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Universidade de Cursos Livres 1 Todos os direitos reservador - UNIET CURSO QUALIDADE DE VIDA PRATÍCAS NATURAIS DE SAÚDE INTRODUTÓRIO Universidade de Cursos Livres 2 Todos os direitos reservador - UNIET Introdução: O pai da medicina ocidental, o médico e filósofo grego Hipócrates, gostava de repetir enquanto cuidava de seus pacientes que “o homem é uma parte integral do cosmo e só a natureza pode tratar seus males”. Com isso, ele queria mostrar que as causas da doença eram naturais e não punições divinas como se acreditava até então e lembrar que o equilíbrio e a saúde do corpo estão diretamente ligados ao ambiente em que vivemos. Essa mesma frase voltou a soar atual nos últimos anos, ao mesmo tempo em que ocorre uma popularização dos métodos naturais à mesma medicina ocidental que Hipócrates fundou. A partir do século 17, quando as idéias do filósofo René Descartes começaram a influenciar a ciência, os tratamentos médicos passaram a ver o corpo humano como uma máquina em que cada parte tinha uma função específica e independente. Para Descartes, entendendo-se cada uma das partes, entende- se o todo. A medicina moderna, esquecendo o conselho de Hipócrates, ergueu- se sobre esse pressuposto e ainda está bastante apoiada nele. Hoje, a teoria de Descartes já não faz muito sentido. A ciência mais que provou a intrínseca relação entre mente e corpo e suas consequências para a saúde humana. Também está claro que isolar uma parte do corpo e desconsiderar o resto é receita segura para efeitos colaterais inesperados. Isso não significa dizer que a medicina ocidental ortodoxa tenha desabado e que todos os médicos e hospitais estejam para sempre soterrados nos Universidade de Cursos Livres 3 Todos os direitos reservador - UNIET escombros. A medicina é um edifício sólido, cheio de méritos. Mas, em alguns países do globo, como Canadá e França, uma parcela tão grande quanto 70% da população recorre a tratamentos não convencionais de cura. Esses métodos são bem diferentes uns dos outros inclusive nos resultados. Mas há algo mais ou menos em comum entre quase todos: eles enxergam o corpo como Hipócrates. Não somos máquinas, somos organismos vivos, cheios de partes interdependentes. O uso crescente das técnicas naturais seja como opção à medicina ortodoxa, seja como complemento a ela não determina por si só que elas sejam eficientes. Na verdade, estudos confiáveis atestando a eficiência de práticas “alternativas” são raríssimos. Veja o caso da homeopatia, certamente uma das mais conhecidas entre essas técnicas. Ela existe há mais de 200 anos, é procurada por milhões de pessoas no mundo todo e reconhecida oficialmente no Brasil como uma especialidade médica e para terapeutas não médicos. Era de se esperar que, dada sua enorme popularidade, ela tivesse sido bem estudada pela ciência. Pois, segundo um estudo feito pela prestigiada Escola Médica Península, da Inglaterra, foram feitos até hoje, no mundo todo, apenas seis exames rigorosos que comparam a eficiência de remédios homeopáticos com a dos convencionais. Só há oito estudos que comparam a ação da Arnica montana (um dos princípios ativos homeopáticos mais largamente utilizados) com placebo (“falsos” medicamentos, sem nenhum princípio ativo). É muito pouco e os resultados estão longe de ser conclusivos. Isso quer dizer que a ciência dá as costas para a medicina “alternativa”? Talvez. Mas as “duas medicinas” têm se aproximado nos últimos anos e hoje admitem a possibilidade de incorporar características uma da outra. “As duas têm aspectos positivos e negativos”, disse Xiang Ping, reitor da Universidade de Medicina Tradicional Chinesa, em Nanquim, num discurso de formatura. “A Universidade de Cursos Livres 4 Todos os direitos reservador - UNIET ocidental baseia-se em análises e radiografias, mas não aborda o todo orgânico. Já a medicina tradicional chinesa é eficaz na regulação de todo o corpo. Penso que a combinação das duas medicinas seria perfeita e muito benéfica para as pessoas.” Essa visão de que o corpo é um organismo interligado e, portanto, não pode ser subdividido em partes independentes parece ser uma das principais vantagens de muitas técnicas “alternativas” em relação à ortodoxia médica. “É verdade que, com a verticalização do conhecimento, muitos médicos passaram a ver ‘a doença do paciente’ e não ‘uma pessoa com uma doença’”, reconhece o presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CRM-SP), Clóvis Constantino. Já para a medicina “alternativa”, essa visão não é novidade. “Não existem doenças e sim doentes” foi sempre o lema de Edward Bach, médico inglês que no final do século 19 desenvolveu os florais de Bach, uma técnica “alternativa” bastante difundida. Ao mesmo tempo, adeptos de práticas “alternativas” têm incorporado aspectos imprescindíveis da medicina oficial, como a necessidade de apresentar resultados eficientes. Parece um pouco óbvio para nós ocidentais, mas, para muitas técnicas de fundo “filosófico”, o fato de um tratamento funcionar ou não é menos importante do que ele se conformar à “filosofia” na qual é baseado. “Há alguns anos, houve um boom das técnicas alternativas. Aí surgiram profissionais que erroneamente refutavam qualquer idéia da medicina convencional”, diz Paulo Eiró Gonçalves, que organizou o livro Medicinas Alternativas Os Tratamentos Não Convencionais, um dos primeiros no Brasil a reunir textos sobre vários dos métodos alternativos de cura. Prometia-se qualquer coisa e muita gente achava desnecessário testar esses métodos com as ferramentas da ciência afinal à ciência era, para muitos, o “inimigo” a ser combatido. Hoje, cada vez mais, os entusiastas têm se empenhado em enxergar os métodos que empregam com os olhos da ciência. Universidade de Cursos Livres 5 Todos os direitos reservador - UNIET Um bom exemplo desse fenômeno um que não é lá muito favorável às terapias alternativas é Steven Bratman. Esse cientista americano formado em acupuntura, shiatsu, medicina chinesa, fitoterapia e osteopatia craniana, abandonou a direção de uma clínica na Califórnia que misturava as abordagens convencionais e alternativas e dedicou-se a estudar a fundo as pesquisas sobre a eficácia das alternativas. Em 1996, Bratman publicou um livro razoavelmente favorável às abordagens alternativas, o Guia Prático da Medicina Alternativa. “Na época, eu acreditava na medicina alternativa e, portanto, assumia uma atitude positiva. Além disso, eu ignorava que muitos dos estudos em que me baseava não eram rigorosos o suficiente para serem levados a sério”, diz hoje. Depois de estudar mais e encontrar falhas em quase todas as pesquisas com resultados favoráveis, Bratman chegou a uma conclusão desanimadora. Segundo ele, todos os estudos somados não são suficientes para dar razão aos que dizem que essas terapias são um bom jeito de tratar doenças. Bratman percebeu que a imensa maioria dos estudos científicos sobre o assunto é pouco rigorosa. Isso não é à toa. “Bons estudos são caros”, diz Edzard Ernst, que dirige o Departamento de Medicina Complementar da Escola Médica Península. E dinheiro é um problemão para homeopatas, cromoterapeutas e afins. Medicamentos da medicina ortodoxa geralmente são testados sob patrocínio de grandes laboratórios farmacêuticos, interessados em comercializá-los. Já as técnicas, práticas e remédios menos rentáveis não encontram apoiadores tão facilmente. Não há muitas grandes empresas interessadas em divulgar a acupuntura ou a iridologia. O departamento de Ernst, mantido pelas universidades inglesas de Exeter e Plymouth, é uma das cada vez mais frequentes exceções à regra da falta de pesquisas. Universidade de Cursos Livres 6 Todos os direitos reservador - UNIET “Começamos atrabalhar há dez anos. Meu objetivo sempre foi e é um só: aplicar as regras da ciência às técnicas alternativas e complementares”, diz Ernst. Eles já publicaram mais de 700 artigos sobre o tema na literatura médica. É um belo avanço, mas ainda é pouco. Enquanto não há pesquisas suficientes, a medicina “alternativa” se baseia, muitas vezes, nos resultados obtidos no consultório, no tratamento de pacientes. O médico americano Jack Raso, autor de Alternative Healthcare – A Comprehensive Guide (“Tratamento Alternativo – Um Guia Geral”, sem versão brasileira), classificou esse conhecimento como “empirismo não-científico”, ressaltando que esse tipo de controle está muito propenso a falhas de vários tipos. Por exemplo: os pacientes desses consultórios tendem a simpatizar com seus terapeutas e a fazer uma análise pouco objetiva. Às vezes a doença passa sozinha e o sujeito, já inclinado a uma avaliação positiva, fica com a impressão de que o tratamento é que deu certo. Em setembro de 2003, Ernst ajudou o diário britânico The Daily Telegraph a organizar uma enquete em que uma centena de cientistas foi interrogada sobre o uso pessoal de algum método alternativo de tratamento ou cura. Era de se esperar que cientistas, gente com fama de cética, não se interessassem pelo assunto. Não foi bem o que aconteceu. Dos 75 que responderam à pesquisa, 30 disseram já ter usado algum tipo de tratamento alternativo e 20 disseram que os métodos deveriam estar disponíveis a todos por intermédio do National Health System, o sistema de saúde oficial britânico. É importante lembrar que o fato de não existirem pesquisas que garantam a eficiência de um método não comprova que esse método seja ineficiente. “Falta de evidência não é o mesmo que evidência de falta de resultado”, diz Ernst. Ou seja, na maior parte do tempo, a resposta mais honesta à crucial pergunta sobre se as técnicas alternativas funcionam ou não é um redondo “não sei”. Universidade de Cursos Livres 7 Todos os direitos reservador - UNIET Duas medicinas? “Não há medicina alternativa ou medicina complementar”, diz Clóvis Constantino. “A medicina é uma só. Ela engloba diferentes métodos, terapias, tratamentos e remédios que se provaram eficientes pelas pesquisas.” Veja o exemplo da acupuntura. A ciência não acredita que sua filosofia esteja correta ninguém conseguiu verificar a existência de canais de energia correndo pelo corpo. Mesmo assim, testes bem conduzidos provaram para além das dúvidas que as agulhas são eficazes para tratar vários males por mais que não se entenda como. Por conta disso, a medicina incorporou a parte da acupuntura cujos resultados foram comprovados. Hoje, as faculdades de medicina ensinam a espetar, os hospitais contratam acupunturistas, os conselhos médicos reconhecem e regulamentam a técnica e alguns planos de saúde pagam o tratamento. A medicina não é um sistema filosófico ela é uma área do saber que agrupa as mais eficientes técnicas conhecidas para tratar doenças e, portanto pode incorporar coisas que nasceram fora dela. Parece sensato, mas muitos praticantes de terapias “alternativas” temem que a absorção de seus métodos pela medicina ortodoxa possa desfigurar aspectos terapêuticos que são parte de um sistema coerente. “Se você vai usar apenas a parte de uma tradição de cura que tem explicação científica, ignorando a base filosófica, vai usar a terapia de maneira incompleta”, diz Paulo Eiró Gonçalves. O que Paulo quer dizer é que tomar agulhadas num hospital, aplicadas por um médico formado numa faculdade, não é a mesma coisa do que ser atendido por um velho mestre chinês versado na energia da vida e na visão totalizante do corpo. No primeiro caso, as agulhadas são apenas um remédio a mais, como a aspirina. Pode até funcionar já que eficiência sem dúvida é uma característica da medicina ortodoxa, ocidental, mas não rompe com o tal modelo de Descartes, que algumas terapias alternativas criticam. Universidade de Cursos Livres 8 Todos os direitos reservador - UNIET E, afinal de contas, o que é medicina “alternativa”? As técnicas e métodos agregados sob esse nome são tão distintas que se torna impossível criar uma definição coerente para o termo. Nem todas são naturais, nem todas são holísticas, nem todas são orientais, nem todas são não-oficiais. Com isso, técnicas tão distantes em histórico e abordagem quanto à fitoterapia mágica e a medicina oriental, por exemplo, são colocadas no mesmo barco. A fitoterapia mágica, criada em 1983 pelo americano Scott Cunninghan, é uma releitura duvidosa da fitoterapia clássica e tem pouquíssimos adeptos no mundo entre as práticas que propõe, há uma que prevê que enterrar um feijão pode servir para tirar pintas ou verrugas. Já a medicina oriental reúne elementos de sistemas tradicionais de cura originados há milhares de anos na Grécia, no Egito e na China. Suas práticas são conhecidas e testadas no mundo todo e já são aceitas por parte da comunidade científica ocidental. Essa falta de limites claros é vantagem apenas para as técnicas pouco confiáveis que se valem de lugares-comuns espalhados como verdades. Para os pacientes, a falta de limite faz com que a busca por uma opção de cura não convencional seja difícil e perigosa. Usar o procedimento de Cunninghan para se livrar de pintas, por exemplo, pode tornar-se apenas uma perda de tempo. Mas pode também acabar retardando a descoberta de um câncer maligno Como regra geral, vale dizer que nenhuma das terapias alternativas deve ser usada em todas as circunstâncias. Se houver qualquer razão para suspeitar de uma doença mais séria, como um câncer ou uma infecção que não passa um médico convencional certamente vai estar mais equipado para fazer o diagnóstico. As terapias alternativas podem ser boas maneiras de se manter saudável já que muitas delas pregam o “equilíbrio” nos vários aspectos da vida, um jeito bem razoável de se prevenir de doenças. Elas também são uma saída Universidade de Cursos Livres 9 Todos os direitos reservador - UNIET para problemas causados por males “subjetivos” as várias doenças ligadas à tensão, por exemplo, podem se beneficiar muito de métodos holísticos, que incluam conversas com o terapeuta, música tranquila e massagens. Doenças misteriosas como as alergias, ainda mal compreendidas pela medicina do Ocidente, igualmente parecem se beneficiar de tratamentos como a acupuntura e a homeopatia. E dores musculares ou torções, para as quais a medicina convencional receita quase sempre atenuantes de sintomas, parecem se beneficiar muito mais nas mãos de um quiropraxista ou acupunturista. É claro também que não há mal nenhum em procurar um terapeuta alternativo para cuidar de uma doença para a qual a medicina não tem cura ou para aliviar efeitos colaterais de remédios ortodoxos. Mas os médicos convencionais são bem melhores para combater doenças mais “objetivas”, aquelas causadas por fungos, vírus, bactérias e outros inimigos palpáveis que só podem ser vistos com microscópio. De um modo geral, as abordagens alternativas não existem para curar doenças, mas para preveni-las e para complementar um tratamento convencional. Se na maioria das vezes não sabemos se a medicina alternativa funciona, por que então utilizá-la? Por que não ficar com a velha e boa medicina ortodoxa, cujos remédios e técnicas têm eficiência comprovada por milhões de pesquisas? Os autores do livro The Desktop Guide for Complementary and Alternative Medicine (“Guia para Medicina Complementar e Alternativa”, sem tradução brasileira), esboçam algumas respostas para essas perguntas. Eles dividiram os motivos que levam alguém a buscar profissionais da medicina alternativa em dois grupos: os fatores de distanciamento, aqueles que afastam pacientes da medicina ortodoxa, e os fatores de aproximação, os motivos queaproximam pacientes e medicina alternativa. Universidade de Cursos Livres 10 Todos os direitos reservador - UNIET Parte dos pacientes que buscam a medicina alternativa compartilha a aversão por substâncias químicas ou drogas e privilegiam substâncias naturais em diversos campos de sua vida. “Para essas pessoas, na hora de se vestir, o algodão satisfaz um instinto que o poliéster agride”, diz Bratman. Outro fator de aproximação listado foi a “dimensão espiritual”. A crença na existência de um Deus é bastante comum entre os adeptos da medicina alternativa. “A maior parte de nossos pacientes está ligada a uma força maior, uma alma do Universo”, diz o presidente da Associação Brasileira de Medicina Complementar (AMC), José Felippe Junior. É bom lembrar que a crença num deus tem sido considerada por pesquisas sérias um fator que favorece a recuperação de doenças graves. Mas a insatisfação com a medicina ortodoxa também pode estar ligada a fatores que em nada têm a ver com a filosofia de vida do paciente. Pacientes costumam ter uma queixa comum quando o assunto é medicina convencional: acreditam que o médico não lhes dá a devida atenção. A maioria das denúncias encaminhadas aos órgãos que regulamentam o exercício da medicina não se deve a erros médicos e sim à relação médico-paciente. Eles reclamam que o médico não tem tempo suficiente para atendê-los ou que não entendem as explicações sobre os procedimentos usados. “Hoje estamos empenhados em aprimorar essa relação”, diz Clóvis Constantino, presidente do CRM-SP, refletindo uma preocupação crescente de todo o meio médico ocidental Efeito placebo Tradicionalmente, o jeito que a medicina ortodoxa arrumou para aprovar ou reprovar um tratamento é um teste muito engenhoso chamado “contraplacebo”. Funciona assim: um médico arruma uma porção de voluntários. Essas cobaias são então divididas em dois grupos. Um dos grupos é tratado com o remédio ou o tratamento que se quer testar. O outro recebe apenas placebo. Placebo, Universidade de Cursos Livres 11 Todos os direitos reservador - UNIET como já foi dito, é um remédio “falso”, sem princípio ativo. Por exemplo, uma cápsula que contenha farinha. Os testes mais confiáveis, além de serem “contraplacebo”, são “duplo-cego”. Ou seja, não é só o paciente que não sabe qual remédio é o de verdade e qual é o placebo. Os médicos que dão o remédio também não sabem. Tudo para diminuir qualquer influência externa. Só o remédio tem que agir. Tudo muito bem bolado, muito inteligente. Mas a ciência não contava com uma coisa: e se o placebo não for totalmente inócuo? E se a pílula de farinha curar também? Pois é. Parece que é isso que acontece. “Não temos a menor dúvida de que placebo funciona, em média, em 30% dos casos”, escreve Herbert Benson em seu livro Medicina Espiritual. Benson é presidente do Mind/Body Institute, um centro de pesquisa americano focado nas relações entre o corpo e a mente justamente aquilo que Descartes não previa. Um exemplo surpreendente foi uma pesquisa realizada pelo cirurgião ortopedista americano Bruce Moseley. O médico testou a eficiência de uma cirurgia para curar artrite no joelho, que consiste em raspar áreas danificadas da cartilagem. No estudo, cinco pacientes foram operados propriamente e cinco receberam aplicações de agulhas em lugares aleatórios. Quatro dos pacientes que passaram pelo tratamento placebo tiveram redução de dor e inchaço e melhoria nos movimentos do joelho. O placebo pode funcionar a ponto de causar até incômodos. “Sonolência, dor de cabeça, náusea, nervosismo, insônia e prisão de ventre estão entre os efeitos colaterais mais comuns do tratamento com placebo”, diz Benson. Há até um termo para denominar os efeitos colaterais de placebos: nocebo. Benson acredita que a razão para ele é o fato de os participantes de pesquisas serem obrigados a ler um documento de aprovação em que esses possíveis efeitos colaterais estão listados. Universidade de Cursos Livres 12 Todos os direitos reservador - UNIET O efeito placebo põe em cheque a pretensão de objetividade proposta pela ciência ocidental. Se o próprio placebo cura, então toda a teoria por trás dos testes duplo-cego/contraplacebo muda de perspectiva. Veja por exemplo o caso da homeopatia. Embora várias teorias tenham surgido nos últimos tempos, ninguém ainda entende qual é o processo de cura dessa terapia. A homeopatia é baseada em dois princípios. O primeiro é a “lei dos semelhantes” e diz que uma substância que causa determinado sintoma num paciente saudável pode curar esses mesmos sintomas se ingerida em doses muito pequenas. Assim, como a ferroada de abelha causa dor e inchaço, os homeopatas recomendam um preparado feito a partir do veneno da abelha contra vários tipos de dor e inchaço. O segundo princípio diz que quanto mais diluída a substância, mais potente o remédio. Essa é a chamada “lei das infinitesimais”. Depois de séculos de pesquisas, esses princípios fazem cada vez menos sentido à luz do que a ciência sabe. A maioria dos cientistas acha que eles são grandes bobagens. Ainda assim, muita gente se cura com homeopatia, por menos que ela faça sentido. Por que será? Talvez seja apenas um caso clássico de placebo bem-sucedido. Talvez muito do sucesso de várias terapias alternativas se deva ao fato de que a relação com o terapeuta crie condições favoráveis para que o placebo funcione ao motivar o paciente, dar a ele esperança e inspirar simpatia e confiança. O placebo tem uma característica interessante: só obtém resultados quem acredita no tratamento. Será milagre, então? Não necessariamente. É plausível que essa postura positiva tenha ação sobre o sistema imunológico e favoreça a cura. Um cético como o cientista Romke Bron, que disse ao jornal inglês The Daily Telegraph que “se alguém entrasse em uma farmácia homeopática durante a noite e trocasse as etiquetas dos frascos ninguém notaria”, tem bem menos chances de se curar com esse tipo de remédio. Universidade de Cursos Livres 13 Todos os direitos reservador - UNIET Ou seja, é importante sim conhecer os princípios de cada tipo de tratamento e saber evitar os charlatões. Mas talvez seja igualmente importante conseguir acreditar no seu terapeuta. Nesse sentido, mil pesquisas provando isso ou aquilo não substituem uma coisa: a confiança que você tem no seu médico, seja ele ortodoxo ou alternativo. Sair por aí dizendo que a medicina convencional está completamente equivocada e não serve para nada é perda de tempo e demonstração de ignorância. O escritor de ciência americano Stephen Jay Gould, morto em 2002, tinha uma sugestão para aqueles que acham que a medicina é inútil: que eles visitem algum cemitério antigo e reparem na quantidade de lápides pequenas, uma ao lado da outra. É inegável que a mortalidade infantil despencou com o avanço da ciência e que ela é muito menor nas regiões onde há melhores cuidados médicos. Ninguém em sã consciência pode negar os avanços trazidos pelos antibióticos, ou pelas vacinas, por mais imperfeitos que tanto uns quanto as outras sejam. É óbvio que a medicina derrotou doenças e espalhou saúde basta saber ler estatísticas para perceber isso. Mas também é inegável que nem todo mundo se dá por satisfeito com o que a medicina oferece. Desde que o mundo é mundo, as pessoas vão aos “médicos” (curandeiros, pajés, xamãs...) para falar de suas ansiedades, suas dores e obter algum conforto nem sempre a cura. Essas coisas ajudam o sujeito a sentir-se bem. “E ninguém discorda do fato de que se sentir bem é bom para a saúde”, diz Bron, aquele mesmo que acha que não há problema algum em trocar os rótulos dos remédios homeopáticos. Colocar no mesmo barco todas as técnicas ditas “alternativas” é um grande erro. Algumas delas são amplamente reconhecidas, sobre outras há quase certezada ineficácia. (Fonte: Revista Superinteressante) Universidade de Cursos Livres 14 Todos os direitos reservador - UNIET Medicina Segundo o dicionário Michaelis – Medicina – sf (lat medicina) – é arte e ciência de curar e prevenir as doenças, bem como cada um dos sistemas (alopatia, homeopatia, medicina natural) empregados para debelar as doenças. A medicina biológica também conhecida como medicina natural emprega conceitos populares e tradicionais na cura e prevenção das doenças. Muitos destes conceitos tradicionais da medicina natural têm embasamento científico e complementam a medicina clássica praticada no ocidente. Algumas formas de medicina praticadas no oriente são mais antigas que a medicina clássica do ocidente e somente recentemente tem sido aceita com forma de terapia que complementam o tratamento alopático empregado. Abaixo a lista das várias formas de medicina e terapias naturais. Medicina Chinesa A Medicina Chinesa fundamenta-se numa estrutura teórica sistemática e abrangente, de natureza filosófica. Tendo como base o reconhecimento das leis fundamentais que governam o funcionamento do organismo humano, e sua integração com o ambiente segundo os ciclos da natureza, procura aplicar esta abordagem tanto ao tratamento das doenças quanto á manutenção da saúde através de diversos métodos. Assim, a Medicina Chinesa baseia-se na alternância universal de forças complementares positivas e negativas (Yin e Yang) e na lei das transformações dos 5 elementos, ou melhor, 5 movimentos: movimento Terra, Fogo, Madeira, Metal e Água (figura). Cada elemento se relaciona com diversos aspectos do universo e também com diversos aspectos das funções fisiológicas do nosso organismo. Universidade de Cursos Livres 15 Todos os direitos reservador - UNIET Métodos diagnósticos – As práticas diagnósticas da Medicina Chinesa incluem observar, ouvir, cheirar, perguntar e tocar destacam-se no diagnóstico a observação da língua e o exame do pulso, prática esta que demoram alguns anos a ser completamente dominado, mas que fornecem informações preciosas e exatas sobre a condição de saúde do paciente. Tratamento – Atualmente são sete os principais métodos de tratamento da Medicina Tradicional Chinesa: Fitoterapia chinesa (fármacos) Acupuntura Tuina ou Tui Ná (massagem e osteopatia chinesa) Dietoterapia (terapia alimentar chinesa) Auriculoterapia (tratamento pela orelha) Moxabustão Ventosaterapia Cuidados preventivos – Os cuidados profiláticos para a manutenção da saúde ou formas de intervenção para recuperá-la são feitos por práticas físicas (exercícios integrados de respiração e circulação de energia, e meditação como: Chi Kung, o Tai Chi Chuan e algumas artes marciais). Medicina Ayurvédica – Medicina tradicional hindu A médica ayurvédica é uma abordagem terapêutica da medicina hindu que existe há mais de 5 mil anos e é considerada a ciência da saúde mais antiga. Seu fundamento é a busca do equilíbrio do corpo e da mente através de plantas medicinais, dietas, aromas e massagens com óleos, respeitando o tipo constitucional de cada pessoa. Universidade de Cursos Livres 16 Todos os direitos reservador - UNIET Existem 3 humores biológicos ou doshas, o Vata, o Kapha e o Pitta. O Vata (representada pelo ar) é seco, leve, frio, sutil, agitado e é sempre relacionado com a dor. As pessoas com esta constituição, via de regra, apresentam características como ansiedade, tremores, gases, prisão de ventre, tonteira, dores de cabeça, insônia. Essas pessoas costumam serem magras, ombros estreitos, pele e cabelos secos. Sua alimentação deve ser energética, porém de fácil digestão. O Kapha (representado pela água) é úmido, frio, pesado e está relacionado ao inchaço. A pessoa Kapha vive cansada, costuma ter um semblante pálido, apresenta calafrios, sonolência e tosse, obesidade e tem tendência à formação de catarro e muco nos pulmões. Têm excelente memória. Sua alimentação deve ser à base de grãos, raízes e frutas. O Pitta (representado pelo fogo) e costuma sentir muita fome, sede, acidez gástrica, apresenta infecções e inflamações com facilidade. Tem sudorese abundante, tem apurado senso crítico e gosta de enfrentar desafios. Na sua alimentação deve conter vegetais crus e a carne deve ser utilizada com moderação. O surgimento das doenças depende do desequilíbrio destes 3 elementos, e a cura, pelo seu equilíbrio. Universidade de Cursos Livres 17 Todos os direitos reservador - UNIET Medicina Homeopática Os princípios homeopáticos foram determinados por Samuel Hahnemann no final do século XVIII, e foram baseados na cura pelo semelhante – Lei da semelhança -(Similia Similibus Curantur), isto é, uma substância capaz de produzir determinada alteração funcional e anatômica em um indivíduo saudável, resultando em uma doença, teria a capacidade de curar esta alteração, quando dada em doses pequenas. Os medicamentos homeopáticos são então obtidos de produtos naturais diluídos e dinamizados (agitados fortemente entre cada diluição). A homeopatia como as outras terapias componentes da Medicina Biológica, é de cunho vitalista, isto é: suas concepções e observações são baseadas na existência e transformações da nossa Energia Vital, energia estas que dá origem à vida em si própria e rege todos os fenômenos e funcionamento do nosso organismo. Assim, Samuel Hahnemann em 1779 após formar-se em Medicina dedicou os estudos dos fenômenos vitais instituídos por Hipócrates, o princípio a Similia Similibus Curantur de Paracelso e, a alma como causa da vida de Platão. Mas, foi estudando a Matéria Médica de Cullen, em 1790 que resolveu testar em si próprio as propriedades da China officinalis (retirada da casca de arbustos chamados Rubiáceas), indicada para curar febre por ser capaz de produzir febre. A cada dose ingerida um acesso de febre intermitente o assaltava. Este fato o impressionou de tal forma, que começou a registrar http://www.medicinapratica.com.br/2010/08/22/saude-medicina-pratica/homeopatia-a-arte-de-curar-pelo-semelhante/ Universidade de Cursos Livres 18 Todos os direitos reservador - UNIET observações sobre o efeito das substâncias no corpo de outras pessoas, como continuou a fazer experiências no próprio corpo com diferentes medicamentos. Em 1810 publicou seu livro mestre, chamado “O Organon da Ciência Médica Racional”, que foi aperfeiçoado em 1819, mudando o nome para “O Organon da Arte de Curar”. Estava assim criada a Homeopatia! No Brasil, se fala em Homeopatia desde 1818, porém, só em 1840, através do Dr. Bento Mure médico francês, é que se iniciou sua propagação no Rio de Janeiro. Em 1843 fundou-se o Instituto Homeopático do Brasil. Porém, só em 1980, é que a Homeopatia foi reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina e, em 1990, passou a constar do Conselho de Especialidades Médicas da Associação Médica Brasileira. Medicina Ortomolecular A medicina ortomolecular tem como base o entendimento do papel dos chamados radicais livres, que são frutos do metabolismo celular e tem potencialidade destruidora para as células e tecidos. Conceito Nos organismos aeróbios, como o ser humano, a maior parte do oxigênio é reduzida a água dentro da mitocôndria, através da enzima citocromo oxidase, que transfere quatro elétrons ao oxigênio. Entretanto, em decorrência da sua configuração eletrônica (triplet O2), cerca de 5% do oxigênio que se consome tem forte tendência a receber um elétron de cada vez, ou seja, a transferência de elétrons pode ser realizada em passos monoeletrônicos, com a formação de espécies intermediárias. Deste modo, aproximadamente 5% de todo oxigênio consumido é convertido em ânion superóxido (O-2), que é um radical livre. Universidade de Cursos Livres 19Todos os direitos reservador - UNIET Em 1985 Sies descreveu o estado fisiológico associado à produção aumentada de espécies reativas de oxigênio (estresse oxidativo), resultante de um distúrbio no balanço pró-oxidante/antioxidante a favor do estado pró-oxidante. Nesta situação, o organismo se encontra sob crescente exposição às espécies reativas de oxigênio, que participam das alterações dos componentes celulares induzidas por radicais livres através de um mecanismo exponencial de reação em cadeia carreadora de radicais. Espécies reativas de oxigênio – EAOs A toxicidade do oxigênio não se deve apenas aos radicais livres, dele derivados, mas também a outros estados do oxigênio, como o radical hidroxila (OH), o oxigênio singlet (O2), o óxido nítrico (ON), radicais peróxidos (ROOH), peróxidos nitritos (ONOO-), ácido hipoclórico (HOCL-) e peróxido de hidrogênio (H2O2), sendo este último considerado uma espécie reativa de oxigênio (EAO), apesar de apresentar um elétron desemparelhado na última órbita. Os principais alvos das EAOs nas células são os lípides, as proteínas contendo grupamento sulfidril e o DNA. Dentre as EAOs, o peróxido de hidrogênio (H2O2) é a mais estável e a menos reativa. A hidroxila (OH) é a mais reativa, menos estável e a mais perigosa do ponto de vista biológico, pois reage imediatamente após sua formação com qualquer molécula biológica ao seu redor. Além disso, diferentemente do peróxido de hidrogênio e do ânion superóxido, não existem defesas enzimática contra este radical. Antioxidantes celulares enzimáticos As EAOs são capazes de produzir danos nas células parenquimatosas e endotelias dos mais diversos tecidos e órgãos do nosso organismo, porém, normalmente, estas lesões são impedidas pela presença de antioxidantes celulares enzimáticos, como a glutationa peroxidase -1 (principal enzima Universidade de Cursos Livres 20 Todos os direitos reservador - UNIET antioxidante no citosol e nas mitocondriais, e as formas de superóxido dismutase (SOD) ligadas à membrana, responsáveis por dismutar o ânion superóxido em H2O2 (peróxido de hidrogênio) e endógenos presentes dentro do fluido de revestimento epitelial (p. ex. células endotelias). Proteínas séricas, tais como ceruloplasmina e transferrina, vitamina C, vitamina E, ß-caroteno, e glutationa reduzida. Medicina Antroposófica A Antroposofia, do grego “conhecimento do ser humano”, introduzida no início do século XX pelo austríaco Rudolf Steiner, pode ser caracterizada como um método de conhecimento da natureza do ser humano e do universo. Rudolf, vidente e místico, desenvolveu e ampliou seus estudos em base de concepções da Medicina Antiga e de conhecimentos da fisiologia oculta das culturas céltica, egípcia e grega. Nos seus estudos recebeu apoio da médica holandesa Ita Wegmann. A antroposofia visa ampliar o conhecimento obtido pelo método científico convencional, bem como a sua aplicação em praticamente todas as áreas da vida humana. Assim, a medicina antroposófica tem com base o estudo do ser humano e da sua evolução, na relação cósmica das forças anímicas, das suas http://www.medicinapratica.com.br/2010/08/31/saude-medicina-pratica/medicina-antroposofica-3/ Universidade de Cursos Livres 21 Todos os direitos reservador - UNIET biografias e do estudo dos assim chamados corpos supra-sensível: corpo físico, corpo etérico, corpo astral, e do EU (espírito). A medicina antroposófica utiliza-se de um diagnóstico antroposófico amplo da enfermidade que a pessoa está sofrendo e suas interações. Assim, estuda-se os aspectos planetários, da biografia do indivíduo, dos metais aplicados de forma terapêutica, da fisiologia oculta, da trimembração (Sistema Nervoso Central, Sistema Rítmico, Sistema Metabólico) O tratamento é realizado com medicamentos antroposóficos, elaborados pela farmacopéia antroposófica, que são diluídos como na homeopatia, mas de forma distinta respeitando as leis cósmicas e os aspectos planetários envolvidos em sua preparação. A medicina antroposófica possui uma série de terapêuticas associadas como: terapia artística, modelagem, pintura, desenho de formas, tecelagem terapêutica, musicoterapia, quirofonética, banhos medicinais, massagem rítmica, eurritmia curativa, canto terapêutico e cromoterapia antroposófica. Medicina Biocatalítica Oligoterapia A Oligoterapia Biocatalítica consiste numa terapia através de minerais (Manganês, Cobre, Zinco, Magnésio etc.) em doses muito pequenas, da ordem de microgramas, por absorção sublingual, que atuarão não por ação ponderal ou por reposição de carências, mas sim, por uma ação de retorno a homeostase (equilíbrio) dos sistemas catalíticos ou enzimáticos nos quais esses minerais estão envolvidos. Universidade de Cursos Livres 22 Todos os direitos reservador - UNIET O estudo da utilização de oligoelementos foi desenvolvido inicialmente pelos franceses Menetrier e Bertrand no final do século passado XIX. Esta terapêutica abre um novo campo de possibilidades no tratamento de nossos pacientes, que é o tratamento efetivo das DOENÇAS FUNCIONAIS. Medicina Anti-homotóxica de Reckeweg A medicina anti-homotóxica, também conhecida como Homotoxicologia, surgiu na Alemanha nos anos de 1930 e é considerada como uma ponte entre a Homeopatia e a Alopatia. Essa corrente foi criada por um médico homeopata alemão, Dr. Hans-Heinrich Reckeweg (1905-1985), que nasceu e clinicou em Berlim até meados do século passado. Dr. Reckeweg, também foi o fundador da farmácia Heel in Baden-Baden, Germany in 1936, farmácia especializada na preparação de medicamentos anti-homotóxicos. A proposta do Dr. Reckeweg era procurar um campo comum entre a homeopatia e a medicina alopática que despontava então, como novos medicamentos com grande potencial de cura como os antibióticos. Partindo do pressuposto que as doenças são causadas por aquilo que ele chamou de “homotoxinas”, que seriam quaisquer substâncias, sejam próprias ou estranhas ao organismo humano, que gerassem disfunções nas células e sistemas. Segundo Reckeweg, o surgimento de uma homotoxina gerava três tipos de reação no organismo: eliminação numa fase inicial, seguida de reatividade – uma fase inflamatória; e finalmente a deposição – quando a toxina seria Universidade de Cursos Livres 23 Todos os direitos reservador - UNIET absorvida pelo tecido humano causando alterações mais sérias e persistentes – como o surgimento de uma célula cancerosa. Medicina Espagírica A Medicina Espagírica é na atualidade a medicina remanescente da medicina original de Paracelsus e dos mistérios gregos, isto é da alquimia. Esta forma de tratamento utiliza todas as potencialidades da planta substância ou metais, combinados em diluições semelhantes à Homeopatia. Por exemplo, se utiliza da planta Arnica não somente para o trauma e contusões, mas também para os traumas emocionais. Tudo da planta é utilizado e preparado segundo técnica farmacêutica da alquimia, e as combinações são feitas sob a regência dos princípios alquímicos e com os quatro elementos em harmonia: terra, fogo, ar e água. Paracelso alquimista, nascido em1943, criou a palavra Espagiria fundindo duas palavras gregas Spao (separar, diferenciar) e Agueiro (reunir, juntar). Quer dizer separar os Três Princípios purificá-los separadamente, o que os vai tornar mais dinâmicos, e em seguida juntá-los, para fazer substâncias livres das impurezas que continham. Esta prática visa obtêm-se remédios levados a uma nova vida e cujas forças curativas atuam sobre vários planos do ser, nomeadamente o mental, o emocional e o físico. Sabemos que, um indivíduo Universidade de Cursos Livres 24 Todos os direitos reservador - UNIET perturbado e enfermo, se tornou primeiro doente na sua estrutura interior;em especial nos domínios psicológico e espiritual. A medicina espagírica utiliza as quintessências com forma de tratamento de doenças específicas, com exemplos abaixo: Canela (Cinnamomum zeylanicum) – Júpiter, Marte e Mercúrio Tônus, flexibilidade, força, equilíbrio. Afrodisíaco. Intestino, sangue, aquece o útero e o coração, extremidades frias, astenia, digestiva, refluxo. Copaíba (Copaifera sp.) – Júpiter e Mercúrio Antiinflamatório das mucosas, anti-séptico, diurético, germicida, anti- reumático, antioxidante, antiviral. Pulmão, sistema genito-urinário, pele Cravo (Eugenia caryophyllata) – Marte Força, determinação e foco. Cavidade oral, sistema imunológico, genital feminino, intestinos, analgésico, anti-séptico e antioxidante potente, anti-nevrálgico, antibiótico natural. Diarréia, flatulência. Eucalipto (Eucalyptus globulus) – Saturno e Mercúrio Concentração e comunicação. Aprendizado. Aparelho respiratório, sistema imunológico, sistema urinário. Vermífugo, hipoglicêmico, antisséptico das vias respiratórias. Lavanda (Lavandula officinalis) – Lua e Mercúrio Limpeza energética, calmante e tonificante. Restaura as forças. Sistema nervoso, pele, aparelho respiratório, aparelho urinário. Genital masculino e feminino. Estômago e intestino. Limão (Citrus limonum) – Sol e Marte Universidade de Cursos Livres 25 Todos os direitos reservador - UNIET Clareza mental, coragem, autoconfiança. Traz a luz para o coração. Cardiotônico, hipotensivo, anti-veneno, alcalinizante, antianêmico. Metabolismo. Sistema imunológico. Reumatismo, obesidade, gota, congestão hepática. Terapias tradicionais Acupuntura Acupuntura foi uma parte de medicina tradicional chinesa durante pelo menos 2.500 anos. A filosofia Oriental atrás disto é aquela saúde depende de uma energia vital que flui por seu corpo ao longo de 14 caminhos chamado meridianos. Se um determinado ponto deste meridiano está fora de harmonia, de acordo com esta teoria, que você adquire dor e doença. Agulhas inserindo em pontos ao longo dos meridianos desbloqueiam o fluxo de energia e restabelecem o equilíbrio saudável de seu corpo. Assim, acupuntura baseia-se na alternância universal de forças complementares positivas e negativas (Yin e Yang) e na lei das transformações dos 5 elementos ou melhor 5 movimentos: movimento Terra, Fogo, Madeira, Metal e Água. Cada elemento se relaciona com diversos aspectos do universo e também com diversos aspectos das funções fisiológicas do nosso organismo. Dependendo de suas razões por buscar acupuntura, você terá 1 a 20 ou agulhas inseridas em sua pele e em alguns casos podem penetrar até 2,5 centímetros, dependendo em onde elas são colocadas e o para o qual o tratamento é indicado. Normalmente são mantidas no local de 15 a 30 minutos. A colocação das agulhas geralmente não causa nenhuma dor da inserção, embora possa ser em ocasião, dolorosa. Algumas pessoas acham a experiência relaxante. Uma vez inserida, as agulhas podem ser estimuladas com uma corrente elétrica. Universidade de Cursos Livres 26 Todos os direitos reservador - UNIET Geralmente o alívio ocorre após várias sessões, mas se nada acontecer depois de seis ou oito sessões, acupuntura deverá ser reavaliada. Há um cálculo de 10.000 acupuntores autorizados nos Estados Unidos, sendo 3.000 médicos. No Brasil existem 120 médicos acupuntores filiados a Sociedade Brasileira de Acupuntura. Eletroacupuntura Acupuntura foi uma parte de medicina tradicional chinesa durante pelo menos 2.500 anos. A filosofia Oriental atrás disto é aquela saúde depende de uma energia vital que flui por seu corpo ao longo de 14 caminhos chamado meridianos. Se um determinado ponto deste meridiano está fora de harmonia, de acordo com esta teoria, que você adquire dor e doença. Agulhas inserindo em pontos ao longo dos meridianos desbloqueiam o fluxo de energia e restabelecem o equilíbrio saudável de seu corpo. Assim, acupuntura baseia-se na alternância universal de forças complementares positivas e negativas (Yin e Yang) e na lei das transformações dos 5 elementos, ou melhor, 5 movimentos: movimento Terra, Fogo, Madeira, Metal e Água. Cada elemento se relaciona com diversos aspectos do universo e também com diversos aspectos das funções fisiológicas do nosso organismo. Descoberta desde os anos 1950 de forma científica, tem a eletroacupuntura, por um lado acrescentado explicações ao funcionamento da acupuntura tradicional, e por outro um método terapêutico extremamente eficaz para dores neuropáticas e síndromes funcionais, como fibromialgia, síndrome do intestino irritável, enxaquecas. A eletroacupuntura é feita com a conexão das agulhas de acupuntura a equipamentos especiais que permitem a utilização de correntes elétricas organicamente apropriadas, em frequencias que variam de 5 a 500 Hertz para Universidade de Cursos Livres 27 Todos os direitos reservador - UNIET o tratamento das enfermidades, inclusive como anestesias para determinados tipos de cirurgia. Reflexologia A reflexologia ou reflexoterapia é entendida como a linguagem do corpo através dos pés, a figura ilustra as representações dos órgãos nos pés. Egiptólogos descobriram, em uma tumba do ano 2300 AC, desenhos do médico de um faraó executando massagens nas mãos e pés de seu paciente. Da antiguidade aos dias de hoje, o espírito da reflexologia mantém-se o mesmo. Uma técnica manual aplicada com suavidade, verificando a presença de nódulos (que indicam tensão) e a procura de áreas dolorosas (com sua correspondência aos órgãos afetados). A reflexologia chegou aos EUA, no início do século XX, através dos ensinamentos do Dr William Fitzgerald, considerado o pai da técnica norte- americana. O terapeuta além de todo o preparo técnico, precisa “afiar” muito a sua sensibilidade, palpando os pontos e identificando os “bloqueios” energéticos. A partir da palpação vai definir a técnica correta a ser utilizada em cada caso. As técnicas são múltiplas e variadas, como: fricção, pressoterapia (principal técnica do Shiatisu), rolamento, técnica do piano, amassamento, técnica do polegar, borboleta, puxa-empura, pinçamento dos dedos, técnicas de deslizamento, vibração e percussão com dedos. Estas sessões de reflexologia, usando óleos amornantes como os de gengibre, gergelim ou à base de alho, são mais quentes, tonificante, yang, ou usando óleos refrescantes, mais sedativos, que têm como princípios ativos o eucalipto, a hortelã, visam promover o equilíbrio energético, combatendo o desgaste da vida e permitindo que o próprio organismo reaja em direção à cura. Universidade de Cursos Livres 28 Todos os direitos reservador - UNIET Cada vez mais tem sido observada a utilização destas técnicas milenares em associação a terapia ocidental, com apoio de pontos da medicina chinesa e indiana (medicina ayurveda). A terapia começa bem aos moldes tradicionais de qualquer especialidade médica, ou seja, com uma boa história clínica (anamnese). A seguir, o diagnóstico é feito pela observação e palpação dos pontos reflexos do pé. O terapeuta verifica a presença de nódulos (que indicam tensão) e procura delicadamente identificar as áreas dolorosas com sua correspondência aos órgãos afetados. Auriculoterapia Trata-se de uma técnica de diagnóstico e tratamento baseado no pavilhão auricular. Aurículo (orelha) + terapia (tratamento), ou seja, tratamento através da orelha. Este termo se refere a uma modalidade de reflexoterapia e não pode ser confundido com a auriculoacupuntura, especialidade da acupuntura. Na auriculoterapia, os pontos são estimulados por sementes de mostarda, cristais radiônicos ou não, massagens ou ainda moxa. Já na ariculoacupuntura, é usual o estímulo com agulhas semi-permanentes ou agulhas sistêmicas. Direito nas terapias naturais: A Constituição Federal Brasileira(CFB) determina competência à União de elaborar e executar as políticas públicas nacionais de desenvolvimento social. A CFB também determina que o cidadão seja livre. Escolher método de terapia é expressão de liberdade. Universidade de Cursos Livres 29 Todos os direitos reservador - UNIET As terapias naturais além de direito popular, constituem método econômico e sustentável. Os sistemas médicos que dependem de medicação industrializada e de equipamentos são antieconômicos. O sistema financeiro da humanidade historicamente é frágil enquanto que o sistema comunitário é forte. As comunidades rurais e urbanas sem seguro saúde com dificuldades maiores que as soluções ofertadas pelo SUS estão buscando alternativas de tratamento na natureza. As terapias naturais são direito das comunidades, dever da União e estão duplamente validadas pela etnociência. As terapias naturais estão consolidadas secularmente na história da humanidade enquanto que a ciência médica a cada dia libera novo medicamento invalidando, condenando e desmentindo tantos outros precedentes. Assim o sistema médico atual é essencialmente comercial, enquanto que as terapêuticas tradicionais são essencialmente naturais. Enfrentar o poder da corporação médica e a força das indústrias (farmacêuticas e de equipamentos hospitalares ou clínicos) implica em organização das comunidades. Esse enfrentamento é democrático, natural, legal e nada contém de doutrina ou de filosofia, é apenas parte do jogo da sociedade ocidental. Como parte do jogo de classes as comunidades devem se organizar perante os órgãos públicos e mostrar seus direitos em terapias naturais. Portanto, a cidadania orienta que devemos implementar cada vez mais profundamente nas instituições brasileiras o direito das terapias naturais. Universidade de Cursos Livres 30 Todos os direitos reservador - UNIET TERAPIAS NATURAIS: DIREITOS E AÇÕES O terapeuta naturista sério, ético, competente, conhecedor de suas atividades e das suas responsabilidades, não está impedido de trabalhar legalmente. No entanto algumas entidades médicas vêm agindo contra ele de modo abusivo, prepotente, antiético e antijurídico, principalmente contra os terapeutas que atuam nas áreas de homeopatia e acupuntura. O poder da corporação médica nas suas investidas contra o terapeuta homeopata e o acupuntor, na verdade, está demandando, inequivocadamente, exclusividade absoluta, ou seja, "reserva de mercado", do tratamento com terapias naturais, como se isso lhes fosse possível. O Conselho Federal de Medicina - CFM, que tem como função exclusiva fiscalizar o exercício das atividades profissionais e da ética médica no País, editou a resolução no 1000/1980, estabelecendo a especialidade médica em Homeopatia. Mas equivocou-se pretendendo que somente médicos possam exercê-la, afirmando inclusive que "a sua prática por não-médicos constitui crime de falso exercício da medicina", porque especialidade não significa exclusividade, apanágio* ou monopólio dessa respeitável profissão. Acontece que não existe no País nenhuma Lei - que só a União Federal pode editar - (CF, art, 22, XVI) dispondo que apenas médicos podem praticar a Homeopatia. E se existisse tal lei, estaria infringindo a disposição constitucional que estabelece ser "livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações que a lei estabelecer" (CF, art. 5O, XIII), como também a do inciso XXXVI do mesmo art. 5O (a Lei não prejudicará o direito adquirido), como também o art. 6O da Lei de introdução do Código Civil Brasileiro (a lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada). Universidade de Cursos Livres 31 Todos os direitos reservador - UNIET Como a Homeopatia vem sendo praticada no Brasil há quase 150 anos (ou seja, durante cerca de 120 anos, antes do advento da Resolução no 1000/1980 do CFM), transformou-se a Homeopatia em direito adquirido pela população brasileira. Contra o direito adquirido não pode haver efeito retroativo a ser imposto por lei futura, uma vez que a lei nova, pelo princípio da hierarquia das leis, vem por beneficiar, não por prejudicar. No entanto, o CFM, que só foi criado em 1957 (posterior, portanto, ao Instituto Hahnemanniano do Brasil, divulgador dessa ciência, instituído em 02-07-1859) e que só aceitou a homeopatia 121 anos após a criação desse Instituto, pretende por mágica, que a partir de sua Resolução no 1000/1980 (com eficácia dentro dos seus limites de competência), que esse processo terapêutico somente possa ser praticado por médicos! Assim, em se tratando de direito adquirido pelos terapeutas naturistas de quaisquer áreas de atividades, esse DIREITO há que ser respeitado. O CFM negligencia o respeito também à norma do art. 5O, XIII, da CF, que estabelece o princípio da garantia da liberdade de escolha do agente de saúde. O CFM desrespeita o direito que o cidadão possui de escolher não só o agente de saúde, como também o método pelo qual ele deseja cuidar de sua saúde. O CFM afronta também o art. 196 da CF, ao estabelecer que a saúde seja direito de todos, porque as consultas médicas são caras; os medicamentos alopáticos são caros e, na maior parte das vezes, não curam, e podem prejudicar a saúde, quando não são falsificados; os sistemas públicos de saúde não atendem satisfatoriamente etc. Mesmo os medicamentos denominados genéricos não estão ao alcance de todas as camadas sociais. E ignora também o art. 5O, II, da CF, que preceitua que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude da Lei, porque Universidade de Cursos Livres 32 Todos os direitos reservador - UNIET pretendendo impedir as atividades do terapeuta naturista o CFM está forçosamente obrigando as pessoas a procurar apenas os médicos. Um dispositivo legal não pode conceder determinado direito e, outro dispositivo, negá-lo. A CF é a lei suprema do País, e se estabelece o princípio no art. 5O, XII, não será o CP, que é uma Lei Ordinária dela derivada, que irá impedir esse direito. Pretendendo o jurista enquadrar o homeopata no crime de curandeirismo, estará cerceando* sim o direito que ao cidadão é assegurado por nossa Carta Magna. A pessoa tem o direito de escolher o agente de saúde com o qual quer se tratar e o(s) método(s) desse(s) tratamento(s), desde que lícito(s), sem que ninguém interfira, como ocorria em tempos medievais. Nenhuma lei federal proíbe a prática das terapias alternativas Efetivamente não existe lei alguma que proíba as atividades de terapias naturais por terapeutas naturistas, como assim quer o CFM e as Associações Médicas de Homeopatia e de Acupuntura. As resoluções do CFM, no tocante à homeopatia e à acupuntura, são as únicas reservas legais, se é que se pode dizer assim apenas para exemplificar, que proíbem a prática dessas terapias por terapeutas naturistas, aí envolvendo quaisquer profissionais de quaisquer outras áreas da saúde. Entretanto, tais resoluções só podem ter eficácia de lei (e ainda assim existem advogados que contestam a eficácia de uma resolução, de ser ela norma legal que obrigatoriamente deva ser cumprida) dentro do limite de atuação do próprio Conselho, ou seja, exclusivamente dentro da classe médica. Ora, é impossível ao CFM pretender que suas resoluções tenham força de lei, porque isso é usurpação de poderes constitucionais. Tampouco lhe cabe o direito de definir regras de atos considerados criminosos, usurpando não só a Lei como as atribuições do Poder Judiciário. Não lhe compete o direito de se sobrepor às Universidade de Cursos Livres 33 Todos os direitos reservador - UNIET atividades de outros Conselhos de Classes, mesmo que também ligadas à área da saúde humana. Até que alguma lei federal venhadisciplinar essa, as terapias naturais serão livremente praticadas por quem seja competente. A profissão do terapeuta naturista não está ainda regulamentada por Lei Federal. Inexiste lei ou decreto específico para tanto. Mas a inexistência dessa regulamentação não significa, de modo algum, que esteja proibida a prática das terapias naturais por terapeutas naturistas, significando que o exercício dessas profissões é livre. Onde a lei não proíbe, não pode o Agente Policial, do Ministério Público nem do Poder Judiciário proibir, porque, como já foi dito, "não há crime sem lei anterior que o defina". Tanto assim que outras categorias profissionais de não-médicos estão regularmente praticando a homeopatia, sem que o CFM, ou qualquer autoridade constituída que o seja, possam impedi-las, como no caso dos agrônomos, veterinários, fisioterapeutas etc. O CFM até que tenta impedir, mas está merecidamente perdendo todas essas ações, porque todas estas discussões judiciais ratificam o conceito de que a Homeopatia não se constitui prática médica, mas sim metodologia terapêutica distinta e independente, que pode ser aplicada em qualquer área do conhecimento. O MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) divulgou em 10-09-2002 a CBO - Classificação Brasileira de Ocupações de no 3221, de grande importância para os terapeutas naturistas, porque reconhece válidas suas atividades profissionais nas áreas terapêuticas que regulamenta. Universidade de Cursos Livres 34 Todos os direitos reservador - UNIET 3221: Tecnólogos e técnicos em terapias complementares e estéticas Títulos 3221-05 - Técnico em acupuntura Acupuntor, Acupunturista, Técnico corporal em medicina tradicional chinesa 3221-10 - Podólogo Técnico em podologia 3221-15 - Técnico em quiropraxia 3221-20 – Massoterapeuta Massagista, Massoprevencionista 3221-25 - Terapeuta holístico: Homeopata (não médico), Naturopata, Terapeuta alternativo, Terapeuta naturalista 3221-30 – Esteticista: Esteticista corporal, Esteticista facial, Tecnólogo em cosmetologia e estética, Tecnólogo em cosmetologia e estética facial e corporal, Tecnólogo em estética, Tecnólogo em estética corporal, facial e capilar, Tecnólogo em estética e cosmética, Técnico em estética 3221-35 - Doula Descrição Sumária Aplicam procedimentos estéticos e terapêuticos manipulativos, energéticos, vibracionais e não farmacêuticos. Os procedimentos terapêuticos visam a tratamentos de moléstias psico-neuro-funcionais, músculo-esqueléticas e energéticas; além de patologias e deformidades podais. No caso das doulas, visam prestar suporte contínuo a gestante no ciclo gravídico puerperal, favorecendo a evolução do parto e bem-estar da gestante. Avaliam as disfunções fisiológicas, sistêmicas, energéticas, vibracionais e inestéticas dos pacientes/clientes. Recomendam a seus pacientes/clientes a prática de exercícios, o uso de essências florais e fitoterápicos com o objetivo de diminuir dores, reconduzirem ao equilíbrio energético, fisiológico e psico-orgânico, bem Universidade de Cursos Livres 35 Todos os direitos reservador - UNIET como cosméticos, cosmecêuticos e óleos essenciais visando sua saúde e bem estar. Alguns profissionais fazem uso de instrumental pérfuro-cortante, medicamentos de uso tópico e órteses; outros aplicam métodos das medicinas orientais e convencionais. (Fonte: http://www.mtecbo.gov.br/cbosite/pages/home.jsf ) Registros de certificados. Existe a sugestão no sentido de que o terapeuta naturista procure registrar os certificados de participação que receber em cursos, congressos, seminários, etc., no Cartório de Registro de Títulos e Documentos de sua cidade. Esse registro altera a condição do certificado, de mero instrumento particular, em documento público, porque esse procedimento é realizado por algum oficial de seu respectivo Estado, para que ele produza efeitos jurídicos contra terceiros. Com isso o terapeuta estará criando condições de estabelecer, no mínimo, seu "direito adquirido" em sua profissão. O terapeuta perante os Poderes Públicos. Regularização e Alvará de Licença de Localização e Funcionamento. O terapeuta naturista, por si, como pessoa física, ou por sua clínica ou consultório, como pessoa jurídica, deve regularizar sua situação perante os Poderes Públicos competentes, e assim ter tranquilidade em seus trabalhos. O terapeuta profissional deve cadastrar-se na Prefeitura Municipal da cidade onde trabalha, e obter o Alvará de Licença, de Localização e de Funcionamento. É procedimento obrigatório, devendo esse alvará ser colocado em local visível no seu ambiente de trabalho, com o objetivo de ser visto pela fiscalização sanitária. http://www.mtecbo.gov.br/cbosite/pages/home.jsf Universidade de Cursos Livres 36 Todos os direitos reservador - UNIET Procure, portanto, o setor de Alvará municipal e peça a sua licença como terapeuta naturista. A inexistência desse alvará acarretará multa ao profissional e, conforme seja a situação, até mesmo na interdição de seu local de trabalho. Nenhuma Prefeitura pode se negar a fornecer esse alvará, tenha ela em seu Código de Atividades, cadastrada ou não, a especialidade de Terapeuta Naturista. E o terapeuta não deve aceitar ser cadastrado em outro tipo de atividade, sob alegação de inexistir essa especialidade, porque a solução desse problema é do administrador público e não dele. Existem prefeituras que, com a vigência do novo Código Civil, nos capítulos que se referem à abertura, registro e adaptação de pessoas jurídicas já existentes, passaram a criar obstáculos no fornecimento de alvará a pessoas jurídicas ou autônomas, inclusive aumentando abusivamente suas tarifas de concessão do alvará. São abusos improcedentes e intoleráveis. Pode-se reclamar no PROCON e até ao Ministério Público. Universidade de Cursos Livres 37 Todos os direitos reservador - UNIET Práticas naturais O profissional com capacitação em práticas naturais aplicada trabalha na área da saúde partindo de uma visão integral com a intenção de promover, manter e recuperar a saúde, a qualidade de vida e a integração do ser humano ao meio em que vive. O profissional utiliza-se de fundamentações científicas das áreas humanas, biológicas e saúde, baseadas na Medicina Tradicional Chinesa/Ayurveda e Xamânica, tendo como instrumento de atuação as práticas naturais. Estas práticas estão ligadas ao ser humano em diversos aspectos: físico, emocional, metal e energético. Algumas práticas utilizadas: Massoterapia: Alívio através do toque A massoterapia preconiza a utilização de manipulação tecidual com o propósito de cuidar da saúde geral. Tal utilização vai além do efeito de relaxamento e/ou ação mecânica. De uma forma fisiológica seus efeitos variam através de ação reflexa sobre o sistema nervoso autônomo, efeitos mecânicos sobre os nociceptores (receptores para dor), efeitos mecânicos e reflexos sobre a circulação sanguínea, linfática, muscular, mobilização digestiva assim como também efeitos psicogênicos. A massagem promove efeitos anti-stress, com a finalidade de harmonização, balanceamento e vitalização do ser, possibilitando o circuito livre da energia vital. Florais de Bach: Essências e emoções Os florais de Bach são 38 essências preparadas de flores e plantas silvestres do País de Gales, na Grã Bretanha. O resultado é uma solução hidroalcaólica diluída que não possui princípios químicos e sim energéticos. Os preparados normalmente são administrados via oral e não apresentam toxidade para as doses habituais. Seu poder de cura Universidade de Cursos Livres 38 Todos os direitos reservador - UNIET descoberto pelo médico inglês Edward Bach (de 1926 a 1934) transmite um aspecto vibracional da natureza, que entra em ressonância com ocorpo, restaurando nosso equilíbrio mental e emocional, com determinadas frequências curativas sutis. Cromoterapia: Vibração e equilíbrio A cromoterapia utiliza a luz e as cores em pontos específicos da pele através de um aparelho específico munido de lâmpadas e filtros coloridos no tratamento de desequilíbrios do indivíduo. São muitas as técnicas para usar a cor em terapia. O impulso emitido pela luz e pelas cores é transmitido às células e tecidos de todo o nosso organismo, agindo como ativador da reorganização do metabolismo celular, auxiliando a debelar irregularidades e corrigir perturbações funcionais. Esta vibração eletromagnética constitui um sistema de comunicação intracelular, que regula os processos biofísicos do corpo. Hidroterapia: Cura pela fluidez É a utilização da água aproveitando sua composição química, a energia vital presente na mesma e suas propriedades físicas (densidade, flutuabilidade, pressão hidrostática, refração e temperatura). Através da Hidroterapia é possível relaxar ou fortalecer o organismo, equilibrar o sistema circulatório, estimular o sistema imunológico e auxiliar na desintoxicação. Aromaterapia: Óleo essencial A aromaterapia é a utilização de óleos essenciais e seus princípios ativos com o objetivo de promover a saúde física e emocional. A aromaterapia utilizada através da inalação promove a estimulação do sistema nervoso central, o cérebro, a memória e a psique, pois induz a liberação de substâncias neuroquímicas, que podem ser sedativas, estimulantes ou relaxantes. Quando usados na pele, suas propriedades medicinais penetram nos poros atingindo a corrente sanguínea, o sistema linfático, chegando aos órgãos. Os Universidade de Cursos Livres 39 Todos os direitos reservador - UNIET óleos possuem a capacidade de restabelecer o equilíbrio da mente e de todos os sistemas do corpo humano levando a sensação de bem estar. O médico francês Gattefossé (1920-1995) descobriu que os óleos essenciais contêm propriedades cicatrizantes, antivirais, antibacterianas, antifúngicas e anti- sépticas e age como agente de transporte na entrega de nutrientes nas células do corpo. Arteterapia: Expressão e autoconhecimento A Arteterapia atua explorando problemas e potencialidades do indivíduo pela expressão e comunicação não- verbal e desenvolve habilidades físicas, emocionais e/ou de aprendizagem através de experiências artísticas terapêuticas de linguagens variadas. Fitoterapia: Plantas medicinais É uma linha terapêutica baseada nos princípios ativos das plantas medicinais. As plantas medicinais podem ser utilizadas através de chás (infusão, maceração, decocção), tinturas, xaropes, unguentos, compressas, cataplasmas, cremes, pomadas, cápsulas. É uma modalidade terapêutica aplicada para diversos distúrbios do ser, porém para se utilizar a fitoterapia, é preciso observar alguns cuidados, como a dosagem adequada, sistemática do tratamento, procedência, colheita, armazenagem e qualidade da planta. – Geoterapia: Recursos minerais A geoterapia trabalha com argilas em pó de diversas cores, esterilizadas, para uso medicinal, cada uma com uma ação específica para cada tratamento. A argila é composta por elementos minerais diversos. Seus componentes químicos são benéficos ao nosso organismo, regulando e restaurando diversas funções orgânicas. Iridologia: Reflete o que tem dentro A Iridologia é uma ciência que reflete através da íris, toda a constituição, fragilidade e disfunções do organismo, sejam elas genéticas ou adquiridas. A iridologia baseia-se no princípio de que cada órgão do corpo tem uma correspondência na íris. Essa correlação, segundo os iridólogos, se origina ainda na fase embrionária, no período em que Universidade de Cursos Livres 40 Todos os direitos reservador - UNIET todas as células do corpo estão se formando e derivam da mesma estrutura. Segundo Dr. Batello (1999), podemos entender os olhos como sendo uma extensão do próprio cérebro. Reflexologia: Reflexo do corpo inteiro A Reflexologia é uma Prática Natural que se baseia nos pontos reflexológicos de todo o corpo localizado nos pés e nas mãos, a fim de estimular o sistema de equilíbrio do organismo. O mecanismo de ação pelo qual a reflexologia age ao efetuar o estímulo ou a pressão, se caracteriza pela ação do estímulo nos receptores sensoriais da pele nas terminações nervosas livres ativando o equilíbrio dos órgãos e desbloqueando os plexos nervosos dos pés e das mãos. Trofoterapia: Sugestão alimentação saudável A trofoterapia consiste na utilização de alimentos de forma a prevenir doenças e restabelecer a saúde, As ciências da Nutrição e a Trofologia são diferentes. Enquanto a primeira se preocupa com a análise química e calórica dos elementos que compõem os alimentos, a segunda avalia a qualidade dos alimentos através de sua força vital. Em conseqüência disso, a trofologia compreende que os alimentos naturais, integrais e orgânicos (cultivados livres de adubos sintéticos e agrotóxicos), contêm todos os nutrientes e elementos biológicos que são necessários para a manutenção da vida. OMS estimula práticas integradas à medicina convencional A Organização Mundial de Saúde (OMS) reconhece que 80% da população dos países em desenvolvimento utilizam práticas tradicionais nos cuidados básicos de saúde. Deste universo, 85% utilizam plantas ou preparados. Neste sentido, a OMS recomenda a difusão mundial dos conhecimentos necessários ao uso racional das plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos. O Brasil tem ampla tradição de uso das plantas medicinais e tecnologia para validar cientificamente este conhecimento. Universidade de Cursos Livres 41 Todos os direitos reservador - UNIET Além disso, em sua estratégia global sobre a medicina tradicional e a medicina complementar e alternativa a OMS ainda reforçam o compromisso de estimular o desenvolvimento de políticas públicas com o objetivo de inseri-las no sistema oficial de saúde dos seus 191 estados membros. Direitos e Deveres do Terapeuta Naturista, Complementar, Holístico. Princípios Fundamentais do Terapeuta: 1. Trabalhará para a promoção do bem estar do indivíduo, da coletividade e do meio ambiente, segundo o paradigma holístico (totalidade). 2. Manterá constante desenvolvimento pessoal, profissional, espiritual, ampliando seu conhecimento científico, técnico e ético, através de supervisão, terapia, cursos e similares, estando apar de todas as atualizações de sua área, além de ser um eterno estudioso das ciências humanas. 3. Usará em seus trabalhos, métodos os mais brandos e naturais possíveis, buscando catalisar o auto-equilíbrio da pessoa atendida, despertando-lhe os seus próprios recursos. 4. Orientar-se-á, no exercício de sua profissão, pela Declaração dos Direitos Humanos, aprovada em 10/ 12/ 1948 pela Assembléia Geral das Nações Unidas. Universidade de Cursos Livres 42 Todos os direitos reservador - UNIET Direitos do Terapeuta: 1. Exercer a profissão de sem ser discriminado por questões de raça, religião, sexo, nacionalidade, cor, opção sexual, idade, condição social ou situações afins. 2. Utilizar-se de técnicas que não lhe sejam vedadas ou proibidas por "lei" federal, podendo, inclusive, fazer o uso de instrumentos e equipamentos não agressivos (pêndulos, aurameter, lanternas, bastão atlantes e outros), bem como produtos cuja comercialização seja livre, além de orientar a pessoa atendida através de aconselhamento profissional. 3. Recusar a realização de trabalhos terapêuticos que, embora sejam permitidos por lei sejam contrários aos ditames de sua consciência e ética. 4. Suspender ou recusar atendimentos, individuais ou coletivos, se o local não oferecer condições adequadas, ou se não houver remuneração condigna, ou ainda, se ocorreremfatos que, a seu critério, prejudiquem o bom relacionamento com a pessoa a ser atendida, impedindo o pleno exercício profissional. Responsabilidades Gerais do Terapeuta. 1. Assumir apenas trabalhos para os quais esteja apto, tecnicamente e legalmente; 2. Zelar pela dignidade da categoria, recusando e indicando situações onde a pessoa atendida esteja sendo prejudicada; Universidade de Cursos Livres 43 Todos os direitos reservador - UNIET Ao Terapeuta é Terminantemente Proibido: 1. Usar títulos e/ou especialidades profissionais que não possua; 2. Efetuar procedimentos terapêuticos sem o esclarecimento e conhecimento prévio da pessoa atendida ou de seu responsável legal; 3. Desrespeitar as pessoas sob seus cuidados profissionais; 4. Aproveitar-se de situações decorrentes do atendimento terapêutico para obter vantagens não éticas, físicas, emocionais, financeira ou religiosa; 5. Quebrar o sigilo de seu cliente sob qualquer circunstância; 6. Interferir na vida de seu cliente sem o conhecimento dos mesmos; 7. Atendimento de clientes menores de 18 anos sem a presença dos pais ou responsáveis, ou se houver autorização escrita dos mesmos, devendo a autorização permanecer guardada. 8. Intervir em qualquer tratamento de saúde com outros profissionais, este não deve ser interrompido, pois a Terapia Holística é sem contra-indicação e casa bem com qualquer outra forma de tratamento. Caso a pessoa atendida esteja tomando algum medicamento, a decisão de suspender ou continuar a usá-lo compete exclusivamente ao médico que o receitou e não ao Terapeuta. Este, simplesmente, poderá recomendar o acréscimo de algum produto natural como complementação ao seu trabalho. 9. Aplicar técnicas quiroprática em áreas inflamadas ou lesões crônicas sem a autorização por escrito do médico responsável e/ou aplicar quiropraxia sem estar plenamente confiante em suas manobras. Universidade de Cursos Livres 44 Todos os direitos reservador - UNIET 10. Massagear áreas no corpo do cliente, que estejam com lesões, feridas pós- cirúrgico (principalmente ocular) ou fragilidade óssea; 11. A utilização do termo "paciente", pois designa pessoa que se submete a uma cirurgia ou está hospitalizada. Na Terapia Holística, o recomendável é "cliente", pois por definição traduz-se no indivíduo que confie seus interesses habitualmente a uma mesma pessoa. 12. Devem evitar a expressão prescrever ou receitar e sim aconselhar e ou recomendar produtos fabricados só e unicamente laboratórios contendo na rotulagem todos os registros exigidos por lei, do Ministério da Saúde, com a indicação “Produtos Venda Livre”, conforme Portaria da Vigilância Sanitária nº 02/1995. Nunca aconselhe ou recomende fórmulas enviadas em laboratórios sem os devidos registros do químico farmacêutico responsável, com exceção de essências florais. CUIDADOS A SEREM OBSERVADOS Primeiramente é imperativo que seja evitado a utilização de práticas de cunho religioso como rezas, orações, simpatias e afins no desempenhar de sua prática terapêutica, por se tratar de atos de fé e não de ferramentas que compõe o arsenal terapêutico das técnicas de terapias naturistas e holísticas. Devemos observar que a cada dia as terapias holísticas deixam o campo do conhecimento popular e passam para o sítio da Medicina Bioenergética e das práticas de promoção de saúde e qualidade de vida, devidamente reconhecidas e respeitadas no meio científico vigente, como a exemplo da Fitoterapia que recentemente foi regulamentada pela ANVISA – Agencia Nacional de Vigilância Sanitária. Universidade de Cursos Livres 45 Todos os direitos reservador - UNIET É fato que o misticismo existe e permeia todas as coisas neste universo do qual fazemos parte, todavia o bom profissional deve saber diferenciar a técnica da crença, a razão da fé. O profissional que erroneamente insistir em descumprir esta norma de conduta deve saber que está voluntariamente se colocando numa posição de risco, pois o mesmo, a qualquer tempo, poderá ser enquadrado nos Arts. 283 e 284 do Código Penal, charlatanismo e curandeirismo respectivamente. Outra coisa que acontece erroneamente é o fato de convencionar como Dr. (doutor) todo o profissional médico ou de outras áreas da saúde como Psicólogos, Fonoaudiólogos e demais, pior ainda quando empregado para advogados e outros profissionais. Este costume popular expressa completa ignorância quanto à formação acadêmica de um profissional nas esferas da educação. Doutor é todo aquele profissional que cursou pós-graduação em Doutorado, assim como Mestre é todo aquele que cursou pós-graduação em Mestrado, Bacharel, da mesma forma é todo aquele que cursou Bacharelado, Especialista por sua vez é o que cursou Especialização e assim por diante. O médico que cursou apenas faculdade de medicina não é “doutor” e sim médico. Não é difícil ver profissionais diversos se apresentando como Dr., inclusive em materiais de divulgação como cartões de visita, prospectos e outros. Já vimos inúmeros cartões de visitas de nutricionistas, fonoaudiólogos, fisioterapeutas que diziam “Dr. Fulano de Tal”, o que é um erro. Erro este que o Terapeuta Naturista não deve incorrer, pois as demais profissões da área de saúde possuem Conselhos que as regulamentem (e defendem), já se estabeleceram, deixaram de ser ameaça a classe médica, tendo a termologia se tornado popular, passando para a esfera do direito adquirido e mesmo Universidade de Cursos Livres 46 Todos os direitos reservador - UNIET assim não é difícil estes profissionais recebendo visitas de Fiscais do CFM (Conselho Federal de Medicina) sob acusação de falso exercício da medicina, que dirá com os Terapeutas Holísticos que cometerem este deslize. Existe uma dificuldade de aceitação por partes de outros profissionais da área de saúde com relação às Terapias Holísticas, o que se torna até compreensível, uma vez que o ser humano é muito relutante a novidades e transformações. A Terapia Holística está em foco, por este motivo, utilizar o título de “Dr.” é no mínimo imaturidade, que poderá gerar sérios problemas futuros. Mantendo esta mesma linha de raciocínio: Terapeuta não tem “CONSULTÓRIO”, mas sim “Espaço Terapêutico”. Não usa “RECEITUÁRIO”, mas “Bloco de Orientação Terapêutica ou Recomendação”. Não deve utilizar a palavra “DOENÇA”, mas “Disfunções ou Distúrbios Energéticos”, substituindo frases como, por exemplo: “Tratamento de doenças circulatórias” por “Tratamento de disfunções do sistema circulatório”. Não empregar a palavra “CURA”, pois o classificaria como curandeiro, uma vez que cura é subjetivo e ninguém pode garantir que consegue curar outrem (nem mesmo médicos), ao invés disso, empregar a palavras “equilíbrio” ou “melhora dos sintomas”. Terapeutas não fazem “DIAGNÓSTICOS”, mas “Diagnoses”. Terapeutas não têm “PACIENTES”, mas sim “Clientes”. Terapeutas não “PRESCREVEM”, e sim “Indicam” ou “Orientam” e, sobretudo, em hipótese alguma empregar a palavra “MEDICAMENTO” que até mesmo por uma questão de semântica sugere a presença de um MÉDICO, podendo substituir “MEDICAMENTO” por “Remédios”, “Extratos” ou “Essências”. Universidade de Cursos Livres 47 Todos os direitos reservador - UNIET São cuidados simples, mas quando bem observados e seguidos podem evitar complicações desnecessárias. TABELA DE TERMOS MÉDICO TERAPEUTA HOLÍSTICO Consultório Espaço Terapêutico Receituário Bloco de Orientação Terapêutica ou Recomendação Prescrição Indicação Orientação Medicamento Remédio, Extratos e Essências Diagnóstico Diagnose (iridologia, bioeletrografia e outros) Doenças Desequilíbrios e Disfunções Paciente Cliente Cura Equilíbrio (melhora de sintomas) Universidade
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