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Trabalho conceitos Direito Tributário

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“Direito Tributário, Tributo
e Direito Constitucional Tributário”
A partir das aulas ministradas, no primeiro semestre, das suas anotações de aulas e dos textos examinados, responda às questões abaixo propostas:
1. No que concerne ao Direito Tributário Positivo e à Ciência do Direito Tributário, estabeleça as distinções quanto às suas finalidades, suas linguagens, suas lógicas e seus valores, segundo as reflexões de PAULO DE BARROS CARVALHO; registrando, ainda, facultativamente, as razões do seu acordo ou desacordo. 
A finalidade do Direito Tributário Positivo consiste em prescrever, através de proposições o dever-ser da conduta humana, ou seja, ocupa-se de disciplinar o comportamento humano de forma externa através do complexo de regras válidas vigentes. A lógica deste Direito é deontológica, que compreende a compatibilidade do dever-ser com o comportamento prescrito na regra referente à conduta humana. Seu valor se dá por meio da validade ou não da proposição. 
Já a Ciência do Direito Tributário dedica-se ao estudo das prescrições próprias do Direito Positivo, de maneira a explica-las através de descrições verdadeiras. A lógica correspondente a este Direito é a apofântica, uma vez que abrange o estudo e descrição das proposições. Seus valores dividem-se em descrições falsas ou verdadeiras. 
As distinções de finalidade, linguagem, lógica e valores correspondentes ao Direito Positivo e Ciência do Direito restam evidentes ao analisar um texto legislativo em comparação a um texto científico a respeito daquele. Desta forma, há concordância com as distinções, entendendo ser o primeiro objeto de metalinguagem do segundo instituto. 
2. Explicite o conceito constitucional de tributo, na linha do pensamento de GERALDO ATALIBA.
		Tributo como obrigação pecuniária, em que o Estado possui o direito subjetivo de exigir do sujeito passivo determinada prestação pecuniária. Tem-se de um lado a pessoa pública (sujeito ativo) e de outro o sujeito cuja lei impôs (sujeito passivo), obedecendo-se os elementos constitucionais. Conforme o autor, a relação jurídico-tributária é ex-lege, ou seja, formada pela lei. 
3. Enuncie, justificadamente, os fatores relevantes para estabelecer a natureza jurídica específica de um tributo, mencionando os fundamentos da Constituição e do CTN.
Conforme dispõe o art. 4° do CTN: 
Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la:
I - a denominação e demais características formais adotadas pela lei;
II - a destinação legal do produto da sua arrecadação.
Verifica-se então, conforme os termos do artigo acima que a natureza jurídica do tributo é determinada pelo fato gerador, que disporá quanto à obrigação a ser imposta, ressaltando que além do que for disposto será irrelevante no tocante à qualificação. 
Conforme o art. 145 da Constituição Federal: 
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
I - impostos;
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.
A CF em seus arts. 145, 149, 149-A, classifica os tributos pela Pentapartição (impostos,
taxas, contribuições de melhoria, empréstimos compulsórios e contribuições especiais).
4. No que diz respeito à classificação dos tributos em vinculados ou não vinculados, distinga:
	4.1 Tributos vinculados e não vinculados.
Os tributos vinculados são os que tem por fato gerador uma atividade estatal voltada diretamente para a prestação de um serviço específico ao contribuinte, ou seja, que beneficie diretamente o contribuinte. São as taxas e contribuições de melhorias, empréstimos compulsórios e contribuições parafiscais.
Os tributos não vinculados são os que tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica relativa ao contribuinte. Neste caso, o Estado cobra estes tributos para promove o bem comum. São os previstos nos artigos 153, 155 e 156 da Constituição Federal e os impostos extraordinário e residual. 
	4.2 Tributos direta e indiretamente vinculados.
O imposto indiretamente vinculado é o que incide sobreo produto e não sobre a renda. Chama-se de indireto pois não leva em conta quanto a pessoa ganha, apenas quanto esta consome. Tem-se como exemplo o ICMS.
Já o imposto diretamente vinculado é o que incide diretamente sobre a renda da pessoa, ou seja, quanto maior a renda, maior será o tributo. Tem-se como exemplo o imposto de renda.
5. No concernente ao conceito e às características da Competência Tributária, discorra sobre:
	5.1 Conceito.
 		A Competência Tributária é a atribuição dada pela Constituição Federal aos entes políticos do Estado da prerrogativa de instituir os tributos. Em relação às características, tem-se que esta é privativa, incaducável, de exercício facultativo, inampliável, irrenunciável e indelegável. 
	5.2 Conciliabilidade das características da Facultatividade e da Irrenunciabilidade.
A competência tributária é irrenunciável. Pode-se renunciar temporariamente, mas não em caráter definitivo. A facultatividade diz respeito a uma esfera do governo decidir por instituir ou não o tributo, porém, não é de forma definitiva, pois futuramente poderá instituir. 
	5.3 Privatividade, inclusive do ponto de vista de PAULO DE BARROS CARVALHO.
A privatividade é entendida como exclusiva. A Constituição Federal divide as competências, atribuindo tributos de competência da União, Estados e Municípios. Porém, não é admitida em caráter absoluto, visto que a competência dos Estados e Municípios pode ser invadida pela União. O contrário não é permitido. Conforme Paulo de Barros Carvalho, a única competência efetivamente privativa é a da União, portanto. 
	5.4 Facultatividade, inclusive dos pontos de vista de PAULO DE BARROS CARVALHO e de ROQUE ANTONIO CARRAZZA.
A facultatividade diz respeito ao destinatário da competência instituir um tributo ou deixar de instituí-lo. Conforme Paulo de Barros Carvalho a facultatividade é a regra no exercício da competência tributária. Nesse sentido, entende Roque Antonio Carrazza que a competência tributária seria a faculdade de editar leis que criam tributos. 
6. Quanto às espécies de Competência Tributária, segundo a doutrina predominante, informe:
6.1 Competência Comum: tributos e fundamentos constitucionais.
Taxas e contribuições de melhoria. Art. 145, II e III da CF.
6.2 Competência Privativa da União: tributos e fundamentos constitucionais.
Importação de importação, de exportação (IE), imposto de renda (IR) , imposto sobre produtos industrializados (IPI), imposto sobre operações financeiras (IOF), imposto territorial rural (ITR) e imposto sobre grandes fortunas (IGF). Art. 153 da CF.
6.3 Competência Extraordinária: conceito e fundamento constitucional.
Imposto extraordinário de guerra. Art. 154, II da CF.
	6.4 Competência Residual: conceito e fundamentos constitucionais.
Impostos não previstos nos artigos da CF. Art. 154, I da CF. 
7. No que tange aos Princípios da República e da Federação, responda:
	7.1 A República constitui cláusula pétrea no vigente texto constitucional? Justifique.
Embora não haja referência expressa à cláusula pétrea relacionada à República, pode-se dizer que a essência da República é cláusula pétrea intocável, visto que no art. 60, parágrafo 4°, inciso II da CF está prevista a impossibilidade de proposta que tenda a abolir o voto direto, secreto e universal, que seriam as características da eletividade e temporalidade (voto periódico). 
Portanto, embora não prevista expressamente, a República constitui cláusula pétrea na Constituição Federal, até mesmo por estar mencionada ao longo dos dispositivos constitucionais.
	7.2 Qual a contribuição da Federação, se existente, para a concretização da República, entre nós?
A repartição de competênciase descentralização, tornando o grau de representatividade maior.
8. No que atine ao Princípio da Legalidade Tributária, informe: 
8.1 Conceito.
É o princípio que estabelece que não haverá instituição ou majoração de tributo sem lei que o estabeleça.
8.2 Finalidade.
Evitar a arbitrariedade por parte do Estado e instituir uma segurança jurídica maior para os cidadãos.
8.3 Atenuações.
Os incisos I, II, IV e V do art. 153 da CF são exceções ao princípio da legalidade. Conforme parágrafo 1° deste artigo, é facultado ao Poder Executivo alterar as alíquotas dos impostos previstas nos incisos citados, porém, deve atender as condições estabelecidas em lei para majorar (e não criar) tributo. 
8.4 Fundamentos Constitucionais. 
Artigos 150 e 153, parágrafo 1°, I, II, IV e V da CF.
9. Em relação ao Princípio da Anterioridade Tributária, informe:
 9.1 Anterioridade Genérica: conceito e finalidade.
Determina a vedação de cobranças de tributos que foram instituídos ou sofreram algum aumento no mesmo exercício financeiro. Finalidade é garantir a segurança jurídica e evitar surpresa aos contribuintes.
 9.2 Anterioridade Nonagesimal: conceito e finalidade.
Exige a decorrência do prazo de 90 (noventa) dias da data de publicação e lei que institui ou aumenta o tributo.
 9.3 Exceções a ambas.
Empréstimo compulsório para atender a despesas de guerra externa, sua iminência ou calamidade pública, imposto de importação, imposto de exportação e IOF, imposto extraordinário de guerra, imposto de renda, alteração da base de cálculo do IPTU e IPVA.
 9.4 Fundamentos Constitucionais das Exceções.
Em relação à anterioridade genérica, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148,I, 153, I, II, IV e V e 154, II. E em relação à anterioridade nonagesimal, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, III e V e 154, II, nem à fixação da base de cálculo dos impostos previstos nos arts. 155, III e 156, I. 
10. Quanto ao Princípio da Capacidade Contributiva, estabeleça as seguintes distinções:
 10.1 Capacidade Contributiva e Capacidade Econômica.
Capacidade econômica diz respeito à disposição de riquezas e capacidade contributiva é a capacidade de o cidadão poder contribuir para o Estado. Até o mínimo existencial, há apenas a capacidade econômica. Acima deste, há também a capacidade contributiva, relacionando-se com a contribuição de acordo com a aptidão econômica do cidadão. 
 10.2 Capacidade Contributiva absoluta ou objetiva; Capacidades Contributivas relativa e subjetiva. 
 
Capacidade absoluta o objetiva realiza-se quando o legislador escolhe, para integrar a hipótese das normas tributárias, um fato que seja revelador de capacidade contributiva. 
Capacidade contributiva relativa é a proporção existente entre o valor do tributo e tamanho do fato praticado. Já a capacidade contributiva subjetiva é a necessidade de que o tributo seja adequado às características pessoais do sujeito passivo.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição 1988. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Presidência da República, 2016. Disponível em < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em agosto de 2019.
Lei 5.172, 25 out. 1966. Dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional e institui normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, Estados e Municípios. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, 27 out. 1966. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5172.htm>. Acesso em agosto de 2019.

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