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TERAPIASINTEGRATIVAS E TÉCNICAS DE SPA-2

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G R A D U A Ç Ã O
DRA. LILIAN ROSANA DOS SANTOS MORAES
ESP. CAROLINE DOS SANTOS MELLO
ESP. VANESSA CAROLINA ARRUDA DE SOUZA BERNARDO
Terapias Integrativas 
e Técnicas de Spa
Híbrido
GRADUAÇÃO
Terapias 
Integrativas e 
Técnicas de Spa
Esp. Caroline dos Santos Mello 
Dra. Lilian Rosana dos Santos Moraes 
Esp. Vanessa Carolina Arruda de Souza Bernardo
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a 
Distância; MELLO, Caroline dos Santos; MORAES, Lilian Rosana 
dos Santos; BERNARDO, Vanessa Carolina Arruda de Souza.
Terapias Integrativas e Técnicas de Spa. Caroline dos Santos 
Mello; Lilian Rosana dos Santos Moraes e Vanessa Carolina Ar-
ruda de Souza Bernardo. 
Maringá-PR.: Unicesumar, 2020. 
120 p.
“Graduação - Híbridos”.
1. Terapias. 2. Integrativas. 3. Spa. 4. EaD. I. Título.
ISBN 978-85-459-2111-0
CDD - 22 ed. 615
CIP - NBR 12899 - AACR/2
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação
CEP 87050-900 - Maringá - Paraná
unicesumar.edu.br | 0800 600 6360
Impresso por:
Coordenador de Conteúdo Lilian Rosana dos Santos.
Designer Educacional Janaína de Souza Pontes.
Revisão Textual Cintia Prezoto e Erica Ortega.
Editoração Andre Morais, Isabela Belido e Lavignia 
Santos.
Ilustração Natalia Scalassara e Welington Vainer.
Realidade Aumentada Kleber Ribeiro da Silva e César 
Henrique Seidel.
DIREÇÃO UNICESUMAR
Reitor Wilson de Matos Silva, Vice-Reitor e 
Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos 
Silva Filho, Pró-Reitor Executivo de EAD William 
Victor Kendrick de Matos Silva, Pró-Reitor de
Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin, Presidente
da Mantenedora Cláudio Ferdinandi. 
NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Diretoria Executiva Chrystiano Mincoff, James 
Prestes e Tiago Stachon; Diretoria de Graduação
e Pós-graduação Kátia Coelho; Diretoria de 
Permanência Leonardo Spaine; Diretoria de 
Design Educacional Débora Leite; Head de 
Produção de Conteúdos Celso Luiz Braga de Souza 
Filho; Head de Metodologias Ativas Thuinie Daros; 
Head de Curadoria e Inovação Tania Cristiane Yoshie 
Fukushima; Gerência de Projetos Especiais Daniel 
F. Hey; Gerência de Produção de Conteúdos
Diogo Ribeiro Garcia; Gerência de Curadoria
Carolina Abdalla Normann de Freitas; Supervisão
do Núcleo de Produção de Materiais Nádila de
Almeida Toledo; Supervisão de Projetos Especiais
Yasminn Talyta Tavares Zagonel; Projeto
Gráfico José Jhonny Coelho e Thayla Guimarães
Cripaldi; Fotos Shutterstock
PALAVRA DO REITOR
Em um mundo global e dinâmico, nós trabalha-
mos com princípios éticos e profissionalismo, não 
somente para oferecer uma educação de qualida-
de, mas, acima de tudo, para gerar uma conversão 
integral das pessoas ao conhecimento. Baseamo-
-nos em 4 pilares: intelectual, profissional, emo-
cional e espiritual.
Iniciamos a Unicesumar em 1990, com dois 
cursos de graduação e 180 alunos. Hoje, temos 
mais de 100 mil estudantes espalhados em todo 
o Brasil: nos quatro campi presenciais (Maringá, 
Curitiba, Ponta Grossa e Londrina) e em mais de 
300 polos EAD no país, com dezenas de cursos de 
graduação e pós-graduação. Produzimos e revi-
samos 500 livros e distribuímos mais de 500 mil 
exemplares por ano. Somos reconhecidos pelo 
MEC como uma instituição de excelência, com 
IGC 4 em 7 anos consecutivos. Estamos entre os 
10 maiores grupos educacionais do Brasil.
A rapidez do mundo moderno exige dos 
educadores soluções inteligentes para as ne-
cessidades de todos. Para continuar relevante, a 
instituição de educação precisa ter pelo menos 
três virtudes: inovação, coragem e compromisso 
com a qualidade. Por isso, desenvolvemos, para 
os cursos de Bem-estar, metodologias ativas, as 
quais visam reunir o melhor do ensino presencial 
e a distância.
Tudo isso para honrarmos a nossa missão que é 
promover a educação de qualidade nas diferentes 
áreas do conhecimento, formando profissionais 
cidadãos que contribuam para o desenvolvimento 
de uma sociedade justa e solidária.
Vamos juntos!
BOAS-VINDAS
Prezado(a) Acadêmico(a), bem-vindo(a) à Co-
munidade do Conhecimento. 
Essa é a característica principal pela qual a 
Unicesumar tem sido conhecida pelos nossos alu-
nos, professores e pela nossa sociedade. Porém, é 
importante destacar aqui que não estamos falando 
mais daquele conhecimento estático, repetitivo, 
local e elitizado, mas de um conhecimento dinâ-
mico, renovável em minutos, atemporal, global, 
democratizado, transformado pelas tecnologias 
digitais e virtuais.
De fato, as tecnologias de informação e comu-
nicação têm nos aproximado cada vez mais de 
pessoas, lugares, informações, da educação por 
meio da conectividade via internet, do acesso 
wireless em diferentes lugares e da mobilidade 
dos celulares. 
As redes sociais, os sites, blogs e os tablets ace-
leraram a informação e a produção do conheci-
mento, que não reconhece mais fuso horário e 
atravessa oceanos em segundos.
A apropriação dessa nova forma de conhecer 
transformou-se hoje em um dos principais fatores de 
agregação de valor, de superação das desigualdades, 
propagação de trabalho qualificado e de bem-estar. 
Logo, como agente social, convido você a saber 
cada vez mais, a conhecer, entender, selecionar e 
usar a tecnologia que temos e que está disponível. 
Da mesma forma que a imprensa de Gutenberg 
modificou toda uma cultura e forma de conhecer, 
as tecnologias atuais e suas novas ferramentas, 
equipamentos e aplicações estão mudando a nossa 
cultura e transformando a todos nós. Então, prio-
rizar o conhecimento hoje, por meio da Educação 
a Distância (EAD), significa possibilitar o contato 
com ambientes cativantes, ricos em informações 
e interatividade. É um processo desafiador, que 
ao mesmo tempo abrirá as portas para melhores 
oportunidades. Como já disse Sócrates, “a vida 
sem desafios não vale a pena ser vivida”. É isso que 
a EAD da Unicesumar se propõe a fazer.
Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você 
está iniciando um processo de transformação, 
pois quando investimos em nossa formação, seja 
ela pessoal ou profissional, nos transformamos e, 
consequentemente, transformamos também a so-
ciedade na qual estamos inseridos. De que forma 
o fazemos? Criando oportunidades e/ou estabe-
lecendo mudanças capazes de alcançar um nível 
de desenvolvimento compatível com os desafios 
que surgem no mundo contemporâneo. 
O Centro Universitário Cesumar mediante o 
Núcleo de Educação a Distância, o(a) acompa-
nhará durante todo este processo, pois conforme 
Freire (1996): “Os homens se educam juntos, na 
transformação do mundo”.
Os materiais produzidos oferecem linguagem 
dialógica e encontram-se integrados à proposta 
pedagógica, contribuindo no processo educa-
cional, complementando sua formação profis-
sional, desenvolvendo competências e habilida-
des, e aplicando conceitos teóricos em situação 
de realidade, de maneira a inseri-lo no mercado 
de trabalho. Ou seja, estes materiais têm como 
principal objetivo “provocar uma aproximação 
entre você e o conteúdo”, desta forma possibilita 
o desenvolvimento da autonomia em busca dos 
conhecimentos necessários para a sua formação 
pessoal e profissional.
Portanto, nossa distância nesse processo de 
crescimento e construção do conhecimento deve 
ser apenas geográfica. Utilize os diversos recursos 
pedagógicos que o Centro Universitário Cesumar 
lhe possibilita. Ou seja, acesse regularmente o Stu-
deo, que é o seu Ambiente Virtual de Aprendiza-
gem, interaja nos fóruns e enquetes, assista às aulas 
ao vivo e participe das discussões. Além disso, 
lembre-se que existe uma equipe de professores e 
tutores que se encontra disponível para sanar suas 
dúvidas e auxiliá-lo(a) em seu processo de apren-
dizagem, possibilitando-lhe trilhar com tranquili-
dade e segurança sua trajetória acadêmica.
APRESENTAÇÃO
Caro(a) aluno(a), seja muito bem-vindo(a)! Este livro foi elaborado com 
muito carinho, pois além de ser uma forma de conversar com você, estu-
dante dos cursos da área da saúde e bem-estar, trata-sede um assunto muito 
prazeroso, tanto para quem já se atentou para as Práticas Integrativas e 
Complementares (PICs) quanto para quem está iniciando, por meio da dis-
ciplina de Terapias Integrativas e Técnicas de Spa, trazendo embasamentos 
para que você aplique, em sua prática clínica, técnicas que complementam 
seus protocolos.
Desta forma, iniciaremos a Unidade 1 contextualizando a importância das 
práticas integrativas como recursos terapêuticos para qualquer profissional 
da saúde, mostrando um pouco da trajetória histórica de algumas técnicas 
de tratamentos integrativos dentro da sociedade e sua importância para o 
profissional contemporâneo.
Na busca de recursos que promovam a melhora global do paciente, na 
Unidade 2, você verá o toque terapêutico, sendo discutidas técnicas ma-
nuais para serem aplicadas no alívio da dor, como massagens, osteopatia e 
quiropraxia, melhorando desordens no sistema locomotor.
Na Unidade 3, você conhecerá outras práticas, como a técnica de reflexo-
logia e suas áreas nos pés e nas mãos, para aplicar o recurso e produzir um 
equilíbrio energético. A execução do shiatsu é outra forma para restabelecer 
o corpo, proporcionando saúde e bem-estar para o paciente.
Dando sequência nas propostas de recursos terapêuticos para a qualidade 
de vida de seu cliente/paciente, na Unidade 4 veremos as técnicas que auxi-
liam no manejo do estresse, como a meditação, os recursos usados em spas, 
bambuterapia, pindas, massagem com lenços, geoterapia e os benefícios da 
água com o termalismo.
Conhecendo estas técnicas, você terá, em suas mãos, instrumentos po-
derosos para o êxito em seu trabalho, podendo oferecer o melhor para o 
seu paciente de forma simples e, muitas vezes, com um baixo custo, pro-
porcionando saúde aos que te procurarem e destacando-se no mercado 
de trabalho como um profissional promotor do bem-estar da sociedade.
Desejamos a você, caro(a) aluno(a), um excelente estudo e esperamos que 
tenha muito sucesso em sua carreira profissional com as PICs, pois são 
recursos de suma importância na saúde e qualidade de vida.
CURRÍCULO DOS PROFESSORES
Caroline dos Santos Mello 
Possui especialização em Biomecânica 2008, pela UFRJ; especialização em terapia Manual e 
drenagem linfática estética e pós-operatória (2004); graduação em Fisioterapia pela Univer-
sidade Estácio de Sá (2001) e formação no Método Pilates (2002). Possui curso de crocheta-
gem-técnica do gancho (liberação miofascial percutânea) (2016), formação e profissionalização 
em Yoga; método Restaurativo de Yoga e curso de Yoga para gestante. Cursando graduação 
em Educação física.
Currículo Lattes disponível em: http://lattes.cnpq.br/0004314039955498
Lilian Rosana dos Santos Moraes 
Possui mestrado em Distúrbios do Desenvolvimento, pela Universidade Presbiteriana Macken-
zie (2003); especialista em Docência no Ensino Superior, pela Unicesumar (2006); especialista 
em Morfofisiologia Aplicada à Educação e Reabilitação Osteoarticular e Neurológica, pela 
Universidade Estadual de Maringá (2002); bacharel em Fisioterapia, pela Faculdade Salesiana 
de Lins (2000) e Tecnóloga em Estética e Imagem Pessoal na UNOPAR (2016), na modalidade 
EAD. Doutoranda em Promoção da Saúde pela Unicesumar. 
Atualmente, é professora titular da Unicesumar, coordenadora do Curso Tecnólogo de 
Estética e Cosmética, Coordenadora do Curso Tecnólogo de Podologia e Coordenadora do 
Curso Tecnólogo em Terapias Integrativas e Complementares, sendo os três na modalidade 
EAD/Híbrido na Unicesumar. Coordenadora do Curso Tecnólogo em Estética e Cosmética da 
Unicesumar (2010 - 2019). Elaboradora de Questões para o Banco Nacional de Itens (BNI) 
da Educação Superior do Curso de Estética e Cosmética para o ENADE. Coordenadora dos 
Cursos de Podologia e Massoterapia do PRONATEC. Tem experiência na área de Morfofisio-
logia (Anatomia e Neuroanatomia), Patologia, Fisioterapia com ênfase em Neuropediatria e 
Educação Especial.
Currículo Lattes disponível em: http://lattes.cnpq.br/8428839515152168 
Vanessa Carolina Arruda de Souza Bernardo
MBA em Coaching Aplicado à Gestão de Pessoas (2020); Pós-graduada em Formação de 
Docência no Ensino Superior (2020) e Tecnóloga em Estética e Cosmética (2018), todos pela 
Unicesumar.
Empresária, mentora e treinadora na empresa Centro de Desenvolvimento Humano e Tec-
nológico (CDHT); escritora e palestrante, com foco em inteligência emocional e motivacional. 
Conhecimento em técnicas energéticas e restaurativas (emocionais). Master Coach Holístico 
- Terapeuta Holístico (2019) em Paranaguá. Formação em Programação Neurolinguística 
aplicada a Negócios (2019), em Maringá e Formação em Radiestesia (2019), em Paranaguá. 
Facilitadora Access The Bars (2017), em Maringá; 
Currículo Lattes disponível em: http://lattes.cnpq.br/5554716050104162
As Práticas 
Integrativas como 
Alternativa 
de Tratamento
13
Quiropraxia
41
Técnica de 
Tratamento por 
Meio de Estímulos 
em Áreas Reflexas
63
Técnicas de Spa
83
24 Os efeitos da meditação no 
Sistema Nervoso Central
Utilize o aplicativo 
Unicesumar Experience 
para visualizar a 
Realidade Aumentada.
PLANO DE ESTUDOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Dra. Lilian Rosana dos Santos Moraes 
• Contextualizar a importância das práticas integrativas como 
recursos terapêuticos para qualquer profissional da saúde.
• Conhecer a trajetória histórica das técnicas de tratamentos 
integrativos dentro da sociedade e sua importância para 
o profissional contemporâneo.
• Promover a educação, a atenção e o autocuidado para os 
pacientes, tornando-os protagonistas e corresponsáveis 
pela qualidade de vida.
A Importância das Práticas Integra-
tivas e Complementares (PICs)
Avanços das Práticas Integrativas 
e Complementares
A Promoção da Saúde de Forma 
Participativa e Holística
As Práticas Integrativas 
como Alternativa 
de Tratamento 
A Importância das 
Práticas Integrativas e 
Complementares (PICs)
Olá, caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a)! Nesta 
primeira unidade de nosso material didático, será 
abordada a relevância das Práticas Integrativas e 
Complementares para a melhora da qualidade 
de vida das pessoas, tanto de forma individual 
quanto coletiva. Nesta etapa, veremos que mui-
tas técnicas são ferramentas usadas a milhares 
de anos, entretanto, com a tecnologia do mundo 
contemporâneo, a troca de informações e a obser-
vação dos resultados positivos, quando adotamos 
estas técnicas como recursos dentro da saúde, isso 
fez aumentar o interesse por parte da população.
Outro segmento que também impactou foi as 
finanças públicas na área da saúde e da seguridade 
social, pois com a redução do estresse (meditação), 
melhora da alimentação (medicina ayurvédica), 
práticas de exercícios associados com a respira-
ção (yoga), aumento da consciência corporal e da 
qualidade dos relacionamentos (biodança, dança 
circular) e autoconhecimento (constelação fami-
liar), ocorre uma diminuição dos internamentos, 
da utilização de medicamentos e de afastamento 
do trabalho.
15UNIDADE 1
Mediante essa observação, o poder público 
inseriu, por meio da Política Nacional de Prá-
ticas Integrativas e Complementares (PNPIC), 
algumas Práticas Integrativas e Complemen-
tares no Sistema Único de Saúde (SUS), para 
oportunizar todas as pessoas a terem acesso 
às técnicas.
Então, vamos lá? Desejo a você bons estudos! 
Um Olhar para os Novos 
Recursos em Nossa Prática 
Profissional
Quebrar paradigmas em qualquer campo de atua-
ção profissional não é fácil. Quando se trata do 
âmbito da saúde, o cenário é o mesmo, pois como 
diz a famosa frase “em time em que está ganhan-
do, não se mexe”, ou seja, para quê vou modificar 
meu protótipo de tratamento, quando o trabalho 
que venho executando, na maioria dos casos, está 
dando certo, não é mesmo?
A explicação para esta pergunta poderia ficar 
mais fácil se eu respondesse que sim, mas quando 
se trata da qualidade de vida da população, não é 
tão simples, pois com a evolução das tecnologias, 
aumentam as evidências,por meio das pesquisas 
científicas, de que o modelo adotado, para a pre-
venção e promoção da saúde, em grande parte do 
mundo ocidental (local em que vivemos), não está 
sendo suficiente, e que a cada dia aumenta o nú-
mero de pessoas procurando formas alternativas ou 
complementares para tratamentos de patologias ou 
para um melhor estilo de vida.
Assim, nesta unidade, convido você a olhar 
para a profissão que está buscando neste curso (ou 
para a sua área de atuação, pois sei que muitos já 
trabalham na saúde), bem como a realidade em 
que vivemos, observando todas as oportunidades 
que o mundo atual nos proporciona.
Figura 1 - Aplicação da técnica de Reiki – uma Terapia Integrativa e Complementar
16 As Práticas Integrativas como Alternativa de Tratamento
Uma destas oportunidades é conseguir utili-
zar técnicas, tais como as Práticas Integrativas e 
Complementares (PICs) como ferramentas na 
atividade profissional, pois, atualmente, devido 
às comprovações científicas que podemos encon-
trar em várias pesquisas publicadas em revistas 
conceituadas, a sociedade pede estes recursos, 
pois vislumbram como novas experiências para 
o bem-estar.
Veremos que o aumento da demanda pelas 
PICs, no Brasil, vem acontecendo ao longo dos 
anos, mas muitos profissionais, conhecendo os 
benefícios que as técnicas podiam trazer para a 
saúde de seus pacientes, já aplicavam as terapias 
integrativas na década de 60, como único recurso 
de tratamento ou em conjunto com os protocolos 
convencionais.
Podemos verificar que estes profissionais da 
vanguarda, precursores na utilização das PICs no 
Brasil, entendiam que, quando algo gera valor em 
nossas vidas e naqueles que nos cercam (pacientes, 
familiares, amigos, parceiros de trabalho e outros), 
favorece as chances de desenvolvermos interesse 
pelo indicativo.
Por exemplo, quando acreditamos que apren-
der uma determinada técnica de tratamento 
beneficiará nossos pacientes, nossa dedicação e 
atenção voltadas para o tema aumentam consi-
deravelmente, até porque isso trará mais recursos 
financeiros, com aumento da cartela de clientes/
pacientes para a nossa práxis, com a repercussão 
do sucesso do tratamento.
Sendo assim, para desenvolvermos as habili-
dades necessárias para nos tornar competentes 
em qualquer área de atuação, é necessário nosso 
envolvimento. Este necessita de nosso empenho 
e tempo. Sabemos que a história é extremamente 
importante neste contexto, pois é por meio dela 
que conseguimos identificar muitos dos acon-
tecimentos que envolvem a nossa trajetória de 
vida. Desta forma, baseamo-nos na observação 
das experiências do passado (negativas e positi-
vas), para buscar recursos que ofereçam melhorias 
na qualidade de vida.
Evoluções Tecnológicas
Por meio da evolução da ciência, por meio das 
inovações e das tecnologias, surgiram vários re-
cursos que instrumentalizaram os profissionais 
contemporâneos. Em nossa área, por exemplo, 
obtivemos várias descobertas, muitas delas ini-
magináveis, quebrando protótipos, possibilitando 
diagnósticos e aumentando nosso leque de pro-
tocolos de tratamentos.
Além de surgirem modalidades diferentes 
para a promoção da saúde, conseguimos, por 
meio de equipamentos de alta precisão, mensu-
rar processos que antes não eram possíveis, como 
diagnosticar lesões físicas causadas por problemas 
emocionais (úlceras gastroesofágicas, hipertensão 
arterial, artrites e outros distúrbios causados pelo 
estresse). 
Com isso, técnicas de tratamento, como as 
PICs, passam a ter mais adeptos (profissionais e 
pacientes), pois ganharam esclarecimentos fun-
damentados em comprovações científicas, que 
antes eram por meio das observações empíricas 
(BRASIL, 2018b). 
17UNIDADE 1
Figura 2 - Técnicas de Terapias Integrativas e Complementares
Devido aos recursos tecnológicos, é possível 
quantificar resultados de algumas formas de tra-
tamentos, mensuradas até então de forma empí-
rica, credenciando técnicas e terapias que reali-
zam a integralização da atenção à saúde, como as 
Práticas Integrativas e Complementares (PICs), 
consideradas pela Organização Mundial da Saú-
de (OMS) como Medicina Tradicional e Com-
plementar/Alternativa (MT/MCA) que atende 
o indivíduo de forma holística (BRASIL, 2006a).
Esta creditação às PICs também foi favorecida 
quando aumentou a troca de informações entre os 
países, por meio do aumento das viagens (devido 
às novas formas de transportes – navio a vapor e 
as ferrovias), das telecomunicações e da internet, 
que permitiu a globalização por meio da demo-
cratização da comunicação, mostrando, para a 
população em geral, quantos resultados positivos 
as PICs alcançam (STIGLITZ, 2006).
Avanços das Práticas 
Integrativas e 
Complementares 
19UNIDADE 1
A Organização Mundial da Saúde (OMS), em 
2002, já apontava, em seus documentos, quais 
os problemas em que a sociedade acaba sendo 
exposta e que levam riscos à saúde, bem como 
o que devemos fazer para diminuir estes ris-
cos e promover uma vida mais saudável, indo 
na direção da promoção da saúde (BRASIL, 
2006a).
Observando este direcionamento, as Políticas 
Públicas que norteiam a garantia dos direitos da 
população brasileira à qualidade de vida inicia-
ram a implantação de ações do poder público 
para desenvolver o hábito da prevenção, pro-
moção, manutenção e recuperação da saúde, 
baseada em um modelo de atenção humanizada.
Uma destas ações foi a criação da Política 
Nacional de Práticas Integrativas e Complemen-
tares (PNPICs), que contribuiu para o fortaleci-
mento dos princípios fundamentais do SUS, no 
sentido de universalizar qualidade de vida com 
acesso às ações e serviços para manter a saúde 
e a equidade, diminuindo desigualdades entre 
a população, principalmente quando se trata de 
pessoas em situação de vulnerabilidade. 
Figura 3 - Tratamentos Alopáticos e Homeopáticos 
Partindo do pressuposto que esta legislação 
considera que as demandas em saúde devam 
abranger o indivíduo como um todo, é impor-
tante que nós, profissionais da saúde, estejamos 
sempre atentos à integração de ações, incluindo 
a promoção da saúde, a prevenção de doenças, o 
tratamento e a reabilitação. 
O direito à saúde, dentro do poder público, 
para manter a integralidade do indivíduo, depen-
de da articulação de vários setores. As políticas pú-
blicas ajudam a assegurar a relação entre as mais 
diferentes áreas, para que reverberem na melhora 
da qualidade de vida da população. Nesse sentido, 
a oferta das PICs deve ser entendida como mais 
um passo para o processo de implantação do SUS 
de forma justa e solidária.
Este documento veio de encontro com as refle-
xões de quais são as necessidades para promover 
e garantir a integralidade na atenção à saúde. O 
Ministério da Saúde apresenta a Política Nacio-
nal de Práticas Integrativas e Complementares 
(PNPIC) no SUS, cuja implementação envolve 
justificativas de natureza política, técnica, econô-
mica, social e cultural.
Políticas Públicas Regulamenta as PICs
20 As Práticas Integrativas como Alternativa de Tratamento
Esta política atende, sobretudo, à necessidade 
de se conhecer, apoiar, incorporar e implementar 
experiências que já vêm sendo desenvolvidas na 
rede pública de muitos municípios e estados, entre 
as quais se destacam aquelas no âmbito da medi-
cina tradicional chinesa/acupuntura, da homeo-
patia, da fitoterapia, da medicina antroposófica 
e do termalismo/crenoterapia (BRASIL, 2006a).
Com esta legitimação social, as PICs, no Brasil, 
foram introduzidas em nosso Sistema Único de 
Saúde (SUS) pela PNPIC, por meio da Portaria 
nº 971/GM/MS, de 3 de maio de 2006, com cinco 
técnicas de tratamento, que aumentaram, em 27 
de março de 2017, para mais 14 práticas e, em 
2018, incluídas mais 10, como pode ser observado 
no Quadro 1 (BRASIL, 2018a).
Quadro 1 - Portarias da inserção das práticas integrativas e complementares no Sistema Único de Saúde
POLÍTICA NACIONAL DE PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES
Portaria nº 971, de 03 maio de 
2006
Portaria nº849, de 27 de março 
de 2017
Portaria nº 702, de 21 março de 
2018
Medicina Tradicional Chinesa – 
Acupuntura, Homeopatia, Plantas 
Medicinais e Fitoterapia, Terma-
lismo – Crenoterapia, Medicina 
Antroposófica
Arteterapia, Ayurveda, Biodança, 
Dança Circular, Meditação, Musi-
coterapia, Naturopatia, Osteopa-
tia, Quiropraxia, Reflexoterapia, 
Reiki, Shantala, Terapia Comuni-
tária Integrativa, Yoga
Aromaterapia, Apiterapia, Bioe-
nergética, Constelação Familiar, 
Cromoterapia, Geoterapia, Hip-
noterapia, Imposição de Mãos, 
Ozonioterapia, Terapia de Florais
Fonte: adaptado de Brasil (2006b), Brasil (2017) e Brasil (2018c).
Com a criação da Portaria nº 971, em 2006, e com 
a elaboração das outras duas (nº 849 e nº 702), em 
2017 e 2018, contamos, atualmente, em nosso país, 
com 29 técnicas integrativas e complementares, 
consideradas promotoras da saúde, dentro do Sis-
tema Único de Saúde (DEUS, 2016).
Sabemos que o debate sobre as práticas inte-
grativas e complementares no Brasil iniciou no 
final da década de 70, com a declaração da Alma 
Ata, e nos anos 80, com a 8ª Conferência Nacio-
nal de Saúde. Contudo, em 1956, a Dra. Gudrun 
Kröekel Burkhard, formada pela Universidade de 
São Paulo - USP, já iniciava seu trabalho na cidade 
de São Paulo, com a medicina antroposófica, por 
meio de suas experiências durante sua formação 
na Suíça (BRASIL, 2008). 
Esta prática integrativa (Medicina Antropo-
sófica-MA) foi reconhecida por meio do Parecer 
21/93, do Conselho Federal de Medicina, em 23 
de novembro 1993, sendo considerada, devido à 
forma de aplicação de sua prática, modelo de aten-
ção transdisciplinar, pois busca a integralidade do 
cuidado em saúde do indivíduo. 
Para o Ministério da Saúde, as Práticas Integra-
tivas e Complementares (PICs) são ferramentas 
que usam técnicas tradicionais de tratamentos ou 
estilo de vida, como a medicina chinesa e a ayur-
védica, com o intuito de prevenir doenças con-
sideradas como um problema de saúde pública 
no Brasil, como diabetes, hipertensão, obesidade 
e depressão, amenizando o sofrimento de forma 
paliativa em algumas doenças crônicas e, prin-
cipalmente, promovendo a saúde da população.
Sendo assim, aqueles que estão entrando agora 
nesta profissão ou os que já atuam devem estar 
atentos aos recursos que podem deixar nossos 
atendimentos com menor custo, universalizando e 
oportunizando a saúde, principalmente da popu-
lação em vulnerabilidade, permitindo igualdade e 
equidade (RODRIGUES; KLEIN, 2016).
21UNIDADE 1
O Olhar do Profissional da Saúde para Protocolos 
Reformulados com Técnicas Milenares
 Este crescente direcionamento na busca pelas PICs se dá devido à necessidade de estarmos vinculados 
a práticas mais naturais, que não causam efeitos colaterais em nosso organismo, como alguns produtos 
de higiene pessoal, que possuem concentrações de metais pesados e podem causar malefícios, e pelo 
crescimento de pessoas acometidas por doenças crônicas e interessadas em tratamentos abrangendo o 
cuidado do indivíduo por completo, com custos menores que tratamentos chamados de convencionais, 
tradicional, clássica ou alopáticos (DRAELOS, 1991).
Figura 4 - O óleo misturado com ervas também é usado para realizar massagem, sendo chamada de Abhyanga (forma de 
medicina ayurvédica) 
No entanto, segundo Lima et al. (2018), como especialista do bem-estar, sabemos que é importante 
a nossa orientação aos pacientes que estão realizando algum tratamento alopático ou tradicional, de 
não excluir a medicina convencional, pois as PICs darão suporte para que o paciente tenha melhor 
qualidade de vida (pois elas aumentam a tranquilidade, autocontrole, qualidade do sono, entre outros). 
22 As Práticas Integrativas como Alternativa de Tratamento
Profissional da saúde promove melhorias na qualidade 
de vida antes de prevenir ou tratar as doenças 
cance com um cliente e o problema permanece, pois talvez aquele 
caso não deva ser tratado com técnicas que estejam dentro do 
conjunto de protocolos do nosso conhecimento. 
Assim, as PICs são oportunidades para qualquer profissional 
ligado à saúde, compilando os recursos mais adequados para seu 
paciente, como a reflexoterapia manual ou podal, que pode ser 
aplicada como um elemento do processo curativo do nosso próprio 
organismo, sendo de baixo custo, seguro e natural, pois usamos 
somente a técnica mediante nossas mãos. 
Em alguns casos, a médica Myers (2016) reforça que as terapias 
integrativas e as técnicas usadas em spas podem ser usadas como 
tratamentos paliativos em algumas doenças crônicas, como no 
caso de patologias autoimunes, permitindo maior integralidade e 
resolutividade da atenção à saúde.
Como um promotor da saúde, 
temos que ganhar a confiança 
de nossos pacientes e não en-
carcerá-los aos nossos cuida-
dos, tornando-os nossos reféns. 
Durante estes dezenove anos de 
caminhada profissional, entre a 
docência e a clínica, vejo muitas 
pessoas sofrerem, pois não con-
seguem cura para problemas 
relativamente simples, como 
dermatites, onicomicoses, do-
res de cabeças, obesidades de 
fundo emocional, estresses e 
outros.
Será que nossa prática clí-
nica está sendo eficiente com 
todos os casos que chegam 
aos nossos consultórios? Não 
evoluímos com alguns pacien-
tes porque não conseguimos 
chegar ao diagnóstico ou está 
havendo falha no processo de 
orientação de nossa parte em 
relação aos nossos pacientes/
clientes? Caso, às vezes, a res-
posta seja a segunda opção, aca-
bamos fidelizando o cliente de 
forma patológica, não promo-
vendo realmente sua melhora 
e qualidade de vida. 
Keet (2011) exemplifica que, 
na maioria das vezes, casos de 
pacientes com prognósticos po-
sitivos, mas que não evoluem 
devem ser repensados. Muitas 
vezes, esgotamos todos os re-
cursos que estão ao nosso al-
Figura 5 - Massagem nos pés como recurso terapêutico para aliviar transtornos 
físicos e psíquicos
23UNIDADE 1
Outras descobertas por meio da cientificidade, qualificaram, aos olhos de populações leigas, muitas 
práticas consideradas milenares, como técnicas indianas (Yoga e Meditação), usadas como estilo de 
vida para evitar lesões físicas daqueles que executam e também manter harmonia, serenidade, autoco-
nhecimento e equilíbrio, evitando transtornos como ansiedade, contribuindo, assim, para um estímulo 
de hábitos saudáveis (SIEGEL, 2010).
A prática de yoga, por exemplo, veio para o ocidente no final do século XIX, quando foi criado o Grupo 
Independente de Estudos Esotéricos, em Montevidéu, mas segundo De Rose (1985), foi somente por meio 
das evidências benéficas no organismo humano, demonstradas de forma quantitativa e qualitativa, me-
diante pesquisas randomizadas, que a sua prática ganhou mais repercussão e, consequentemente, adeptos. 
Segundo Barros et al. (2014), o professor David Eisenberg coordenou uma pesquisa sobre o yoga na 
vida de 31.044 pessoas, nos Estados Unidos, e verificou que, entre os anos de 1992 até 2002, houve um 
aumento de praticantes na população americana de 3,7% para 5,1%, que corresponde a 10,4 milhões 
de adultos. As três indicações médicas para a realização da técnica foram problemas ligados ao sistema 
locomotor (musculoesqueléticos), saúde mental e a asma, sendo observado que os praticantes são, na sua 
maioria, mulheres com formação universitária, apresentando idade média de 39.5 anos e da raça caucásica.
Figura 6 - Prática de yoga é um dos recursos muito usados para diminuir o estresse do mundo contemporâneo
Cunha (2011) relata que, no Brasil, esta técnica começa a ser ensinada no início do século XX, por Léo 
Costet de Mascheville, francês que funda grupos de praticantes em várias cidades. O Yoga, por meio do 
aumento do número de adeptos, entra nas práticas integrativas e complementares do SUS, em 2018.
Devido aos benefícios relatados em vários artigos científicos, Siegel (2010) destaca a promoção da saúde 
de pessoas que praticam o Yoga dentro do ambiente de trabalho, ajudando no cuidado ao corpo/mente no 
dia a dia. Este sugere a técnicacomo prática laboral ou como parte da rotina de trabalho, principalmente 
se for executada em lugares abertos e em contato com a natureza, pois fazemos parte do meio ambiente.
Recentes pesquisas relatam que quando o indivíduo tem a oportunidade de conviver com a natureza 
de forma harmoniosa, podendo praticar exercícios e contemplar as maravilhas da natureza, muitos be-
nefícios são agregados à vida dos praticantes, até mesmo mudanças do comportamento genético, sendo 
os arquétipos parte desta herança (QU et al., 2013).
24 As Práticas Integrativas como Alternativa de Tratamento
Quando iríamos imaginar que 
a ciência conseguiria explicar, 
mediante investigação, que 
nossa herança genética poderia 
ser alterada por meio de nossos 
hábitos e experiências de vida?
Investigadores examina-
ram 10 participantes, que fi-
zeram um retiro de yoga por 
uma semana. Além do yoga, 
realizaram meditação e exer-
cícios de respiração. Ao exa-
minarem o sangue dos partici-
pantes antes e após as sessões 
de quatro horas, foi verificado 
que a prática de yoga mudou a 
expressão de 111 genes de cé-
lulas do sistema imunológico 
(QU et al., 2013).
Segundo Qu et al. (2013), 
esta mudança acaba sendo 
expressiva, pois, na mesma 
pesquisa, a utilização de téc-
nicas de relaxamento no cami-
nhar, com a escuta de música 
DNA
Histona
Nucleossomo
Cromossomo
Figura 7 - Histonas 
(tranquila) muda somente 38 genes. Estas evidências crescentes 
implicam na resposta imune com os atuais estudos focados 
em marcadores imunológicos de proteínas, sendo observado a 
epigenética (MODY, 2018).
As heranças genéticas, que não alteram a sequência de DNA, 
são pesquisadas na epigenética, como já comentado anterior-
mente, um ramo relativamente novo da ciência médica, que 
explica muitos resultados das práticas integrativas na vida hu-
mana. Os praticantes mais antigos das PICs, tanto do Oriente 
quanto do Ocidente, sempre recomendaram as técnicas, com 
enfoque preventivo, pois elas atuam no organismo, influencian-
do o corpo e a mente.
Você sabia que a epigenética explica, cientificamente, os Arquéti-
pos? Um arquétipo é uma forma de caracterizar pensamentos ou 
sentimentos sobre algo, sendo inconsciente. Este é modificado por 
meio de sua conscientização e percepção, variando de acordo com 
a consciência individual na qual se manifesta. Com isso, por meio 
das experiências de nossos pais ou antepassados, mesmo que não 
tenhamos vivenciado uma determinada situação, reagimos a ela 
da mesma maneira que nossos progenitores, devido à epigenética. 
Fonte: adaptado de Jung (2000).
Os efeitos da meditação no Sistema 
Nervoso Central
25UNIDADE 1
A aplicação das PICs em nosso cotidiano influen-
cia nossas vidas de maneira positiva, podendo 
ser vistos os seus benefícios em nossos genes 
por meio dos estudos na epigenética. No livro do 
psiquiatra suíço Carl Gustav Jung (1875-1961), 
citado a seguir, você pode se aprofundar mais 
sobre o conhecimento dos arquétipos. 
Com esta leitura, muitos acabam quebrando 
paradigmas, e a intenção aqui é esta: repensar-
mos nossos atos, atividades e maneira de olhar 
a vida como um todo. 
Saiba mais em: JUNG, C. G. Os Arquétipos e o 
Inconsciente Coletivo. Petrópolis: Vozes, 2000.
Por meio dos estudos sistematizados, os co-
nhecimentos chamados como “sabedoria dos 
antigos” chegaram a um denominador comum 
com as novas descobertas, demonstrando que 
práticas utilizadas em alguns países a milhares 
de anos, como Tal chi chuan, meditação e outras 
podem ter efeitos positivos em nosso corpo em 
algumas disfunções importantes, como a hi-
pertensão, sendo uma disrupção para muitos 
cardiologistas, que passaram a receitar para seus 
pacientes/clientes práticas como o yoga e a me-
ditação como recurso para diminuir o estresse 
e a pressão arterial.
Pesquisadores de vários países, devido às des-
cobertas positivas, por meio de ferramentas de 
alta tecnologia que existe atualmente, dedicam-
-se aos estudos dos efeitos das PICs em nosso 
metabolismo. E agora, neste período da quarta 
revolução industrial, a inteligência artificial per-
mite achados intrínsecos, como pode ser visto nos 
trabalhos do pesquisador Fahri Saatcioglu, que 
encontrou alteração genética em seus resultados.
O professor Saatcioglu trabalha no departamen-
to de biociência molecular da Universidade de Oslo, 
na Noruega. Ele conseguiu evidenciar, pela primeira 
vez, por meio do resultado de suas pesquisas, efeitos 
(terapêuticos) da prática do Yoga sobre o sistema 
imunológico a nível molecular e a resposta de rela-
xamento do sistema nervoso parassimpático. Atual-
mente, seu engajamento é sobre os benefícios da 
prática em pacientes com câncer (POLETTO, 2017).
Os benefícios são tantos que existem centros 
de tratamentos contra o câncer e outras patologias 
que implantaram a prática de yoga como um dos 
recursos terapêutico dentro dos vários programas, 
ofertados nestes espaços. Esta é, definitivamente, 
uma maneira de acolher o paciente de forma mul-
tifatorial (SOUSA; BARROS, 2018). 
As Práticas Integrativas 
desde a Antiguidade
Nossos ancestrais deixaram registros em cavernas, 
papiros e outras formas de documentos históricos 
que nos permitem observar o uso de recursos, 
como plantas, óleos essenciais, massagens e ou-
tras técnicas como formas de tratamentos desde 
tempos remotos, sendo algumas consideradas 
milenares, como a medicina tradicional chinesa. 
Segundo Mattos (2019), a medicina chinesa 
pode ser considerada uma das técnicas mais an-
tigas, de cuidado da saúde do homem, podendo 
ter surgido até mesmo antes das primeiras es-
critas, pois por meio de escavações, foram en-
contrados o uso de pedras afiadas como uma 
agulha, para tratamentos de abscessos e estímulo 
de áreas do corpo. 
Shengxing e Gan (2006), em um de seus li-
vros, descreve que durante o período neolítico, 
acelerou o desenvolvimento da medicina local, 
pois no século III a.C., com o progresso da meta-
lurgia, as técnicas são aprimoradas, como a subs-
tituição da pedra por metais para confeccionar 
agulha (bronze, ferro, prata e ouro).
26 As Práticas Integrativas como Alternativa de Tratamento
Figura 8 - Diluição em homeopatia
Outro resquício sobre as PICs é encontrado 
nos livros de Ibn Sina, conhecido como Avicena 
(980-1037) no ocidente, pois este considerava 
que para estar saudável era necessário que as 
condições físicas, emocionais e mentais do in-
divíduo estivessem em harmonia com o meio 
em que vivia (HEGENBERG, 1998). 
Para Azevedo (1996), este polímata acaba 
sendo fonte inspiradora para o desenvolvimen-
to de florais brasileiros; por meio de sua obra 
“Cânone da Medicina”, Avicena quebra paradig-
mas dos pensadores ocidentais da Idade Média, 
com as ideias aristotélicas influenciadas pelo 
pensamento de Platão e foi a base para o co-
nhecimento médico durante centenas de anos. 
A Homeopatia, porém, é considerada uma 
técnica de tratamento já enunciada por Hipó-
crates, no séc. IV a.C., e desenvolvida pelo ale-
mão Samuel Hahnemann no séc. XVIII, sendo 
considerada por Gillman (2018), a modalidade 
da Medicina Alternativa e Complementar mais 
antiga da Europa, apesar do autor ressaltar que 
Da mesma forma que somos, muitas vezes, resis-
tentes ou descrentes em relação a possibilidades 
de cura por meio de alguma técnica de trata-
mento, a medicina chinesa também foi desvalo-
rizada dentro do seu próprio país devido a uma 
epidemia que acometeu a população em 1910, 
na Manchúria, espalhando pneumonia. Assim, 
o governo imperial inseriu os conhecimentos da 
ciência ocidental e passou a adotar o modelo oci-
dental para a saúde pública, como pode ser lido 
na íntegra no artigo Medicina chinesa/ acupuntura: 
apontamentos históricos sobre a colonização de 
um saber. Disponível em: http://www.scielo.br/
pdf/hcsm/v25n3/0104-5970-hcsm-25-03-0841.
pdf. Acesso em: 10 fev. 2020.
http://www.scielo.br/pdf/hcsm/v25n3/0104-5970-hcsm-25-03-0841.pdf
http://www.scielo.br/pdf/hcsm/v25n3/0104-5970-hcsm-25-03-0841.pdf
http://www.scielo.br/pdf/hcsm/v25n3/0104-5970-hcsm-25-03-0841.pdf27UNIDADE 1
não se possa comparar a antiguidade da ho-
meopatia com a medicina chinesa ou indiana.
Esta prática é originária do grego, homoios 
(semelhante) + pathos (doença), que se baseia 
no princípio “semelhante cura semelhante”, 
sendo comparada pela autora com a prática 
da vacina, pois estimula os processos de cura 
do próprio organismo por meio do sistema 
imunológico, para tratar uma determinada 
patologia.
O médico alemão que criou a Homeopatia 
iniciou seus estudos sobre a cura de doenças 
por meio da diluição de substância que produz 
os sintomas em indivíduos saudáveis, em 1796. 
Contudo, foi em 1840 que esta prática chegou 
em nosso país, por meio do médico Benoit Jules 
Mure.
As mãos como antigos 
recursos terapêuticos 
Você sabe que o toque com as mãos é um re-
curso valioso em várias terapias, permitem, por 
meio de técnicas, melhorar condições de vida 
das pessoas. Registros antigos retratam que há 
mais de 2.500 anos a.C. os egípcios já demons-
travam o uso de massagens nos pés em pinturas 
arqueológicas. Sendo assim, acredita-se que a 
técnica de reflexologia tenha sido usada, pri-
meiro, por esta população e, mais tarde, pelos 
budistas indianos e os chineses (KEET, 2011; 
HANG; KUABARA, 2007). 
Contudo, foi na china que a reflexologia foi 
mais valorizada, sendo aplicada até os dias de 
hoje. Os chineses, segundo Hang e Kuabara 
(2007), deixaram escrituras antigas detalhando 
o conhecimento sobre a relação dos pontos de 
reflexão encontrados em partes do corpo, mas 
o Imperador da nova dinastia Quin (260-210 
a.C.) mandou queimar todos os livros antigos. Figura 9 - Aplicação da Técnica de Shiatsu
28 As Práticas Integrativas como Alternativa de Tratamento
Outra técnica de tratamento antiga é a Quiropraxia, desenvol-
vida pelo canadense Daniel David Palmer, em 1865, cujo termo 
significa “prática com as mãos”. Esta técnica, segundo Santos (2008), 
tem a função de prevenir, diagnosticar e tratar alterações do sis-
tema neuromusculoesquelético, por meio da manipulação para 
desbloquear vértebras.
Ainda no século XlX, Andrew Taylor Still desenvolveu outra 
terapia manual, nomeada como Osteopatia “osso” e pathos, “doença”. 
Este fundamenta a técnica comparando o corpo humano a uma 
máquina, que trabalha adequadamente se todos os seus elementos 
estão trabalhando corretamente (de forma holística), sendo assim, 
Still acreditava que nós devemos ser tratados como um todo, ou 
seja, corpo, mente e espírito, utilizando técnicas de mobilização e 
manipulação articular, bem como de tecidos moles.
A osteopatia é uma técnica que pode diagnosticar e tratar 
utilizando recursos manuais, sendo extremamente importante o 
conhecimento profundo de anatomia e fisiologia humana, para 
permitir o reequilíbrio das funções do organismo e do funciona-
mento do corpo humano.
O Shiatsu também utiliza os recursos das mãos do terapeuta (mais 
precisamente os dedos), para tratar de seus pacientes/clientes, que 
realiza pressões com os dedos ao longo do corpo do paciente. É devido 
a esta forma de aplicação que originou seu nome; no japonês significa 
shi, “dedos” + atsu, “pressão” (NAMIKOSHI, 1992).
 Esta técnica surgiu no final do século XIX e início do século 
XX, segundo Lundberg (1998), sendo desenvolvida por Tamai Tem-
peki, que ensinou para o considerado pai da prática moderna de 
Shiatsu, Tokujiro Namikoshi, ambos japoneses. Ele foi reconhecido 
oficialmente pelo governo japonês no século XX, sendo construída, 
por meio das práticas, as tradições filosóficas, marciais e religiosas 
praticadas na época.
A Reflexoterapia, conforme já foi citada anteriormente, utiliza tam-
bém a aplicação de pressão realizada com as mãos/dedos do terapeuta 
nos pés, mãos ou nas orelhas do paciente, que reflete efeito em outra 
parte do corpo. A técnica foi criada pelo médico americano William 
Fitzgerald (1872–1942), iniciando a reflexologia a partir de suas ob-
servações no Hospital St. Francis de Connecticut (Estados Unidos). 
Esta etnografia no hospital, realizada por William Fitzgerald, reu-
niu informações até então conhecidas. Descobriu a possibilidade do 
corpo ser dividido em dez zonas verticais, as quais, por sua vez, cor-
respondem aos dez dedos dos pés e das mãos - Teoria da Zonoterapia. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Connecticut
Diante disso, Otani e Barros (2011) relatam que, 
no mundo, as PICs são usadas a milhares de anos 
e que, desde a década de 60, percebe-se um grande 
aumento de profissionais e pacientes, que procu-
ram praticar outros modelos de cuidado e cura 
no Brasil, pensando no indivíduo como um todo. 
Estas técnicas de tratamento ou práticas integra-
tivas são adotadas, muitas vezes, como estilo de 
vida, devido aos resultados positivos que alcança.
Com o passar do tempo, as técnicas usadas 
para o cuidado da saúde mudaram bastante, se-
guindo os costumes e a cultura de cada época, 
com maiores mudanças a partir do momento em 
que os homens começaram a documentar e a sis-
tematizar os tratamentos, conseguindo observar 
quando um determinado protocolo estava tendo 
resultados satisfatórios ou não.
A Promoção da Saúde 
de Forma Participativa 
e Holística
30 As Práticas Integrativas como Alternativa de Tratamento
O Autocuidado e a Corresponsabilidade para o Equilíbrio 
É importante, como profissionais da saúde, que sejamos precursores da promoção da saúde, ensinando nos-
sos pacientes, de maneira simples, como ser o protagonista de sua vida, para alcançar qualidade e bem-estar.
O modelo de cuidado com a saúde é o ocidental, biomédico, o qual apresentou fantásticas soluções 
para problemas da saúde e doença. No entanto, há algumas décadas, tem sido fonte crescente de insa-
tisfação da população, devido à sua dicotomia do cuidado e à superespecialização nas diversas áreas 
da medicina, sem educar a população para a prevenção e qualidade de vida (BARROS, 2002). 
Nós, profissionais que dedicamos nosso tempo para melhorar, a cada dia, a qualidade de vida da 
população e dos pacientes que nos procuram, necessitamos de aprimoramento contínuo, pensando 
em nossos clientes de forma holística e individual, sendo encontrado no mercado diversos cursos para 
capacitação no seguimento da saúde, beleza e bem-estar.
Encontramos, no mercado para o consumo, técnicas, manobras, protocolos e insumos novos (produ-
tos, equipamentos e outros), que prometem, muitas vezes, resultados milagrosos, em várias áreas da 
saúde, sendo necessário que você tenha conhecimento prévio, para não ser induzido ao erro, por pes-
soas ou empresas que visam somente lucro, comprando cursos, equipamentos e produtos ineficazes.
Meditar é preciso - Mindfulness
O autoconhecimento é extremamente importante 
para o segmento da saúde, pois a melhor pessoa para 
saber de nossas angústias e dores somos nós mesmos! 
Fazer reflexões de nosso cotidiano (passado, presente 
e futuro) permite que tenhamos maior consciência 
de nossas limitações e potencialidades, permitindo 
oportunidade para melhorar.
 Quando falamos em autognose para melhorar 
a qualidade de vida, podemos indicar para nossos 
pacientes/clientes e para a nossa prática diária a me-
ditação, que é o treinamento da concentração para 
evitar distrações e focar em metas e objetos das nos-
sas vidas, com o intuito em alcançar um estado de 
clareza mental e emocional.
Os pesquisadores classificam a meditação pela 
forma como os praticantes realizam a concentração e 
a atenção; esta pode ser descrita das seguintes formas: 
a Atenção Focada, Monitoramento Aberto (Open 
Monitoring) e Autotranscendência Automática.
Figura 10 - Prática de meditação ao ar livre
31UNIDADE 1
Esta pode ser aplicada ou praticada focando a concentração voluntária em 
um objeto, podendo ser a respiração, uma imagem, em palavras (mantras), 
uma parte do corpo, um objeto externo ou uma emoção. Com a prática, a 
capacidade em manter a atenção no objeto escolhido vai ficando cada vez 
melhor, diminuindo as distrações.
Meditação: Atenção Focada
Nesta modalidade de meditação, em vezde focar a atenção em um objeto, 
deve ser mantido o pensamento aberto. Tudo que passar pela nossa mente 
durante a prática (lembranças, pensamentos, emoções, sentimentos) ou 
ao nosso redor, como som, cheiro, vento e outros, devem ser imaginados 
como são, sem julgamentos. A Mindfulness (traduzida como “atenção ple-
na”) é caracterizada como este tipo de meditação. 
Meditação: Monitoramento Aberto
Nesta, a atenção não está focada em nada, ela deve estar em si, com tran-
quilidade, sendo chamado de consciência sem escolha, pois o objeto de 
foco e o processo de acompanhamento durante a prática é apenas uma 
forma para treinar a mente, para que os estados mais profundos da cons-
ciência possam ser descobertos. Para este tipo de meditação, é necessária 
formação prévia para que a pessoa consiga a concentração. 
Meditação: Autotranscendência Automática
Bem, podemos verificar que a saúde exige a participação ativa de todos os sujeitos envolvidos em sua 
produção, não só os trabalhadores da área. Devemos conscientizar a população que hábitos inadequados 
podem acarretar sérios danos para a saúde, elaborando estratégias e ações que visem à melhoria da qua-
lidade de vida da comunidade, de forma territorial. Sendo assim, as PICs instrumentalizam as pessoas 
por meio de ações simples e do baixo custo, empoderando e dando autonomia para o autocuidado.
32
Você pode utilizar seu diário de bordo para a resolução.
1. A tecnologia propiciou, para a profissão da saúde, muitos avanços. Um deles 
foi a cientificidade em muitas práticas consideradas milenares, como o Yoga 
que, por meio de comprovações científicas dos seus benefícios, muitos passa-
ram a usar esta prática para melhorar a qualidade de vida. Com isso, assinale 
a alternativa correta.
a) O yoga é uma técnica utilizada exclusivamente por adultos.
b) Para o yoga realmente trazer benefícios, precisa ser praticado em lugares 
fechados e sem nenhum barulho.
c) É necessário, ao praticar yoga, excluir outras técnicas de tratamentos, para 
obter benefícios para a saúde.
d) A prática de yoga é indicada para diminuir hipertensão arterial.
e) Por meio do RX, podemos observar os benefícios do yoga na saúde humana.
2. Foram introduzidas, em nosso Sistema Único de Saúde (SUS), pela Política Nacio-
nal de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), por meio de Portarias, 
várias práticas de tratamentos integrativos.
I) Entre as PICs que foram introduzidas no SUS, a Iridologia, a Medicina Tradi-
cional Chinesa – Acupuntura, as Plantas Medicinais e a Fitoterapia foram as 
primeiras.
II) Aromaterapia e a Apiterapia fazem parte das técnicas de Imposição de Mãos.
III) Constelação Familiar, Cromoterapia e Geoterapia são algumas das PICs que 
entraram em 2018 para o Sistema Único de Saúde.
IV) A técnica de Geoterapia trabalha com recursos naturais, como argilas, ozônio, 
água e óleos essenciais.
Assinale a alternativa correta.
a) Apenas I e II estão corretas.
b) Apenas II e III estão corretas.
c) Apenas III está correta.
d) Apenas II, III e IV estão corretas.
e) Todas as afirmativas estão corretas.
33
3. Um dos recursos utilizados desde a antiguidade, como forma de tratamento, é 
o toque, por meio de massagens. Sendo assim, as nossas mãos e o dedos são 
instrumentos poderosos para melhorar a qualidade de vida. O Shiatsu é um 
exemplo. Assinale a alternativa correta.
a) É devido à forma de aplicação que originou seu nome; no japonês significa shi, 
“dedos” + atsu, “pressão” 
b) A origem do nome é devido à forma de aplicação; no japonês significa shi, “dor” 
+ atsu, “alívio”.
c) A origem do nome é devido à forma de aplicação; no chinês significa shi, “dor” 
+ atsu, “alívio”.
d) Seu nome foi dado em homenagem ao criador da técnica.
e) Todas as afirmativas estão corretas.
4. Dentro das Práticas Integrativas e Complementares (PICs), encontramos Avicena, 
o filósofo mais importante e influente na tradição islâmica da era pré-moder-
na. Este foi um polímata persa, que também se destacou entre outras áreas, 
no campo da medicina. Seu principal trabalho, Cânone da Medicina (al-Qanun 
fi’l-Tibb), continuou a ser utilizado como manual de medicina nas universidades 
da Europa e no mundo islâmico até o início do período moderno. Sendo assim, 
cite: o que era necessário para Avicena, para uma pessoa estar saudável?
34
Epigenética aplicada à saúde e à doença: princípios fundamentais baseados 
em evidências atuais
Autor: (Org.) Viviane Rostirola Elsner e Ionara Rodrigues Siqueira
Editora: Universitária Metodista IPA
Sinopse: em pouco mais de uma década, as ciências biomédicas testemunharam 
o desenvolvimento de uma instigante área de pesquisa, a epigenética. Definida 
como o estudo da variação de traços fenotípicos pela ação de fatores externos 
ou ambientais que afetam a expressão gênica de modo reversível, a epigenéti-
ca vem contribuindo para o entendimento de patologias complexas. Este livro 
apresenta uma introdução à epigenética e descreve avanços em áreas que 
abrangem efeitos da dieta e do exercício, bem como evidências de fenômenos 
epigenéticos em patologias respiratórias, neurodegenerativas, transtornos men-
tais e obesidade. Assim, a epigenética permite antever seu grande potencial de 
desenvolvimento científico e de novas ferramentas terapêuticas.
LIVRO
35
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1. D.
2. C.
3. A.
4. Segundo Avicena, para estar saudável, é necessário que as condições físicas, emocionais e mentais do 
indivíduo estejam em harmonia com o meio em que ele viva. 
39
40
PLANO DE ESTUDOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
• Identificar os tratamentos que tem como ferramenta 
principal o toque terapêutico manual, para estimular a 
musculatura e promover o alívio da dor.
• Conceituar e entender, como a Osteopatia descreve a os 
mecanismos de saúde e doença, para aplicar suas técni-
cas, normalizando o paciente por meio de seus recursos. 
• Descrever como a Quiropraxia diagnostica e trata as dis-
funções osteoneuromioarticulares para promover a me-
lhora de desordens no sistema locomotor.
Recursos Terapêuticos manuais
Osteopatia
Quiropraxia
Esp. Vanessa Carolina Arruda de Souza Bernardo
Quiropraxia
Recursos 
Terapêuticos Manuais
Olá, caro(a) aluno(a)! Seja bem-vindo(a) a mais 
uma unidade. Neste momento, vamos aprender 
sobre as terapias manuais e como elas podem 
aumentar a qualidade de vida e bem-estar de um 
indivíduo. As terapias manuais são aquelas em 
que sua principal ferramenta são as mãos do te-
rapeuta. 
Esta unidade tem como objetivo conscienti-
zar o terapeuta da importância do toque. Vamos 
chamar de toque terapêutico, para trazer a res-
ponsabilidade desta atividade para o profissional. 
O toque é exclusivamente profissional e necessita 
de uma série de regras para atender as necessi-
dades que uma terapia exige. O toque pode ser 
aplicado de várias maneiras, como em forma de 
deslizamento, de pressão ou amassamento, sempre 
respeitando a anatomia do corpo humano (feito 
com respeito e amor). 
Quando os profissionais que trabalham com 
as terapias manuais executam com a responsa-
bilidade que cada técnica exige, normalmente o 
terapeuta acaba alcançando sucesso no tratamen-
to por meio da melhora na qualidade de vida e 
bem-estar do cliente, por isso, é necessário olhar 
com seriedade para as terapias manuais. 
43UNIDADE 2
Manobras de Massagem
De acordo com Cassar (2001), existem várias manobras de massa-
gem, cada uma traz uma sensação diferente e com cada uma delas 
podemos desfrutar de diferentes tipos de benefícios. Com base no 
autor,vamos ver as principais manobras.
Técnicas de deslizamentos: o deslizamento é muito utilizado em 
todas as técnicas de massagem, geralmente é a primeira manobra 
aplicada em cada seguimento, ela sempre inicia na extremidade 
indo em direção a parte superior do corpo (por exemplo: inicia 
no calcanhar e se estende até o final do glúteo, ou inicia na base 
da coluna e termina no pescoço). O amassamento se divide em 
superficial e em profundo, geralmente se inicia com o superficial e 
evolui para o profundo. O deslizamento pode ser feito com a mão 
toda (a mão pode variar a posição dos dedos, hora os dedos estão 
juntos, hora os dedos estão abertos, cada forma de aplicar a mano-
bra traz uma sensação diferente para o cliente), e ainda pode ser 
aplicado somente com os polegares (muito indicado para gorduras 
localizadas e fibroses). Essa é uma manobra muito apreciada pelo 
cliente que recebe a massagem, é um toque leve e superficial, como 
se fosse apenas para espalhar o produto.
O deslizamento possui efeito mecânico (de melhorar a circu-
lação sanguínea), o efeito reflexo. Os receptores sensoriais dos 
tecidos superficiais são estimulados pelo deslizamento, refletindo 
em outras áreas do corpo; isso é possível graças ao sistema ner-
voso autônomo, e um exemplo do efeito reflexo é que melhora o 
peristaltismo, que é a contração 
muscular intestinal: quando 
esta está em equilíbrio, o fun-
cionamento do intestino é bom.
Existe, também, o efeito 
mecânico/reflexo, nesse caso, o 
deslizamento favorece o retorno 
venoso que é o efeito mecânico, 
o que resulta em uma remoção 
de agentes inflamatórios da 
corrente sanguínea, reduzindo 
a dor. Outra forma de reduzir a 
dor é quando se tem um edema, 
quando ele surge, acumula-se 
fluídos que geram pressão e 
acionam os nociceptores, que 
são receptores da dor. A mano-
bra traz alívio a essa pressão e, 
consequentemente, alivia a dor. 
Este seria o efeito reflexo.
Deslizamento superficial: 
esse é o deslizamento que se 
inicia a massagem, tanto ajuda 
a espalhar o produto quanto 
oferece um tempo para que 
seu cliente se habitue ao toque. 
Para essa manobra, aplica-se 
uma pressão confortável, nem 
tão leve que seja imperceptível, 
nem tão pesada que afunde o te-
cido. Quando aplicada na pres-
são certa, gera o relaxamento 
por meio do sistema nervoso 
parassimpático.
Deslizamento profundo: para 
essa manobra, coloca-se a pres-
são mais forte, em que se afunda 
o tecido (mas lembre-se de res-
peitar os limites do seu cliente, 
uns gostam de mais ou menos 
pressão; os fibromiálgicos ge-
Figura 1 - Manobras manuais aplicadas em uma massagem
44 Quiropraxia
ralmente não conseguem receber o deslizamento 
profundo), a pressão maior no tecido faz com que 
haja uma diminuição das contrações musculares 
da região massageada, promovendo um maior re-
laxamento. A manobra com maior pressão também 
auxilia no processo de alongar as fáscias superfi-
ciais, reduzindo a formação de nódulos.
Deslizamento com o polegar: indicada para 
trabalhar em pequenas áreas, a manobra é feita 
com a mão em punho, em que os polegares se 
alternam repetidas vezes no mesmo lugar, muito 
indicada para regiões de escápula, e para desfazer 
nó, mantém a manobra até que não se sinta mais 
o “nó”. Os polegares podem auxiliar quando a in-
tenção for: reduzir a dor, redução da fadiga (por 
aumentar a circulação, promovendo uma maior 
irrigação sanguínea na musculatura), redução de 
edema, calor (com a pressão aquece o tecido que 
facilita o alongamento das fibras colágenas e me-
lhora o manuseio do tecido fibrótico). 
Técnica de compressão: é uma manobra que 
empenha uma pressão que pode afetar tanto o 
tecido superficial quanto o profundo. Ela libera 
aderências (alongando o tecido muscular e fáscia, 
o que resulta em reverter encurtamentos muscu-
lares), reduz edema pelo bombeamento da com-
pressão, aumenta a circulação sanguínea, reduz 
dor e fadiga muscular.
A compressão pode ser feita com as mãos 
(onde se coloca a palma da mão em contato com 
o tecido e faz o massageamento em forma cir-
cular), pode ser feito com os polegares (usa-se 
apenas uma mão, coloca-se o polegar na região 
a ser massageada, fazendo movimento circular), 
por meio da compressão com os dedos (coloca-
-se uma mão em cima da outra com os dedos 
estendidos e com a mesma pressão, fazendo o 
massageamento em forma circular), e também 
por intermédio do amassamento, que é muito 
utilizado pelos terapeutas.
O amassamento é aplicado entre os dedos de 
uma mão e o polegar da outra, e os tecidos são 
simultaneamente erguidos e retorcidos de leve, no 
sentido horário ou anti-horário. Depois, a pressão 
é liberada e a posição das mãos invertida. Desse 
modo, a manobra é executada com alternância. 
Ela agrada os terapeutas pelas suas ações de au-
mentar a circulação sanguínea, reduzir quadros 
álgicos, melhorar a circulação linfática, emulsifi-
car a gordura corpórea (quando o amassamento 
é aplicado vigorosamente, ele emulsifica o tecido 
gorduroso, facilitando a metabolização) e alonga 
e libera aderências da musculatura e do tecido 
tegumentar (que auxilia na melhora da pele que 
apresenta FEG).
Técnica de percussão: também é conhecida 
como tapotagem (que tem origem francesa e 
significa “pancadas leves”), seu principal efeito 
é o de causar hiperemia, que é quando causa um 
aumento da circulação sanguínea em um local até 
que uma vermelhidão seja percebida visualmente 
(uma leve vermelhidão).
Técnicas de fricção: com a ponta dos dedos ou 
o polegar, mobiliza-se o tecido com pouco mo-
vimento do dedo, o movimento pode ser feito de 
diversas formas (circular, transversal, linha reta ou 
ao longo das fibras). Essa manobra apresenta efei-
tos como: reduzir calcificações gradativamente, 
alongamento e liberação de aderências nos tecidos 
musculares e redução de edema.
Técnicas de vibração e agitação: nesta mano-
bra, os dedos permanecem estendidos e aber-
tos, e faz-se o movimento de vibração sem que 
os dedos percam o contato com a pele. Essa 
manobra não faz nenhum tipo de deslizamento 
e seus efeitos são: aumento do fluxo linfático, 
redução de edema, contração dos músculos in-
voluntários (vicerais), estimulação de órgãos 
torácicos, alongamento e liberação de aderên-
cias musculares.
45UNIDADE 2
O Toque Terapêutico para Tratamento
Sendo assim, a massagem terapêutica tem 
conquistado um amplo espaço e os terapeu-
tas estão cada vez mais antenados, não só para 
ampliar sua oferta, mas também por que as téc-
nicas voltadas para o “tratar” agregam valor, 
aumentando os ganhos financeiros do profis-
sional.
Para que a massagem possa ser aplicada de 
forma eficaz e assertiva, o profissional precisa 
buscar treinamentos e qualificações. Assim, por 
meio do toque, vai conseguir identificar alterações 
nas estruturas corporais e restrições musculares 
(RIGGS, 2009).
Por muitos anos, a massagem foi vista como uma 
técnica cujo objetivo principal era o relaxamento e 
o desfrutar de um momento tranquilo, geralmente 
associada a uma classe social com maior poder 
aquisitivo por ser considerada um “luxo”. Com o 
decorrer dos tempos, a massagem foi ganhando 
variações e passou a ter diversas funções, na qual 
uma delas é tratar o paciente/cliente.
Geralmente, os pacientes não conhecem o 
poder da massagem, por isso cabe ao terapeuta 
conhecer as técnicas e apresentá-las, mostrando 
seus benefícios e como elas podem auxiliar na 
saúde e bem-estar do indivíduo (RIGGS, 2009). 
Massagem é uma palavra de origem grega e significa amassar. Ela é um recurso terapêutico que auxilia em 
vários tratamentos, influencia positivamente o físico e a mente. Seus recursos são trabalhados com diferentes 
manobras, ritmos e pressão, cada um focado para um objetivo específico. As massagens ainda contam com 
as associações que possibilitam potencializar os resultados, por exemplo: aromaterapia ou a cromoterapia. 
Fonte: adaptado de Brandão (2007). 
Queixas Musculares que Podem ser Tratadas com Massagens
Dor crônica: segundo Kopfe Patel (2009), a 
massagem é indicada para o alívio da dor pelo 
fato de que suas manobras melhoram a circulação 
sanguínea e o retorno linfático (aumentando a 
chegada de sangue oxigenado na musculatura, 
promovendo o relaxamento e o alívio da dor), 
além de diminuir os níveis de cortisol e adrena-
lina, que são nocivos para a musculatura e para o 
organismo, quando estão sendo produzidas em 
maior quantidade que o necessário para o corpo.
Dor lombar: geralmente esta é causada pela 
rigidez muscular (devido a vários fatores, como 
as posturas inadequadas, ganho de peso e estres-
se), e persiste por mais de três meses consecutivos. 
Altman e Ellsworth (2012) apontam que as disfun-
ções que mais se beneficiam com o toque terapêutico 
são as dores crônicas. Os locais e os tipos de descon-
forto mais comuns que os pacientes relatam são as 
dores nas costas, na região lombar, nos pés (fascite 
plantar), nos ombros, dores de cabeça de cunho ten-
sional, fibromialgia, lesões esportivas, entre outras.
 Com esta gama de alaridas, você, enquanto 
profissional da saúde, pode perceber como pode 
ser ampla a sua atuação terapêutica e, principal-
mente, o tamanho do impacto que suas mãos po-
dem causar na vida de seus clientes.
A seguir, serão apresentadas as massagens mais 
indicadas para cada tipo de dor.
46 Quiropraxia
Neste caso, o terapeuta deverá 
trabalhar com a manipulação 
das vértebras, pois estudos apon-
tam que essa técnica isolada ou 
associada à liberação miofascial 
tem um resultado mais positivo 
em clientes com lombalgia. 
Uma grande parte dos clien-
tes submetidos a este tratamen-
to relatam melhoras, tais como: 
alívio da dor, melhora na ampli-
tude do movimento articular e 
melhora da qualidade de vida e 
bem-estar (ANGELI, 2019).
Cefaleia tensional: de acordo 
com Morelli e Rebelatto (2007), 
as dores de cabeça podem ser 
consideradas como uma pa-
tologia multifatorial, que está 
diretamente relacionada com 
os problemas emocionais, na 
maioria dos casos, ou devido às 
desordens musculares. Estudos 
indicam que, nestes casos, o me-
lhor tratamento é a aplicação de 
massagem suave na musculatura 
cervical e as técnicas que indu-
zem ao relaxamento do cliente.
Fibromialgia: o paciente fi-
bromiálgico é um indivíduo que 
pode apresentar alta sensibilida-
de ao toque, por isso a importân-
cia de tratá-lo sempre com cau-
tela, investigando os seus limites. 
Técnicas relaxantes, massagens 
suaves e técnicas como o Reiki 
(imposição de mãos) são as mais 
indicadas (GONDIN; ALMEI-
DA, 2018).
Principais Técnicas de Massagem 
para Tratar a Dor
Nos dias atuais, uma grande parte da população está insatisfeita com 
os tratamentos que se baseiam no consumo de remédios (alopatia), 
por sempre seguirem o mesmo ciclo:
dor → medicamento → alívio momentâneo → retorno da dor. 
Esse ciclo vicioso (quase como o tão famoso ciclo da dor, espasmo, 
dor) tem feito as pessoas buscarem maiores informações sobre 
outros recursos para melhorar a qualidade de vida. Ao procurarem 
outras alternativas, a medicina atual (por meio dos resultados das 
pesquisas) direciona a sociedade aos benefícios que as técnicas 
de tratamentos integrativos e complementares trazem ao homem. 
A seguir, estão citadas as principais técnicas de massagem, uti-
lizadas para alívio e tratamento da dor, que serão mais exploradas 
em outro momento:
• Massagem Ayurvédica (abhyanga).
• Massagem Desportiva.
• Massagem com liberação miofascial.
• Shiatsu.
• Massagem Sueca.
• Quiropraxia.
• Reflexologia Podal.
• Quick Massage.
Figura 2 - Dor muscular 
47UNIDADE 2
Ações Fisiológicas da 
Massagem para a Dor
A dor muscular é comum na vida dos indivíduos, 
e geralmente ocorre quando há uma tensão no 
músculo ou em grupos musculares (contração 
exagerada), o qual não recebe a irrigação sanguí-
nea adequada, comprometendo a nutrição e oxi-
genação deste tecido e, em alguns casos, levando 
ao encurtamento do músculo (ORSI, 1985). 
Nos episódios de encurtamento muscular, 
quando se aplica uma massagem, ocorre o au-
mento do comprimento do músculo, evita a for-
mação de aderências e fibroses e há o aumento da 
oxigenação e nutrição do tecido. 
Com base na apostila do curso de massote-
rapia do Governo do Estado do Ceará (2010), é 
possível perceber como a massagem pode auxiliar 
no alívio da dor e aumentar a qualidade de vida 
e bem-estar do indivíduo. Perceba como é ampla 
a ação da massagem:
• Efeitos na circulação sanguínea: a mas-
sagem estimula o fluxo sanguíneo; com 
as manobras de leve pressão, é possível 
promover uma dilatação temporária nos 
capilares e as pressões mais intensas pro-
movem a dilatação dos capilares por um 
maior tempo; isso quer dizer que há uma 
maior irrigação sanguínea, que auxilia na 
nutrição e oxigenação do tecido, facilita a 
troca do meio celular, auxilia na elimina-
ção dos resíduos do metabolismo e do gás 
carbônico. 
• Efeitos nos ossos e articulações: ossos fra-
turados dependem de uma boa circulação 
sanguínea para que o crescimento do te-
cido ósseo possa acontecer, como a mas-
sagem promove esse aumento do aporte 
sanguíneo, ela age de forma indireta no 
auxílio para a cicatrização dessa fratura. 
Efeitos da massagem para a 
dor - Teoria das comportas
O sinal recebido do toque e da pressão chega até a 
medula espinal (Sistema Nervoso Central) e im-
pede que a informação da dor chegue primeiro. 
A informação álgica é transmitida por fibras de 
pequeno calibre, enquanto as dos mecanoceptores 
são conduzidas por fibras calibrosas. Desta forma, 
os impulsos nervosos viajam mais rapidamente 
até a medula espinal, inibindo sensação de dor.
Os efeitos inibidores da dor acontecem quando 
a repetição constante da mesma manobra, lenta e 
suave, leva à acomodação, por aumentar o limiar 
de percepção do novo estímulo.
 Assim, o tono muscular é reduzido, o espasmo 
muscular é aliviado e, consequentemente, a dor 
também. O efeito mais generalizado da massagem 
é, efetivamente, “descontrair o corpo e a mente”, 
aliviando a tensão. Este efeito calmante e tranqui-
lizante tem ajudado os pacientes que apresentam 
ansiedade, pois ocorre uma estimulação no aumen-
to da produção de endorfinas (neuro-hormônio).
A origem do nome desta substância, “endo” 
(interno) e “morfina” (analgésico), já nos remete o 
poder de ação que ela tem sobre nosso organismo. 
Produzida pela glândula hipófise, que se locali-
za na região do hipotálamo, mais precisamente 
no tálamo, esta substância química encontra, no 
cérebro, propriedades tranquilizantes e analgési-
cas, sendo considerada um hormônio antiestresse, 
cuja função é aliviar a dor e a tensão (GOVERNO 
DO ESTADO DO CEARÁ, 2010).
A Responsabilidade do Toque
Normalmente, quando o indivíduo busca as téc-
nicas de massoterapia, chega na clínica relatando 
queixas sérias, e isso traz fragilidade ao paciente, 
48 Quiropraxia
sendo necessário um amparo 
competente, por meio de um 
profissional qualificado para 
atendê-lo.
Essa é uma preocupação que 
você, futuro(a) terapeuta, pre-
cisa ter, entendendo a respon-
sabilidade que é ter o corpo e a 
mente de uma pessoa em suas 
mãos. Conhecer e compreender 
as ações fisiológicas promovi-
das pela massagem no corpo 
do seu cliente é fundamental. 
O toque terapêutico precisa ser 
responsável, então vale lembrar 
a você que é preciso:
• Conhecer a anatomia e 
fisiologia do corpo.
• Fazer uma boa avaliação 
e manter a sua ficha sem-
pre atualizada.
• Entender o problema do 
seu cliente.
• Buscar sempre se aper-
feiçoar e acompanhar as 
evoluções das técnicas 
e as novas descobertas 
feitas na área de saúde e 
bem-estar.
Um terapeuta qualificado pode 
e irá auxiliar na melhora da 
qualidade de vida e bem-estar 
de seu cliente. Seja você tera-
peuta integrativa, esteticista ou 
podóloga, saiba que suas mãos 
tem o poder de mudar vidas, 
contudo com muita responsa-
bilidade.
49UNIDADE 2
De acordo com Almeida et al. ([2020]), a osteo-
patia é o que faz o diagnóstico manual das dis-
funções que acomete a mobilidade articular

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