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APOSTILA PRATICAS NATURAIS DE SAÚDE QUALIDADE DE VIDA

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Universidade de Cursos Livres 
1 Todos os direitos reservador - UNIET 
 
 
 
 
 
CURSO QUALIDADE DE VIDA 
PRATÍCAS NATURAIS DE SAÚDE 
INTRODUTÓRIO 
 
 
 
 
Universidade de Cursos Livres 
2 Todos os direitos reservador - UNIET 
 
 
 
Introdução: 
 O pai da medicina ocidental, o médico e 
filósofo grego Hipócrates, gostava de repetir 
enquanto cuidava de seus pacientes que “o 
homem é uma parte integral do cosmo e só a 
natureza pode tratar seus males”. Com isso, 
ele queria mostrar que as causas da doença 
eram naturais e não punições divinas como se 
acreditava até então e lembrar que o equilíbrio e a saúde do corpo estão 
diretamente ligados ao ambiente em que vivemos. Essa mesma frase voltou a 
soar atual nos últimos anos, ao mesmo tempo em que ocorre uma 
popularização dos métodos naturais à mesma medicina ocidental que 
Hipócrates fundou. 
A partir do século 17, quando as idéias do filósofo René Descartes começaram 
a influenciar a ciência, os tratamentos médicos passaram a ver o corpo 
humano como uma máquina em que cada parte tinha uma função específica e 
independente. Para Descartes, entendendo-se cada uma das partes, entende-
se o todo. A medicina moderna, esquecendo o conselho de Hipócrates, ergueu-
se sobre esse pressuposto e ainda está bastante apoiada nele. Hoje, a teoria 
de Descartes já não faz muito sentido. A ciência mais que provou a intrínseca 
relação entre mente e corpo e suas consequências para a saúde humana. 
Também está claro que isolar uma parte do corpo e desconsiderar o resto é 
receita segura para efeitos colaterais inesperados. 
Isso não significa dizer que a medicina ocidental ortodoxa tenha desabado e 
que todos os médicos e hospitais estejam para sempre soterrados nos 
 
Universidade de Cursos Livres 
3 Todos os direitos reservador - UNIET 
 
escombros. A medicina é um edifício sólido, cheio de méritos. Mas, em alguns 
países do globo, como Canadá e França, uma parcela tão grande quanto 70% 
da população recorre a tratamentos não convencionais de cura. Esses métodos 
são bem diferentes uns dos outros inclusive nos resultados. 
Mas há algo mais ou menos em comum entre quase todos: eles enxergam o 
corpo como Hipócrates. Não somos máquinas, somos organismos vivos, 
cheios de partes interdependentes. 
O uso crescente das técnicas naturais seja como opção à medicina ortodoxa, 
seja como complemento a ela não determina por si só que elas sejam 
eficientes. Na verdade, estudos confiáveis atestando a eficiência de práticas 
“alternativas” são raríssimos. Veja o caso da homeopatia, certamente uma das 
mais conhecidas entre essas técnicas. Ela existe há mais de 200 anos, é 
procurada por milhões de pessoas no mundo todo e reconhecida oficialmente 
no Brasil como uma especialidade médica e para terapeutas não médicos. Era 
de se esperar que, dada sua enorme popularidade, ela tivesse sido bem 
estudada pela ciência. 
Pois, segundo um estudo feito pela prestigiada Escola Médica Península, da 
Inglaterra, foram feitos até hoje, no mundo todo, apenas seis exames rigorosos 
que comparam a eficiência de remédios homeopáticos com a dos 
convencionais. Só há oito estudos que comparam a ação da Arnica montana 
(um dos princípios ativos homeopáticos mais largamente utilizados) com 
placebo (“falsos” medicamentos, sem nenhum princípio ativo). É muito pouco e 
os resultados estão longe de ser conclusivos. 
Isso quer dizer que a ciência dá as costas para a medicina “alternativa”? 
Talvez. Mas as “duas medicinas” têm se aproximado nos últimos anos e hoje 
admitem a possibilidade de incorporar características uma da outra. “As duas 
têm aspectos positivos e negativos”, disse Xiang Ping, reitor da Universidade 
de Medicina Tradicional Chinesa, em Nanquim, num discurso de formatura. “A 
 
Universidade de Cursos Livres 
4 Todos os direitos reservador - UNIET 
 
ocidental baseia-se em análises e radiografias, mas não aborda o todo 
orgânico. Já a medicina tradicional chinesa é eficaz na regulação de todo o 
corpo. Penso que a combinação das duas medicinas seria perfeita e muito 
benéfica para as pessoas.” 
Essa visão de que o corpo é um organismo interligado e, portanto, não pode 
ser subdividido em partes independentes parece ser uma das principais 
vantagens de muitas técnicas “alternativas” em relação à ortodoxia médica. “É 
verdade que, com a verticalização do conhecimento, muitos médicos passaram 
a ver ‘a doença do paciente’ e não ‘uma pessoa com uma doença’”, reconhece 
o presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo 
(CRM-SP), Clóvis Constantino. Já para a medicina “alternativa”, essa visão não 
é novidade. “Não existem doenças e sim doentes” foi sempre o lema de 
Edward Bach, médico inglês que no final do século 19 desenvolveu os florais 
de Bach, uma técnica “alternativa” bastante difundida. 
Ao mesmo tempo, adeptos de práticas “alternativas” têm incorporado aspectos 
imprescindíveis da medicina oficial, como a necessidade de apresentar 
resultados eficientes. Parece um pouco óbvio para nós ocidentais, mas, para 
muitas técnicas de fundo “filosófico”, o fato de um tratamento funcionar ou não 
é menos importante do que ele se conformar à “filosofia” na qual é baseado. 
“Há alguns anos, houve um boom das técnicas alternativas. Aí surgiram 
profissionais que erroneamente refutavam qualquer idéia da medicina 
convencional”, diz Paulo Eiró Gonçalves, que organizou o livro Medicinas 
Alternativas Os Tratamentos Não Convencionais, um dos primeiros no Brasil a 
reunir textos sobre vários dos métodos alternativos de cura. Prometia-se 
qualquer coisa e muita gente achava desnecessário testar esses métodos com 
as ferramentas da ciência afinal à ciência era, para muitos, o “inimigo” a ser 
combatido. Hoje, cada vez mais, os entusiastas têm se empenhado em 
enxergar os métodos que empregam com os olhos da ciência. 
 
Universidade de Cursos Livres 
5 Todos os direitos reservador - UNIET 
 
 
 
Um bom exemplo desse fenômeno um que não é lá muito favorável às terapias 
alternativas é Steven Bratman. Esse cientista americano formado em 
acupuntura, shiatsu, medicina chinesa, fitoterapia e osteopatia craniana, 
abandonou a direção de uma clínica na Califórnia que misturava as 
abordagens convencionais e alternativas e dedicou-se a estudar a fundo as 
pesquisas sobre a eficácia das alternativas. Em 1996, Bratman publicou um 
livro razoavelmente favorável às abordagens alternativas, o Guia Prático da 
Medicina Alternativa. “Na época, eu acreditava na medicina alternativa e, 
portanto, assumia uma atitude positiva. Além disso, eu ignorava que muitos dos 
estudos em que me baseava não eram rigorosos o suficiente para serem 
levados a sério”, diz hoje. Depois de estudar mais e encontrar falhas em quase 
todas as pesquisas com resultados favoráveis, Bratman chegou a uma 
conclusão desanimadora. Segundo ele, todos os estudos somados não são 
suficientes para dar razão aos que dizem que essas terapias são um bom jeito 
de tratar doenças. 
Bratman percebeu que a imensa maioria dos estudos científicos sobre o 
assunto é pouco rigorosa. Isso não é à toa. “Bons estudos são caros”, diz 
Edzard Ernst, que dirige o Departamento de Medicina Complementar da Escola 
Médica Península. E dinheiro é um problemão para homeopatas, 
cromoterapeutas e afins. Medicamentos da medicina ortodoxa geralmente são 
testados sob patrocínio de grandes laboratórios farmacêuticos, interessados 
em comercializá-los. Já as técnicas, práticas e remédios menos rentáveis não 
encontram apoiadores tão facilmente. Não há muitas grandes empresas 
interessadas em divulgar a acupuntura ou a iridologia. O departamento de 
Ernst, mantido pelas universidades inglesas de Exeter e Plymouth, é uma das 
cada vez mais frequentes exceções à regra da falta de pesquisas. 
 
Universidade de Cursos Livres 
6 Todos os direitos reservador - UNIET 
 
“Começamos atrabalhar há dez anos. Meu objetivo sempre foi e é um só: 
aplicar as regras da ciência às técnicas alternativas e complementares”, diz 
Ernst. Eles já publicaram mais de 700 artigos sobre o tema na literatura 
médica. 
É um belo avanço, mas ainda é pouco. Enquanto não há pesquisas suficientes, 
a medicina “alternativa” se baseia, muitas vezes, nos resultados obtidos no 
consultório, no tratamento de pacientes. O médico americano Jack Raso, autor 
de Alternative Healthcare – A Comprehensive Guide (“Tratamento Alternativo – 
Um Guia Geral”, sem versão brasileira), classificou esse conhecimento como 
“empirismo não-científico”, ressaltando que esse tipo de controle está muito 
propenso a falhas de vários tipos. Por exemplo: os pacientes desses 
consultórios tendem a simpatizar com seus terapeutas e a fazer uma análise 
pouco objetiva. Às vezes a doença passa sozinha e o sujeito, já inclinado a 
uma avaliação positiva, fica com a impressão de que o tratamento é que deu 
certo. 
Em setembro de 2003, Ernst ajudou o diário britânico The Daily Telegraph a 
organizar uma enquete em que uma centena de cientistas foi interrogada sobre 
o uso pessoal de algum método alternativo de tratamento ou cura. Era de se 
esperar que cientistas, gente com fama de cética, não se interessassem pelo 
assunto. Não foi bem o que aconteceu. Dos 75 que responderam à pesquisa, 
30 disseram já ter usado algum tipo de tratamento alternativo e 20 disseram 
que os métodos deveriam estar disponíveis a todos por intermédio do National 
Health System, o sistema de saúde oficial britânico. 
É importante lembrar que o fato de não existirem pesquisas que garantam a 
eficiência de um método não comprova que esse método seja ineficiente. “Falta 
de evidência não é o mesmo que evidência de falta de resultado”, diz Ernst. Ou 
seja, na maior parte do tempo, a resposta mais honesta à crucial pergunta 
sobre se as técnicas alternativas funcionam ou não é um redondo “não sei”. 
 
Universidade de Cursos Livres 
7 Todos os direitos reservador - UNIET 
 
Duas medicinas? 
 “Não há medicina alternativa ou medicina complementar”, diz Clóvis 
Constantino. “A medicina é uma só. Ela engloba diferentes métodos, terapias, 
tratamentos e remédios que se provaram eficientes pelas pesquisas.” Veja o 
exemplo da acupuntura. A ciência não acredita que sua filosofia esteja correta 
ninguém conseguiu verificar a existência de canais de energia correndo pelo 
corpo. Mesmo assim, testes bem conduzidos provaram para além das dúvidas 
que as agulhas são eficazes para tratar vários males por mais que não se 
entenda como. Por conta disso, a medicina incorporou a parte da acupuntura 
cujos resultados foram comprovados. Hoje, as faculdades de medicina ensinam 
a espetar, os hospitais contratam acupunturistas, os conselhos médicos 
reconhecem e regulamentam a técnica e alguns planos de saúde pagam o 
tratamento. A medicina não é um sistema filosófico ela é uma área do saber 
que agrupa as mais eficientes técnicas conhecidas para tratar doenças e, 
portanto pode incorporar coisas que nasceram fora dela. 
Parece sensato, mas muitos praticantes de terapias “alternativas” temem que a 
absorção de seus métodos pela medicina ortodoxa possa desfigurar aspectos 
terapêuticos que são parte de um sistema coerente. “Se você vai usar apenas 
a parte de uma tradição de cura que tem explicação científica, ignorando a 
base filosófica, vai usar a terapia de maneira incompleta”, diz Paulo Eiró 
Gonçalves. O que Paulo quer dizer é que tomar agulhadas num hospital, 
aplicadas por um médico formado numa faculdade, não é a mesma coisa do 
que ser atendido por um velho mestre chinês versado na energia da vida e na 
visão totalizante do corpo. No primeiro caso, as agulhadas são apenas um 
remédio a mais, como a aspirina. Pode até funcionar já que eficiência sem 
dúvida é uma característica da medicina ortodoxa, ocidental, mas não rompe 
com o tal modelo de Descartes, que algumas terapias alternativas criticam. 
 
 
Universidade de Cursos Livres 
8 Todos os direitos reservador - UNIET 
 
 
E, afinal de contas, o que é medicina “alternativa”? 
 As técnicas e métodos agregados sob esse nome são tão distintas que se 
torna impossível criar uma definição coerente para o termo. Nem todas são 
naturais, nem todas são holísticas, nem todas são orientais, nem todas são 
não-oficiais. Com isso, técnicas tão distantes em histórico e abordagem quanto 
à fitoterapia mágica e a medicina oriental, por exemplo, são colocadas no 
mesmo barco. A fitoterapia mágica, criada em 1983 pelo americano Scott 
Cunninghan, é uma releitura duvidosa da fitoterapia clássica e tem 
pouquíssimos adeptos no mundo entre as práticas que propõe, há uma que 
prevê que enterrar um feijão pode servir para tirar pintas ou verrugas. Já a 
medicina oriental reúne elementos de sistemas tradicionais de cura originados 
há milhares de anos na Grécia, no Egito e na China. Suas práticas são 
conhecidas e testadas no mundo todo e já são aceitas por parte da 
comunidade científica ocidental. 
Essa falta de limites claros é vantagem apenas para as técnicas pouco 
confiáveis que se valem de lugares-comuns espalhados como verdades. Para 
os pacientes, a falta de limite faz com que a busca por uma opção de cura não 
convencional seja difícil e perigosa. Usar o procedimento de Cunninghan para 
se livrar de pintas, por exemplo, pode tornar-se apenas uma perda de tempo. 
Mas pode também acabar retardando a descoberta de um câncer maligno 
Como regra geral, vale dizer que nenhuma das terapias alternativas deve ser 
usada em todas as circunstâncias. Se houver qualquer razão para suspeitar de 
uma doença mais séria, como um câncer ou uma infecção que não passa um 
médico convencional certamente vai estar mais equipado para fazer o 
diagnóstico. As terapias alternativas podem ser boas maneiras de se manter 
saudável já que muitas delas pregam o “equilíbrio” nos vários aspectos da vida, 
um jeito bem razoável de se prevenir de doenças. Elas também são uma saída 
 
Universidade de Cursos Livres 
9 Todos os direitos reservador - UNIET 
 
para problemas causados por males “subjetivos” as várias doenças ligadas à 
tensão, por exemplo, podem se beneficiar muito de métodos holísticos, que 
incluam conversas com o terapeuta, música tranquila e massagens. Doenças 
misteriosas como as alergias, ainda mal compreendidas pela medicina do 
Ocidente, igualmente parecem se beneficiar de tratamentos como a acupuntura 
e a homeopatia. 
E dores musculares ou torções, para as quais a medicina convencional receita 
quase sempre atenuantes de sintomas, parecem se beneficiar muito mais nas 
mãos de um quiropraxista ou acupunturista. É claro também que não há mal 
nenhum em procurar um terapeuta alternativo para cuidar de uma doença para 
a qual a medicina não tem cura ou para aliviar efeitos colaterais de remédios 
ortodoxos. Mas os médicos convencionais são bem melhores para combater 
doenças mais “objetivas”, aquelas causadas por fungos, vírus, bactérias e 
outros inimigos palpáveis que só podem ser vistos com microscópio. De um 
modo geral, as abordagens alternativas não existem para curar doenças, 
mas para preveni-las e para complementar um tratamento convencional. 
Se na maioria das vezes não sabemos se a medicina alternativa funciona, 
por que então utilizá-la? Por que não ficar com a velha e boa medicina 
ortodoxa, cujos remédios e técnicas têm eficiência comprovada por 
milhões de pesquisas? 
Os autores do livro The Desktop Guide for Complementary and Alternative 
Medicine (“Guia para Medicina Complementar e Alternativa”, sem tradução 
brasileira), esboçam algumas respostas para essas perguntas. Eles dividiram 
os motivos que levam alguém a buscar profissionais da medicina alternativa em 
dois grupos: os fatores de distanciamento, aqueles que afastam pacientes da 
medicina ortodoxa, e os fatores de aproximação, os motivos queaproximam 
pacientes e medicina alternativa. 
 
Universidade de Cursos Livres 
10 Todos os direitos reservador - UNIET 
 
Parte dos pacientes que buscam a medicina alternativa compartilha a aversão 
por substâncias químicas ou drogas e privilegiam substâncias naturais em 
diversos campos de sua vida. “Para essas pessoas, na hora de se vestir, o 
algodão satisfaz um instinto que o poliéster agride”, diz Bratman. Outro fator de 
aproximação listado foi a “dimensão espiritual”. A crença na existência de um 
Deus é bastante comum entre os adeptos da medicina alternativa. “A maior 
parte de nossos pacientes está ligada a uma força maior, uma alma do 
Universo”, diz o presidente da Associação Brasileira de Medicina 
Complementar (AMC), José Felippe Junior. É bom lembrar que a crença num 
deus tem sido considerada por pesquisas sérias um fator que favorece a 
recuperação de doenças graves. 
Mas a insatisfação com a medicina ortodoxa também pode estar ligada a 
fatores que em nada têm a ver com a filosofia de vida do paciente. Pacientes 
costumam ter uma queixa comum quando o assunto é medicina convencional: 
acreditam que o médico não lhes dá a devida atenção. A maioria das 
denúncias encaminhadas aos órgãos que regulamentam o exercício da 
medicina não se deve a erros médicos e sim à relação médico-paciente. Eles 
reclamam que o médico não tem tempo suficiente para atendê-los ou que não 
entendem as explicações sobre os procedimentos usados. “Hoje estamos 
empenhados em aprimorar essa relação”, diz Clóvis Constantino, presidente do 
CRM-SP, refletindo uma preocupação crescente de todo o meio médico 
ocidental 
Efeito placebo 
Tradicionalmente, o jeito que a medicina ortodoxa arrumou para aprovar ou 
reprovar um tratamento é um teste muito engenhoso chamado “contraplacebo”. 
Funciona assim: um médico arruma uma porção de voluntários. Essas cobaias 
são então divididas em dois grupos. Um dos grupos é tratado com o remédio 
ou o tratamento que se quer testar. O outro recebe apenas placebo. Placebo, 
 
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11 Todos os direitos reservador - UNIET 
 
como já foi dito, é um remédio “falso”, sem princípio ativo. Por exemplo, uma 
cápsula que contenha farinha. Os testes mais confiáveis, além de serem 
“contraplacebo”, são “duplo-cego”. Ou seja, não é só o paciente que não sabe 
qual remédio é o de verdade e qual é o placebo. Os médicos que dão o 
remédio também não sabem. Tudo para diminuir qualquer influência externa. 
Só o remédio tem que agir. 
Tudo muito bem bolado, muito inteligente. Mas a ciência não contava com uma 
coisa: e se o placebo não for totalmente inócuo? E se a pílula de farinha curar 
também? Pois é. Parece que é isso que acontece. “Não temos a menor dúvida 
de que placebo funciona, em média, em 30% dos casos”, escreve Herbert 
Benson em seu livro Medicina Espiritual. Benson é presidente do Mind/Body 
Institute, um centro de pesquisa americano focado nas relações entre o corpo e 
a mente justamente aquilo que Descartes não previa. Um exemplo 
surpreendente foi uma pesquisa realizada pelo cirurgião ortopedista americano 
Bruce Moseley. O médico testou a eficiência de uma cirurgia para curar artrite 
no joelho, que consiste em raspar áreas danificadas da cartilagem. No estudo, 
cinco pacientes foram operados propriamente e cinco receberam aplicações de 
agulhas em lugares aleatórios. Quatro dos pacientes que passaram pelo 
tratamento placebo tiveram redução de dor e inchaço e melhoria nos 
movimentos do joelho. 
O placebo pode funcionar a ponto de causar até incômodos. “Sonolência, dor 
de cabeça, náusea, nervosismo, insônia e prisão de ventre estão entre os 
efeitos colaterais mais comuns do tratamento com placebo”, diz Benson. Há até 
um termo para denominar os efeitos colaterais de placebos: nocebo. Benson 
acredita que a razão para ele é o fato de os participantes de pesquisas serem 
obrigados a ler um documento de aprovação em que esses possíveis efeitos 
colaterais estão listados. 
 
Universidade de Cursos Livres 
12 Todos os direitos reservador - UNIET 
 
O efeito placebo põe em cheque a pretensão de objetividade proposta pela 
ciência ocidental. Se o próprio placebo cura, então toda a teoria por trás dos 
testes duplo-cego/contraplacebo muda de perspectiva. Veja por exemplo o 
caso da homeopatia. Embora várias teorias tenham surgido nos últimos 
tempos, ninguém ainda entende qual é o processo de cura dessa terapia. A 
homeopatia é baseada em dois princípios. O primeiro é a “lei dos semelhantes” 
e diz que uma substância que causa determinado sintoma num paciente 
saudável pode curar esses mesmos sintomas se ingerida em doses muito 
pequenas. Assim, como a ferroada de abelha causa dor e inchaço, os 
homeopatas recomendam um preparado feito a partir do veneno da abelha 
contra vários tipos de dor e inchaço. O segundo princípio diz que quanto mais 
diluída a substância, mais potente o remédio. Essa é a chamada “lei das 
infinitesimais”. 
Depois de séculos de pesquisas, esses princípios fazem cada vez menos 
sentido à luz do que a ciência sabe. A maioria dos cientistas acha que eles são 
grandes bobagens. Ainda assim, muita gente se cura com homeopatia, por 
menos que ela faça sentido. Por que será? 
Talvez seja apenas um caso clássico de placebo bem-sucedido. Talvez muito 
do sucesso de várias terapias alternativas se deva ao fato de que a relação 
com o terapeuta crie condições favoráveis para que o placebo funcione ao 
motivar o paciente, dar a ele esperança e inspirar simpatia e confiança. O 
placebo tem uma característica interessante: só obtém resultados quem 
acredita no tratamento. Será milagre, então? Não necessariamente. É plausível 
que essa postura positiva tenha ação sobre o sistema imunológico e favoreça a 
cura. Um cético como o cientista Romke Bron, que disse ao jornal inglês The 
Daily Telegraph que “se alguém entrasse em uma farmácia homeopática 
durante a noite e trocasse as etiquetas dos frascos ninguém notaria”, tem bem 
menos chances de se curar com esse tipo de remédio. 
 
Universidade de Cursos Livres 
13 Todos os direitos reservador - UNIET 
 
Ou seja, é importante sim conhecer os princípios de cada tipo de tratamento e 
saber evitar os charlatões. Mas talvez seja igualmente importante conseguir 
acreditar no seu terapeuta. Nesse sentido, mil pesquisas provando isso ou 
aquilo não substituem uma coisa: a confiança que você tem no seu médico, 
seja ele ortodoxo ou alternativo. 
Sair por aí dizendo que a medicina convencional está completamente 
equivocada e não serve para nada é perda de tempo e demonstração de 
ignorância. O escritor de ciência americano Stephen Jay Gould, morto em 
2002, tinha uma sugestão para aqueles que acham que a medicina é inútil: que 
eles visitem algum cemitério antigo e reparem na quantidade de lápides 
pequenas, uma ao lado da outra. É inegável que a mortalidade infantil 
despencou com o avanço da ciência e que ela é muito menor nas regiões onde 
há melhores cuidados médicos. Ninguém em sã consciência pode negar os 
avanços trazidos pelos antibióticos, ou pelas vacinas, por mais imperfeitos que 
tanto uns quanto as outras sejam. É óbvio que a medicina derrotou doenças e 
espalhou saúde basta saber ler estatísticas para perceber isso. 
Mas também é inegável que nem todo mundo se dá por satisfeito com o que a 
medicina oferece. Desde que o mundo é mundo, as pessoas vão aos “médicos” 
(curandeiros, pajés, xamãs...) para falar de suas ansiedades, suas dores e 
obter algum conforto nem sempre a cura. Essas coisas ajudam o sujeito a 
sentir-se bem. “E ninguém discorda do fato de que se sentir bem é bom para a 
saúde”, diz Bron, aquele mesmo que acha que não há problema algum em 
trocar os rótulos dos remédios homeopáticos. Colocar no mesmo barco todas 
as técnicas ditas “alternativas” é um grande erro. Algumas delas são 
amplamente reconhecidas, sobre outras há quase certezada ineficácia. (Fonte: 
Revista Superinteressante) 
 
 
 
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14 Todos os direitos reservador - UNIET 
 
Medicina 
Segundo o dicionário Michaelis – Medicina – sf (lat medicina) – é arte e ciência 
de curar e prevenir as doenças, bem como cada um dos sistemas (alopatia, 
homeopatia, medicina natural) empregados para debelar as doenças. 
 A medicina biológica também conhecida como medicina natural emprega 
conceitos populares e tradicionais na cura e prevenção das doenças. Muitos 
destes conceitos tradicionais da medicina natural têm embasamento científico e 
complementam a medicina clássica praticada no ocidente. Algumas formas de 
medicina praticadas no oriente são mais antigas que a medicina clássica do 
ocidente e somente recentemente tem sido aceita com forma de terapia que 
complementam o tratamento alopático empregado. Abaixo a lista das várias 
formas de medicina e terapias naturais. 
 Medicina Chinesa 
A Medicina Chinesa fundamenta-se numa estrutura teórica sistemática e 
abrangente, de natureza filosófica. Tendo como base o reconhecimento das 
leis fundamentais que governam o funcionamento do organismo humano, e sua 
integração com o ambiente segundo os ciclos da natureza, procura aplicar esta 
abordagem tanto ao tratamento das doenças quanto á manutenção da saúde 
através de diversos métodos. 
Assim, a Medicina Chinesa baseia-se na alternância universal de forças 
complementares positivas e negativas (Yin e Yang) e na lei das transformações 
dos 5 elementos, ou melhor, 5 movimentos: movimento Terra, Fogo, Madeira, 
Metal e Água (figura). Cada elemento se relaciona com diversos aspectos do 
universo e também com diversos aspectos das funções fisiológicas do nosso 
organismo. 
 
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15 Todos os direitos reservador - UNIET 
 
Métodos diagnósticos – As práticas diagnósticas da Medicina Chinesa incluem 
observar, ouvir, cheirar, perguntar e tocar destacam-se no diagnóstico a 
observação da língua e o exame do pulso, prática esta que demoram alguns 
anos a ser completamente dominado, mas que fornecem informações 
preciosas e exatas sobre a condição de saúde do paciente. 
Tratamento – Atualmente são sete os principais métodos de tratamento da 
Medicina Tradicional Chinesa: 
 Fitoterapia chinesa (fármacos) 
 Acupuntura 
 Tuina ou Tui Ná (massagem e osteopatia chinesa) 
 Dietoterapia (terapia alimentar chinesa) 
 Auriculoterapia (tratamento pela orelha) 
 Moxabustão 
 Ventosaterapia 
Cuidados preventivos – Os cuidados profiláticos para a manutenção da saúde 
ou formas de intervenção para recuperá-la são feitos por práticas físicas 
(exercícios integrados de respiração e circulação de energia, e meditação 
como: Chi Kung, o Tai Chi Chuan e algumas artes marciais). 
Medicina Ayurvédica – Medicina tradicional hindu 
A médica ayurvédica é uma abordagem terapêutica da 
medicina hindu que existe há mais de 5 mil anos e é 
considerada a ciência da saúde mais antiga. Seu 
fundamento é a busca do equilíbrio do corpo e da 
mente através de plantas medicinais, dietas, aromas e 
massagens com óleos, respeitando o tipo 
constitucional de cada pessoa. 
 
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16 Todos os direitos reservador - UNIET 
 
 
Existem 3 humores biológicos ou doshas, o Vata, o Kapha e o Pitta. 
O Vata (representada pelo ar) é seco, leve, frio, sutil, agitado e é sempre 
relacionado com a dor. As pessoas com esta constituição, via de regra, 
apresentam características como ansiedade, tremores, gases, prisão de ventre, 
tonteira, dores de cabeça, insônia. Essas pessoas costumam serem magras, 
ombros estreitos, pele e cabelos secos. Sua alimentação deve ser energética, 
porém de fácil digestão. 
O Kapha (representado pela água) é úmido, frio, pesado e está relacionado ao 
inchaço. A pessoa Kapha vive cansada, costuma ter um semblante pálido, 
apresenta calafrios, sonolência e tosse, obesidade e tem tendência à formação 
de catarro e muco nos pulmões. Têm excelente memória. Sua alimentação 
deve ser à base de grãos, raízes e frutas. 
O Pitta (representado pelo fogo) e costuma sentir muita fome, sede, acidez 
gástrica, apresenta infecções e inflamações com facilidade. Tem sudorese 
abundante, tem apurado senso crítico e gosta de enfrentar desafios. Na sua 
alimentação deve conter vegetais crus e a carne deve ser utilizada com 
moderação. 
O surgimento das doenças depende do desequilíbrio destes 3 elementos, e a 
cura, pelo seu equilíbrio. 
 
 
 
 
 
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Medicina Homeopática 
 
Os princípios homeopáticos foram 
determinados por Samuel Hahnemann 
no final do século XVIII, e foram 
baseados na cura pelo semelhante – Lei 
da semelhança -(Similia Similibus 
Curantur), isto é, uma substância capaz 
de produzir determinada alteração 
funcional e anatômica em um indivíduo 
saudável, resultando em uma doença, 
teria a capacidade de curar esta 
alteração, quando dada em doses pequenas. Os medicamentos homeopáticos 
são então obtidos de produtos naturais diluídos e dinamizados (agitados 
fortemente entre cada diluição). 
A homeopatia como as outras terapias componentes da Medicina Biológica, é 
de cunho vitalista, isto é: suas concepções e observações são baseadas na 
existência e transformações da nossa Energia Vital, energia estas que dá 
origem à vida em si própria e rege todos os fenômenos e funcionamento do 
nosso organismo. Assim, Samuel Hahnemann em 1779 após formar-se em 
Medicina dedicou os estudos dos fenômenos vitais instituídos por Hipócrates, o 
princípio a Similia Similibus Curantur de Paracelso e, a alma como causa da 
vida de Platão. Mas, foi estudando a Matéria Médica de Cullen, em 1790 que 
resolveu testar em si próprio as propriedades da China officinalis (retirada da 
casca de arbustos chamados Rubiáceas), indicada para curar febre por ser 
capaz de produzir febre. A cada dose ingerida um acesso de febre intermitente 
o assaltava. Este fato o impressionou de tal forma, que começou a registrar 
http://www.medicinapratica.com.br/2010/08/22/saude-medicina-pratica/homeopatia-a-arte-de-curar-pelo-semelhante/
 
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observações sobre o efeito das substâncias no corpo de outras pessoas, como 
continuou a fazer experiências no próprio corpo com diferentes medicamentos. 
Em 1810 publicou seu livro mestre, chamado “O Organon da Ciência Médica 
Racional”, que foi aperfeiçoado em 1819, mudando o nome para “O Organon 
da Arte de Curar”. Estava assim criada a Homeopatia! 
No Brasil, se fala em Homeopatia desde 1818, porém, só em 1840, através do 
Dr. Bento Mure médico francês, é que se iniciou sua propagação no Rio de 
Janeiro. Em 1843 fundou-se o Instituto Homeopático do Brasil. Porém, só em 
1980, é que a Homeopatia foi reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina 
e, em 1990, passou a constar do Conselho de Especialidades Médicas da 
Associação Médica Brasileira. 
 
Medicina Ortomolecular 
A medicina ortomolecular tem como base o 
entendimento do papel dos chamados radicais livres, 
que são frutos do metabolismo celular e tem 
potencialidade destruidora para as células e tecidos. 
Conceito 
Nos organismos aeróbios, como o ser humano, a maior parte do oxigênio é 
reduzida a água dentro da mitocôndria, através da enzima citocromo oxidase, 
que transfere quatro elétrons ao oxigênio. Entretanto, em decorrência da sua 
configuração eletrônica (triplet O2), cerca de 5% do oxigênio que se consome 
tem forte tendência a receber um elétron de cada vez, ou seja, a transferência 
de elétrons pode ser realizada em passos monoeletrônicos, com a formação de 
espécies intermediárias. Deste modo, aproximadamente 5% de todo oxigênio 
consumido é convertido em ânion superóxido (O-2), que é um radical livre. 
 
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19Todos os direitos reservador - UNIET 
 
Em 1985 Sies descreveu o estado fisiológico associado à produção aumentada 
de espécies reativas de oxigênio (estresse oxidativo), resultante de um 
distúrbio no balanço pró-oxidante/antioxidante a favor do estado pró-oxidante. 
Nesta situação, o organismo se encontra sob crescente exposição às espécies 
reativas de oxigênio, que participam das alterações dos componentes 
celulares induzidas por radicais livres através de um mecanismo exponencial 
de reação em cadeia carreadora de radicais. 
Espécies reativas de oxigênio – EAOs 
A toxicidade do oxigênio não se deve apenas aos radicais livres, dele 
derivados, mas também a outros estados do oxigênio, como o radical hidroxila 
(OH), o oxigênio singlet (O2), o óxido nítrico (ON), radicais peróxidos (ROOH), 
peróxidos nitritos (ONOO-), ácido hipoclórico (HOCL-) e peróxido de hidrogênio 
(H2O2), sendo este último considerado uma espécie reativa de oxigênio (EAO), 
apesar de apresentar um elétron desemparelhado na última órbita. Os 
principais alvos das EAOs nas células são os lípides, as proteínas contendo 
grupamento sulfidril e o DNA. 
Dentre as EAOs, o peróxido de hidrogênio (H2O2) é a mais estável e a menos 
reativa. A hidroxila (OH) é a mais reativa, menos estável e a mais perigosa do 
ponto de vista biológico, pois reage imediatamente após sua formação com 
qualquer molécula biológica ao seu redor. Além disso, diferentemente do 
peróxido de hidrogênio e do ânion superóxido, não existem defesas enzimática 
contra este radical. 
Antioxidantes celulares enzimáticos 
As EAOs são capazes de produzir danos nas células parenquimatosas e 
endotelias dos mais diversos tecidos e órgãos do nosso organismo, porém, 
normalmente, estas lesões são impedidas pela presença de antioxidantes 
celulares enzimáticos, como a glutationa peroxidase -1 (principal enzima 
 
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20 Todos os direitos reservador - UNIET 
 
antioxidante no citosol e nas mitocondriais, e as formas de superóxido 
dismutase (SOD) ligadas à membrana, responsáveis por dismutar o ânion 
superóxido em H2O2 (peróxido de hidrogênio) e endógenos presentes dentro 
do fluido de revestimento epitelial (p. ex. células endotelias). Proteínas séricas, 
tais como ceruloplasmina e transferrina, vitamina C, vitamina E, ß-caroteno, e 
glutationa reduzida. 
 
Medicina Antroposófica 
 
A Antroposofia, do grego “conhecimento do ser humano”, introduzida no início 
do século XX pelo austríaco Rudolf Steiner, pode ser caracterizada como um 
método de conhecimento da natureza do ser humano e do universo. Rudolf, 
vidente e místico, desenvolveu e ampliou seus estudos em base de 
concepções da Medicina Antiga e de conhecimentos da fisiologia oculta das 
culturas céltica, egípcia e grega. Nos seus estudos recebeu apoio da médica 
holandesa Ita Wegmann. 
A antroposofia visa ampliar o conhecimento obtido pelo método científico 
convencional, bem como a sua aplicação em praticamente todas as áreas da 
vida humana. Assim, a medicina antroposófica tem com base o estudo do ser 
humano e da sua evolução, na relação cósmica das forças anímicas, das suas 
http://www.medicinapratica.com.br/2010/08/31/saude-medicina-pratica/medicina-antroposofica-3/
 
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21 Todos os direitos reservador - UNIET 
 
biografias e do estudo dos assim chamados corpos supra-sensível: corpo 
físico, corpo etérico, corpo astral, e do EU (espírito). 
A medicina antroposófica utiliza-se de um diagnóstico antroposófico amplo da 
enfermidade que a pessoa está sofrendo e suas interações. Assim, estuda-se 
os aspectos planetários, da biografia do indivíduo, dos metais aplicados de 
forma terapêutica, da fisiologia oculta, da trimembração (Sistema Nervoso 
Central, Sistema Rítmico, Sistema Metabólico) 
O tratamento é realizado com medicamentos antroposóficos, elaborados pela 
farmacopéia antroposófica, que são diluídos como na homeopatia, mas de 
forma distinta respeitando as leis cósmicas e os aspectos planetários 
envolvidos em sua preparação. A medicina antroposófica possui uma série de 
terapêuticas associadas como: terapia artística, modelagem, pintura, desenho 
de formas, tecelagem terapêutica, musicoterapia, quirofonética, banhos 
medicinais, massagem rítmica, eurritmia curativa, canto terapêutico e 
cromoterapia antroposófica. 
Medicina Biocatalítica 
Oligoterapia 
A Oligoterapia Biocatalítica consiste numa 
terapia através de minerais (Manganês, Cobre, 
Zinco, Magnésio etc.) em doses muito pequenas, 
da ordem de microgramas, por absorção 
sublingual, que atuarão não por ação ponderal ou 
por reposição de carências, mas sim, por uma 
ação de retorno a homeostase (equilíbrio) dos 
sistemas catalíticos ou enzimáticos nos quais 
esses minerais estão envolvidos. 
 
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22 Todos os direitos reservador - UNIET 
 
O estudo da utilização de oligoelementos foi desenvolvido inicialmente pelos 
franceses Menetrier e Bertrand no final do século passado XIX. 
Esta terapêutica abre um novo campo de possibilidades no tratamento de 
nossos pacientes, que é o tratamento efetivo das DOENÇAS FUNCIONAIS. 
 
Medicina Anti-homotóxica de Reckeweg 
 
A medicina anti-homotóxica, também 
conhecida como Homotoxicologia, 
surgiu na Alemanha nos anos de 1930 
e é considerada como uma ponte entre 
a Homeopatia e a Alopatia. Essa 
corrente foi criada por um médico 
homeopata alemão, Dr. Hans-Heinrich 
Reckeweg (1905-1985), que nasceu e 
clinicou em Berlim até meados do século passado. Dr. Reckeweg, também foi o 
fundador da farmácia Heel in Baden-Baden, Germany in 1936, farmácia 
especializada na preparação de medicamentos anti-homotóxicos. 
A proposta do Dr. Reckeweg era procurar um campo comum entre a 
homeopatia e a medicina alopática que despontava então, como novos 
medicamentos com grande potencial de cura como os antibióticos. Partindo do 
pressuposto que as doenças são causadas por aquilo que ele chamou de 
“homotoxinas”, que seriam quaisquer substâncias, sejam próprias ou estranhas 
ao organismo humano, que gerassem disfunções nas células e sistemas. 
Segundo Reckeweg, o surgimento de uma homotoxina gerava três tipos de 
reação no organismo: eliminação numa fase inicial, seguida de reatividade – 
uma fase inflamatória; e finalmente a deposição – quando a toxina seria 
 
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absorvida pelo tecido humano causando alterações mais sérias e persistentes 
– como o surgimento de uma célula cancerosa. 
Medicina Espagírica 
A Medicina Espagírica é na 
atualidade a medicina 
remanescente da medicina 
original de Paracelsus e dos 
mistérios gregos, isto é da 
alquimia. Esta forma de 
tratamento utiliza todas as 
potencialidades da planta 
substância ou metais, 
combinados em diluições 
semelhantes à Homeopatia. 
Por exemplo, se utiliza da 
planta Arnica não somente 
para o trauma e contusões, 
mas também para os traumas emocionais. Tudo da planta é utilizado e 
preparado segundo técnica farmacêutica da alquimia, e as combinações são 
feitas sob a regência dos princípios alquímicos e com os quatro elementos em 
harmonia: terra, fogo, ar e água. 
Paracelso alquimista, nascido em1943, criou a palavra Espagiria fundindo duas 
palavras gregas Spao (separar, diferenciar) e Agueiro (reunir, juntar). Quer 
dizer separar os Três Princípios purificá-los separadamente, o que os vai tornar 
mais dinâmicos, e em seguida juntá-los, para fazer substâncias livres das 
impurezas que continham. Esta prática visa obtêm-se remédios levados a uma 
nova vida e cujas forças curativas atuam sobre vários planos do ser, 
nomeadamente o mental, o emocional e o físico. Sabemos que, um indivíduo 
 
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24 Todos os direitos reservador - UNIET 
 
perturbado e enfermo, se tornou primeiro doente na sua estrutura interior;em 
especial nos domínios psicológico e espiritual. 
A medicina espagírica utiliza as quintessências com forma de tratamento de 
doenças específicas, com exemplos abaixo: 
Canela (Cinnamomum zeylanicum) – Júpiter, Marte e Mercúrio 
Tônus, flexibilidade, força, equilíbrio. Afrodisíaco. 
Intestino, sangue, aquece o útero e o coração, extremidades frias, 
astenia, digestiva, refluxo. 
Copaíba (Copaifera sp.) – Júpiter e Mercúrio 
Antiinflamatório das mucosas, anti-séptico, diurético, germicida, anti-
reumático, antioxidante, antiviral. Pulmão, sistema genito-urinário, 
pele 
Cravo (Eugenia caryophyllata) – Marte 
Força, determinação e foco. 
Cavidade oral, sistema imunológico, genital feminino, intestinos, 
analgésico, anti-séptico e antioxidante potente, anti-nevrálgico, 
antibiótico natural. Diarréia, flatulência. 
Eucalipto (Eucalyptus globulus) – Saturno e Mercúrio 
Concentração e comunicação. Aprendizado. 
Aparelho respiratório, sistema imunológico, sistema urinário. 
Vermífugo, hipoglicêmico, antisséptico das vias respiratórias. 
Lavanda (Lavandula officinalis) – Lua e Mercúrio 
Limpeza energética, calmante e tonificante. Restaura as forças. 
Sistema nervoso, pele, aparelho respiratório, aparelho urinário. 
Genital masculino e feminino. Estômago e intestino. 
Limão (Citrus limonum) – Sol e Marte 
 
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25 Todos os direitos reservador - UNIET 
 
Clareza mental, coragem, autoconfiança. Traz a luz para o coração. 
Cardiotônico, hipotensivo, anti-veneno, alcalinizante, antianêmico. 
Metabolismo. Sistema imunológico. Reumatismo, obesidade, gota, 
congestão hepática. 
 
Terapias tradicionais 
Acupuntura 
Acupuntura foi uma parte de medicina tradicional chinesa durante pelo menos 
2.500 anos. A filosofia Oriental atrás disto é aquela saúde depende de uma 
energia vital que flui por seu corpo ao longo de 14 caminhos chamado 
meridianos. Se um determinado ponto deste meridiano está fora de harmonia, 
de acordo com esta teoria, que você adquire dor e doença. Agulhas inserindo 
em pontos ao longo dos meridianos desbloqueiam o fluxo de energia e 
restabelecem o equilíbrio saudável de seu corpo. Assim, acupuntura baseia-se 
na alternância universal de forças complementares positivas e negativas (Yin e 
Yang) e na lei das transformações dos 5 elementos ou melhor 5 movimentos: 
movimento Terra, Fogo, Madeira, Metal e Água. Cada elemento se relaciona 
com diversos aspectos do universo e também com diversos aspectos das 
funções fisiológicas do nosso organismo. 
Dependendo de suas razões por buscar acupuntura, você terá 1 a 20 ou 
agulhas inseridas em sua pele e em alguns casos podem penetrar até 2,5 
centímetros, dependendo em onde elas são colocadas e o para o qual o 
tratamento é indicado. Normalmente são mantidas no local de 15 a 30 minutos. 
A colocação das agulhas geralmente não causa nenhuma dor da inserção, 
embora possa ser em ocasião, dolorosa. Algumas pessoas acham a 
experiência relaxante. Uma vez inserida, as agulhas podem ser estimuladas 
com uma corrente elétrica. 
 
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26 Todos os direitos reservador - UNIET 
 
Geralmente o alívio ocorre após várias sessões, mas se nada acontecer depois 
de seis ou oito sessões, acupuntura deverá ser reavaliada. 
Há um cálculo de 10.000 acupuntores autorizados nos Estados Unidos, sendo 
3.000 médicos. No Brasil existem 120 médicos acupuntores filiados a 
Sociedade Brasileira de Acupuntura. 
Eletroacupuntura 
Acupuntura foi uma parte de medicina tradicional chinesa durante pelo menos 
2.500 anos. A filosofia Oriental atrás disto é aquela saúde depende de uma 
energia vital que flui por seu corpo ao longo de 14 caminhos chamado 
meridianos. Se um determinado ponto deste meridiano está fora de harmonia, 
de acordo com esta teoria, que você adquire dor e doença. Agulhas inserindo 
em pontos ao longo dos meridianos desbloqueiam o fluxo de energia e 
restabelecem o equilíbrio saudável de seu corpo. Assim, acupuntura baseia-se 
na alternância universal de forças complementares positivas e negativas (Yin e 
Yang) e na lei das transformações dos 5 elementos, ou melhor, 5 movimentos: 
movimento Terra, Fogo, Madeira, Metal e Água. Cada elemento se relaciona 
com diversos aspectos do universo e também com diversos aspectos das 
funções fisiológicas do nosso organismo. 
Descoberta desde os anos 1950 de forma científica, tem a eletroacupuntura, 
por um lado acrescentado explicações ao funcionamento da acupuntura 
tradicional, e por outro um método terapêutico extremamente eficaz para dores 
neuropáticas e síndromes funcionais, como fibromialgia, síndrome do intestino 
irritável, enxaquecas. 
A eletroacupuntura é feita com a conexão das agulhas de acupuntura a 
equipamentos especiais que permitem a utilização de correntes elétricas 
organicamente apropriadas, em frequencias que variam de 5 a 500 Hertz para 
 
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27 Todos os direitos reservador - UNIET 
 
o tratamento das enfermidades, inclusive como anestesias para determinados 
tipos de cirurgia. 
Reflexologia 
A reflexologia ou reflexoterapia é entendida como a linguagem do corpo 
através dos pés, a figura ilustra as representações dos órgãos nos pés. 
Egiptólogos descobriram, em uma tumba do ano 2300 AC, desenhos do 
médico de um faraó executando massagens nas mãos e pés de seu paciente. 
Da antiguidade aos dias de hoje, o espírito da reflexologia mantém-se o 
mesmo. Uma técnica manual aplicada com suavidade, verificando a presença 
de nódulos (que indicam tensão) e a procura de áreas dolorosas (com sua 
correspondência aos órgãos afetados). 
A reflexologia chegou aos EUA, no início do século XX, através dos 
ensinamentos do Dr William Fitzgerald, considerado o pai da técnica norte-
americana. 
O terapeuta além de todo o preparo técnico, precisa “afiar” muito a sua 
sensibilidade, palpando os pontos e identificando os “bloqueios” energéticos. A 
partir da palpação vai definir a técnica correta a ser utilizada em cada caso. 
As técnicas são múltiplas e variadas, como: fricção, pressoterapia (principal 
técnica do Shiatisu), rolamento, técnica do piano, amassamento, técnica do 
polegar, borboleta, puxa-empura, pinçamento dos dedos, técnicas de 
deslizamento, vibração e percussão com dedos. 
Estas sessões de reflexologia, usando óleos amornantes como os de gengibre, 
gergelim ou à base de alho, são mais quentes, tonificante, yang, ou usando 
óleos refrescantes, mais sedativos, que têm como princípios ativos o eucalipto, 
a hortelã, visam promover o equilíbrio energético, combatendo o desgaste da 
vida e permitindo que o próprio organismo reaja em direção à cura. 
 
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28 Todos os direitos reservador - UNIET 
 
Cada vez mais tem sido observada a utilização destas técnicas milenares em 
associação a terapia ocidental, com apoio de pontos da medicina chinesa e 
indiana (medicina ayurveda). 
A terapia começa bem aos moldes tradicionais de qualquer especialidade 
médica, ou seja, com uma boa história clínica (anamnese). A seguir, o 
diagnóstico é feito pela observação e palpação dos pontos reflexos do pé. O 
terapeuta verifica a presença de nódulos (que indicam tensão) e procura 
delicadamente identificar as áreas dolorosas com sua correspondência aos 
órgãos afetados. 
Auriculoterapia 
Trata-se de uma técnica de diagnóstico e tratamento baseado no pavilhão 
auricular. Aurículo (orelha) + terapia (tratamento), ou seja, tratamento através 
da orelha. Este termo se refere a uma modalidade de reflexoterapia e não pode 
ser confundido com a auriculoacupuntura, especialidade da acupuntura. Na 
auriculoterapia, os pontos são estimulados por sementes de mostarda, cristais 
radiônicos ou não, massagens ou ainda moxa. Já na ariculoacupuntura, é usual 
o estímulo com agulhas semi-permanentes ou agulhas sistêmicas. 
 
Direito nas terapias naturais: 
 
A Constituição Federal Brasileira(CFB) determina competência à União de 
elaborar e executar as políticas públicas nacionais de desenvolvimento social. 
A CFB também determina que o cidadão seja livre. Escolher método de terapia 
é expressão de liberdade. 
 
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29 Todos os direitos reservador - UNIET 
 
As terapias naturais além de direito popular, constituem método econômico e 
sustentável. Os sistemas médicos que dependem de medicação industrializada 
e de equipamentos são antieconômicos. 
O sistema financeiro da humanidade historicamente é frágil enquanto que o 
sistema comunitário é forte. As comunidades rurais e urbanas sem seguro 
saúde com dificuldades maiores que as soluções ofertadas pelo SUS estão 
buscando alternativas de tratamento na natureza. 
As terapias naturais são direito das comunidades, dever da União e estão 
duplamente validadas pela etnociência. 
As terapias naturais estão consolidadas secularmente na história da 
humanidade enquanto que a ciência médica a cada dia libera novo 
medicamento invalidando, condenando e desmentindo tantos outros 
precedentes. Assim o sistema médico atual é essencialmente comercial, 
enquanto que as terapêuticas tradicionais são essencialmente naturais. 
Enfrentar o poder da corporação médica e a força das indústrias (farmacêuticas 
e de equipamentos hospitalares ou clínicos) implica em organização das 
comunidades. Esse enfrentamento é democrático, natural, legal e nada contém 
de doutrina ou de filosofia, é apenas parte do jogo da sociedade ocidental. 
Como parte do jogo de classes as comunidades devem se organizar perante os 
órgãos públicos e mostrar seus direitos em terapias naturais. 
Portanto, a cidadania orienta que devemos implementar cada vez mais 
profundamente nas instituições brasileiras o direito das terapias naturais. 
 
 
 
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30 Todos os direitos reservador - UNIET 
 
TERAPIAS NATURAIS: DIREITOS E AÇÕES 
O terapeuta naturista sério, ético, competente, conhecedor de suas atividades 
e das suas responsabilidades, não está impedido de trabalhar legalmente. No 
entanto algumas entidades médicas vêm agindo contra ele de modo abusivo, 
prepotente, antiético e antijurídico, principalmente contra os terapeutas que 
atuam nas áreas de homeopatia e acupuntura. O poder da corporação médica 
nas suas investidas contra o terapeuta homeopata e o acupuntor, na verdade, 
está demandando, inequivocadamente, exclusividade absoluta, ou seja, 
"reserva de mercado", do tratamento com terapias naturais, como se isso lhes 
fosse possível. 
O Conselho Federal de Medicina - CFM, que tem como função exclusiva 
fiscalizar o exercício das atividades profissionais e da ética médica no País, 
editou a resolução no 1000/1980, estabelecendo a especialidade médica em 
Homeopatia. Mas equivocou-se pretendendo que somente médicos possam 
exercê-la, afirmando inclusive que "a sua prática por não-médicos constitui 
crime de falso exercício da medicina", porque especialidade não significa 
exclusividade, apanágio* ou monopólio dessa respeitável profissão. 
Acontece que não existe no País nenhuma Lei - que só a União Federal pode 
editar - (CF, art, 22, XVI) dispondo que apenas médicos podem praticar a 
Homeopatia. E se existisse tal lei, estaria infringindo a disposição constitucional 
que estabelece ser "livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, 
atendidas as qualificações que a lei estabelecer" (CF, art. 5O, XIII), como 
também a do inciso XXXVI do mesmo art. 5O (a Lei não prejudicará o direito 
adquirido), como também o art. 6O da Lei de introdução do Código Civil 
Brasileiro (a lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico 
perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada). 
 
 
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31 Todos os direitos reservador - UNIET 
 
Como a Homeopatia vem sendo praticada no Brasil há quase 150 anos (ou 
seja, durante cerca de 120 anos, antes do advento da Resolução no 1000/1980 
do CFM), transformou-se a Homeopatia em direito adquirido pela população 
brasileira. Contra o direito adquirido não pode haver efeito retroativo a ser 
imposto por lei futura, uma vez que a lei nova, pelo princípio da hierarquia das 
leis, vem por beneficiar, não por prejudicar. 
No entanto, o CFM, que só foi criado em 1957 (posterior, portanto, ao Instituto 
Hahnemanniano do Brasil, divulgador dessa ciência, instituído em 02-07-1859) 
e que só aceitou a homeopatia 121 anos após a criação desse Instituto, 
pretende por mágica, que a partir de sua Resolução no 1000/1980 (com 
eficácia dentro dos seus limites de competência), que esse processo 
terapêutico somente possa ser praticado por médicos! 
Assim, em se tratando de direito adquirido pelos terapeutas naturistas de 
quaisquer áreas de atividades, esse DIREITO há que ser respeitado. 
O CFM negligencia o respeito também à norma do art. 5O, XIII, da CF, que 
estabelece o princípio da garantia da liberdade de escolha do agente de saúde. 
O CFM desrespeita o direito que o cidadão possui de escolher não só o agente 
de saúde, como também o método pelo qual ele deseja cuidar de sua saúde. 
O CFM afronta também o art. 196 da CF, ao estabelecer que a saúde seja 
direito de todos, porque as consultas médicas são caras; os medicamentos 
alopáticos são caros e, na maior parte das vezes, não curam, e podem 
prejudicar a saúde, quando não são falsificados; os sistemas públicos de saúde 
não atendem satisfatoriamente etc. Mesmo os medicamentos denominados 
genéricos não estão ao alcance de todas as camadas sociais. 
E ignora também o art. 5O, II, da CF, que preceitua que ninguém será obrigado 
a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude da Lei, porque 
 
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32 Todos os direitos reservador - UNIET 
 
pretendendo impedir as atividades do terapeuta naturista o CFM está 
forçosamente obrigando as pessoas a procurar apenas os médicos. 
Um dispositivo legal não pode conceder determinado direito e, outro 
dispositivo, negá-lo. A CF é a lei suprema do País, e se estabelece o princípio 
no art. 5O, XII, não será o CP, que é uma Lei Ordinária dela derivada, que irá 
impedir esse direito. Pretendendo o jurista enquadrar o homeopata no crime de 
curandeirismo, estará cerceando* sim o direito que ao cidadão é assegurado 
por nossa Carta Magna. A pessoa tem o direito de escolher o agente de saúde 
com o qual quer se tratar e o(s) método(s) desse(s) tratamento(s), desde que 
lícito(s), sem que ninguém interfira, como ocorria em tempos medievais. 
Nenhuma lei federal proíbe a prática das terapias alternativas 
Efetivamente não existe lei alguma que proíba as atividades de terapias 
naturais por terapeutas naturistas, como assim quer o CFM e as Associações 
Médicas de Homeopatia e de Acupuntura. 
As resoluções do CFM, no tocante à homeopatia e à acupuntura, são as únicas 
reservas legais, se é que se pode dizer assim apenas para exemplificar, que 
proíbem a prática dessas terapias por terapeutas naturistas, aí envolvendo 
quaisquer profissionais de quaisquer outras áreas da saúde. 
Entretanto, tais resoluções só podem ter eficácia de lei (e ainda assim existem 
advogados que contestam a eficácia de uma resolução, de ser ela norma legal 
que obrigatoriamente deva ser cumprida) dentro do limite de atuação do próprio 
Conselho, ou seja, exclusivamente dentro da classe médica. Ora, é impossível 
ao CFM pretender que suas resoluções tenham força de lei, porque isso é 
usurpação de poderes constitucionais. Tampouco lhe cabe o direito de definir 
regras de atos considerados criminosos, usurpando não só a Lei como as 
atribuições do Poder Judiciário. Não lhe compete o direito de se sobrepor às 
 
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33 Todos os direitos reservador - UNIET 
 
atividades de outros Conselhos de Classes, mesmo que também ligadas à área 
da saúde humana. 
Até que alguma lei federal venhadisciplinar essa, as terapias naturais serão 
livremente praticadas por quem seja competente. 
A profissão do terapeuta naturista não está ainda regulamentada por Lei 
Federal. Inexiste lei ou decreto específico para tanto. Mas a inexistência dessa 
regulamentação não significa, de modo algum, que esteja proibida a prática 
das terapias naturais por terapeutas naturistas, significando que o exercício 
dessas profissões é livre. 
Onde a lei não proíbe, não pode o Agente Policial, do Ministério Público 
nem do Poder Judiciário proibir, porque, como já foi dito, "não há crime 
sem lei anterior que o defina". 
Tanto assim que outras categorias profissionais de não-médicos estão 
regularmente praticando a homeopatia, sem que o CFM, ou qualquer 
autoridade constituída que o seja, possam impedi-las, como no caso dos 
agrônomos, veterinários, fisioterapeutas etc. O CFM até que tenta impedir, mas 
está merecidamente perdendo todas essas ações, porque todas estas 
discussões judiciais ratificam o conceito de que a Homeopatia não se constitui 
prática médica, mas sim metodologia terapêutica distinta e independente, que 
pode ser aplicada em qualquer área do conhecimento. 
O MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) divulgou em 10-09-2002 a CBO - 
Classificação Brasileira de Ocupações de no 3221, de grande importância para 
os terapeutas naturistas, porque reconhece válidas suas atividades 
profissionais nas áreas terapêuticas que regulamenta. 
 
 
 
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3221: Tecnólogos e técnicos em terapias complementares e estéticas 
Títulos 
 3221-05 - Técnico em acupuntura 
 Acupuntor, Acupunturista, Técnico corporal em medicina tradicional 
chinesa 
 3221-10 - Podólogo 
 Técnico em podologia 
 3221-15 - Técnico em quiropraxia 
 3221-20 – Massoterapeuta Massagista, Massoprevencionista 
 3221-25 - Terapeuta holístico: Homeopata (não médico), Naturopata, 
Terapeuta alternativo, Terapeuta naturalista 
 3221-30 – Esteticista: Esteticista corporal, Esteticista facial, Tecnólogo 
em cosmetologia e estética, Tecnólogo em cosmetologia e estética facial 
e corporal, Tecnólogo em estética, Tecnólogo em estética corporal, 
facial e capilar, Tecnólogo em estética e cosmética, Técnico em estética 
 3221-35 - Doula 
Descrição Sumária 
Aplicam procedimentos estéticos e terapêuticos manipulativos, energéticos, 
vibracionais e não farmacêuticos. Os procedimentos terapêuticos visam a 
tratamentos de moléstias psico-neuro-funcionais, músculo-esqueléticas e 
energéticas; além de patologias e deformidades podais. No caso das doulas, 
visam prestar suporte contínuo a gestante no ciclo gravídico puerperal, 
favorecendo a evolução do parto e bem-estar da gestante. Avaliam as 
disfunções fisiológicas, sistêmicas, energéticas, vibracionais e inestéticas dos 
pacientes/clientes. Recomendam a seus pacientes/clientes a prática de 
exercícios, o uso de essências florais e fitoterápicos com o objetivo de diminuir 
dores, reconduzirem ao equilíbrio energético, fisiológico e psico-orgânico, bem 
 
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35 Todos os direitos reservador - UNIET 
 
como cosméticos, cosmecêuticos e óleos essenciais visando sua saúde e bem 
estar. Alguns profissionais fazem uso de instrumental pérfuro-cortante, 
medicamentos de uso tópico e órteses; outros aplicam métodos das medicinas 
orientais e convencionais. 
 (Fonte: http://www.mtecbo.gov.br/cbosite/pages/home.jsf ) 
Registros de certificados. 
Existe a sugestão no sentido de que o terapeuta naturista procure registrar os 
certificados de participação que receber em cursos, congressos, seminários, 
etc., no Cartório de Registro de Títulos e Documentos de sua cidade. 
Esse registro altera a condição do certificado, de mero instrumento particular, 
em documento público, porque esse procedimento é realizado por algum oficial 
de seu respectivo Estado, para que ele produza efeitos jurídicos contra 
terceiros. 
Com isso o terapeuta estará criando condições de estabelecer, no mínimo, seu 
"direito adquirido" em sua profissão. 
O terapeuta perante os Poderes Públicos. Regularização e 
Alvará de Licença de Localização e Funcionamento. 
O terapeuta naturista, por si, como pessoa física, ou por sua clínica ou 
consultório, como pessoa jurídica, deve regularizar sua situação perante os 
Poderes Públicos competentes, e assim ter tranquilidade em seus trabalhos. O 
terapeuta profissional deve cadastrar-se na Prefeitura Municipal da cidade 
onde trabalha, e obter o Alvará de Licença, de Localização e de 
Funcionamento. É procedimento obrigatório, devendo esse alvará ser colocado 
em local visível no seu ambiente de trabalho, com o objetivo de ser visto pela 
fiscalização sanitária. 
http://www.mtecbo.gov.br/cbosite/pages/home.jsf
 
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36 Todos os direitos reservador - UNIET 
 
Procure, portanto, o setor de Alvará municipal e peça a sua licença como 
terapeuta naturista. 
A inexistência desse alvará acarretará multa ao profissional e, conforme seja a 
situação, até mesmo na interdição de seu local de trabalho. 
Nenhuma Prefeitura pode se negar a fornecer esse alvará, tenha ela em seu 
Código de Atividades, cadastrada ou não, a especialidade de Terapeuta 
Naturista. E o terapeuta não deve aceitar ser cadastrado em outro tipo de 
atividade, sob alegação de inexistir essa especialidade, porque a solução 
desse problema é do administrador público e não dele. 
Existem prefeituras que, com a vigência do novo Código Civil, nos capítulos 
que se referem à abertura, registro e adaptação de pessoas jurídicas já 
existentes, passaram a criar obstáculos no fornecimento de alvará a pessoas 
jurídicas ou autônomas, inclusive aumentando abusivamente suas tarifas de 
concessão do alvará. 
São abusos improcedentes e intoleráveis. Pode-se reclamar no PROCON e até 
ao Ministério Público. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Práticas naturais 
O profissional com capacitação em práticas naturais 
aplicada trabalha na área da saúde partindo de uma 
visão integral com a intenção de promover, manter e 
recuperar a saúde, a qualidade de vida e a integração 
do ser humano ao meio em que vive. O profissional 
utiliza-se de fundamentações científicas das áreas 
humanas, biológicas e saúde, baseadas na Medicina 
Tradicional Chinesa/Ayurveda e Xamânica, tendo como instrumento de atuação 
as práticas naturais. Estas práticas estão ligadas ao ser humano em diversos 
aspectos: físico, emocional, metal e energético. 
Algumas práticas utilizadas: 
Massoterapia: Alívio através do toque A massoterapia preconiza a utilização 
de manipulação tecidual com o propósito de cuidar da saúde geral. Tal 
utilização vai além do efeito de relaxamento e/ou ação mecânica. De uma 
forma fisiológica seus efeitos variam através de ação reflexa sobre o sistema 
nervoso autônomo, efeitos mecânicos sobre os nociceptores (receptores para 
dor), efeitos mecânicos e reflexos sobre a circulação sanguínea, linfática, 
muscular, mobilização digestiva assim como também efeitos psicogênicos. A 
massagem promove efeitos anti-stress, com a finalidade de harmonização, 
balanceamento e vitalização do ser, possibilitando o circuito livre da energia 
vital. 
 Florais de Bach: Essências e emoções Os florais de Bach são 38 essências 
preparadas de flores e plantas silvestres do País de Gales, na Grã Bretanha. 
O resultado é uma solução hidroalcaólica diluída que não possui princípios 
químicos e sim energéticos. Os preparados normalmente são administrados via 
oral e não apresentam toxidade para as doses habituais. Seu poder de cura 
 
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descoberto pelo médico inglês Edward Bach (de 1926 a 1934) transmite um 
aspecto vibracional da natureza, que entra em ressonância com ocorpo, 
restaurando nosso equilíbrio mental e emocional, com determinadas 
frequências curativas sutis. 
 Cromoterapia: Vibração e equilíbrio A cromoterapia utiliza a luz e as cores em 
pontos específicos da pele através de um aparelho específico munido de 
lâmpadas e filtros coloridos no tratamento de desequilíbrios do indivíduo. São 
muitas as técnicas para usar a cor em terapia. O impulso emitido pela luz e 
pelas cores é transmitido às células e tecidos de todo o nosso organismo, 
agindo como ativador da reorganização do metabolismo celular, auxiliando a 
debelar irregularidades e corrigir perturbações funcionais. 
Esta vibração eletromagnética constitui um sistema de comunicação 
intracelular, que regula os processos biofísicos do corpo. 
Hidroterapia: Cura pela fluidez É a utilização da água aproveitando sua 
composição química, a energia vital presente na mesma e suas propriedades 
físicas (densidade, flutuabilidade, pressão hidrostática, refração e temperatura). 
Através da Hidroterapia é possível relaxar ou fortalecer o organismo, equilibrar 
o sistema circulatório, estimular o sistema imunológico e auxiliar na 
desintoxicação. 
Aromaterapia: Óleo essencial A aromaterapia é a utilização de óleos 
essenciais e seus princípios ativos com o objetivo de promover a saúde física e 
emocional. A aromaterapia utilizada através da inalação promove a 
estimulação do sistema nervoso central, o cérebro, a memória e a psique, pois 
induz a liberação de substâncias neuroquímicas, que podem ser sedativas, 
estimulantes ou relaxantes. 
Quando usados na pele, suas propriedades medicinais penetram nos poros 
atingindo a corrente sanguínea, o sistema linfático, chegando aos órgãos. Os 
 
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óleos possuem a capacidade de restabelecer o equilíbrio da mente e de todos 
os sistemas do corpo humano levando a sensação de bem estar. O médico 
francês Gattefossé (1920-1995) descobriu que os óleos essenciais contêm 
propriedades cicatrizantes, antivirais, antibacterianas, antifúngicas e anti-
sépticas e age como agente de transporte na entrega de nutrientes nas células 
do corpo. 
Arteterapia: Expressão e autoconhecimento A Arteterapia atua explorando 
problemas e potencialidades do indivíduo pela expressão e comunicação não-
verbal e desenvolve habilidades físicas, emocionais e/ou de aprendizagem 
através de experiências artísticas terapêuticas de linguagens variadas. 
Fitoterapia: Plantas medicinais É uma linha terapêutica baseada nos princípios 
ativos das plantas medicinais. As plantas medicinais podem ser utilizadas 
através de chás (infusão, maceração, decocção), tinturas, xaropes, unguentos, 
compressas, cataplasmas, cremes, pomadas, cápsulas. É uma modalidade 
terapêutica aplicada para diversos distúrbios do ser, porém para se utilizar a 
fitoterapia, é preciso observar alguns cuidados, como a dosagem adequada, 
sistemática do tratamento, procedência, colheita, armazenagem e qualidade da 
planta. – Geoterapia: Recursos minerais A geoterapia trabalha com argilas em 
pó de diversas cores, esterilizadas, para uso medicinal, cada uma com uma 
ação específica para cada tratamento. 
A argila é composta por elementos minerais diversos. Seus componentes 
químicos são benéficos ao nosso organismo, regulando e restaurando diversas 
funções orgânicas. 
Iridologia: Reflete o que tem dentro A Iridologia é uma ciência que reflete 
através da íris, toda a constituição, fragilidade e disfunções do organismo, 
sejam elas genéticas ou adquiridas. A iridologia baseia-se no princípio de que 
cada órgão do corpo tem uma correspondência na íris. Essa correlação, 
segundo os iridólogos, se origina ainda na fase embrionária, no período em que 
 
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todas as células do corpo estão se formando e derivam da mesma estrutura. 
Segundo Dr. Batello (1999), podemos entender os olhos como sendo uma 
extensão do próprio cérebro. 
Reflexologia: Reflexo do corpo inteiro A Reflexologia é uma Prática Natural 
que se baseia nos pontos reflexológicos de todo o corpo localizado nos pés e 
nas mãos, a fim de estimular o sistema de equilíbrio do organismo. O 
mecanismo de ação pelo qual a reflexologia age ao efetuar o estímulo ou a 
pressão, se caracteriza pela ação do estímulo nos receptores sensoriais da 
pele nas terminações nervosas livres ativando o equilíbrio dos órgãos e 
desbloqueando os plexos nervosos dos pés e das mãos. 
Trofoterapia: Sugestão alimentação saudável A trofoterapia consiste na 
utilização de alimentos de forma a prevenir doenças e restabelecer a saúde, As 
ciências da Nutrição e a Trofologia são diferentes. Enquanto a primeira se 
preocupa com a análise química e calórica dos elementos que compõem os 
alimentos, a segunda avalia a qualidade dos alimentos através de sua força 
vital. Em conseqüência disso, a trofologia compreende que os alimentos 
naturais, integrais e orgânicos (cultivados livres de adubos sintéticos e 
agrotóxicos), contêm todos os nutrientes e elementos biológicos que são 
necessários para a manutenção da vida. 
OMS estimula práticas integradas à medicina convencional 
A Organização Mundial de Saúde (OMS) reconhece que 80% da população 
dos países em desenvolvimento utilizam práticas tradicionais nos cuidados 
básicos de saúde. Deste universo, 85% utilizam plantas ou preparados. 
Neste sentido, a OMS recomenda a difusão mundial dos conhecimentos 
necessários ao uso racional das plantas medicinais e medicamentos 
fitoterápicos. O Brasil tem ampla tradição de uso das plantas medicinais e 
tecnologia para validar cientificamente este conhecimento. 
 
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41 Todos os direitos reservador - UNIET 
 
Além disso, em sua estratégia global sobre a medicina tradicional e a medicina 
complementar e alternativa a OMS ainda reforçam o compromisso de estimular 
o desenvolvimento de políticas públicas com o objetivo de inseri-las no sistema 
oficial de saúde dos seus 191 estados membros. 
Direitos e Deveres do Terapeuta Naturista, Complementar, 
Holístico. 
Princípios Fundamentais do Terapeuta: 
 1. Trabalhará para a promoção do bem estar do indivíduo, da coletividade e 
do meio ambiente, segundo o paradigma holístico (totalidade). 
2. Manterá constante desenvolvimento pessoal, profissional, espiritual, 
ampliando seu conhecimento científico, técnico e ético, através de supervisão, 
terapia, cursos e similares, estando apar de todas as atualizações de sua área, 
além de ser um eterno estudioso das ciências humanas. 
3. Usará em seus trabalhos, métodos os mais brandos e naturais possíveis, 
buscando catalisar o auto-equilíbrio da pessoa atendida, despertando-lhe os 
seus próprios recursos. 
4. Orientar-se-á, no exercício de sua profissão, pela Declaração dos Direitos 
Humanos, aprovada em 10/ 12/ 1948 pela Assembléia Geral das Nações 
Unidas. 
 
 
 
 
 
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42 Todos os direitos reservador - UNIET 
 
Direitos do Terapeuta: 
 
1. Exercer a profissão de sem ser discriminado por questões de raça, religião, 
sexo, nacionalidade, cor, opção sexual, idade, condição social ou situações 
afins. 
2. Utilizar-se de técnicas que não lhe sejam vedadas ou proibidas por "lei" 
federal, podendo, inclusive, fazer o uso de instrumentos e equipamentos não 
agressivos (pêndulos, aurameter, lanternas, bastão atlantes e outros), bem 
como produtos cuja comercialização seja livre, além de orientar a pessoa 
atendida através de aconselhamento profissional. 
3. Recusar a realização de trabalhos terapêuticos que, embora sejam 
permitidos por lei sejam contrários aos ditames de sua consciência e ética. 
4. Suspender ou recusar atendimentos, individuais ou coletivos, se o local não 
oferecer condições adequadas, ou se não houver remuneração condigna, ou 
ainda, se ocorreremfatos que, a seu critério, prejudiquem o bom 
relacionamento com a pessoa a ser atendida, impedindo o pleno exercício 
profissional. 
 Responsabilidades Gerais do Terapeuta. 
1. Assumir apenas trabalhos para os quais esteja apto, tecnicamente e 
legalmente; 
2. Zelar pela dignidade da categoria, recusando e indicando situações onde a 
pessoa atendida esteja sendo prejudicada; 
 
 
 
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43 Todos os direitos reservador - UNIET 
 
 
Ao Terapeuta é Terminantemente Proibido: 
 1. Usar títulos e/ou especialidades profissionais que não possua; 
2. Efetuar procedimentos terapêuticos sem o esclarecimento e conhecimento 
prévio da pessoa atendida ou de seu responsável legal; 
3. Desrespeitar as pessoas sob seus cuidados profissionais; 
4. Aproveitar-se de situações decorrentes do atendimento terapêutico para 
obter vantagens não éticas, físicas, emocionais, financeira ou religiosa; 
5. Quebrar o sigilo de seu cliente sob qualquer circunstância; 
6. Interferir na vida de seu cliente sem o conhecimento dos mesmos; 
7. Atendimento de clientes menores de 18 anos sem a presença dos pais ou 
responsáveis, ou se houver autorização escrita dos mesmos, devendo a 
autorização permanecer guardada. 
8. Intervir em qualquer tratamento de saúde com outros profissionais, este não 
deve ser interrompido, pois a Terapia Holística é sem contra-indicação e casa 
bem com qualquer outra forma de tratamento. Caso a pessoa atendida esteja 
tomando algum medicamento, a decisão de suspender ou continuar a usá-lo 
compete exclusivamente ao médico que o receitou e não ao Terapeuta. Este, 
simplesmente, poderá recomendar o acréscimo de algum produto natural como 
complementação ao seu trabalho. 
9. Aplicar técnicas quiroprática em áreas inflamadas ou lesões crônicas sem a 
autorização por escrito do médico responsável e/ou aplicar quiropraxia sem 
estar plenamente confiante em suas manobras. 
 
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10. Massagear áreas no corpo do cliente, que estejam com lesões, feridas pós-
cirúrgico (principalmente ocular) ou fragilidade óssea; 
11. A utilização do termo "paciente", pois designa pessoa que se submete a 
uma cirurgia ou está hospitalizada. Na Terapia Holística, o recomendável é 
"cliente", pois por definição traduz-se no indivíduo que confie seus interesses 
habitualmente a uma mesma pessoa. 
12. Devem evitar a expressão prescrever ou receitar e sim aconselhar e ou 
recomendar produtos fabricados só e unicamente laboratórios contendo na 
rotulagem todos os registros exigidos por lei, do Ministério da Saúde, com a 
indicação “Produtos Venda Livre”, conforme Portaria da Vigilância Sanitária nº 
02/1995. 
Nunca aconselhe ou recomende fórmulas enviadas em laboratórios sem os 
devidos registros do químico farmacêutico responsável, com exceção de 
essências florais. 
CUIDADOS A SEREM OBSERVADOS 
 Primeiramente é imperativo que seja evitado a utilização de práticas de cunho 
religioso como rezas, orações, simpatias e afins no desempenhar de sua 
prática terapêutica, por se tratar de atos de fé e não de ferramentas que 
compõe o arsenal terapêutico das técnicas de terapias naturistas e holísticas. 
Devemos observar que a cada dia as terapias holísticas deixam o campo do 
conhecimento popular e passam para o sítio da Medicina Bioenergética e das 
práticas de promoção de saúde e qualidade de vida, devidamente 
reconhecidas e respeitadas no meio científico vigente, como a exemplo da 
Fitoterapia que recentemente foi regulamentada pela ANVISA – Agencia 
Nacional de Vigilância Sanitária. 
 
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45 Todos os direitos reservador - UNIET 
 
É fato que o misticismo existe e permeia todas as coisas neste universo do 
qual fazemos parte, todavia o bom profissional deve saber diferenciar a técnica 
da crença, a razão da fé. 
O profissional que erroneamente insistir em descumprir esta norma de conduta 
deve saber que está voluntariamente se colocando numa posição de risco, pois 
o mesmo, a qualquer tempo, poderá ser enquadrado nos Arts. 283 e 284 do 
Código Penal, charlatanismo e curandeirismo respectivamente. 
Outra coisa que acontece erroneamente é o fato de convencionar como Dr. 
(doutor) todo o profissional médico ou de outras áreas da saúde como 
Psicólogos, Fonoaudiólogos e demais, pior ainda quando empregado para 
advogados e outros profissionais. 
Este costume popular expressa completa ignorância quanto à formação 
acadêmica de um profissional nas esferas da educação. 
Doutor é todo aquele profissional que cursou pós-graduação em Doutorado, 
assim como Mestre é todo aquele que cursou pós-graduação em Mestrado, 
Bacharel, da mesma forma é todo aquele que cursou Bacharelado, Especialista 
por sua vez é o que cursou Especialização e assim por diante. O médico que 
cursou apenas faculdade de medicina não é “doutor” e sim médico. 
Não é difícil ver profissionais diversos se apresentando como Dr., inclusive em 
materiais de divulgação como cartões de visita, prospectos e outros. 
Já vimos inúmeros cartões de visitas de nutricionistas, fonoaudiólogos, 
fisioterapeutas que diziam “Dr. Fulano de Tal”, o que é um erro. Erro este que o 
Terapeuta Naturista não deve incorrer, pois as demais profissões da área de 
saúde possuem Conselhos que as regulamentem (e defendem), já se 
estabeleceram, deixaram de ser ameaça a classe médica, tendo a termologia 
se tornado popular, passando para a esfera do direito adquirido e mesmo 
 
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46 Todos os direitos reservador - UNIET 
 
assim não é difícil estes profissionais recebendo visitas de Fiscais do CFM 
(Conselho Federal de Medicina) sob acusação de falso exercício da medicina, 
que dirá com os Terapeutas Holísticos que cometerem este deslize. 
Existe uma dificuldade de aceitação por partes de outros profissionais da área 
de saúde com relação às Terapias Holísticas, o que se torna até 
compreensível, uma vez que o ser humano é muito relutante a novidades e 
transformações. A Terapia Holística está em foco, por este motivo, utilizar o 
título de “Dr.” é no mínimo imaturidade, que poderá gerar sérios problemas 
futuros. 
Mantendo esta mesma linha de raciocínio: 
 Terapeuta não tem “CONSULTÓRIO”, mas sim “Espaço Terapêutico”. 
 Não usa “RECEITUÁRIO”, mas “Bloco de Orientação Terapêutica ou 
Recomendação”. 
 Não deve utilizar a palavra “DOENÇA”, mas “Disfunções ou Distúrbios 
Energéticos”, substituindo frases como, por exemplo: “Tratamento de 
doenças circulatórias” por “Tratamento de disfunções do sistema 
circulatório”. 
 Não empregar a palavra “CURA”, pois o classificaria como curandeiro, 
uma vez que cura é subjetivo e ninguém pode garantir que consegue 
curar outrem (nem mesmo médicos), ao invés disso, empregar a 
palavras “equilíbrio” ou “melhora dos sintomas”. 
 Terapeutas não fazem “DIAGNÓSTICOS”, mas “Diagnoses”. 
 Terapeutas não têm “PACIENTES”, mas sim “Clientes”. 
 Terapeutas não “PRESCREVEM”, e sim “Indicam” ou “Orientam” e, 
sobretudo, em hipótese alguma empregar a palavra “MEDICAMENTO” 
que até mesmo por uma questão de semântica sugere a presença de 
um MÉDICO, podendo substituir “MEDICAMENTO” por “Remédios”, 
“Extratos” ou “Essências”. 
 
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São cuidados simples, mas quando bem observados e seguidos podem evitar 
complicações desnecessárias. 
 TABELA DE TERMOS 
MÉDICO TERAPEUTA HOLÍSTICO 
 
Consultório Espaço Terapêutico 
Receituário Bloco de Orientação Terapêutica ou 
Recomendação 
Prescrição Indicação 
 
Orientação 
Medicamento Remédio, Extratos e Essências 
Diagnóstico Diagnose (iridologia, bioeletrografia e outros) 
Doenças Desequilíbrios e Disfunções 
 
Paciente Cliente 
 
Cura Equilíbrio (melhora de sintomas) 
 
 
 
 
 
 
Universidade

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