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Direito Tributário II

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SEMANA DE PROVAS 2020/1
AVALIAÇÃO BIMESTRAL(1º bimestre)
	ALUNO(A): Ana Julia Arenhart Schon
	CURSO: Direito
	TURNO: noturno
	TURMA: 9º 
	DISCIPLINA: Direito Tributário II
	PROFESSOR: Andrea Bulka Sahaiko Kruk
	DATA: 09/04/2020
	PESO: 9,0
	NOTA:
	CRITÉRIOS E ORIENTAÇÕES:A prova é individual. Os critérios de avaliação serão: Fundamentação jurídica e/ou legal correta, argumentação compatível com a matéria questionada, coesão, estrutura de texto de acordo com as normas da linguagem culta. 
*As respostas devem ser inseridas logo abaixo da pergunta. 
*Na primeira questão, objetiva, basta assinalar a resposta correta ou apenas indicar a “letra”. 
*Aos alunos em regime de adaptação e dependência, o valor da prova é 10,0. 
Parte inferior do formulário
1- Avalie as afirmações, de acordo com o CTN (1,0): 
I. Contribuinte é a denominação do sujeito passivo da obrigação principal, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador.
II. A responsabilidade tributária do adquirente de fundo de comércio pode ser integral ou subsidiária, ainda que a empresa esteja em recuperação judicial. 
III. Responsável é a denominação do sujeito passivo da obrigação principal quando este, revestindo-se da condição de contribuinte, responde pelo recolhimento de um determinado tributo de forma subsidiária.
IV. No que tange à responsabilidade por substituição, esta pode ocorrer, nos termos da lei, na hipótese em que o empregador faz a retenção na fonte do imposto de renda retido na fonte (IRRF) de seu empregado.
 Está correto apenas o que se afirma em:
A) I e II.
B) II e III.
C) I e IV.
D) I, II, IV
E) II, III, IV.
Resposta: Letra C.
2- “-Jürgen Mossack: Você deve estar pensando... isso é legal?
-Ramón Fonseca: É, e isso se chama elisão fiscal.	
-Jürgen Mossack: Vejam, a evasão fiscal é crime, mas a elisão fiscal é a nossa especialidade, e o limite entre os dois é tão tênue quanto as paredes de um presídio.” 
(trecho de diálogo extraído do filme: “A Lavanderia”. A LAVANDERIA. Direção de Steven Soderbergh. Disponível em: Netflix, 2019). 
Considerando o diálogo acima, explique a diferença entre elisão e evasão fiscal, apontando exemplos das duas situações e explicando as possíveis consequências para o sujeito passivo da obrigação tributária quando a autoridade administrativa aplica a norma geral antielisão, prevista no art. 116, parágrafo único do CTN (1,0). 
Evasão fiscal: Trata-se da fuga ilícita do tributo. O art. 116 parágrafo único do CTN trouxe a possibilidade da autoridade fiscal desconsiderar atos ou negócios jurídicos simulados, ou seja, aqueles praticados pelo contribuinte com finalidade de reduzir de forma ilícita o valor dos tributos devidos, por exemplo, o contribuinte que está realizando uma doação, simular um negócio de compra e venda no lugar da doação, somente para pagar menos imposto. 
Elisão fiscal: Trata-se da fuga lícita do tributo, ou seja, são estratégias legais para as empresas reduzirem o valor pago em impostos. A elisão fiscal pode ser uma importante fonte de economia para qualquer negócio, ajudando a diminuir os custos de produção de um bem ou serviço, por exemplo, quando uma determinada empresa muda de endereço para uma cidade onde lhe ofereçam isenção de IPTU. É o planejamento tributário por parte do contribuinte.
3- A empresa USB LTDA., do ramo de equipamentos de informática, deixou de funcionar em seu domicílio fiscal eleito, que era a cidade de Guarapuava-SP. Nenhum órgão público foi oficiado da situação. Passados 3 meses deste fato, o sócio majoritário, Augusto da Silva, recebe intimação de que lhe foi redirecionada execução fiscal, ajuizada pelo Estado do Paraná, em decorrência de débitos de ICMS da empresa USB LTDA., imputando a este responsabilidade pelo pagamento dos tributos devidos pela pessoa jurídica. Sobre os fatos narrados, está correta a responsabilização de Augusto da Silva? Responda e justifique, com a devida fundamentação jurídica e legal. (1,0)
A súmula 435 do STJ dispõe: “Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que deixar de funcionar no seu domicílio fiscal, sem comunicação aos órgãos competentes, legitimando o redirecionamento da execução fiscal para o sócio-gerente”. Nesse caso os órgãos competentes presumem que a empresa deixou de funcionar no seu domicilio fiscal e então há o redirecionamento da execução fiscal para o sócio-gerente (quem tem poderes de decidir). 
No caso em questão, não está correta a responsabilização de Augusto (sócio majoritário), pois não se trata de sócio gerente. Somente haverá o redirecionamento da execução para o sócio gerente, somente ele poderá figurar o no pólo passivo da ação de execução. 
4- Em relação ao fato gerador da obrigação tributária, julgue as assertivas, dizendo se são verdadeiras ou falsas, justificando a resposta: (2,0)
I – Fato gerador complexivo ou periódico é aquele que acontece em um lapso temporal determinado, tendo escolhido o legislador data fixa para cobrá-lo, a exemplo dos impostos sobre o patrimônio; (1,0)
II – Fato gerador do ISS será sempre a prestação de qualquer tipo de serviço, independente de previsão legal, sendo que sempre irá incidir referido imposto quando houver situações de serviço + fornecimento de comidas e bebidas. (1,0)
I- Falsa, não se trata de imposto sobre o patrimônio.
II- Falsa. Pois o ISS será sempre sobre a prestação de serviços de qualquer natureza desde que constem na lista anexa à lei complementar 116/2003. 
Ademais, quando a prestação de serviços contemplarem o fornecimento de bebidas e alimentos, este sofrerá incidência de ICMS.
5- Determinada instituição de assistência social, sem fins lucrativos, foi autuada pelo Estado “Z”, devendo pagar multa de R$500,00 (quinhentos reais), visto que não possuía o livro de registro do imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISS). Em sua defesa administrativa, a entidade sustentou que não era contribuinte do imposto, com base no Art. 150, inciso VI, alínea “c”, da Constituição da República, e, por isso, não deveria manter o livro de registro sobre os serviços prestados. 
	A tese sustentada na defesa apresentada pela entidade é procedente? Responda de forma fundamentada. (Valor: 1,0). 
Não é procedente, pois o art. 14 do CTN prevê, em relação à imunidade tributária das instituições de assistência social sem fins lucrativos, dentre outros requisitos, a necessidade de manter escrituração contábil para que se comprove a destinação do dinheiro. Assim, só terá direito a imunidade a instituição de assistência social que mantiver o livro de registro sobre os serviços prestados. 
Parte inferior do formulário6-Julgue as seguintes proposições, colocando V para verdadeiro ou F para falso, e apenas dizendo qual é o artigo e/ou súmula aplicável. (não precisa justificar, somente apontar o fundamento legal/jurisprudencial ao lado) (0,5):
(v) O espólio é pessoalmente responsável pelos tributos do de cujus devidos até a abertura da sucessão. Fundamento: Art. 131, III CTN
(f) São pessoalmente responsáveis os tutores e curadores pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados. Fundamento: Art. 134, II CTN
(v) Como regra geral, a responsabilidade por infrações da legislação tributária independe do dolo do agente ou do responsável. Fundamento: Art. 136 CTN
(v) Pedro adquire de Manoel imóvel com débitos dos seguintes tributos: IPTU, Contribuição de Melhoria, Taxa de Coleta Domiciliar de Lixo. Nesta hipótese, Pedro será responsável tributário por todos os tributos, em decorrência da natureza propterrem da obrigação. Fundamento: Art. 130 CTN
(v) Após a transformação de ABS Ltda. em ABS S/A, havendo débitos tributários pendentes de Imposto de Renda da Pessoa Jurídica ABS Ltda., haverá responsabilidade tributária subsidiária de ABS S/A. Fundamento: Art. 132 do CTN.
7- Leão-ME celebra contrato de locação de automóveis com a empresa Elefante Ltda., proprietária dos veículos, pelo prazo de 5 (cinco) anos. Os automóveis serão utilizados pelos diretores da pessoa jurídica Leão-Me. Segundo o contrato, a locatáriaLeão-ME é a responsável pelo pagamento do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores – IPVA de todos os automóveis durante o prazo contratual. Sobre a hipótese, é possível afirmar que o contrato é nulo, uma vez que altera, por meio de convenção particular, a condição de sujeito passivo da obrigação tributária? Justifique (1,0). 
O contrato, por si só, não é nulo. Apenas a responsabilidade pelo pagamento do IPVA pelo locatário, como previsto no contrato, não pode ser oposta à Fazenda Pública, conforme previsto no artigo 123 do CTN. Em que pese a previsão contratual de que a locatária Leão-ME é a responsável pelo pagamento do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores – IPVA de todos os automóveis durante o prazo contratual, o sujeito passivo tributário/contribuinte continuará sendo a empresa Elefante Ltda. Nada impede, porém, que, no caso de não pagamento do IPVA pela empresa Leão-Me e após quitação perante o fisco, a empresa Elefante Ltda acione na Justiça a empresa Leão-Me para, fazendo valer a previsão contratual, receber o valor pago ao fisco e eventual multa contratual. 
8-A crítica que a doutrina faz em relação a expressão “fato gerador” é que este alude, ao mesmo tempo, situação fática e situação hipotética, sendo considerada mais adequada a expressão “hipótese de incidência” para as situações abstratas previstas em lei como suscetíveis de fazer nascer a obrigação de pagar determinado tributo. Sobre a assertiva, explique a dupla natureza do fato gerador em abstrato e em concreto, dando exemplos. (1,5)
Concreto: É o fato ocorrido no mundo real, também chamado de hipótese de incidência realizada. É quando o contribuinte efetivamente realiza o comportamento previsto em lei. Ex: Quem é proprietário de terreno urbano, paga IPTU, pois pratica o fato que está previsto em lei.
Em abstrato: É a hipótese prevista em lei. Situação hipotética = hipótese de incidência não realizada. Trata-se da previsão legal, geral e abstrata de uma situação que, se vier a ocorrer no mundo dos fatos, fará nascer à obrigação tributária. Ex: A lei tributaria dispõe que irá pagar o IPTU aquele indivíduo que possui uma propriedade imobiliária urbana, porém apenas como uma situação hipotética.
O fato sozinho sem a lei não gera nada. O fato praticado tem que ser exatamente como previsto. Portanto precisa que ocorra a dupla dimensão. Assemelha-se ao fato típico penal. 
A hipótese de incidência não é ilícita. Não pode trazer na norma algo ilícito. Ex: Auferir renda. O fato de auferir renda por si só, é lícito, independe da proveniência.

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