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Prévia do material em texto

Telejornalismo
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Dr. Rodrigo Maia Theodoro dos Santos
Revisão Textual:
Prof. Me. Luciano Vieira Francisco
A Pauta no Telejornalismo
• Pauta no Telejornalismo;
• Pauta na Prática: Entrevista.
• Identifi car a relevância de uma informação, em um contexto jornalístico;
• Analisar a informação e transformá-la em notícia;
• Pautar um telejornal, de acordo com a linha editorial do veículo.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
A Pauta no Telejornalismo
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas:
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de 
aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
Unidade A Pauta no Telejornalismo
Pauta no Telejornalismo
Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) à Disciplina de Telejornalismo!
Mais do que o Material didático de uma Disciplina para estudo pela internet, 
pretende-se, neste espaço, organizar um grande diálogo sobre o tema. Conceitos, 
teorias, exemplos, entrevistas, reflexões: o presente Material teórico tem o objetivo 
central de lhe auxiliar em um processo de aprendizagem de alta qualidade.
Como esta Disciplina é Telejornalismo, precisamos entender o fluxo pelo qual 
um telejornal passa para chegar ao telespectador, todos os dias, em diversas emis-
soras de todo o mundo, especialmente em nosso caso, no Brasil.
Pauta, produção, reportagem, edição de texto, fechamento e apresentação: após 
a informação chegar à redação e passar por uma apuração, estas serão as etapas 
que estudaremos para entender como se faz um telejornal. É preciso compreender 
como uma informação chega e o processo pelo qual passa para se tornar uma ma-
téria jornalística para, consequentemente, ir ao ar em um telejornal. Então, vamos 
começar! O primeiro ponto é a pauta.
Conceito de Pauta
Afinal, o que é uma pauta e qual a sua importância na televisão?
Pauta é uma agenda dos principais assuntos a serem noticiados em uma edição 
de um produto jornalístico. O Dicionário de comunicação, de Carlos Alberto 
Rabaça e Gustavo Guimarães Barbosa (2001) apresenta a pauta como um resumo 
dos assuntos mais importantes que devem receber a cobertura de um jornal 
ou de uma revista.
De acordo com O Manual de redação e estilo de O Estado de São Paulo 
(1997, p. 20):
Chama-se pauta tanto o conjunto de assuntos que uma editoria está co-
brindo para determinada edição do jornal como a série de indicações 
transmitidas ao repórter, não apenas para situá-lo sobre algum tema, 
mas, principalmente, para orientá-lo sobre os ângulos a explorar na notí-
cia. A pauta constitui um roteiro mínimo fornecido ao repórter. A pauta 
não deve ser só uma agenda. Precisa se preocupar em levantar enfoques 
diferenciados sobre os temas, buscar ângulos novos de abordagem, mos-
trar agilidade na identificação de novas tendências.
Do ponto de vista conceitual, a pauta, no contexto jornalístico, nada mais é do 
que o resumo das principais informações que chegam à redação e que precisam 
ser avaliadas para saber se se tornarão notícia, ou se não serão apresentadas ao 
telespectador – o principal objetivo é propor informações que podem virar notícias. 
8
9
Assim, entende-se esta ordem: as informações chegam à redação, por meio da 
escuta, e se apresentam aos jornalistas discutirem e tomarem a decisão se aquela 
notícia será veiculada. Por essa razão, os profissionais precisam ter critérios para 
tomar tais decisões.
O trabalho diário da pauta apresenta diferenças importantes entre uma empresa jornalística 
diária e uma de periodicidade diferente, como é o caso de revistas semanais, por exemplo.
O que muda é a velocidade com que as decisões precisam ser tomadas para a produção e gra-
vação da matéria jornalística. No caso da televisão, por conta de os jornais se apresentarem 
de forma diária, o ritmo de pauta é mais intenso.
Ex
pl
or
A pauta, no jornalismo televisivo, tem uma importância maior do que em outros 
veículos por conta de determinadas peculiaridades. Exige-se, de cada jornalista, 
uma atenção detalhada, voltada às necessidades de elaboração de uma reportagem 
televisiva, desde a marcação com entrevistados até o deslocamento pela cidade, por 
exemplo. Há de se pensar na questão da captação de imagens, no local em que 
os entrevistados serão ouvidos. O pensamento não é voltado apenas ao conteúdo.
A condição de captação da imagem também é imprescindível.
Como Fazer uma Pauta Jornalística
É princípio básico de um profissional da comunicação saber elaborar uma pauta 
jornalística. Trata-se da nossa bússola, do nosso navegador, roteiro inicial para a 
notícia existir.
A pauta nos mostra as direções e os comandos para a construção da matéria. 
Assim, para elaborar uma pauta é fundamental conhecer algumas etapas. O jorna-
lista responsável por essa elaboração é conhecido como pauteiro, quem identificará 
as informações que podem se tornar uma reportagem.
O trabalho vai além da simples seleção de assuntos do cotidiano; é função do 
pauteiro, também, planejar reportagens exclusivas, matérias especiais e diferencia-
das para que o público-alvo do jornal seja atendido.
Ademais, o pauteiro precisa criar e pensar o assunto de maneira completa; deve 
indicar os caminhos a serem percorridos para que a reportagem possa chamar 
a atenção do telespectador e, assim, atingir, de maneira positiva, o público-alvo 
da emissora. Esse jornalista atua, portanto, de maneira decisiva na construção da 
reportagem, sugerindo perguntas e caminhos ao repórter que, por sua vez, tem a 
liberdade de interpretar a pauta e, se for necessário, fazer modificações pontuais.
A pauta está relacionada tanto aos acontecimentos previstos, quanto aos não previstos.
No caso dos previstos, o repórter, além de obter as indicações das possíveis fontes – telefones, 
endereços etc. –, recebe, também, orientação básica para gravar a reportagem. No caso dos 
não previstos, o chefe de reportagem necessita ter agilidade para montar, de forma rápida, 
uma pauta de cobertura complexa, pois pode se tratar de grande acontecimento.
Ex
pl
or
9
Unidade A Pauta no Telejornalismo
Em linhas gerais, a pauta de um jornal televisivo apresenta uma introdução ou 
cabeçalho, com o nome do redator da pauta; a data e retranca – nome da matéria 
–; as pesquisas realizadas sobre o tema da matéria; um resumo do que é solicitado 
ao repórter; um encaminhamentoda linha editorial; as fontes que foram – e que 
serão – consultadas; a lista de entrevistados com os respectivos endereços; e uma 
série de sugestões de perguntas.
Podemos discorrer sobre as etapas com mais detalhes, para tanto, acompanhe 
os conceitos – ainda nesta Unidade você assistirá a uma entrevista especial com a 
chefe de pauta da TV Record, a jornalista Ana Machado, quem abordará dezenas 
de exemplos sobre todas as etapas. Por isso, fique atento(a), pois, a seguir nos ate-
remos à teoria.
A introdução ou cabeçalho é, como o próprio nome diz, uma breve e sucinta 
apresentação sobre a matéria, isto é, acerca dos assuntos principais que serão 
trabalhados pela reportagem. Para ajudar o repórter a gravar a matéria na rua, o 
pauteiro de televisão precisa ser curto, objetivo e informativo na apresentação da 
matéria. Trata-se de uma apresentação simples, que servirá para justificar a escolha 
do tema e a sua respectiva pertinência.
Por ser um jornalista, o pauteiro precisa escrever a sua pauta com rigor, objeti-
vidade, capacidade de síntese e clareza. Por isso, a apresentação não é uma sequ-
ência de informações aleatórias. Na própria introdução, a matéria recebe um nome 
ou, conforme se diz no jornalismo, uma retranca.
Após a apresentação, torna-se imprescindível que o jornalista produza uma série 
de pesquisas para que a reportagem possa estudar a matéria. Não adianta o pau-
teiro fazer uma pesquisa acadêmica completa, com dezenas de páginas, uma vez 
que a pauta jornalística tem a função de subsidiar o repórter com dados e informa-
ções oficiais sobre o conteúdo. A pesquisa é a base oficial de dados e informações 
complementares de uma matéria.
Importante!
Se o pauteiro não checar as informações da pesquisa, ou seja, se informações não verda-
deiras chegarem às mãos do repórter por meio da pauta, a matéria poderá ir ao ar com 
dados equivocados, ao vivo e para todo o País.
Importante!
Obviamente, muitas etapas ainda virão até a matéria ser veiculada, de modo que 
possíveis erros podem ser consertados. No entanto, como futuro(a) jornalista, é fun-
damental entender a importância de uma pesquisa na pauta jornalística televisiva. 
10
11
Importante!
Fazer essa pesquisa em sites de busca, na internet, pode ajudar significativamente. En-
tretanto, essa não pode ser, jamais, a única forma pela qual o jornalista adquire infor-
mações sobre o tema. Revistas, jornais, livros, fontes, especialistas etc., tudo precisa ser 
consultado para que as melhores e mais importantes informações sejam compiladas.
A internet pode ajudar, mas, se mal verificada, pode se tornar um verdadeiro desastre 
para a credibilidade de um jornalista que se apoia apenas nesse recurso.
Importante!
Depois da pesquisa, chega a vez do resumo e encaminhamento.
O resumo nada mais é que um simples parágrafo que condensa o que a matéria 
precisa se tornar. É um texto básico, no qual o repórter entenderá o que não poderá 
faltar na matéria.
Em alguns casos, jornalistas não 
fazem um resumo na pauta, pois 
entendem que a apresentação já 
pode cumprir essa função.
Já o encaminhamento é imprescindível. Não há pauta sem encaminhamento. 
Nesta etapa, o jornalista da pauta diz ao repórter qual é a linha que será seguida. 
Um bom exemplo é relacionado a um desastre ambiental.
O repórter poderá gravar uma matéria com o seguinte encaminhamento: falar 
sobre as causas do desastre, a partir das declarações dos responsáveis e, tam-
bém, dos comentários dos especialistas no assunto. Veja que, neste pequeno e 
simplificado exemplo, o repórter, objetiva e tecnicamente, discorrerá sobre o que 
aconteceu no desastre ambiental citado: as causas, consequências e os números. 
Ainda sobre o mesmo assunto, desastre ambiental, o encaminhamento da maté-
ria pode ser este: falar com as famílias afetadas com o desastre. Note que, neste 
caso, podem ser citadas informações técnicas acerca do desastre. Porém, o foco é 
entender a realidade das famílias afetadas: onde as pessoas estão abrigadas, como 
se alimentarão, seguirão as suas vidas a partir dali etc. 
Repare: o encaminhamento mudou completamente a matéria jornalística.
Sequencialmente, na pauta, serão inseridos os entrevistados e as fontes, ou 
seja, as pessoas que o repórter poderá contatar para receber mais informações 
sobre o assunto da matéria, os especialistas entrevistados e os personagens que 
servirão de exemplo.
11
Unidade A Pauta no Telejornalismo
Para finalizar este modelo de pauta, lembrando sempre que se trata apenas de um 
exemplo – e não de um padrão único –, abordaremos as sugestões de perguntas.
Como o próprio nome já sugere, este item da pauta nada mais é do que uma 
sequência de perguntas que o pauteiro sugere para o repórter fazer às fontes e 
aos entrevistados.
As perguntas devem ser sugeridas com o objetivo de auxiliar o repórter a pegar 
as principais informações já colhidas pelo pauteiro no momento de elaboração da 
pauta. Como o pauteiro já realizou a pesquisa, consultou as fontes, fez o encami-
nhamento, sabe, como ninguém, o que precisa ser perguntado para que o repórter 
consiga extrair as melhores informações.
Portanto, não se trata de uma série qualquer de perguntas, mas daquelas bem 
elaboradas e pensadas para auxiliar o profissional na gravação e redação da matéria.
É indicado ao repórter o direcionamento que precisa ser seguido nas entrevistas. 
As sugestões de perguntas podem ser escritas em uma linguagem informal, pois 
devem servir como diretrizes ao profissional.
Para melhor visualizar o funcionamento da pauta, veja este gráfico:
Introdução
Retranca
Objetivos
Pesquisas
Resumo
Encaminhamento
Fontes
Sugestões de 
Perguntas
Figura 1 – Etapas de pauta
É fundamental mencionar que o gráfico e as etapas apresentadas são apenas 
uma forma de enxergar um modelo de pauta. Em cada emissora, algumas vezes em 
cada jornal dentro da mesma emissora, os modelos podem variar. Por mais que se 
busquem fórmulas para entender a pauta, não há um padrão único, mas uma linha 
de raciocínio similar entre os modelos. Portanto, você, futuro(a) jornalista, precisa 
entender o conceito de pauta – e não um modelo supostamente pronto e único 
para trabalhar.
12
13
A pauta, como etapa inicial do processo de organização da matéria jornalística, 
é um item do trabalho completo; por mais que seja a primeira etapa, não podemos 
dizer que é a mais importante.
• Pauta factual: É a pauta que t em o objetivo de apresentar uma visão geral 
de um acontecimento específico, ocorrido naquele dia. É o fato na hora. Pode 
ser uma tragédia, um crime; pode ser uma partida de futebol, um show, ou a 
chegada de uma celebridade. A pauta factual pode ser imprevista, como é o 
caso de uma tragédia; ou prevista, como é o caso de um jogo esportivo, ou da 
chegada de uma celebridade em um local. Se for prevista, deverá ser previa-
mente agendada; caso não seja prevista, deverá ser realizada com urgência – a 
de fato emergente;
• Pauta não factual: As pautas não factuais são c onhecidas, na maioria das 
redações televisivas, por pautas frias. Podem ser veiculadas a qualquer hora, 
pois não perderão o valor de notícia pelo simples fato de não se tratarem de 
novidades. Vale ressaltar que pauta dessa natureza requer aprofundamento por 
meio da ampliação do tema, que pode já ser conhecido do telespectador;
• Pauta de reportagem especial: É a pauta mais produzida; aquela que sugere 
a elaboração de um texto criado por parte do repórter; p ropondo uma pro-
dução mais rica, com informa ções mais precisas, interessantes, inovadoras. 
Essas reportagens especiais, comumente, geram as séries jornalísticas que co-
nhecemos, em muitas emissoras.
Dicas para a Pauta no Jornalismo Televisivo
Agora, temos uma sequência interessante de dicas para você, futuro(a) jornalista, 
conseguir fazer uma pauta profissional para a televisão. Tais dicas serão objetivas e 
diretas ao ponto. É o momento de você perceber se entendeu toda a teoria ofereci-
da. Após as dicas, assistiremos à entrevistacom uma profissional da área.
1. Desde a pauta, ou seja, já no início do processo de produção de uma notí-
cia, a preocupação com a imagem deve estar presente em todas as etapas 
de uma reportagem televisiva;
2. A notícia jornalística não é nada mágica, que apareça de repente ao pau-
teiro, produtor ou repórter. Assim, para uma notícia acontecer, o jornalista 
precisará fazer apuração, pesquisa e elaboração;
3. Não deixe de ouvir as pessoas. Absolutamente tudo o que for informação 
precisa ser avaliado para o pauteiro entender se é relevante à sociedade. 
O telespectador necessita de pautas de política, economia, cultura, Ciên-
cia, religião, comportamento, meio ambiente, esporte, políticas públicas 
e muito mais. Portanto, avalie bem tudo o que ouvir de todas as pessoas;
4. Não se esqueça de que o pauteiro é um jornalista. Logo, deverá possuir 
ótima cultura geral para ter condições de desenvolver matérias jornalísti-
cas sobre diversos assuntos. De qualquer forma, pode também ser bom 
13
Unidade A Pauta no Telejornalismo
que o pauteiro seja especialista em algum tema econômico, esportivo, 
político, etc.;
5. Na reunião de pauta, com a presença de jornalistas que executem diversas 
funções na redação, serão definidos os assuntos destacados no telejornal 
do dia, o planejamento para a produção de reportagens ao dia seguinte e 
os próximos assuntos especiais que podem surgir no telejornal nas próxi-
mas semanas, tudo isto por matérias produzidas;
Figura 2
6. As fontes de sugestões para novas pautas são buscadas pelo jornalista 
em redes sociais, agências de notícias, sites, jornais, contatos de teles-
pectadores, relatórios de outros jornalistas de redação sobre matérias já 
realizadas, noticiário de outras emissoras, conversas com pessoas na rua 
etc. Assim, sugerir pautas deve ser uma iniciativa de todo jornalista – não 
apenas do pauteiro;
7. Como aqui tratamos da pauta televisiva, vale ressaltar que o pauteiro preci-
sa organizar a proposta de encaminhamento da matéria com informações 
complementares, sendo uma das mais importantes a relacionada às ima-
gens que o cinegrafista deve fazer. Obviamente, quando a equipe chegar 
ao local de gravação, muita coisa poderá mudar; no entanto, essas indica-
ções iniciais servirão de guias para toda a equipe;
8. A pauta precisa ter um texto essencialmente informativo, objetivo, re-
sumido e com , pois servirá de sugestão ao repórter redigir a matéria. 
O pauteiro também deve sugerir perguntas. Todo material de apoio deve 
ser anexado à pauta. Como estamos na Era Digital, muitas emissoras têm 
utilizado as mídias sociais para cumprir essa função;
9. A pauta pode ser trabalhada tanto para um acontecimento previsto, como para 
eventos imprevistos e para reportagens especiais. Cada matéria exigirá uma 
estruturação de pauta diferenciada. Isso é fundamental para você, estudante, 
entender que não há modelos e padrões para todas as matérias jornalísticas;
10. Tempo é algo precioso, importante, fundamental para o dia a dia de um jor-
nalista, em uma redação. Neste contexto, cabe ao pauteiro auxiliar o tempo 
dos profissionais que seguirão com a produção da matéria jornalística; de 
14
15
modo que o pauteiro deve incluir dados sobre os entrevistados; telefones e 
endereços das pessoas envolvidas na matéria; contato de outros jornalistas 
da redação que podem atender em casos emergenciais. Na pauta, deve tam-
bém evitar, se possível, fazer marcações muito distantes umas das outras ao 
mesmo repórter, em caso de jornais diários, ao vivo. O tempo de desloca-
mento, principalmente em grandes cidades, pode prejudicar a chegada do 
Vídeo Tape (VT) à redação;
Figura 3
11. É primordial que sejam ouvidos dois ou mais entrevistados sobre o tema 
da pauta. Ter apenas uma pessoa para se fazer presente na matéria é 
passível de acontecer somente em casos especiais, quando o entrevistado 
é o próprio foco da reportagem;
12. O pauteiro deve estar sempre atento a novos acontecimentos que podem 
surgir sobre o tema da matéria. A vida dinâmica da sociedade atual pode 
gerar alterações importantes no encaminhamento;
13. O pauteiro deve pensar nos locais em que o repórter gravará: precisa de 
autorização para entrar? Necessita de algum documento ofi cial? Se isso 
não for checado, antes de a matéria começar, esta correrá o risco de não 
ser realizada;
14. Por tomar as principais decisões para publicar matérias em telejornais 
de grande audiência no País, o pauteiro é sempre assediado por artistas, 
escritores, especialistas de diversas áreas, políticos, instituições e empre-
sas para que os seus trabalhos sejam divulgados. Dessa forma, jornalista 
profi ssional que é, o pauteiro deve se guiar pelo interesse da veiculação 
de informações relevantes ao público do telejornal;
15. Em contexto similar ao item anterior, vale comentar sobre as assessorias 
de imprensa: são colegas jornalistas que desempenham essa função; por-
tanto, não são fontes que devem ser desconsideradas ou discriminadas. 
Porém, não são consideradas fontes primárias de informação, de modo 
que tudo deve ser checado. Um assessor de imprensa tem interesses 
específi cos, voltados à pessoa ou empresa que assessora. Por isso, tudo 
necessita ser avaliado com critério;
15
Unidade A Pauta no Telejornalismo
Figura 4
16. Um pauteiro deve saber avaliar criteriosamente um release, o qual pode con-
ter tanto boas fontes de informação, quanto com erros grosseiros. Cabe ao 
pauteiro checar as informações e avaliar o interesse do público do telejornal;
17. Se o assunto for muito importante e estiver com enorme repercussão, po-
derá valer uma reportagem especial. Assim, o pauteiro deve ficar atento 
para conseguir avaliar quando isso pode acontecer;
18. Lembre-se: alguns entrevistados são notícias quase sempre, por isso, não 
precisam de pauta específica para participarem de um telejornal. É o 
caso do presidente da República, governador, prefeito, de artistas e per-
sonalidades de ampla repercussão – nacional e internacional. Isso não 
quer dizer que entrarão em qualquer pauta, mas apenas que entrevistas 
com os quais sempre valerão matérias;
19. Eventos, dia a dia de clubes, rotinas de políticos importantes, datas espe-
ciais, comemorações, festividades etc., um bom pauteiro sabe tudo sobre 
os principais acontecimentos da sociedade;
20. É uma atitude interessante arquivar material; de modo que um bom pau-
teiro sempre tende a guardar informações relevantes e que podem ser 
úteis em próximas reportagens.
Figura 5
16
17
Pauta na Prática: Entrevista
Você já estudou a teoria sobre a pauta, entendeu a estrutura de uma pauta e, 
ainda, recebeu dicas importantes para a sua carreira jornalística como possível 
pauteiro(a). Assim, chegou o momento de conhecer a pauta, na prática. Assista 
à entrevista realizada pela nossa equipe com a jornalista Ana Machado, chefe de 
pauta do jornalismo da TV Record. Confira!
Assista a entrevista com a jornalista Ana Machado, chefe de pauta do Departamento de Jor-
nalismo da TV Record, disponível em seu ambiente virtual de aprendizagem.Ex
pl
or
Excelente a participação da Ana Machado!
Conseguimos confrontar a teoria e prática, além de ouvir dezenas de exemplos 
reais. A experiência do dia a dia em uma redação é importante para que você, 
futuro(a) jornalista, possa entender de forma direta como é ser um(a) profissional 
dessa área.
Confira o Material complementar, onde há mais informações acerca da pauta. 
Veja, também, as referências desta Unidade e continue os seus estudos.
17
Unidade A Pauta no Telejornalismo
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Leitura
O campo jornalístico e a pauta: um olhar sobre a produção de conteúdos para tablets
Tese de Doutorado em Comunicação de Alberto Marques, intitulada O campo jornalístico 
e a pauta: um olhar sobre a produção de conteúdos para tablets.
https://bit.ly/2KB3g4A
O meio jornalístico e a reunião de pauta: quando a parte expressa o todoArtigo de Silvia Garcia Nogueira, intitulado O meio jornalístico e a reunião de pauta: 
quando a parte expressa o todo.
https://bit.ly/2N98WEX
A pauta jornalística se adapta aos novos tempos da televisão brasileira
Artigo de Mozarth Dias de Almeida, intitulado A pauta jornalística se adapta aos novos 
tempos da televisão brasileira.
https://bit.ly/2XyZUFt
O que é pauta?
Postagem do site Race Comunicação, intitulada O que é pauta?
https://bit.ly/2WZrLu1
18
19
Referências
CARVALHO, A. et al. Reportagem na TV: como fazer, como produzir, como 
editar. São Paulo: Contexto, 2010. 
MANUAL de redação da Folha de S.Paulo. 12. ed. São Paulo: Publifolha, 2008.
MARTINS FILHO, E. L. Manual de redação e estilo de O Estado de São Paulo. 
3. ed. rev. ampl. São Paulo: O Estado de São Paulo, 1997.
PATERNOSTRO, V. I. O texto na TV: manual de telejornalismo. 2. ed. Rio de 
Janeiro: Elsevier, 2006.
RABAÇA, C. A.; BARBOSA, G. G. Dicionário de comunicação. 2. ed. Rio de 
Janeiro: Elsevier, 2001.
19

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