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Alunos: Juliane Scherer, Maria Eduarda Faccio Hammes, Matheus Zilles e Víctor Augusto Futrik; Professora: Daniela Zillio; Disciplina: Teoria Geral do Processo. Três pilares da Teoria Geral do Processo: Ação, Jurisdição e Processo Como se sabe, desde os primórdios a humanidade é regida por conflitos, razão pela qual, necessitou-se de uma nova forma para solução destes imbróglios. Desse modo, o Estado Democrático de Direito utilizou-se de três pilares para melhor atender as demandas e litígios: ação, jurisdição e processo, buscando sempre encontrar uma decisão justa, igualitária e equitativa para todos. Nesse sentido, no presente trabalho, apresentaremos cada um dos objetos de estudo da Teoria Geral do Processo de forma simplificada, explanando as principais funções e diferenças de cada um dos institutos. 1. Ação. A ação é a parte inicial da atividade jurisdicional, pois é apartir dela que se possui o poder de ingressar em juízo, exercendo na prática o seu direito subjetivo autônomo e de natureza pública. A ação em sua essência possui dois viesses que a norteiam, respectivamente: o direito ao processo, a faculdade de propor e o Direito do contraditório que por sua vez significa o direito de resposta. (Sua classificação mais comum é a trinaria: (a) Ação meramente declaratória - É aquela na qual a ação limita-se, em sua sentença, à mera declaração que após a validade do direito material será julgado descartado se for improcedente ou se for sentença terminativa. (b) Ação constitutiva – É aquela ação na qual se mantém, ou não uma relação jurídica, como pode exemplo o casamento e o divórcio. (c) Ação condenatória – É aquela que além de ser declarativa, já estabelece, em sua sentença, a sanção a ser aplicada. Pontes de Miranda acrescentou mais duas classificações, sendo elas: * Executiva latu sensu - Na qual a ação é dividida em duas partes, onde a primeira é a parte do conhecimento e a segunda a execução. * Mandamentais - São aquelas nas quais são aplicadas ordens, como nos casos de remédios constitucionais, Habeas Corpus e Habeas Corpus Preventivo. Para tal exigibilidade existem condições ou pré-requisitos a ser preenchido, o código do processo civil adotou um posicionamento diverso sobre o direito de ação. A primeira hipótese versa sobre o rol de relações jurídicas materiais deduzidos em juízo, ou seja, é preciso ter a legitimidade ad causam o interesse de agir e a possibilidade jurídica do pedido para que possa ser julgado. São exemplos: Art. 3° do CPC: Para propor ou contestar ação é necessário ter interesse e legitimidade. Essa legitimidade disposto no Art. 267, inc. VI CPC: extingue-se o processo, sem resolução de mérito: quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica, a legitimidade das partes e o interesse processual. Na segunda hipótese, conforme Liebmann, o direito de ter sua lide apreciada, não depende do direito material e sim do direito formal, que por sua vez, verificam se as condições da ação se encaixam de forma abstrata na lei, dando ao mérito do julgamento. A legitimidade das partes para propor a ação é classificada em legitimidade ad causam ordinários e extraordinários e legitimidade passiva e ativa. Explicitando as classificações: O legitimado ordinário defende em juízo interesse próprio. O legitimado extraordinário busca em juízo defender seu nome próprio para interesse alheio. Já a legitimidade ativa corresponde ao requerente, ou seja, o autor da ação, e pôr fim a legitimidade passiva se configura na posição de réu. Apartir da legitimidade das partes há por sua vez ter de haver interesse em agir e nesse interesse em buscar o aparato jurisdicional deve-se respeitar a necessidade e adequação. É considerada a necessidade do provimento judicial quando a solução do conflito se dá somente pela jurisdição e fala– se em adequação quando o processo oferece o meio com resultado mais eficiente. Dito isto a busca desse direito precisa ser possível, ou seja, é aquilo que posso buscar no judiciário e que em tese o juiz pode me conceder. Portanto é preciso preencher os requisitos das condições da ação para não correr o risco de ser o autor carecedor. Na teoria da apresentação a sentença é de carência das condições, consistindo na análise das condições da ação e não do mérito. Art. 295, inc. I, do CPC: A petição inicial será indeferida: quando for inepta. Pode-se tornar inepta quando há improcedência na ação, isto é, o juiz decidirá acerca do mérito da causa, mas sentenciará incoerente com o direito material, quando na prática o direito requerido não condiz com a lei. Para teoria da Apresentação: A sentença é de carência da ação. Consiste na análise das condições da ação e não do mérito. Diante de uma lide ou na busca de um direito de interesse subjetivo, a ação é construída com base em três elementos: As partes, o pedido e a causa de pedir. São importantes por fixarem limites ao processo, verificando quem será atingido e quem será beneficiado pelos efeitos do processo. Além disso, os elementos impedem a propositura de ações repetidas, o que caracteriza litispendência. Podemos ainda relatar a importância dos elementos para determinar ações marcadas pela conexão. As partes perante o juiz podem se configurar na modalidade de autor por si só ou por meio representante, como também de réu a parte envolvida pelo efeito do pedido, ou simplesmente exercendo o contraditório. Quando no processo há vários autores e réus envolvidos no mesmo objeto material é denominado de litisconsórcio. Dentre outras classificações ainda existem o litisconsórcio ativo é quando há pluralidade de autores, o litisconsórcio passivo é quando há vários réus na ação. E por fim o litisconsórcio misto em que há pluralidade de autores e réus. A causa de pedir de requerer, no Brasil está ancorada pela teoria da substanciarão, criada pelo Direito alemão, no qual a causa de pedir independe da natureza da ação, sendo criada somente pelos fatos jurídicos descritos pela autoria. A causa de pedir próxima são os fatos jurídicos relevantes que justificam o pedido, e a causa de pedir remota são os fatos constitutivos, ou seja, aquilo que confere ao autor um direito. Por fim e não menos importante, o pedido, materializado através da ação do provimento jurisdicional. O pedido se subdividisse em imediato (processual) e mediato (material). O pedido imediato indica a natureza da pretensão que pode ser cognitiva (julgamento da pretensão deduzida em juízo pelo autor), executiva (o juiz coloca em prática os resultados requeridos da vontade de um direito adquirido) e cautelar (visa a resguardar eventual direito da parte contra possíveis desgastes ou danos futuros. Já o pedido mediato: representa o bem jurídico tutelado pelo autor em face ao réu,por ex. alimentos, posse, propriedade, etc. 2. Jurisdição. Pode se dizer que só há algum sentido atribuído a jurisdição, quando a aplicação da justiça é monopólio pertencente ao estado, pois a jurisdição pode ser reconhecida como a atividade exercida por um estado de direito. A jurisdição, assumida em sua forma de função estatal nos tempos de hoje, possui o gozo de autonomia e independência. Porém nem sempre foi assim, nos primórdios da humanidade, antes da atividade jurisdicional pertencer unicamente ao estado, o que conduzia a conduta humana eram leis divinas, divulgadas e proferidas por sacerdotes. Assim, diz-se que a jurisdição passou existir e ter sentido no momento em que o estado limitou suas relações com a metafísica e a religião, passando a exercer cada vez mais o poder de controle social. Jurisdição, pode ser definida como inerte, pois a parte interessada é quem deve procura-la, a atividade jurisdicional deve ser provocada pela parte que procura um auxílio ou resposta do estado. Normalmente a parte interessada é titular de um direitoe procura que esse direito seja garantido. O estado, apesar de possuir essa característica de inércia, uma vez acionado é obrigado a dar sua resposta, sendo proibida sua omissão, mesmo se o que for decidido pela figura estatal não esteja de acordo com o que esperava o titular de um direito antes mencionado. “A jurisdição pode ser definida como a função estatal de aplicar as normas da ordem jurídica em relação a uma pretensão”. (MARQUES; José Frederico, 1999 apud IPPÓLITO; Rita Marasco, 2001. JURISDIÇÃO, Processo Civil contemporâneo I.) 2.1 Espécies de jurisdição. 2.1.1 Jurisdição comum e especial. No âmbito da jurisdição comum está inserido tudo que diz respeito a legislação ordinária em âmbito federal ou estadual, chamada assim de justiça comum. No que se diz respeito a jurisdição especial, estão justiças especializadas em temas específicos, como por exemplo a justiça militar, eleitoral e trabalhista. 2.1.2 Jurisdição penal e civil. Compreende-se jurisdição penal aquela disposta a impor sanções penais a quem cometeu alguma espécie de infração penal, seja crime ou contravenção. Já a Jurisdição civil é compreendida de forma muito mais ampla nesse caso, pois está inserido nela tudo aquilo que não é do âmbito penal. 2.1.3 Jurisdição superior e inferior. Jurisdição inferior é aquela em que estão nossos juízes das comarcas, os que tem o primeiro contato com o processo e os que tomam as decisões primeiramente. Na chamada jurisdição superior, estão inseridos os órgãos recursais, ou seja, aqueles a quem a parte prejudicada pede recurso. 2.1.4 Jurisdição contenciosa e voluntária. A jurisdição contenciosa vem com o propósito de solução de conflitos, temos um autor e um réu, onde ao fim teremos uma coisa julgada. Isso não acontece na voluntária, onde é em certas ocasiões comparada com uma medida administrativa. Analisando os elementos caracterizadores da jurisdição, vem a doutrina dizendo que os atos da jurisdição voluntária na realidade nada teriam de jurisdicionais, porque: a) não se visa, com eles, à atuação do direito, mas à constituição de situações jurídicas novas; b) não há o caráter substitutivo, pois o que acontece é que o juiz se insere entre os participantes do negócio jurídico, numa intervenção necessária para a consecução dos objetivos desejados, mas sem exclusão das atividades das partes; c) além disso, o objeto dessa atividade não é uma lide, como sucederia sempre com a atividade jurisdicional - não há um conflito de interesses entre duas pessoas, mas apenas um negócio, com a participação do magistrado. (IPPÓLITO, Rita Marasco, 2001, online). 2.1.5 Jurisdição de direito e de equidade. No que se entende por jurisdição de equidade, o juiz pode decidir levando em conta uma solução mais justa, não ficando atrelado aos limites impostos pela lei. Porém isso só é possível em casos específicos, conforme Art. 127 do CPC, “o juiz só decidirá por equidade nos casos previstos em lei”. A de direito não se confunde, pois segue a letra da lei, ainda que não seja a mais justa das soluções a provida por ela. 3. Processo. A partir do momento em que os indivíduos, no ofício de suas relações cotidianas chegam a um conflito que não pode ser resolvido por eles mesmos, podem estas, no exercício do direito de ação, contatar o Estado para externalizar o encargo de dirimir o conflito, que por sua vez, o faz através da jurisdição. Deste modo, referimo-nos ao processo, que nada mais é, do que uma complexa ferramenta constituída por um agrupamento de regras e princípios, instaurada com o intuito de elucidar os dissídios da população por intermédio do poder jurisdicional do Estado, assegurando a aplicação da norma jurídica, a garantia dos direitos e a promoção da justiça. Para uma compreensão mais detalhada sobre o conceito de processo, cabe destacar ainda que: “Processo é o veículo posto à disposição dos cidadãos para levar sua ação ao Poder Judiciário, visando a obter deste uma resposta sobre determinada pretensão (sentido lato) exercida. Processo é instrumento de provocação da jurisdição, que, na maioria dos casos, serve à realização do direito material, seja por meio de sua reparação, seja por meio de sua preservação, seja por meio de seu acertamento.” (NÓBREGA; NUNES, 2017) Vale frisar que para o início do processo, é necessário que haja o conflito de interesses e que a pretensão de um direito seja posta em juízo, ou seja, que de fato o judiciário seja acionado. Em vista disto que a concepção da jurisdição passa a valer, já que a partir do momento em que o processo é iniciado, deixamos de ter uma relação linear para uma relação triangular, na qual, estão presentes duas partes litigantes, e uma terceira parte idealizada na figura do juiz, que trás a lei para o caso concreto. 3.1. Os princípios fundamentais do processo civil. Como já mencionado, o funcionamento do processo se deve também, além das normas ditadas pelo direito processual civil, a um rol de princípios, de natureza constitucional ou fundamental, regimentadas pelo novo Código de Processo Civil de 2015, e aplicáveis às mais diversas áreas do direito. Pela importância que representam ao direito processual, merecem um espaço neste texto, e por isso escolhemos os 10 princípios que julgamos mais importantes para serem expostos abaixo: 3.1.1 A Inafastabilidade da Jurisdição É uma premissa disposta pela Constituição Federal em seu Art. 5º, XXXV, e é também popularmente reconhecida como o princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional, e visa resguardar o direito de acesso à justiça e de ação da população, por impedir que um juiz se recuse à deslindar um litígio salvo em ocasiões específicas. 3.1.2 Juiz Natural Trata-se de uma disposição constitucional presente nos incisos XXXVII e LII do Art.º, e que visa assegurar o poder do órgão julgador, garantindo-lhe autonomia para julgar conforme a lei e promovendo a imparcialidade do juiz. É muito importante para preservar a eficiência da jurisdição na resolução de conflitos e permitir o correto reconhecimento dos direitos das partes. 3.1.3 Assistência Jurídica Integral e Gratuita Se baseia em uma ferramenta que também facilita o acesso à justiça. Previsto pela CF em seu Art. 5º LXXIV, a gratuidade do preceito envolve a assistência judiciária, a orientação jurídica, a consultoria, além do acesso à defensoria pública regulamentada pelo Art. 134. 3.1.4 Indispensabilidade e Inviolabilidade do Advogado O advogado é o profissional que atua com os principais objetivos dentre tantos outros, de defender a constituição, a ordem jurídica do Estado Democrático de Direito, os direitos humanos e a justiça social e de buscar a igualdade em âmbito processual, e deste modo é considerado atualmente um profissional indispensável. A respeito da função do advogado, a Constituição Federal e o Estatuto da Advocacia e da Ordem dos Advogados do Brasil se posicionam respectivamente da seguinte forma: “Art. 133. O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei.” (BRASIL, 1988) “§ 2º No processo judicial, o advogado contribui, na postulação de decisão favorável ao seu constituinte, ao convencimento do julgador, e seus atos constituem múnus público. § 3º No exercício da profissão, o advogado é inviolável por seus atos e manifestações, nos limites desta lei.” (BRASIL, 1994) 3.1.5 Celeridade ou Duração Razoável do Processo Oferece maior segurança às partes de um processo quanto à sua duração, já que impede que o processo se estenda no tempo de forma indeterminada, além de garantir às partes que estas tenham seu litígio julgado em período razoável, isto é, em período nem tão prolongado nem tão reduzido, isto de acordo com o Art. 5º LXXVIII da CFe Art. 4º do CPC. 3.1.6 Devido Processo Legal Refere-se ao direito que tem as partes de que o caso seja conduzido e solucionado sob as diretrizes legais, para que não haja prejuízo a nenhuma das partes. “LIV – ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;” (BRASIL, 1988). 3.1.7 Isonomia ou Igualdade de Tratamento “Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:” (BRASIL, 1988) Talvez um dos trechos mais importantes da Constituição de 1988, o caput do artigo 5º, carrega consigo o princípio também conhecido como da igualdade de tratamento do Direito Processual Civil, e que por sua vez, impõe o dever de tratamento igualitário às partes do processo, tal advento é também evidenciado pelo artigo 7º do Novo CPC. 3.1.8 Publicidade Salvo em caso de interesse social ou de defesa à intimidade, todos os atos devem ser públicos sob a pena de nulidade. Tal artifício, previsto pela Constituição Federal de forma ampla no Art. 5º LX e de forma estrita aos julgados do poder judiciário no Art. 93, IX, tem o principal propósito de possibilitar maior efetividade do direito ao contraditório que será melhor desdobrado a seguir e de submeter tal informação à análise da população. 3.1.9 Contraditório e Ampla Defesa Enquanto que a garantia ao contraditório se preocupa em oportunizar as partes à se opor perante as alegações de outra, permitindo a utilização de argumentos e apresentação de perspectiva distinta, a ampla defesa permite que a parte acusada se utilize de provas e procedimentos cabíveis para formular sua alegação. Essas garantias partem do texto presente no inciso LV do Art. 5º da CF/88. 3.1.10 Licitude das Provas Se atém ao fato de que apenas provas lícitas podem ser utilizadas para motivar a sentença, além de que, segundo a doutrina dos frutos da árvore envenenada, todas as provas colhidas por meio de conduta ilícita serão inutilizáveis, e desta forma temos: “LVI – são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;” (BRASIL, 1988). 3.2 Classificação do Processo De forma mais prática, passamos a nos referir agora ao funcionamento do processo. De acordo com informações apuradas em 2015 e divulgadas pelo Conselho Nacional de Justiça, o tempo médio de duração de um processo de primeiro grau é de oito anos e onze meses na Justiça Estadual Comum, e de quatro anos e onze meses na Justiça do Trabalho. A organização do processo está submetida basicamente à duas etapas. Na primeira delas, a faze do conhecimento, o objetivo é que o juiz tome ciência do máximo de informações possíveis à respeito do caso para proferir sua sentença, portanto, as provas das duas partes são apresentadas e caso entender necessário, o juiz pode ainda ouvir as partes e testemunhas em audiências antes de decidir à respeito do caso. Após colhidas e apresentadas as provas, ouvidas as partes e as testemunhas, é que se institui a faze da execução, quando o juiz finalmente reconhece o direito e estabelece a decisão judicial, que por sua vez, é responsável por designar a responsabilização, que pode ser de várias formas, são exemplos: obrigação para reparar danos no caso de processo cível, o cumprimento de uma pena em processo penal e ainda o pagamento de dívida trabalhista ou penhora de bens por parte do empregado ou empregador se for um processo trabalhista. 4. Conclusão. Analisando-se os fatos elencados, o que se retém é que o Estado é o responsável por resguardar os direitos fundamentais dos indivíduos. Pois bem. Inicialmente, observando-se os antepassados, a vingança, a lei de talião e o uso da força eram os modos pelo qual os indivíduos garantiam seus direitos, contudo, conforme a sociedade fora se modernizando, o emprego da força tornou-se inadmissível, sendo necessária a criação de uma nova forma para solucionar os conflitos. Sendo assim, a “Ação” nasceu como um modo de autotutela, pelo qual invoca-se o Poder Jurisdicional para assegurar os direitos pessoais do sujeito. É por meio deste instrumento que o Jurisdicionado exerce o controle social, objetivando sempre o cumprimento das decisões de forma igualitária e justa. Nesse sentido, a jurisdição, exercida pelo Juiz, vai além da aplicação de direito material, mas apreciação do caso concreto, para, desse modo, implementar o ordenamento jurídico. Pode-se afirmar que, inexistindo lide, não há, também, jurisdição. De fato, o instrumento ora discutido, garante valor e sentido ao processo/ação. Portanto, sem processo e ação, não há como exercer a jurisdição. No que concerne ao processo, pode-se dizer que este é o método pela qual a parte irá apresentar a sua pretensão, sendo o responsável por preencher a intermitência existente entre a ação e a jurisdição. Conforme estudado, a jurisdição é inerte, estática. Todavia, o processo e a ação são diligentes, porquanto a ação movimenta o jurisdicionado, que dá azo ao processo, objetivando, de todos os modos, a resolução do imbróglio. Logo, todos os pilares da Teoria Geral do Processo estão e são interligados, embora cada um disponha de uma atribuição diferente. BIBLIOGRAFIA Silva, Nathan. 2013. https://www.passeidireto.com/arquivo/1982554/tgp-acao. Acesso em: 05-05-2020. Autor desconhecido, 2017. https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito- processual-civil/teoria-geral-do-processo-condicoes-da-acao/. Acesso em: 05-05- 2020. IPPÓLITO, Rita Marasco. Jurisdição. REVISTA PÁGINAS DE DIREITO, Porto Alegre, ano 1, n. 37, 15 de junho de 2001. Disponível em:<https://www.paginasdedireito.com.br/index.php/artigos/160-artigos-jun- 2001/6254-jurisdicao>. Acesso em: 02 de maio de 2020. MEZZOMO, Marcelo Colombelli. Jurisdição, ação e processo à luz da processualística moderna. ÂMBITO JURÍDICO, Direito processual civil, n. 7, 2001. Disponível em: <https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito- processual-civil/jurisdicao-acao-e-processo-a-luz-da-processualistica- moderna/>. Acesso em: 02 de maio de 2020. BASTOS, Athena. Direito Processual Civil: princípios e conceitos básicos: tudo o que você precisa saber sobre o direito processual civil. Tudo o que você precisa saber sobre o Direito Processual Civil. 2019. 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