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Curso de Homeopatia - Módulo IV

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Curso de 
Homeopatia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO IV 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para 
este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização do 
mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores 
descritos nas Referências Bibliográficas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
76 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
 
MÓDULO IV 
 
 
24 BIOTERÁPICOS 
 
Bioterápicos, de acordo com o Manual de Normas Técnicas da Associação 
Brasileira de Farmacêuticos Homeopatas, são “produtos não quimicamente definidos 
(secreções, excreções fisilógicas ou patológicas, certos produtos de origem microbiana e 
alérgenos) que servem de matéria-prima para as preparações bioterápicas de uso 
homeopático”. Estes medicamentos podem ser classificados em duas grandes categorias: 
 
24.1 BIOTERÁPICOS DE ESTOQUE 
1. Códex - soros, vacinas, toxinas e anatoxinas, inscritos na Farmacopeia 
Francesa, preparada por laboratórios especializados (Instituto Pasteur francês ou 
Mérieux). 
Ex: BCG, Staphylo Toxinum, Tuberculinum. 
2. Simples - Obtidas a partir de “vacinas estoques” constituídas por culturas 
microbianas puras, lisadas e atenuadas em determinadas condições. Ex: Colibacillinum, 
Influenzinum, Streptococcinum. 
3. Complexos - definidos pelo seu modo de obtenção (secreções ou excreções 
patológicas) ou seu modo de preparação. Ex. Luesinum, Psorinum, nosódios intestinais 
Bach-Paterson. 
4. Ingleses (Nosódios Intestinais de Bach-Paterson). 
5. Bioterápicos Dr. Roberto Costa - (nosódios vivos Roberto Costa) - São 
preparados com micro-organismos vivos, na escala decimal, usando como diluente 
cloreto de sódio 0,9%. A solução de partida é uma suspensão contendo três bilhões de 
micro-organismos por ml, em solução. Até a D 11 as diluições são feitas em solução 
fisiológica 0,9%. Da D12 em diante, as diluições são feitas em solução hidroalcoólicas 
50%. Para cada diluição são dadas 50 sucussões. 
http://www.homeopatiaveterinaria.com.br/Nos%C3%B3dios%20Vivos.htm
 
 
 
 
 
77 
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24.2 ISOTERÁPICOS 
1. Isoterápicos ou heteroisoterápicos são preparados a partir de substâncias 
exógenas (alérgenos, toxinas ou medicamentos), tudo que de alguma forma “sensibilize” 
o paciente. Estão nessa categoria todos os alérgenos, pólens, poeiras, pelos, solventes, 
medicamentos alopáticos, alimentos, etc. 
2. Autoisoterápicos ou endógenos (autonosódios) - são preparados a partir de 
excreções ou secreções obtidas do próprio doente (sangue, urina, escamas, fezes, pus, 
etc). Antigamente eram camadas de nosódios. 
 
Prescrição 
 
Poderá ser solicitado por médicos, veterinários e dentistas. No receituário deve 
constar material que deve ser ou foi coletado (dinamização e forma farmacêutica 
desejada). Como as farmácias não estão preparadas para a realização de coletas de 
materiais veterinários, seria interessante conversar com a (o) farmacêutica (o) 
responsável de uma farmácia homeopática e se informar sobre o modo de coleta e 
conservação. 
 Nunca se esquecer de avisar se o material for de doença infectocontagiosa, com 
mais ênfase ainda se for uma zoonose. Segundo os farmacêuticos, FORMOL não é ideal, 
devendo ser evitado, melhor são água/álcool/glicerina, soro fisiológico ou álcool 96°. O 
material tem prazo de validade, é interessante consultar a farmácia. 
 
Exemplos 
 
Bioterápicos ditos “Códex” 
 
• Aviare (sinonímia: Tuberculinum aviarium) - produto otido a partir de culturas de 
mycobacterium tuberculosis, variedade aviare, sem adição de antissépticos. 
• Diphtericum - soro antidiftérico proveniente de animais imunizados com toxina ou 
com anatoxina diftérica. 
 
 
 
 
 
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• D.T.T.A.B. - toxina diftérica diluída, obtida dissolvendo-se o líquido da cultura do 
bacilo diftérico recentemente preparado e filtrado em filtro de porcelana, com 
solução isotônica de cloreto de sódio. 
• Gonotoxinum - vacina antigonogócica constituída por uma suspensão de bactérias 
provenientes de culturas de “gonococos” mortos por aquecimento, em solução 
isotônica de cloreto de sódio. 
• Staphylo Toxinum - preparado a partir de anatoxina estafilocócica descrita no 
“Códex”. 
• Tuberculinum - tuberculina bruta obtida a partir de culturas de espécies de 
Mycobacterium tuberculosis de origem humana e bovina. Antiga denominação: T.K. 
• Vaccinotoxinum - vacina antivariólica preparada a partir de fragmentos epidérmicos 
recolhidos por raspagem de uma erupção cutânea de varíola em uma novilha 
inoculada, após cinco dias com o vírus da varíola. 
 
Bioterápicos simples 
 
• Colibacilinum - lisado obtido a partir de culturas de Escherichia coli, sem adição de 
antissépticos. 
• Eberthinum - lisado a partir de culturas de Salmonella typhi, sem adição de 
antisséptico. 
• Enterococcinum - lisado obtido a partir de culturas de Streptococcus faecalis, sem 
adição de antisséptico. 
• Paratyphoidinum B - lisado obtido a partir de culturas de Salmonella paratyphi B 
sem adição de antisséptico. 
• Staphylococcinum - lisado obtido a partir de culturas de Staphylococcus aureus, 
sem adição de antisséptico. 
• Streptococcinum - lisado obtido a partir de culturas de Streptococcus detoxicados, 
sem adição de antisséptico. 
 
 
Bioterápicos complexos 
 
 
 
 
 
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• Anthracinum - preparado a partir de um lisado de fígado de coelho infectado por 
carbúnculo (Bacillus anthracis). 
• Luesinum - lisado de serosidades treponêmicas de cancros duros, preparados sem 
adição de antissépticos. Antiga denominação: Syphilinum. 
• Medorrhinum - lisado de secreções uretrais blenorrágicas colhidas antes de 
tratamento por antibióticos ou sulfamidas. 
• Pertussinum - lisado de expectoração de doentes com coqueluche, colhidas antes 
de qualquer tratamento. 
• Psorinum - lisado de serosidade de lesões de sarna, colhida de doentes sem 
tratamento prévio. 
 
Bioterápicos ingleses 
 
• Bacilo de Morgan (Proteus morgani) Bacilo Gram-negativo, móvel, anaeróbio 
facultativo, isolado de fezes de crianças com diarreia estival; ele seria responsável 
pela diarreia. 
• Dysentery-Co ou B. dysenteriae (Shigella dysenteriae) - Bacilo Gram-negativo 
imóvel, anaeráobico facultativo, agente da disenteria bacilar à qual só o homem e o 
macaco são sensíveis. 
• B. Gaertner (Samonella enteritidis) - S. enteritidis é um sorotipo de Salmonella, 
frequente nos animais, que provoca intoxicações alimentares no homem. 
• Sycotic-Co ou Sycoccus-Paterson (Streptococcus faecalis) - estreptococo ovoide, 
alongado, não hemolítico, isolado de matérias fecais do homem e dos animais. 
• Bacillus nº 10 - não há correspondente na nomenclatura bacteriógica. Preparado 
pela Farmácia Nélson, de Londres, sem mais informações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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25 GMP - GOOD MANUFACTURE PRACTICES BOAS NORMAS DE FABRICAÇÃO 
 
Seguindo proposta de implantação de GMP em uma farmácia homeopática, 
apresentamos a seguir diversas considerações relacionadas à coleta e preparo de 
isoterápicos: 
 
25.1 QUANTO ÀS INSTALAÇÕES 
 
 A sala de bioterápicos, além de dar maior comodidade aos pacientes, deve conter 
os equipamentos e vidraria específicosà área, para que não surjam problemas de 
contaminação (tanto microbiana, quando for o caso, quanto homeopático). 
 
25.2 QUANTO À PRESCRIÇÃO E COLETA 
 
 O uso de autoisoterápicos deverá ser feito somente com prescrição ou 
autorização do médico. Na farmácia homeopática a coleta e/ou recebimento de material 
deverá ser efetuada pelo farmacêutico ou por um técnico treinado por este. O material 
coletado para a preparação do bioterápico tem um tempo de validade limitado e variável 
de acordo com a sua origem, para ser dinamizado. Com o objetivo de otimizar este 
trabalho, devemos preestabelecer horários para este fim. 
 
25.3 QUANTO À VIDRARIA UTILIZADA NO PREPARO DE AUTOISOTERÁPICOS 
 
 A vidraria utilizada nas três primeiras dinamizações é totalmente desprezada e a 
utilizada nas dinamizações subsequentes deve ser submetida a cuidados especiais de 
esterilização. 
 
25.4 QUANTO À ESTOCAGEM DE MATRIZES 
 
 As matrizes obtidas de material coletado de pacientes são preservadas durante 
um ano e agrupadas por mês de coleta. Este procedimento deve ser adotado para os 
 
 
 
 
 
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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
casos em que o médico necessite repetir a potência ou queira elevá-la, sem expor o 
paciente à necessidade de uma nova coleta e aos custos inerentes à fase inicial de 
obtenção do bioterápico. 
 
25.5 QUANTO À DINAMIZAÇÃO 
 
 Assim como com os medicamentos tradicionais, o processo de dinamização é 
hahnemanniano (CH), com opção de utilização do fluxo contínuo (FC ou C) para a 
obtenção de altas potências, a preço mais acessível para o paciente. 
 
25.6 QUANTO À ORIENTAÇÃO AOS PACIENTES 
 
 Os médicos deverão ter a seu dispor um folheto explicativo para os pacientes, 
sobre o procedimento de coleta. A orientação padronizada facilita o trabalho do médico e 
do farmacêutico, como também tranquiliza o paciente. 
 
25.7 QUANTO AO APOIO TÉCNICO-CENTÍFICO 
 
 A farmácia Homeopática deve contar com farmacêuticos sempre presentes para 
responder a qualquer solicitação especial que o médico necessite ou para casos 
específicos que exijam uma abordagem diferenciada. 
 
26 METODOLOGIA ESPECÍFICA 
 
 Procedimento e recomendações nas coletas efetuadas na farmácia. 
 
26.1 NARIZ/GARGANTA 
 
 Para a coleta de secreção de garganta deverão ser tomados os seguintes 
cuidados: 
• O paciente deverá estar em jejum de pelo menos 60 minutos, não devendo 
 
 
 
 
 
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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
consumir balas, chicletes, doces, refrigerantes ou outros produtos que possam depositar 
resíduos ou corantes na secreção a ser coletada; 
• Se o paciente estiver fazendo uso de batom, este deverá ser retirado antes da 
coleta; 
• Caso o paciente esteja fazendo uso de medicamento alopático, notificar o 
médico. 
 
 A coleta deve ser efetuada com material descartável e o produto acondicionado 
em frascos que contém uma mistura de água/álcool/glicerina. Os frascos deverão ser 
identificados e protegidos da luz. Após a maceração e homogenização da solução, inicia-
se dinamização até a potência prescrita. A coleta é feita com material descartável, por 
punção digital, mas pode-se optar pelo lóbulo da orelha ou calcanhar, caso seja 
necessário. 
 
 Para a coleta de sangue deverão ser tomados os seguintes cuidados: 
 
• Jejum de 12 horas, caso o médico ache necessário. O tempo de jejum deverá 
ser especificado pelo médico no pedido; 
• Caso o paciente esteja fazendo uso de medicamentos alopáticos, notificar o 
médico; 
• O médico deverá comunicar, antecipadamente à farmácia, se o paciente é 
portador de alguma doença infectocontagiosa. Nestes casos, pedimos que a coleta seja 
efetuada em laboratórios de análises clínicas de confiança do médico; 
Obs: A coleta deve ser efetuada sem acréscimo de anticoagulante na seguinte 
proporção: 1 ml de sangue/ 9 ml de água destilada. 
 
26.2 SECRECÕES 
 
• De ouvido; 
• Ocular; 
• Purulentas. 
 
 
 
 
 
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 Caso o paciente esteja utilizando algum medicamento alopático por via oral ou 
uso tópico, o médico deverá estar ciente. O material coletado é então armazenado em um 
frasco contendo água/álcool/glicerina, macerado e dinamizado. 
 
27 LESÕES CUTÂNEAS/MICOSES DE UNHAS 
 
 O paciente deverá tomar banho só com sabonete neutro ou glicerinado durante os 
três dias que precedem a coleta. Não fazer também uso de pomadas ou cremes 
medicinais durante estes três dias. 
 
28 MATERIAIS NÃO COLETADOS NA FARMÁCIA 
 
28.1 SECREÇÃO VAGINAL 
 
 A coleta deverá ser feita pelo médico ou laboratório de confiança do mesmo, em 
frascos fornecidos pela Farmácia (solução de água/álcool/glicerina) ou em frascos 
adequados (limpos e esterilizados) com uma solução água/álcool em partes iguais. O 
material deverá ser entregue na Farmácia no máximo três horas após a coleta. Caso isso 
seja impossível, e como não há conservante, o material deverá ser colocado na geladeira 
e ser entregue na manhã seguinte. 
 
28.2 URINA 
 
 Coletar a primeira urina da manhã, tomando os seguintes cuidados: 
 
• Fazer a assepsia do local (lavagem com água e sabão); 
• Desprezar o primeiro jato da urina; 
• Coletar em frasco adequado (tipo coletor universal); 
• Destinar o material à farmácia no máximo três horas após a coleta. 
 
 
 
 
 
 
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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
 Caso o paciente esteja fazendo uso de medicamentos alopáticos, o médico 
deverá ser notificado. Dinamiza-se a solução até a potência desejada. A entrega do 
material deverá ser feita no mesmo dia da coleta, em frasco adequado (coletor de fezes 
ou coletor universal), até no máximo 3 horas após a coleta. Se isso não for possível, 
guardar em geladeira e entregar na manhã seguinte. O material deve ser identificado, 
solubilizado, macerado e dinamizado até a potência prescrita. 
 
29 CÁLCULO RENAL/PÓ DE CASA/MEDICAMENTO ALOPÁTICO 
 
A entrega do material deverá ser feita em frascos apropriados (limpos e 
esterilizados). Após a trituração e solubilização do material, efetua-se a dinamização. 
 
30 NÓDULO DE MAMA/PÓLIPOS NASAIS/AMÍGDALAS E OUTROS 
 
 A coleta deverá ser feita em frascos adequados (limpos e esterilizados), contendo 
uma solução glicerinada, soro fisiológico ou álcool 96ºGL. Obs: o formol deve ser evitado. 
O material deverá ser entregue à farmácia no mesmo dia da coleta ou então colocado em 
geladeira para ser entregue na manhã seguinte. Após a identificação e trituração, efetua-
se a dinamização. 
 
31 CULTURAS MICROBIANAS (PLACAS, SOLUÇÕES BACTERIANAS E 
OUTROS) 
 
 O material deverá ser encaminhado à farmácia no dia em que foi entregue ao 
paciente pelo laboratório, ou então conservado em geladeira e encaminhado na manhã 
seguinte. Após a solubilização, efetua-se a dinamização. OBS: Em caso de dúvida ou 
maiores esclarecimentos, entre em contacto com o farmacêutico. 
 
32 MIASMAS 
 
 
 
 
 
 
 
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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Se para curar era somente necessário achar o medicamento mais similar possível, 
de que valeria uma “multidão de conceitos imprecisos e filosóficos” durante o ato 
terapêutico, perguntavam-se atônitos os médicos homeopatas que entravam na 
homeopatia, vindos da escola médica clássica. Aliás, este é um quadro 
relativamente atual quando observamos que ainda hoje a formação médica 
clássica não dota os médicos de uma compreensão correta de organismo.Estudamos uma parte do complexo funcionamento corporal, compreendemos 
segmentos da patologia humana através do estudo de órgãos, pesquisamos a 
etiopatologia das enfermidades de forma fragmentada e jamais ensinada a 
debruçar sobre a imagem do misterioso organismo dinâmico – com suas 
maravilhosas intercorrelações, ritmos e sinergismos – para realmente pensar 
sobre aqueles que deveriam ser os fundamentos da arte médica: saúde e vida. De 
certa forma os miasmas e as oscilações desencadeadas pelas patogenesias sobre 
os sujeitos permitem que os estudos destas potencialidades vitais ocorram na 
prática. (Paulo Rosenbaum, 1996.). 
 
Quanto aos autores que escreveram sobre a teoria miasmática, alguns 
relacionam Miasmas aos problemas morais da humanidade, outros a distúrbios 
fisiopatológicos, outros se limitaram a relacioná-la com a Energia Vital. A questão Miasma 
ainda se ressente de definições mais claras e abrangentes do próprio termo Miasma, de 
psora, de suscetibilidade, de predisposição. Tudo que se relaciona ao termo diz respeito à 
gênese das doenças e do adoecer, e de como o ser reage a isso. Poder-se-ia dizer que é 
onde mais se evidenciam e se usam as diferenças e as semelhanças entre os seres. 
 
33 MARCADORES MIASMÁTICOS 
 
A presente listagem de marcadores miasmáticos (sintomas, intencionalidade ou 
qualidade de sintomas que identificam os miasmas) proposta para identificação do 
miasma predominante, quando da análise dos casos clínicos, surgiu ao estudarem-se 
comparativamente os autores mencionados. Não se constitui novidade, mas seu objetivo 
é operacionalizar o miasma no dia a dia da clínica da similitude. Não concordamos que 
marcadores miasmáticos não existem, usando como justificativa o fato de serem todos 
sintomas trimiasmáticos, com predominância de um determinado miasma. 
 
 
 
 
 
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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Argumentamos que se aceita a existência do miasmático, este deverá ter seus 
marcadores, sob o risco de não serem identificados. Como poderemos diferenciar 
humanos de animais ou vegetais se não temos os elementos que os identifiquem como 
tais? Poucos são os marcadores comuns a todos os autores; ateremos, pois, àqueles que 
são consensuais, independentemente do construtivismo que os tente justificar. 
São poucos os comuns, mas existem, e se utilizados na clínica serão de grande 
valia para a compreensão das patogenesias, para o diagnóstico medicamentoso, para a 
orientação preventiva dos pacientes e também para o prognóstico, pois além das 
proposições observacionais de Hering e as prognósticas de Kent, teremos também, para 
orientação do clínico, a variação ou atenuação das modalidades miasmáticas que 
acompanham os sintomas, a tão comentada evolução miasmática. 
 
 Psora Sycose Syphilis 
Mental 
Ansiedade 
inquietude 
variabilidade 
alternância 
hiperatividade pouco 
ordenada 
Desconfiança 
obsessividade 
egoísmo 
egocentrismo 
constante 
planejador 
ordenado 
atividade ordenada 
Isolamento 
desinteresse 
apatia 
indiferença 
morte 
atividade desordenada 
inatividade 
Meio 
Busca 
integração 
adaptação 
ser aceita defesa para 
adaptação 
 
Manipula-o para usá-lo 
para seus propósitos 
defesas para vencer 
Isola-se do meio 
Lei Teme Burla imoral 
Transgride 
amoral 
anarquia 
falta de ordem 
Ação 
Constrói 
não destroi 
variabilidade 
Constrói para si 
destrói aos outros 
ordenada 
Destrói a si e aos outros 
desordenada 
Tempo Futuro Presente Passado 
Mente Ativa Dificuldade para falar e para lembrar nomes 
Sentidos Hipersensíveis Embotados 
Pronome Eu Ninguém 
Escape Religião Ocupação Álcool drogas 
Horário - 6- 18 horas Agrava 
 
 
 
 
 
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 18- 21 horas Agrava 
 21- 03 horas Agrava 
 03 - 06 horas Agrava 
Frio Agrava Extremo agrava 
Calor Melhora Melhora Extremo agrava 
Secura Agrava Melhora Melhora 
Umidade Melhora Agrava 
Mar Agrava 
Montanha 
Ar livre Melhora 
Vento Melhora 
Tempestades 
Sol Agrava 
Cheia agrava Lua 
Nova agrava 
 
Repouso Melhor 
Eliminações 
Fisiológicas melhoram 
ex. transpiração, urina, 
fezes, menstruação. 
Patológicas melhoram 
ex: catarros 
secreções purulentas 
aderentes 
Fisiológicas pioram 
secreções putridas, 
hemorrágicas. 
Fome Insaciável Variável Diminuída ou exagerada 
Desejos alimentares Doces, ácidos. Ácidos, estimulantes. Não sabe o que quer 
Aversões alimentares Carne 
Temperatura dos 
alimentos 
Comidas e bebidas 
quentes melhoram 
Deseja comidas e bebidas 
frias 
Febre Alta Alta paroxística Não alta insidiosa com prostração. 
Patológico Prurido Proliferação, acúmulo, hiperplasia. 
Ulcerações, destruição, 
assimetrias. 
 Secura Retenção hídrica 
 Errático, superfície, mais funcional que lesional. 
Mais lesional que 
funcional 
Bem mais lesional que 
funcional 
 Descamação Catarros Sangramentos 
FONTE: Departamento de Homeopatia da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas / APH - Ciclo de 
Estudos sobre Miasmas - Campo Grande-MS - 1996 - Congresso Brasileiro de Homeopatia. 
 
 
34 PROGNÓSTICO CLÍNICO DINÂMICO 
 
PRÓ = antes + GNOSIS = reconhecer. Ou seja, é a arte de predizer o progresso e 
o fim da enfermidade (Dr. Maffei - médico patologista). 
 
 
 
 
 
 
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São, na verdade, um conjunto de observações que homeopatas clássicos fizeram 
correlacionando a primeira prescrição do medicamento, o que se deve esperar de 
evolução do caso com o estado do paciente. Utilíssimos, mas que exigem boa 
observação de seus pacientes e um melhor relato nos animais. Diferem do prognóstico 
em outras terapêuticas pelo fato de que, embora o clínico não saiba com certeza o que 
esperar de reação do paciente depois que o medicamento é dado, sabe o que fazer com 
os resultados desta medicação nele. 
Pode produzir uma falsa sensação de insegurança ao clínico, mas com certeza dá 
a ele um campo de ação muito maior, já que mesmo em casos clinicamente incuráveis há 
a possibilidade de melhoria das condições do paciente. 
 
I. Funcional = manifestações sensoriais, alterações bioquímicas; 
II. Lesional Leve = alterações em órgãos e tecidos não vitais; 
III. Lesional grave = alterações em órgãos e tecidos vitais; 
IV. Incurável = alterações tão graves e profundas em órgãos e tecidos vitais (incluindo 
alterações mentais) que são irreversíveis. 
 
Sempre lembrar que incurável é a lesão e não o ser que está sendo tratado. E 
isto significa que mesmo em um paciente incurável o uso de um medicamento bem 
elegido é útil. E ainda segundo Elizalde, no caso de ser dado o simillimum: 
 
I. Funcional = melhora os sintomas mentais, gerais e funcionais com sensação subjetiva 
de bem-estar geral. Ocorre, portanto, uma melhora suave, progressiva e sem agravações. 
 
II. Lesional Leve = agravação curta e forte, seguida de rápida melhoria. 
 
III. Lesional Grave = agravação prolongada, seguida de lenta e segura melhoria. 
 
IV. Incurável = a deterioração energética chegou ao máximo, por isso a tentativa do 
organismo equilibrar-se foi levada às últimas possibilidades, não existindo nada para curar 
 
 
 
 
 
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e, portanto, não há agravação, e se espera uma paliação com melhora dos sintomas 
idiossincrásicos (os próprios do doente) e morte em ataraxia (bem-estar). 
 
As 12 observações prognósticas de Kent são as situações que ocorrem após ter 
sido medicado pela primeira vez o paciente. Segundo Kent(1996), na lição XXXV de seu 
livro Filosofia Homeopática: 
 
Depois de feita a prescrição, o médico começa a observar. Todo o futuro do 
paciente pode depender das conclusões a que chega a partir destas observações, 
e de sua ação, o bem do paciente. Se não entende o significado do que vê, atuará 
de maneira equivocada, fará prescrições erradas, mudará os medicamentos, agirá, 
enfim, em detrimento do paciente. Não há um caminho a seguir e não é capaz de 
substituir a inteligência. 
 
E, ainda Kent, se conversarmos com muitos médicos a respeito das observações 
que se seguem à administração do medicamento, vocês descobrirão que a maioria deles 
não possui senão fantasias ou noções vagas quanto a esta questão, e não enxergam 
mais nada depois de feita a prescrição. Se o homeopata não for um observador 
cuidadoso, suas observações serão imprecisas e suas prescrições consequentemente 
também o serão. 
Presume-se que uma vez feita a prescrição, se ela for correta, atuará. Ao atuar, o 
remédio começa imediatamente a provocar mudanças no paciente que se manifestam 
através de sinais e sintomas. A natureza interna da doença se mostra ao médico através 
dos sintomas, que lhe permitem situar-se com a precisão dos ponteiros de um relógio. 
Este tempo de espreitar, esperar e observar necessita ser cumprido, para que ele possa 
julgar através das mudanças que surgem, o que deve e o que não deve fazer. 
É verdade que o homeopata, em vários casos, não permanece muito tempo em 
dúvida quanto ao que não fazer. Há sempre um indicador que lhe avisa o que não fazer. 
Se for um observador arguto e atento, verá este indicador em cada caso. Claro que se a 
prescrição não tiver correspondência com o caso, se for uma prescrição que não efetua 
nenhuma mudança, não demorará muito para ele saber o que fazer: muita paciência 
esperando por uma prescrição tola não passa de perda de tempo e isto também deveria 
 
 
 
 
 
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ser levado em conta entre as observações. As observações que tem valor são realizadas 
após a administração de um remédio específico, suficientemente relacionadas com o 
caso, para provocar mudanças nos sintomas. 
As mudanças estão começando. Com que se parecem? O que significam? A que 
conduzem? Ao escutar o relato do paciente (no caso de veterinários, tanto o relato do 
proprietário, como sua própria observação), o médico precisa saber o que está 
acontecendo. Sabe-se que remédio está atuando pela mudança dos sintomas. O 
desaparecimento de sintomas, o aumento de sintomas, a melhoria de sintomas, a ordem 
dos sintomas, constituem mudanças provocadas pelo remédio, e estas mudanças devem 
ser estudadas. Uma das coisas mais comuns que os remédios fazem é agravar ou 
melhorar. 
 
I. Observação - Prolongada agravação seguida de aniquilamento final do paciente. O 
antipsórico era muito profundo e produziu uma destruição, a reação vital era impossível, 
pois era incurável. Também pode ter ocorrido que a potência era muito alta para a fraca 
reação. É recomendável a 30C ou 200C (Kent). Nestes casos, geralmente o paciente 
chegou tarde demais para ser tratada, sua energia não aguenta mais nem se manter, o 
que não impede de dar-lhe um remédio que lhe seja paliativo. Segundo Elizaldi e Roberts, 
deve-se medicar pelos sintomas mais atuais. Alguns estudiosos da Homeopatia dizem 
que nunca um remédio bem elegido poderia fazer mal. Outros, que se a dose não for 
suave o suficiente, a agravação pode até matar o paciente. Enquanto não se chega a um 
consenso, é interessante seguir a indicação de Kent de dosagens. Também há de se ter 
cuidado ao julgar incurável um caso que não o é, e que cai na observação seguinte. 
 
II. Observação - Longa agravação, mas seguida de lenta melhoria final. Indica paciente 
lesional grave em órgãos ou tecidos vitais, mas ainda com energia suficiente para se 
recompor. Podem durar meses e anos as agravações prolongadas. É necessária muita 
paciência, tanto do médico quanto do enfermo, para só repetir a dose quando voltarem os 
sintomas pelo qual se prescreveu. São casos em que a boa observação do veterinário é 
fundamental, para saber ver o que está acontecendo e não mudar o medicamento que 
está sendo dado, desnecessariamente. Neste tipo de caso as chances maiores de um 
 
 
 
 
 
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tratamento dar certo é em proprietários homeopatizados, pois por conhecerem na prática 
como funciona a Homeopatia, terão mais paciência para esperar os resultados quando 
estes forem mais lentos. 
 
III. Observação - Agravação imediata, curta e forte, seguida de rápida melhoria do 
paciente. Sempre que virmos uma agravação que surge rapidamente, que é curta e mais 
ou menos intensa, verificaremos que a melhoria do paciente será duradoura. A melhoria 
será acentuada, pois a reação do organismo é vigorosa e não há nenhuma tendência 
para alterações estruturais em órgãos vitais. Qualquer alteração estrutural eventualmente 
presente estará em nível de superfície, em órgãos que não são vitais; haverá a formação 
de abcessos e frequentemente glândulas não essenciais poderão supurar em regiões que 
não implicam risco de vida para o paciente. Estas alterações orgânicas são do tipo 
superficial. Acontece quando o paciente é lesional leve. Preconiza-se não interferir a não 
ser que seja demasiadamente incômoda ao paciente ou ao proprietário (no nosso caso, é 
o proprietário quem menos suporta a agravação de seu animal). Em humanos, é a 
agravação que ocorre poucas horas após a tomada do medicamento, no caso das 
doenças agudas, ou durante os primeiros dias, em casos crônicos. No caso de 
veterinários, essa referência é um pouco complicada, porque cães e gatos têm um limiar à 
dor e ao desconforto da doença maior que os humanos. Então às vezes não observamos 
as agravações, mas mesmo assim conseguimos avaliar a sensação de bem-estar que 
vem com a melhoria da doença. 
 
IV. Observações - Ocorrem curas muito satisfatórias sem agravações. Nesta hipótese, o 
paciente tomou um medicamento bem escolhido e é um paciente só funcional, não existia 
doença orgânica e nem tendência para tal. Em curas que ocorrem sem qualquer 
agravação, sabemos que a potência é adequada e que o remédio é o remédio curativo, 
desde que os sintomas desapareçam e a saúde retorne de maneira ordenada. Ordenada, 
segundo Kent, significa que a cura deve seguir as suas leis. 
 
V. observação - Primeiro melhora e em seguida ocorre agravação. Depois de dada a 
medicação, o paciente se sente muito bem, mais passado 4 a 5 dias ou uma semana, ele 
 
 
 
 
 
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está pior do que estava antes de começar o tratamento. Segundo Kent, 1996 “não é raro 
nos casos graves, nos casos com uma grande quantidade de sintomas; mas diga-se o 
que se disser, a situação é desfavorável. Nesse caso, ou o remédio era só superficial e só 
podia agir como paliativo ou o paciente era incurável, apesar do remédio ser de alguma 
forma adequado”. Deve-se reavaliar o caso para se saber qual das duas situações está 
ocorrendo. De qualquer forma, se espera esse tipo de situação em doentes de lesionais 
graves a incuráveis. 
 
VI. Observação - Alívio demasiadamente curto dos sintomas. Quando isso ocorre, ou 
algo no dia a dia do paciente está atrapalhando a ação do medicamento ou as alterações 
nos órgãos são tão profundas que são incuráveis, ou ainda, estão se encaminhando para 
tal situação. 
 
VII. Observação - Melhoria total dos sintomas, sem haver, no entanto, alívio especial 
para o paciente. Existem condições físicas que fazemcom que sua melhora vá até certo 
ponto. Defeitos congênitos, falta de algum órgão, lesões irreversíveis. Segundo Kent, 
1996, “ele é paliativo neste caso e representa uma paliação conveniente pelos remédios 
homeopáticos”. Isto também significa que, mesmo que o corpo não possa mais se curar, a 
procura pelo medicamento mais adequado para o paciente deve ser feita, pois o alivia. 
 
VIII. Observação - Alguns pacientes reagem a todos os remédios que tomam, são os 
pacientes hipersensíveis. Para Kent, “são pacientes com tendência a histeria, 
superexcitados e hipersensíveis a todas as coisas. Diz-se que o paciente tem uma 
idiossincrasia a tudo e estes hipersensíveis são frequentemente incuráveis”. Não é uma 
situação que ocorra com assiduidade, mas são experimentadores natos em humanos, 
exatamente por reagirem a todas as substâncias que tenham contato, mostrando uma rica 
sintomatologia. Como hipótese, poderia dizer que pelo limiar alto que cães e gatos tem à 
dor e ao desconforto, seria mais improvável de se encontrar entre eles tipos 
hipersensíveis. 
 
 
 
 
 
 
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IX. Observação - Ação dos medicamentos sobre os experimentadores. Aqui Kent se 
referia a humanos que experimentam substâncias para se descobrir ou comprovar suas 
qualidades curativas. 
 
X. Observação - Novos sintomas que aparecem após a tomada do remédio. Segundo 
Hahnemann, nos § 179 do Organon, 6ª edição, “em casos mais frequentes, porém, o 
medicamento que então foi escolhido em primeiro lugar pode ser apenas em parte 
adequado, isto é, não exatamente adequado, pois não houve um número significativo de 
sintomas que orientasse a escolha acertada”. § 180: “É, então, que o medicamento, na 
verdade tão bem escolhido quanto possível, mas imperfeitamente homeopático pelos 
motivos já ponderados, em seu efeito contra a doença que lhe é apenas parcialmente 
semelhante – como no caso referido acima, em que a escassez de meios de cura 
homeopáticos torna por si só imperfeita a escolha – vai causar distúrbios secundários e 
diversos fenômenos de sua própria série de sintomas se misturam com o estado de saúde 
do doente, os quais, contudo, são, ao mesmo tempo, sintomas da própria doença, 
embora, até então, nunca ou raramente terem sido percebidos; surgirão ou desenvolverão 
intensamente fenômenos que o doente há pouco tempo antes absolutamente não 
percebia ou percebia apenas vagamente”. 
§181: “Não se objete que os distúrbios agora surgidos e os novos sintomas dessa 
doença ocorrem por conta do medicamento que acabou de ser usado. Tais distúrbios 
provêm dele*; são, porém, apenas certos sintomas cujo aparecimento dessa doença 
também já era capaz de produzir por si nesse organismo e que o medicamento – na 
qualidade de autoprodutos de sintomas semelhantes – somente atraiu e fez aparecer. Em 
uma palavra, tem-se que considerar tudo o que agora, seguramente, passou a ser a 
própria doença, como o verdadeiro estado atual e tratá-lo, futuramente, de acordo com 
ele”. 
*Quando sua causa não foi um erro importante no regime de vida, uma paixão 
intensa ou um fenômeno tumultuoso no organismo, como o início ou a parada de regras, 
concepção, parto, etc. Enfim, segundo Kent: 
 
 
 
 
 
 
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Se um grande número de novos sintomas aparecer depois da 
administração de um remédio, a prescrição geralmente se mostrará 
desfavorável. De vez em quando o aparecimento de um novo 
sintoma representará simplesmente um sintoma antigo que 
ressurge, que o paciente não havia observado e pensa que é novo. 
Quanto maior a série de sintomas novos que aparece depois da 
administração de um remédio, tanto maior dúvida haverá quanto ao 
acerto da prescrição. 
 
Porém, duas situações podem estar ocorrendo: os sintomas que aparecem são 
sintomas do paciente, que o medicamento que está sendo dado deveria cobrir e não 
cobre. Deve-se, então, procurar um medicamento mais adequado, ou está sendo dada 
dose excessiva do medicamento e o paciente está mostrando sintomas do medicamento 
e não os dele. 
 
XI. Observação - Retorno de sintomas antigos. Segundo Kent, “uma doença é curável na 
exata proporção que retornam sintomas antigos que há longo tempo haviam 
desaparecido. Eles desapareceram simplesmente porque outros mais novos surgiram”. 
São as leis de cura se cumprindo. 
 
XII. Observação - Sintomas tomam a direção errada. Kent fala aqui de situações em que 
“logo o médico se dá conta de que houve um deslocamento da periferia para o centro e o 
remédio precisa ser imediatamente antidotado, porque senão se produzirão alterações 
estruturais na nova localização”. Estes são os casos de supressão: 
 
Há um grande perigo em se selecionar um remédio baseado 
unicamente nos sintomas externos, isto, é, em se escolher um 
remédio que só tenha correspondência com a pele, ignorando todos 
os demais sintomas que o paciente possa ter, ignorando a economia 
como um todo e o estado geral do paciente; porque é verdade que 
aquele remédio que só tem relação com a pele, pode conduzir para 
 
 
 
 
 
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o interior a doença da pele, fazendo-a desaparecer, embora o 
próprio paciente não esteja curado. Tal paciente continuará doente 
até que aquela erupção retorne ou se localize em outro lugar. Ou 
seja, a doença se aprofunda. (KENT, 1996). 
 
 
 
 
 
 
 
---------------------FIM DO MÓDULO IV-------------------- 
	Prescrição
	Exemplos
	25.4 QUANTO À ESTOCAGEM DE MATRIZES
	25.5 QUANTO À DINAMIZAÇÃO
	26 METODOLOGIA ESPECÍFICA
	26.1 NARIZ/GARGANTA
	26.2 SECRECÕES
	28 MATERIAIS NÃO COLETADOS NA FARMÁCIA
	30 NÓDULO DE MAMA/PÓLIPOS NASAIS/AMÍGDALAS E OUTROS
	32 MIASMAS
	33 MARCADORES MIASMÁTICOS

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