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Prévia do material em texto

Autoras: Profa. Joseane Cauduro
 Profa. Camila Barreto Pinto Silva
Colaboradora: Profa. Divane Alves da Silva
 Profa. Elizabeth Alexandre Garcia
Direito Tributário
Professoras conteudistas: Joseane Cauduro / Camila Barreto Pinto Silva
Joseane Cauduro, gaúcha, é bacharel em Direito pela Universidade Paulista (Unip) e mestre em Direito 
Constitucional e Direito Ambiental pela Universidade de Caxias do Sul (UCS). Há vários anos leciona na Universidade 
Paulista algumas disciplinas, tais como: Direito Constitucional, Tributário, Trabalhista e Social. Participa, também, como 
grande colaboradora na elaboração de livros-textos, inclusive gravando as respectivas aulas na Unip Interativa. 
Camila Barreto Pinto Silva, professora titular da Universidade Paulista (UNIP), tem experiência na área de Direito, 
com ênfase em Direito Internacional Público e Privado, Direito Empresarial e Direito do Consumidor. Professora 
na Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo (FAPAN), desenvolveu o Centro de Iniciação Científica (CIC). 
Doutora em Filosofia do Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2011), possui mestrado em Direito 
em Relações Sociais na subárea de Direito Comercial pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2003), 
especialização em Direito Empresarial pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1996) e graduação em Direito 
pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1990). Leciona Instituições Judiciárias e Ética, História do Direito 
e Direitos Humanos, Filosofia do Direito, Psicologia Jurídica, Direito Internacional Privado, Direito e Globalização e 
Direito Empresarial.
© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou 
quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem 
permissão escrita da Universidade Paulista.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
C371d Cauduro, Joseane 
Direito tributário / Joseane Cauduro. – São Paulo, 2013.
136 p. il.
Nota: este volume está publicado nos Cadernos de Estudos e 
Pesquisas da UNIP, Série Didática, ano XVII, n. 2-041/13, ISSN 1517-9230.
1. Direito. 2. Direito Tributário. 3. Competência tributária I. 
Título.
CDU 341.39
Prof. Dr. João Carlos Di Genio
Reitor
Prof. Fábio Romeu de Carvalho
Vice-Reitor de Planejamento, Administração e Finanças
Profa. Melânia Dalla Torre
Vice-Reitora de Unidades Universitárias
Prof. Dr. Yugo Okida
Vice-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa
Profa. Dra. Marília Ancona-Lopez
Vice-Reitora de Graduação
Unip Interativa – EaD
Profa. Elisabete Brihy 
Prof. Marcelo Souza
Prof. Dr. Luiz Felipe Scabar
Prof. Ivan Daliberto Frugoli
 Material Didático – EaD
 Comissão editorial: 
 Dra. Angélica L. Carlini (UNIP)
 Dra. Divane Alves da Silva (UNIP)
 Dr. Ivan Dias da Motta (CESUMAR)
 Dra. Kátia Mosorov Alonso (UFMT)
 Dra. Valéria de Carvalho (UNIP)
 Apoio:
 Profa. Cláudia Regina Baptista – EaD
 Profa. Betisa Malaman – Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos
 Projeto gráfico:
 Prof. Alexandre Ponzetto
 Revisão:
 Ana Luiza Fazzio
 Michel Kahan Apt
Sumário
Direito Tributário
APRESENTAçãO ......................................................................................................................................................7
INTRODUçãO ...........................................................................................................................................................7
Unidade I
1 NOçÕES FUNDAMENTAIS SOBRE O SISTEMA JURÍDICO TRIBUTÁRIO ..........................................9
1.1 Finalidade do Estado e o Direito Tributário ............................................................................... 10
1.2 Direito Financeiro e Tributário ........................................................................................................ 10
1.3 Natureza jurídica do Direito Tributário ....................................................................................... 10
1.4 Direitos que se relacionam com o Direito Tributário ..............................................................11
1.5 Fontes do Direito Tributário ............................................................................................................. 13
1.5.1 Fontes formais primárias ..................................................................................................................... 13
1.5.2 Fontes formais secundárias ............................................................................................................... 17
1.6 Vigência, eficácia e aplicação da legislação tributária .......................................................... 19
1.6.1 Vigência das normas quanto ao tempo......................................................................................... 20
1.6.2 Vigência da norma quanto ao espaço ............................................................................................ 21
1.7 Aplicação da legislação tributária ................................................................................................. 21
1.8 Interpretação da legislação tributária ......................................................................................... 22
1.9 Integração da legislação tributária .............................................................................................. 23
1.10 Princípios – limitações ao poder de tributar .......................................................................... 24
1.10.1 Princípios – Definição ......................................................................................................................... 24
1.10.2 Princípios gerais com repercussão no âmbito tributário .................................................... 24
1.10.3 Princípios específicos do Direito Tributário ............................................................................... 25
2 COMPETêNCIA TRIBUTÁRIA ........................................................................................................................ 31
2.1 Diferença entre competência e capaciadade tributária ....................................................... 33
3 TRIBUTOS – NOçÕES BÁSICAS .................................................................................................................. 34
3.1 Imposto .................................................................................................................................................... 37
3.2 Taxas .......................................................................................................................................................... 41
3.3 Contribuição de melhoria ................................................................................................................. 43
3.4 Empréstimos compulsórios .............................................................................................................. 43
3.5 Contribuições especiais ...................................................................................................................... 44
4 O SURGIMENTO DA OBRIGAçãO TRIBUTÁRIA E O CRÉDITO TRIBUTÁRIO ............................... 48
4.1 Obrigação tributária ............................................................................................................................ 48
4.1.1 Definição .................................................................................................................................................... 48
4.1.2 Fato gerador .............................................................................................................................................. 49
4.1.3 Hipótese de incidência ......................................................................................................................... 50
4.1.4 Fato gerador e hipótese de incidência ...........................................................................................51
4.1.5 Base de cálculo ....................................................................................................................................... 51
4.1.6 Alíquota ...................................................................................................................................................... 51
4.1.7 Sujeito ativo .............................................................................................................................................. 51
4.1.8 Sujeito passivo ......................................................................................................................................... 51
4.2 Crédito tributário ................................................................................................................................. 54
4.2.1 Definição .................................................................................................................................................... 54
4.2.2 Constituição do crédito tributário .................................................................................................. 54
4.2.3 Notificação ................................................................................................................................................ 55
4.2.4 Modalidade de lançamento ................................................................................................................ 55
4.3 Causas suspensivas do crédito tributário ................................................................................... 56
4.3.1 Hipóteses de causas suspensivas do crédito tributário ........................................................... 56
4.4 Causas extintivas do crédito tributário ....................................................................................... 59
4.5 Exclusão do crédito tributário ......................................................................................................... 64
Unidade II
5 IMPOSTOS EM ESPÉCIE ..................................................................................................................................71
5.1 Impostos municipais ............................................................................................................................71
5.2 Impostos estaduais .............................................................................................................................. 81
5.3 Impostos federais ................................................................................................................................. 92
6 ADMINISTRAçãO TRIBUTÁRIA .................................................................................................................108
6.1 Fiscalização ...........................................................................................................................................109
6.2 Dívida ativa ........................................................................................................................................... 110
6.3 Certidões negativas ............................................................................................................................111
7 ILÍCITOS TRIBUTÁRIOS ..................................................................................................................................111
7.1 Ilícitos administrativos ..................................................................................................................... 112
7.2 Ilícitos penais – Crimes contra a Ordem Tributária – Lei nº 8.137/1990 ..................... 112
8 SANçãO ADMINISTRATIVA E SANçãO PENAL ................................................................................. 114
8.1 Extinção da punibilidade pelo pagamento .............................................................................. 114
7
APreSenTAção
Iremos trabalhar a disciplina Direito Tributário, disciplina interdisciplinar do curso de Ciências 
Contábeis. Esta tem por objetivo agregar ao aluno conceitos básicos do Direito Tributário, sua legislação 
pertinente e, sempre que possível, contextualizar a teoria transmitida por meio de casos práticos, no 
intuito de facilitar a compreensão do aluno. Acreditamos que o bacharel em Ciências Contábeis deve ter 
a mais ampla formação acadêmica em virtude de seu papel cada vez mais importante e ascendente na 
realidade econômica do nosso país. Por esse motivo, a importância de receber conhecimentos acerca do 
Direito Tributário, uma área financeira importantíssima para todas as sociedades empresariais, afinal, o 
desejo dos empresarios na atualidade é respeitar a lei, mas, na medida da legalidade, diminuir a carga 
tributária que é extremamente ostensiva. Assim, profissionais com conhecimentos tributários serão 
muito bem-vindos e muito bem remunerados no mercado de trabalho. Os tributaristas costumam dizer 
que eles próprios pagam seus salários por intermédio da economia que podem gerar para as empresas. 
Desejamos um bom estudo e que todo aprendizado seja de grande valia!
Convido você ao desafio de enfrentar as dificuldades e as maravilhas do Direito Tributário. Aceita?
InTroDução
Os ensinamentos aqui repassados visam a conceder ao aluno os parâmetros necessários à 
compreensão dessa vertente do Direito Público. Demonstraremos a importância do Direito Tributário 
em nosso cotidiano, uma vez que ele está presente em todas as atividades que realizamos, como na 
compra de leite, na venda de um automóvel etc.
O Direito Tributário é um complexo de leis e normas que se relacionam direta e indiretamente com 
outros ramos do direito, seja por meio de sua legislação ou da relação que provoca entre os contribuintes 
e o governo público.
Observe que estamos diante de um ramo do Direito que visa à arrecadação financeira para a 
manutenção das atividades governamentais, motivo pelo qual, em inúmeras situações, deparamo-nos 
com emaranhados legais e ainda com a ganha tributária dos entes governantes, estes na ordem nacional, 
estadual ou municipal.
Nessa seara, temos por interesse trazer ao conhecimento os conceitos básicos do Direito Tributário, 
a classificação dos tributos, a competência que cada órgão governante tem para tributar e quais são os 
instrumentos legislativos corretos para a regulamentação do Direito Tributário.
Vamos abordar ainda o conceito e a regulamentação da obrigação tributária, em que momento o 
crédito é gerado, qual a forma e como a administração tributária é realizada.
Conforme mencionado, estamos diante de um ramo do Direito de tamanha complexidade que não 
temos a pretensão, neste livro, de esgotar todas as possibilidades e discussões que se formam em volta 
desse tema.
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Direito tributário
Unidade I
1 noçÕeS FunDAMenTAIS SoBre o SISTeMA JurÍDICo TrIBuTÁrIo
Você deve estar pensando: em que consiste o sistema jurídico tributário?
Em primeiro lugar, faz-se necessário conceituar o que é sistema.
Sistema é a reunião ordenada de várias partes que formam um todo, de tal sorte que elas se 
sustentem mutuamente, e as últimas se explicam pelas primeiras.
Sistema jurídico tributário é uma unidade do direito. Essa unidade consiste no conjunto de 
normas hierarquizadas, formado por princípios e regras que têm por fim cuidar direta e indiretamente 
da instituição, arrecadação e fiscalização de tributos.
Podemos classificar os sistemas tributários em rígidos e flexíveis, dependendo de a partilha 
tributária ser exaustiva ou não.
O sistema é rígido quando a Constituição Federal (CF) relacionar todos os tributos e, 
respectivamente, a pessoa jurídica política que poderá, dentro de sua competência privativa, 
instituir e exigi-los dos respectivos contribuintes. Este é o caso do sistema jurídico tributário 
brasileiro, ou seja, a CF determina quais são os tributos que cada pessoa política poderá instituir 
e exigir. Exemplo: IPTU – imposto municipal.O sistema jurídico flexível consiste naquele em que não há vedações no exercício das competências 
tributárias, ressalvadas algumas exceções previstas nas constituições. Por esse, é possível haver cobrança 
de um mesmo tributo por mais de um Estado, exigíveis dos mesmos contribuintes. Exemplo: Estados 
Unidos e Itália. Além do aspecto de relacionar quais impostos poderão ser criados e cobrados, e por 
quem, os sistemas jurídicos rígidos também impõem princípios que limitam o poder de tributar. Exemplo: 
princípio da anterioridade.
Outra característica do sistema tributário brasileiro é que ele é uno e complexo:
• Uno – porque se insere dentro de um único sistema jurídico, universal, cujos ramos do direito, por 
mais variados que sejam, entrelaçam-se por uma única coluna vertebral, ou seja, a Constituição 
Federal.
• Complexo – pela infinidade de princípios, regras e normas de caráter geral e específico, que 
necessitam ser bem estudados e compreendidos para serem corretamente aplicados aos casos 
concretos.
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1.1 Finalidade do estado e o Direito Tributário
O Estado é uma nação politicamente organizada, e é formado por quatro elementos essenciais: 
povo, território, soberania e fim teleológico.
Mas qual seria a finalidade do Estado? O fim do Estado é buscar o bem comum para toda a sociedade. 
Isso significa dizer que cabe ao Estado financiar a educação, a saúde, a cultura, o lazer etc. Para tanto, 
há necessidade de este gerar receitas públicas. Temos duas espécies, que são:
• Receita pública originária: é aquela proveniente do patrimônio do Estado, ou seja, gerada pela 
utilização dos bens que o Estado possui. Exemplos: aluguéis, empréstimos, doações pura e simples, 
prescrições aquisitivas etc.
• Receita pública derivada: é aquela decorrente da imposição do tributo. São prestações 
patrimoniais impostas aos cidadãos; receitas que provêm dos contribuintes. Exemplos: tributos, 
multas, confisco.
1.2 Direito Financeiro e Tributário
O Direito Tributário é parte do Direito Financeiro e este consiste no conjunto de princípios e normas 
que rege a arrecadação, a gestão patrimonial e os dispêndios efetuados pelo Estado no desempenho de 
suas funções. O seu conteúdo abrange as normas do Direito Tributário, orçamentário, crédito público, 
contabilidade pública etc.
Sendo parte do primeiro, o Direito Tributário estuda as relações jurídicas entre o Estado (fisco) e 
os particulares (contribuintes), no que concerne ao âmbito da instituição, arrecadação, fiscalização e 
extinção do tributo.
1.3 natureza jurídica do Direito Tributário
O Direito Público regula a atividade do Estado (em si mesmo, em suas relações com particulares, em 
suas relações com outros Estados estrangeiros).
O direito privado regula as relações jurídicas entre os particulares entre si, entendendo-se como 
particulares, pessoas físicas, pessoas jurídicas de direito privado e o próprio Estado, quando se relaciona 
com os particulares em posição de igualdade, em uma relação de coordenação e não de subordinação 
(exemplo: compra e venda de imóvel).
Dito isso, podemos afirmar com veemência que o Direito Tributário faz parte do ramo do Direito 
Público, uma vez que se trata de normas que regulam a relação do Estado com os particulares, havendo 
claramente uma relação de subordinação dos contribuintes frente ao poder do fisco.
Você imagina um funcionário público municipal chegar a sua casa e oferecer uma negociação de 
pagamento do IPTU? Isso não se verifica na prática, porque os entes políticos não buscam negociação. 
A relação tributária entre o fisco e o particular é marcada pela superioridade do fisco.
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1.4 Direitos que se relacionam com o Direito Tributário
Você sabe quais os ramos do Direito que se relacionam com o Direito Tributário? São eles:
• Direito constitucional: este é o mais importante dos direitos, uma vez que condiciona todos os 
demais, conferindo-lhes a estrutura.
• Direito civil: fornece normas que auxiliam o entendimento do Direito Tributário, como a figura do 
enriquecimento sem causa.
• Direito judiciário: aqui na presença de litígios de Direito Tributário na justiça.
• Direito penal: oferece conceitos e institutos sobre penalidades, como contrabando, descaminho, 
crime de apropriação indébita etc.
A CF destina um capítulo inteiro ao Direito Tributário – arts. 145/1621, e ainda impõe diversos 
princípios a ele aplicáveis.
 Saiba mais
Sobre o tema, leia o seguinte texto:
ARAUJO, S. M. L. de. A ética na relação jurídica tributária: a questão 
da transparência fiscal como instrumento de orientação aos contribuintes. 
In: Anais do XXI Encontro Nacional do Conpedi. Florianópolis: Fundação 
Boiteux, 2012. Disponível em: <http://www.publicadireito.com.br/
publicacao/?evento=37#DIREITO%20TRIBUT%C3%81RIO>. 
Exemplo de aplicação
Conforme os conceitos estudados até aqui, analise e responda às questões a seguir:
1) Por que se diz que nosso sistema jurídico tributário é rígido quanto aos impostos?
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
1 Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm>. Acesso em: 4 mai. 
2012.
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2) De onde provém a maior parte da receita do Estado?
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
3) De qual ramo do direito o Direito Tributário faz parte? Justifique.
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
4) Qual a diferença entre Direito Financeiro e Direito Tributário?
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
Respostas
1) O sistema jurídico tributário é rígido em face das disposições constitucionais acerca dos tributos 
que poderão ser instituídos; da competência tributária, que é clara com relação a quem pode 
instituir tais tributos; e, por fim, a CF ainda limita o poder de o fisco tributar quando estabelece 
os princípios que deverão ser respeitados pelos entes políticos.
2) A maior parte da receita pública do Estado provém das receitas derivadas, que são aquelas 
provenientes da imposição tributária.
3) O Direito Tributário faz parte do Direito Público. Isso se deve pela relação jurídica que se estabelece 
entre Estado e particular, ou seja, o Estado encontra-se num patamar muito superior ao do 
particular. As normas são imperativas. 
4) O Direito Financeiro é mais amplo que o DireitoTributário, inclusive o Tributário faz parte do 
Financeiro. O Direito Financeiro cuida de toda atividade do Estado, enquanto o Tributário cuida 
apenas da parte da arrecadação de receitas.
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1.5 Fontes do Direito Tributário
Você deve estar se perguntando: o que são fontes? As fontes são as origens de um determinado 
sistema jurídico. No caso do Direito Tributário, as fontes podem se dividir em materiais e formais.
a) Fontes materiais exprimem situações ou fatos tributários que inspiram o legislador a regulamentar. 
Exemplos: a renda, a transmissão da propriedade, os serviços etc.
Para as fontes materiais surtirem efeito no Direito Tributário, há a necessidade de tomarem forma. 
Esse trabalho cabe ao Poder Legislativo, ou seja, cabe ao Legislativo discutir e aprovar leis a fim de 
regulamentar nosso Direito Tributário. 
b) Fontes formais são as regras jurídicas, as quais são dotadas de forma. Podem ser primárias ou 
secundárias.
1.5.1 Fontes formais primárias
Estão contidas no art. 59 da Constituição Federal. São elas:
• CF/1988.
• Emendas à CF.
• Leis Complementares.
• Leis Ordinárias.
• Leis Delegadas.
• Medidas Provisórias.
• Decretos Legislativos.
• Resoluções.
Considerando a importância de cada uma delas, vamos conhecê-las:
— Constituição Federal
A CF pode ser considerada o esqueleto de todo o sistema jurídico brasileiro. É ela que dá sustentação 
ao corpo. Imagine que a coluna vertebral seria a CF e as vértebras seriam as divisões do direito – entre 
elas estaria inclusive o Direito Tributário.
A CF é a maior fonte formal do Direito Tributário e dedica a esse ramo: 
- os princípios gerais: arts. 145/149;
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- os princípios específicos que limitam o poder de tributar: arts. 150/152;
- as competências tributárias: art. 145, I, II e III; 147, 148, 153, 154, 149 c/c 195, I, II, III, § 4º etc.;
- a repartição das receitas tributárias: arts. 157/162.
— Emendas à Constituição
Tais atos normativos modificam ou emendam a atual constituição e, portanto, 
são consideradas normas constitucionais em sentido formal, situadas em patamar 
hierárquico superior às Leis Complementares, mas inferior à CF originária em face 
do exame de sua constitucionalidade. Após passarem por esse exame, integram-se 
à CF e passam a ocupar o mesmo grau hierárquico (REGIANI, 2009).
— Lei Complementar
A LC integra a eficácia da norma constitucional. Isso quer dizer que ela irá complementar preceitos 
básicos constitucionais, uma vez que estes, sem a complementação, carecem de aplicação.
Dentro da Constituição existem normas de eficácia limitada, ou seja, estas têm aplicabilidade mediata, 
o que significa dizer que somente incidem sobre os interesses que regulam após uma normatividade 
ulterior que lhes desenvolva a aplicabilidade; são aquelas que dependem de complementação do 
legislador infraconstitucional para se tornarem exigíveis.
A própria CF determina a matéria que cabe à LC, vejamos o art. 146:
Art. 146: Cabe à Lei Complementar2:
I. dispor sobre conflitos de competências em matéria tributária, entre a 
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;
II. regular as limitações constitucionais ao poder de tributar;
III. estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, 
especialmente sobre:
a) definição de tributos e de suas espécies, bem como em relação aos impostos 
discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases 
de cálculo e contribuintes;
b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários. 
2 Disponível em: <http://www.senado.gov.br/legislacao/const/con1988/CON1988_04.02.2010/art_146_.shtm>. Acesso 
em: 14 mai. 2012.
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Atualmente, na esfera tributária, entre as situações já mencionadas, a Lei Complementar é obrigatória 
nos seguintes temas:
- instituição de empréstimos compulsórios: art. 148, CF;
- criação de impostos residuais: art. 154, I, CF.
Mas você deve estar se perguntando: qual o precedimento para se aprovar uma LC? A LC, para 
ser aprovada, exige um quórum qualificado (votação específica). De acordo com o art. 69, CF, para ser 
aprovada uma lei complementar será necessária uma votação de maioria absoluta, o que significa que 
50% + 1 da totalidade dos integrantes das duas casas legislativas deverão concordar com o texto de lei 
e votar favoravelmente a sua aprovação.
— Lei Ordinária
Todas as demais matérias, que não as citadas anteriormente, serão de competência da Lei Ordinária 
regulamentar.
A Lei Ordinária é elaborada pelos Poderes Legislativos das unidades políticas (União, Estados, Distrito 
Federal e Municípios) de conformidade com a competência material outorgada pelo Constituinte.
São as LOs que instituem os tributos (existem exceções em que a LC institui, por exemplo, caso dos 
empréstimos compulsórios).
E como são aprovadas as LOs? Sua aprovação exige maioria simples, ou seja, necessita de uma 
votação de 50% +1 dos votos dos presentes na sessão ordinária legislativa.
―— Leis Delegadas
São elaboradas pelo Presidente da República, o qual deverá solicitar a delegação ao Congresso 
Nacional.
No Direito Tributário, a LD não é considerada fonte, pois não são objetos de delegação os atos de 
competência exclusiva do Congresso Nacional e matéria reservada à LC – art. 68, § 1º, CF.
— Decreto Legislativo – art. 49, I, CF 
Os tratados, as convenções e os atos internacionais, firmados pelo Presidente da República, 
devem ser submetidos à apreciação do Congresso Nacional, o qual se pronunciará mediante 
decreto legislativo.
Também é por meio de decreto legislativo que o Congresso Nacional dispõe sobre os efeitos da 
medida provisória rejeitada, quando de sua vigência temporária.
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Procedimento legislativo: a matéria deve ser discutida e aprovada nas duas casas, e caberá ao 
presidente do Senado promulgar o decreto legislativo se aprovado.
— Medida Provisória
Prevista no art. 62 da CF: 
Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar 
Medidas Provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao 
Congresso Nacional.
Esse texto foi adotado após a Emenda Constitucional 32/2001 – anteriormente, as MPs 
tinham validade de 30 dias, podendo ser prorrogadas inúmeras vezes, o que acarretava sua 
eterna manutenção, sem a aprovação do Congresso Nacional. Essa é a razão de a antiga CPMF 
ter sido prorrogada inúmeras vezes por meio de Medida Provisória. Hoje essa atitude seria 
impossível.
Atualmente, a MP tem validade a partir da publicação, devendo ser convertida em lei no prazo 
máximo de 120 dias, caso contrário perde sua validade.
 Lembrete
Esse prazo fica suspenso durante os recessos parlamentares.
Pergunta-se: é possível instituir ou majorar impostos por meio de Medida Provisória?
Infelizmente, a resposta é sim, e o fundamento legal encontra-se no parágrafo 2º do art. 62, da CF. 
Vejamos:
Medida Provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto 
II, IE, IPI, IOF, impostos extraordinários por motivo de guerra – só produzirá 
efeitos no exercício financeiro seguinte, isto se houver sido convertida em 
lei até o último dia do ano em que foi editada.
Isso significa que é possível que o Presidente da República majore, por exemplo, o Imposto de 
Importação por meio de MP, publique-a e no dia seguinte esteja refletindo seus efeitos no mundo 
jurídico.
Vimos no parágrafo anterior uma alusão ao princípio da anterioridade genérica, o qual iremos 
comentar nos próximos itens.
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Direito tributário
 observação
MP não pode tratar de matérias de competência de LC.
A MP é comparada à LO, e é por isso que pode instituir impostos, desde que haja relevância e urgência.
 Lembrete
O STF entende que os requisitos de relevância e urgência para edição de 
MP são de apreciação discricionária do Poder Executivo, salvo em casos de 
excesso de poder, que o Judiciário poderá examinar. 
— Resoluções
As resoluções que importam ao Direito Tributário são as do Senado Federal, uma vez que tratam das 
alíquotas mínimas e máximas de determinados impostos. O Senado Federal também poderá, mediante 
resoluções, estabelecer as alíquotas interestaduais do ICMS e de exportação de mercadorias para o 
exterior.
Art. 155, § 2º, V, CF: “Quórum de aprovação: Para aprovação de resoluções exige-se maioria absoluta 
dos membros do Senado”.
1.5.2 Fontes formais secundárias 
São de menor importância, visto que têm a função de viabilizar os comandos das fontes primárias.
Mas quais seriam as fontes formais secundárias? São elas:
• Decretos e regulamentos – expedidos pelo chefe do Executivo (Presidente, Governador e 
Prefeito) para fiel execução das leis – art. 84, IV, CF. 
Visam regulamentar as disposições contidas na lei.
Excepcionalmente, a Constituição confere ao Poder Executivo poderes para alterar alíquotas dos 
impostos (II, IE, IOF, IPI); porém, a lei deve prever.
• Instruções Ministeriais: art. 87, II, CF – são atos normativos expedidos pelos ministérios relativos 
à matéria que lhes cabe. O fim destas é garantir a execução das leis.
• Circulares, ordens de serviço e outros: são emitidos pelos chefes de departamento, mesma 
finalidade.
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• Normas complementares: art. 100, CTN – são aquelas, por exemplo, expedidas pelos departamentos 
administrativos dos poderes públicos. Têm por finalidade estabelecer entendimentos ou 
procedimentos acerca de matéria tributária.
 Saiba mais
Sobre o tema, leia o seguinte texto:
NOVAES, P. L. P. A Lei complementar e sua aplicabilidade no sistema 
tributário constitucional brasileiro. In: Anais do XVIII Encontro Nacional do 
Conpedi. Florianópolis: Fundação Boiteux, 2009. Disponível em: <http://
www.conpedi.org.br/anais/36/09_1422.pdf>.
Exemplo de aplicação
Conforme os conceitos estudados até aqui, analise e responda às questões a seguir:
1) Qual matéria deverá ser tratada por Lei Complementar?
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2) Qual matéria deverá ser tratada por Lei Ordinária?
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______________________________________________________________________________
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________________________________________________________________________________
3) Qual o quórum de aprovação da Lei Complementar e da Lei Ordinária?
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Direito tributário
4) É possível alterar as alíquotas dos Impostos de Importação e de Exportação por meio de decreto?
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Respostas
1) A Lei Complementar é um ato normativo que tem por função específica complementar normas 
de eficácia limitada da Constituição Federal, pois esta é posterior à regulamentação, elas carecem 
de aplicação. Ainda, o artigo 146, da CF, estabelece as matérias que deverão ser tratadas por meio 
de LC.
 observação
Quando for necessário regulamentar uma matéria por intermédio de 
LC, a Constituição faz tal exigência expressamente. Se ela nada determinar, 
será o caso de lei ordinária.
2) Todas as demais matérias que não de competência da Lei Complementar deverão ser tratadas por 
Lei Ordinária. A Lei Ordinária é a regra, sendo a Lei Complementar a exceção.
3) Para aprovar Lei Complementar, exige-se um quórum de maioria absoluta, ou seja, 50% + 
1 do total dos membros do Congresso Nacional. Para aprovar a Lei Ordinária, exige-se um 
quórum de maioria simples, ou seja, 50% + 1 dos presentes em sessão ordinária do Congresso 
Nacional.
4) A regra geral é que somente a lei pode alterar os tributos, inclusive com relação às alíquotas; 
porém, no caso dos Impostos de Importação e de Exportação, será possível alterar as alíquotas 
mediante decreto, que é ato exclusivo do Poder Executivo, uma vez que esses impostos têm 
finalidade de regular o câmbio, assim precisam ser alterados com maior facilidade.
1.6 Vigência, eficácia e aplicação da legislação tributária
Você deve estar se perguntando: o que são vigência, eficácia e aplicação da legislação tributária?
Vigência é termo jurídico que expressa a existência da lei tributária. Com a publicação, fixa-se a 
existência da lei e identifica-se sua vigência.
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Eficácia da lei é a capacidade de irradiar efeitos jurídicos. Com a eficácia, ela reúne condições de 
ser aplicada aos casos práticos.
Aplicação da lei significa que a eficácia, que no primeiro instante surge com sua potencialidade 
contida, passa a irradiar seus efeitos jurídicos, em virtude da superveniência de um fato tributário, 
gerador da obrigação principal ou acessória.
Exemplo de aplicação
Analise as questões práticas a seguir:
Vamos trabalhar alguns exemplos?
Caso 1: a Lei X, publicada em 8/12/98, diz que quem auferir renda deverá pagar Y% de imposto 
de renda; nesse caso, Pedro não auferiu renda. Pergunta-se: quando se inicia a vigência e a eficácia da 
norma? E essa nova disposição, será aplicada ao caso concreto?
• a Lei era vigente (existia) em 8/12/98, com a publicação;
• a eficácia depende da aplicação do princípio da anterioridade genérica – só terá eficácia em 1/1/99;
• a nova Lei não é aplicável a Pedro, porque este não realizou o fato gerador descrito na norma “auferir renda”.
Caso 2: a Lei Z, publicada em 3/4/99, aumenta a alíquota do IPI. Esta diz que a Lei entra em vigor 
na data de sua publicação. Pergunta-se: quando se inicia a vigência e a eficácia da norma? E essa nova 
disposição, será aplicada ao caso concreto?
• a Lei era vigente a partir de 3/4/99;
• é eficaz após 90 dias da data da publicação, em respeito ao princípio da anterioridade nonagesinal;
• será aplicável sempre que ocorrer o fato gerador do IPI – de acordo com o art. 46, CTN, são 
fatos geradores do IPI: o seu desembaraço aduaneiro, quando de procedência estrangeira; a sua 
saída de estabelecimentos indústriais; na sua arrematação, quando apreendido ou abandonado e 
levado a leilão.
1.6.1 Vigência das normas quanto ao tempo
A partir de quando a lei entra em vigor?
Com relação à entradaem vigor de norma tributária, temos as seguintes opções:
• a própria lei pode apontar a data em que entra em vigor;
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• a lei pode determinar que entra em vigor a partir da publicação;
• se nada falar, entende-se que entra em vigor 45 dias após sua publicação – vacatio legis;
• no exterior (embaixadas, aeronaves, embarcações), entra em vigor três meses após sua publicação.
Agora vamos ver outras particularidades do art. 2º, LINDB:
• a vigência de uma lei pode ser temporária, se houver previsão na própria lei;
• se a lei não tiver disposição que tem vigência temporária, estará em vigor até que outra a revogue 
ou modifique;
• lei posterior revoga lei anterior, quando:
— expressamente a declare;
— seja com ela incompatível;
— regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior.
1.6.2 Vigência da norma quanto ao espaço
Pense: onde a lei tributária será aplicada?
Art. 1o, LICC: “Salvo disposição em contrário, a lei começa a vigorar em todo país (território nacional)”.
 Lembrete
Vale para todos aqueles que estão em território nacional, sejam 
brasileiros ou estrangeiros.
Art. 1º, § 1º: Nos estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia 
três meses depois de oficialmente publicada.
 observação
Abre a possibilidade de entrar em vigor também no estrangeiro.
1.7 Aplicação da legislação tributária
Vamos nos dedicar a saber quando se daria a aplicação da legislação tributária.
Art. 105, CTN: “A legislação tributária aplica-se imediatamente aos fatos geradores futuros e aos 
pendentes, assim entendidos aqueles cuja ocorrência tenha tido início, mas não esteja completa”. 
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Regra geral: as leis dispõem para o futuro; regulam fatos que irão ocorrer.
Agora, com relação aos fatos geradores já ocorridos, deve-se aplicar a legislação da época. Os 
ocorridos anteriores à vigência da lei nova regem-se não por ela mas pela lei vigente ao tempo em que 
tais fatos geradores foram praticados.
E quanto aos fatos pendentes? Quando a lei cita os fatos pendentes, está se referindo às questões 
judiciais que pendem de decisão final. Se for o caso, será possível aplicar a legislação nova, desde que 
em benefício do réu.
1.8 Interpretação da legislação tributária
Interpretar uma lei é buscar seu verdadeiro sentido, conhecer qual era a intenção do legislador ao 
escrever aquele texto.
Vários são os métodos de interpretação que são aplicados de forma regular a todas as áreas do 
direito. São eles:
a) Gramatical ou literal: interpretação literal da norma (sentido etimológico e a gramática).
O art. 111, do Código Tributário Nacional, determina: interpreta-se literalmente a legislação tributária 
que disponha sobre:
I. suspensão ou exclusão de crédito tributário;
II. outorga de isenção;
III. dispensa do cumprimento de obrigação tributária acessória.
Ou seja, sempre que a lei estiver prevendo uma desoneração do contribuinte, esta deverá ser 
interpretada literalmente, nada além disso.
b) Lógica/sistemática: interpretar um texto legal em coerência com todo ordenamento jurídico, 
não de forma isolada.
c) Histórico: leva em consideração as circunstâncias ocasionais da época em que a lei foi elaborada.
Exemplo: a imunidade de impostos conferida ao papel destinado à impressão de livros também 
deve ser concedida aos CDs que servem para o mesmo fim. Na época, o legislador constituinte 
não tinha condições de prever o incremento dessa tecnologia, mas hoje não teria cabimento não 
conceder igual isenção, visto que ambos os materiais têm a mesma finalidade.
d) Teleológica: leva em consideração os fins que a lei queira atingir. Na época da interpretação, deve 
ser considerado o fim que a norma pretendia.
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No Direito Tributário, existem regras específicas acerca de como interpretar textos de lei. Vejamos:
• art. 111 – interpretação literal (já comentada);
• art. 112 – interpretação mais favorável, em caso de dúvida, ao sujeito passivo/acusado.
1.9 Integração da legislação tributária 
Vamos partir agora para a integração da legislação tributária. O que vem a ser integração?
Integrar tem o sentido de completar. O intérprete fica autorizado a suprir lacunas por meio da 
utilização de técnicas jurídicas.
Art. 4º, LICC: Quando a lei for omissa o juiz decidirá de acordo com a analogia, os costumes e os 
princípios gerais do direito. 
Art. 108, CTN: Na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a legislação 
tributária utilizará, sucessivamente, na ordem indicada:
I. a analogia;
II. os princípios gerais do Direito Tributário;
III. os princípios gerais do Direito Público;
IV. a equidade.
Mas qual o significado e em que consistem a analogia, os princípios gerais do Direito Tributário e os 
princípios gerais do Direito Público e da equidade?
Analogia: significa aplicar o entendimento dado a um determinado caso anteriormente julgado, 
desde que este seja semelhante ao caso em tela. A analogia somente será utilizada se não houver 
disposição legal expressa para solucionar esse conflito judicial.
Princípios do Direito Tributário: legalidade, igualdade, capacidade contributiva, imunidade, 
proibição do confisco e da bitributação, da segurança jurídica etc.
Princípios gerais do Direito Público: outros princípios gerais de todas as áreas do Direito Público. 
Exemplo: impessoalidade, moralidade, eficiência, publicidade, irretroatividade das leis, entre outros.
Equidade: critério de justiça. A equidade não pode ser utilizada para dispensa de pagamento de 
tributo devido. Somente será utilizada em último caso, e desde que a lei permita julgar baseado em 
critérios de equidade.
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1.10 Princípios – limitações ao poder de tributar
Os princípios, juntamente com as competências tributárias, limitam o poder de tributar dos 
entes políticos na medida em que apontam como deve ser exercida a competência tributária. 
Pense: primeiramente, o que são princípios? E quais seriam os princípios que limitam o poder de 
tributar?
1.10.1 Princípios – Definição
Sentido etimológico – vem do latim principium, significa começo, origem. Cientificamente, significa 
que são os alicerces sobre os quais se constroem um sistema, o que conduz à conclusão de que uma 
ofensa a um princípio representa uma agressão ao próprio sistema.
Podemos dizer que os princípios jurídicos são normas de maior hierarquia, autênticas sobrenormas 
que orientam a interpretação e a aplicação das demais, sinalizando seu alcance e sentido.
1.10.2 Princípios gerais com repercussão no âmbito tributário 
Vamos ver agora os princípios específicos do Direito Tributário.
a) Princípio da isonomia
A CF preceitua este no art. 5º, caput, que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer 
natureza.
A igualdade pode ser entendida em dupla acepção.
Sentido material: significa o desejável tratamento equânime de todos os homens, proporcionando-lhes 
idêntico acesso aos bens da vida. Esta jamais foi alcançada.
Sentido formal: significa que todos são iguais perante a lei. Porém, esse princípio permite tratar os 
iguais igualmente e os desiguais desigualmente.
O princípio da igualdade autoriza o estabelecimento de discriminações, por meio das quais se 
viabiliza seu atendimento, em busca da realização da justiça.
b) Princípio republicano 
O art. 1º, CF, proclama ser o Brasil uma República. República é forma de governo, fundada na 
igualdade formal das pessoas. 
Esse princípio se apoia nas ideias de certeza e igualdade e também evoca o respeito à capacidade 
contributiva dos cidadãos, diretriz moduladorada exigência de impostos.
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c) Princípio federativo
Expresso no art. 1º, da CF: “a República Federativa do Brasil [...]”; neste, temos a seguinte ideia: 
vivemos numa federação. Federação é forma de Estado, que significa dizer como será o poder distribuído 
num mesmo território. 
Daí dizer que o legislador constituinte optou pela forma de federação. Dessa forma, todos os entes 
políticos (U-E-DF-M) têm autonomia para criar suas leis, escolher seus representantes.
Podemos usar esse princípio no Direito Tributário, uma vez que ele garante uma isonomia entre 
os entes politicos; assim todos terão suas competências tributárias estabelecidas, evitando uma 
guerra fiscal.
d) Supremacia do interesse público sobre o privado 
Este predica que a atuação do Estado somente pode voltar-se ao alcance de resultados de interesse 
público, e, na hipótese de eventual conflito entre interesse coletivo e interesse particular, a prevalência 
será sempre do interesse coletivo.
Na seara tributária, a supremacia do interesse público sobre o particular pode ser traduzida, 
singelamente, na convivência harmônica entre a adequada realização da arrecadação fiscal e o respeito 
aos direitos dos contribuintes.
1.10.3 Princípios específicos do Direito Tributário
Você já pensou em que consiste a capacidade econômica do contribuinte? Quem será que tem 
capacidade econômica para contribuir?
a) Capacidade econômica – art. 145, § 1º, CF
Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados 
segundo a capacidade econômica do contribuinte […].
Os tributos devem respeitar a capacidade econômico-financeira do contribuinte. Embora o dispositivo 
constitucional se refira apenas a impostos, a doutrina e a jurisprudência o interpretam de forma mais 
ampla, abrangendo todos os tributos. 
O mesmo dispositivo utiliza o termo se possível, que é interpretado da seguinte forma: os chamados 
impostos reais que incidem sobre o patrimônio não devem utilizar esse princípio cuja aplicação não seja 
adequada.
Exemplo: as alíquotas aplicadas no pagamento do Imposto de Renda – IR (quem ganha mais paga 
mais, e quem ganha menos paga menos); o pagamento diferenciado para o pagamento de taxa de água 
– paga mais quem consome mais.
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O conceito de capacidade contributiva pode ser definido como a aptidão da pessoa colocada na 
posição de destinatário legal tributário, para suportar carga tributária, numa obrigação cujo objeto é o 
pagamento de imposto, sem perecimento da riqueza lastreadora da tributação.
b) Princípio da legalidade tributária – art. 150, I, CF; art. 97, CTN: 
Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à 
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I – exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça.
A instituição ou majoração dos tributos exige lei em sentido formal. 
Acresce-se que, no parágrafo 6º, fica reforçada a ideia de legalidade, estatuindo a exigência de lei específica.
§ 6º: qualquer subsídio ou isenção, redução da base de cálculo, concessão 
de crédito presumido [...] relativos a impostos, taxas ou contribuições, só 
poderá ser concedido mediante lei federal, estadual ou municipal, que 
regule exclusivamente as matérias [...].
Da mesma forma, em regra, a majoração das alíquotas. Todavia, quanto às alíquotas, existem as 
seguintes exceções, isto é, podem ser majoradas por ato do chefe do Poder Executivo: II, IE, IPI, IOF 
e Cide sobre a importação de petróleo, álcool e gás, sendo que, nesse último caso, pode-se reduzir e 
reestabelecer a alíquota por meio de decreto.
Acredita-se que não se trata de exceção, mas sim de mitigação do princípio em homenagem à noção 
de praticidade. Mas qual a finalidade dessas majorações?
Sabemos que tais impostos têm finalidade extrafiscal, ou seja, têm potencialidade para regular o 
comércio exterior, a indústria nacional e o mercado financeiro. Desse modo, demandam agilidade na 
modificação da intensidade de sua imposição, que estaria comprometida caso obrigatória a edição de 
lei para viabilizá-la.
Você já se perguntou como se dá a instituição ou majoração de um imposto? Para que haja a 
instituição ou majoração de um imposto, deve haver ato do Legislativo – normalmente, por meio de LO 
ou LC, mas pode ocorrer por MP e decreto, dependendo da urgência e interesse público relevante.
c) Princípio da isonomia ou igualdade tributária – Art. 150, II, CF: 
É vedado:
II – instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em 
situações equivalentes, proibida qualquer distinção em razão de ocupação 
profissional ou função […].
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Devem-se tratar igualmente os contribuintes que estão em situação equivalente, independentemente 
de sua profissão ou função. Por exemplo, todos os empregados que recebem mensalmente até R$ 
1.499,00 de salário estão isentos de pagar Imposto de Renda; agora os que recebem R$ 2.000,00 por 
mês deverão recolher na fonte uma alíquota de 7,5% sobre seu salário.
d) Princípio da irretroatividade – art. 150, III-A, CF; art. 105, CTN: 
É vedado cobrar tributos: “em relação a fatos geradores ocorridos antes da 
vigência da lei que os houver instituído ou majorado [...]”.
Significa dizer que não se aplica lei nova a fatos geradores pretéritos. A lei é editada para regular 
situações futuras. Mas você já se perguntou se existe exceção a essa regra? A resposta ao seu 
questionamento é a seguinte: sim, existe.
Exceções: art. 106, CTN – a lei retroagirá para fins de:
• interpretação;
• extinguir ou reduzir a penalidade de situações jurídicas pendentes de decisão judicial definitiva.
e) Princípio da anterioridade genérica – art. 150, III-B, CF:
É vedado cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os 
instituiu ou aumentou.
Em regra, tributo instituído ou majorado não pode ser exigido no mesmo exercício financeiro (ano civil) 
em que foi publicada a lei. Isso quer dizer que a lei que institui ou majora determinado imposto deve ser 
publicada num exercício financeiro e somente passará a ter eficácia no próximo exercício financeiro.
Novamente, pergunte-se: existe exceção a essa regra? Sim, existe.
Exceções: IPI, IOF, II, IE – art. 153, I, II, IV, V; Impostos Extraordinários – art. 148, I e 154, II.
f) Princípio da anterioridade nonagesinal – art. 150, III-C, CF:
É vedado cobrar tributos antes de decorrido 90 dias da data em que haja sido publicada a lei que os 
instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea “b”;
Deve ser aplicada de forma conjunta com a anterioridade genérica e veda a cobrança de tributo 
criado ou majorado antes de transcorrido os 90 dias da publicação da lei. E quais seriam as exceções à 
anterioridade nonagesinal?
Exceção à anterioridade nonagesinal: todos os já citados, excluindo o IPI e incluindo o IR e a base de 
cálculo do IPTU e do IPVA.
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As duas modalidades de anterioridade se entrecruzam, ampliando a proteção aos contribuintes. Quer dizer 
que, no mínimo, o contribuinte terá 90 dias para se preparar para nova exação, podendo o prazo ser bem maior, 
caso a lei veiculadora da nova exigência fiscal seja publicada no início do exercício financeiro (EC 42/2003).
g) Princípio do não confisco – art. 150, IV, CF: 
É vedado utilizar tributo com efeito de confisco.
Você deve estar se perguntando: qual o fim desse princípio? Ele visa a concretizar o direito de 
propriedade, pois a cobrança dos tributos não pode infringir esse direito fundamental.
O confisco é a absorção total ou substancial da propriedade privada pelo Poder Públicosem a 
correspondente indenização. Em nosso ordenamento jurídico, diante da grande proteção conferida 
ao direito de propriedade3, o confisco é medida de caráter sancionatório, sendo admitida apenas 
excepcionalmente. Exemplo: confisco de glebas de terras utilizadas em culturas de substâncias ilegais. 
Pense. Será que já houve manifestação do Poder Judiciário a respeito de referido princípio? STF – 
tem declarado inconstitucional penas elevadas, pois entende que ofendem o princípio do não confisco.
ADI-MC 1.075-DF – tributação confiscatória – multa de 300% – inconstitucionalidade.
RE 239.964-4-RS – IPI – multa moratória de 20% – razoabilidade.
Mas pode o Poder Judiciário reduzir multa administrativa-tributária com fundamento nesse princípio? 
Embora multa não tenha natureza jurídica de tributo, a jurisprudência tem aceitado a redução 
com fundamento no direito de propriedade e de livre iniciativa. Uma multa abusiva pode inviabilizar a 
empresa, e há pelo menos um precedente do STF nesse sentido, que se trata de uma lei do ICMS do RJ 
que prevê multa de 300% em uma determinada situação.
h) Princípio da não cumulatividade: 
Esse princípio é aplicado ao IPI – art. 153, § 3º, II; ao ICMS – art. 155, § 2º, I; e também à Cofins – art. 195, § 12, CF.
Deve-se compensar o que for devido em cada operação com o que foi pago nas etapas anteriores da 
produção. A cobrança se efetiva por meio de um sistema de créditos e débitos, nos quais a entrada do 
produto gera um crédito e a saída econômica, isto é, a venda, gera um débito. Após determinado período 
previsto em lei, temos a apuração do débito menos crédito.
Exemplo: B adquire insumos de A, credita-se do IPI que A lhe cobrou (10), industrializa e vende o 
produto a C, debitando-se do IPI devido (30), e recolhe o saldo de 20.
3 COSTA, R. H. Contribuição Previdenciária dos servidores públicos federais.
Inconstitucionalidade da Lei 9.783/99. Revista do Tribunal Regional Federal da 3ª Região. São Paulo.
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i) Princípio da progressividade de alíquotas:
Segundo o STF, só é possível a progressividade das alíquotas nos impostos se for expressamente 
autorizada pela CF (é o caso dos seguintes impostos: IPTU, IR e ITR).
j) Princípio da uniformidade geográfica – art. 151, I, CF: 
É vedado à União:
I- Instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou 
que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao DF ou ao 
Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais 
destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico 
entre as diferentes regiões do País.
A União, por meio da cobrança de seus tributos, não pode prejudicar ou privilegiar qualquer ente 
federativo, salvo na hipótese de incentivos fiscais. 
Exemplo: Zona Franca de Manaus.
A norma reforça a diretriz maior da isonomia.
 Saiba mais
Sobre o tema, leia o seguinte texto:
CASTRO, A. A. de; RIBEIRO, M. de F. Princípios constitucionais tributários, 
imunidades e isenções e as limitações ao poder de tributar. In: SILVEIRA, V. O. da; 
ROVER, A. J. (Coord.). Direito tributário. Florianópolis: Funjab, 2012. p. 355-385. 
Disponível em: <http://www.publicadireito.com.br/publicacao/livro.php?gt=71>. 
Exemplo de aplicação
Leia e reflita: 
Governo prorroga IPI reduzido para veículos até junho4
São Paulo – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou hoje a prorrogação da redução do 
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos novos por mais três meses. A medida valerá 
agora até 30 de junho.
4 Disponível em: <http://www.estadao.com.br/noticias/economia,governo-prorroga-ipi-reduzido-para-veiculos-ate-
junho,347141,0.htm>. Acesso em: 4 mai. 2012.
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Com isso, a alíquota do IPI, que era de 7% para carros 1.0, permanecerá isenta. Para modelos 1.4 até 
2.0, ficará em 5,5% para motores flex e 6,5% para a gasolina, metade da alíquota normal. Com o novo 
imposto, os preços dos carros caem em média de 5% a 7%. 
Com base no texto e na teoria apresentada, responda:
1) É possível diminuir a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI, e essa diminuição 
da alíquota surtir efeitos imediatos na vida prática?
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
2) Se o inverso ocorresse, ou seja, se o governo decidisse aumentar a alíquota, será que seus efeitos 
também seriam imediatos?
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
3) O que você entende por princípio da anterioridade genérica e princípio da anterioridade 
nonagesimal? Será que esses princípios são aplicados em face do IPI?
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Respostas
1) Sim, é possível diminuir as alíquotas do IPI e, após a publicação da lei ou decreto, a matéria passa 
a ter efeitos imediatos.
2) Agora, se o governo aumentar as alíquotas do IPI, seja por lei ou decreto, será respeitado um prazo 
de 90 dias a contar da publicação dela. Ou seja, só passa a ter eficácia 90 dias após a publicação.
3) Princípio da anterioridade genérica significa que uma lei que institui ou modifica um tributo 
deverá ser publicada num exercício financeiro e seus efeitos iniciam a partir do próximo exercício. 
Princípio da anterioridade nonagesinal determina que a lei publicada, por exemplo, em 1/1/2010, 
terá seus efeitos a partir de 1/4/2010 – 90 dias após a publicação.
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Direito tributário
2 CoMPeTênCIA TrIBuTÁrIA
Você já parou para pensar a respeito do rigor que norteia as relações originadas pelo Direito 
Tributário? Pois bem, mais uma vez estamos diante de regulamentações que devem, obrigatoriamente, 
ser cumpridas, sob a pena de as relações jurídicas perecerem de vícios que não as deixaram existir.
É desse modo com a competência tributária. Sabemos que a federação brasileira é constituída 
pela União, estados-membros, Distrito Federal e municípios, e não é possível que qualquer um 
deles, de forma indiscriminada, institua tributos, pois se deve respeitar o que é disposto em nossa 
Constituição Federal, na qual consta a disciplina da competência tributária.
Assim, a competência tributária é o poder que a Constituição Federal atribui a um determinado ente 
político para que este institua um tributo, descrevendo, então, em instrumento legislativo próprio, todos 
os elementos necessários para o seu cálculo, sua cobrança e fiscalização, ou seja, determinação de sua 
hipótese de incidência, seu sujeito ativo e passivo da relação, sua base de cálculo e sua alíquota.
Em caso de não estar expressamente contida na Constituição Federal, a tributação caberá à União 
Federal e a instituição dos tributos.
Por fim, conclui que se trata da aptidão constitucional para a instituição de tributos. 
Em uma federação, principalmente a Federação Brasileira,que tem por peculiaridade a divisão em 
quatro entes diferentes, o constituinte procurou detalhar a competência para a instituição e legislação 
sobre tributos, visando a garantir autonomia desses entes, pois, sem recursos financeiros, a autonomia dos 
entes federativos é apenas retórica. No mais, a ideia era evitar o máximo possível a chamada guerra fiscal.
Vale lembrar que a CF não cria tributos, mas autoriza a sua instituição, geralmente por meio de lei 
ordinária. Você já pensou em como se daria essa instituição?
Existem quatro tipos de competência:
1. privativas;
2. residuais;
3. comuns;
4. extraordinária. 
E os critérios para partilha, como se darão?
a) quando existe específica prestação estatal, sendo o ente competente aquele que efetivar a 
prestação (taxa e contribuição de melhoria);
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b) quando não há uma prestação específica por parte do ente federativo; nessas hipóteses, 
que abarcam os impostos, a competência se define a partir de determinada materialidade 
econômica.
• Competências privativas
Consiste em reserva, exclusividade, outorga constitucional de competência tributária exclusivamente 
a determinado ente para instituição de tributo específico, que poderá ser exigido dentro de sua 
competência territorial.
— Competências privativas da União
- impostos: IOF, II, IE, ITR, IR, IPI, IGF, Impostos Extraordinários; art. 153 e 154, II, da CF;
- contribuições sociais: contribuição de interesse das categorias profissionais e Cide (Contribuição 
de Intervenção no Domínio Econômico) – art. 149, CF; 
- empréstimos compulsórios: art. 148, CF.
— Competências privativas dos Estados
ICMS, IPVA, ITCMD (Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doações), art. 155, CF.
— Competências privativas municipais
ISS, IPTU, ITBI (Imposto de Transmissão Intervivos, a qualquer título, de bens imóveis).
Distrito Federal – tendo em vista que a CF proíbe a sua divisão em municípios, sua competência 
abrangerá todos os tributos de competência privativa dos estados e municípios. 
• Competência residual – União Federal; art. 154, I, CF
Consiste na outorga constitucional à União para que, desejando, crie novos impostos não previstos 
no texto constitucional originalmente, os quais deverão, por sua vez, observar as regras e condições 
impostas para sua instituição e cobrança.
E quais os requisitos da competência residual? São eles:
— competência da União;
— aplica-se exclusivamente a impostos;
— instituição por meio de Lei Complementar;
— não poderão ser cumulativos;
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Direito tributário
— não podem ter fato gerador de outros impostos;
— não podem ter base de cálculo de outros impostos.
• Competência extraordinária – União: art. 154, II, CF
Em caso de guerra ou em sua iminência, é permitido à União instituir imposto extraordinário de 
guerra, que pode ter fato gerador próprio dos seus tributos. Exemplo: imposto extraordinário sobre 
produtos industrializados, ou ainda é permitido utilizar fato gerador de imposto que não é de sua 
competência. 
Nesse caso, imagine outro exemplo: a prefeitura cobra o IPTU e a União também poderá cobrar 
o Imposto Extraordinário sobre a propriedade de bens imóveis urbanos. Ambos irão conviver 
pacificamente.
Importante: Esse imposto deverá ser suprimido gradativamente depois de cessadas as causas de sua 
criação.
Art. 76, CTN – Estabelece que o Imposto Extraordinário deve ser suprimido totalmente no prazo 
máximo de cinco anos, a contar da celebração da paz.
• Competência comum
Designa que não existe exclusividade de competência, podendo ser instituída por qualquer dos entes 
da federação, desde que haja uma contraprestação específica.
O ente que prestar o serviço poderá cobrar por ele. É o caso das taxas, contribuições de melhoria.
Você já se perguntou se existem princípios no CTN que exemplificam a competência comum? Pois 
bem, a resposta é: sim, existem. Veja a seguir os artigos do CTN a esse respeito:
Art. 7º, CTN – Princípio da indelegabilidade da competência: não há previsão no ordenamento 
brasileiro para que um ente federativo transfira sua competência constitucional para outro ente. Mesmo 
eventual alteração constitucional seria provavelmente declarada inconstitucional pelo STF, pois estamos 
tratando da federação brasileira, que é cláusula pétrea.
Art. 8º, CTN – Princípio da não caducidade: não há prazo para a instituição de tributo, isto é, o ente 
federativo poderá instituí-lo a qualquer tempo.
2.1 Diferença entre competência e capaciadade tributária
Antes de darmos continuidade à nossa disciplina, precisamos saber a diferença entre competência 
e capacidade tributária. Você já se perguntou a respeito de tal diferença? Ela existe? Vamos tratar desse 
assunto agora.
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Se competência é aptidão jurídica para instituir tributos, a capacidade é aptidão para cobrá-lo e/
ou fiscalizá-lo.
A competência é indelegável, mas a capacidade é passível de delegação. Exemplo: até recentemente, 
por meio de delegação, o INSS fiscalizava e cobrava as contribuições previdenciárias incidentes sobre a 
folha de salários. 
Outro exemplo, previsto na CF, é o ITR, cuja competência de instituição é da União, mas a cobrança 
e a fiscalização poderão ser transferidas para o município onde se encontram os bens.
 Lembrete
As competências tributárias são a faculdade de instituir tributos na 
sociedade quando há previsão constitucional, não podendo ser delegadas. 
As competências podem ser privativas, ou seja, de cada um dos entes 
tributantes, ou comum, que consiste na possibilidade de todos os entes 
federativos tributarem.
 Saiba mais
Sobre o tema, leia o seguinte texto:
BRANCO, L. G. F. de A. Sistema Constitucional Tributário: a competência 
tributária para instituição das contribuições sociais e as modificações 
introduzidas na Lei 8.212/91 pela Lei 11.941/09. In: Anais do XX Encontro 
Nacional do Conpedi. Florianópolis: Fundação Boiteux, 2011, p. 6927-6946. 
Disponível em: <http://www.conpedi.org.br/anais/XXcongresso/Integra.pdf>. 
3 TrIBuToS – noçÕeS BÁSICAS
Ao pensarmos em Direito Tributário, pensamos naturalmente em tributos. Não conseguimos dissociar 
um de outro. E você, já se perguntou qual o conceito de tributo?
Conceito de tributo: art. 3o, CTN
Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo 
valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, 
instituída em lei e obrada mediante atividade administrativa plenamente 
vinculada5.
5 Disponível em: <http://www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/codtributnaci/ctn.htm>. Acesso em: 7 mai. 2012.
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Direito tributário
Agora, sinta-se convidado para que, juntos, possamos proceder à análise dos termos que constam 
da definição de tributo. Vamos lá!
Prestação pecuniária: é uma obrigação que pode ser exigida em moeda ou em valor que nela possa 
exprimir-se (dação em pagamento em bens imóveis ou títulos da dívida pública ou da dívida agrária).
Compulsória: obrigatória, porque nasce por força de lei e não por vontade das partes. Não existe 
faculdade em pagar o tributo. Ele é imposto por lei.
Que não constitua sanção de ato ilícito: porque se decorrer de ato ilícito, por exemplo, o 
descumprimento de obrigação, tratar-se-á de penalidade, e não de tributo. O tributo decorre de lei, ou 
seja, uma vez ocorrido o fato gerador, incide o tributo.
Exemplo: venda de armas ou prostituição – auferiu renda – IR, não importando a ilicitude da 
atividade, importa o fato gerador. 
Instituída em lei: observância do princípio da legalidade. Deve existir lei descrevendo o fato gerador, 
o contribuinte, a base de cálculo, a alíquota etc.Caso contrário, não poderá ser cobrado.
Atividade administrativa plenamente vinculada – art. 142, CTN: 
Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito 
tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento tendente 
a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, 
determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, 
identificar o sujeito passivo e, sendo o caso, aplicar penalidade. 
Parágrafo único: A atividade administrativa de lançamento é vinculada e 
obrigatória, sob pena de responsabilização funcional6.
Classificação dos tributos
Vejamos como a doutrina classifica os tributos:
a) Quanto à competência impositiva: podem ser federais, estaduais, distritais ou municipais.
b) Quanto à vinculação da atividade do Estado:
• Vinculados: a arrecadação é destinada a um fim específico. Exemplo: contribuição de melhoria 
– construção de uma obra pública, ou taxa por um serviço público. São tributos vinculados: 
contribuição de melhoria e taxas.
• Não vinculados: arrecadação não possui destinação específica. Servem para fazer frente às 
necessidades da coletividade. Exemplo: impostos.
6 Disponível em: <http://www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/codtributnaci/ctn.htm>. Acesso em: 7 mai. 2012.
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c) Quanto à função:
• Fiscais: Estado arrecada valores para o bem geral da coletividade. A finalidade é a arrecadação de 
receitas públicas.
• Extrafiscais: o objetivo é a interferência no domínio econômico, mas também para restringir certas 
condutas das pessoas, como de atividades nocivas. Exemplo: tributo com alíquotas mais pesadas, 
como cigarro, bebidas alcoolicas etc.
• Parafiscais: tributos vinculados à satisfação de certas situações que não são características do 
Estado. Exemplo: contribuições sociais cobradas pelo INSS.
Na prática, essas exações, na sua totalidade, são cobradas por pessoa diversa daquela que as instituiu, 
beneficiando-se dos dividendos tributários.
Espécies de tributo
Passemos agora ao conceito de tributo.
O conceito de tributo é utilizado de forma genérica para definição das formas de arrecadação da 
administração pública, sendo que, dependendo da espécie, há necessidade de observâncias distintas aos 
princípios tributários e ainda à destinação da origem de sua arrecadação.
O artigo 5º do Código Tributário Nacional regulamenta as espécies de tributos que, por sua vez, 
designa apenas três espécies, quais sejam: os impostos, as taxas e as contribuições de melhoria. 
Atualmente, conforme veremos a seguir, esse conceito está ultrapassado, cabendo acrescentar como 
espécie as contribuições e os empréstimos compulsórios, isso principalmente após a promulgação da 
Constituição Federal de 1988, em que tais contribuições foram mencionadas e regulamentadas por meio 
do capítulo do Sistema Tributário.
Art. 5º CTN: Os tributos são: impostos, taxas e contribuições de melhoria. Derrogado (revogação 
parcial), pois houve ampliação dos tributos.
Art. 217, CTN: traz a contribuição social.
Arts. 145, 148 e 149, CTN: a análise destes deixa claro que são tributos:
• imposto;
• taxas;
• contribuição de melhoria (art. 145);
• contribuições sociais (art. 148);
• empréstimo compulsório (art. 149).
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Direito tributário
3.1 Imposto
Voce já pensou na definição de imposto? E em suas características?
Definição: art. 16, CTN: 
Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação 
independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao 
contribuinte (Art. 16, CTN).
Características:
• genérico: porque atende aos interesses gerais da coletividade;
• não vinculado;
• compulsório: imposto por lei;
• envolve atividade plenamente vinculada (o fiscal deve observar a lei para fazer o 
lançamento);
• sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados conforme a 
capacidade econômica do contribuinte (tabela de IR, isenção de IPTU para alguns imóveis, 
isenção de IPVA para carros fabricados há mais de 20 anos).
Classificação dos impostos
A doutrina faz a seguinte classificação dos impostos:
• Imposto real: incide sobre as coisas – é aquele que incide sobre o patrimônio em geral, sem levar 
em conta os aspectos pessoais do contribuinte (IPVA, IPTU).
• Imposto pessoal: incide sobre as pessoas – é o imposto que estabelece diferenças tributárias em 
função das condições próprias do contribuinte. (IRPF).
• Imposto cumulativo: incide em cada operação tributável, em que não é prevista compensação, 
dedução ou abatimento, em relação à operação anterior (ITBI, IOF).
• Não cumulativos: a norma prevê a compensação, abatimento ou dedução do valor do tributo 
pago ou devido na operação anterior (IPI, ICMS).
• Imposto proporcional: tem alíquota única, incidente sobre o valor tributável. Exemplo: alíquota de 
2% do ITBI incidente sobre a transmissão de bens imóveis.
• Imposto progressivo: tem duas ou mais alíquotas. As alíquotas variam desproporcionalmente em 
função do valor tributável. O tributo vai aumentando desproporcionalmente. Exemplo: IRPF, IPTU, 
este pode ser progressivo em razão do valor do imóvel.
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Espécies de imposto
Pense: quais são as espécies de impostos?
União:
II – Imposto de Importação de Produtos Estrangeiros.
IE – Imposto de Exportação para o Exterior, de produtos nacionais e estrangeiros.
IR – Imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza.
ITR – Imposto Territorial Rural.
IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados.
IOF– Imposto de Operações, Câmbio e Seguro ou relativo a títulos e valores mobiliários.
Estaduais:
ITCMD – Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doações.
ICMS – Imposto sobre Operações Relativas à circulação de mercadorias e sobre a prestação de 
serviços de transporte interestaduais e intermunicipais e de comunicação.
IPVA – Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores.
Municípios:
IPTU – Imposto de Propriedade Territorial Urbana.
ITBI – Imposto de Transmissão intervivos, a qualquer titulo, por ato oneroso, de bens imóveis.
ISS – Imposto sobre Serviços de qualquer natureza, não compreendida no ICMS.
Certamente, você já efetuou em seu dia a dia o pagamento de vários dos impostos elencados, 
mesmo sem saber. 
Iremos estudar os impostos em espécie com maiores detalhes adiante.
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Direito tributário
Exemplo de aplicação
Conforme os conceitos estudados até aqui, analise e responda às questões a seguir:
1) As receitas públicas são classificadas em originárias e derivadas. Explique e dê dois exemplos.
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
2) O Direito Tributário se relaciona com outros ramos do Direito? Justifique.
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
3) Descreva a importância do Direito Tributário na graduação de contabilidade.
______________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
4) Dê a definição de tributo e explique cada elemento que compõe sua definição.
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
5) Quais as espécies de tributo?
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
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Respostas
1) Receitas públicas originárias são aquelas que decorrem do próprio patrimônio do Estado; já as 
receitas públicas derivadas decorrem da imposição tributária. Exemplos: receitas originárias – 
aluguéis; vendas de imóvel; receitas derivadas – tributos em geral.
2) Sim, relaciona-se com diversos ramos do Direito. Como, por exemplo, o Direito Constitucional 
aborda princípios do Direito Tributário, as competências tributárias; já o Direito Civil, por exemplo, 
traz alguns conceitos importantes para nossa área de estudo, como: conceito de propriedade, 
posse, domínio útil, entre outros.
3) Resposta pessoal de cada aluno.
4) “Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, 
que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e obrada mediante atividade administrativa 
plenamente vinculada”.
5) Espécies de tributo: impostos, taxas, contribuição de melhoria, contribuições sociais/parafiscais e 
empréstimos compulsórios.
Prestação pecuniária: é uma obrigação que pode ser exigida em moeda ou em valor que nela possa 
exprimir-se (dação em pagamento em bens imóveis ou títulos da dívida pública ou da dívida agrária).
Compulsória: obrigatória, porque nasce por força de lei e não por vontade das partes. Não existe 
faculdade em pagar o tributo. Ele é imposto por lei.
Que não constitua sanção de ato ilícito: porque, se decorrer de ato ilícito, como, por 
exemplo, o descumprimento de obrigação, tratar-se-á de penalidade, e não de tributo. O tributo 
decorre de lei, ou seja, uma vez ocorrido o fato gerador, incide o tributo. Exemplo: venda de 
armas ou prostituição – auferiu renda – IR, não importando a ilicitude da atividade, importa o 
fato gerador. 
Instituída em lei: observância do princípio da legalidade. Deve existir lei descrevendo o fato gerador, 
o contribuinte, a base de cálculo, a alíquota etc. Caso contrário, não poderá ser cobrado.
Atividade administrativa plenamente vinculada: 
Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito 
tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento tendente a 
verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar 
a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito 
passivo e, sendo o caso, aplicar penalidade (Art. 142, CTN).
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Direito tributário
3.2 Taxas
Segundo o art. 77, CTN: 
As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo DF e pelos Municípios, no 
âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício 
regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço 
público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto a sua 
disposição.
Competência: 
• União.
• Estados.
• Distrito Federal.
• Municípios.
Fato gerador:
• exercício regular do poder de polícia;
• a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível prestado ao contribuinte 
ou posto à sua disposição.
Base de cálculo: será definida na lei instituidora do tributo; porém, deverá levar em consideração 
o custo da atividade prestada pelo Estado, caso contrário haverá um enriquecimento ilícito. Os valores 
dependem do serviço prestado.
Compulsoriedade: taxas são compulsórias com relação aos serviços postos à disposição dos 
particulares.
Taxa: é uma quantia de dinheiro paga em troca de algum serviço público fundamental oferecido 
diretamente pelo Estado:
• Taxa de polícia – art. 78, CTN: 
Considera-se poder de polícia atividade da administração pública, que limitando 
ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou 
abstenção de fato, em razão de interesse Público concernente à segurança, 
à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao 
exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização 
do Poder Público, à tranquilidade publica ou ao respeito à propriedade e aos 
direitos individuais e coletivos (Redação dada pelo Ato Complementar nº 31, de 
28.12.1966).
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Limitar o direito individual x interesse público (supremacia do interesse público).
Poder de policia: imposição de condições aos administrados, condições ora negativas, ora positivas. De 
todo modo, seria uma manifestação no sentido de condicionar a atividade do particular. A administração 
age no sentido de evitar danos a coletividade; desta forma, restringe o agir do particular. 
O poder de polícia visa ao estabelecimento de padrões na conduta dos particulares.
Essas interferências podem ser:
— preventiva. Por exemplo: autorizações para guiar táxi; pedido de alvarás para funcionamento 
de estabelecimento;
— fiscalizadora. Por exemplo: inspeções, vistorias sanitárias;
— repressiva. Por exemplo: os atos que importam em penalizar atividades de particulares. Como, 
por exemplo, multa sanitária.
• Taxa de serviço:
— fato gerador: a atuação estatal consistente na execução de um serviço público, específico e 
divisível, efetivamente prestado ou posto à sua disposição. Exemplo: coleta de lixo e taxa de 
lixo.
Distinções entre taxa e preço público
Vamos traçar algumas distinções entre taxa e preço público?
Taxa: serve para custear os serviços públicos fundamentais prestados diretamente pelo Estado.
Preço público: remunera os serviços públicos prestados indiretamente pelo Estado (por meio de 
concessão ou permissão).
Preço privado: remunera o serviço privado, objeto de livre concorrência (parques de diversão).
Taxa: tributo instituído por lei pela pessoa competente (U-E-DF-M); compulsória.
Serviços indispensáveis: judiciário, policial, bombeiros.
Preços públicos: facultativos e advêm de contratação (permissão ou concessão). 
Serviços que continuam sendo de interesse coletivo, mas não são essenciais e, portanto, podem ser 
delegados por permissão ou concessão – exemplo: serviços telefônicos, distribuição de energia elétrica, 
de gás.
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Pedágio
O pedágio não se caracteriza como tributo, seja na modalidade de taxa, 
imposto ou contribuição de melhoria. Trata-se de tarifa, tem natureza de 
contraprestação contratual e visa remunerar o serviço público prestado 
pelas empresas concessionárias, trazendo embutida, inclusive, uma certa 
margem de lucro em seu valor7.
3.3 Contribuição de melhoria
Segundo o art. 81, CTN: 
A contribuição de melhoria cobrada pela U-E-DF-M, no âmbito de suas 
respectivas atribuições, é instituídapara fazer face ao custo de obras 
públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a 
despesa realizada e tendo como limite individual o acréscimo de valor que 
da obra resultar para cada imóvel beneficiado.
No art. 82, exigências para cobrança.
O art. 145, III, CF: U-E-DF-M poderão instituir contribuição de melhoria.
É contribuição de melhoria, se a base imponível for a valorização do imóvel.
Pode ser taxa se a base imponível for o custo da obra, independente de valorização. Exemplo: 
Cobra-se taxa ou contribuição de melhoria no caso de asfaltar uma rua de terra? Irá depender da 
base de cálculo levada em consideração, se for somente o custo da obra, será cobrada taxa; se for 
levado em consideração o custa da obra e a valorização dos imóveis, será cobrada contribuição 
de melhoria.
Existem obras públicas que, em vez de valorizar os imóveis, importam em danos (exemplo do Elevado 
Costa e Silva); nesse caso, cabe indenização. Os interessados deverão buscar seus direitos na justiça.
3.4 empréstimos compulsórios
Conforme o art. 148, CF: 
A União, mediante Lei Complementar, poderá instituir empréstimos 
compulsórios:
I. para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade 
pública, de guerra externa ou iminência;
7 AMARO, Luciano. Direito tributário brasileiro. 4. ed. Editora Saraiva, São Paulo, 1999.
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II. no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante 
interesse nacional [...].
Parágrafo único: Recurso proveniente do empréstimo compulsório será 
vinculado às despesas que fundamentaram sua instituição.
• competência: União;
• empréstimo: contrato a ser celebrado.
• unilateral;
• natureza mista: imposto + empréstimo;
• compulsório: não há vontade das partes, mas sim decorre de lei, existe compulsoriedade, prestação 
pecuniária compulsória – tributo; 
• é tributo restituível, na forma, prazo e espécie previstos na lei instituidora.
3.5 Contribuições especiais
Os tributos podem ser vinculados (taxas e contribuições de melhoria) e não vinculados (impostos).
As contribuições, por revestirem ora caráter de tributos vinculados, ora de não vinculados, constituem 
categoria à parte, sendo tributos qualificados por sua finalidade.
A CF somente determinou a finalidade das contribuições, conforme art. 149, CF: 
Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de 
intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais 
e econômicas [...].
§ 1º: Os Estados, DF e os Municípios poderão instituir contribuições, cobradas 
de seus servidores, para custear seu regime próprio de previdência [...].
Tipos de Contribuição
Contribuições destinadas à Seguridade Social
As contribuições sociais estão previstas no art. 195, CF, e visam custear o financiamento da seguridade 
social, sendo utilizadas como instrumento no campo social.
São contribuintes:
• empregador ou equiparado;
• empregado;
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• trabalhador;
• segurado;
• jogador: receitas provenientes de concursos de prognósticos.
O empregador recolhe contribuições sociais sobre o que fatura (PIS/Cofins); sobre o lucro (CSLL); 
e sobre seu custo (contribuição sobre a folha de pagamento). Exemplo: PIS – custear o seguro-
desemprego.
 observação
Art. 195, § 4º, CF – a instituição ou modificação respeita o princípio da 
anterioridade nonagesinal.
 observação
Art. 195, § 7º, CF – as entidades beneficentes de assistência social estão 
isentas, “imunes” às contribuições que financiam a Seguridade Social.
Seguem algumas regras sobre as contribuições sociais que são atualmente cobradas:
• INSS: é a contribuição à previdência social de forma direta; cabe aos empregadores e 
empregados/autônomos procederem ao recolhimento dos valores pagos a título de folha 
de pagamento. Há a contribuição mútua, respeitado o percentual das alíquotas, uma vez 
que para os funcionários há uma tabela progressiva a ser aplicada; dependendo do valor da 
remuneração, as alíquotas variam de 9 a 11%.
1) Segurados empregados, inclusive domésticos e trabalhadores avulsos
Tabela 1 – Contribuição dos segurados empregado, empregado doméstico e trabalhador 
avulso, para pagamento de remuneração a partir de 1º de janeiro de 2012 (Portaria n. 2, de 6 
de janeiro de 2012)8
Salário-de-contribuição (R$) Alíquota para fins de recolhimento ao INSS (%)
Até 1.174,86 8,00
De 1.174,87 até 1.958,10 9,00
De 1.958,11 até 3.916,20 11,00
8 Disponível em: <http://www.mps.gov.br/conteudoDinamico.php?id=313>. Acesso em: 10 mai. 2012.
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2) Contribuinte individual e facultativo
Tabela 2 – Contribuição dos segurados contribuintes individual e facultativo9
Salário-de-contribuição (R$) Alíquota para fins de recolhimento ao INSS (%)
622,00 5,00*
622,00 11,00**
622,00 até 3.916,20 20,00
• PIS/Pasep: sua disposição legal trazida pela LC nº 7/70 é a manutenção do seguro-desemprego e 
o abono concedido aos funcionários que recebam salário mínimo anual. Note-se que, atualmente, 
temos dois tipos de cálculo para apuração dessa contribuição, cujas denominações são a não 
cumulatividade e a cumulatividade, cabendo aqui o esclarecimento de que a não cumulatividade 
aplicada, nesse caso, não é exatamente a mesma que versa sobre o ICMS e o IPI. As alíquotas 
aplicadas também sofrem variação, sendo 1,65% e 0,65%, respectivamente. Quanto à base de 
cálculo, é disposto por meio do artigo 195, I-C, da CF, ao dispor sobre a possibilidade de a base de 
cálculo ser a receita ou o faturamento da empresa.
• Cofins: goza de grande semelhança com o PIS/Pasep, valendo-se da mesma sistemática de 
apuração sobre a cumulatividade e não cumulatividade, a mesma base de cálculo e, portanto, os 
mesmos contribuintes (pessoa jurídica); suas diferenças versam sobre as alíquotas, que são 3% e 
7,60%, respectivamente.
• CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido): foi instituída pela Lei nº 7.689/1998 e, 
posteriormente, alterada, tendo sua incidência sobre o lucro líquido das empresas, delimitando 
os seus contribuintes como pessoas jurídicas.
Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico – Cide
Tem finalidade extrafiscal, pois tem objetivo de intervenção do Estado na economia e no mercado. 
Exemplo: aumento ou baixa do CIDE combustível.
Marco Aurélio Greco consagra quatro elementos fundamentais que devem estar presentes na lei que 
institui a Cide, a fim de suprir as exigências constitucionais:
• finalidade a ser buscada;
• atuação da União;
• a circunscrição a uma determinada área;
• congruência entre os três fatores.
Em resumo: deve haver relação entre a fonte financeira e a finalidade da contribuição.
9 Disponível em: <http://www.mps.gov.br/conteudoDinamico.php?id=313>. Acesso em: 10 mai. 2012.
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Pense: qual é a destinação dessa receita? Destinação da receita: financiamento da atividade 
interventiva – 29% de sua arrecadação será destinada aos Estados e DF, os quais deverão repassar 
parcela dos valores aos municípios. Isso não vem sendo aplicado na prática, constituindo-se em atos 
ilegais e inconstitucionais. Exemplo: Cide combustíveis – foi instituída para melhorar as rodovias e 
proporcionar subsídio aos combustíveis. Hoje não se sabe o que é feito, tem mero caráter arrecadatório, 
não atendendo à finalidade estabelecida pela lei.
 observação
Respeita o princípio da anterioridade nonagesinal.
Contribuições de interesse de categorias profissionais ou econômicas 
São chamadas também de contribuições parafiscais, sendo destinadas às entidades de classe.
A capacidade de arrecadar é delegada à categoria profissionalou econômica, e a competência para 
instituir continua sendo da União.
Destinam-se ao custeio das atividades das instituições fiscalizadoras e representativas de categorias 
profissionais que exercem função de interesse público.
Exemplos: 
• Contr. de int. Categorias profissionais – OAB, Crea, CRC.
• C. Int. Cat. Econômicas – Sindipeças, Sinduscon.
 Saiba mais
Sobre o tema, leia os seguintes textos:
MARTINS, I. G. Curso de Direito Tributário. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 2011.
SIQUEIRA, R. B. de et al. O custo marginal social da tributação 
indireta no Brasil: identificando direções de reforma. Econ. Apl., 
Ribeirão Preto, v. 16, n. 3, set. 2012. Disponível em: <http://www.
scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-80502012000300
001&lng=pt&nrm=iso>. 
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4 o SurgIMenTo DA oBrIgAção TrIBuTÁrIA e o CréDITo TrIBuTÁrIo
4.1 obrigação tributária
Vamos nos dedicar agora a ver como surge a obrigação tributária. Vamos lá? A relação tributária 
surge da ocorrência de um fato previsto em uma norma como capaz de produzir esse efeito.
Em virtude do princípio da legalidade, essa norma há de ser uma lei. A lei descreve um fato e atribui 
a este o efeito de criar uma relação entre alguém e o Estado.
Ocorrido o fato, “fato gerador”, nasce a relação tributária, que compreende o dever de alguém 
(sujeito passivo da obrigação tributária) e o direito do Estado (sujeito ativo).
A obrigação tributária pode ser principal ou acessória.
O objeto da obrigação principal (a prestação a qual se obriga o sujeito passivo) é de natureza 
patrimonial, e é sempre uma quantia em dinheiro.
O objeto de uma obrigação acessória é sempre não patrimonial – é uma obrigação de fazer.
4.1.1 Definição
É uma relação jurídica em virtude da qual o particular tem o dever de prestar dinheiro ao Estado ou 
de fazer, não fazer, tolerar algo em interesse da arrecadação ou fiscalização dos tributos, e o Estado tem 
o direito de constituir contra o particular um crédito10.
Obrigação tributária: é obrigação legal por excelência. Decorre diretamente da lei. A lei cria o tributo 
e descreve as hipóteses de incidência em que este é devido. Basta que essas hipóteses de incidência 
aconteçam, tornando-se concretas, para que surja a obrigação tributária, sendo absolutamente 
irrelevante a vontade das pessoas.
Você já pensou quando nasce a obrigação tributária? A obrigação tributária nasce quando for 
praticado o fato descrito na lei, estabelecendo-se uma relação jurídica entre duas pessoas: o sujeito 
ativo (U-E-DF-M) e o sujeito passivo (contribuinte), o qual praticou o fato gerador.
A obrigação tributária pode ser principal ou acessória.
• Obrigação principal – art. 113, § 1º, CTN: a obrigação principal surge com a ocorrência do fato 
gerador e tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária.
• Obrigação acessória – art. 113, § 2º, CTN: decorre da legislação tributária e tem por objeto 
prestações positivas ou negativas, previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos 
tributos. 
10 MACHADO, H. B. Curso de Direito Tributário. 30. ed. São Paulo: Malheiros, 2009.
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Você é capaz de pensar em alguns exemplos que ilustrem as obrigações que acabamos de descrever? 
Vamos lá, imagine alguns exemplos. Podemos emitir uma nota fiscal; escriturar um livro; inscrever-se 
no cadastro de contribuintes (fazer); não receber mercadoria desacompanhada da documentação legal 
exigida (não fazer); admitir o exame de livros e documentos pelo fiscal (tolerar).
O descumprimento das obrigações acessórias corresponde a uma penalidade pecuniária. Assim, 
“a obrigação acessória, pelo simples fato de sua não observância, converte-se em obrigação principal 
relativamente à penalidade pecuniária – art. 113, § 3º”.
O inadimplemento faz nascer para o fisco o direito de constituir um crédito tributário contra o 
inadimplente, cujo conteúdo é uma penalidade pecuniária11.
As obrigações acessórias foram instituídas por legislação própria com o intuito de viabilizar a 
observância e a obrigatoriedade no cumprimento das principais.
Exemplos: os comerciantes em geral devem emitir nota fiscal sempre que houver venda de 
mercadoria, ou seja, mudança na titularidade do bem. Muitas vezes o cumprimento da obrigação 
acessória não tem intuito de fazer cumprir a obrigação principal que, nesse caso, seria pagar o 
ICMS, porque não se pode esquecer que existem diversas situações nas quais o contribuinte fica 
dispensado de pagar o imposto (isenção ou imunidade) e, mesmo assim, persiste a obrigação de 
emitir nota fiscal.
O descumprimento da obrigação acessória acarreta penalidades.
4.1.2 Fato gerador
Você consegue imaginar o que é o fato gerador? Fato gerador da obrigação principal: é a situação 
definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência – art. 114, CTN.
• situação – fato, conjunto de fatos, situação de fato;
• definida em lei;
• necessária – sem a situação prevista em lei, não nasce a obrigação tributária;
• suficiente – situação prevista em lei é o bastante.
Haveria outras denominações para fato gerador? Sim, ele também é denominado suporte fático, 
fato imponível, hipótese de incidência.
Quando a situação está apenas descrita em lei, temos o fato gerador abstrato ou hipótese de 
incidência, ou seja, “se fizer tal coisa, pago tal tributo”.
11 MACHADO, H. B. Curso de Direito Tributário. São Paulo: Malheiros, 1997, p. 88.
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Se essa situação ocorre no plano real, ou seja, há uma determinada pessoa realizando 
determinado ato e, portanto, acarretando obrigação tributária, estamos diante do que os 
doutrinadores denominam fato gerador in concreto. 
Para que haja o fato gerador, é necessária a perfeita coadunação dos fatos concretos com 
aquele contido em lei, compondo assim o que os doutrinadores denominam regra matriz de 
incidência tributária.
Portanto, é fundamental a análise dos seguintes elementos:
a) aspecto material: refere-se aos dados objetivos do fato gerador. Geralmente seu núcleo se 
concentra no verbo da ação que deve ser praticada para que haja a incidência tributária;
b) aspecto espacial: correspondente ao território em que deve haver a realização do ato para a 
configuração do fato gerador;
c) aspecto temporal: é o momento em que ocorre o fato gerador. É muito importante para que 
haja o efetivo respeito ao princípio da anterioridade e da irretroatividade; 
d) aspecto pessoal ou subjetivo: trata-se das pessoas envolvidas na obrigação tributária e que serão 
objeto de alguns comentários a seguir.
e) aspecto quantitativo: são elementos utilizados para quantificar e transformar em pecúnia o valor 
que deva ser recolhido pelos contribuintes aos cofres públicos. Os elementos que compõem o 
aspecto quantitativo são a alíquota e a base de cálculo. 
Relativamente ao fato gerador da obrigação acessória, o artigo 115 do CTN dispõe que:
Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma 
da legislação aplicável, imponha a prática ou abstenção de ato que não 
configure obrigação principal (Art. 115, CTN).
A obrigação acessória serve para o cumprimento da principal. O fato gerador da obrigação acessória 
é situação prevista em lei (de escriturar, de lançar, de deixar de praticar algo).
4.1.3 Hipótese de incidência
É a descrição que a lei faz de um fato tributável que, quando ocorre, fará nascer a obrigação tributária.
Que tal um exemplo, para conseguirmos visualizar melhor a questão? A lei cria um fato hipotético, 
mas, enquanto esse fato não se realizar, nada ocorre, não há obrigação, pois se fica apenas no campo 
das hipóteses, por isso que se chama hipótese de incidência tributária. A lei diz que quem auferir renda 
teráque pagar o IR. Por exemplo: Pedro não auferiu renda; logo, não há IR a ser pago. Paulo auferiu 
renda; logo, deve pagar porque praticou um fato que está previsto na lei tributária ou na hipótese de 
incidência tributária.
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4.1.4 Fato gerador e hipótese de incidência
Você consegue traçar a distinção entre fato gerador e hipótese de incidência? Vamos tentar 
diferenciá-las? Uma coisa é a descrição da hipótese em que o tributo é devido. Exemplo: a disponibilidade 
econômica de renda ou de proventos de qualquer natureza. Outra coisa é o fato de alguém auferir renda.
A hipótese é simples: descrição, previsão; enquanto fato é a concretização da hipótese. Na prática, 
são usados como sinônimos.
4.1.5 Base de cálculo 
A base de cálculo deve constar da norma que descreve a hipótese tributável. Trata-se de uma 
realidade economicamente quantificável, e é elemento essencial para identificar um tributo sobre o 
qual se aplica uma alíquota para chegar ao valor do tributo.
A base de cálculo é a grandeza econômica sobre a qual se aplica a alíquota para calcular a quantia a 
pagar. Exemplos: na venda de imóvel, a base de cálculo do IR é a diferença entre o valor da venda e o valor 
declarado do imóvel na declaração anual de renda; ICMS – a base de cálculo geralmente é o valor da 
venda da mercadoria; ITBI – a base de cálculo é o valor venal do imóvel (Art. 38, CTN).
4.1.6 Alíquota
É um percentual aplicado sobre a base de cálculo para determinar o valor do tributo.
4.1.7 Sujeito ativo
É a pessoa jurídica de Direito Público que recebeu da Constituição a competência para exigir o 
tributo objetivado na obrigação. A União, os Estados, o DF e os municípios.
Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de Direito Público titular da 
competência para exigir o seu cumprimento (Art. 119, CTN).
O “exigir” é no sentido de poder constituir o crédito, inscrevê-lo como dívida ativa e promover a 
execução fiscal. Portanto, somente as pessoas jurídicas de Direito Público do Poder Legislativo é que 
podem ser sujeitos ativos no Direito Tributário.
4.1.8 Sujeito passivo
Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade 
pecuniária [...] (Art. 121, CTN). 
O sujeito passivo da obrigação tributária é sempre obrigado a uma prestação de dar (pagar um 
tributo ou uma penalidade pecuniária).
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Mas quem pode ser sujeito passivo? Veja:
• contribuinte: quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador;
• responsável: este não é contribuinte, sua obrigação de pagar decorre de dispositivo expresso em 
lei. O sujeito passivo indireto é aquele que, sem ter relação direta com o fato tributável, está, por 
força da lei, obrigado ao seu pagamento.
Vamos pensar em alguns exemplos para o presente caso?
Art. 45, CTN. Contribuinte do IR é o titular da disponibilidade de renda, podendo a lei atribuir essa condição ao 
possuidor dos bens produtores de renda. Aqui, a lei lhe atribuiu a obrigação de efetuar o pagamento do tributo.
ICMS – O contribuinte é o comerciante ou o industrial (saída da mercadoria); o homem que transporta 
sem a nota de recolhimento do ICMS se torna responsável pelo seu pagamento (substituto).
 Saiba mais
Sobre o tema, leia o seguinte texto:
CASTRO, C. B. Triste fim da obrigação tributária pelo adimplemento. Revista 
SJRJ, Rio de Janeiro, v. 19, n. 33, p. 33-67, abr. 2012. Disponível em: <http://
www4.jfrj.jus.br/seer/index.php/revista_sjrj/article/viewFile/322/270>.
Exemplo de aplicação
Conforme os conceitos estudados até aqui, analise e responda às questões a seguir:
1) Defina obrigação tributária.
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
2) Diga quais são as espécies de obrigação tributária. Exemplifique.
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
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3) Defina hipótese de incidência.
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
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______________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
4) Conceitue fato gerador e dê um exemplo.
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
Respostas
1) Obrigação tributária é a relação jurídica formada entre o sujeito ativo e o sujeito passivo. Ela 
se forma quando o sujeito passivo realiza o fato gerador. Por exemplo: se Pedro comprar um 
automóvel, ele estará realizando o fato gerador do IPVA; portanto, nasce a obrigação de pagar o 
referido imposto.
2) As obrigações tributárias podem ser: principal, relativa à obrigação de pagar impostos, por 
exemplo, e acessória, que consiste em fazer ou não fazer algo com intuito de colaborar com a 
arrecadação e fiscalização dos tributos, por exemplo, emitindo nota fiscal. 
3) Hipótese de incidência e fato gerador, na prática, são tratados como sinônimos. Pode-se definir 
hipótese de incidência como a descrição na lei de uma situação tributável. Exemplo: auferir renda 
ou proventos de qualquer natureza são hipóteses de incidência do imposto de renda.
4) Essa questão aceita resposta idêntica à da questão anterior. A única diferença é que o fato gerador 
seria a situação descrita na norma realizada pelo sujeito passivo.
 Saiba mais
No link a seguir, consulte a monografia A origem do Crédito Tributário, 
de Adriana Gomes Rego.
<http://www.esaf.fazenda.gov.br/esafsite/biblioteca/monografias/
adriana_gomes_rego.pdf>
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4.2 Crédito tributário
4.2.1 Definição
Crédito tributário é um direito pertencente ao sujeito ativo da obrigação tributária (U-E-DF-M). É a 
quantia devida a título de tributo. 
Quando o Código Tributário, no artigo 139, diz que “o crédito tributário decorre da obrigação 
principal e tem a mesma natureza desta”, isso significa que somente pode existir crédito a partir 
de uma obrigação tributária principal que o anteceda e justifique, sendo o crédito o seu retrato 
perfeito, exato.
Para que se chegue à obrigação tributária, faz-se necessário um longo caminho a percorrer, ou seja, 
precisa que o sujeito passivo realize o fato gerador descrito na norma tributária; nesse momento, nasce 
a obrigação de pagar o imposto. No entanto, a obrigação é ilíquida, assim há necessidade de que a 
administracão pública faça o lançamento, que consiste num procedimento formal que averigua todos 
os elementos da obrigação(sujeitos ativo e passivo, se ocorreu o fato gerador etc). Com o lançamento, 
constituiu-se o crédito tributário.
A obrigação tributária cria direitos, e o crédito tributário declara o direito já existente.
 Lembrete
Lei + fato gerador + obrigação tributária = Crédito tributário –> 
Lançamento
4.2.2 Constituição do crédito tributário 
Pense: como se dá a constituição de um crédito tributário? A constituição de um crédito tributário 
faz-se por lançamento, que é ato privativo da administração pública, cuja finalidade é expressa:
Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito 
tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo 
tendente a verificar a ocorrência do fato gerador das obrigações 
correspondentes, determinar a matéria tributável, calcular o montante 
do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo o caso, propor a 
aplicação de penalidade cabível (Art. 142, CTN).
O lançamento é definido pelo artigo 142 do CTN, que engloba cinco operações: verificação da 
ocorrência do fato gerador; identificação da base de cálculo; cálculo do montante devido com 
a aplicação da alíquota; identificação do sujeito passive; e, se for o caso, aplicar penalidade por 
infração.
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 observação
O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador 
da obrigação tributária e rege-se pela lei então vigente, ainda que 
posteriormente revogada ou modificada (Art. 144, CTN).
Significa dizer que a lei aplicável é a do momento em que se caracterizou o fato gerador, e não a lei 
vigente no momento do lançamento (independente da alíquota ter baixado).
4.2.3 Notificação
A notificação do contribuinte é obrigatória e vinculada, e não discricionária (não é facultativa, ou 
seja, sempre que a situação estiver prevista em lei que dá origem a uma obrigação tributária – fato 
gerador –, a administração está obrigada a fazer o lançamento); só a partir dela o crédito passa a ser 
exigível. Pela notificação se completa o processo, podendo ser feita de diferentes formas: pessoalmente, 
via postal, telegráfica, em endereço eletrônico ou por qualquer meio com prova de recebimento.
4.2.4 Modalidade de lançamento
Lançamento direto ou de officio 
É o lançamento efetuado pela própria autoridade administrativa, com base nos dados que ela possui 
em seus registros.
Essa modalidade tem cabimento quando a lei determinar, ou quando o sujeito passivo se 
omite ou presta declaração falsa. Exemplo: IPVA – a Secretaria da Fazenda Estadual, tendo o 
cadastro dos veículos licenciados no estado e com base na tabela de avaliação dos veículos, fará 
o lançamento e notificará o contribuinte para efetuar o pagamento do imposto devido.
Lançamento por declaração ou misto
Esse lançamento é efetuado com base na declaração do sujeito passivo, que presta à autoridade 
administrativa informações sobre a matéria de fato.
Nesse tipo de lançamento, o sujeito passivo e o ativo trabalham em parceria para que o procedimento 
seja realizado, por isso é também chamado de lançamento misto. Exemplo: declaração de bens sujeitos 
à tributação nos aeroportos.
O lançamento é efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de 
terceiro, quando um ou outro, na forma da legislação tributária, presta à 
autoridade administrativa informações sobre matérias de fato, indispensáveis 
a sua efetivação (art. 147, CTN).
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Lançamento por homologação
O lançamento por homologação vem previsto no art. 150 do CTN. Vejamos:
O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja 
legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento 
sem prévio exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que 
referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida 
pelo obrigado, expressamente a homologa.
Pelo artigo citado, podemos entender que, no lançamento por homologação, cabe ao sujeito passivo 
apurar o crédito e pagar os valores correspondentes. Por fim, a autoridade administrativa irá homologar 
tal procedimento ou não. Esse artigo prevê que a homologação deveria ser expressa, porém na prática 
isso não ocorre. Estará homologado tal pagamento se a autoridade administrativa não reclamar/
impugnar o pagamento feito no período de cinco anos. 
A utilização do lançamento por homologação é crescente, e podem ser considerados impostos com 
lançamentos por homologação o ICMS e o IPI.
O lançamento por homologação é também chamado de autolançamento, ou seja, o sujeito passivo 
pratica o fato gerador e autolança o montante do tributo devido.
4.3 Causas suspensivas do crédito tributário
Constituído o crédito tributário e notificado o contribuinte para pagamento, o tributo está perfeito 
para ser exigido pelo fisco. Porém, nada obsta que, por um evento novo previsto em lei, se consiga adiar 
o pagamento de tal exação tributária12.
Esses eventos novos que adiam a exigibilidade do crédito tributário é que recebem o nome de causas 
de suspensão do crédito tributário.
O contribuinte tem o direito de contestar uma exigência descabida feita pela autoridade administrativa, 
devendo esta ser feita pela via adequada. 
4.3.1 Hipóteses de causas suspensivas do crédito tributário
O artigo 151, parágrafo único, do Código Tributário Nacional estabelece que, embora suspensa a 
exigibilidade do tributo, não ficará suspenso o dever de cumprir as obrigações acessórias. Exemplo: 
dever de preencher livros fiscais, emitir notas fiscais, faturas.
É relevante destacar que as causas suspensivas do crédito tributário também suspendem o prazo 
prescricional. 
12 Disponível em: <http://www.webjur.com.br/doutrina/Direito_Tribut_rio/Cr_dito_tribut_rio.htm>. Acesso em: 
3 dez. 2010.
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Mas quais seriam as causas de suspensão do crédito tributário? São elas:
I. Moratória (art. 151, I, CTN)
Regrada nos arts. 152 a 155, do CTN, a moratória é a prorrogacão do prazo ou a outorga de novo 
prazo, se findo o original, para o cumprimento da obrigação principal.
A moratória é medida de política fiscal e será concedida sempre por meio de lei. Isso se deve em 
respeito ao princípio da indisponibilidade do interesse público.
Aliás, a administração deve agir baseada em lei porque, afinal, está lidando diretamente com dinheiro 
e interesses públicos.
Vejamos o art. 152, do CTN: 
A moratória somente pode ser concedida: 
I. em caráter geral:
a) pela pessoa juridicial de Direito Público competente para instituir o 
tributo a que se refira;
[...]
Por exemplo: somente a União poderá prorrogar o prazo para o recolhimento de Imposto de Renda 
de determinadas pessoas jurídicas.
[...]
II. em caráter individual, por despacho de autoridade administrativa, 
desde que autorizada por lei nas condições do inciso anterior. 
Parágrafo único: A lei concessiva de moratória pode circunscrever a 
sua aplicabilidade a determinada região do território da pessoa política 
competente, ou a determinada classe ou categoria de sujeitos passivos 
(Art. 152, CTN). 
II. Depósito integral do montante tributário (art. 151, II, CTN)
Como a própria dicção legal indica – somente o depósito integral, ou seja, do valor total cobrado 
pelo fisco, em dinheiro e com os acréscimos legais devidos, permitem suspender a exigibilidade do 
crédito tributário, de acordo com Regina Helena Costa (2009, p. 238).
Funciona o depósito como garantia do crédito da Fazenda Pública, que fica impedida de proceder a 
sua cobrança via acão de execução fiscal.
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Assim, tem-se que o contribuinte que seja notificado para pagar determinada quantia de tributos, 
senão concordar com tal valor, poderá discutir o lançado em juízo ou na via administrativa. E uma 
possibilidade para suspender a exigibilidade do crédito é justamente realizar o depósito integral do valor 
que está sendo cobrado.
A súmula 112 do STJ determina que: “O depósito somente suspende a exigibilidade do crédito 
tributário se for integral e em dinheiro”.
Agora, é importante aclarar que poderá o contribuinte discutir a questão judicialmente, independente 
de fazer o depósito mencionado; apenas o fará com o agravante de poder ser cobrado, de outro lado, 
por via de ação execução fiscal.
Ao final da ação proposta pelo contribuinte, poderemos ter dois resultados:
a) se o contribuinte vencer a lide, irá levantar seu depósito com as devidas atualizações 
monetárias.
b) se perder, o depósito realizado será convertido em pagamento do tributo devido.
III. Reclamações e interposição de recurso administrativo com efeito suspensivo (art. 151, 
III, CTN)
Por reclamações e recursos administrativos, entende-se todos os instrumentos de defesa, ou melhor, 
todos os meios de impugnar as exigências fiscais por via administrativa.
Um detalhe, porém; o contribuinte poderá primeiro recorrer do lançamento feito por via administrativa. 
A decisão administrativa não é definitiva porque, se for negada tal revisão a favor do contribuinte, ele 
ainda terá a via judicial para buscar seus direitos.
IV. Concessão de medida liminar ou de tutela antecipada em outras espécies de ação judicial 
também é causa de suspensão da exigibilidade do crédito tributário (art. 151, V, CTN)
O objetivo dessa medida é evitar a corrosão de direitos pelo decurso exagero do tempo que leva as 
ações judiciais. Assim, por meio de uma liminar, é possível assegurar a eficácia do provimento da ação 
principal.
V. Parcelamento
Semelhante à moratória, o parcelamento também deve ser concedido por lei específica, em respeito 
ao princípio da indisponibilidade do interesse público.
O parcelamento está regulamentado no art. 155-A, CTN, o qual dispõe que o parcelamento será 
concedido na forma e nas condições estabelecidas em lei específica.
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4.4 Causas extintivas do crédito tributário
São muitas as causas que extinguem o crédito tributário, ou seja, que colocam um ponto final na 
relação jurídica entre o contribuinte e o fisco. Todas as causas de extinção que serão citadas têm o 
mesmo efeito, ou seja, de gerar a certidão negativa do crédito tributário. Vejamos as causas previstas 
no art. 156, CTN:
a) Pagamento ou remição – art. 156, I, CTN
O pagamento é a forma mais usual de extinção dessa relação fiscal, e a mais querida pelo fisco, por 
motivos óbvios.
Significa o cumprimento exato da obrigação principal, o contribuinte dá o objeto querido pelo fisco.
O tempo do pagamento é fixado pelo art. 160, do CTN: 
Quando a legislação não fixar o tempo do pagamento, o vencimento do 
crédito ocorre trinta dias depois da data em que se considera o sujeito 
passivo notificado do lançamento.
Parágrafo único. A legislação tributária pode conceder desconto pela 
antecipação do pagamento, nas condições que estabeleça.
O lugar do pagamento está descrito no art. 159, do CTN: “Quando a legislação tributária não 
dispuser a respeito, o pagamento é efetuado na repartição competente onde o contribuinte encontrar-
se domiciliado ou sediado”. 
Atualmente, o pagamento de tributos ocorre em bancos conveniados com os entes políticos.
O pagamento pode se dar das seguintes formas, de acordo com o art. 162, I, CTN:
I. moeda corrente, cheque ou vale postal
Em moeda corrente ou equivalentes cujo valor nela possa se exprimir. Exemplo: pagamento em 
cheque, em título da dívida pública resgatável.
Por títulos da dívida ativa resgatáveis, entende-se aqueles que já podem ser cobrados do ente político, 
normalmente depois de dez anos de sua emissão. Nesse momento, eles ganham liquidez e servem como 
forma de pagamento de tributos. 
O cheque também pode ser utilizado para realizar pagamento de tributo, só se faz necessário 
a compensação deste para que seja dada a quitação definitiva. É o que dispõe o art. 162, §2º, 
do CTN.
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Um detalhe, porém; ocorrerá a imputação do crédito se existirem simultaneamente dois ou 
mais débitos vencidos do mesmo sujeito passivo para com a mesma pessoa jurídica de Direito 
Público, relativos ao mesmo ou a diferentes tributos, ou provenientes de penalidade pecuniária ou 
juros de mora. A autoridade administrativa competente para receber o pagamento determinará a 
respectiva imputação, obedecida às seguintes regras, na ordem em que enumeradas de acordo com 
o art. 163 do CTN:
I. em primeiro lugar, aos débitos por obrigação própria, e em segundo 
lugar aos decorrentes de responsabilidade tributária;
II. primeiramente, às contribuições de melhoria, depois às taxas e por 
fim aos impostos;
III. na ordem crescente dos prazos de prescrição;
IV. na ordem decrescente dos montantes.
b) Consignação em pagamento – art. 156, II, CTN
O artigo 164, II, do CTN, trata das hipóteses em que cabe a denominada ação de consignação em 
pagamento, na qual o sujeito passivo consigna (deposita) a importância do crédito tributário que reputa 
correta e, julgada procedente a consignação, é ela revertida em renda do sujeito ativo, de acordo com 
Vittorio Cassone (2008, p. 187).
Conforme o art. 164, CTN: 
A importância do crédito tributário pode ser consignada em juízo pelo 
sujeito passivo, nos casos:
I. de recusa do recebimento ou subordinação deste ao pagamento 
de outro tributo ou penalidade, ou ao cumprimento de obrigação 
acessória; 
II. de subordinação do recebimento ao cumprimento de exigências 
administrativas sem fundamento legal; 
III. de exigência, por mais de uma pessoa jurídica de Direito Público de 
tributo idêntico sobre mesmo fato gerador.
§ 2º: Julgada procedente a consignação, o pagamento se reputa efetuado 
e a importância consignada é revertida em renda; julgada improcedente a 
consignação no todo ou em parte, cobra-se o crédito acrescido de juros de 
mora, sem prejuízo das penalidades cabíveis.
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c) Remissão – art. 156, IV, CTN
O art. 172, do CTN, trata da remissão ao dizer que a lei pode autorizar a autoridade 
administrativa a conceder, por despacho fundamentado, a remissão total ou parcial do crédito 
tributário, atendendo:
A lei pode autorizar a autoridade administrativa a conceder, por 
despacho fundamentado, remissão total ou parcial do crédito tributário, 
atendendo: 
I. à situação econômica do sujeito passivo; 
II. ao erro ou ignorância escusáveis do sujeito passivo, quanto à matéria 
de fato; 
III. à diminuta importância do crédito tributário; 
IV. a considerações de equidade, em relação com as características 
pessoais ou materiais do caso; 
V. a condições peculiares a determinada região do território da entidade 
tributante.
O despacho referido nesse artigo não gera direito adquirido; assim, a remissão pode ser revogada de 
ofício, conforme o artigo 155 do CTN. 
d) Compensação
A compensação tem sua fundamentação no Código Civil, o qual determina que “se duas pessoas 
forem ao mesmo tempo credor e devedor uma da outra, as duas obrigações extinguem-se, até onde se 
compensarem” (art. 368), e mais: “a compensação efetua-se entre dívidas líquidas, vencidas e de coisas 
fungíveis” (art. 369).
Com base nesses dois dispositivos, resultou o art. 170, do CTN: “a lei pode, nas condições e sob as 
garantias que estipular, […] autorizar a compensação de créditos tributários com créditos líquidos e 
certos, vencidos e vincendos, do sujeito passivo contra a Fazenda Pública”.
Em suma, a compensação deve ser prevista em lei específica da pessoa juridicalque tenha 
competência tributária para tanto; ainda, a compensação deve ocorrer entre credor e devedor um 
do outro.
Podemos exemplificar a compensação da seguinte forma: a empresa X pagou IPI a mais num 
determinado mês, poderá, assim, compensar esse crédito no mês seguinte.
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e) Transação – art. 156, III, CTN
A transação é um instituto do direito privado, adotado pelo Direito Tributário, e somente ocorre em 
casos excepcionais, de extrema dificuldade econômico-financeira do sujeito passivo.
A transação é o acordo celebrado via Judiciário, entre o fisco e o contribuinte; nesse acordo, haverá 
concessões recíprocas, e este porá fim ao litígio judicial, nos moldes do art. 171, CTN.
A lei é imprescindível para possibilitar a transação, uma vez que a autoridade administrativa não 
pode negociar sem estar baseada numa lei que autorize esse comportamento; isso se deve em respeito 
ao princípio da indisponibilidade do interesse público e da estrita legalidade.
Parágrafo único: A lei indicará a autoridade competente para autorizar a 
transação em cada caso (Art. 171, CTN).
f) Prescrição e decadência – art. 156, V, CTN
São categorias gerais de direito que pertencem a todos os ramos deste. Antes do lançamento, 
podemos ter a decadência, mas depois somente a prescrição.
Entende-se por decadência a perda de um direito em decorrência de seu titular não tê-lo exercido 
durante determinado período.
A decadência importa na perda do próprio direito e, consequentemente, na perda do direito 
de ação.
O prazo para a decadência é contado de forma contínua, sem qualquer tipo de suspensão ou 
interrupção.
Por fim, cabe ressaltar que a decadência ocorre antes do lançamento; na verdade, a autoridade por 
algum motivo não lançou e, portanto, decai no seu direito.
Já a prescrição é a perda da ação atribuída a um direito e de toda sua capacidade defensiva, 
em consequência de seu não uso, durante determinado tempo, de acordo com Vittorio Cassone 
(2008, p. 189).
De forma mais simples, pode-se dizer que a prescrição é a perda do direito de ação porque o fisco 
“dormiu”, perdeu o prazo legal para executar tal crédito tributário.
Prescrição: ocorre quando a Fazenda Pública, tendo o crédito devidamente apurado e não pago, não 
realiza a cobrança judicial no prazo fixado em lei. Em outras palavras, é o prazo para o fisco realizar a 
cobrança judicial do crédito tributário.
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A decadência vem regulamentada no art. 173, do CTN:
O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se 
após 5 (cinco) anos, contados:
I. do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento 
poderia ter sido efetuado;
II. da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por 
vício formal, o lançamento anteriormente efetuado.
A prescrição vem regulamentada no art. 174, do CTN: “A ação para a cobrança do crédito tributário 
prescreve em cinco anos, contados da data da sua constituição definitiva” (da mora do contribuinte, isto 
é, 30 dias após a notificação do lançamento).
Por trás da prescrição, está presente o princípio da segurança jurídica, que não quer que as obrigações 
patrimoniais se prolonguem no tempo.
A prescrição, diferente da decadência, sofre a paralisação da contagem de seu prazo por diversas 
razões, por exemplo: quando o contribuinte entra com uma ação judicial para discutir o valor a ser pago 
ao fisco, durante esse tempo de processo, suspende-se a contagem do prazo de prescrição a fim de 
preservar o direito do fisco de ver o tributo arrecadado aos cofres públicos!
 observação
Não confundir as formas de extinção do crédito tributário “remissão” e 
“remição”: a primeira significa que houve o perdão da dívida tributária e a 
segunda equivale a pagamento.
 Saiba mais
Sobre o tema, leia o seguinte texto:
CORREIA, A. V. Lançamento para prevenir decadência diante de 
uma das causas de suspensão da exigibilidade do crédito tributário 
prevista no artigo 151 do CTN. Revista da Emerj, Rio de Janeiro, v. 13, 
n. 51, p. 281-292, 2010. Disponível em: <http://bdjur.stj.gov.br/xmlui/
handle/2011/54248>.
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4.5 exclusão do crédito tributário
Os arts. de 175 a 182 do CTN tratam dos institutos da exclusão do crédito tributário. 
Segundo o art. 175, CTN: 
Excluem o crédito tributário:
I. a remissão;
II. a anistia.
Parágrafo único: A exclusão do crédito tributário não dispensa o cumprimento 
das obrigações acessórias.
As exclusões não permitem a constituição do crédito, ou seja, impedem o lançamento, enquanto a 
extinção ocorre após o lançamento, pondo fim à relação jurídica.
a) Isenção
Prevista no art. 176 do CTN, o qual determina que a isenção depende de lei específica para sua 
concessão. Consiste na dispensa legal do pagamento do tributo. Pressupõe-se a existência da obrigação 
principal, mas em virtude de lei o contribuinte fica dispensado de pagar o tributo.
De acordo com o art. 179 do CTN:
A isenção, quando não concedida em caráter geral, é efetivada, em cada 
caso, por despacho da autoridade administrativa13, em requerimento com 
o qual o interessado faça prova do preenchimento das condições e do 
cumprimento dos requisitos previstos em lei ou contrato para concessão.
Você já se perguntou a respeito da diferença entre isenção e imunidade? Pois bem, a primeira decorre 
de lei e dispensa o contribuite do pagamento do tributo; a segunda decorre de previsão constitucional 
e veda a tributação num determinado caso.
Exemplos: 
• isenção de pagamento de IPVA para veículos fabricados há mais de 20 anos (previsão na legislação 
estadual do Estado de São Paulo);
• imunidade – prevista na CF: não incide IPI sobre produtos destinados ao exterior.
13 Segundo a corrente tradicional, seria a dispensa, por expressa disposição legal, do tributo devido, pressupondo a 
ocorrência do fato gerador e o nascimento da obrigação.
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b) Anistia
A anistia é o perdão concedido relativo às penalidades pecuniárias. Pela anistia, o legislador extingue 
a punibilidade do sujeito passivo, infrator da legislação tributária, impedindo a constituição do crédito 
tributário. 
Assim, é importante que não se misture o conceito de remissão e de anistia. Enquanto a remissão 
aplica-se ao crédito já constituído, a anistia aplica-se ao crédito não constituído relativo às penalidades 
pecuniárias.
De acordo com o art. 180 do CTN:
A anistia abrange exclusivamente as infrações cometidas anteriormente à 
vigência da lei que a concede, não se aplicando: 
I. aos atos qualificados em lei, como crimes ou contravenções, e aos que, 
mesmo sem essa qualificação, sejam praticados com dolo, fraude ou 
simulação pelo sujeito passivo ou por terceiro em benefício daquele; 
II. salvo disposição em contrário, às infrações resultantes de conluio entre 
duas ou mais pessoas naturais ou jurídicas. O conluio é justamente 
uma combinação entre duas ou mais pessoas para lesar outrem.
Acrescenta o art. 181 do CTN:
A anistia pode ser concedida: 
a) em caráter geral;
b) limitadamente: 
I. às infrações da legislação relativa a determinado tributo; 
II. às infrações punidas com penalidades pecuniárias até determinado 
montante, conjugadas ou não com penalidades de outra natureza;
III. a determinada região do território da entidade tributante, em função 
de condições a ela peculiares e 
IV. sob condição do pagamento de tributo no prazo fixado pela lei que a 
conceder, ou cuja fixação seja atribuída pela mesma lei à autoridade 
administrativa.
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 Saiba mais
Sobre o tema, leia o seguinte texto:
PRADO, T. A. T. do. Isenção tributária do IPI: crédito presumido e 
não cumulatividade. In: SILVEIRA, V. O. da; ROVER, A. J. (Coord.). Direito 
tributário. Florianópolis: Funjab, 2012. p. 245-264. Disponível em: <http://
www.publicadireito.com.br/publicacao/livro.php?gt=71>.
 resumo
Nesta unidade, conhecemos o sistema jurídico tributário, que consiste num 
conjunto de normas hierarquizadas, formado por princípios e regras, cuja finalidade 
é cuidar direta e indiretamente da instituição, arrecadação e fiscalização de tributos.
São fontes do Direito Tributário:
• fontes formais: regras jurídicas, que podem ser primárias (leis, 
decretos, medidas provisórias) ou secundárias (postarias, instruções 
etc.);
• fontes materiais: fatos econômicos que podem vir a ser 
regulamentados.
Apresentamos alguns conceitos que devem ser compreendidos: 
• vigência: o momento a partir do qual uma lei passa a existir no 
ordenamento jurídico brasileiro;
• eficácia: marca o momento a partir do qual a lei passa a refletir seus 
efeitos no mundo real, ou seja, quando ela poderá ser aplicada aos 
casos concretos;
• aplicação: se a lei existe, tem eficácia, então poderá ser aplicada 
sempre que ocorrer o fato gerador descrito na norma.
Em seguida, vimos os princípios específicos do Direito Tributário: princípio da 
legalidade, da isonomia tributária, da não cumulatividade, da anterioridade genérica 
e anterioridade nonagesimal, da uniformidade geográfica, do não confisco, da 
capacidade econômica do contribuinte, da progressividade das alíquotas e da 
irretroatividade. 
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Estudamos também a obrigação tributária, que nasce quando o sujeito passivo 
realiza o fato gerador. Ela é formada por vários elementos:
• sujeito ativo: aquele que tem competência para instituir ou majorar 
um tributo;
• sujeito passivo: poderá ser o contribuinte ou responsável legal;
• fato gerador: são as hipóteses de incidência descritas na norma 
tributária;
• base de cálculo: grandeza economicamente quantificável;
• alíquotas: são percentuais aplicados sobre a base de cálculo.
Além disso, apresentamos o crédito tributário. Após a obrigação tributária 
liquidada, ou seja, após o lançamento, temos o crédito tributário pronto para ser 
cobrado do sujeito passivo.
Por fim, vimos as causas de suspensão do crédito tributário (moratoria, 
recursos administrativos, depósito integral do valor cobrado, liminar em mandado 
de segurança, liminar ou tutela antecipada em ações judiciais e o parcelamento), 
as causas de extinção do crédito tributário (pagamento, compensação, remissão, 
transação, consignação em pagamento, prescrição e decadência) e as causas de 
exclusão do crédito tributário (anistia e isenção)
 exercícios
Questão 1. A contadora Maria Luisa Francesa foi admitida como funcionária em uma 
empresa prestadora de serviços de limpeza e administração de condomínios. Naquele momento, 
a empresa se encontrava sem assessoria jurídica porque o advogado que lhe prestava serviços 
faleceu em um trágico acidente. Logo na primeira semana de trabalho, Maria Luisa participou 
de uma reunião com a diretoria em que um dos principais assuntos tratados foi a incidência 
de um novo tributo para aquela atividade empresarial. Após ouvir o problema, Maria Luisa foi 
chamada a opinar e afirmou que, embora não fosse advogada, tinha certeza que aquele tributo 
não poderia ser aplicado por contrariar um princípio tributário existente na Constituição Federal 
e que não pode ser desrespeitado, já que a Constituição é a mais importante fonte formal do 
Direito Tributário.
Julgue as afirmativas a seguir, classificando-as como verdadeiras (V) ou falsas (F).
I – A afirmativa de Maria Luisa está incorreta porque ela é formada em Ciências Contábeis e não em 
Ciências Jurídicas, como seria necessário.
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II – A afirmativa de Maria Luisa está correta e representa uma hipótese muito comum, porque os 
estados federativos e os municípios criam tributos na ânsia de arrecadar valores para suprir as suas 
necessidades e, não raro, eles são considerados inconstitucionais.
III – A afirmativa de Maria Luisa está incorreta porque os estados da federação e os municípios têm 
ampla autonomia para criar os tributos de que necessitam para suas atividades administrativas, em 
especial quando esses valores forem utilizados em saúde e educação públicas.
IV – A afirmativa de Maria Luisa está correta porque no Brasil a Constituição Federal é hierarquicamente 
superior a todas as outras leis, razão pela qual nenhuma lei inferior pode se chocar com a Constituição 
sem se tornar inconstitucional e ser banida do ordenamento jurídico.
Agora, assinale a alternativa que apresenta a ordem correta das afirmativas:
A) F, V, V, V.
B) F, V, F, F.
C) F, V, F, V.
D) V, V, F, V.
E) V, F, V, V.
Resposta correta: alternativa C.
Análise das alternativas
A) Alternativa incorreta.
Justificativa: embora a afirmativa I realmente seja falsa e a II e a IV realmente sejam verdadeiras, a 
afirmativa III não é verdadeira. 
B) Alternativa incorreta.
Justificativa: embora as afirmativas I e III realmente sejam falsas e a II realmente seja verdadeira, a 
afirmativa IV não é falsa. 
C) Alternativa correta.
Justificativa: a afirmativa I é falsa porque o fato de ser formado em Ciências Contábeis não impede alguém 
de saber que a Constituição Federal é a lei mais importante desse país, que tem superioridade hierárquica 
sobre todas as demais e que, portanto, não pode ser contrariada. Não é necessário ser um bacharel em 
Ciências Jurídicas, ou um advogado, para conhecer a superioridade hierárquica dos princípios constitucionais.
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A afirmativa II é verdadeira porque os estados e os municípios por vezes desrespeitam a hierarquia 
constitucional e criam tributos que contrariam o texto da lei hierarquicamente mais importante do 
país. Nesses casos, os contribuintes ingressam com pedidos de decretação de inconstitucionalidade do 
tributo perante o Poder Judiciário.
A afirmativa III é falsa porque estados federativos e municípios não têm autonomia para criar leis 
que instituam tributos. Eles devem obedecer ao disposto na Constituição Federal, que fixa a matéria 
sobre a qual eles podem tributar. Mesmo se tratando de direitos sociais como saúde e educação, os 
municípios não são livres para criar tributos da forma como desejarem, porque devem respeitar as regras 
da Constituição Federal.
A afirmativa IV é verdadeira porque a Constituição Federal especifica quais são as áreas de 
competência para tributar dos estados e dos municípios e eles ficam restritos a essa determinação. 
Portanto, uma lei que contrarie um dispositivo constitucional será banida do ordenamento jurídico 
porque está contaminada de inconstitucionalidade.
D) Alternativa incorreta.
Justificativa: embora a afirmativa III realmente seja falsa e a II e a IV realmente sejam verdadeiras, 
a afirmativa I não é verdadeira. 
E) Alternativa incorreta.
Justificativa: embora a afirmativa IV realmente seja verdadeira, as afirmativas I e III não são 
verdadeiras e a II não é falsa. 
Questão 2. O prefeito de Estrela do Sul vai implantar o serviço de coleta de lixo em todo o município. 
A cidade, que possui 12 mil habitantes, não tem nenhum tipo de serviço de recolhimento de lixo – o 
que está causando graves problemas, pois a população lança boa parte do lixo em áreas de preservação 
ambiental e de captação de águas. O promotor de justiça, em uma reunião, já advertiu que vai tomar 
providências para processar a Prefeitura pelo descaso com o meio ambiente, o que levou o prefeito 
a encaminhar para aCâmara Municipal um projeto de lei que aplique um novo imposto, chamado 
Imposto de Coleta de Lixo. 
A respeito da proposta de criação desse imposto, julgue as afirmativas a seguir:
I – A Câmara Municipal de Estrela do Sul não poderá aprovar esse projeto de lei porque o caso não 
permite que se crie um imposto, e sim uma taxa.
II – A Câmara Municipal de Estrela do Sul aprovará a criação do imposto sem problemas porque se 
trata de uma determinação do promotor de justiça que atua no município.
III – A Câmara Municipal de Estrela do Sul rejeitará o projeto de lei do Executivo e aprovará um 
substitutivo que crie uma taxa de recolhimento de lixo.
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IV – Os impostos são genéricos, não vinculados e compulsórios, envolvem atividade vinculada e, 
sempre que possível, terão caráter pessoal e serão dimensionados em conformidade com a capacidade 
econômica do contribuinte.
V – As taxas se destinam a situações menos complexas, o que não é o caso do recolhimento de lixo. 
Estão corretas apenas as afirmativas:
A) I e II.
B) I, II e III.
C) I, III e IV.
D) I, IV e V.
E) I, II e V.
Resolução desta questão na plataforma.
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Unidade II
5 Impostos em espécIe
5.1 Impostos municipais
Vamos passar agora à análise dos impostos municipais. Você já pensou em quais são as espécies de 
impostos municipais? Que tal conhecê‑los?
IPTU – Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana
Competência – art. 32, CTN: o imposto de competência privativa dos municípios e do Distrito 
Federal encerra duas situações tributárias: o terreno e a construção. Por isso, é chamado de imposto 
sobre a propriedade predial e territorial urbana: 
§ 1º: Para efeito deste imposto entende‑se como zona urbana a definida em lei 
municipal, observando o requisito mínimo da existência de melhoramentos 
indicados em pelo menos dois dos incisos seguintes, constituído ou mantidos 
pelo Poder Público:
I. meio fio ou calçamento, com canalização de água pluviais;
II. abastecimento de água;
III. sistema de esgoto sanitário;
IV. rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição 
domiciliar;
V. escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de três 
quilômetros do imóvel considerado.
§ 2º: Consideram‑se também urbanas as áreas urbanizáveis, ou de expansão 
urbana, constantes de loteamentos devidamente aprovados, destinados à 
habitação, à indústria ou ao comércio.
Em síntese, hoje o critério de localização do imóvel é a regra. O imóvel deve ser considerado 
urbano ou rural, conforme esteja situado na zona urbana ou fora dela (observando os requisitos 
descritos anteriomente). Excepcionalmente, um imóvel situado na zona urbana deve ser 
classificado para fins tributários como imóvel rural em face de sua destinação (por exemplo: 
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terras utilizadas para exploração extrativa vegetal, agrícola, pecuária ou agroindustrial – aqui 
incide ITR e não IPTU).
Legislação – art. 156, I, CF, arts. 32 e seguintes do CTN e leis municipais que o instituam.
Sujeito passivo – art. 34, CTN: é o proprietário do imóvel, o titular do seu domínio útil (enfiteuse), 
ou seu possuidor a qualquer título (usucapião). Podendo ser tanto pessoa física como pessoa jurídica, 
desde que realize o fato gerador.
Fator Gerador – art. 32, § 2º, CTN: a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por 
natureza (benfeitorias oferecidas ao longo do tempo pela natureza. Por exemplo: árvores e frutos) ou por 
acessão física (piscina, churrasqueira), como definida na lei civil localizada na zona urbana do município.
Base de Cálculo – art. 33, CTN: é o valor venal do imóvel. Segundo Machado (2002, p. 38), valor 
venal “é aquele que o bem alcançaria se fosse posto à venda, em condições normais. O preço, nesse 
caso, deve ser o correspondente a uma venda à vista, vale dizer, sem incluir qualquer encargo relativo 
a financiamento”.
Compete à autoridade administrativa apurar o valor venal dos imóveis para fins de apurar o imposto 
devido, assegurando ao contribuinte o direito de avaliação contraditória (Art. 148, CTN).
O valor venal é apurado de acordo com normas técnicas de avaliação, aprovadas pela Lei nº 
10.235/1986 e pela Lei nº 15.044/2009 – referentes ao município de São Paulo.
Na composição do valor venal do imóvel, levam‑se em consideração elementos:
a) o preço do metro quadrado de cada tipo, a idade e a área na avaliação da construção;
b) o preço do metro quadrado relativo a cada face do quarteirão, à forma e à área real ou corrigida 
na avaliação do terreno [...] o valor venal do prédio é constituído pela soma do terreno ou parte 
ideal deste, com o valor da construção e dependências, obedecidas as normas para a competente 
inscrição14.
Quanto ao aspecto temporal, o fato gerador do IPTU é o periódico, verificando‑se a cada 1 de janeiro 
do ano correspondente.
Alíquota
Irá variar de município para município, normalmente as alíquotas poderão progredir de acordo com 
a localização do imóvel, uso ou em face do valor do imóvel.
14 Disponível em: http://jus.uol.com.br/revista/texto/8812/a‑aplicacao‑de‑aliquotas‑progressivas‑no‑iptu. >. Acesso 
em: 6 dez. 2011.
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Atualização do IPTU por decreto – princípio da legalidade
Os impostos só podem ser majorados por meio de Lei Ordinária proveniente do Poder Legislativo. 
Contudo, a atualização do valor venal não é considerada como aumento de imposto, podendo ser 
procedida por decreto expedido pelo chefe do Poder Executivo.
 Lembrete
Para tanto, a alteração do valor venal deve ser apenas atualização dos 
valores de acordo com a inflação monetária.
 saiba mais
Sobre o tema, leia o seguinte texto:
RECKZIEGEL, A. R. G.; RECKZIEGEL, T. R. S. Imposto predial e territorial 
urbano – IPTU: aspectos relacionados com a base de cálculo. In: Anais do 
XIX Encontro Nacional do Conpedi. Florianópolis: Fundação Boiteux, 2010. 
Disponível em: <http://www.conpedi.org.br/conteudo.php?id=2>. Acesso em: 
14 maio 2013.
ISS – Imposto sobre serviço de qualquer natureza
Competência e legislação 
Segundo o art. 156, III, CF: 
Compete aos Municípios instituir impostos sobre:
[...]
III. serviço de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos 
em Lei Complementar (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993).
Lei Complementar nº 116/2003 – lista com todos os serviços sobre os quais incide ISS.
Sujeito passivo
É o prestador de serviço, empresa (exemplo: um hotel) ou profissional autônomo (exemplo: médicos, 
dentistas, contador, advogado, isto é, vendedores de bens imateriais) quando realizarem o fato gerador 
descrito na norma.
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Portanto, não serão considerados contribuintes:
• os que prestam serviços em relação de emprego;
• os trabalhadores avulsos;
• os diretores e membros de conselho consultivo ou fiscal de sociedades;
• se o serviço for gratuito, ou em benefício do próprio prestador, não incide o ISS.
 observação
Trabalhador autônomo é contribuinte do ISS. Trabalhador avulso não é 
contribuinte.
Fato gerador
É a prestação por empresa ou profissional autônomo, com ou sem estabelecimento fixo, de serviços 
constantes da lista anexada à Lei Complementar nº 116/2003, que enumera, aproximadamente, 230 
serviços, divididos em 40 itens.
A lista mencionada anterirmente é taxativa, ou seja, cita todos os tipos de serviço sujeitos a ISS.
 observação
O fato gerador é instituído por lei municipal, mas essa definição há de 
respeitar os limites fixados pelaLei Complementar.
Base de cálculo
A base de cálculo do ISS é o preço do serviço, como tal considerada a receita bruta a ele 
correspondente, excetuando‑se as deduções previstas em legislação pertinente. Vale destacar que 
se considera ‘preço’ tudo que for cobrado em virtude da prestação do serviço. Na falta de preço, 
a base de cálculo será apurada observando o valor cobrado dos usuários ou dos contratantes de 
serviços similares. 
Alíquota
Os municípios gozam de autonomia para fixar as alíquotas sobre os serviços, devendo respeitar a 
alíquota máxima de 5% (art. 8º, LC) e a alíquota mínima de 2% (art. 88, ADCT).
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A tributação do ISS é fixa ou proporcional, de acordo com as características do sujeito passivo.
A tributação fixa refere‑se a um único valor pago periodicamente pelos profissionais liberais, que 
executam serviços profissionais (forma de trabalho pessoal do próprio contribuinte). 
Sendo o imposto fixo, é impróprio falar em alíquota e base de cálculo, pois não há o que se calcular. 
Assim, o imposto será fixo, podendo ser diverso em razão da natureza do serviço ou outros fatores 
pertinentes.
Tratando‑se de sociedade de profissionais liberais, deve‑se multiplicar o imposto fixo pelo número 
de profissionais liberais que compõem a sociedade.
A tributação proporcional ad valorem, por sua vez, está adstrita à aplicação de uma alíquota sobre 
o valor dos serviços prestados (tratando de serviços prestados por empresas).
Recolhimento – qual é o local do recolhimento do ISS?
Segundo o art. 4º, da LC nº 116/2003: local onde o contribuinte desenvolva a atividade de prestar 
serviços, de modo permanente ou temporário, e que configure unidade econômica profissional.
A regra geral é no município onde está o estabelecimento ou o domicílio do prestador, entretanto há 
entendimento diverso nos tribunais e dos doutrinadores, senão vejamos: 
O ISS é devido ao município em que o “serviço é positivamente prestado, 
ainda que o estabelecimento prestador esteja situado em outr o município” 
(Roque Carrazza). No entanto, cabe ressaltar que a Primeira Seção do STJ 
pacificou “o entendimento de que, para fins de incidência do ISS, importa 
o local onde foi concretizado o fato gerador, como critério de fixação de 
competência e exigibilidade do crédito tributário, ainda que se releve o teor 
do art. 12, alínea ‘a’, do Decreto‑Lei nº 406/68” (AgRg no REsp 334188, DJ 
23/6/2003 p. 245)15.
O art. 3º, da LC nº 116/2003, elenca diversas exceções nas quais o ISS será recolhido para o município 
em que for efetivamente prestado o serviço. Exemplos: instalação de andaimes, palcos, execução de 
obra, demolições, edificações em geral etc.:
O serviço considera‑se prestado e o imposto devido no local do 
estabelecimento pres‑ tador ou, na falta do estabelecimento, no local do 
domicílio do prestador, exceto nas hipóteses previstas nos incisos I a XXII, 
quando o imposto será devido no local:
15 Disponível em: <http://www.investesaocaetano.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=35&Ite
mid=65>. Acesso em: 10 mai. 2012.
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I – do estabelecimento do tomador ou intermediário do serviço ou, na 
falta de estabelecimento, onde ele estiver domiciliado, na hipótese do 
§ 1º do art. 1º desta Lei Complementar;
II – da instalação dos andaimes, palcos, coberturas e outras estruturas, 
no caso dos serviços descritos no subitem 3.05 da lista anexa;
III – da execução da obra, no caso dos serviços descritos no subitem 7.02 
e 7.19 da lista anexa;
IV – da demolição, no caso dos serviços descritos no subitem 7.04 da 
lista anexa;
V – das edificações em geral, estradas, pontes, portos e congêneres, no 
caso dos serviços descritos no subitem 7.05 da lista anexa;
VI – da execução da varrição, coleta, remoção, incineração, tratamento, 
reciclagem, separação e destinação final de lixo, rejeitos e outros 
resíduos quaisquer, no caso dos serviços descritos no subitem 7.09 da 
lista anexa;
VII – da execução da limpeza, manutenção e conservação de vias e logradouros 
públicos, imóveis, chaminés, piscinas, parques, jardins e congêneres, no 
caso dos serviços descritos no subitem 7.10 da lista anexa;
VIII – da execução da decoração e jardinagem, do corte e poda de árvores, 
no caso dos serviços descritos no subitem 7.11 da lista anexa;
IX – do controle e tratamento do efluente de qualquer natureza e de 
agentes físicos, químicos e biológicos, no caso dos serviços descritos 
no subitem 7.12 da lista anexa;
X – (Vetado) 
XI – (Vetado)
XII – do florestamento, reflorestamento, semeadura, adubação e congêneres, 
no caso dos serviços descritos no subitem 7.16 da lista anexa;
XIII – da execução dos serviços de escoramento, contenção de encostas 
e congêneres, no caso dos serviços descritos no subitem 7.17 da lista 
anexa;
XIV – da limpeza e dragagem, no caso dos serviços descritos no subitem 
7.18 da lista anexa;
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XV – onde o bem estiver guardado ou estacionado, no caso dos serviços 
descritos no subitem 11.01 da lista anexa;
XVI – dos bens ou do domicílio das pessoas vigiados, segurados ou 
monitorados, no caso dos serviços descritos no subitem 11.02 da lista 
anexa;
XVII – do armazenamento, depósito, carga, descarga, arrumação e 
guarda do bem, no caso dos serviços descritos no subitem 11.04 da 
lista anexa;
XVIII – da execução dos serviços de diversão, lazer, entretenimento e 
congêneres, no caso dos serviços descritos nos subitens do item 12, 
exceto o 12.13, da lista anexa;
XIX – do Município onde está sendo executado o transporte, no caso dos 
serviços descritos pelo subitem 16.01 da lista anexa;
XX – do estabelecimento do tomador da mão de obra ou, na falta de 
estabelecimento, onde ele estiver domiciliado, no caso dos serviços 
descritos pelo subitem 17.05 da lista anexa;
XXI – da feira, exposição, congresso ou congênere a que se referir o 
planejamento, organiza‑ ção e administração, no caso dos serviços 
descritos pelo subitem 17.10 da lista anexa;
XXII – do porto, aeroporto, ferroporto, terminal rodoviário, ferroviário 
ou metroviário, no caso dos serviços descritos pelo item 20 da lista 
anexa16.
Dúvidas repetidas de interesse dos contribuintes situadas no site da prefeitura 
do Município de São Paulo17
1) Os profissionais liberais e autônomos estão isentos do pagamento do Imposto 
sobre Serviços (ISS) a partir de 2009?
Sim. A Lei nº 14.864/2008 concede isenção do pagamento do Imposto sobre Serviços 
(ISS), a partir de 01 de janeiro de 2009, aos profissionais liberais e autônomos, quando 
prestarem os serviços descritos na lista do caput do art. 1º da Lei nº 13.701/2003, com as 
alterações posteriores.
16 Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp116.htm>. Acesso em: 10 mai. 2012.
17 Disponível em: <http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/financas/servicos/iss/index.php?p=5845>. Acesso 
em: 6 dez. 2011.
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2) As cooperativas e sociedades de profissionais estão isentas do pagamento do 
ISS a partir de 2009?
Não. A isenção do pagamento do ISS a partir de 2009 não se aplica às cooperativas 
e sociedades de profissionais. Elas devem continuar a recolher o ISS nos termos do 
regulamento.
3) Os delegatários de serviços de registros públicos, cartorários e notariais, que 
prestam os serviços descritos no subitem 21.01, constante da lista de serviços do 
art. 1º da Lei nº 13.701/2003, estão isentos do pagamento do ISS a partir de 2009?
Não. A isenção de pagamento do ISS prevista na Lei nº 14.864/2008 não se aplica aos 
delegatários de serviço público.
4) Quem pode ser consideradoprofissional liberal ou autônomo?
Profissional liberal ou autônomo é aquele que, possuindo determinadas habilidades 
manuais, técnicas ou intelectuais, presta serviços de forma pessoal e por conta própria, sem 
vínculo empregatício ou subordinação hierárquica. O serviço pode ser prestado, habitual 
ou eventualmente, no estabelecimento ou domicílio do prestador ou no estabelecimento 
ou domicílio do tomador do serviço. Destacam‑se os seguintes pressupostos básicos neste 
tipo de prestação de serviços: a) pessoalidade; b) inexistência de subordinação hierárquica.
O termo “profissional autônomo” é utilizado de forma ampla e busca designar quem 
trabalha por conta própria e sem vínculo empregatício. O termo “profissional liberal” está 
normalmente associado a uma profissão regulamentada por uma Ordem ou Conselho 
Profissional, o que lhe confere exclusividade e responsabilidade legal no exercício da 
atividade. O profissional liberal geralmente possui nível universitário ou técnico, podendo 
empregar outra pessoa apenas para exercer atividade de apoio à sua atividade. Entram na 
lista dos profissionais liberais os médicos, dentistas, advogados, jornalistas, dentre outras 
categorias profissionais.
5) O profissional liberal ou autônomo precisa solicitar a isenção na Prefeitura?
Não. A concessão da isenção prevista na Lei nº 14.864/2008 será adotada de forma 
automática pela Prefeitura, com base nos dados constantes no Cadastro de Contribuintes 
Mobiliários (CCM), não sendo necessário qualquer requerimento por parte do contribuinte.
6) O profissional liberal ou autônomo precisa atender a algum requisito para 
beneficiar-se da isenção?
Sim. O requisito básico para a concessão da isenção prevista na Lei nº 14.864/2008 é a 
regular inscrição no Cadastro de Contribuintes Mobiliários (CCM).
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Direito tributário
7) Os profissionais liberais e autônomos estão dispensados da inscrição e 
atualização de seus dados no Cadastro de Contribuintes Mobiliários (CCM)?
Não. A Lei nº 14.864/2008 não exime os profissionais liberais e os autônomos da inscrição 
e da atualização de dados cadastrais no CCM, nem do cumprimento das demais obrigações 
acessórias definidas em regulamento.
8) O que acontece se o profissional liberal ou autônomo não providenciar a sua 
inscrição no Cadastro de Contribuintes Mobiliários (CCM)?
O tomador do serviço fica obrigado à retenção na fonte e recolhimento do ISS, caso não 
seja fornecido o número da inscrição no Cadastro de Contribuintes Mobiliários (CCM) do 
profissional liberal ou autônomo.
9) A partir de quando, os profissionais liberais e autônomos estão isentos do 
pagamento do ISS?
A Lei nº 14.864/2008 concede isenção do pagamento do ISS aos profissionais liberais 
e autônomos, que tenham inscrição como pessoa física no Cadastro de Contribuintes 
Mobiliários (CCM), a partir de 01 de janeiro de 2009.
10) Como ficam os débitos do ISS relativos aos exercícios anteriores a 2009?
A isenção de que trata a Lei nº 14.864/2008 não alcança os débitos do ISS anteriores a 
2009, ou seja, os débitos devem ser quitados na forma do regulamento.
ITBI – Imposto sobre transmissão de bens imóveis 
Legislação – art. 156, II, da CF e arts. 35 e seguintes do CTN.
Fato gerador
O fato gerador desse imposto está definido no artigo 35 do CTN, bem como no art. 156, II, da CF, nos 
seguintes termos: 
Compete aos Municípios instituir imposto sobre:
[...]
III. a transmissão, inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de 
bens imóveis por natureza ou acessão física e de direitos reais sobre 
imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua 
aquisição.
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Há que ser oneroso o ato de transmissão do bem imóvel para que seja devido o ITBI.
Alguns municípios, por meio das suas leis ordinárias, previram outras hipóteses de incidência, 
como promessa de compra e venda (isso não caracteriza a transmissão de bem imóvel; portanto, não é 
constitucional).
Também se deve ter em mente os artigos 36 e 37, do CTN, que descrevem situações que não podem 
ser tributadas pelo ITBI, uma vez que não caracterizam transmissão de bem imóvel. Exemplo: quando 
ocorre mudança do tipo societário (fusão, cisão etc.), não há transferência de bem imóvel. Também não 
pode ser tributada a venda de participações societárias.
Sujeito ativo
Tem competência tributária para instituir o ITBI, o município da situação dos bens imóveis 
e diretos a eles relativos, os quais serão transmitidos de forma onerosa. Por exemplo, se João 
comprar um imóvel em Passo Fundo/RS, poderá fazer a escritura de compra e venda do imóvel em 
São Paulo, mas deverá registrar esse imóvel em Passo Fundo e recolher o imposto a este município 
(Art. 156, § 2º, II, CF).
Sujeito passivo
O art. 42 do CTN deixou a critério de cada entidade política a eleição do contribuinte, que poderá ser 
qualquer uma das partes na operação tributada. 
Em São Paulo, temos a Lei nº 11.154, de 30 de dezembro de 1991, a qual considera como contribuinte 
do imposto o adquirente em relação à transmissão de bens ou direitos, e o cedente, em relação à 
cessão de direitos decorrentes de compromissos de compra e venda. A maioria dos municípios seguiu a 
mesma orientação.
Base do cálculo
Segundo o art. 38 do CTN, a base de cálculo desse imposto é o valor venal dos bens ou 
direitos transmitidos. O art. 7º da nossa lei municipal dispõe no mesmo sentido. Entretanto, 
o art. 8º da lei impõe a observância de um valor piso, representado pelo valor venal do imóvel 
para efeito de lançamento do IPTU, atualizado desde 01 de janeiro até a data do instrumento de 
transmissão ou cessão.
Isso significa que, quando o contribuinte for registrar a escritura de compra e venda no 
Registro Público de Imóveis, deverá declarar o valor de transmissão para o tabelião, e esse valor 
nunca poderá ser inferior ao valor venal considerado pelo município para fins de IPTU. Porque, 
afinal, é sobre o valor da transmissão do bem que recai a alíquota para cálculo do ITBI.
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Alíquota18
Cabe ao município determinar a(s) alíquota(s) para fins de cálculo do ITBI. Em São Paulo, as alíquotas 
são de 0,5%, no caso de uso de financiamento SFH, e 2% como regra.
Dúvida comum dos contribuintes
Incide o imposto sobre a aquisição da propriedade por usucapião?
Pela doutrina dominante, a transmissão pressupõe uma vinculação decorrente da vontade ou da lei 
entre o titular anterior (promitente) e o novo titular (adquirente). No usucapião não há transmissão, 
porque não há um alienante voluntário. Inexiste vínculo entre aquele que perde a propriedade e o que o 
adquire. Daí a originalidade da aquisição, isto é, o direito do usucapiente não se funda no título anterior. 
Por isso, o STF considera inconstitucionais as leis que exigem o imposto nas aquisições por usucapião.
5.2 Impostos estaduais
ITCMD
Competência 
Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir o ITCMD, conforme art. 155, I, CF. O imposto que 
recai sobre heranças e doações é de competência estadual.
Art. 155, § 1o, CF: 
a) Relativamente a imóveis e direitos a eles inerentes, o imposto pertence aos estados onde os 
imóveis estiverem localizados.
b) Relativamente aos móveis, títulos e créditos, o imposto pertence ao estado onde se processar o 
inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o doador.
 observação
Se o doador tivesse domicílio no exterior, ou se o inventário for 
processado no exterior, cabe à Lei Complementar regulamentar.
Local onde será devido o ITCMD
• Bens imóveis: pertence ao Estado da situação do bem.
18 Disponível em: <http://jus.uol.com.br/revista/texto/1400/imposto‑sobre‑transmissao‑de‑bens‑imoveis‑itbi>. 
Acesso em: 10 mai. 2012.
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• Bens móveis, títulos e créditos: pertence ao Estado onde se processar o inventário ou arrolamento, 
ou tiver domicílio o doador.
Vamos exemplificar? José faleceu no Rio de Janeiro e seu inventário foi feito em Minas Gerais. Ele 
possuia um apartamento em São Paulo e um automóvel no Rio Grande do Sul. Como ficará o ITCMD 
recolhido quanto ao carro e ao imóvel? Recolhe‑se o ITCMD para São Paulo quanto ao imóvel e, para 
Minas Gerais, quanto ao carro.
 Lembrete
O momento do fato gerador se dá no registro da escritura de transmissão, 
no caso dos imóveis.
Fato gerador
Esse imposto tem incidência sobre transmissão de bens móveis e imóveis, e também sobre transmissão 
de direitos, a título não oneroso.
O ITCMD incide sobre a transmissão de qualquer bem ou direito havido:
a) Por sucessão legítima ou testamentária, inclusive a sucessão provisória
A formalização dessa transmissão de propriedade ocorre mediante o processo de inventário e, no 
âmbito desse imposto, é lançado pela autoridade competente e pago pelos interessados (o objeto da 
transmissão é a herança).
Nota: no caso de aparecimento do ausente, fica assegurada a restituição do imposto recolhido pela 
sucessão provisória.
b) Por doação
A doação também opera transmissão da propriedade de bens, sejam móveis ou imóveis. Tratando‑se 
dos últimos, a escritura de doação deverá ser registrada no Registro de Imóveis (antes deste se recolhe 
o ITCMD).
No tocante à vigência e aplicação das normas relativas ao ITCMD, são aplicadas as seguintes regras:
• para fins de tributação, será aplicável a lei vigente à época do fato gerador;
• no ato do arrolamento de bens, posterior formal de partilha, e também na escritura pública de 
doação, os herdeiros ou os doadores deverão se dirigir à Agência de Rendas do Estado Competente, 
requerer a emissão da Guia de recolhimento do ITCMD19.
19 Disponível em: <http://www.idtl.com.br/artigos/176.pdf>. Acesso em: 6 dez. 2011.
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Direito tributário
Contribuinte do ITCMD
Na ausência de disposição constitucional a respeito, o legislador estadual tem liberdade para definir 
o contribuinte desse imposto. Em relação à herança, o contribuinte é logicamente os herdeiros ou 
legatários. Mas tratando‑se de doação, poderá ser qualquer uma das partes:
• na transmissão causa mortis: o herdeiro ou o legatário;
• na doação: o donatário.
Se o donatário não pagar o imposto, poderá ser responsável o doador pelo tributo devido20.
Base de cálculo do ITCMD
Regras gerais
A base de cálculo do ITCMD é o valor venal do bem ou direito transmitido, expresso em moeda 
nacional. Com efeito, considera‑se valor venal o valor de mercado do bem ou direito na data da 
abertura da sucessão ou da realização do ato ou contrato de doação. Compete ao fisco a verificação 
da verdade.
Segundo o art. 10, Lei nº 10.705 de 28 de dezembro de 2000:
O valor do bem ou direito na transmissão “causa mortis” é o atribuído na 
avaliação judicial e homologado pelo juiz. 
§ 1º – Se não couber ou for prescindível a avaliação, o valor será o declarado 
pelo inventariante, desde que haja expressa anuência da Fazenda [...].
Bem móvel e demais direitos
No que tange ao bem móvel, a base de cálculo do ITCMD é o valor corrente de mercado do bem, 
título, crédito ou direito, na data da transmissão ou do ato translativo.
Caso não haja valor correspondente no mercado, o fisco admite o que for declarado pelo 
interessado, hipótese em que tal valor fica sujeito à revisão do lançamento pela autoridade 
competente.
Não são dedutíveis na base de cálculo do ITCMD as dívidas do espólio, bem como as despesas para 
efetivar a transmissão dos bens e direitos. Ou seja, da herança – apuram‑se os valores dos bens e dessa 
base de cálculo se aplica a alíquota cabível. Lógico que se deve observar se há possibilidade de alguma 
isenção.
20 Disponível em: <http://www.xuletas.es/fichá/obrigacao‑tributaria>. Acesso em: 10 mai. 2012.
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Alíquota – cálculo do imposto
A alíquota do ITCMD máxima fixada pelo Senado é de 8% – resolução do Senado 9/92.
Resolução nº 9 – de 05 de maio de 199221
Faço saber que o Senado Federal aprovou, nos termos do inciso IV, do § 1º, 
do artigo 155 da Constituição, e eu, Mauro Benevides, presidente, promulgo 
a seguinte Resolução:
Art. 1º: A alíquota máxima do Imposto de que trata a alínea “a”, inciso I, do 
art. 155 da Constituição Federal será de oito por cento, a partir de 1º de 
janeiro de 1992.
Art. 2º: As alíquotas dos Impostos, fixadas em lei estadual, poderão ser 
progressivas em função do quinhão que cada herdeiro efetivamente receber, 
nos termos da Constituição Federal.
A alíquota pode ser progressiva, mas deve ter como teto a alíquota máxima fixada pelo Senado. É 
uma forma de realizar o princípio da capacidade contributiva.
E mais, deverá levar em conta o valor do quinhão, do legado ou dos bens transmitidos, pois a 
capacidade contributiva a ser considerada é a daqueles a quem se destinam os bens, e não a do autor 
da herança ou doador. 
 observação
No estado de São Paulo, atualmente, a alíquota é fixa de 4%.
 saiba mais
No link a seguir, acesse mais informações a respeito do ITCMD.
<http://pfe.fazenda.sp.gov.br/itcmd.shtm>
ICMS
Legislação – art. 155, II, CF, § 2o, XII – este inciso aborda diversas situações que deverão ser tratadas 
por Lei Complementar – LC 87/96 e LC 114/2002.
21 Disponível em: <http://app1.sefaz.mt.gov.br/0325677500623408/07FA81BED2760C6B84256710004D3940/2CD5F43
072B7AA2A03256812004E0415>. Acesso em: 10 mai. 2012.
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Direito tributário
Competência e sujeito ativo
Estados e Distrito Federal poderão regulamentar o ICMS, respeitando os limites já disciplinados pela 
Constituição Federal.
Sujeito passivo
Segundo o art. 4o, da LC 87/96 – contribuinte seria qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize com 
habitualidade ou em volume, que caracterize intuito comercial, operações de circulação de mercadoria 
ou prestação de serviço de transporte ou de comunicação, ainda que as operações e prestações de 
serviço iniciem no exterior.
A LC 114/2002, porém, incluiu também pessoas que, mesmo sem habitualidade, importem 
mercadorias; sejam destinatárias de serviços prestados no exterior; adquiram produtos em licitação; e 
adquiram lubrificantes ou combustíveis para consumo:
• pessoas que pratiquem operações relativas à circulação de mercadorias;
• importadores de bens de qualquer natureza;
• prestadores de serviços de transporte interestadual e intermunicipal;
• prestadores de serviços de comunicação.
Há possibilidade de figurar, no polo passivo da relação, o responsável tributário. 
Fato gerador
O principal fato gerador é a circulação de mercadoria ou prestação de serviços interestadual 
ou intermunicipal de transporte e de comunicação, ainda que iniciados no exterior22.
A LC 87/96, em seu art. 2o, aborda as hipóteses de incidência. O fato gerador pode constituir:
a) As operações relativas à circulação de mercadorias, inclusive o fornecimento de alimentos e 
bebidas em bares, restaurantes e estabelecimentos similares.
É a mudança de titularidade jurídica do bem que caracteriza a circulação de mercadorias. Não 
são mercadorias as coisas que o empresário adquire para uso ou consumo próprio, mas somente 
aquelas adquiridas para revenda ou venda.
b) Prestação de serviços de transporte (interestaduais e intermunicipal) por qualquer via, de pessoas, 
coisas ou valores.
22 Disponível em: <http://www.jusbrasil.com.br/noticias/2154491/nova‑sumula‑432‑do‑stj‑dispoe‑que‑as‑
empresas‑de‑construcao‑civil‑nao‑estao‑obrigadas‑a‑pagar‑icms‑sobre‑insumos‑adquiridos‑em‑operacoes‑interest‑aduais>. Acesso em: 7 mai. 2012.
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Prevalece na determinação do local da prestação, para o qual deve haver o recolhimento do 
tributo, em relação aos serviços de transporte. É simples: vale o local onde tenha início a prestação 
do transporte.
c) Na prestação onerosa de serviço de comunicação (telefone, internet).
d) A entrada de mercadoria ou bens importados do exterior, por pessoa física ou jurídica, ainda que 
não seja contribuinte habitual do imposto (LC 114/2002). 
Qual é o momento em que a obrigação nasce?
Art. 12, da LC 87/96, dispõe que o fato gerador ocorreu no momento:
[...]
I. da saída da mercadoria do estabelecimento do contribuinte;
II. do início da prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal;
III. do ato final de transporte iniciado no exterior;
IV. do desembaraço aduaneiro de mercadorias ou bens importados do 
exterior;
V. do recebimento pelo destinatário de serviços prestados no exterior;
VI. da aquisição em licitação pública de mercadorias ou bens importados 
do exterior e apreendidos ou abandonados;
VII. da entrada, no território do Estado destinatário, de petróleo, inclusive 
lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e 
de energia elétrica, quando não destinados à comercialização ou à 
industrialização, decorrentes de operações interestaduais, cabendo o 
imposto ao Estado onde estiver localizado o adquirente. 
[...]
Base de cálculo
A base de cálculo pode ser:
• o valor da operação, tratando‑se de operação de circulação de mercadoria;
• o preço do serviço, tratando‑se de transporte e de comunicação;
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Direito tributário
• o valor da mercadoria ou bem importado, constante de documento de importação, convertido em 
moeda nacional pela mesma taxa de câmbio utilizada para cálculo do imposto de importação e 
acrescido do IPI, do próprio II, e das despesas aduaneiras.
Alíquotas
Operações interestaduais: são aquelas em que o vendedor e o comprador encontram‑se em 
estados diferentes.
A fixação das alíquotas de ICMS nessas operações compete ao Senado Federal, que deverá promovê‑
la por meio de Resolução, aprovada por maioria absoluta.
Operações internas: são aquelas em que o vendedor e o comprador encontram‑se no mesmo estado. 
Nestas, o Senado Federal apenas irá fixar alíquotas mínimas e máximas, com intuito de evitar a guerra fiscal.
Alíquotas internas: utilizadas nas operações internas, isto é, naquelas operações em que o vendedor 
e o adquirente da mercadoria encontram‑se situados no mesmo estado23.
Normalmente, as alíquotas internas são superiores às alíquotas interestaduais. No entanto, no que 
tange ao ICMS, temos a aplicação do princípio da seletividade, que permite variar as alíquotas de acordo 
com a essencialidade do produto (de 7% até 25%).
As alíquotas internas costumam ser 17% – 18%, dependendo do estado.
Nas operações interestaduais em que o comprador não seja contribuinte do ICMS, a operação será 
tributada completamente no estado do vendedor.
Quando a operação ocorre entre estados, e tanto o vendedor quanto o comprador são contribuintes 
do ICMS, a receita será repartida.
Nas operações interestaduais, as alíquotas serão de 7% ou 12%, de acordo com o estado de origem 
(onde se localiza o vendedor) e o estado de destino (onde se situa o comprador).
As alíquotas para os estados do sul e sudeste são de 12%. Para os estados do norte, nordeste, centro‑
oeste e Espírito Santo, a alíquota será de 7%.
Vale lembrar que o critério que define a aplicação da alíquota não é o estado de origem, mas o 
estado do destino.
As alíquotas interestaduais foram estabelecidas com o objetivo de privilegiar as regiões com menor 
desenvolvimento econômico.
23 Disponível em: <http://www.pontodosconcursos.com.br/admin/imagens/upload/4245_D.pdf>. Acesso em: 7 dez. 
2011.
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Exemplos de aplicação
Conforme os conceitos estudados até aqui, analise e responda às questões a seguir:
1. a) Se o destinatário da mercadoria não for contribuinte, e sim uma pessoa física, o imposto caberá 
integralmente ao estado de origem da operação, devendo ser calculado pela alíquota interna. Exemplo: 
uma loja de Campinas/SP vende um eletrodoméstico no valor de R$ 1.000,00 para uma pessoa física de 
Guaxupé/MG. Quanto o vendedor deverá recolher de ICMS, sabendo que a alíquota interna do estado 
de São Paulo é de 18%?
b) Se o destinatário da mercadoria for contribuinte, um comerciante, produtor, industrial ou 
equiparado, o imposto caberá aos estados de origem e de destino, incidindo duas vezes, da seguinte 
forma:
1º) Cobra‑se o imposto no estado de origem pela alíquota interestadual.
2º) Cobra‑se o imposto no estado de destino pela diferença entre alíquota interna e alíquota 
interestadual. Exemplo: um estabelecimento atacadista na cidade de Campinas vende um lote de 
aparelhos eletrodomésticos por R$ 100.000,00 a um estabelecimento varejista da cidade de Guaxupé‑
MG. Calcule o ICMS, sabendo que as alíquotas dos impostos são:
• alíquota interna de SP 18%;
• alíquota interna de MG 17%;
• alíquota interestadual 12%.
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______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Outro exemplo
• Vendedor: empresa A – situada no RS.
• Comprador: empresa B – situada em SP.
• Ambos contribuintes do ICMS.
• Valor da operação – R$ 1.000.000,00.
• Alíquota interestadual aplicável na região sudeste – 12% (destino).
• Alíquota interna aplicável – 18% SP.
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• Operação interestadual.
• ICMS no estado do vendedor – R$ 120.000,00.
• Revenda por R$ 1.000.000,00 (hipótese sem lucro).
• ICMS, alíquota interna 18%.
• ICMS no estado do comprador R$ 180.000,00 – 120.000,00 (que já foi pago no RS).
Será pago o valor de R$ 60.000,00 para o estado de São Paulo.
Respostas
1. a) Base de cálculo = valor da mercadoria = R$ 1.000,00 x 18% = 180,00.
Explicação: o ICMS será pago pela alíquota interna do estado de origem, nesse caso São Paulo.
b) Para o estado de origem, São Paulo, paga‑se o imposto na alíquota de 12%, interestadual, e para 
Minas Gerais recolhe‑se a diferença da alíquota interna para a interestadual, ou seja, 17% ‑ 12% = 5%.
Vejamos:
• base de cálculo – R$ 100.000,00;
• vendedor – SP – recolhe sobre 100.000,00 – alíquota interestadual – 12% = R$ 12.000,00;
• o comprador é varejista, quando ele revender a mercadoria deverá pagar o ICMS que ficou 
faltando. Se vender pelo mesmo valor, R$ 100.000,00, recolhe a diferença entre a alíquota 
interestadual e a interna de seu estado. Nesse caso, a alíquota interna é de 17% em Minas 
Gerais. 17 ‑ 12 = 5% sobre R$ 100.000,00. Assim, irá recolher 5.000,00 para o estado de 
Minas Gerais.
A CF no art. 155, § 2o, X – elenca hipótese de não incidência do ICMS
Princípio da não cumulatividade
O ICMS é um imposto que incide nas diversas etapas da circulação da mercadoria, sendo não 
cumulativo. Com isso, em cada etapa de sua circulação, é permitido abater‑se o imposto pago nas 
etapas anteriores.
Será não cumulativo, compensando‑se o que for devido em cada operação relativa à circulação 
de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas etapas anteriores pelo mesmo 
estado ou outro estado ou DF.
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IPVA – Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores
Competência – art. 155 da CF/88:
Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir imposto sobre:
[...]
III – propriedade de veículos automotores.
A receita do IPVA é partilhada entre o estado (50%) e o município (50%) onde o veículo é licenciado 
e destina‑se ao financiamento de serviços básicos à população (saúde, educação, transporte, segurança, 
habitação etc.).
Sujeito passivo
O contribuinte do imposto é o proprietário de veículo, pessoa física ou jurídica.
Fato gerador
O fato gerador do IPVA é a propriedade do veículo automotor. O imposto incide sobre a propriedade 
de veículos automotores de qualquer espécie, devendo ser pago anualmente pelo proprietário ou 
responsável.
Base de cálculo
A Sefaz – Secretaria da Fazenda Pública Estadual deve apresentar até 31 de outubro do exercício 
anterior ao da cobrança do imposto uma tabela com os valores dos veículos automotores, estabelecendo 
modelo, marca e ano de fabricacão e correspondente valor do veículo, isto se tratando de veículo 
usado. Estes valores servirão de base de cálculo para o imposto que é lançado todo dia 1º de janeiro 
de cada ano.
Veículo novo
• O valor do documento relativo à aquisição, incluindo opcionais e acessórios.
• O valor do documento de importação, acrescido dos tributos das despesas decorrentes da 
importação, na importação direta.
• O valor do custo de aquisição ou de fabricação, na incorporação de veículo ao ativo permanente 
do fabricante ou do revendedor.
• O somatório dos valores relativos à aquisição de parte e peça, e do serviço prestado, quando o 
veículo foi montado pelo próprio consumidor.
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Veículo usado
• O valor médio de mercado divulgado em tabela elaborada pela Sefaz, observando‑se, no mínimo, 
a marca, o modelo, a espécie e o ano de fabricação.
Alíquotas
O Senado Federal, por meio de resolução, trará as alíquotas mínimas cobradas pelos estados, que o 
farão mediante lei ordinária estadual; nesse caso, não há alíquotas máximas.
O IPVA poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e da utilização do veículo, como no 
caso dos utilitários e dos carros de passeio no estado de São Paulo (nesse caso, entende‑se que a função 
da progressividade é extrafiscal, assumindo função regulatória).
Há também a isenção de IPVA para veículos utilizados em atividade de interesse socioeconômico 
específico (agroindústria, transporte público de passageiros, terraplenagem).
Quanto aos veículos das pessoas jurídicas de Direito Público, dos templos e das instituições de 
educação e assistência social, não há que se falar em isenção, mas sim em imunidade.
Alíquotas no estado São Paulo
A tabela deve ser publicada até o dia 31 de dezembro do exercício anterior ao da cobrança do 
imposto.
• Na impossibilidade da aplicação da tabela, deve‑se adotar o valor:
— de veículo similar constante da tabela ou existente no mercado; 
— arbitrado pela autoridade administrativa na inviabilidade da aplicação da regra precedente.
• É irrelevante para determinação da base de cálculo o estado de conservação do veículo 
individualmente considerado.
Art. 9º: A alíquota do imposto, aplicada sobre a base de cálculo atribuída ao 
veículo, será de:
I. 1,5% (um inteiro e cinquenta centésimos por cento) para veículos de 
carga, tipo caminhão;
II. 2% (dois por cento) para: 
a) ônibus e micro‑ônibus;
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b) caminhonetes cabine simples;
c) motocicletas, ciclomotores, motonetas, triciclos e quadriciclos;
d) máquinas de terraplenagem, empilhadeiras, guindastes, locomotivas, 
tratores e similares.
III. 3% (três por cento) para veículos que utilizarem motor especificado 
para funcionar, exclusivamente, com os seguintes combustíveis: álcool, gás 
natural veicular ou eletricidade, ainda que combinados entre si;
IV. 4% (quatro por cento) para qualquer veículo automotor não incluído 
nos incisos I a III deste artigo (Lei nº 13.296, de 23 de dezembro de 
2008)24.
 Lembrete
É importante atentar‑se que as alíquotas podem variar de estado 
para estado e, ainda que as leis que prevêm tais exações, também prevêm 
isenções fiscais. Verifique a lei de seu estado!
 saiba mais
Sobre o tema, leia o seguinte texto:
BERNARDES, F. C.; MELO, J. P. F. de A. O principio da capacidade 
contributiva e a justa tributação do IPVA. Disponível em: <http://www.
conpedi.org.br/manaus/arquivos/anais/brasilia/07_760.pdf>. 
5.3 Impostos federais
IR – Imposto sobre a Renda e Proventos de qualquer Natureza
Competência – arts. 153, III, CF e art. 43, CTN.
Segundo o art. 153, III, CF:
Compete à União instituir imposto sobre:
24 Disponível em: <http://info.fazenda.sp.gov.br/NXT/gateway.dll/legislacao_tributaria/leis/lei13296.htm?f=templates&fn= 
default.htm&vid=sefaz_tributaria:vtribut>. Acesso em: 11 mai. 2012
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[...]
III – renda e proventos de qualquer natureza [...]
Já o art. 43, CTN: 
O imposto, de competência da União, sobre renda e proventos de qualquer 
natureza tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica 
ou jurídica: 
I. de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou de ambos;
II. de proventos de qualquer natureza, assim entendidos acréscimos 
patrimoniais não compreendidos no inciso anterior.
[...]
Fato gerador
É a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica de renda ou proventos de qualquer 
natureza.
Definição de renda: é sempre o resultado/produto do trabalho. Exemplos: salários, honorários, comissões.
Renda de capital: aluguel, royalties, participação nos lucros, bonificações.
Proventos de qualquer natureza: são acréscimos patrimoniais não compreendidos no conceito de 
renda. Exemplos: aposentadorias, pensões, ganhos em loteria etc.
Sujeito passivo 
É a pessoa física ou jurídica, titular de renda ou proventos de qualquer natureza – aqueles que têm 
acréscimo patrimonial. Ainda, a pessoa jurídica estrangeira que figura no Brasil deverá pagar IR sobre 
os acréscimos patrimoniais.
Base de cálculo 
É a soma de fatores algébricos positivos e negativos que se agregam ao patrimônio, conforme art. 
44, CTN:
A base de cálculo é o montante, real, presumido ou arbitrado, da renda ou 
proventos tributáveis.
A incidência ocorre sobre o crédito líquido do contribuinte, ou seja, sobre a diferença entre a renda 
ou proventos brutos auferidos e os encargos admitidos em lei, como gastos com dependentes, planos 
de saúde etc.
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A base de cálculo varia de acordo com o tipo de contribuinte. Tratando‑se de:
• pessoa física – o imposto incide sobre a renda líquida; 
• pessoa jurídica – a base de cálculo é o lucro. O lucro, por sua vez, poderá ser presumido ou real.
a) Lucro real: pode ser entendido como o acréscimo real do patrimônio em determinado período. É 
o lucro contábil, ajustado por meio de adições e exclusões.
Lucro líquido é apurado mediante escrituração contábil, todas as receitas, todos os custos e despesas.
A apuração pelo lucro real é obrigatória para empresas indicadas na Lei nº 9.718/98.
Pessoas jurídicas obrigadas ao lucro real
Segundo a Lei 9.718/1998, art. 14, a partir de 199925:
Estão obrigadas à apuração do lucro real as pessoas jurídicas:
I. cuja receita total, no ano‑calendário anterior seja superior ao limite de 
R$ 48.000.000,00 (quarenta e oito milhões de reais), ou proporcional 
ao número de meses do período, quando inferior a 12 (doze) meses; 
(Redação dada pela Lei nº 10.637, de 2002);
II. cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, 
bancos de desenvolvimento,caixas econômicas, sociedades de 
crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito 
imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e 
câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de 
arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros 
privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta;
III. que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior;
Nota: o limite anterior é válido a partir de 1/1/2003.
Período de apuração
O imposto será determinado com base no lucro real, presumido ou arbitrado, por períodos de 
apuração trimestrais, encerrados nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro 
de cada ano‑calendário.
25 Disponível em: <http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/anotada/2680615/art‑14‑da‑lei‑9718‑98>. Acesso em: 11 
mai. 2012.
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No caso da apuração com base no lucro real, o contribuinte ainda tem a opção de apurar anualmente 
o imposto devido, devendo, entretanto, recolher mensalmente o imposto por estimativa26.
Opção pelo sistema de apuração: a opção pelo lucro real anual, lucro real trimestral ou lucro presumido 
será manifestada pelo pagamento da 1ª quota de qualquer um dos regimes, mediante Darf, sendo que a 
legislação não permite mudar a forma de tributação durante o ano‑calendário (art. 13, Lei nº 9.718/98).
b) Lucro presumido: trata‑se de um sistema opcional pela pessoa jurídica não obrigada por lei à 
apuração do lucro real.
Consiste na presunção legal de que o lucro da empresa é aquele por ela estabelecido com base 
na aplicação de um percentual sobre a receita bruta (faturamento), no respectivo período de 
apuração (trimestral).
Percentuais aplicados sobre o valor de faturamento27 
O lucro presumido será determinado aplicando‑se sobre a receita bruta de vendas de mercadorias, 
produtos e/ou da prestação de serviços, apurada em cada trimestre, os percentuais constantes do 
quadro a seguir, conforme a atividade geradora (RIR/1999, art. 518 e art. 519, parágrafo único; Instrução 
Normativa SRF nº 93/1997, art. 3º, §§ 1º e 2º, e art. 36, I).
Quadro 1
Espécies de atividades geradoras de receita Percentuais aplicáveis sobre a receita 
Revenda, para consumo, de combustível derivado de petróleo, álcool etílico 
carburante e gás natural. 1,6%
Venda de mercadorias ou produtos (exceto revenda de combustíveis para consumo); 
transporte de cargas; serviços hospitalares; atividade rural; industrialização; atividades 
imobiliárias; construção por empreitada, quando houver emprego de materiais próprios, 
em qualquer quantidade; qualquer outra atividade (exceto prestação de serviços) para 
a qual não esteja previsto percentual especificado; industrialização de produtos em que 
a matéria‑prima, ou o produto intermediário ou o material de embalagem tenham sido 
fornecidos por quem encomendou a industrialização. 
8%
Serviços de transporte (exceto o de cargas); serviços (exceto hospitalares, de 
transporte e de sociedades civis de profissões regulamentadas) prestados com 
exclusividade por empresas com receita bruta anual não superior a R$ 120.000,00. 
16%
Serviços em geral para os quais não esteja previsto percentual específico, inclusive os 
prestados por sociedades civis de profissões regulamentadas (que, de acordo com o novo 
Código Civil, passam a ser chamadas de sociedade simples); intermediação de negócios; 
administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer natureza; 
serviços de mão de obra de construção civil, quando a prestadora não empregar materiais 
de sua propriedade nem se responsabilizar pela execução da obra. 
32%
Fonte: <http://www.cmpcontabil.com.br/lucropresumido.html>. Acesso em: 7 dez. 2011.
26 Disponível em: <http://www.maph.com.br/ler_capitulo.php?products_id=48>. Acesso em: 7 dez. 2011.
27 Disponível em: <http://www.cmpcontabil.com.br/lucropresumido.html>. Acesso em: 7 dez. 2011.
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c) Lucro arbitrado: é aquele apurado pelo fisco, nos casos previstos em lei, a exemplo de 
irregularidades na escrita fiscal.
Alíquota do IRPJ – seja para lucro real ou presumido
A alíquota do IRPJ é de 15% sobre o lucro, aplicando‑se um adicional de 10% sobre o lucro excedente 
a R$ 240.000,00/ano ou 20.000,00/mês.
As alíquotas aplicadas serão as mesmas, independente da forma de apuração. Assim, se o lucro 
anual da pessoa juridical for de R$ 200.000,00, a alíquota do IR será de 15%. Entretando, caso o 
lucro anual dessa empresa seja de R$ 300.000,00, deverá ser aplicada a alíquota de 15% sobre o 
montante total, aplicando‑se ainda alíquota de 10% sobre o que exceder os R$ 240.000,00.
Alíquotas das pessoas físicas – Lei nº 11.945/2009
As alíquotas são progressivas quando o contribuinte é pessoa física, o que significa dizer que as 
alíquotas variam/progridem de acordo com a capacidade contributiva do sujeito passivo.
Tabela 3 – Tabela Progressiva para o cálculo anual do Imposto de 
Renda de pessoa física a partir do exercício de 2012, ano-calendário de 201128
Base de cálculo anual em R$ Alíquota % Parcela a deduzir do imposto em R$
Até 18.799,32 – 
De 18.799,33 até 28.174,20 7,5 1.409,95
De 28.174,21 até 37.566,12 15,0 3.523,01
De 37.566,13 até 46.939,56 22,5 6.340,47
Acima de 46.939,56 27,5 8.687,45
II – Imposto sobre a Importação de Produtos Estrangeiros 
Competência – art. 153, I, CF. 
Compete à União a sua instituição.
§ 1o: Compete ao Poder Executivo, atendidas as condições e limites 
estabelecidos pela lei, alterar as alíquotas do imposto de importação.
Fato gerador
O art. 19, do CTN, determina que o fato gerador ocorre com a entrada da mercadoria em território 
nacional, e a legislação aduaneira estabelece o aspecto temporal como o momento do desembaraço 
28 <Disponível em: < http://www.receita.fazenda.gov.br/aliquotas/TabProgressiva2012a2015.htm >. Acesso em: 10 
mai. 2012.
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aduaneiro. Este se consuma com a entrada real do produto estrangeiro no território nacional. Exemplo: 
na prática, é o momento do início do despacho aduaneiro, ou seja, o momento da apresentação ou 
declaração de importação ou documento similar perante autoridade competente (Receita Federal) para 
a liberação da mercadoria.
Para efeitos de cálculo do imposto, os valores em moeda estrangeira devem ser convertidos 
em moeda nacional, à taxa do câmbio vigente no momento da entrada no país da mercadoria 
importada.
O imposto só se aplica às mercadorias importadas que permanecem no Brasil. Por exemplo: 
mercadorias trazidas ao país para uma feira ou exposição não pagarão imposto de importação.
Sujeito passivo
Art. 21, CTN:
Podem ser sujeitos passivos:
I. o importador (PF ou PJ que promova a entrada de mercadoria 
estrangeira em território brasileiro a fim de permanecer de forma 
definitiva);
II. o arrematante de produtos apreendidos ou abandonados;
III. o destinatário de remessa postal internacional indicado pelo respectivo 
remetente. 
Alíquotas 
Existem duas espécies de alíquota:
a) Alíquota específica – expressa por uma quantidade específica, em função da unidade de 
quantificação dos bens importados. Por exemplo: o imposto corresponderá a tantos reais por 
cada metro ou quilo, ou outra unidade qualquer de medida.
b) Alíquota ad valorem – indicada em porcentagem a ser calculada sobre o valor do bem, 
percentual sobre o valor da mercadoria. Existem alíquotas variadas para cada produto 
específico.
Art. 153, § 1o, CF: o Poder Executivo pode nos limites alterar as alíquotas do inciso II, a fim de ajustá‑
lo aos objetivos de política cambial e do comércio exterior. A alteração das alíquotas há que ser feita por 
ato fundamentado.
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Base de cálculo – art. 20, CTN. 
A base de cálculo do imposto é: 
I. quando a alíquota seja específica, a unidade de medida adotada pela 
lei tributária;
II. quando a alíquota seja ad valorem, o preço normal que o produto, ou 
seu similar, alcançaria, ao tempo da importação, em uma venda em 
condições de livre concorrência, para entrega no porto ou lugar de 
entrada do produto no País; 
III. quando se trate de produto apreendido ou abandonado, levado a 
leilão, o preço da arrematação.
Quando falamos em importação, estamos tratando de comércio exterior; então é importante ressaltar que 
o Brasil é signátario de vários tratados internacionais a fim de estabelecer alíquotas padronizadas. Dessa forma, 
é possível evitar inúmeros conflitos entre ordenamentos jurídicos diferentes e, inclusive, evitar a bitributação. 
Exemplos de tratados que disciplinam o comércio internacional são:
• TEC (Tarifa Externa Comum): tratado assinado entre os países do Mercosul o qual impõe aliquotas 
para as operações comerciais consagradas entre os signatários.
• GAT (Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio): acordo fixado na Suíça, do qual o Brasil é signatário, 
sendo o GAT caracterizado como pacto que visa estabelecer e administrar regras de procedimento 
no comércio internacional. Este também estabelece alíquotas a serem seguidas (abrange um 
grande numero de países da Europa principalmente).
 Lembrete
Sobre o valor da importação, incide o II.
Sobre o valor da importação + II, incide o IPI.
Sobre o valor da importação + II + IPI, incide o ICMS.
E, sobre o valor de todos, passou a incidir o PIS e o Cofins.
IE – Imposto sobre a Exportação para o Exterior de Produtos Nacionais ou Nacionalizados
Competência – da União instituir e cobrar o IE de produtos nacionais e nacionalizados. Art. 153, II, 
CF, art. 23 e seguintes do CTN.
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§ 1o: Cabe ao Executivo estabelecer as alíquotas.
Fato gerador
É a saída do território nacional para o exterior de produtos nacionais ou nacionalizados 
indicados em lista aprovada pelo Poder Executivo. Se o produto não estiver na lista, não haverá 
incidência tributária.
Decreto 1.578/77, art. 1o, § 1o: Considera‑se ocorrido o fato gerador no momento da expedição da 
guia de exportação ou documento equivalente.
 observação
Produtos nacionais são aqueles produzidos em território brasileiro; já 
produtos nacionalizados são aqueles que foram importados e agora serão 
exportados (exemplo: produtos que vêm da China).
Sujeito passivo – art. 27, CTN e art. 5o, do DL 1.578/77
O sujeito passivo é o exportador – qualquer pessoa que promova a saída do produto nacional ou 
nacionalizado do território nacional. Não se faz necessário que o exportador seja empresário, pode ser 
uma pessoa comum, sem intuito comercial.
Base de cálculo será:
a) a quantidade de mercadoria expressa na unidade de medida indicada na lei, quando a alíquota for 
específica. Exemplo: teremos um imposto de R$ 40,00 por tonelada – art. 20, I, CTN.
b) o valor monetário do produto exportado, o preço normal – quando a alíquota for ad valorem.
Alíquotas:
a) específicas – valor em dinheiro que incide sobre a unidade de medida prevista em lei. Por exemplo, 
R$ 12,00 a tonelada de soja.
b) ad valorem – aplicação de alíquota sobre o valor da mercadoria exportada.
Atualmente, essa alíquota é de 30%, facultado ao Poder Executivo aumentá‑la ou reduzi‑la, para 
atender aos interesses da economia nacional (Lei nº 9.716/98).
A alíquota máxima não pode ultrapassar 150% o valor da mercadoria. As alterações de alíquota 
fixadas pelo Executivo devem ser justificadas, sob a pena de vício de inconstitucionalidade.
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ITR – Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural
Competência – art. 153, VI, CF – União.
Legislação – Lei nº 9.393/96 e Decreto nº 4.382/02.
Segundo o art. 153, § 4o, I, CF:
I. imposto é progressivo, conforme a produtividade ou não da propriedade; 
II. o imposto não incidirá sobre pequenas glebas rurais (até 50 hectares), definida em lei, quando as 
explore o proprietário que não possua outro imóvel;
III. cabe ao Município optar pela fiscalização e cobrança do ITR – ficando com 100% da receita 
arrecadada.
Objetivo: desestimular propriedades improdutivas.
Sujeito passivo – art. 5o, do Decreto nº 4.382/02:
• proprietário – aquele que tem o domínio exclusivo/pleno;
• titular do domínio útil – enfiteuse e usufrutuário;
• possuidor – aquele que tem a posse, podendo pedir usucapião.
No caso de existirem proprietário e possuidor (arrendamento rural), quem paga é o proprietário.
Fato gerador
Art. 29, CTN: é a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza, localizado fora da 
zona urbana do município.
Conceito de bem imóvel por natureza: é o solo nu e seus agregados da própria natureza (vegetação, 
árvores) sem considerar o cultivo ou construções, compreendendo as árvores e os frutos pendentes, o 
espaço aéreo e o subsolo.
Conceito de zona urbana – art. 32, § 1o, CTN: é aquela delimitada por lei municipal, sendo necessário 
para caracterizar a presença de pelo menos dois requisitos entre os mencionados neste artigo.
• meio fio ou calcamento, com canalização de águas pluviais;
• abastecimento de água;
• sistema de esgoto sanitário;
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• rede de iluminação pública;
• escola primária ou posto de saúde, a uma distãncia de, no máximo, 3 km do imóvel considerado.
Assim, zona rural é um conceito por exclusão.
Base de cálculo
Conforme o art. 30, CTN c/c art. 8o, da Lei nº 9.393/96 e art. 32, Dec. nº 4.382/02: é o valor fundiário 
do imóvel, é o valor da terra nua, sem construções, cultivos etc. 
Considera‑se, como tal, a diferença entre o valor venal do imóvel e o valor dos bens incorporados ao 
imóvel, declarados pelo contribuinte e não impugnado pela administração, ou a própria administração 
poderá fazer a avaliação da terra. 
Valor de mercado apurado em 01 de janeiro.
Alíquotas
São proporcionais e progressivas, segundo o grau de utilização da área rural. A fixação das alíquotas 
é feita baseada na Lei nº 9.393/96, podendo variar de 0,03% até 20%.
A seguir, um questionário de frequentes perguntas realizadas no site da Receita Federal:
Perguntas e respostas – cálculo do imposto29
Base de cálculo
Qual a base de cálculo do ITR?
A base de cálculo do ITR é o Valor da Terra Nua Tributável – VTNT (Lei nº 9.393, de 1996, 
art. 11; RITR/2002, arts. 32 e 33; IN SRF nº 256, de 2002, arts. 32 e 33).
Cálculo
Como se calcula o valor do ITR?
O valor do ITR a ser pago é obtido mediante a multiplicação do VTNT pela alíquota 
correspondente, considerados a área total e o grau de utilização (GU) do imóvel rural (Lei nº 
9.393, de 1996, art. 11; RITR/2002, art. 35; IN SRF nº 256, de 2002, art. 35).
29 Disponível em: <http://www.receita.fazenda.gov.br/pessoajuridica/itr/2005/pergresp/pr165a182.htm>. Acesso em: 7 mai. 
2012.
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O que é grau de utilização30?
Grau de utilização é a relação percentual entre a área efetivamente utilizada pela 
atividade rural e a área aproveitável do imóvel rural; constitui critério, juntamente com a 
área total do imóvel rural, para a determinação das alíquotas do ITR (Lei nº 9.393, de 1996, 
art. 10, § 1º, VI; RITR/2002, art. 31; IN SRF nº 256, de 2002, art. 31).
Como será calculado o GU do imóvel na hipótese de inexistência de área aproveitável, depois 
de deduzidas as áreas não tributáveis e as áreas ocupadas com benfeitorias úteis e necessárias?
Na hipótesede inexistir área aproveitável depois de excluídas as áreas não tributáveis 
e as áreas ocupadas com benfeitorias úteis e necessárias, serão aplicadas as alíquotas 
correspondentes aos imóveis rurais com grau de utilização superior a 80%, observada a 
área total do imóvel (Lei nº 9.393, de 1996, art. 11, § 1º; RITR/2002, art. 35, § 1º; IN SRF nº 
256, de 2002, art. 35, § 1º).
O que se entende por terra nua, para efeito do ITR?
Terra nua é o imóvel por natureza ou acessão natural, compreendendo o solo com sua 
superfície e a respectiva mata nativa, floresta natural e pastagem natural. A legislação do 
ITR adota o mesmo entendimento da legislação civil (CC, art. 79)31.
Como determinar o valor da terra nua, para efeito do ITR?
O Valor da Terra Nua (VTN) é o valor de mercado do imóvel, excluídos os valores de 
mercado relativos a:
I ‑ construções, instalações e benfeitorias;
II ‑ culturas permanentes e temporárias;
III ‑ pastagens cultivadas e melhoradas;
IV ‑ florestas plantadas (Lei nº 9.393, de 1996, arts. 8º, §§ 1º e 2º, e 10, §1º, I; RITR/2002, 
art. 32; IN SRF nº 256, de 2002, art. 32).
O VTN é o valor de mercado do imóvel em que data?
O VTN refletirá o preço de mercado de terras, apurado em 1º de janeiro do ano 
a que se referir à DITR, e será considerado autoavaliação da terra nua a preço de 
30 Disponível em: <http://www.vtn.com.br/cambio/impostovtn.php>. Acesso em: 7 mai. 2012.
31 Disponível em: <http://www.receita.fazenda.gov.br/publico/itr/2006/ITR2006PerguntasRespostasITR.pdf>. Acesso 
em: 11. mai. 2012.
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mercado (Lei nº 9.393, de 1996, art. 8º, § 2º; RITR/2002, art. 32, § 1º; IN SRF nº 256, de 
2002, art. 32, § 2º).
O contribuinte adquiriu nesse exercício uma área de terra que nunca fora declarada pelo 
vendedor. Qual o valor a ser atribuído à terra nua desse imóvel?
O VTN é o preço de mercado da terra nua apurado em 1º de janeiro do ano a que se 
referir à DITR (Lei nº 9.393, de 1996, art. 8º, § 2º; RITR/2002, art. 32, § 1º; IN SRF nº 256, de 
2002, art. 32, § 2º).
O que se entende por construções, instalações e benfeitorias para efeito de 
exclusão do VTN?
Incluem‑se no conceito de construções, instalações e benfeitorias, para efeito de 
exclusão do VTN, prédios, depósitos, galpões, casas de trabalhadores, estábulos, currais, 
mangueiras, aviários, pocilgas e outras instalações para abrigo ou tratamento de animais, 
terreiros e similares para secagem de produtos agrícolas, eletrificação rural, abastecimento 
ou distribuição de águas, barragens, represas, tanques, cercas e, ainda, as benfeitorias não 
relacionadas à atividade rural (RITR/2002, art. 32, § 2º; IN SRF nº 256, de 2002, art. 32, § 3º).
Como é obtido o valor do imposto a ser pago?
O valor do imposto a ser pago é obtido mediante a multiplicação do VTNT pela alíquota 
correspondente, considerados a área total e o grau de utilização do imóvel rural (Lei nº 
9.393, de 1996, art. 11; RITR/2002, art. 35; IN SRF nº 256, de 2002, art. 35).
Existe valor mínimo para o ITR?
Existe. Em nenhuma hipótese o valor do imposto devido será inferior a R$ 10,00 (Lei nº 
9.393, de 1996, art. 11, § 2º; RITR/2002, art. 35, § 2º; IN SRF nº 256, de 2002, art. 35, § 2º).
Quem deve apurar o ITR?
A apuração do ITR deve ser efetuada pelo contribuinte ou responsável, independentemente 
de prévio procedimento da administração tributária, nos prazos e condições estabelecidos pela 
Secretaria da Receita Federal, sujeitando‑se à homologação posterior (Lei nº 9.393, de 1996, art. 10).
IOF – Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro ou sobre Operações Relativas a 
Títulos ou Valores Imobiliários 
Competência: União – art. 153, V, CF, e art. 63, CTN, Decreto nº 6.306/07.
Sujeito Passivo: segundo o art. 66, CTN, e o Decreto nº 6.306/07, são contribuintes: quaisquer das 
partes na operação tributada, ficando a cargo do legislador ordinário essa indicação.
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Fato gerador
Art. 63, CTN – o FG é a operação de crédito, câmbio, seguro ou com títulos e valores mobiliários. Para 
ocorrer o FG, deve haver umas das operações.
Operação de crédito: é uma prestação presente contra uma promessa de prestação futura (por 
exemplo, entrega do montante da obrigação ou sua colocação à disposição do interessado).
Operação de câmbio: entrega de moeda nacional ou estrangeira, ou de documento que a represente 
(por exemplo, troca de moedas).
Operação de seguro: é o contrato pelo qual se garante algo contra risco de eventual dano (por 
exemplo, emissão da apólice).
Operação relativa a títulos e valores mobiliários: implica emissão, transferência, pagamento ou 
resgate de títulos ou valores mobiliários, na forma da lei. 
Base de cálculo – art 64, CTN:
• quanto às operações de crédito: o montante da operação + juros;
• quanto às operações de câmbio: o montante da operação em moeda nacional recebido, entregue;
• quanto às operações de seguro: o valor do prêmio;
• quanto às operações relativas a títulos e valores mobiliários:
— na emissão, o valor nominal mais ágil, se houver;
— na transmissão, o preço ou valor nominal ou valor da cotação em bolsa;
— no pagamento ou resgate, o respectivo preço.
Alíquotas: a lei que regula a matéria deve fixar os limites das alíquotas – Decreto nº 6.339/08:
• operações de crédito – máximo de 1,5% ao dia;
• operações de câmbio – máximo de 25%;
• operações de seguro – 25%;
• operações relativas a títulos ou valores mobiliários – máximo de 1,5% ao dia;
• operações com ouro – alíquota de 1%.
Cabe ao Poder Executivo fixar as alíquotas que serão aplicadas sobre as operações financeiras, 
respeitando os limites em lei.
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IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados
Competência – art. 153, IV, CF, e art. 46, CTN – União.
§ 1o: possibilidade de o Poder Executivo alterar as alíquotas;
§ 3o, I: o imposto será seletivo, em função da essencialidade do produto:
II – será não cumulativo, compensando‑se o que for devido em cada operação com o montante 
cobrado nas anteriores;
III – não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior.
Sujeito passivo – art. 51, CTN.
O contribuinte será:
• o importador;
• o industrial;
• o comerciante de produtos sujeito ao imposto;
• o arremantante de produtos apreendidos ou abandonados, levados a leilão.
Fato gerador – art. 46, CTN.
O IPI tem por fato gerador:
• o desembaraço aduaneiro, com relação a produtos de procedência estrangeira;
• a saída destes do estabelecimento do contribuinte, quanto a produtos de produção nacional;
• a sua arrematação, quando apreendidos e levados a leilão.
Base de cálculo
• produto industrializado nacional – valor da operação de saída do produto do estabelecimento do 
contribuinte (preço do produto + valor do frete + outras despesas – art. 47, II, CTN);
• mercadoria importada – o preço da mercadoria convertida em moeda nacional + imposto de 
importação + taxas aduaneiras + encargos cambiais – art. 47, I, CTN;
• produto leiloado – preço da arrematação.
Alíquotas: sua alíquota varia conforme a grandeza econômica tributada (proporcional):
• seletividade – variando de 0% a 365,3% (cigarro).
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Existe uma tabela em que constam as alíquotas conforme o produto desejado – Tipi – Tabela do 
Imposto sobre Produtos Industrializados.
Princípio da não cumulatividade – art. 153, § 3o, II, CF. 
O IPI será não cumulativo, compensando‑se o que for devido em cada operação, com o montante 
cobrado nas anteriores.
Por exemplo:
a) Faz‑se o registro, como crédito, do valor do IPI relativo à entrada de matérias‑primas, produtos 
intermediários,materiais de embalagem e outros insumos que tenham sofrido a incidência do 
imposto ao saírem do estabelecimento de onde vieram.
b) Faz‑se o registro, como débito, do valor do IPI calculado sobre os produtos que saírem 
“industrializados” do estabelecimento.
c) No final do mês, é feita a apuração. Se o débito é maior, o saldo devedor corresponde ao valor a 
ser recolhido. Se o crédito é maior, o saldo credor é transferido para o mês seguinte.
Exemplo de aplicação
Conforme os conceitos estudados até aqui, analise e responda às questões a seguir:
1) Qual é o momento que caracteriza o fato gerador do imposto sobre a importação?
______________________________________________________________________________
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______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
2) A alíquota do II pode ser alterada por decreto? Explique.
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
3) Quais são os impostos que podem incidir numa importação? Fundamente.
______________________________________________________________________________
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______________________________________________________________________________
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4) Qual o fato gerador do imposto sobre exportações?
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
5) Qual a diferença entre produtos nacionais e nacionalizados?
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
6) O II e o IE estão sujeitos ao princípio da anterioridade? Justifique.
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
7) Quais os fatos geradores do IPI?
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
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8) Como é concretizada a “seletividade em função da essencialidade do produto”? Fundamente.
______________________________________________________________________________
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______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
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Respostas
1) O fato gerador do II é a entrada de mercadoria em território nacional. Na prática, o fato gerador 
fica consumado com o desembaraço aduaneiro.
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2) As alíquotas do II podem ser alteradas por decreto, que consiste em ato normativo do Presidente 
da República. Isso se justifica porque o II é um imposto de finalidade extrafiscal; sendo assim, faz‑
se necessário poder alterar as alíquotas com maior facilidade e rapidez, uma vez que com essas 
alterações teremos reflexos imediatados na economia.
3) Numa importação teremos a incidência dos seguintes impostos: II, IPI, ICMS e PIS/COFINS.
4) O fato gerador do IE é a saída de determinadas mercadorias do território nacional. Esse fato se 
consuma quando o contribuinte preencher a guia de exportação ou documento equivalente.
5) Produtos nacionais são os produzidos pela indústria brasileira; já os nacionalizados foram 
importados e depois de nacionalizados serão exportados para outros países.
6) Em nosso sistema jurídico tributário, temos dois princípios da anterioridade, ou seja, o princípio 
da anterioridade genérica – pelo qual, quando houver alteração da lei de determinado imposto, 
deve‑se publicar num ano, e os efeitos desta somente iniciam‑se no próximo exercício financeiro; 
o princípio da anterioridade nonagesimal, pelo qual se faz necessário aguardar 90 dias entre a 
publicação de uma lei e sua eficácia. No caso dos impostos II e IE, nenhum dos princípios será 
observado, ou seja, publicadas as leis com supostas alterações, estas valerão a partir da publicação.
7) São fatos geradores do IPI:
• a produção de produtos nacionais;
• a importação de mercadoria do exterior;
• a arrematação de produtos via leilão.
8) O IPI respeita o princípio da seletividade, o que significa dizer que as alíquotas irão variar para 
cima ou para baixo em função da essencialidade do produto. As alíquotas podem começar em 0% 
e chegar até 365,5%, isso depende do tipo de produto que estiver sendo tributado. Produtos de 
cesta básica costumam ter alíquotas menores, já cigarros e bebidas alcoólicas têm alíquotas bem 
elevadas.
6 AdmInIstrAção trIbutárIA
Agora passaremos ao estudo da administração tributária. Você já pensou como se dá a administração 
tributária? Então vamos lá compreender como ela se dá. Administração tributária pode ser entendida 
em dupla acepção, conforme Costa (2009, p. 308).
Em sentido subjetivo, compreende o aparelhamento burocrático mantido pelos autorizados a 
tributar, composto por múltiplos órgãos, incumbidos de arrecadação e fiscalização de tributos.
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Em sentido objetivo, a administração tributária traduz a atividade administrativa destinada a realizar 
a aplicação da lei fiscal, visando ao atendimento às finalidades de interesse público consubstanciadas na 
proteção dos direitos dos contribuintes e na arrecadação tributária.
Podemos entendê‑la como toda a parte operacional da máquina tributária, ou seja, é por meio dela 
que temos o lançamento tributário (quando necessário), a fiscalização e a arrecadação de tributos, 
envolvendo ainda atividades como emissão de certidão de regularidade fiscal em nome do contribuinte, 
orientação e esclarecimentos aos contribuintes para o cumprimento da legislação tributária.
O CTN divide o tópico da administração tributária em três títulos: fiscalização, dívida ativa e 
certidões negativas. Vejamos:
6.1 FiscalizaçãoA fiscalização tributária é um poder‑dever do Estado. Sabe‑se que o dever de pagar tributos decorre 
de lei, por este motivo, cabe ao fisco exercer, compulsoriamente, o controle sobre o comportamento dos 
sujeitos passivos, no sentido de adimplirem suas obrigações.
A atividade fiscalizatória há de ser adequadamente documentada, mediante a lavratura de termos 
e autos, de acordo com as normas aplicáveis referentes a cada esfera administrativa, a fim de garantir 
a segurança jurídica.
O CTN regula esta matéria nos arts. 194 a 20032.
O art. 195, do CTN, dispõe:
Para efeitos da legislação tributária, não tem aplicação quaisquer 
disposições legais excludentes ou limitativas do direito de examinar 
mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos comerciais 
ou fiscais, dos comerciantes, industriais ou produtores, ou da obrigação 
destes de exibi‑los.
O art. 145, parágrafo 1o, da CF, faculta: 
[...] a administração tributária, especialmente para conferir a esses objetivos, 
identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o 
patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
Com base nesses artigos, pode‑se concluir que os livros e documentos mercantis poderão ser 
examinados pelas autoridades administrativas, a fim de investigar se as obrigações tributárias estão 
sendo corretamente cumpridas pelos contribuintes.
32 Disponível em: <http://www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/codtributnaci/ctn.htm>. Acesso em: 14 
mai. 2012.
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O art. 196, do CTN, aborda os aspectos formais da fiscalização, determinando:
A autoridade administrativa que proceder ou presidir a quaisquer diligências 
de fiscalização lavrará os termos necessários para que se documente o início 
do procedimento… e que fixará o prazo máximo para a conclusão daquelas.
A Lei Complementar nº. 105/2001, em seu artigo 6o, determina:
As autoridades e os agentes fiscais da União, dos Estados, do DF e dos 
Municípios somente poderão examinar documentos, livros e registros de 
instituições financeiras, inclusive os referentes a contas de depósitos e 
aplicações financeiras, quando houver processo administrativo instaurado 
ou procedimento fiscal em curso e tais exames sejam considerados 
indispensáveis pela autoridade administrativa competente. 
Parágrafo único: O resultado dos exames, as informações e os documentos a que 
se refere o artigo serão conservados em sigilo, observada a legislação tributária.
Há doutrinadores que entendem ser inconstitucional esse dispositivo legal, porquanto ofende a 
intimidade e a privacidade e, sem o devido processo legal, impõe decisão judicial para a quebra de sigilo 
bancário. Mas há outra corrente alegando que o art. 145, § 1o., CF, fundamenta o direito da administração 
pública de prosseguir com a quebra de sigilo desde que presentes os requisitos citados na lei.
Por fim, o art. 199, do CTN, determina que as fazendas públicas da União, Estados, DF e Municípios 
podem prestar‑se mutuamente assistência para fiscalização dos tributos respectivos e permuta de 
informações, devendo ser mantido o sigilo entre os órgãos.
 saiba mais
Sobre o tema, leia o seguinte texto:
BERTOLUCCI, A. V.; NASCIMENTO, D. T. do. O custo de arrecadação de 
tributos federais. Rev. contab. finanç., São Paulo, v. 17, n. spe, ago. 2006. 
Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S
1519‑70772006000400004&lng=pt&nrm=iso>.
6.2 dívida ativa
O art. 201, do CTN, declara:
Constitui dívida ativa tributária proveniente de crédito dessa natureza, 
regularmente inscrita na repartição administrativa competente, depois 
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de esgotado o prazo fixado, para pagamento, pela lei ou por decisão final 
proferida em processo regular.
A constituição em dívida ativa visa à constituição de título executivo, o qual será destinado à 
cobrança judicial de créditos não pagos. Com inscrição do crédito não pago no Livro da Dívida Ativa, é 
possível extrair a Certidão de Dívida Ativa (CDA).
De acordo com o art. 202, do CTN, o termo de inscrição de dívida ativa conterá:
I – o nome do devedor, domicílio e também corresponsáveis, se for o caso;
II – quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos;
III – a origem e a natureza do crédito, fundamento legal;
IV – a data da inscrição;
V – se for o caso, o número do processo administrativo.
6.3 certidões negativas
A certidão é ato administrativo enunciativo, segundo Costa (2009, p. 324), e sua obtenção é direito 
constitucionalmente assegurado, nos termos do art. 5o, XXXIII, CF.
Mas em que consiste a certidão negativa de débito tributário? A certidão negativa de débito tributário 
é documento probatório da regularidade de situação fiscal, requisito exigido para participar de licitações 
e operações de financiamento.
A certidão positiva com efeitos negativos ou certidão de regularidade fiscal, conforme o art. 206, do 
CTN, considera o contribuinte em situação regular, mesmo havendo débito tributário no órgão público, 
desde que a obrigação correspondente esteja com a exigibilidade suspensa, ou em relação a qual haja 
execução garantida por penhora.
Por fim, é importante mencionar que, segundo o art. 208 do CTN:
A certidão negativa expedida com dolo ou fraude, que contenha erro contra 
a Fazenda Pública, responsabiliza pessoalmente o funcionário que a expedir, 
pelo crédito tributário e juros de mora acrescidos.
7 ILÍcItos trIbutárIos
As obrigações tributárias supõem a possibilidade de descumprimento. É 
possível que o destinatário da norma, por diversas razões, proceda de forma 
diversa da querida pela norma (AMARO, 2009, p. 431). 
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Dessa forma, tem‑se que infração ou ilícito é uma conduta contrária à norma:
Sanção é o meio pelo qual se vale a ordem jurídica para desestimular o 
comportamento ilícito. Pode limitar‑se a compelir o responsável pela 
inobservância da norma ao cumprimento de seu dever, e pode consistir num 
castigo, numa penalidade a este cominada (MACHADO, 2009, p. 488).
A ação de execução é a sanção destinada a obter do responsável pela inobservância da norma o 
adimplemento de seu dever. A penalidade pode ser pessoal (pena privativa de liberdade) ou patrimonial 
(multas).
7.1 Ilícitos administrativos
De acordo com Hugo de Brito Machado (2009, p. 487), ilícitos administrativos são os comportamentos 
que implicam inobservância de norma tributária. Implica inadimplemento de obrigação tributária, seja 
principal ou acessória.
As leis tributárias geralmente estabelecem penalidades específicas para o descumprimento de 
obrigação acessória (por exemplo, não emitir nota fiscal), com valores fixos ou com indicações 
de valores mínimos e máximos, mas sem vinculação com o imposto. São as chamadas infrações 
formais.
As multas proporcionais ao valor do tributo somente se justificam nos casos em que o dever de 
pagar o tributo não foi cumprido (obrigação principal). Se o contribuinte não cumpriu nenhuma 
das obrigações principal e acessória, aí sim cabe a multa proporcional ao valor do tributo acrescido 
da multa fixa.
7.2 Ilícitos penais – crimes contra a ordem tributária – Lei nº 8.137/1990
Art. 1° Constitui crime contra a ordem tributária suprimir ou reduzir tributo, 
ou contribuição social e qualquer acessório, mediante as seguintes condutas: 
I. omitir informação, ou prestar declaração falsa às autoridades 
fazendárias;
II. fraudar a fiscalização tributária, inserindo elementos inexatos, ou 
omitindo operação de qualquer natureza, em documento ou livro 
exigido pela lei fiscal;
III. falsificar ou alterar nota fiscal, fatura, duplicata, nota de venda, ou 
qualquer outro documento relativo à operação tributável;
IV.elaborar, distribuir, fornecer, emitir ou utilizar documento que saiba 
ou deva saber falso ou inexato;
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V. negar ou deixar de fornecer, quando obrigatório, nota fiscal ou documento 
equivalente, relativa a venda de mercadoria ou prestação de serviço, 
efetivamente realizada, ou fornecê‑la em desacordo com a legislação.
Pena – reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
Parágrafo único. A falta de atendimento da exigência da autoridade, no 
prazo de 10 (dez) dias, que poderá ser convertido em horas em razão da 
maior ou menor complexidade da matéria ou da dificuldade quanto ao 
atendimento da exigência, caracteriza a infração prevista no inciso V.
Art. 2° Constitui crime da mesma natureza: 
I. fazer declaração falsa ou omitir declaração sobre rendas, bens ou fatos, 
ou empregar outra fraude, para eximir‑se, total ou parcialmente, de 
pagamento de tributo;
II. deixar de recolher, no prazo legal, valor de tributo ou de contribuição 
social, descontado ou cobrado, na qualidade de sujeito passivo de 
obrigação e que deveria recolher aos cofres públicos;
III. exigir, pagar ou receber, para si ou para o contribuinte beneficiário, 
qualquer percentagem sobre a parcela dedutível ou deduzida de 
imposto ou de contribuição como incentivo fiscal;
IV. deixar de aplicar, ou aplicar em desacordo com o estatuído, incentivo 
fiscal ou parcelas de imposto liberadas por órgão ou entidade de 
desenvolvimento;
V. utilizar ou divulgar programa de processamento de dados que permita 
ao sujeito passivo da obrigação tributária possuir informação contábil 
diversa daquela que é, por lei, fornecida à Fazenda Pública.
Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
 saiba mais
No link a seguir, é possível encontrar um artigo que discorre sobre o 
Princípio da Insignificância em crimes tributários.
<http://jus.com.br/revista/texto/21644/aplicacao‑do‑principio‑da‑
insignificancia‑em‑crimes‑tributários>
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 saiba mais
Sobre o tema, leia também os seguintes textos:
DE ROSSI, A. et al. Processo administrativo tributário: da necessidade à 
efetividade dos postulados constitucionais pró‑contribuinte. Revista eletrônica 
do Curso de Direito da UFSM, Santa Maria, v. 2, n. 2, p. 62‑74, jul. 2007. 
Disponível em: <http://bdjur.stj.gov.br/xmlui/bitstream/handle/2011/18569/
Processo_administrativo_tribut%c3%a1rio.pdf?sequence=2>.
SIQUEIRA, M. L.; RAMOS, F. S. Evasão fiscal do imposto sobre a renda: 
uma análise do comportamento do contribuinte ante o sistema impositivo 
brasileiro. Econ. Apl., Ribeirão Preto, v. 10, n. 3, set. 2006. Disponível em: 
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413‑8050200
6000300006&lng=pt&nrm=iso>. 
 
8 sAnção AdmInIstrAtIvA e sAnção penAL 
Inexiste distinção essencial entre ilícito civil, penal ou administrativo. Por esse motivo, também 
não há distinção sobre as sanções aplicadas. A distinção seria apenas valorativa. A sanção penal ficaria 
reservada àqueles que cometem condutas mais graves, que ofendem mais seriamente a ordem social, de 
acordo com os ensinamento de Hugo de Brito Machado (2009, p. 488‑489)33.
Os atos de descumprimento de leis tributárias continuam ensejando as sanções administrativas – as 
multas. E ensejam também sanções penais quando não constituem puro e simples inadimplemento da 
obrigação principal, sem qualquer prática tendente a ocultar ou retardar a exteriorização de seu fato gerador.
8.1 extinção da punibilidade pelo pagamento
O Supremo Tribunal Federal já consagrou o entendimento segundo o qual, em face da Lei nº 
10.684/2003, o pagamento do débito tributário a qualquer momento extingue a punibilidade de 
qualquer dos crimes contra a ordem tributária, mesmo depois de recebida a denúncia.
A rigor, a extinção da punibilidade nos crimes contra a ordem tributária opera‑se como decorrência 
de qualquer das causas de extinção do crédito tributário.
No âmbito administrativo, a questão se resolve nos termos do art. 138, do CTN: se o pagamento é 
feito com a denúncia espontânea da infração, nenhuma penalidade pode ser aplicada. Se, todavia, é 
feito em face de exigência formalizada em ação fiscal, o pagamento do crédito tributário feito no prazo 
33 Disponível em: <http://www.sejubra.org.br/6/002%20IL%C3%8DCITO%20TRIBUT%C3%81RIO.pdf>. Acesso em: 
14 mai. 2012.
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estabelecido para a impugnação do auto de infração, ou no prazo para recurso administrativo, implica 
redução do valor da multa, que geralmente vem estabelecido na lei específica de cada tributo.
Essa redução do valor da multa, nas hipóteses em que o contribuinte renuncia ao direito de impugnar 
ou recorrer, constitui uma forma oblíqua de punir o sucumbente.
 saiba mais
Sobre o tema, leia o seguinte texto:
PEREIRA, F. V. Limites à imposição de sanções administrativas. Multas 
pecuniárias tributárias. Revista AJUFERGS, Porto Alegre, n. 3, p. 309‑337, 2007. 
Disponível em: <http://bdjur.stj.gov.br/xmlui/bitstream/handle/2011/18464/
L i m i t e s _ % c 3 % a 0 _ I m p o s i % c 3 % a 7 % c 3 % a 7 % c 3 % a 3 o _ d e _
San%c3%a7%c3%b5es_Administrativas.pdf?sequence=2>.
Exemplo de aplicação
Conforme os conceitos estudados até aqui, analise e responda às questões a seguir:
1) De que forma nascem a obrigação e o crédito tributário?
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
2) No que consiste o lançamento tributário?
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
3) Quais são os tipos de lançamento existentes no direito brasileiro?
______________________________________________________________________________
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______________________________________________________________________________
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4) Com relação ao IPI, ICMS, IR, II e IE, quais são os lançamentos utilizados para constituir o crédito 
tributário?
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
5) No que consiste a isenção?
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
6) Qual a diferença entre isençãoe imunidade tributária?
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
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______________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
7) Qual a diferença entre remissão e anistia do crédito tributário?
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
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______________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
8) De que forma pode ser feito o pagamento do crédito tributário?
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
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9) Quem é o sujeito passivo de uma obrigação tributária?
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10) Menor de idade pode realizar fato gerador descrito na norma?
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11) Se uma determinada pessoa comprar um veículo e houver IPVA atrasado, quem irá assumir a 
conta a pagar: o antigo proprietário ou o novo?
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______________________________________________________________________________
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______________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
12) Numa importação de mercadorias do exterior, quem fica responsável pelo pagamento dos 
tributos? Quais são os tributos que irão incidir sobre essa importação?
______________________________________________________________________________
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______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
13) O ICMS é um imposto não cumulativo, o que isso significa?
______________________________________________________________________________
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______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
14) Um atacado de São Paulo vendeu um lote de televisores para um varejo de Cuiabá. O valor do lote 
foi de R$ 20.000,00. O varejista, após receber a mercadoria, revendeu o mesmo lote por R$ 40.000,00. 
Como se calcula o valor a ser pago de ICMS? E para qual(is) estado(s) serão devidos tal tributo?
______________________________________________________________________________
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______________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
15) Imagine a seguinte situação tributária com relação ao IRPJ: a sociedade ‘José Mendança Ltda.’ 
apura o lucro com base no sistema do lucro presumido; dessa forma, irá declarar o lucro e efetuar 
o pagamento do respectivo imposto trimestralmente para a Receita Federal. No primeiro trimeste, a 
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PJ lucrou R$ 40.000,00; no segundo, R$ 50.000,00; no terceiro, R$ 100.000,00 e no quarto somente 
R$ 10.000,00. Aplique as alíquotas do IRPJ, seja 15% ou o adicional de 10% se for o caso. Faça o 
demonstrativo para verificar quanto essa empresa pagou de IR no ano respectivo.
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
16) A empresa ‘Caloi’ comprou 100 pedais, 50 bancos, 100 freios, 100 pneus e rodas no mês de setembro, 
a fim de montar bicicletas. As indústrias que fabricaram esses produtos intermediários já recolheram IPI 
relativo a essas produções no valor de R$ 5.000,00. No final do mês de setembro, a Caloi conseguiu 
produzir 30 bicicletas, vendendo esse lote para alguns varejistas. O IPI relativo à produção dessas bicicletas 
é de R$ 6.000,00. Qual valor deverá ser recolhido pela Caloi no mês de setembro? Explique.
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
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________________________________________________________________________________
17) Incide IPVA sobre aeronaves e embarcações? Explique.
______________________________________________________________________________
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________________________________________________________________________________
18) Havendo proprietário e locatário de um mesmo imóvel urbano, quem deverá pagar a conta do IPTU?
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
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______________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
19) Na prestação de serviços de transporte intermunicipal e interestadual, qual imposto deverá ser 
pago sobre esse serviço?
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20) Com relação ao ISS, qual município é competente para o recolhimento do imposto?
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Respostas 
1) A obrigação tributária nasce quando o sujeito passivo realiza o fato gerador descrito na norma. No 
entanto, a obrigação tributária é ilíquida. Já o crédito tributário nasce com o lançamento. Importante 
lembrar que o crédito consiste na obrigação liquidada.
2) Lançamento tributário é um procedimento administrativo formal pelo qual a autoridade 
administrativa deverá identificar o sujeito passivo; verificar se realmente ocorreu o fato gerador; 
e calcular o valor do tributo a ser pago. Só assim deverá notificar o sujeito passivo para efetuar o 
pagamento.
3) Os lançamentos podem ser direto, por declaração ou por homologação.
4) IPI e ICMS – lançamento por homologação, porque nesses impostos é o próprio sujeito passivo 
quem declara a matéria tributável, apura o valor a ser pago e faz o pagamento. Resta à administração 
pública efetuar a homologação.
II e IE – lançamento por declaração, porque o sujeito passivo declara os bens ora importados, ora 
exportados e seus valores. Com base nisso, a autoridade administrativa calcula o valor dos impostos a 
serem recolhidos.
5) Isenção é causa de exclusão do crédito tributário, consiste na dispensa do pagamento de 
determinado tributo. Exemplo: veículos fabricados há mais de 20 anos, no estado de São Paulo, ficam 
dispensados do pagamento do IPVA.
6) A diferença entre isenção e imunidade é que a isenção decorre de lei, enquanto a imunidade vem 
prevista na Constituição Federal.
7) Remissão é causa de extinção do crédito tributário, consiste no perdão do crédito tributário. 
Já anistia é causa de exclusão do crédito tributário e consiste no perdão relativo às penalidades 
pecuniárias.
8) O pagamento do crédito tributário pode ser feito em dinheiro ou cheque, devendo esperar a 
devida compensação, ou em títulos da dívida pública ou agrária, desde que exigíveis. O pagamento deve 
ser feito até a data de vencimento.
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9) O sujeito passivo pode ser o contribuinte ou o responsável. Contribuinte é aquele que realizou o 
fato gerador. O responsável não teve contato com o fato gerador, mas em virtude de lei fica responsável 
pelo recolhimento do tributo.
10) Menor de idade pode realizar fato gerador, sim. Por exemplo, é possível que um menor de idade 
seja proprietário de imóveis, carros (imagine que recebeu em doação); porém, será o responsável legal 
quem irá arcar com o pagamento dos tributos relativos.
11) No caso referido, o novo proprietário do veículo deverá pagar o IPVA atrasado, esta responsabilidade 
decorre de lei. Por isso, é muito importante verificar a situação do bem com relação aos impostos, 
quando se realiza uma compra.
12) Numa importação o importador é o responsável pelo pagamento dos tributos que incidirem 
sobre a operação. Sobre o valor da mercadoria irá incidir II, IPI, ICMS e PIS/COFINS.
13) Não cumulatividade significa que o que já foi pago nas operações anteriores deverá ser 
descontado nas seguintes. É o sistema de créditos e débitos.
14)
• vendedor: São Paulo; 
• comprador: Cuiabá;
• valor de venda: R$ 20.000,00;
• alíquota interestadual para Cuiabá (destino da mercadoria): 7%;
• vendedor irá recolher R$ 20.000,00 x 7% = R$ 1.400,00 para o estado de São Paulo;
• comprador revendeu a mercadoria por R$ 40.000,00;
• alíquota interna do estado de Mato Grosso: 17%;
• sobre R$ 40.000,00 x 17% = R$ 6.800,00;
• na operação anterior, porém, já foi recolhido o valor de R$ 1.400,00 e este deve ser deduzido;
• finalmente, o comprador de Cuiabá deverá recolher R$ 5.400,00 para o estado de Mato Grosso.
15) IRPJ:
• 1o trimestre – lucro R$ 40.000,00 x 15% = R$ 6.000,00;
• 2o trimestre – R$ 50.000,00 x 15% = R$ 7.500,00;
• 3o trimestre – R$ 100.000,00 x 15% = R$ 15.000,00;
• sobre o que exceder R$ 60.000,00 por trimestre, calcular mais 10% – R$ 40.000,00 x 10% = R$ 
4.000,00. Assim, no 3o trimestre foi recolhido R$ 19.000,00;
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• 4o trimestre – R$ 10.000,00 x 15% = R$ 1.500,00;
• no ano a empresa lucrou R$ 200.000,00 – como esse valor está abaixo de R$ 240.000,00, deveria 
ter incidido somente 15%;
• R$ 200.000,00 x 15% = R$ 30.000,00 a ser recolhido relativo a este ano.
• ocorre que, como os recolhimentos são trimestrais, não havia como saber do lucro final; assim foi 
recolhido, no total, R$ 34.000,00;
• nesse caso, a empresa recolheu R$ 4.000,00 a mais e, portanto, ficará com um crédito para o 
pagamento do próximo trimestre.
16) IPI – A indústria Caloi deve ter um livro contábil para escriturar tudo que entra no mês e tudo 
que sai da fábrica. No mês de setembro, foram comprados vários produtos intermediários para a futura 
montagem das bicicletas. Relativo a essas compras, as indústrias responsáveis já recolheram R$ 5.000,00 
de IPI. Foram produzidas, em setembro, apenas 30 bicicletas, sendo vendidas para o varejo; o IPI relativo 
a essa produção é de R$ 6.000,00. Existe um crédito no mês de R$ 5.000,00. Dessa forma, a Caloi só 
deverá recolher R$ 1.000,00 (crédito – débito).
17) IPVA – O correto é que o imposto somente incida sobre a propriedade de veículos automotores, 
ou seja, aqueles que circulam em vias públicas. No estado de São Paulo, isso é respeitado. Infelizmente, 
há estados que cobram de forma ilegal esse imposto de aeronaves e embarcações. Trata‑se de uma 
afronta constitucional, e pode claramente ser discutido na justiça.
18) O proprietário é o sujeito passivo do IPTU e, portanto, cabe a esse pagar o imposto. O que ocorre, 
na prática, é que o proprietário, por meio de contrato de locação, passa a obrigação para o locatário. Se 
não houver disposição contratual entre as partes, a obrigação fica com o proprietário.
19) ICMS.
20) ISS – A regra geral é que esse imposto deverá ser recolhido para o município onde estiver 
localizada a empresa prestadora de serviço ou o profissional autônomo. Excepcionalmente, será recolhido 
no município onde for prestado o serviço.
 resumo
Nesta unidade, conhecemos melhor os impostos municipais, estaduais e 
federais. Vimos suas particularidades a partir da descrição detalhada de cada um.
Os impostos municipais são o IPTU, o ISS e o ITBI; os impostos estaduais 
são o ICMS, o ITCMD e o IPVA; já os impostos federais são o IR, IPI, o II, o 
IE, o IOF e o ITR.
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Por fim, estudamos a administração tributária, cuja função consiste em 
fiscalizar os sujeitos passivos e inscrevê‑los quando preciso na dívida ativa, bem 
como emitir certidões negativas ou positivas. Os atos dos funcionários públicos 
têm fé pública, podendo ser responsabilizados pelas falsas informações.
 exercícios
Questão 1. Mario Guelerico é proprietário de um imóvel em São Paulo, localizado na área central 
da cidade. O imóvel tem 57 anos de existência e fica ao lado de um prédio público que foi invadido 
por moradores sem‑teto. A Prefeitura está negociando a saída dos sem‑teto de forma pacífica, mas 
o problema se estende há dois anos e não há perspectiva de uma solução. No início deste ano, Mario 
Guelerico recebeu o carnê de IPTU e ficourevoltado porque houve aumento significativo no valor. Em 
contato com a Prefeitura, ele foi informado que o aumento decorria da localização e do tamanho do 
próprio imóvel, que é grande. Mario Guelerico não se satisfez com a resposta. Por isso, ele deve:
a) Contratar um advogado para tentar reverter a situação, sob a alegação de que o imóvel é pequeno 
e o bairro não é tão valorizado assim.
b) Apresentar à Prefeitura Municipal um laudo com avaliação contraditória para provar que o bairro 
não se valorizou e, ao contrário, perdeu valor por causa da invasão dos moradores sem‑teto e a 
indefinição da própria Prefeitura em solucionar o problema de forma adequada.
c) Pagar o imposto e aguardar que os sem‑teto saiam do prédio invadido para que o bairro possa se 
valorizar.
d) Parar de pagar os valores do IPTU como forma de demonstrar a sua insatisfação.
e) Aguardar que a Prefeitura ingresse com a ação de cobrança para poder discutir seus argumentos.
Resposta correta: alternativa B.
Análise das alternativas
A) Alternativa incorreta.
Justificativa: não basta contratar um advogado, é preciso possuir argumentos objetivos. A lei prevê 
que nesse caso o argumento objetivo é a apresentação de uma avaliação contrária àquela feita pela 
Prefeitura. Portanto, é preciso ter um laudo pericial elaborado por um profissional com competência 
específica para isso (um perito técnico), para provar que a avaliação da Prefeitura foi excessiva.
B) Alternativa correta.
Justificativa: em conformidade com o disposto no artigo 148 do Código Tributário Nacional, o 
contribuinte pode contrariar a determinação da autoridade lançadora, no caso a Prefeitura Municipal, 
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por meio de uma avaliação contraditória, ou seja, um documento com fundamentação técnica que 
contrarie o valor da avaliação realizada pela Prefeitura e identifique o valor real do imóvel para que o 
imposto possa ser calculado de forma justa.
C) Alternativa incorreta.
Justificativa: essa não é uma alternativa legal porque o simples fato de os moradores sem‑teto 
saírem do local não terá o condão de adequar a situação tributária criada pela Prefeitura Municipal.
D) Alternativa incorreta.
Justificativa: cessar o pagamento do tributo sem tomar medidas judiciais ou extrajudiciais que 
autorizem a sua suspensão é incorreto e certamente sujeitará o contribuinte a ser processado, o que é 
sempre inconveniente.
E) Alternativa incorreta.
Justificativa: o contribuinte tem meios de modificar a decisão da Prefeitura, não sendo preciso 
esperar o ajuizamento da ação de cobrança. A apresentação da avaliação contraditória não precisa 
ser feita em ação judicial; ao contrário, pode ser feita com o intuito de evitar que a ação aconteça, 
levando‑se em conta que é sempre um inconveniente ser acionado judicialmente.
Questão 2. O Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores pode ser cobrado pelo(s) 
_________, tem como fato gerador a _________, e a destinação de sua arrecadação é para _________, 
_________ e _________.
Assinale a alternativa cujos itens completam corretamente as lacunas da frase:
a) Estados e Distrito Federal; existência de um veículo automotor; saúde; educação; obras do Governo 
Federal.
b) Municípios e estados; existência de um veículo automotor de uso particular; saúde; educação; 
obras públicas estaduais.
c) Municípios e Federação; existência de veículos familiares; ministérios; universidades; estádios da 
Copa.
d) Estados e Distrito Federal; propriedade de veículo automotor; saúde; educação; segurança.
e) Estados e Distrito Federal; propriedade de veículo automotor; Bolsa Família; Bolsa Escola; 
programas sociais federais.
Resolução desta questão na plataforma.
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REFERÊNCIAS
Textuais
ÁLVARES, B. E.; FERREIRA, L. Imposto sobre transmissão de bens: ITBI e ITCMD – um estudo 
comparativo. Disponível em: <http://www.idtl.com.br/artigos/176.pdf>. Acesso em: 6 dez. 2011.
AMARO, L. Direito Tributário Brasileiro. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 1999.
ARAUJO, S. M. L. de. A ética na relação jurídica tributária: a questão da transparência fiscal como 
instrumento de orientação aos contribuintes. In: Anais do XXI Encontro Nacional do Conpedi. 
Florianópolis: Fundação Boiteux, 2012. Disponível em: <http://www.publicadireito.com.br/
publicacao/?evento=37#DIREITO%20TRIBUT%C3%81RIO>. Acesso em: 14 maio 2013.
BALEEIRO, A. Direito tributário brasileiro. 11. ed. São Paulo: Forense, 2006.
BERNARDES, F. C.; MELO, J. P. F. de A. O princípio da capacidade contributiva e a justa tributação do 
IPVA. Disponível em: <http://www.conpedi.org.br/manaus/arquivos/anais/brasilia/07_760.pdf>. Acesso 
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BERTOLUCCI, A. V.; NASCIMENTO, D. T. do. O custo de arrecadação de tributos federais. Rev. 
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scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519‑70772006000400004&lng=pt&nrm=iso>. Acesso 
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BONES, T. F. F. A aplicação de alíquotas progressivas no IPTU. Disponível em: <http://jus.com.br/revista/
texto/8812/a‑aplicacao‑de‑aliquotas‑progressivas‑no‑iptu>. Acesso em: 6 dez. 2011.
BRANCO, L. G. F. de A. Sistema Constitucional Tributário: a competência tributária para instituição das 
contribuições sociais e as modificações introduzidas na Lei 8.212/91 pela Lei 11.941/09. In: Anais do XX 
Encontro Nacional do Conpedi. Florianópolis: Fundação Boiteux, 2011, p. 6927‑6946. Disponível em: 
<http://www.conpedi.org.br/anais/XXcongresso/Integra.pdf>. Acesso em: 14 maio 2013.
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___. Decreto‑lei nº 4.657, de 4 de setembro de 1942. Lei de introdução às normas do Direito Brasileiro. 
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto‑lei/Del4657compilado.htm>. Acesso em: 
22 maio 2013.
___. Decreto‑lei nº 1.578, de 11 de outubro de 1977. Institui imposto sobre exportação, e dá outras 
providencias. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto‑lei/del1578.htm>. Acesso 
em: 22 maio 2013.
125
___. Decreto‑lei nº 4.382, de 19 de setembro de 2002. Regulamenta a tributação, fiscalização, 
arrecadação e administração do imposto sobre a propriedade territorial rural – ITR. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/D4382.htm>. Acesso em: 22 maio 2013.
___. Decreto nº 6.306, de 14 de dezembro de 2007. Regulamenta o imposto sobre operações de 
crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários – IOF. Disponível em: <http://
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Informações:
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