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Estudo de caso - Didática no Ensino Superior

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM PSICOPEDAGOGIA
Resenha Crítica de Caso 
Nome da aluna Larissa Rodrigues Silva
Trabalho da disciplina Didática do Ensino Superior
 
 Tutor: Prof. DALTA BARRETO MOTTA
Brasília
2020
EDUCAÇÃO POPULAR E ENSINO SUPERIOR EM PAULO FREIRE 
Referência: 
Beisiegel, Celso de Rui. Educação popular e ensino superior em Paulo Freire. Educ. Pesqui., São Paulo, v. 44, e104010, 2018. 
Perez, Geraldo. Educação Popular segundo Paulo Freire. Bolema, Rio Claro – SP, v. 6, n. 7, 1991.
Por colunista portal educação. Paulo Freire e a prática de educação popular. Disponível em: https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/ paulo-freire-e-a-pratica-de-educacao-popular/32705. Acesso em: 18/03/2020.
Considerando o trabalho de Paulo Freire, ele percebe a educação como um processo constante de modificação de si e do mundo em uma contínua consciência de que suas ações modificam esse mundo.
Durante anos a educação popular teve vários significados, mas aqui falaremos sobre o método de educação que valoriza o povo e suas realidades culturais construindo novos saberes e dando valor aos já estabelecidos. 
Sua principal característica é utilizar os saberes da comunidade como principal combustível para o ensino. A ideia é aprender a partir dos conhecimentos que os alunos já têm adquiridos do cotidiano deles e ensinar usando esses conhecimentos como temas geradores, transformando o processo em algo leve e afetuoso e valorizando todos os indivíduos sociais nesse processo. A educação popular pode ser aplicada em qualquer contexto, mas é mais usada em instituições carentes, assentamentos rurais, aldeias indígenas e/ou na escola de jovens e adultos, atualmente chamada de EJA.
Nas primeiras ações para promover a educação de jovens e adultos analfabetos foi usada todo o universo e a burocracia escolar construída para o ensino infantil, pois era o parâmetro que se tinha no momento. Nessa época, a pessoa analfabeta não tinha direito de voto e ao alfabetizar-se, imediatamente era inclusa entre os votos para as disputas eleitorais. Portanto virou uma disputa muito mais política do que para o bem social. 
Anos depois, o ingresso de jovens e adultos e a frequência nos trabalhos escolares, foram os maiores dificultadores das campanhas de alfabetização e de outros movimentos da educação popular usados na segunda metade do século passado. A valorização social do aprendizado da leitura e da escrita eram um estímulo ao adulto, que se torna uma solução significativa no enfrentamento das dificuldades de frequência às aulas e de persistência nessas atividades escolares. 
A definição tradicional de educação popular tinha como característica o foco nas atividades dos professores e administradores das escolas de educação infantil. Seus conteúdos incidiam essencialmente na difusão de conhecimentos simples de leitura, escrita e cálculo, como também de elementos de história, geografia, ciências e noções básicas de higiene e saúde.
Durante todos esses anos que se estuda a educação, encontram-se na legislação e em toda a sua história muitas referências quanto aos esforços públicos de imposição do exercício dos direitos e deveres educacionais, que foram inseridos progressivamente nas nossas leis e legislações.
O trabalho de Paulo Freire normalmente buscou propostas práticas e reflexões voltadas para a formação das populações mais carentes. Até o século passado, quando ele estava apenas iniciando sua prática, o ensino superior era pouquíssimo acessível e não era a expectativa da vida da maioria das pessoas, portanto haviam poucas publicações ou outro tipo de manifestação de Freire sobre questões específicas desse tema.
O crescente número de adultos entrando para a escola e se diplomando no ensino de nível médio expandiu a concorrência por ingressos no ensino superior. A maioria dos jovens e adultos que começaram a procura pelo ensino superior já estavam inseridos no mercado de trabalho e com isso tinham a possibilidade de pagar mensalidades, portanto, estudaram na iniciativa privada. 
Foi uma extraordinária expansão da rede de ensino superior particular, e, em menor escala, a criação de novas escolas de ensino superior públicas federais, estaduais e até mesmo municipais, aumentaram consideravelmente suas ofertas de matrículas. Nos últimos anos vimos o poder público auxiliar muitas pessoas a conseguirem vagas em escolas particulares com o uso de vários tipos de procedimentos de financiamento.
Os temas relacionados à procura do ensino superior pelas classes populares são realmente muito interessantes e de muito estudo. Embora as implicações de Freire sobre a expansão da produção capitalista apareçam em suas observações sobre a constante procura na melhoria de escolaridade, suas análises enfocam especialmente a performance de trabalhadores mais politizados, atraídos pela formação em nível superior como instrumento da luta em favor da emancipação popular. 
Embora a conquista de ter a possibilidade de acesso ao ensino superior por pessoas de menores classes sociais seja ainda ineficiente para todos, é muito bom perceber que muitas questões foram focadas e mantidas pela educação popular de Freire.
Podemos observar também, durante grande parte de seu trabalho, que em quase todas as práticas da educação popular os trabalhos da alfabetização permanecem entre os objetivos principais de suas atividades. A necessidade da alfabetização (leitura, escrita e cálculo) a mesmo que passando por um período difícil, havia entrado na cabeça da sociedade e mostrava-se como grande argumento na justificativa para que o governo fizesse empreendimentos no campo educacional.
O pensamento e as práticas do professor também mudaram muito ao longo do tempo, por isso a discussão da posição de Paulo Freire sobre a educação, inclusive da educação superior, envolve a retomada de questões gerais sobre as mudanças da educação escolar nos dias de hoje. Segundo o autor pernambucano, não é papel do professor ser um discursador, pois o ensino deve ser plural, o que não quer dizer que não poderão ter uma opinião, mas sim tê-la e dialogar com outros pontos de vista.
Ele dizia também que a educação não transformará a sociedade sozinha, mas que sem ela a sociedade não será transformada. E, é justamente, aprendendo com Freire, que devemos compreender o quanto é importante ter a educação como um princípio transformador da realidade, dos seres humanos e de suas relações sociais.

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