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PROJETO DE LEI (Do Sr. Deputado Antônio Feijão) Estende os benefícios do decreto-lei Nº 356, de 15 de agosto de 1966, ao Estado do Amapá. CONGRESSO NACIONAL decreta: Art. 1º - Ficam estendidos às áreas remanescentes do Estado do Amapá, não incluídas na Área de Livre Comércio de Macapá e Santana - ALCMS, os benefícios fiscais aplicáveis à área de livre comércio de Macapá e Santana, criadas pela Lei 8.387, de 31 de dezembro de 1991, relativamente aos bens e mercadorias recebidos, oriundos, beneficiados ou reprocessados na Área de Livre Comércio de Macapá e Santana - ALCMS. Art. 2º - Com a criação da Área de Livre Comércio de Macapá e Santana - ALCMS, passam o Governo do Estado do Amapá, juntamente com os prefeitos de Macapá e Santana, ou seus representantes, a comporem e a terem direito a voto, no Conselho de Administração da Superintendência da Zona Franca de Manaus. JUSTIFICATIVA: A principal meta pretendida com criação da SUFRAMA e das ÁREAS DE LIVRE COMÉRCIO, foi sem sombra de dúvidas o desenvolvimento das áreas ínvias e de difícil processo natural de ocupação existente na Amazônia Legal. O decreto-lei 288, de 28 de fevereiro de 1967, determinou uma área mínima para a SUFRAMA E ZONA FRANCA DE MANAUS, onde se teria, entre outros, benefícios fiscais para importação e exportação de mercadorias, insumos, etc. Um ano depois, através do decreto-lei 356, de 15 de agosto de 1967, estes benefícios foram estendidos a todas às áreas pioneiras, zonas de fronteira e outras localidades da Amazônia Ocidental. Os estados da Amazônia Ocidental, estabelecidos no § 4º do art. 1º do decreto-lei 291, de 28 de fevereiro de 1967, são Rondônia, Roraima, Acre e Amazonas. Os atuais Estados de Roraima e Amapá, foram criados no mesmo dia e ambos apresentam hoje áreas de livre comércio. O Estado de Roraima irá se beneficiar de forma ampla em todo a extensão de seu território pois além de usufruir dos benefícios das Áreas de Livre Comércio de Pacaraima e Bonfim, faz parte da Amazônia Ocidental, portanto pode ter estes benefícios fiscais em todo o seu território. O Amapá embora esteja praticamente separado do resto do Brasil por limites fluviais, não poderá estender as vantagens da sua ÁREA DE LIVRE COMÉRCIO, aos seus Municípios de fronteira, restringindo-se somente á pequena área de comercialização entre as cidades de Macapá e Santana. Acontece que o Estado do Amapá se encontra localizado dentro de um contexto geográfico ímpar na Amazônia, cujo acesso a partir dos demais Estados brasileiros só é feito, hoje, através de navegação ou por via aérea, conquanto só existe uma saída terrestre (a rodovia BR- 156 : a que liga Macapá e Santana à fronteira da Guiana Francesa) que, entretanto, não atinge aquele departamento francês. Esta característica geopolítica de isolamento e de logística difícil , atua como um forte fator de controle de mercadorias no território amapaense, pois a forte influência das marés e as planícies de mangues só favorecem ao atracamento em deltas de rios ou em áreas previamente dragadas e equipadas, até mesmo para pequenos barcos. Dessa maneira a segurança e o controle das fronteiras do Amapá são realizadas quase de forma natural, pois como exposto os seus limites com outros territórios são determinados por grandes rios (Oiapoque, Amazonas e Jari), situados em áreas de floresta tropical densa, com muito pouca ou quase nenhuma ocupação humana. A única exceção é a cidade do Oiapoque que faz fronteira com a Guiana Francesa fato que não representa problema uma vez que a Receita Federal já atua na área, onde existe também um forte controle do Governo Francês. A extensão dos benefícios fiscais à toda superfície do Estado do Amapá, irá promover grandemente o desenvolvimento deste Estado e transformará a área de livre comércio de Macapá e Santana, num ponto de irradiação centrífuga de desenvolvimento integrado. A Área de Livre Comércio de Macapá e Santana, não poderá se enclausurar numa muralha de negócios. Ela terá que ser um marco de conquistas rumo ao desenvolvimento sócio-econômico do Amapá e da Amazônia Oriental. SALA DAS SESSÕES, EM DE DE 2002 DEPUTADO ANTÔNIO FEIJÃO
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