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Análise Financeira em Empresa de Equipamentos

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FACULDADE CAPIVARI - FUCAP 
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE FINANCEIRA: UM ESTUDO DE CASO NA EMPRESA 
LARROYD EQUIPAMENTOS LTDA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PATRÍCIA DOS SANTOS DE OLIVEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPIVARI DE BAIXO 
2014 
 
FACULDADE CAPIVARI - FUCAP 
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
 
 
 
 
 
PATRÍCIA DOS SANTOS DE OLIVEIRA 
 
 
 
 
 
ANÁLISE FINANCEIRA: UM ESTUDO DE CASO NA EMPRESA 
LARROYD EQUIPAMENTOS LTDA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de curso 
submetido ao Curso de Graduação de 
Ciências Contábeis da Faculdade 
Capivari para a obtenção do título de 
Bacharel em Ciências Contábeis. 
Orientadora: Profª. Maria Aparecida 
Cardozo, (Msc.) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPIVARI DE BAIXO 
2014 
 
 
Patrícia dos Santos de Oliveira 
 
 
ANÁLISE FINANCEIRA: UM ESTUDO DE CASO NA EMPRESA 
LARROYD EQUIPAMENTOS LTDA. 
 
 
Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para 
obtenção do Título de Bacharel em Ciências Contábeis e aprovado em 
sua forma final pela Banca Examinadora. 
 
Capivari de Baixo, 09 de julho de 2014. 
 
 
_________________________________ 
Prof.ª Msc. Maria Aparecida Cardozo 
Coordenadora do Curso 
 
 
 
 
 
Banca Examinadora: 
 
 
 
 
 
 
________________________________ 
Prof.ª Msc. Maria Aparecida Cardozo 
 Orientadora 
Faculdade Capivari 
 
________________________________ 
Prof. Mauricio Dobiez 
Membro da banca 
Faculdade Capivari 
 
________________________________ 
Prof. Patrick Prates 
Membro da banca 
Faculdade Capivari 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
Em especialmente a Deus, a essência e a base 
de todas as coisas, aquele que me sustenta, 
estrutura e orienta minha vida; 
 
À minha mãe e meu pai, os quais amo muito, 
pelo exemplo de vida e família e, também aos 
meus irmãos por tudo que me ajudaram até 
hoje; 
 
Com muito carinho dedico ao meu namorado 
Isac Rodrigues da Silva, pela compreensão e 
companheirismo, no qual sempre me 
incentivou para a realização dos meus ideais, 
encorajando-me a enfrentar todos os 
momentos difíceis da vida. 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Primeiramente, agradeço a Deus, que me concedeu sob toda graça 
e misericórdia, o dom perfeito da vida e o privilégio de ter chego até 
aqui; 
Aos meus pais, pelo incentivo que me deram para poder alcançar 
este objetivo; 
Aos meus familiares e amigos especialmente ao meu namorado 
Isac Rodrigues da Silva, pelo importantíssimo apoio, nos momentos 
difíceis desta trajetória; 
Ao proprietário da empresa, objeto de estudo, que me 
disponibilizou as informações necessárias para realização desta 
pesquisa; 
A todas as pessoas que contribuíram de forma direta ou indireta 
para esta conquista, em especial aos meus colegas de faculdade que me 
deram forças nessa jornada; 
À minha orientadora, Professora Maria Aparecida Cardozo, por 
ter sido companheira, prestativa, compreensiva e amiga ajudando a 
conduzir este trabalho; 
Aos demais Professores, pelo empenho com que ministram suas 
disciplinas, objetivando sempre a melhor formação dos acadêmicos do 
Curso de Ciências Contábeis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“O êxito da vida não se mede pelo que 
você conquistou, mas sim pelas 
dificuldades que superou no caminho”. 
 
Abraham Lincoln 
 
RESUMO 
 
A complexidade e a competitividade no mercado exigem das empresas 
maior eficiência na gestão de seus recursos, assim, é indispensável ter 
uma visão ampla do negócio em que se atua. Desta forma, torna-se 
indispensável à atenção a ferramentas como a análise financeira, por ser 
capaz de fornecer informações para tomada de decisão. Tem-se então 
como pergunta de pesquisa: qual a viabilidade da implantação de um 
controle financeiro formalizado na empresa Larroyd Equipamentos 
Ltda.? Como forma de respondê-la, o objetivo geral do estudo foi propor 
a implantação de um controle financeiro formalizado na empresa 
Larroyd Equipamentos Ltda. Para tanto, tem-se como objetivos 
específicos: verificar a existência de algum tipo de controle financeiro 
na empresa Larroyd Equipamentos Ltda.; levantar as rotinas de controle 
financeiro utilizadas pelo objeto de estudo considerando entradas e 
saídas de dinheiro; confrontar a forma de controle financeiro utilizado 
pela empresa com os modelos propostos pela literatura; e, identificar o 
modelo de controle financeiro mais adequado para empresa Larroyd 
Equipamentos Ltda. A metodologia usada para a elaboração desse 
trabalho foi o método de estudo de caso numa abordagem exploratória. 
A escolha pelo estudo de caso foi pelo motivo de que esse seria a melhor 
forma de coletar os dados para a presente pesquisa e, assim, alinhar o 
estudo ao estágio supervisionado na empresa Larroyd Equipamentos 
Ltda. Observou-se que o controle financeiro adotado hoje pela empresa 
é bom, porém é necessário que sejam feitos alguns ajustes para que ele 
se torne uma ferramenta indispensável para a tomada de decisão. 
Supõe-se que o método de fluxo de caixa direto seja o mais adequado 
para empresa, pois nele é possível fazer a divisão de todas as atividades 
operacionais e não operacionais, além de que, pelo método direto, os 
recursos derivados das operações são indicados a partir dos 
recebimentos e pagamentos decorrentes das operações normais 
efetuadas durante o período. Assim, destaca-se a importância da análise 
de fluxo de caixa, pelo fato de ser uma ferramenta importante que visa 
ao controle e planejamento das disponibilidades de uma empresa. 
 
Palavras-chave: Análise Financeira. Tomada de Decisão. Fluxo de 
Caixa. 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 01 – Controle Financeiro Atualmente Utilizado Pela Empresa 
 Larroyd Equipamentos Ltda. .......................................... 57 
 
Figura 02 – Organograma Proposto Para a Empresa Larroyd 
 Equipamentos Ltda.. ....................................................... 60 
 
LISTA DE QUADROS 
 
Quadro 01 – Modelo de Demonstração do Valor Adicionado .......... 46 
 
Quadro 02 – Estruturação da Demonstração do Fluxo de Caixa – 
 Método Direto .............................................................. 48 
 
Quadro 03 – Estruturação da Demonstração do Fluxo de Caixa – 
 Método Indireto ............................................................ 49 
 
Quadro 04 – Proposta de um Controle Financeiro Formalizado e 
 Adequado com a Literatura e as Atividades da 
 Empresa ........................................................................ 58 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 01 – Estrutura do Balanço Patrimonial. ................................. 42 
 
Tabela 02 – Modelo de Demonstração do Resultado do Exercício... 44 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
ABC Activity Based Costing 
BP Balanço Patrimonial 
CIA Companhia 
DFC Demonstração de Fluxo de Caixa 
DRE Demonstração do Resultado do Exercício 
DVA Demonstração de Valor Adicionado 
DOAR Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos 
EPI Equipamento de Proteção Individual 
FUCAP Faculdade Capivari 
LTDA Limitada 
NBC T Norma Brasileira de Contabilidade - Técnica 
PMEs Pequenas e Médias Empresas 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................25 
2 RELATÓRIO DE ESTÁGIO: CARACTERIZAÇÃO 
DO OBETO DE ESTUDO .............................................................. 27 
2.1 HISTÓRIA DA EMPRESA ........................................................ 27 
2.2 DESCRIÇÕES DE CARGOS E ATIVIDADES ........................ 28 
2.2.1 Compras .................................................................................. 28 
2.2.2 Vendas e Marketing ............................................................... 28 
2.2.3 Contabilidade .......................................................................... 29 
2.2.4 Financeiro ............................................................................... 29 
2.2.5 Produção ................................................................................. 29 
3 REFERENCIAL TEÓRICO ....................................................... 31 
3.1 CONTABILIDADE: CONCEITOS FUNDAMENTAIS ........... 31 
3.2 RAMIFICAÇÕES DA CONTABILIDADE ............................... 33 
3.2.1 Contabilidade Gerencial ........................................................ 33 
3.2.2 Contabilidade de Custos ........................................................ 34 
3.2.2.1 Custeio Por Absorção ............................................................ 36 
3.2.2.2 Custeio Variável ou Direto .................................................... 37 
3.2.2.3 Custeio Baseado em Atividades (ABC) ................................ 37 
3.2.3 Contabilidade Financeira ...................................................... 38 
3.3 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS .......................................... 40 
3.3.1 Balanço Patrimonial (BP) ...................................................... 40 
3.3.2 Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) ................ 43 
3.3.3 Demonstração do Valor Adicionado (DVA) ......................... 44 
3.3.4 Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC) .............................. 46 
4 METODOLOGIA DA PESQUISA ............................................. 51 
4.1 ENQUADRAMENTO METODOLÓGICO ............................... 51 
4.2 PROCEDIMENTOS PARA A COLETA E ANÁLISE DOS 
DADOS ............................................................................................. 51 
5 ESTUDO DE CASO: ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS 
RESULTADOS ................................................................................ 53 
5.1 CONTROLE FINANCEIRO: CONSIDERAÇÕES INICIAIS .. 53 
5.2 ROTINAS DO CONTROLE FINANCEIRO ............................. 54 
5.3 MODELOS DE FLUXO DE CAIXA ......................................... 55 
5.4 CONTRIBUIÇÃO DA PESQUISA ............................................ 60 
6 CONCLUSÃO .............................................................................. 61 
REFERÊNCIAS .............................................................................. 63 
ANEXO A – Sede da Empresa Larroyd Equipamentos .............. 67 
ANEXO B – Desumidificador Dry Paper....................................... 68 
ANEXO C – Eko Forno Larroyd ................................................... 70 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A contabilidade é uma ciência que estuda, controla e registra 
todas as transações relativas à administração patrimonial, econômica e 
financeira da empresa, portanto a contabilidade se torna uma ferramenta 
indispensável para a gestão dos negócios. 
As transformações aceleradas do mercado e a rapidez com que a 
globalização acontece, resulta em mudanças que geram desafios para os 
gestores que pretendem manter-se no mercado. Uma das formas para 
superar tais desafios é que o gestor busque permanentemente novos 
conhecimentos e métodos para lapidar suas decisões. Assim, a 
adequação da realidade no mundo dos negócios é fundamental, pois é 
indispensável ter uma visão ampla do negócio em que se atua, onde 
consiga ter estratégias suficientes para poder crescer ou manter-se no 
mercado. Desta forma, é importante que o gestor obtenha conhecimento 
sobre a análise financeira, pois essa é uma ferramenta capaz fornecer 
informações que são necessárias para identificar a real situação da 
empresa. 
Porém, muitas empresas não utilizam essa ferramenta e nem as 
informações fornecidas por ela, fazendo com que deixe de entrar nessa 
acirrada competição globalizada que se encontra nos mercados de hoje. 
Sem essa ferramenta, ela não é capaz de tomar as decisões certas que 
são necessárias para o controle e planejamento de seu negócio. Dessa 
forma, esse controle e análise são importantes para a sobrevivência de 
empresas inseridas no mercado, pois só assim é possível ter uma visão 
geral de como funciona o negócio e ter um diagnóstico econômico-
financeiro. 
Devido a grande concorrência em meio à globalização no 
mercado, e a carência de empresas que não conseguem atingir os lucros 
propostos, surge assim a necessidade de estudar meios que possam 
auxiliar empresas a obter um controle mais preciso sobre seus custos. 
Não apenas as grandes organizações devem se preocupar com o 
planejamento e utilizar das ferramentas gerenciais que a contabilidade 
fornece, as pequenas empresas também devem se preocupar a utilizar 
esse recurso, pois ocorre um alto índice de mortalidade dessas, por não 
possuir um processo de gestão eficiente e não utilizarem informações 
precisas sobre o ambiente em que a empresa atua. É vital a 
sobrevivência da empresa inserida num ambiente competitivo, desde 
que seus gestores estejam assessorados e recebam informações para 
escolherem as melhores alternativas, e para identificá-las são 
necessários os dados contábeis. 
26 
 
O objetivo que designou a escolha deste estudo foi ampliar 
conhecimentos na área financeira e mostrar qual a sua importância em 
relação à sobrevivência da empresa, sendo uma ferramenta que tem por 
objetivo auxiliar os gestores na tomada de decisão. 
Tem-se, então, como pergunta de pesquisa: qual a viabilidade da 
implantação de um controle financeiro formalizado na empresa Larroyd 
Equipamentos Ltda.? Como forma de respondê-la, o objetivo geral do 
estudo é propor a implantação de um controle financeiro formalizado na 
empresa Larroyd Equipamentos Ltda. Para tanto, os objetivos 
específicos são: (a) verificar a existência de algum tipo de controle 
financeiro na empresa Larroyd Equipamentos Ltda.; (b) levantar as 
rotinas de controle financeiro utilizadas pelo objeto de estudo, 
considerando entradas e saídas de dinheiro; (c) confrontar a forma de 
controle financeiro utilizado pela empresa com os modelos propostos 
pela literatura; e (d) identificar o modelo de controle financeiro mais 
adequado para empresa Larroyd Equipamentos Ltda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
2 RELATÓRIO DE ESTÁGIO: CARACTERIZAÇÃO DO 
OBJETO DE ESTUDO
1
 
 
Esta seção trata da identificação e caracterização da empresa 
Larroyd Equipamentos Ltda. Para tanto, está divida em: história da 
empresa e descrição de cargos e atividades. 
 
2.1 HISTÓRIA DA EMPRESA 
 
O trabalho tem como objeto de estudo a empresa Larroyd 
Equipamentos Ltda., sendo uma empresa familiar e também de pequeno 
porte. Sua fundação foi em junho de 2003 e sua sede (Anexo A) é 
localizada próxima às margens da BR 101, na Rua Enedina de Souza 
Bento, 300, bairro: Vila Flor, Capivari de Baixo/SC. Composta por dois 
sócios, possui um quadro de 8 funcionários, sendo 4 no setor produtivo e 
4 no setor administrativo. Sua área de atuação sempre foi a 
industrialização. 
Desde 2003, sua atividade principal foi a fabricação de 
desumidificadores para papel Dry Paper (Anexo B). Esse equipamento 
tem o objetivo de tirar a umidade do papel antes da impressão. Os 
modelos são produzidos de acordo com as necessidades dos clientes, 
porém a empresa mantém também alguns modelos padrões que são mais 
comercializados, tendo como públicoalvo papelarias e empresas de 
suprimentos. 
Em 2011, foi desenvolvido outro produto, o Eko Forno Larroyd 
(Anexo C), um forno compacto, com alta temperatura, utilizando 
energia limpa, baixo consumo de energia elétrica, com lastro de pedra 
refratária, isolamento de calor eficiente, controladores precisos das 
temperaturas inferior e superior, sem interferir no meio ambiente e sem 
diversos problemas causados pelo forno à lenha. Esse forno foi 
desenvolvido para substituir os fornos à lenha, seu público alvo são 
pizzarias e restaurantes. 
Hoje em dia, a empresa fabrica os dois produtos. Mesmo tendo 
públicos alvos diferentes e os produtos serem diferentes, seu processo 
produtivo é da mesma maneira, pois mão-de-obra, máquinas e 
ferramentas para produção são praticamente as mesmas, o que muda, em 
questão, são apenas os tipos de matérias-primas. 
 
1
 As informações dessa seção foram retiradas por meio de uma entrevista com o 
diretor da empresa Larroyd Equipamentos, através do Contrato Social e 
acompanhamento das atividades da empresa. 
28 
 
2.2 DESCRIÇÕES DE CARGOS E ATIVIDADES 
 
Essa seção trata das atividades exercidas nos cargos estabelecidos 
na empresa Larroyd Equipamentos Ltda. 
 
2.2.1 Compras 
 
 Esta função é desempenhada apenas por uma pessoa. Sua 
responsabilidade é efetuar compras tanto de matéria prima como 
também material de uso e consumo. 
 Uma das políticas da empresa é que, antes de fechar qualquer 
compra, é necessário ter um orçamento de pelo menos de 3 
fornecedores, para que assim seja possível analisar qual a melhor opção 
de negociação. 
 Até o ano de 2013, as compras eram feitas diariamente, conforme 
havia necessidade, a pessoa que cuidava do estoque fazia a solicitação 
de compra dos materiais, porém sentiu-se a necessidade de ter uma 
programação das compras de materiais, pois o controle de estoque 
estava meio furado, pois a solicitação só estava sendo feita quando 
acabavam os materiais, sendo assim a direção decidiu que dois dias da 
semana seriam destinados para compra e acompanhamento de estoque. 
 Uma das funções desse cargo também é acompanhar o 
recebimento dos pedidos, para que, desta forma, seja possível analisar se 
o fornecedor está cumprindo com o prazo de entrega prometido. 
 
2.2.2 Vendas e Marketing 
 
 A pessoa responsável por esse cargo tem como principais 
atividades: fazer as negociações de vendas, tanto para os distribuidores, 
como também os clientes finais; cuidar da divulgação dos produtos, que 
geralmente é através de propagandas em revistas, sites e fóruns; fazer a 
programação das participações em feiras ou eventos; como também, 
procurar parcerias para uma melhor divulgação da marca e produtos. 
 Quem cuida da parte de vendas tem a função de acompanhar o 
rastreamento dos pedidos, mantendo assim o cliente informado sobre a 
entrega de seu pedido. 
 
29 
 
2.2.3 Contabilidade 
 
Como a empresa é de pequeno porte, não há a necessidade de que 
a contabilidade seja feita na própria empresa, em função de que manter 
uma estrutura contábil hoje em dia é um pouco caro. Sendo assim, a 
contabilidade da empresa é terceirizada. 
A empresa que presta serviços contábeis é a Orprocon Escritório 
Contábil Ltda., sua localização está na Avenida Marcolino Martins 
Cabral, Bairro: Centro, Tubarão. A Larroyd Equipamentos Ltda. é 
cliente da Orprocon desde o ano de 2003, que foi o ano que foi feita a 
abertura da empresa. 
 
2.2.4 Financeiro 
 
 Essa função é uma das mais importantes, pois é através dela que é 
feito o controle de todo o dinheiro da empresa. 
 O controle de todos os recebimentos e todas as saídas é feito por 
meio de uma planilha financeira eletrônica. Os lançamentos nessa 
planilha são feitos diariamente. Os pagamentos das contas são feitos 
pela internet e, em alguns casos isolados, o pagamento é feito em 
cheque. 
 Todos os clientes e fornecedores possuem uma pasta arquivo, 
onde são arquivados todos os comprovantes de pagamentos juntamente 
com uma cópia da nota fiscal. Algumas outras atividades que são 
desempenhadas para essa função é a análise de cadastro, que é feita com 
todos os clientes novos, e também a emissão de nota fiscal eletrônica. 
 
2.2.5 Produção 
 
Essa função começa desde o corte de chapa até a apresentação do 
produto final, envolvendo juntamente algumas outras atividades, como a 
de controle de estoque dos materiais, controle de qualidade e também 
controle de expedição. 
O horário de funcionamento da produção é de segunda-feira à 
sexta-feira, das 07:30h às 17:18h, tendo um intervalo das 12:00h às 
13:00h. O maquinário utilizado na produção é novo. A diretoria sempre 
visa melhorar o processo produtivo, sendo assim, sempre busca novas 
ferramentas que podem melhorar de alguma forma a produção dos 
equipamentos. Os funcionários que trabalham nesse setor têm a função 
de sempre manter as máquinas e ferramentas limpas e conservadas, com 
boas condições de uso. 
30 
 
 A empresa também disponibiliza, para os funcionários que 
trabalham no setor da produção, equipamentos de proteção individual-
EPI, pois, com esses equipamentos, os procedimentos produtivos são 
efetuados de maneira mais segura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
3 REFERENCIAL TEÓRICO 
 
Esta seção trata do referencial teórico balizador da pesquisa, 
apresentando-se da seguinte maneira: primeiramente envolvendo um 
estudo sobre a contabilidade geral e também sobre ramificações da 
contabilidade, em seguida o estudo envolve as demonstrações contábeis, 
tendo um maior destaque na demonstração de fluxo de caixa. Para tanto, 
tem-se como subcapítulos: contabilidade: conceitos fundamentais; 
ramificações da contabilidade; e, demonstrações contábeis. 
 
3.1 CONTABILIDADE: CONCEITOS FUNDAMENTAIS 
 
Contabilidade é um conjunto ordenado de conhecimentos, leis, 
princípios e métodos de evidenciação. Ela é a ciência que estuda, 
controla e observa o patrimônio das entidades nos seus aspectos 
monetários e físicos, onde se constitui na técnica de coletar, relacionar e 
registrar os fatos que nele ocorrem, bem como de juntar, resumir e 
mostrar informações de suas variações e situação, especialmente de 
natureza econômico-financeira (BASSO, 2005). 
Conforme Sá (2002, p. 46), 
 
Contabilidade é a ciência que estuda os 
fenômenos patrimoniais, preocupando-se com 
realidades, evidências e comportamentos dos 
mesmos, em relação à eficácia funcional das 
células sociais. 
 
De acordo com Gonçalves e Baptista (2007), contabilidade é 
ciência porque possui objeto determinado e método de investigação 
próprio. Os estudos dos fenômenos são verificados de maneira 
universal, onde apresenta verdades por volta de um mesmo objetivo. 
A contabilidade é o instrumento que fornece um máximo de 
informações que são úteis para a tomada de decisão. A contabilidade 
sempre existiu para auxiliar as pessoas a tomarem decisões. Com o 
passar dos tempos, ela começou a se tornar obrigatória para algumas 
empresas, e o governo começa a utilizar-se dela para arrecadar impostos 
(MARION, 2008). 
A contabilidade é, portanto, a ciência que fornece informações do 
patrimônio da empresa para seus administradores e, com essas 
informações, é possível verificar a realidade que a empresa se encontra. 
32 
 
O principal objeto da contabilidade é o patrimônio. Conforme 
Basso (2005, p. 24), “a contabilidade tem como finalidade fundamental 
gerar informações de ordem física, econômica e financeira sobre o 
patrimônio, com ênfase para o controle e planejamento”. 
De acordo com Sá (2002, p. 94), 
a Contabilidade, sendo a ciência apta para 
contribuir, por meio de modelos à prosperidade 
das aziendas, pode ensejar a prosperidade do todo 
social, ou seja, é a ciência competente para 
construir a prosperidade social a partir da 
somatória das unidades.Conforme Ribeiro (2010, p. 4), “o objetivo da contabilidade é o 
estudo e o controle do patrimônio e de suas variáveis visando ao 
fornecimento de informações que sejam úteis para a tomada de decisões 
econômicas”. 
Segundo Gonçalves e Baptista (2007), a Contabilidade tem por 
fim registrar os fatos e produzir informações que possibilitem ao 
administrador do patrimônio o planejamento e o controle de sua ação 
perante a organização. 
A finalidade da contabilidade é assegurar o controle do 
patrimônio administrado, por meio do fornecimento de informações e 
orientações que são necessárias para tomada de decisão da 
administração. Esses dados são fornecidos através do controle, registro, 
classificação e interpretação dos fatos ocorridos. Para a administração 
essas informações são indispensáveis, pois com elas é possível ter um 
planejamento e também um controle mais preciso das atividades 
econômicas da entidade (FRANCO, 2006). 
O patrimônio seria o objeto de estudo da contabilidade, pois é por 
meio dele que é possível exercer as funções contábeis, para que possa 
alcançar as suas finalidades (FRANCO, 2006). 
Segundo Gonçalves e Baptista (2007), o objeto de estudo da 
contabilidade é o patrimônio, seria por meio dele que são desenvolvidas 
as funções da ciência contábil. 
Um profissional da contabilidade tem muitas alternativas de 
trabalho. Segundo Basso (2005), o campo da contabilidade é amplo, 
pois onde existir um patrimônio definido e delimitado, pode estar 
também a ser definindo um campo de adaptação da contabilidade, como 
as micros, pequenas, médias e grandes empresas privadas ou públicas, 
33 
 
entidades de fins ideais, pessoas físicas em geral, representam um 
campo de aplicação da contabilidade. 
 De acordo com Gonçalves e Baptista (2007, p. 25), “a Ciência 
Contábil encontrou campo fértil para seu desenvolvimento, com o 
surgimento do processo de acumulação capitalista e o florescimento da 
Revolução Industrial”. 
Os principais campos de aplicação da contabilidade podem ser 
classificados nos seguintes ramos: contabilidade comercial, industrial, 
pública, bancária, rural, cooperativas, seguradoras, fundações, 
construtoras, hospitalar, condomínios, entre outras. 
De acordo com Ribeiro (2010, p. 5), “o campo de aplicação da 
contabilidade abrange todas as entidades econômico-administrativas. 
Entidades econômico-administrativas são organizações que reúnem os 
seguintes elementos: pessoas, patrimônio, titular, capital, ação 
administrativa e fim determinado”. 
Assim, em todos esses campos de atuação, a contabilidade 
gerencial e a contabilidade de custos são fundamentais para o 
andamento e crescimento dessas entidades, pois a contabilidade de 
custos fornece os instrumentos necessários para a tomada de decisões do 
dia a dia da empresa. 
 
3.2 RAMIFICAÇÕES DA CONTABILIDADE 
 
A contabilidade é uma só, porém como qualquer outra ciência 
possui diversas ramificações, apesar de ter um mesmo objetivo que é 
orientar e controlar através de registros contábeis. Abre-se um leque de 
ramificações de acordo com a atividade exercida, dentre elas, tem-se, 
para efeito desse estudo a contabilidade gerencial, a contabilidade de 
custos e a contabilidade financeira. 
 
3.2.1 Contabilidade Gerencial 
 
De acordo com Iudícibus (1998), a contabilidade gerencial pode 
ser caracterizada como um enfoque especial conferido a várias técnicas 
e procedimentos contábeis já conhecidos e tratados na contabilidade 
financeira, na contabilidade de custos, na análise financeira e de 
balanços, etc. Porém, numa forma de apresentação e classificação 
diferenciada, de maneira a auxiliar os gerentes das entidades em seu 
processo decisório, ela está voltada para a administração da empresa, a 
fim de suprir informações que se sejam de maneira válida e efetiva no 
modelo decisório do administrador. 
34 
 
Conforme Anthony (1971), a contabilidade gerencial está 
intimamente integrada com o processo chamado controle gerencial, que 
seria o processo a qual assegura que os recursos sejam obtidos e 
aplicações eficientemente na realização dos objetivos de uma empresa. 
Esse processo está relacionado com a operação de funcionamento de 
uma empresa. É um processo recorrente, ou seja, não tem fim e nem 
princípio definido. 
De acordo com Crepaldi (2011, p. 6), 
 
contabilidade gerencial é o ramo da contabilidade 
que tem por objetivo fornecer instrumentos aos 
administradores de empresas que os auxiliem em 
suas funções gerenciais. É voltada para a melhor 
utilização dos recursos econômicos da empresa, 
através de um adequado controle de insumos 
efetuado por um sistema de informação gerencial. 
. 
Para Leone (2000), qualquer empresa tem como principal 
objetivo a maximização dos seus lucros. Em outras empresas a diferença 
entre os gastos e as receitas, despesas e custos é denominada de 
superávit, nestas empresas, do mesmo modo, o principal objetivo é 
maximizar os seus superávits, até porque caso não obtiverem superávits 
satisfatórios, não irão poder alcançar seus objetivos sociais e nem 
progredir. 
 Segundo Marion (2008), a contabilidade gerencial é voltada para 
fins internos, pois procura suprir os gerentes de um elenco maior de 
informações, principalmente para a tomada de decisões. O profissional 
que exerce essa função, muitas vezes é conhecido como controller. O 
contador gerencial deve se esforçar para assegurar que a administração 
tome as melhores decisões estratégicas para o longo prazo. Porém, as 
informações fazem mais que simplesmente comunicar, pois as 
informações comunicadas podem determinar o desempenho da empresa 
(CREPALDI, 2011). 
 
3.2.2 Contabilidade de Custos 
 
 A contabilidade está presente de forma simples em comércios 
desde os tempos do capitalismo, quando ela ainda tinha como foco 
principal a avaliação do estoque, mesmo assim ela já ajudava os 
comerciantes a obter respostas sobre os seus negócios, se estavam 
obtendo lucro ou não. 
 Conforme Leone (2000, p. 20), 
35 
 
 
A Contabilidade de Custos coleta, classifica e 
registra os dados operacionais das diversas 
atividades da entidade, denominados de dados 
internos, bem como algumas vezes, coleta e 
organiza dados externos. 
 
Segundo Martins (2003), devido ao crescimento das empresas 
com o consequente aumento da distância entre o administrador e pessoas 
administrativas, a contabilidade de custos começou a ser encarada como 
uma forma eficiente de auxílio no desempenho da missão gerencial. 
Portanto, pode-se dizer que a Contabilidade de Custos é o ramo 
da contabilidade que se destina a produzir informações para os diversos 
níveis gerenciais de uma entidade, como auxílio às funções de 
determinação de desempenho, de planejamento e controle das operações 
e de tomada de decisões. 
Para Gonçalves e Baptista (2007, p. 86), “custo é gasto 
relacionado com bem ou serviço empregado na produção de outro bem 
ou serviço”. 
De acordo com Franco (2006), o custo é fundamental em 
qualquer entidade com fim lucrativo, pois a empresa depende dele para 
alcançar os fins a que se destina. A empresa que conseguir melhorar sua 
eficiência e reduzir progressivamente seu custo estará obtendo um 
resultado econômico cada vez melhor. 
Os custos são classificados de várias formas para atender as 
diversas finalidades para as quais são apurados. Sendo assim, quanto à 
classificação, os custos podem ser relacionados pela facilidade de 
identificação, como diretos e indiretos, e os custos relacionados à 
variação do volume como fixos, variáveis (MEGLIORINI, 2002; 
NEVES e VICECONTI, 2003; WERNKE, 2004). 
Para Leone (2000), custos diretos são aqueles custos que podem 
ser facilmente identificados com o objeto de custeio. São custos 
diretamente identificados aos seus portadores. Para a sua identificação, 
não tem a necessidade de fazer o rateio. 
Segundo Santos et al. (2006, p. 54), 
 
custos indiretos são todosos outros custos. Não 
existe para estes uma relação imediata com a 
unidade de custo, a exemplo do salário do 
supervisor, prêmios de seguro, depreciação, etc. 
 
36 
 
De acordo com Megliorini (2002), os custos fixos são aqueles 
decorrentes da estrutura produtiva da entidade, porém eles independem 
da quantidade que venha a ser produzida, como por exemplo: aluguel de 
fábrica, salários de gerentes, etc. 
Segundo Crepaldi (2010), custos variáveis são aqueles que 
variam diretamente com a produção, como por exemplo: mão de obra 
direta, matéria-prima e comissão de vendas. São os custos que 
modificam em função de qualquer variação da quantidade produzida. 
Conforme Santos et al. (2006), existem três tipos de custeio que 
podem auxiliar as empresas que seriam: o critério custo por absorção, o 
critério do custo variável e o critério do custo ABC (Activity Based 
Costing) que seria custeamento baseado em atividades. 
Percebe-se, portanto, que o contador deve analisar, em conjunto 
com a empresa, a sua necessidade para identificar qual o melhor sistema 
a ser implantado de acordo com as atividades da entidade. 
Todos os métodos apresentam vantagens e desvantagens, mas, 
para efeitos contábeis, somente o método por absorção é admissível em 
função da aplicação dos princípios de contabilidade e adotada pelas 
legislações comerciais e fiscais (CREPALDI, 2010). 
 A contabilidade de custos requer a existência de métodos de 
custeio para que, ao final do processo, seja possível conseguir o valor a 
ser atribuído ao objeto de estudo. Nesse contexto, será abordado um 
estudo sobre os três métodos de custeio que são utilizados pelas 
empresas, que seriam: custeio por absorção, custeio variável ou direto e 
o custeio baseado em atividades. 
 
3.2.2.1 Custeio Por Absorção 
 
É o custeio que faz debitar ao custo do produto todos aqueles 
custos de fabricação, sejam eles diretos, indiretos, fixos ou variáveis. 
Segundo Crepaldi (2010, p. 229), “custeio por absorção é o 
método derivado da aplicação dos princípios fundamentais de 
contabilidade e é, no Brasil, adotado pela legislação comercial e pela 
legislação fiscal”. 
Conforme Wernke (2005, p. 20), 
 
o custeio por absorção tem sido alvo de diversas 
opiniões que o desqualificam. Por exemplo: para 
adequar-se à legislação vigente deve seguir os 
princípios contábeis. Decorre daí a 
obrigatoriedade de usar valores que podem 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Final
http://pt.wikipedia.org/wiki/Objeto
37 
 
merecer contestações quanto à sua adequação ao 
aspecto gerencial. É o que acontece, por exemplo, 
no caso da avaliação de estoques pelo preço 
médio e da depreciação com base em taxas 
predeterminadas legalmente. 
 
3.2.2.2 Custeio Variável ou Direto 
 
Custeio Marginal Direto (ou variável) é o método mais utilizado 
para a tomada de decisão, pelo fato de fornecer informações mais 
adequadas para decisões, porém ele não atende os princípios contábeis. 
Esse método para controle interno é importante, pois ele é considerado o 
melhor método de controle e avaliação. 
 Segundo Santos et al. (2006, p. 104), “o custeio marginal parte 
do princípio de que um produto, mercadoria ou serviço só é responsável 
pelos custos e despesas variáveis que gera”. 
Esse método assume que somente os gastos variáveis de produção 
e de comercialização do produto ou serviço devem ser considerados no 
custeamento da produção. Todos os demais gastos, que não são 
facilmente associáveis a determinado produto ou serviço, devem ser 
transferidos à demonstração do resultado (WERNKE, 2005). 
Cabe ressaltar que a margem de contribuição é derivada do 
método de custeio variável ou direto. 
A margem de contribuição tem por finalidade cobrir as despesas 
fixas e formar o lucro das empresas. 
Segundo Megliorini (2002), a margem de contribuição é quando 
resta do preço, ou seja, do valor de venda de um produto são deduzidos 
os custos e despesas por ele gerados. A empresa só começa a gerar lucro 
quando a margem de contribuição dos produtos vendidos superar os 
custos e despesas fixos do exercício. 
 
3.2.2.3 Custeio Baseado em Atividades (ABC) 
 
Custeamento ABC baseado em atividades (Activity Based 
Costing) surgiu como um método de atribuição dos custos indiretos aos 
produtos e serviços por meio das atividades. 
Confome Crepaldi (2010, p. 322), “a metologia ABC trata de 
definir e custear as atividades desenvolvidas pelas empresas e entender 
como essas são demandas pelos produtos ou serviços”. 
O critério do ABC aloca os custos e as despesas indiretas às 
atividades. Referente às bases de rateio, elas devem apresentar o uso que 
38 
 
as atividades e os centros de responsabilidade fazem dos recursos 
indiretos e comuns. Essas bases, para proceder a alocação, são chamadas 
de direcionamento de recursos (LEONE, 2000). 
Brinson (1996, p. 26) define o ABC como, 
 
o custo da atividade que é expresso em termos de 
uma medida de volume, pela qual os custos de 
determinado processo variam de forma mais direta 
(por exemplo, quantidade de ordens de compra ou 
quantidade de fornecedores). 
 
 Na contabilidade de custos, outro assunto importante que também 
é tratado é o ponto de equilíbrio. Ele é um dos indicadores contábeis que 
informa ao executivo o volume necessário de vendas, no período 
considerado, para cobrir todas as despesas, fixas e variáveis, incluindo-
se o custo da mercadoria vendida. 
O ponto de equilíbrio é o ponto em que os custos e as despesas se 
igualam. A partir desse ponto, a empresa começa a entrar na área da 
lucratividade. 
Conforme Megliorini (2002), ponto de equilíbrio nada mais é do 
que aquele momento em que a empresa não apresenta lucro nem 
prejuízo. Esse momento é aquele em que foi atingido um nível de 
vendas no qual as receitas geradas são suficientes apenas para cobrir os 
custos e as despesas. O lucro começa a surgir após o ponto de equilíbrio 
for atingido. 
 
3.2.3 Contabilidade Financeira 
 
 Segundo Marion (2008), a contabilidade financeira é a 
contabilidade geral necessária a todas as empresas, pois fornece 
informações básicas a seus usuários e é obrigatória para fins fiscais. 
Dependendo da área ou atividade, ela pode receber várias 
denominações, como contabilidade agrícola, contabilidade comercial, 
contabilidade industrial, dentre outras. 
 De acordo com Crepaldi (2011), a contabilidade financeira é 
processo de elaboração de demonstrativos financeiros para finalidades 
externas e diversos interessados, que seriam os acionistas, credores e 
autoridades governamentais. Esse procedimento é bem influenciado por 
autoridades que constituem padrões, bem como por exigências de 
auditoria independente. 
39 
 
A análise financeira é uma ferramenta que tem por objetivo 
auxiliar na avaliação da empresa. A Contabilidade é a linguagem dos 
negócios e as demonstrações contábeis são os canais de comunicações 
que fornecem dados e informações para que seja possível diagnosticar o 
real desempenho e a verdadeira saúde financeira da empresa. Uma 
análise desenvolvida com base em dados contábeis confiáveis, por sua 
vez, reduz o grau de incerteza decorrente da deficiência de referenciais 
qualitativos. Portanto, a análise financeira precisa ter um enfoque 
holístico, abrangendo a estratégia da empresa, suas decisões de 
investimento e de financiamento de suas operações (SILVA, 2004). 
Conforme Wernke (2008), administração financeira é um 
conjunto de procedimentos e técnicas utilizados para gerenciar os 
recursos financeiros da entidade, objetivando a maximização do retorno 
do capital investido pelos acionistas. Pertence ao gestor de finanças o 
trabalho de utilizar seu conhecimento técnico e as ferramentas 
gerenciais disponíveis com a intenção de aumentar a riqueza dos 
investidores. 
De acordo com Hoji (2008), para a administração financeira, o 
objetivo econômico das empresas é a maximização de seu valor demercado, pois, desta maneira, estará sendo aumentada a riqueza de seus 
proprietários, que seriam os acionistas de sociedade por ações e os 
sócios de sociedades por cotas. Os proprietários de empresas privadas 
esperam que os seus investimentos produzam um retorno de acordo com 
o risco assumido, por meio de geração de resultados financeiros e 
econômicos. 
 Segundo Treuherz (2007, p. 9), 
 
toda atividade econômica é quantificada em 
termos monetários. Assim, os resultados de uma 
empresa, com exceção dos seus benefícios sociais 
e ambientais, são demonstrados em moeda. 
Portanto, entende-se por Análise Financeira o 
exame de atos e fatos que envolvem dinheiro, 
mediante a utilização de determinada metodologia 
de trabalho. 
 
Conforme Gitman (2004), as atividades financeiras e contábeis 
estão relacionadas e com frequência se sobrepõem. Em empresas 
menores quem ocupa a função financeira é o controller, já em empresas 
maiores, muitos contadores estão envolvidos em várias atividades da 
área financeira. Porém, existem duas diferenças básicas entre a 
40 
 
contabilidade e as finanças, pois uma está relacionada à tomada de 
decisões e a outra está relacionada a ênfase em fluxos de caixa. 
Cabe destacar que termos como contabilidade financeira, 
administração financeira, gestão financeira e, até mesmo, contabilidade 
gerencial, retratam, de certa forma, algumas confusões nos seus 
conceitos e objetivos. 
 
3.3 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
 
 Segundo Ribeiro (2012), o objetivo das demonstrações contábeis 
é fornecer informações sobre a posição patrimonial e financeira, onde 
seria o desempenho e as mudanças na posição financeira da entidade, a 
qual seja útil a um grande número de usuários em suas avaliações e 
também nas tomadas de decisões econômicas. 
 Nesse contexto, nessa seção será abordado um estudo em 
algumas demonstrações contábeis, quais sejam: balanço patrimonial 
(BP), demonstração do resultado do exercício (DRE), demonstração de 
valor adicionado (DVA) e, assim, tendo um maior enfoque na 
demonstração de fluxo de caixa (DFC). 
 
3.3.1 Balanço Patrimonial (BP) 
 
De acordo com Hoji (2008), balanço patrimonial evidencia a 
situação estática da empresa em determinado tempo. Cada empresa pode 
determinar a data de encerramento do balanço conforme as suas 
conveniências, porém a maioria das empresas brasileiras encerra o 
balanço em 31 de dezembro de cada ano. 
 Conforme Silva (2004), o balanço patrimonial retrata a posição 
patrimonial da empresa em determinado momento, composta por bens, 
direitos e obrigações. O ativo mostra os bens e direitos que a empresa 
possui. O passivo mostra de onde foi que vieram os recursos, que seria 
os recursos provenientes de terceiros e os próprios. Os recursos próprios 
podem ser originados do capital colocado pelos sócios ou também pode 
ser pelo lucro gerado pela empresa. 
Segundo Matarazzo (2003), o balanço patrimonial tem por 
finalidade demonstrar a situação da empresa no final de um determinado 
período. O balanço patrimonial é a demonstração que apresenta todos os 
bens e direitos da empresa – ativo, e as obrigações - passivo em 
determinada data. A diferença entre ativo e passivo é chamada de 
patrimônio líquido e representa o capital investido pelos proprietários. 
41 
 
De acordo com Assaf Neto (2012), o balanço patrimonial 
apresenta a posição patrimonial e financeira da organização de um 
determinado período. A informação que esse demonstrativo fornece é 
totalmente estática, ou seja, seus valores dificilmente terão algum tipo 
de variação após o seu encerramento. O balanço patrimonial se torna 
indispensável elemento para conhecer a situação econômica e financeira 
da empresa. 
O balanço patrimonial é constituído de ativo, passivo e 
patrimônio líquido. O ativo é composto por todos os bens e direitos 
aplicados na entidade contábil. O passivo e o patrimônio líquido 
registram todas as origens de recurso da empresa. 
Conforme Ribeiro (2012), os ativos de uma entidade resultam em 
transações ou eventos passados. As entidades geralmente obtêm ativos 
comprando-os ou produzindo-os, mas outras transações ou eventos 
também podem gerar ativos, como por exemplo um imóvel recebido do 
governo como parte de um programa para fomentar o crescimento 
econômico. 
De acordo com Leite (1994, p. 24), 
 
o passivo corresponde à listagem de obrigações da 
empresa, que financiaram as aplicações 
demonstradas no Ativo, e à especificação dos 
recursos próprios da empresa, que estão 
envolvidos nestas aplicações. 
 
Segundo Silva (2004), no balanço patrimonial, o patrimônio 
líquido representa a parte da empresa que pertence a seus proprietários. 
No patrimônio líquido são representados os recursos próprios da 
empresa que pertencem aos acionistas e sócios (HOJI, 2008). 
Para Assaf Neto (2012), o patrimônio líquido representa a 
identidade contábil medida pela diferença entre o total do ativo e os 
grupos do passivo exigível e resultados de exercícios futuros, ou seja, o 
volume de recursos próprios da empresa, a que pertencem aos sócios ou 
acionistas. 
 A tabela 01 mostra um exemplo, de uma estrutura de balanço 
patrimonial. 
 
 
 
 
 
42 
 
Tabela 01 – Estrutura do Balanço Patrimonial. 
 
BALANÇO PATRIMONIAL 
ATIVO 
PASSIVO E PATRIMÔNIO 
LÍQUIDO 
ATIVO CIRCULANTE 
 
DISPONÍVEL 
Caixa e Bancos 
Títulos de Negociação Imediata 
APLICAÇÕES FINANCEIRAS (CDB, 
Letras de Câmbio, Debêntures, etc.) 
REALIZÁVEL A CURTO PRAZO 
Valores a Receber 
(-) Provisão para devedores duvidosos 
(-) Títulos Descontados 
Outros Valores a Curto Prazo a 
Receber 
ESTOQUES 
Matérias-primas e Embalagens 
Produtos em Elaboração 
Produtos Acabados/Mercadorias 
Materiais Diversos (Consumo e 
Almoxarifado) 
DESPESAS ANTECIPADAS 
Despesas Apropriáveis a Custo no 
Exercício Seguinte 
 
ATIVO NÃO CIRCULANTE 
 
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 
Créditos Diversos 
INVESTIMENTOS 
Participações Acionárias 
Outros Investimentos 
IMOBILIZADO 
Prédios e Terrenos 
Máquinas e Equipamentos 
Veículos, Mobiliário etc. 
INTANGÍVEL 
Marcas e Patentes 
Fundo de Comércio 
PASSIVO TOTAL 
 
PASSIVO CIRCULANTE 
Fornecedores 
Empréstimos e Financiamentos 
Impostos, Taxas e Contribuições 
Salários a Pagar 
Dividendos a Pagar 
Provisões 
Outros Passivos de Curto Prazo 
 
PASSIVO NÃO CIRCULANTE 
 
PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO 
PRAZO 
Empréstimos e Financiamentos 
Outros Passivos a Longo Prazo 
 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
 
Capital Social Realizado 
Reservas de Capital 
Reservas de Lucros 
Ajustes de Avaliação Patrimonial 
Prejuízos Acumulados 
Ações em Tesouraria 
 
Fonte: ASSAF NETO (2012, p. 60). 
 
43 
 
 
 
3.3.2 Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) 
 
A demonstração do resultado do exercício (DRE) tem como 
objetivo fornecer o resultado líquido do exercício. 
Segundo Hoji (2008), a demonstração do resultado do exercício é 
uma demonstração contábil que apresenta o fluxo de receitas e despesas, 
que resulta um aumento ou redução do patrimônio líquido entre duas 
datas. Ela deve ser iniciada com a receita operacional bruta e delas são 
deduzidos as despesas, para assim poder chegar ao lucro líquido. 
De acordo com Silva (2004, p. 95), 
 
a demonstração do resultado do exercício, 
conforme o próprio nome sugere, demonstra o 
resultado obtido pela empresa em determinado 
período, isto é, o lucro ou prejuízo. É importante 
notar que, enquanto o balanço patrimonial 
representa a posição da empresa em determinado 
momento, a demonstração do resultado acumula 
as receitas, os custos e as despesas relativas a um 
período de tempo, mostrando o resultado e 
possibilitando conhecermos seus componentes 
principais. 
 
Segundo Marion (2008), a forma de apresentação da 
demonstração do resultado de exercício é vertical. Antigamente o modo 
de apresentação era de forma horizontal. A receita era apresentada de 
um lado e asdespesas e custos de outro. 
A Lei nº 6.404/76 define o conteúdo da demonstração do 
resultado do exercício e que sua apresentação deve ser de forma 
dedutiva, com os detalhes necessários das receitas, despesas, ganhos e 
perdas, sendo definido visivelmente o lucro ou prejuízo do exercício 
(MARTINS et al., 2013). 
Para Assaf Neto (2012), a demonstração do resultado do 
exercício tem por objetivo fornecer, de maneira ilustrada, os resultados 
auferidos pela empresa em determinado exercício social, e esses 
resultados são transferidos para as contas do patrimônio líquido. 
Conforme Braga (1999), a demonstração do resultado do 
exercício deve apresentar o resumo das variações positivas e negativas, 
incididas em determinado período de tempo, normalmente no exercício 
social, em função da exploração das atividades operacionais da empresa. 
44 
 
A tabela 02 mostra um exemplo, com valores fictícios, de 
Demonstração do Resultado do Exercício (DRE). 
Tabela 02 – Modelo de Demonstração do Resultado do Exercício. 
 
DEMONTRAÇÃO DO RESULATADO DO EXERCÍCIO 
Cia. Alfa 
 Em $ milhões 
 
Vendas Brutas 6.000.000 
(-) Deduções (400.00) 
Vendas Líquidas 5.600.000 
(-) CPV (2.400.000) 
Lucro Bruto 3.200.000 
(-) Despesas Operacionais 
Administrativas (800.000) 
De Vendas (500.000) 
Financeiras (250.000) 
(-) Receita Financeira 600.000 350.000 
Outras (150.000) 
Lucro Operacional 2.100.000 
(-) Despesas não Operacionais (100.000) 
Lucro Antes do IR 2.000.000 
(-) Imposto de Renda (600.000) 
Lucro Líquido 1.400.000 
 
Fonte: MARION (2010, p. 37). 
 
3.3.3 Demonstração de Valor Adicionado (DVA) 
 
A demonstração de valor adicionado (DVA) é mais uma das 
importantes inovações trazidas pela Lei nº. 11.638 de 28 de dezembro de 
2007, que promoveu alterações na Lei das Sociedades por Ações. A 
DVA é um relatório contábil que evidencia o quanto de riqueza uma 
empresa produziu, isso é, o quanto ela adicionou de valor a seus fatores 
de produção e o quanto e de que forma ela foi distribuída (RIBEIRO, 
2012). 
Para Assaf Neto (2012), a demonstração de valor adicionado é 
um componente do Balanço Social da entidade, logo, a DVA é um 
demonstrativo de quanto a empresa agregou de valor no período 
informado e relacionado. 
Segundo Martins et al. (2013), a demonstração de valor 
adicionado tem como objetivo principal informar o valor da riqueza 
criada pela empresa e a forma de sua distribuição. A DVA se tornou 
45 
 
obrigatória para companhias abertas quando teve a promulgação da Lei 
nº 11.638/07, que introduziu alterações à Lei nº 6.404/76. 
Conforme Marion (2010), a demonstração de valor adicionado 
evidencia o quanto de riqueza a empresa produziu, e informa também de 
que maneira ela foi distribuída entre empregados, governo, acionista, 
financiadores de capital, e quanto ficou retido na empresa. Sendo assim, 
ela evidencia, de forma sintética, os valores correspondentes à formação 
da riqueza gerada pela empresa em determinado período e sua respectiva 
distribuição. 
De acordo com Ribeiro (2012, p. 229), “o valor adicionado que é 
demonstrado na DVA, corresponde à diferença entre o valor da receita 
de vendas e os custos adquiridos de terceiros”. 
Segundo Neves e Viceconti (2003), a demonstração de valor 
adicionado indica de forma mais clara e precisa a parte da riqueza que 
pertence aos sócios ou acionistas, e também as que pertencem aos 
demais capitalistas que financiam a entidade, a que pertencem aos 
empregados e, finalmente, a parte que fica com o governo. 
 De acordo com Silva (2004, p. 102), 
 
a DVA mostra a geração de valor e sua 
distribuição, para pagamento de insumos, para 
pagamento de salários aos empregados, impostos 
ao governo, dividendos e juros sobre o capital 
próprio aos acionistas e reinvestimento na 
empresa. 
 
Enfim, pode-se afirmar que a DVA tem por objetivo fornecer 
uma visão sobre um todo da real capacidade de uma sociedade produzir 
de riqueza, e como fazer a distribuição da riqueza entre os diversos 
fatores da produção. 
O quadro 01 mostra um exemplo, com valores fictícios, de 
Demonstração do Valor Adicionado (DVA). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
46 
 
Quadro 01 – Modelo de Demonstração do Valor Adicionado 
 
Casa das Lingeries Ltda. – Exercício de 20X5 
 
Receita Operacional 
(-) Custo da Mercadoria Vendida (Compras) 
Valor Adicionado Bruto gerado nas Operações 
(-) Depreciação 
Valor Adicionado Líquido 
(+) Receita Financeira 
Valor Adicionado 
 
Distribuição do Valor Adicionado 
Empregado (Depto. de Vendas e Administração) 
Juros 
Dividendos 
Impostos 
Outros 
Lucro Reinvestido 
 
 
800.000 
(650.000) 
150.000 
(10.000) 
140.000 
10.000 
150.000 
 
 
(90.000) 
(30.000) 
(14.000) 
(6.000) 
- 
(10.000) 
Fonte: MARION (2010, p. 59). 
 
3.3.4 Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC) 
 
 A demonstração do fluxo de caixa (DFC) foi criada com a Lei nº 
6.404/76 e se tornou obrigatória com a Lei nº 11.638/07 para todas as 
sociedades de capital aberto e as de grande porte (MARION, 2010). 
 Conforme Resolução 1255/09, de 10/12/2009, do Conselho 
Federal de Contabilidade, que regulamentou a NBC T 19.41 – 
Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas (PMEs), com vigência 
a partir de 01/01/2010, empresas classificadas como PMEs deverão 
seguir os padrões internacionais de Contabilidade, elaborando as 
seguintes demonstrações financeiras: Balanço Patrimonial, 
Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração das Mutações 
do Patrimônio Líquido e Demonstração dos Fluxos de Caixa, 
acompanhadas de Notas Explicativas. A DFC indica a origem de todo o 
dinheiro que entrou no caixa em determinado período e, ainda, o 
Resultado do Fluxo Financeiro. Ela tem por objetivo fornecer 
informações sobre as alterações e equivalentes de caixa, capacidade de a 
entidade gerar caixa e equivalentes, bem como suas necessidades de 
liquidez. 
47 
 
 Para Martins et al. (2013), a demonstração dos fluxos de caixa 
divide todos os fluxos de entrada e saída em três grupos: os decorridos 
de atividades operacionais, de atividades de investimento e também de 
atividades de financiamento. 
A demonstração do fluxo de caixa será obtida de forma direta (a 
partir da movimentação do caixa e equivalentes de caixa) ou de forma 
indireta (com base no Lucro/Prejuízo de Exercício). 
O fluxo de caixa pelo método direto envolve pelo seu maior 
detalhamento uma maior complexidade de preparação. Assim, é 
necessário que a empresa disponha de um sistema contábil que 
possibilite o registro todas as entradas e saídas de caixa, por esse motivo 
esse método é muito pouco utilizado (SEGUNDO FILHO, 2005). 
Segundo Hoji (2008, p. 314), “a DFC apresentada pelo método 
direto facilita a visualização e a compreensão do fluxo financeiro, pois 
demonstra os recebimentos e pagamentos provenientes das atividades 
operacionais”. 
De acordo com Marion (2008), o fluxo de caixa pelo método 
direto é também denominado fluxo de caixa no sentido restrito, pois nele 
são demonstrados todos os recebimentos e pagamentos que efetivamente 
concorreram para a variação das disponibilidades no período. Esse 
método possui um poder informativo maior que o método indireto, 
sendo assim melhor tanto aos usuários externos como também ao 
planejamento financeiro do empreendimento. 
Conforme Neves e Viceconti (2003), a demonstração do fluxo de 
caixa pelo método direto é muito parecida à demonstração de origens e 
aplicações de recursos, com a diferença que as variações do ativo 
circulante e do passivo circulante passam a se integrar as origens e 
aplicações de recursos da demonstração. 
Segundo Ribeiro (2012), pelo método direto, os recursos 
derivados das operações são indicados a partir dos recebimentos e 
pagamentos decorrentes das operações normais efetuadas durante o 
período. 
Esse método ébaseado no Livro Caixa, não é considerado o 
Regime de Competência para apuração do mesmo. O quadro 02 mostra 
um exemplo, com valores fictícios, de DFC pelo método direto. 
 
 
 
48 
 
Quadro 02 – Estruturação da Demonstração do Fluxo de Caixa – Método 
Direto. 
Período de 20X2 Em $ 10.000 
a) Atividades Operacionais 
Recebimentos de Vendas 
(-) Pagamentos de Compras 
Caixa Bruto Obtido nas Operações 
(-) Despesas Operacionais Pagas de Vendas 
 Administrativas 
Caixa Gerado no Negócio 
(-) Despesas Financeiras Pagas 
Caixa Gerado após as Operações Financeiras 
 
b) Atividades de Investimentos 
(-) Aquisições de Permanentes 
 Móveis e Utensílios (300) 
 Terrenos (1.000) 
 Ações de Outras Cias. (2.140) 
 
c) Atividades de Financiamentos 
 Integralização de Capital 1.500 
 Empréstimos Bancários 470 
 (-) Dividendos Pagos (850) 
 Resultado Final de Caixa 
9.500 
(5.000) 
4.500 
 
(500) 
(380) 
3.620 
(500) 
3.120 
 
 
 
 
 
(3.440) 
 
 
 
 
1.120 
800 
+ Saldo Existente em 31-12-X1 1.500 
Saldo Existente em 31-12-X2 2.300 
Fonte: MARION (2008, p. 444). 
 
De acordo com Segundo Filho (2005), o método indireto é 
mundialmente mais conhecido pelo fato de que a sua utilização é maior, 
por ser mais simples e também mais objetivo. O preparo dele é feito por 
meio de dados retirados diretamente das demonstrações financeiras 
apresentadas. 
Conforme Hoji (2008, p. 315), 
 
A DFC apresentada pelo método indireto é 
semelhante à Demonstração das Origens e 
Aplicações de Recursos (DOAR), pois os recursos 
gerados pelas atividades operacionais são 
calculados por meio de lucro líquido ajustado 
complementado com aumento ou redução dos 
saldos das contas do Ativo e Passivo Circulantes. 
 
49 
 
 Segundo Ribeiro (2012), pelo método indireto, os recursos 
derivados das atividades operacionais são demonstradas a partir do lucro 
líquido do exercício, sendo ajustado pela adição das despesas e exclusão 
das receitas consideradas na apuração do resultado e que não afetam o 
caixa da empresa. 
Essa forma de demonstração indireta é a mais utilizada pelos 
contadores, pelo fato de não ter em mãos todas as informações 
necessárias para realizar a DFC pelo método direto. No quadro 03 tem-
se um modelo, com valores fictícios, de DFC pelo método indireto. 
 
Quadro 03 – Estruturação da Demonstração do Fluxo de Caixa – Método 
Indireto. 
PERÍODO DE 20X2 
Em $ 
10.000 
 
ATIVIDADES OPERACIONAIS 
Lucro Líquido Apurado no Exercício 
+ Depreciação 
Lucro que Afeta o Caixa 
 
Variação no Circulante (Capital de Giro) 
Ativo - Aumento de Duplicatas a Receber (reduz o 
Caixa) 
 - Aumento de Estoques (reduz o Caixa) 
Passivo - Aumento de Fornecedores (melhora o Caixa) 
 -Aumento de Imposto a Pagar (melhora o 
Caixa) 
Caixa Gerado nos Negócios 
 
ATIVIDADES DE INVESTIMENTO 
Aquisição de Permanentes 
- Móveis e Utensílios 
- Terrenos 
- Ações de outras Cias. 
 
ATIVIDADES DE FINANCIAMENTOS 
- Integração do Capital 
- Novos Empréstimos Bancários 
- Dividendos Pagos 
 
RESULTADO FINAL DO CAIXA 
+ Saldo Existente em 31-12-X1 
Saldo Existente em 31-12-X2 
 
 
 
 
 
 
 
(500) 
(500) 
1.000 
1.050 
 
 
 
 
(300) 
(1.000) 
(2.140) 
 
 
1.500 
470 
(850) 
 
 
 
1.950 
120 
2.070 
 
 
 
1.050 
3.120 
 
 
 
 
 
 
 
(3.440) 
 
 
 
 
1.120 
 
800 
1.500 
2.300 
Fonte: MARION (2008, p. 447). 
50 
 
De acordo com Zdanowicz (2004), o fluxo de caixa tem como 
objetivo a proteção das entradas e saídas de recursos financeiros para 
determinado período, visando à necessidade de talvez uma captação de 
empréstimos, ou uma aplicação de excedentes de caixa, nas operações 
mais interessantes para empresa. 
 Conforme Sá (2012), fluxo de caixa é o método de captura e 
registro dos fatos e valores que tem por objetivo provocar alterações no 
saldo de caixa e sua apresentação em relatório estruturado, de possa 
permitir a sua análise e compreensão. 
O fluxo de caixa é o instrumento que permite ao administrador 
financeiro planejar, organizar, coordenar, dirigir os recursos financeiros 
da empresa para determinado período. Quando as necessidades 
financeiras e as fontes de recursos são captadas, resta ao administrador 
verificar a melhor forma de distribuí-las, de maneira mais segura e 
inteligente (ZDANOWICZ, 2004). 
Para Assaf Neto (2012), a demonstração do fluxo de caixa 
permite que seja analisada a capacidade da empresa em honrar os 
compromissos com os terceiros e acionistas, a geração de resultado de 
caixa futuros e das operações atuais e também a posição da liquidez. 
Conforme Silva e Assaf Neto (2007), o fluxo de caixa é de 
fundamental importância para as empresas, constituindo numa 
indispensável sinalização dos rumos financeiros dos negócios. Para se 
manterem em operação, as empresas devem liquidar os seus 
compromissos no prazo, devendo assim apresentar uma condição básica 
de saldo no caixa nos devidos vencimentos. Quando acontece uma 
insuficiência de caixa, gera vários transtornos, como a falta de crédito, 
suspensão de entrega de mercadorias, dentre outros. 
Para Segundo Filho (2005), a elaboração de fluxo de caixa de 
uma empresa envolve três fases, a primeira seria o planejamento, a 
segunda elaboração e a terceira o controle. 
De acordo com Zdanowicz (2004), o planejamento de fluxo de 
caixa é importante, pois é ele que irá indicar antecipadamente as 
necessidades para os atendimentos dos compromissos da empresa, 
considerando os prazos a serem saldados. Assim, é possível que o 
administrador financeiro esteja apto para poder planejar, com 
antecedência a possíveis problemas de caixas a que venha aparecer. 
Planeamento de fluxo de caixa é a fase que o administrador 
financeiro poderá, junto com administração, planejar com antecedência 
todos os níveis diários de caixa, como o nível de estoque, fontes de 
recursos, volume de compras, dentre outras operações (SEGUNDO 
FILHO, 2005). 
51 
 
4 METODOLOGIA DA PESQUISA 
 
Nessa seção, serão descritos os procedimentos metodológicos 
essenciais para a construção da pesquisa. 
 
4.1 ENQUADRAMENTO METODOLÓGICO 
 
Para esse trabalho, foi utilizado o método de estudo de caso numa 
abordagem exploratória, sendo dividida em duas partes: primeiramente 
foi realizada uma pesquisa bibliográfica com o intuito de conhecer mais 
profundamente a respeito do tema escolhido e, em seguida, foi realizado 
um estudo de natureza prática com base nos dados obtidos através do 
acompanhamento e busca de informações relacionadas às 
movimentações da empresa. 
A pesquisa bibliográfica foi desenvolvida com base no material já 
existente, formado principalmente de livros e artigos científicos, se 
tornando relevante por fornecer dados relacionados com o tema (GIL, 
2008). 
A escolha pelo estudo de caso foi pelo motivo de que esse seria a 
melhor forma de coletar os dados para a presente pesquisa e, assim, 
alinhar o estudo ao estágio supervisionado na empresa Larroyd 
Equipamentos Ltda. 
Segundo Gil (2008), o estudo de caso constitui em um estudo 
profundo de objetos, de maneira a qual possam permitir seu amplo e 
delineado conhecimento, a fim de proporcionar uma visão global do 
problema ou também identificar possíveis fatores que influenciam ou 
são influenciados. 
A análise dos dados foi feita com a utilização da abordagem 
qualitativa. Essa abordagem consiste que a verdade não é comprovada 
estatisticamente ou numérica, mas convencida por meio de 
experimentação prática, a partir de análise feita de forma aprofundada, 
abrangente, consistente e coeso, assim como argumentação lógica de 
ideias (MICHEL, 2005). 
 
4.2 PROCEDIMENTOS PARA A COLETA E ANÁLISE DOS 
DADOS 
 
Para a realizaçãoda pesquisa, num primeiro momento, foi feita 
uma entrevista com o diretor da empresa para verificar qual método de 
controle financeiro era adotado pela empresa. 
52 
 
 Num segundo momento, foi necessário acompanhar as rotinas 
financeiras do objeto de estudo, para assim poder identificar os 
procedimentos que eram seguidos no controle financeiro. 
A próxima etapa consistiu-se em um estudo na literatura para 
conhecer melhor quais métodos de controles financeiros eram mais 
utilizados. 
A partir dos estudos, foi feita uma comparação do controle usado 
pela empresa com os descritos na literatura, para poder verificar quais 
informações eram de caráter importante para serem adotadas pela 
empresa e, assim, conseguir identificar o modelo de controle financeiro 
mais adequado para empresa Larroyd Equipamentos Ltda. 
 
53 
 
5 ESTUDO DE CASO: ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS 
RESULTADOS 
 
Essa seção trata dos resultados da pesquisa, onde será 
identificado se os objetivos específicos foram atingidos e, 
consequentemente, se o objetivo geral proposto foi alcançado. 
 
5.1 CONTROLE FINANCEIRO: CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
 
O primeiro objetivo específico da pesquisa era verificar a 
existência de algum tipo de controle financeiro na empresa Larroyd 
Equipamentos Ltda. Na seção 2, que trata da caracterização da empresa 
já foi mencionada a existência de um controle financeiro e de que forma 
ele é usado. 
Contudo, tem-se resumidamente que, até o ano de 2012, todo 
controle financeiro da empresa Larroyd Equipamentos Ltda. era feito 
manualmente, ou seja, era montado um fluxo de caixa dos doze meses, e 
todas as contas a pagar e contas a receber eram informadas nesse fluxo 
de caixa, que era subdividido por meses e dias. Os lançamentos eram 
feitos diariamente, e o arquivamento era feito em uma pasta suspensa. 
No ano de 2013, as vendas e compras começaram a ter um fluxo 
maior. Sendo assim, a empresa sentiu a necessidade de verificar outra 
ferramenta para poder controlar melhor as suas finanças. No primeiro 
momento, foi verificada a implantação de um sistema gerencial, mas o 
custo da implantação e manutenção desse sistema ficou fora do que a 
empresa podia pagar. 
 Desta forma, a gerência buscou por outras ferramentas que 
também eram capazes de fazer os controles financeiros da empresa. 
Entretanto, foi definido que, para aquele momento, a melhor opção era 
criar uma planilha financeira eletrônica. 
Quem fez o desenvolvimento da planilha financeira eletrônica foi 
a própria diretoria da empresa. O desenvolvimento da mesma foi 
baseado em informações que seriam necessárias para poder fazer os 
devidos lançamentos. Nessa planilha financeira, as informações são 
divididas em: custo fixo ou variável, investimento, despesa, receita, data 
de vencimento, número do documento/nota fiscal, fornecedor/cliente e 
valor. Nela são lançadas todas as contas a pagar e receber, sejam à vista 
ou a prazo. 
Como a empresa efetua vendas através de cheques, foi necessária 
a inclusão de uma aba especial nessa planilha financeira para poder 
controlar os cheques pré-datados. Antes, o controle de cheque era feito 
54 
 
manualmente, ou seja, diariamente a pessoa do financeiro revisava os 
cheques e programava os depósitos ou saques. Porém, como o volume 
de cheques aumentou significativamente, houve a necessidade de fazer 
um controle mais exato e preciso, por isso foi feita a inclusão de uma 
aba de controle de cheques na planilha financeira. 
Quem abastece a planilha de informações é a pessoa que trabalha 
na área financeira. Ela tem a função de manter a planilha atualizada de 
acordo com as movimentações financeiras da empresa. 
 
5.2 ROTINAS DO CONTROLE FINANCEIRO 
 
De acordo com o segundo objetivo específico, que era levantar as 
rotinas de controle financeiro utilizado pelo objeto de estudo 
considerando entradas e saídas de dinheiro, foi observado que os 
lançamentos são feitos no decorrer de cada mês. Os lançamentos de 
contas a pagar são feitos assim que os pedidos efetuados cheguem à 
empresa. Depois de recebida e conferida a mercadoria, o pessoal da 
produção encaminha a nota fiscal para que o financeiro efetue os 
lançamentos. 
Da nota fiscal de compra, são extraídas todas as informações 
necessárias para lançamento, que seriam: o valor do boleto, os 
vencimentos e nome do fornecedor e número de documento/nota fiscal. 
Contudo, não são todas as notas fiscais que acompanham o boleto. Desta 
forma, é necessário ter um pouco mais de atenção e solicitar o quanto 
antes o envio dos boletos, para que não corra o risco de chegar o devido 
vencimento e não ter em mãos o boleto para efetuar o pagamento. 
 Todos os boletos, que são recebidos posteriormente do 
recebimento dos pedidos, devem ser conferidos. É necessário que seja 
feita a conferência/confrontamento das informações contidas nele para 
que não aconteça algum erro no pagamento. Assim que estiver tudo 
conferido, o boleto é arquivado em uma pasta arquivo que é dividida por 
meses, até o momento do pagamento. 
Quando é efetuado o pagamento de uma conta, o financeiro deve 
informar na planilha financeira a baixa do mesmo. O arquivamento do 
boleto e comprovante de pagamento é feito juntamente com uma cópia 
da nota fiscal em uma pasta arquivo para cada fornecedor, 
separadamente. 
No controle das contas a receber, os lançamentos são feitos na 
planilha financeira no ato do faturamento, ou seja, quando for emitida a 
nota fiscal e boletos. 
55 
 
O acompanhamento das contas a receber por meio de boleto é 
feito pela internet, através do acesso da conta bancária da empresa. 
Quando o financeiro verifica que o cliente não efetuou o pagamento no 
dia do vencimento, o responsável pelo setor entra em contato com o 
cliente para verificar se o mesmo recebeu o boleto, ou até mesmo o 
porquê de não ter efetuado o pagamento. Porém, observou-se que a 
empresa tem bem poucos casos de atraso de recebimentos. Já nos 
controles de recebimentos de vendas feitas por meio de cartões de 
crédito são feitos através do próprio site do PagSeguro, que seria uma 
ferramenta de pagamentos online utilizada pela empresa. Com essa 
ferramenta é possível efetuar as vendas pelo cartão de crédito através da 
internet, para que isso aconteça é necessário apenas criar uma conta no 
site para poder efetuar as vendas. 
Nas contas a receber, onde os recebimentos são feitos através de 
cheques pré-datados, exigem uma atenção em especial, pelo fato de que 
o cheque deve ser em nome do próprio cliente, ou seja, os dados devem 
ser iguais aos da nota fiscal. A empresa sempre mantém um 
procedimento em relação aos cheques, pois, como são pré-datados, antes 
de ser feito o depósito/saque, é feito um contato com o cliente para 
verificar se o cheque está mesmo disponível para a data a qual foi 
determinado. A gerência acredita que com esse procedimento existe uma 
maior credibilidade e parceria com os clientes, além de evitar os 
possíveis transtornos bancários que poderiam ocorrer. 
 
5.3 MODELOS DE FLUXO DE CAIXA 
 
Referente ao terceiro objetivo específico, que era confrontar a 
forma de controle financeiro utilizado pela empresa com os modelos 
propostos pela literatura, foi verificado que, no fluxo de caixa elaborado 
pela empresa Larroyd, não está subdividido em atividades operacionais 
e não operacionais, conforme é mencionado na literatura (SEGUNDO 
FILHO, 2005). 
Essa subdivisão é importante para que a empresa consiga 
identificar de imediato todas as contas que estão ligadas às operações da 
empresa, e do mesmo modo verificar também as contas que estão 
classificadas como não operacionais. 
O quarto objetivo específico era identificar o modelo de controle 
financeiro mais adequado para empresa Larroyd Equipamentos Ltda. 
Nesse sentido, foi observado, em meio à literatura estudada, que o 
método de fluxo de caixa usado atualmente na empresa é bom, porémé 
necessário que seja feito alguns reajustes para que ele fique adequado às 
56 
 
propostas apontadas pelos autores estudados e, consequentente, mais 
completo, a fim de auxiliar a gestão na tomada de decisão. 
Nesse ponto, cabe destacar que conforme Gitman (2004), a 
função da administração financeira pode ser descrita em termos amplos, 
isto é, considerando o seu papel dentro da organização, sua relação com 
a teoria econômica e com a contabilidade e as atividades básicas do 
administrador financeiro. As atividades financeiras e contábeis estão 
relacionadas e com frequência se sobrepõem. Porém, existem duas 
diferenças básicas entre a contabilidade e as finanças, pois uma está 
relacionada à tomada de decisões e a outra está relacionada a ênfase em 
fluxos de caixa. 
No referencial teórico na seção que trata da demonstração de 
fluxo de caixa (DFC), foi mencionado um exemplo de fluxo de caixa 
pelo método direto do autor Marion (2008). Supõe-se que esse método 
seja o mais adequado para empresa, pois nele é possível fazer a divisão 
de todas as atividades operacionais, que seriam todos os gastos e receitas 
decorrentes da industrialização e, separadamente, apresentar os fluxos 
das atividades não operacionais que seriam as atividades de 
investimento, tais como os gastos realizáveis a longo prazo, e as 
atividades de financiamento, como por exemplo, os empréstimos a curto 
prazo. Além de que, conforme Ribeiro (2012), pelo método direto, os 
recursos derivados das operações são indicados a partir dos 
recebimentos e pagamentos decorrentes das operações normais 
efetuadas durante o período. 
É importante ressaltar que esse método se torna vantajoso 
também pelo fato de que é possível mostrar o valor exato de todas as 
entradas e saídas utilizadas e decorrentes pela empresa, sem contar que o 
seu formato é simples, sendo mais fácil de compreender. 
Com o intuito de ajustar o controle financeiro utilizado hoje pela 
empresa Larroyd Equipamentos Ltda., com o que os autores apresentam 
na literatura, a figura 01 irá apresentar como é feito o controle financeiro 
na empresa, identificando as entradas e saídas de determinado período, e 
informando como é feita a subdivisão das contas. 
Já no quadro 04, trata-se de uma proposta de um controle 
financeiro formalizado e adequado com a literatura e as atividades da 
empresa. 
 
 
 
57 
 
 
Figura 01 – Controle Financeiro Atualmente Utilizado Pela Empresa Larroyd 
Equipamentos Ltda. 
Fonte: Empresa Larroyd Equipamentos Ltda. 
 
 Na figura 01 onde trata do controle financeiro utilizado pela 
empresa Larroyd Equipamentos Ltda., as contas que estão grifadas na 
cor vermelha identificam que as contas a pagar já foram pagas, e as 
contas que estão grifadas na cor verde identificam que as contas a 
receber já foram recebidas. Destaca-se também, que a figura apresenta 
o controle financeiro apenas de um determinado período. 
 
 
 
58 
 
Quadro 04 - Proposta de um Controle Financeiro Formalizado e Adequado com 
a Literatura e as Atividades da Empresa. 
ITENS 
DIAS 
01 02 03 TOTAL 
RECEBIMENTOS OPERACIONAIS 
Vendas à vista 
Vendas a prazo 
Desconto de duplicadas 
Desconto de cheques 
Cobranças bancárias 
Outros recebimentos 
 
1. SOMA 
PAGAMENTOS OPERACIONAIS 
Compras à vista 
Fornecedores de mercadorias 
Fornecedores de serviços 
Despesas administrativas 
Despesas comerciais 
Despesas bancárias 
Despesas tributárias 
Outros 
 
2. SOMA 
3. CAIXA DAS OPERAÇÕES (1-2) 
RECEBIMENTOS NÃO OPERACIONAIS 
Empréstimos de pessoas ligadas 
Receitas financeiras 
Outros 
 
4. SOMA 
PAGAMENTOS NÃO OPERACIONAIS 
Aquisição de imobilizado 
Investimentos em informática 
Imobilizações em andamento 
Juros s/ financiamentos 
Empréstimos a pessoas ligadas 
Outros 
 
5. SOMA 
6. CAIXA NÃO OPERACIONAL (4-5) 
7. GERAÇÃO DE CAIXA (3-6) 
8. SALDO INICIAL DO CAIXA 
9. SALDO ACUMULADO (7+8) 
 Fonte: Adaptado de SEGUNDO FILHO (2005, p. 53). 
 
 
 
59 
 
O quadro 04 representa um fluxo de caixa diário, sendo divido 
por atividades operacionais, que seriam todos os gastos e receitas 
decorrentes da industrialização e, separadamente, apresenta as 
atividades não operacionais que seriam as atividades de investimento, 
tais como os gastos realizáveis a longo prazo, e as atividades de 
financiamento. 
Nos recebimentos operacionais se enquadram todas as contas a 
receber que são por meio da industrialização. Sua subdivisão é feita por 
recebimentos à vista e a prazo, tendo também uma conta destinada para 
recebimentos através de cheques. 
Nos pagamentos operacionais, as contas a pagar estão divididas 
de acordo com a atividade do fornecedor, como por exemplo, o 
fornecedor de matéria prima está separado do fornecedor de serviços e, 
as despesas estão divididas conforme a sua natureza de operação. 
No grupo das contas não operacionais seriam as receitas e 
despesas que não está diretamente relacionada com o objetivo do 
negócio que, por isso, são classificadas como não operacional. 
Desta forma, estão classificadas nos recebimentos não 
operacionais, as receitas que não estão ligadas as atividades operacionais 
da empresa, como por exemplo, um recebimento referente à venda de 
um terreno que estava no imobilizado da empresa. 
Já nos pagamentos não operacionais se enquadram, por exemplo, 
a compra de um veículo, financiamentos, entre outros. 
Essa divisão das contas operacionais e não operacionais é 
importante para gestão, pelo fato de que é possível verificar de imediato 
todas as contas que estão ou não ligadas às atividades da empresa. 
Assim, destaca-se a importância da elaboração do fluxo de caixa 
diário, para uma empresa de pequeno porte onde os recursos são mais 
escassos, pois esse método traz para a gestão uma maior tranquilidade, 
por ser uma ferramenta que determina com mais precisão a necessidade 
diária dos recursos. Com essa elaboração a empresa pode reduzir a 
margem de erro, e possibilitar a aplicação de eventuais medidas 
corretivas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
60 
 
5.4 CONTRIBUIÇÃO DA PESQUISA 
Figura 02 – Organograma Proposto Para a Empresa Larroyd Equipamentos 
Ltda. 
Fonte: Elaborado pela autora. 
 
 
A figura 02 apresenta uma contribuição da pesquisa que, além da 
implantação de uma demonstração de fluxo de caixa adequada e de 
acordo com o proposto pela maioria dos autores que tratam do tema, 
acredita-se ser uma sugestão de melhoria para a empresa estudada. 
Trata-se de uma proposta de organograma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
61 
 
6 CONCLUSÃO 
 
Nessa etapa, compreende-se a grande importância de se estudar 
sobre a análise financeira, pois essa é uma ferramenta capaz fornecer 
informações que são necessárias para identificar a real situação da 
empresa. Com essa ferramenta, é possível ter uma visão geral de como 
funciona o negócio e ter um diagnóstico econômico-financeiro. 
Assim, o objetivo geral dessa pesquisa foi propor a implantação 
de um controle financeiro formalizado na empresa Larroyd 
Equipamentos Ltda. Para chegar a esse objetivo geral foram necessárias 
algumas etapas como a de verificar qual controle financeiro era utilizado 
pela empresa, conhecer quais rotinas financeiras eram adotadas, a fim de 
entender o funcionamento do controle mediante as atividades da 
empresa. 
Para tanto, foi necessário estudar a literatura para identificar quais 
tipos de controles financeiros eram propostos e de que maneira eles 
eram apresentados, para que só assim fosse possível fazer uma 
comparação entre o método utilizado na empresa como o que a literatura 
apresentava, com o propósito de identificar qual método era mais 
adequado com as atividades da empresa. 
Foi analisado que o controle financeiro utilizado pela empresa 
não está subdividido em atividades operacionais e não operacionais, 
conforme é

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