIOGÊNESE Fatores que influenciam na espermatogênese: Tabaco Álcool Temperatura Criptorquidia Quimioterapia para o câncer Varicocele Espermatozóide maduro ESTRUTURA DO ESPERMATOZÓIDE Cabeça – com o pró-núcleo masculino haplóide (n) e o acrossoma, capuz formado por vesículas do Complexo de Golgi, contendo enzimas digestivas que permitirão pefurar a camada protetora do ovócito II (óvulo) no momento da fecundação. Peça intermédia – Os centríolos, dispostos no pólo oposto ao acrossoma, originam os microtúbulos que constituem o flagelo. Concentração de mitocôndrias fornecedoras de energia (ATP) para os batimentos do flagelo. Cauda – formada pelo flagelo, cujos batimentos impulsionam o espermatozóide. Mitocôndrias Acrossomo Pró-núcleo (n) Sistema Reprodutor Masculino ESPERMATOGÊNESE É o processo responsável pela formação dos espermatozoides. → Período de multiplicação: As células precursoras denominadas de espermatogônias multiplicam-se por mitose. A multiplicação, que acontece na parede dos túbulos seminíferos, é relativamente lenta até a puberdade e, após esse período, torna-se intensa. Essa fase da espermatogênese pode ocorrer por toda a vida do homem. → Período de crescimento: As espermatogônias aumentam de tamanho e passam a ser chamadas de espermatócitos primários ou espermatócitos I. → Período de maturação: No período de maturação, ocorre o processo de meiose. Primeiramente os espermatócitos primários passam pela primeira divisão meiótica e dão origem a dois espermatócitos secundários ou espermatócitos II. Inicia-se, então, a segunda divisão meiótica, que origina duas espermátides. Após o fim do processo de divisão celular, as espermátides iniciam um processo denominado de espermiogênese, em que ocorre a transformação dessas células em espermatozoides. Nessa importante etapa, a espermátide alonga-se, seu núcleo migra para a região mais extrema da célula e formam-se o acrossomo e a cauda. O acrossomo tem papel primordial na fecundação, uma vez que libera substâncias necessárias à penetração no ovócito secundário. A cauda, por sua vez, é fundamental para a locomoção desse gameta. A ESPERMATOGÊNESE envolve a sequência de eventos através da qual células germinativas primitivas chamadas espermatogônias transformam-se em espermatozóides. Esse processo tem início na puberdade (13 a 16 anos), e continua até a velhice. Infertilidade Masculina A infertilidade masculina pode ser ocasionada por meio de uma doença única, porém é muito comum encontramos diferentes fatores que, quando associados, levam a uma importante redução do potencial fértil. O exame físico da bolsa testicular e o espermograma são essenciais para que o Médico Especialista em Reprodução Humana possa avaliar corretamente o potencial reprodutivo masculino. http://www.hospitalsaopaulo.org.br/reproducaohumana/exame-fisico/ http://www.hospitalsaopaulo.org.br/reproducaohumana/espermograma/ Varicocele A varicocele é o termo designado para descrever a dilatação das veias testiculares, vasos responsáveis pela drenagem do sangue venoso, pobremente oxigenado, junto ao testículo. A varicocele pode prejudicar o fluxo do sangue, a troca de nutrientes e levar a um acúmulo de substâncias tóxicas e o aumento de temperatura na região, é a principal causa de infertilidade masculina. A varicocele é a principal causa de infertilidade masculina, chegando a afetar até 40% dos homens inférteis. Os homens com infertilidade secundária apresentam varicocele em até 80% dos casos. O testículo esquerdo é geralmente o mais afetado, porém a bilateralidade é muito comum. Varicocele A adolescência é a época onde ocorre o início do desenvolvimento da varicocele, sendo raramente encontrada em crianças. Sua origem está relacionada a múltiplos fatores, como incompetência das válvulas nas veias espermáticas internas, alteração da drenagem venosa, postura bípede e até mesmo história familiar positiva para varicocele (ex.: pai com varicocele). A varicocele usualmente não produz sintomas, mas desconforto local, percepção de aumento de volume escrotal e, mais raramente, dor testicular podem ser sintomas apresentados. Varicocele A varicocele, no exame físico, é classificada em 3 graus de dilatação: grau I (leve), grau II (moderada) e grau III (importante). Os graus II e III são os que trazem maior preocupação, pois podem, comprovadamente, levar o homem à infertilidade, requerendo a necessidade de tratamento. É importante ressaltar que nem todo o homem que apresenta varicocele se tornará infértil ou terá alteração no espermograma. Esses homens devem realizar acompanhamento anual com espermograma, não necessitando de tratamento específico até que haja piora dele ou de alguma prova funcional. Além do espermograma, existem exames complementares chamados de Provas Funcionais • “Provas Funcionais”. • Esses testes são de grande importância, pois auxiliam na investigação laboratorial fornecendo informações da amostra seminal que, até bem pouco tempo atrás, não poderiam ser abordadas. • Essas “Provas Funcionais” avaliam melhor o espermatozoide no que diz respeito à sua integridade para realizar a fecundação do óvulo e a presença de possíveis defeitos que possam contribuir negativamente na formação de bons embriões. • Os achados nesses exames são fundamentais na fase diagnóstica e posteriororientação na conduta do tratamento. Provas Funcionais Fragmentação de DNA Uma das causas mais importantes de infertilidade masculina é a fragmentação do DNA no núcleo do espermatozoide. Como o DNA do espermatozoide se une ao DNA do óvulo para formar o zigoto e, assim, o embrião, uma alta fragmentação no DNA do espermatozoide pode determinar a infertilidade ou a formação de umembrião. O ensaio Cometa, o teste mais sensível dentre as opções disponíveis, permite visualizar a fragmentação mesmo em seus estágios iniciais e, assim, permite a introdução de opções que visem diminuir a ocorrência dessafragmentação. Integridade do acrossoma Uma das etapas da fertilização envolve a penetração do espermatozoide na zona pelúcida (membrana que envolve o óvulo) e para tanto ocorre uma liberação de uma série de enzimas presentes no espermatozoide paradigeri-la. As enzimas responsáveis pela penetração na zona pelúcida estão presentes em uma membrana denominada acrossoma, e para a fertilização é imprescindível que haja um acrossoma íntegro. Para o teste, é utilizada uma sonda que se liga a moléculas existentes na membrana acrossomal externa. Desse modo, a presença de coloração identifica um acrossoma íntegro. A diminuição da integridade acrossomal pode mudar a conduta terapêutica. Provas Funcionais Atividade mitocondrial Durante o percurso no trato reprodutor feminino, o espermatozoide deve manter um movimento progressivo constante (motilidade), e para penetrar o óvulo é necessário que adquira um padrão de hipermotilidade. Ambos são intrinsecamente dependentes da produção de energia, e uma das principais formas de produção desta energia é feita pela presença de uma grande quantidade de mitocôndrias na base da cauda do espermatozoide (na peça intermediária). A diminuição ou ausência de atividade mitocondrial não impede a motilidade, mas diminui bastante as chances de que o espermatozoide penetre o óvulo. O teste utilizado permite a classificação da peça intermediária em: classe I (todas as mitocôndrias ativas), classe II (mais de 50% das mitocôndrias ativas), classe III (menos de 50% das mitocôndrias ativas) classe IV (nenhuma mitocôndria ativa). Disfunções Hormonais Todo homem com alteração no exame de espermograma deve ter os níveis de hormonais dosados, pois eles podem interferir diretamente na produção de espermatozoides. Os principais hormônios envolvidos são: - FSH (hormônio folículo estimulante): valores altos de FSH significam que os testículos apresentam alterações que dificultam a produção de espermatozoides. Já níveis de FSH extremamente baixos mostram que o problema está na fabricação desse hormônio, faltando estímulo adequado para que o testículo normal produza espermatozoides. Nesses casos, a reposição semanal de FSH por um longo período de tempo (até 18 meses) pode corrigir o problema. - LH (hormônio luteinizante): promove a produção de testosterona pelos testículos. Baixos níveis levam à perda da vontade sexual e dificuldade de ereção, além de redução da produção de espermatozoides. - Testosterona: é essencial para que haja produção de espermatozoides pelo testículo e para que o homem mantenha sua libido e ereção preservadas. Valores de Referência - Homem • FSH = 0,7 até 10 mUI/mL • LH = entre 0,6 - 12,1 U/L • Testosterona = entre 300ng/dL a 1000ng/dL • Estrogênio = 10 a 60 pg/mL; Azoospermia Uma pequena parcela dos homens inférteis, ao fazer o exame de espermograma, depara-se com a ausência de espermatozoides (azoospermia) no ejaculado. Nesses casos, devem-se avaliar tanto as doenças que impedem a saída de espermatozoides, quanto as situações que interfiram na própria produção pelo testículo, como >alterações genéticas, testículos criptorquídicos, ou seja, aqueles que permanecem fora da bolsa testicular e disfunções hormonais. http://www.hospitalsaopaulo.org.br/reproducaohumana/azoospermia/ Azoospermia Existem, basicamente, dois tipos de azoospermia: obstrutiva e não obstrutiva - Obstrutiva: esse tipo de azoospermia é de ótimo prognóstico, pois o problema não está relacionado à produção, mas sim à obstrução do canal (ducto deferente) por onde sai o sêmen. As principais causas são: i)infecções genitais, cuja reação inflamatória leva ao fechamento dos canais condutores do sêmen, ii)fibrose cística, doença transmitida geneticamente que leva o homem a nascer sem os canais deferentes, iii) vasectomia, a causa mais comum de azoospermia obstrutiva - Não Obstrutiva: Nesse tipo de azoospermia, tanto pode haver uma produção mínima de espermatozoides incapaz de sair pela ejaculação, quanto, realmente, ausência completa de fabricação. Nesses casos, as causas genéticas sempre devem ser procuradas, por meio de pesquisa de cariótipo e Microdeleção Cromossomo Y http://www.hospitalsaopaulo.org.br/reproducaohumana/infertilidade-masculina-e-suas-causas/#inf04 Azoospermia Microdeleção Cromossomo Y No cromossomo Y existem locais que contem informações importantes para a produção normal dos espermatozóides; quando estas faltam no espermatozóide, o embrião masculino a ser gerado poderá também ser infértil no futuro. A microdeleção ocorre quando há ausência parcial ou total dessas informações presentes no DNA destas regiões O diagnóstico é feito por duas formas, uma análise nos hábitos de vida do homem e um exame clínico chamado espermograma, que irá identificar a qualidade, forma e quantidade de espermatozoides que o paciente ejacula. O número adequado é ter 15 milhões de espermatozoides por mililitro de esperma, com um volume entre 1,5 ml e 5 ml, sendo necessário que 32% desse montante sejam móveis e tenham força para chegar até as trompas e encontrar o óvulo para a fecundação. menor do que 15 milhões por Nessas condições, o diagnóstico poderá ser: •Oligospermia: número de espermatozoides mililitros. •Azoospermia: ausência total de espermatozoides. •Astenospermia ou astenozoospermia: casos em que menos de 32% dos espermatozoides são móveis. •Teratozoospermia é a alteração na forma dos espermatozoides. Infertilidade Masculina
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