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historia do amapa 06

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Livro Eletrônico
Aula 05
História e Geografia do Amapá p/ ALAP (Conhecimentos Gerais -
Todos os Cargos) - Pós-Edital
Sergio Henrique
01337057223 - Marluciene Monte
 
 
 
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SUMÁRIO 
00. Bate Papo Inicial. ......................................................................................................... 2 
1. Agricultura: Aspectos Gerais e Limitantes Físicos ........................................................... 3 
1.1. Solos ........................................................................................................................................... 4 
1.2. Os Solos do Brasil ....................................................................................................................... 4 
2. Os Principais Rebanhos e Lavouras. ............................................................................... 7 
2.1. Animais ....................................................................................................................................... 7 
2.2. Lavoura Temporária (Várias colheitas ao ano e o solo fica exposto) ........................................ 7 
2.3. Lavoura Permanente (dão em árvores e colhem os frutos) ....................................................... 8 
3. Produtos do Extrativismo. .............................................................................................. 9 
3.1. Projeto JARI ................................................................................................................................ 9 
3.2. Manganês e a Icomi ................................................................................................................. 10 
4. Textos Complementares .............................................................................................. 12 
5. Orientações de Estudos (Checklist) e Pontos a Destacar ............................................... 17 
6. Questionário de Revisão .............................................................................................. 19 
Questionário - Somente Perguntas ................................................................................................. 19 
Questionário - Perguntas e Respostas ............................................................................................ 19 
7. Exercícios. .................................................................................................................... 26 
8. Considerações Finais. ................................................................................................... 43 
 
 
 
 
 
 
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00. BATE PAPO INICIAL. 
 Olá amigo concurseiro. É com muita alegria que o recebo novamente. Estudar as aulas 
anteriores é fundamental para que você possa compreender muitas das coisas que vamos tratar 
aqui. Leia com atenção seu texto de apoio, releia e pratique exercícios. Aos poucos o conteúdo 
básico vai ficar retido na sua memória. Claro que para isso é muito importante você fazer suas 
próprias anotações, ou em forma de resumo ou anotações nos exercícios, não importa, você 
escolhe. O importante é estudarmos bastante e nos concentrarmos nos estudos. Estimule sua 
disciplina e procure motivação pensando em seus sonhos. Bons estudos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1. AGRICULTURA: ASPECTOS GERAIS E LIMITANTES FÍSICOS 
Agricultura surgiu no Egito Antigo e na Mesopotâmia. Desenvolveu-se há aproximadamente 
5.000 anos atrás, nas margens das grandes planícies fluviais. O Egito é uma dádiva do Nilo, como 
dizia o historiador grego Heródoto, e na mesopotâmia nos vales férteis dádivas dos Rios Tigre e 
Eufrates. A revolução agrícola foi uma das principais revoluções promovidas pela inteligência 
humana. O controle da natureza e da produção de alimentos teve como consequência a 
sedentarização do homem. Além de fixar o homem a terra, possibilitou um grande aumento 
populacional devido à maior oferta de alimentos. 
 A maior parte do planeta pratica a agricultura, com exceção de algumas sociedades tribais 
ainda existentes pelo mundo, como tribos nômades africanas e algumas tribos amazônicas. Nas 
áreas no planeta que não se praticam atividades agrícolas, é porque existe algum elemento natural 
que limita a prática da agricultura, como nos grandes desertos, topos de montanhas e regiões 
glaciais. O principal elemento natural que limita a agricultura é o clima. Outro fator limitante são os 
solos. De acordo com a profundidade e fertilidade podemos produzir ou não. 
 
 
 
 
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1.1. SOLOS 
Os solos são o resultado da rocha decomposta misturada à matéria orgânica. Vários fatores 
podem interferir na fertilidade dos solos como o tipo de rocha, quantidade de matéria orgânica e 
microrganismos. Os solos também são divididos em solos maduros, que são mais desenvolvidos e 
profundos (latossolos) e solos imaturos e pouco desenvolvidos (litossolos). A profundidade dos 
solos está diretamente ligada às zonas climáticas em que estão localizados. Nas zonas tropicais 
temos maiores temperaturas e uma maior quantidade de chuvas, consequentemente um processo 
erosivo mais intenso. Portanto, quanto maior a temperatura e a pluviosidade, mais profundos são 
os solos. É importante lembrar que assim como o petróleo, os solos são recursos naturais não 
renováveis. A perda de solo está entre os grandes problemas provocados pela agricultura (devido 
ao desmatamento e às culturas temporárias). São bilhões de toneladas de solos perdidos todo ano 
no mundo. 
 
 
1.2. OS SOLOS DO BRASIL 
 Solo de Massapê: Solo fértil, resultado da decomposição do calcário e do gnaisse. 
Encontrado no litoral nordestino (zona da mata). Foi na zona da mata pernambucana em 
que foi implantado com sucesso o plantation de cana-de-açúcar pelos portugueses. 
 Terra Roxa: Solo fértil resultado da decomposição do Basalto (Rocha vulcânica). Encontrado 
principalmente no estado de São Paulo e Paraná. No século XIX foi quando teve início o ciclo 
do café em terras do RJ e SP. O café foi cultivado principalmente neste solo fértil. 
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 O solo do cerrado: É um solo imaturo, ou seja, pouco desenvolvido (litossolo). É também 
um solo ácido e precisa ser tratado com o método da calagem (jogar cal virgem no solo para 
neutralizar a acidez). 
 
 O solo é dividido em horizontes. Quanto mais horizontes, mais profundo. Quanto mais se 
aprofunda no solo, mais pedregoso fica, até chegarmos à rocha matriz (a rocha que deu origem 
àquele solo). 
 O solo da Amazônia: É uma confusão muito comum atribuirmos amegadiversidade 
amazônica à fertilidade dos seus solos, mas não é correto. Na verdade os solos amazônicos 
são pouco férteis e toda a floresta está assentada em uma camada de matéria orgânica. 
Abaixo desta camada encontramos sedimentos arenosos. 
 
 
Nos últimos 15 anos o Amapá passou por um grande processo de urbanização, devido 
ao êxodo de cerca de 35% da população rural para as cidades e da migração oriunda 
de outros estados, sendo que atualmente cerca de 90% da população do estado 
residem nas cidades. Quanto à população, 75% está concentrada nas áreas urbanas de 
Macapá e Santana, cidades vizinhas que tem apenas 20 km de distância uma da outra. 
Como causas desta acelerada urbanização da população são citadas a instalação da 
Zona de Livre Comércio de Macapá e Santana e a falta de uma política agrícola capaz de 
desenvolver o meio rural. Neste mesmo período observou-se uma redução de 30% do 
número de estabelecimentos agrícolas (indicativo de concentração fundiária em 
aumento). Mais de 90% dos produtos de origem agrícola e pecuária consumidos são 
importados dos outros estados. A produção agrícola predominante é o plantation 
(grandes latifúndios, monocultores para a exportação). 
 “Se de um lado existe um mercado consumidor interno capaz de absorver uma 
significativa produção agropecuária e florestal, do outro lado tem-se uma agricultura de 
subsistência, caracterizada pela adoção de sistemas de produção com baixos padrões 
tecnológicos e, consequentemente com níveis de produtividade aquém das demandas 
da população estadual.” 
 A EMBRAPA desenvolve pesquisas para o desenvolvimento rural, por exemplo 
identificar e explorar potencialidades agrícolas para que aumente a produção interna de 
alimentos. Buscam junto das universidades conhecimentos técnicos para produção de 
alimentos e produtos primários a custos competitivos no mercado global. Entre os 
principais desafios está o de desenvolvimento de técnicas de cultivo adequadas aos 
ecossistemas complexos existentes no Amapá. Uma das principais consequências de 
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políticas de desenvolvimento da agricultura familiar permite o desenvolvimento da 
produção, da distribuição de renda e combate a desnutrição e pobreza. 
 "A Embrapa Amapá, sensível a estas mudanças, está permanentemente atenta à 
redefinição de esforços para a geração de suporte tecnológico, buscando 
sustentabilidade à produção agropecuária e florestal, utilização sustentável da 
biodiversidade e melhoria dos sistemas tradicionais de extrativismo vegetal. Os recursos 
naturais existentes nos ecossistemas do Amapá apresentam uma grande potencialidade 
para a exploração sustentável e geração de novos produtos, como frutas nativas, 
fitoterápicos, pigmentos, cosméticos, repelentes e inseticidas naturais. No entanto, uma 
grande dificuldade é o estabelecimento de mercados para estes produtos em uma 
economia globalizada. As fruteiras nativas destacam-se pela grande potencialidade de 
conquistar mercados, como vem ocorrendo com a polpa de açaí e cupuaçu. Estas 
fruteiras já possuem um mercado em expansão na região centro-sul do país, tendo 
grandes potencialidades para o mercado internacional de polpa de frutas tropicais.” 
 Para apoiar este segmento agrícola, o governo criou Programa de 
Desenvolvimento Sustentado do Amapá (PDSA), no entanto há um grande déficit 
tecnológico desde as etapas de produção (cultivo melhorado e sistema de produção 
ambientalmente adequados) até a fase de beneficiamento, armazenamento e 
comercialização destes produtos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2. OS PRINCIPAIS REBANHOS E LAVOURAS. 
O número de cabeças de búfalos é bem maior que o número de cabeças de gado. Há 
também equinos, suínos caprinos e ovinos, mas em pequeno número. Vale destacar também que a 
área ocupada pelos animais supera bastante a área plantada. As terras no Amapá são ocupadas 
por grileiros, posseiros mas em sua maioria terras devolutas, ou seja, do Estado. A carência de 
domínio de técnicas das comunidades faz com que a produtividade agrícola geral seja baixa fora do 
agronegócio e a falta de infraestrutura prejudica muito o desenvolvimento do Estado. Por 
infraestrutura devemos entender estradas, ferrovias, rodovias e portos. 
 
2.1. ANIMAIS 
 
 
2.2. LAVOURA TEMPORÁRIA (VÁRIAS COLHEITAS AO ANO E O SOLO FICA EXPOSTO) 
O clima quente e úmido colabora para o cultivo de cana e também arroz, principalmente em 
áreas alagadas. 
 
 
 
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2.3. LAVOURA PERMANENTE (DÃO EM ÁRVORES E COLHEM OS FRUTOS) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3. PRODUTOS DO EXTRATIVISMO. 
 
 
 A extração do látex foi muito importante para o estado durante principalmente o ciclo da 
borracha no início do século XX: 
 
3.1. PROJETO JARI 
Foi um grande empreendimento iniciado em 1967, pelo empresário norte-americano Daniel 
Keith Ludwig na região amazônica. Localizado na confluência dos rios Jari e Amazonas, abrangendo 
terras do estado do Pará e Amapá (que naquela época era território federal). A ideia era construir 
um complexo econômico de grandes dimensões, envolvendo atividades industriais, agrícolas e de 
extração mineral e vegetal. Adquiriu a empresa Jari florestal e a transformou numa holding, um 
grande conglomerado que reunia vários de seus negócios. 
A atividade principal no início foi à extração e produção de madeira para produção de 
celulose. Cem mil hectares de florestas foram reflorestados com duas espécies exóticas 
(implantadas): Melina arbórea e pinus caribea. A melina não vingou por não se adaptar. Os 
pinheiros cresceram, mas não produziram poupas de alto grau para a manutenção do projeto. 
 Na agropecuária desenvolveu a maior área contínua de cultivo de arroz no mundo. 
Engordou também milhares de cabeças de gado. 
 Na mineração extraia principalmente o caulim, bauxita, ferro, quartzo, ouro e calcário. 
 Construiu uma extensa rede de infraestrutura que ferrovias, rodovias, um porto e três vilas 
residenciais. 
 Participação maciça de equipes e tecnologia japonesa, de onde vieram os estaleiros e as 
usinas. Tudo foi trazido do Japão. 
 
O projeto Jari foi o maior conglomerado de atividades extrativas e agropecuárias do mundo 
e pertencente a uma só pessoa. O projeto enfrentou muitos problemas, e também levantou 
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polêmicas: a maior delas é a presença estrangeira na Amazônia, que era beneficiada pelas políticas 
públicas da ditadura militar, num projeto cuja área era superior a vários países europeus e com seu 
dono reivindicando áreas cada vez maiores, as condições precárias de trabalho, e com muito 
dinheiro público envolvido e licenças duvidosas. O sociólogo Otávio Ianne chamava o Jari de 
enclave estrangeiro na Amazônia. Até para o exército tornou-se assunto relevante para a 
soberania nacional. A presença do estado através de órgãos administrativos era quase inexistente, 
o que dava incrível poder ao empresário dono do empreendimento, que passou a exigir com o 
tempo, maior presença de órgãos estatais, grandes investimentos públicos e parceria na 
manutenção da infraestrutura construída. Ludwig perdeu seu grande apoio político no governo e 
no final da década de 70 demonstrou interesse em vender o grupo. O Estado brasileiro coordenou 
um processo de nacionalização do Jari (82), com participação do capital privado. Nacionalizaram 
sem o recurso da estatização (o estado incorporar toda a empresa). 
 
3.2. MANGANÊS E A ICOMI 
Foi encontrado ouro no início do século XX, o que provocou um grande fluxo migratório 
para o Amapá. Após a criação do Território Federal do Amapá, foi descoberto o minério de 
manganês, o que levou em pouco tempo as reivindicações pela exploração. O manganês que é 
utilizado na fundição do aço, material usado em armamento bélico. Isso gerou muitas expectativas 
na região, principalmente por causa do contexto envolvendo o pós-Segunda Guerra Mundial e a 
corrida armamentista motivada pela Guerra Fria, entre Estados Unidos e a União Soviética. 
Para a exploração do manganês descoberto na região batizada de Serra do Navio foi feita 
concorrência pública. Participaram do licitatório a empresa belo-horizontina ICOMI, com mais duas 
empresas estrangeiras. A ICOMI ganhou a licitação, mas logo após ter recebido o direito de 
explorar a mina amapaense, a empresa mineira ICOMI planejou adquirir uma sócia estrangeira 
para o estudo do depósito. Mesmo enfrentando diversas críticas, em 1948, quando a ICOMI iniciou 
as pesquisas em Serra do Navio, uma empresa estadunidense participou conjuntamente da 
prospecção, do financiamento, da produção, da gerência e das vendas do minério, a Bethlehem 
Steel Corporation. 
A ICOMI assinou um contrato em que o território seria concedido por 50 anos, sendo que a 
empresa deveria exportar no mínimo 500 mil toneladas/ano. O acordo de concessão seria até 
2003. No entanto o minério esgotou-se antes do esperado e os investimentos reduziram, até que 
em 97 a ICOMI encerrou suas atividades. 
A exploração do manganês levou investimentos para a região, pois a área onde o projeto 
seria instalado não possuía infraestrutura. Então, diversos investimentos foram feitos, dentre eles 
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a estrada de ferro do Amapá e as company towns Vila Amazonas e Serra do Navio. Também podem 
ser atribuídos ao projeto ICOMI a criação do Porto de Santana, para o escoamento do manganês 
do projeto, e até mesmo a construção da hidrelétrica Icoracy Nunes, no rio Araguari, que foi 
financiada em parte pela empresa. 
A contratação maciça de trabalhadores pela ICOMI ocorreu especialmente entre 1953 e 
1960, ao passo que a população amapaense nunca parou de crescer, obtendo uma taxa de 
crescimento populacional anual estimada de 5,78%. Fato é que a ICOMI contribuiu para atrair para 
o Amapá mais pessoal do que ela poderia empregar, mas a criação de outros empregos não 
poderia ser colocada nos ombros de uma empresa mineradora privada. Isso resultou dezenas de 
problemas socais. Mas vale frisar que a ICOMI não era uma agência de desenvolvimento capaz de 
estimular outros atores privados e públicos a investir no Amapá, sendo que este seria um dever do 
Estado. 
A partir dos anos 1970 a jazida superficial começou a apresentar os primeiros sinais de 
esgotamento, o manganês por ser de baixa qualidade precisava ser refinado para que fosse 
exportado. Os lucros do projeto tiveram uma gigantesca queda e em pouco tempo a Bethlem Steel 
quebra a parceria com a ICOMI e abandona o projeto. A ICOMI passa a não criar empregos 
suficientes para fixar os grandes contingentes de pessoas que migravam para o Amapá. Vale dizer, 
além disso, que o número de mortes infantis entre 1953 e 1961, quando a ICOMI se instalava e 
começava a operar, cresceu significativamente. Os números absolutos de profissionais de saúde 
cresceram muito lentamente e a disponibilidade per capita não variou muito entre 1953 e 1999. Se 
houve melhorias sociais, eram lentas e graduais. Foram precisos quase os 20 primeiros anos para 
apenas duplicar o número de médicos, farmacêuticos e dentistas, o que resultou num problema 
estrutural, mediante a grande quantidade de pessoas que migraram para a região atraídas pela 
exploração do mineral. Uma grande variedade de doenças contagiosas, infecciosas ou 
transmissíveis, de difícil controle ou erradicação, afligiu grande número de pessoas, em muitas 
localidades, em forma epidêmica ou endêmica. 
Os investimentos privados na mineração na região do atual Estado do Amapá deixaram 
fortes impactos ambientais, uma vez que a mineração mecanizada a céu aberto é uma atividade 
especialmente propícia à geração de impactos ambientais. 
 
 
 
 
 
 
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4. TEXTOS COMPLEMENTARES 
 
Amapá - o desenvolvimento de um estado amazônico 
 [...] O Amapá foi criado como território Federal em 1943, e alcançou a condição de 
estado em 1988. É uma das mais jovens unidades de nossa Federação e uma das menos 
estudadas. Se compararmos, de forma superficial, as estatísticas disponíveis sobre o 
Amapá com a de outros estados, ao longo das últimas décadas, ele parece ser um dos 
estados brasileiros menos dotados de mais problemáticos. A precariedade se expressa, 
por exemplo, no reduzido tamanho da sua população, e o seu pequeno Produto Interno 
Bruto, limitado número de empreendimentos agrícolas, industriais e de serviços, nas 
poucas áreas sob cultivo agropecuário, a quilometragem mínima de estradas 
pavimentadas, na escassez de bons solos agrícolas, no pequeno número de máquinas 
empregadas na agricultura, nos rebanhos quase sempre declinantes de seus animais 
domésticos etc. desta perspectiva, o Amapá parece ser uma acumulação de carências. 
 No entanto, em 1998, surgiram dados - ou melhor, dados existentes foram 
reorganizadas e reexaminados - que colocaram essa visão em xeque, para a surpresa de 
estudiosos e mesmo de governantes e cidadãos amapaenses. Uma equipe de 
pesquisadores do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas, da Fundação João 
Pinheiro e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística computou os escores do 
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de todos os estados brasileiros para os anos 
de 1970, 1980, 1991, 1995 e 1996. Este índice, criado e disseminado pelo PNUD, desde 
o início da década de 1990, é composto de variáveis ligadas à longevidade, à renda e à 
escolaridade. Ele permite medições confiáveis, que formam séries históricas e 
possibilitam comparações significativas entre países, regiões, estados e municípios. O 
mesmo grupo de cientistas computou um índice mais amplo, que incluivariáveis sobre 
habitação e infância - o Índice de Condições de Vida (ICV). 
 A surpresa foi a seguinte: nos dois índices, o Amapá alcançou escores relativamente 
elevados nos contextos regional e nacional. Na verdade, no conjunto do período 1970-
1996, o Amapá foi o estado líder da Amazônia Legal em termos de IDH e ICV. No hábito 
nacional, integrado um grupo de estados (e quase sempre os liderou) que forma um 
“segundo pelotão“, atrás dos oitos estados brasileiros mais desenvolvidos - Distrito 
Federal, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Mato 
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Grosso do Sul e Espírito Santo. É um feito nada desprezível para um estado que, muitas 
vezes, é apontado como um dos mais pobres do país. 
DRUMMOND, José Augusto; PEREIRA, Mariângela de Araújo P. O Amapá nos tempos do manganês: Um estudo sobre o desenvolvimento de um 
estado amazônico - 1943/2000. Capítulo 1, Pág. 25 e 26. Rio de Janeiro: Garamond, 2007. 
 
Um breve histórico do Amapá 
 [...] O Amapá é um dos 26 estados brasileiros. A maior parte do seu território foi 
incorporada ao Brasil em momento relativamente tardio na história do país. Em 
dezembro de 1901, o presidente da suíça, atuando como árbitro formal de uma antiga 
disputa territorial e diplomática, decidiu que o Brasil teria soberania sobre esse 
território que há tempos era reivindicado pela França. As terras incorporadas ao 
território brasileiro em virtude da decisão de 1901 se localizavam ao norte do rio 
Araguari e a leste do rio Oiapoque, compondo cerca de metade do atual estado do 
Amapá. Esta região, então esparsamente ocupada, fez parte do estado do parar por 
mais de 40 anos, não tendo passado por transformações sociais ou econômicas de nota 
nas décadas seguintes. É interessante destacar que um dos motivos principais - se não o 
principal- para as disputas entre o Brasil e a França eram as ocorrências de ouro e os 
garimpos existentes na região contestada. Era um prenúncio da importância que a 
atividade mineradora assumiria no Amapá. 
 Apenas em 1943 aconteceu uma mudança político-administrativa importante: o 
decreto Federal 5.812, de 13 de setembro, criou o Território Federal do Amapá, 
desmembrando o do Pará. O novo território compreendia todas as terras adquiridas 
pelo Brasil (como consequência da arbitragem de 1901) mais uma porção quase tão 
grande de terras situadas a sul do rio Araguari, a leste do rio Jari e ao norte do estuário 
do rio Amazonas. Ele incorporou uma parte do atual município paraense de Almeirim E 
a totalidade dos municípios então paranaenses de Mazagão, Macapá e Amapá. Como 
território Federal, o Amapá ficou sob a jurisdição direta do Executivo federal, que 
nomeava o seus governadores, instalava representações e escritórios de organismos 
federais e transferia recursos orçamentários e extra orçamentárias para custear as 
atividades governamentais e para investimentos diversos. 
 A economia do Território Federal do Amapá nascia com perfil extrativista típico da 
Amazônia, produzindo borracha, castanha-do-pará, pau rosa, sementes oleaginosas, 
toras de madeira, ouro e algum gado. Uma atividade diferenciada, mas temporário, foi a 
de uma pequena base aérea situada no município, operada como parte de uma rede de 
apoio a aviões norte-americanos que transportavam soldados e suprimentos para os 
campos de operações na África, durante a Segunda Guerra Mundial. A base operou até 
1948. 
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 Depois de 45 anos como território, o Amapá foi elevado à condição de estado em 
1988, por decisão escrita nas Disposições Transitórias da Constituição promulgada 
naquele ano. Em 1990, elegeu o seu primeiro governador (antes tinha interventores 
nomeados pelo governo federal) e a sua primeira Assembleia Legislativa, ampliou de 
três para oito a sua bancada de deputados federais e elegeu senadores pela primeira 
vez. Em 1992, o prefeito de Macapá foi eleito pela primeira vez pelo voto direto. Em 
1994 e 1998, o eleitorado do estado votou de novo para governador, deputados 
federais e estaduais e senadores, enquanto novas eleições municipais foram registradas 
em 1992, 1996 e 2000. A vida política autônoma do novo estado, embora curta, 
coincidiu com as dinâmicas derivadas da retomada e da consolidação democrática do 
Brasil, inclusive com eleições regulares e a criação de novos municípios. [...] 
DRUMMOND, José Augusto; PEREIRA, Mariângela de Araújo P.. O Amapá nos tempos do manganês: Um estudo sobre o desenvolvimento de um 
estado amazônico - 1943/2000. Capítulo 3, Pág. 65 e 66. Rio de Janeiro: Garamond, 2007. 
 
Pré-história da Mina de Serra do Navio (1934-1953) 
 [...] 1934 é o ano do primeiro informe oficial sobre a ocorrência de depósitos de 
minério de Manganês no interior do Amapá. Josalfredo Borges, engenheiro a serviço do 
Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Viagem ao longo do rio Amapari, 
registrou ocorrência de Manganês numa localidade indefinida. Relatório não teve 
consequências imediatas, mas não foi esquecido. 
 Em 1943, quando Amapá foi criado como território Federal, o seu primeiro interventor 
(cargo correspondente governador), o oficial do Exército Janary Gentil Nunes, então 
capital, logo se interessou pelo relatório de Borges. Desde os primeiros meses de sua 
gestão, que durou até 1955, ele mostrou interesse especial pela mineração, 
considerando que ela seria a base para a economia ir para o desenvolvimento do 
território. Ele não confiava que os produtos extrativistas tradicionais do Amapá 
(borracha, castanha, pescado) cumprissem o papel. Assim, Nunes desse engavetou o 
relatório de Borges ele deu ampla publicidade. 
 Em 1945, um geólogo alemão, Fritz Ackermann, A serviço do governo de Nunes, de 
novo anunciou o descobrimento de minérios metálicos, desta feita no vale do rio vila 
nova. Era um depósito de minério de ferro, no entanto. Logo reagiu à nova descoberta, 
contratando a mineradora norte-americana Hanna Explorarion Company Para fazer uma 
avaliação comercial deste depósito. A empresa concluiu que ele não tinha viabilidade 
comercial, pois, apesar do alto teor metálico, continha menos de 10 milhões de 
toneladas de minério. Ainda assim, em 1945, o persistente Interventor Nunes anunciou 
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oficialmente “prêmio em dinheiro” para quem fornece informações que levassem à 
identificação de outros depósitos de minério de ferro no Amapá. 
 Na sua busca por mais minério de ferro, Nunes acabou incentivando a descoberta do 
minério de manganês. Várias fontes consultadas, inclusive jornais da época, atribuem a 
descoberta do minério de manganês a Mário Cruz, um regatão (comerciante ribeirinho), 
Aparentemente nativo do Amapá ou do Pará, veterano de muitas viagens de barco pelo 
rio Amapari. Sabendo do prêmio oferecido pelo governo, Cruz retornou a um trecho do 
Amapari, onde, em 1941, encontrar pedras “escuras” e “pesadas”, que usara como 
lastro do seu pequeno barco e motor para enfrentar corredeiras.Em meados de 1945, 
ele recuperou algumas dessas pedras pessoalmente ao escritório do interventor, em 
Macapá. Ackermann identificou o minério como sendo de manganês. , Para se certificar, 
enviou amostras para serem examinados na sede nacional do DNPM, no Rio de Janeiro. 
Glyckn de Paiva, engenheiro do DNPM, examinou as amostras e confirmou Ackermann: 
tratava-se de minério de manganês de teor excepcionalmente elevado. Acidentalmente 
ou não, estava selado o futuro da mineração do Amapá: por quase 50 anos, o manganês 
seria o personagem principal desta atividade, na verdade, de toda a economia do 
estado. [...] 
DRUMMOND, José Augusto; PEREIRA, Mariângela de Araújo P.. O Amapá nos tempos do manganês: Um estudo sobre o desenvolvimento de um 
estado amazônico - 1943/2000. Capítulo 4, Pág. 122 e 123. Rio de Janeiro: Garamond, 2007. 
 
Ocupação Humana 
 [...] Na década de 1950, quando da implantação da mina de Serra do Navio, 
praticamente não havia comunidades humanas permanente neste território. É possível 
que os indígenas Waiãpi usar sazonalmente ou esporadicamente as terras do município, 
mas aparentemente não criaram aldeias por lá. Em diversos pontos das margens dos 
rios Araguari e Amapari havia acampamentos de garimpeiros, alguns mais e outros 
menos duradouros. Não todo, no entanto, tanto o perímetro da mineração quanto 
território do futuro município de Serra de Navio compunham um espaço virtualmente 
desocupado, densamente flor estado, remoto e de acesso mais difícil para os residentes 
de Macapá e outras cidades do litoral amapaense. 
 
Da descoberta do minério à criação do grande empreendimento privado de mineração 
 Em 1934, ouvir o primeiro registro da ocorrência de depósitos de manganês no 
Amapá. Mais de 10 anos depois, em 1945, a uma nova descoberta do manganês. O 
governo federal declarou então as jazidas amapaenses uma “reserva nacional” e fez do 
governo territorial do Amapá o concessionário do direito de sua exploração, para que 
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ele usufruísse das vantagens da sua extração. Em 1947, a ICOMI, pequena empresa 
mineradora de Minas Gerais, ganhou a concorrência para explorar a jazidas. 
 Os anos seguintes foram marcados pela assinatura e por revisões do contrato de 
mineração, pela prospecção do perímetro a ser minerado e pelos estudos de viabilidade 
comercial, logística e de infraestrutura. Cresceram, ao mesmo tempo, as expectativas 
quanto aos benefícios a serem usufruídos pelo Amapá com a exploração das jazidas. 
Cabe citar as declarações de Hebert Gaston, presidente do Export-Import Bank dos EUA 
- um dos financiadores da mina de Serra do Navio -, que afirmou: “O Projeto Serra do 
Navio proporcionará quantias substanciais de dólares para o Brasil, protegendo, ao 
mesmo tempo, a indústria de acha dos Estados Unidos contra uma escassez cultura de 
minério de manganês.” mais enfático ainda foi Jess Larson, chefe da Defense Materials 
Procurement Agency, dos EUA, Encarregado da compra estocagem de materiais 
estratégicos. Ele disse que “o empreendimento era uma das mais significativas medidas 
tomadas para assegurar uma produção futura adequada de materiais necessários ao 
abastecimento do programa de defesa dos Estados Unidos”. 
 Entre 1954 e 1955, a ICOMI construiu a maior parte da infraestrutura (perímetro de 
mineração, ferrovias e portos) necessária ao funcionamento da mina de Serra do Navio. 
Em 1957, ouvir o primeiro embarque de minério pelo Porto de Santana. Nos 41 anos 
seguintes, a ICOMI comercializou aproximadamente 60 milhões de toneladas do 
minério. A economia do Amapá tornou-se dependente da exploração de manganês, 
voltada para o atendimento dos mercados externos e brasileiro. Quase todo o 
movimento da economia local passou a girar em torno das atividades de exploração 
mineral e, mais tarde, de algumas atividades distintas derivados dos revestimentos que 
a ICOMI fez no Amapá. [...] 
DRUMMOND, José Augusto; PEREIRA, Mariângela de Araújo P.. O Amapá nos tempos do manganês: Um estudo sobre o desenvolvimento de um 
estado amazônico - 1943/2000. Capítulo 7, Pág. 385 e 386. Rio de Janeiro: Garamond, 2007. 
 
 
 
 
 
 
 
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5. ORIENTAÇÕES DE ESTUDOS (CHECKLIST) E PONTOS A DESTACAR 
 
 Solo da Amazônia: pouco férteis e toda a floresta está assentada em uma camada de matéria 
orgânica. 
 75% da população do Amapá está concentrada nas áreas urbanas de Macapá e Santana. 
 Mais de 90% dos produtos de origem agrícola e pecuária consumidos são importados dos 
outros estados. 
 O número de cabeças de búfalos é bem maior que o número de cabeças de gado. 
 Há também equinos, suínos caprinos e ovinos, mas em pequeno número. 
 Área ocupada pelos animais supera bastante a área plantada. 
 O clima quente e úmido colabora para o cultivo de cana e também arroz. 
 Lavoura permanente: banana, goiaba, laranja, mamão e maracujá. 
 Produtos do extrativismo: açaí, castanha de caju e castanha-do-pará. 
 O Projeto Jari (1967-1982) foi uma ideia de construir um complexo econômico de grandes 
dimensões, envolvendo atividades industriais, agrícolas e de extração mineral e vegetal. 
o Engordou milhares de cabeças de gado. 
o Fez a maior área contínua de cultivo de arroz no mundo. 
o Mineração de caulim, bauxita, ferro, quartzo, ouro e calcário. 
o Construiu uma extensa rede de infraestrutura que ferrovias, rodovias, um porto e três 
vilas residenciais. 
o Tudo foi trazido do Japão. 
o Muito dinheiro público foi envolvido, apesar do projeto Jari ser de um único dono: o 
norte-americano Daniel Keith Ludwig. 
o Polêmica da presença estrangeira na Amazônia. 
o O Projeto Jari foi nacionalizado em 1982, com participação do capital privado (isto é, 
sem o recurso da estatização). 
 Após a criação do Território Federal do Amapá, em 1943, foi descoberto, na região batizada 
de Serra do Navio, o minério de manganês (utilizado na fundição do aço). A corrida 
armamentista na Guerra Fria elevou as expectativas. Foi feita concorrência pública. 
o A empresa belo-horizontina ICOMI ganhou o processo licitatório, que concorreu com 
outras duas empresas estrangeiras. 
o O contrato de exploração assinado foi de 50 anos. 
o Em 1948 a empresa estadunidense Bethlehem Steel Corporation participou na 
administração e exploração. 
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o O contrato seria até 2003, mas em 1997 a ICOMI encerrou as atividades, por causa do 
esgotamento do minério. 
o A contratação de trabalhadores pela ICOMI ocorreu especialmente entre 1953 e 1960. 
Mas a população não parou de crescer. Isso resultou em dezenas de problemas socais. 
o A população aumentou, mas a infraestrutura não acompanhou. O número de mortes 
infantis cresceu significativamente. O número de profissionais da saúde cresceu muito 
lentamente. Grande variedade de doença afligiu a população. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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6. QUESTIONÁRIO DE REVISÃO 
 
QUESTIONÁRIO - SOMENTE PERGUNTAS 
1) Descreva o processo histórico em que esteve envolvido a região do atual Amapá até a 
assinatura do Tratado de Utrecht. 
2) Explique por que a Guiana Francesa foi ocupada no início do século XIX. 
3) Aponte as principais características do da Revolta Regencial que ficou conhecida como 
Cabanagem. 
4) Esclareça o que foi o Contestado Franco-Brasileiro. 
5) Escreva um texto examinando a relação entre a Segunda Guerra Mundial e a criação do 
Território Federal do Amapá. 
6) Enumere dez aspectos da geografia do Amapá. 
7) Explore a relação entre a criação do Território Federal do Amapá e a extração do 
manganês pela empresa ICOMI. 
8) Apresente de forma sintética o que foi o Projeto Jari. 
9) Identifique o momento histórico e as causas da elevação do Território Federal do Amapá 
para Estado da Federação. 
10) Exponha os impactos socioambientais deixados pela exploração do manganês no 
Amapá. 
 
QUESTIONÁRIO - PERGUNTAS E RESPOSTAS 
1) Descreva o processo histórico em que esteve envolvido a região do atual Amapá até a 
assinatura do Tratado de Utrecht. 
No período das grandes navegações, o Tratado de Tordesilhas definiu uma linha imaginária 
que dividiu as descobertas dos navegadores entre Portugal e Espanha. Mesmo antes da 
chegada de Pedro Alvares Cabral ao Brasil, em 22 de abril de 1500, a futura Terra de Vera 
Cruz já estava dividida por aquele tratado, que definia uma linha de demarcação num 
meridiano, 370 léguas a oeste da ilha de Santo Antão, no arquipélago de Cabo Verde. Nesse 
sentido, coube a Portugal apenas uma parcela do atual território brasileiro, mais 
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especificamente uma faixa da região costeira do Nordeste até o Sudeste. A Região Norte do 
Brasil, portanto, ficava na porção destinada à Coroa espanhola, inclusive o atual Estado do 
Amapá. Vale lembrar, que antes mesmo de Cabral, o espanhol Vicente Pinzon aportou na 
região do Amapá em janeiro de 1500, dando seu nome ao atual Rio Oiapoque. 
Foi quando Portugal esteve sob o domínio do reino espanhol, no período denominado de 
União Ibérica, que se estendeu de 1580 a 1640, que os limites do Tratado de Tordesilhas 
perderam a validade, pois os dois reinos e suas colônias se tornaram um só. Nessa época, os 
colonizadores portugueses que estavam no Brasil ultrapassaram a linha imaginária em busca 
de riquezas, principalmente as pedras preciosas. Adentraram na região amazônica, 
percorrendo os rios e implantando pontos de pouso e parada, que mais tarde se tornariam 
fortes de defesa militar. No ano de 1621, documentos portugueses registravam a província 
do Cabo do Norte, que diz respeito à região do Amapá. 
Em todo caso, haviam dificuldades logísticas que limitavam a colonização da região, tanto por 
portugueses quanto por espanhóis, apesar de terem percorrido aquelas terras. Isso 
beneficiou a entrada de franceses, holandeses e ingleses na região, que tentavam colonizar o 
espaço inabitado por Portugal e Espanha. 
No século XVIII, as fronteiras entre as colônias portuguesas e espanholas começaram a ser 
oficialmente redefinidas. Outros limites também precisaram ser oficializados, como foi o caso 
dos limites com a Guiana Francesa. O Tratado Provisional, de 4 de março de 1700, foi a 
primeira tentativa de resolver o impasse através de medidas legais entre Portugal e França. 
Mas após a assinatura do Tratado Provisional, ambas as nações foram obrigadas a abandonar 
a região, porque esse acordo determinava a neutralização, proibindo até mesmo que colonos 
portugueses ou franceses se estabelecessem no local. O Tratado Provisional foi ratificado em 
18 de julho de 1701, ficando pendente a questão de limites. Mas os franceses não o 
respeitaram e continuaram incursionando pela região. Os limites então foram restabelecidos 
no tratado de Utrecht de 1713, em que o rio Oiapoque foi definido como o limite entre a 
colônia da França e a colônia de Portugal. O “princípio do Uti possidetis” (o direito da posse é 
de quem utiliza) vigorou e foi também com base neste tratado e neste princípio que o Barão 
no Rio Branco, quase duzentos anos depois, em 1900, conseguiu manter nossas fronteiras, 
diante de reinvindicações francesas. 
2) Explique por que a Guiana Francesa foi ocupada no início do século XIX. 
Ao longo dos séculos XVIII e XIX, os franceses tentaram por diversas vezes ultrapassar os 
limites do Tratado de Utrecht, inclusive argumentando que o Rio Pinzon não seria o 
Oiapoque, mas outro mais ao sul, na tentativa de garantir mais territórios. O imperador 
Napoleão Bonaparte, sustentado pelo poder militar do seu Império, determinou o limite 
entre o Brasil e a Guiana no rio Calçoene, através do Tratado de Paris, em 1797, depois no rio 
Araguari em 1801, pelo Tratado de Badajós confirmado pelo Tratado de Amiens em 1802. 
Porém, a fraqueza de suas instalações na região seria uma forte desvantagem frente aos 
portugueses, aliado aos ingleses na luta contra o Império franceses. 
Mais tarde, quando o regente D. João VI foi forçado a viajar para o Brasil fugindo das invasões 
de Napoleão Bonaparte, ele teve a ideia de invadir a Guiana Francesa, tanto para vingar a 
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invasão da metrópole portuguesa, como para fixar definitivamente a fronteira no rio 
Oiapoque. Facilmente invadida e conquistada em 1809, a Guiana Francesa não foi anexada ao 
Brasil, mas somente ocupada na espera de uma possível restituição futura, o que não era 
aceito unanimemente pelos portugueses. A queda de Napoleão, em 1815, permitiu a 
restituição da Guiana à França pelo Tratado de Paris em 1817, que colocava claramente a 
fronteira no rio Oiapoque, desta vez com dados geográficos precisos. 
3) Aponte as principais características do da Revolta Regencial que ficou conhecida como 
Cabanagem. 
A Cabanagem foi uma revolta que ocorreu entre 1835 e 1840, durante o Período Regencial 
(1831-1840), na Região Norte do Brasil, mais precisamente na antiga província do Grão-Pará, 
que reunia, à época, os atuais estados do Amapá, Amazonas, Pará, Roraima e Rondônia. Essa 
revolta tinha, entre seus objetivos, a intenção de aumentar a importância do Pará no governo 
central brasileiro e, principalmente, enfrentar a questão da pobreza em que afligia o povo da 
região, cuja maior parte morava em cabanas. As condições sociais e sanitárias eram 
extremamente precárias. Não havia saneamento. As pessoas trabalhavam muito e viviam 
mal. A rebelião representava as classes mais baixas da população, formada por índios, 
mestiços, artesãos, trabalhadores autônomos e membros de uma classe média desejosa de 
mais influência. Além disso, a Cabanagem foi um protesto pela retirada do poder de 
governantes que eram nomeados para administrar a região, mas que não se importavam com 
a situação social e, muitas vezes, sequer tinham ido ao Grão-Pará. Os líderes dos cabanos 
tinham projetos separatistas. Os rebeldes chegaram a tomar a capital, Belém, em duas 
ocasiões. A Cabanagem foi o único movimento regencial em que as camadas pobres 
conseguiram ocupar o poder. A Cabanagem acabou de formatrágica, deixando um saldo de 
cerca de 40 mil mortos. 
4) Esclareça o que foi o Contestado Franco-Brasileiro. 
O Contestado franco-brasileiro se refere a uma disputa de limites envolvendo a França e o 
Brasil, no final do século XIX, agravada a partir de 1895. Os franceses mais uma vez voltaram 
a reivindicar para si o território do Amapá. Eles não reconheciam o Rio Oiapoque como limite 
entre a Guiana Francesa e o Brasil. Tropas francesas chegaram a invadir o território brasileiro 
até o Rio Araguari, subtraindo aproximadamente 260.000 km² do território. 
Para resolver essa questão, foi preciso a atuação da diplomacia brasileira, através do então 
ministro das Relações Exteriores, o Barão do Rio Branco, que propôs uma arbitragem 
internacional para resolver o litígio, e a Suíça (Confederação Helvética) foi escolhida e aceita 
por ambas as partes. O Brasil conseguiu vários ajustes territoriais a seu favor, graças à 
atuação do diplomata Barão do Rio Branco. 
A arbitragem suíça, depois de avaliar os relatórios e respostas das duas partes, finalmente 
atribuiu definitivamente o Contestado ao Brasil, no ano de 1900. Foi o reconhecimento oficial 
de uma injustiça que tirou da soberania brasileira um território que lhe tinha sido atribuído 
duas vezes com tratados internacionais, em 1713 e 1817. 
 
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5) Escreva um texto examinando a relação entre a Segunda Guerra Mundial e a criação do 
Território Federal do Amapá. 
Foi durante o regime autoritário do Estado Novo (1937-1945), que Getúlio Vargas decretou a 
criação do Território Federal do Amapá, em 1943. No mesmo decreto, também foram criados 
outros quatro territórios federais – Rio Branco, Guaporé, Ponta Porã e Iguaçu –, todos eles 
situados em regiões de fronteira internacional. Essa informação é fundamental para entender 
a relação desejada, pois havia uma preocupação em facilitar a defesa dessas fronteiras 
específicas com a centralização do poder, uma vez que para esses territórios federais eram 
indicados interventores federais pelo próprio Getúlio Vargas. 
Na Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o governo brasileiro primeiro esteve mais alinhado 
ao Eixo (Alemanha, Itália e Japão), por causa da própria postura autoritária de Vargas, mas 
depois apoiou diretamente os Aliados (França, Reino Unido, URSS, EUA) após embarcações 
brasileiras terem sido bombardeadas por submarinos nazistas. Esse fato fez com que o Brasil 
entrasse na guerra, em 1942, fornecendo matéria-prima, homens e espaço para a construção 
de bases militares, ganhando em troca a construção de empresas estatais na área de 
siderurgia, metalurgia e energia. 
Foi durante os trabalhos de construção de uma Base Aérea na região do Amapá que a 
marinha norte-americana destruiu vários submarinos alemães, próximos a costa do Amapá. O 
fato é que os nazistas tinham um plano de invasão na região amazônica através do Rio 
Amazonas. Portanto, a defesa da foz do Amazonas era fundamental para impedir a investida 
nazista, visando fatores estratégicos, econômicos, políticos e principalmente militares. Não 
foi à toa que o primeiro interventor federal do Amapá, Janary Gentil Nunes, foi escolhido por 
Vargas entre os oficiais do Exército. 
6) Enumere dez aspectos da geografia do Amapá. 
1. Clima tropical equatorial, ou superúmido. 
2. Predominam terras baixas: planaltos residuais de baixa altitude, planícies e depressões. 
3. Solos são profundos e pouco férteis, pois muito lixiviados (lavados). 
4. O tipo de vegetação predominante é a floresta equatorial amazônica. 
5. O Amapá tem destinando 72% do seu território às áreas protegidas. 
6. O Amapá é pouco populoso e pouco povoado. 
7. A população amapaense está em envelhecimento. 
8. Cerca de 75% da população do Amapá está concentrada nas áreas urbanas de Macapá e 
Santana. 
9. Mais de 90% dos produtos de origem agrícola e pecuária consumidos são importados dos 
outros estados. 
10. Área ocupada pelos animais de criação supera bastante a área de plantio. 
 
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7) Explore a relação entre a criação do Território Federal do Amapá e a extração do 
manganês pela empresa ICOMI. 
Foi após a criação do Território Federal do Amapá, em 1943, que se descobriu o minério de 
manganês na região. Essa descoberta fez com que empresas de exploração do minério 
voltassem o olhar para o Amapá, especialmente porque o manganês é utilizado na fundição 
do aço, que por sua vez é o material usado para fazer armamento bélico. 
O contexto em questão favoreceu muito para a valorização, pois mesmo que a fabricação de 
armas durante a Segunda Guerra Mundial tivesse atingido níveis nunca antes vistos, o pós-
guerra ainda deixou de herança a Guerra Fria, com a corrida armamentista entre URSS e EUA. 
Isso gerou muitas expectativas na região. 
Então, para a exploração do manganês descoberto na região batizada de Serra do Navio, foi 
realizada uma concorrência pública, onde participaram do processo licitatório a empresa 
belo-horizontina ICOMI, contra duas empresas estrangeiras. A ICOMI ganhou a licitação, mas 
logo após ter recebido o direito de explorar a mina amapaense a empresa mineira planejou 
adquirir uma sócia estrangeira para o estudo. Mesmo enfrentando diversas críticas de 
nacionalistas, em 1948, quando a ICOMI iniciou as pesquisas em Serra do Navio, uma 
empresa estadunidense participou conjuntamente da prospecção, do financiamento, da 
produção, da gerência e das vendas do minério, a Bethlehem Steel Corporation. Vale lembrar 
que os norte-americanos estiveram no Território do Amapá durante a Segunda Guerra 
Mundial, para a construção de uma Base Aérea e a defesa da foz do Amazonas. Isso 
certamente influenciou na decisão de facilitar que uma empresa estadunidense auxiliasse na 
exploração e comércio do manganês, juntamente da ICOMI. Além disso, o governo brasileiro 
no pós-guerra toma uma postura favorável à política econômica estadunidense, de tal modo 
a relevar as críticas nacionalistas que foram feitas mediante a parceria da ICOMI com a 
Bethlehem Steel Corporation. 
8) Apresente de forma sintética o que foi o Projeto Jari. 
O projeto Jari foi o maior conglomerado de atividades extrativas e agropecuárias do mundo e 
pertencente a uma só pessoa: o empresário norte-americano Daniel Keith Ludwig. Seu 
empreendimento foi iniciado em 1967, durante o Regime Militar, com o apoio do governo 
brasileiro. A sua ideia era construir um complexo econômico de grandes dimensões, 
envolvendo atividades industriais, agrícolas e de extração mineral e vegetal. A tecnologia 
utilizada foi japonesa, de onde vieram os estaleiros e as usinas. Na agropecuária desenvolveu 
a maior área contínua de cultivo de arroz no mundo. Engordou também milhares de cabeças 
de gado. Na mineração extraia principalmente o caulim, bauxita, ferro, quartzo, ouro e 
calcário. Também construiu uma extensa rede de infraestrutura que ferrovias, rodovias, um 
porto e três vilas residenciais. 
O projeto enfrentou muitos problemas, e também levantou polêmicas: a maior delas é a 
presença estrangeira na Amazônia, que era beneficiada pelas políticas públicas do Regime 
Militar, num projeto gigantesco, mas com condições precárias de trabalho e com muito 
dinheiro público envolvido, além de licenças duvidosas. 
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Mas com o passar dos anos e o aumento das críticas, Ludwig perdeu o apoio político e no 
final da década de 1970 demonstrou interesse em vender o grupo. O Estado brasileiro 
coordenou um processo de nacionalização do Jari, em 1982, com participação do capital 
privado, isto é, a nacionalização sem o recurso da estatização. 
9) Identifique o momento histórico e as causas da elevação do Território Federal do Amapá 
para Estado da Federação. 
O Amapá foi elevado à condição de Estado membro da Federação pela Constituição de 1988, 
um momento histórico de grande importância para a República brasileira. Esse momento 
significou um expressivo aumento da participação popular na política no país, principalmente 
depois de 21 anos de Ditadura Militar. Uma das consequências desse momento foi a 
montagem de um aparelho administrativo de Estado, um governador, 3 senadores e 8 
deputados representando os amapaenses. 
Não obstante, a permanência do Amapá como Território Federal foi sendo determinada por 
diversos fatores e interesses que não estiveram diretamente subordinados às condições 
concretas pelas quais havia sido criado, assim como sua transformação em Estado não 
decorreu, necessariamente, dessa experiência territorial. Na verdade, a criação do Território 
Federal do Amapá, justificada pela incapacidade de autoadministração dessa região e como 
etapa transitória e preparatória para a criação do Estado, decorreu de um longo processo, 
gestado ainda no Império, que pretendeu garantir a tutela político-administrativa da região 
pelo Estado brasileiro, bem como o controle da decisão sobre a exploração das riquezas 
naturais da região, sem que de fato houvesse uma ação efetiva e planejada no sentido de 
desenvolvê-la economicamente, e assim favorecer a emancipação política. 
10) Exponha os impactos socioambientais deixados pela exploração do manganês no 
Amapá. 
Os investimentos privados na mineração do manganês, pela empresa ICOMI, na região do 
atual Estado do Amapá deixaram fortes impactos socioambientais, como pobreza, 
precariedade de recursos e a contaminação do meio ambiente. 
Para se entender os fatos, é preciso lembrar que a contratação maciça de trabalhadores pela 
ICOMI ocorreu especialmente entre 1953 e 1960, ao passo que a população amapaense 
nunca parou de crescer, pois a empresa atraia mais pessoal do que ela poderia empregar. 
Isso resultou dezenas de problemas socais. A partir dos anos 1970 a jazida superficial 
começou a apresentar os primeiros sinais de esgotamento. Os lucros do projeto tiveram uma 
gigantesca queda. A ICOMI passa a não criar empregos suficientes para fixar os grandes 
contingentes de pessoas que migravam para o Amapá. 
Vale dizer, além disso, que o número de mortes infantis entre 1953 e 1961, cresceu 
significativamente. O número de profissionais de saúde não cresceu conforme o aumento 
populacional. Foram precisos quase os 20 primeiros anos para apenas duplicar o número de 
médicos, farmacêuticos e dentistas, o que resultou num problema estrutural, mediante a 
grande quantidade de pessoas que migraram para a região atraídas pela exploração do 
mineral. Uma grande variedade de doenças contagiosas, infecciosas ou transmissíveis, de 
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difícil controle ou erradicação, afligiu grande número de pessoas, em muitas localidades, em 
forma epidêmica ou endêmica. 
Além disso, a mineração mecanizada a céu aberto é uma atividade especialmente propícia à 
geração de impactos ambientais, incluindo o desmatamento e a contaminação da água. 
Porém, em 1992 a Assembleia Legislativa do Amapá criou uma de suas primeiras Comissões 
Parlamentares de Inquérito (CPI), precisamente para investigar a indústria de extração 
mineral local, inclusive seus efeitos desenvolvimentistas e ambientais. A conclusão foi que os 
impactos ambientais do empreendimento da ICOMI foram minimizados pela criação de um 
valioso patrimônio social e econômico para o Estado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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7. EXERCÍCIOS. 
 
1. (FCC - PM-AP - Soldado Polícia Militar / 2017) 
Entre as atividades extrativistas que contribuíram para o desenvolvimento econômico do 
Amapá no século XX, destaca-se 
A) a exploração do manganês. 
B) a lavoura de café. 
C) o plantio da soja. 
D) a coleta do cacau. 
E) o cultivo da cana-de-açúcar. 
Comentários 
A alternativa A é a resposta certa, uma vez que a exploração do manganês no Amapá, 
especialmente após a elevação da região à Território Federal, em 1943, trouxe amplo 
desenvolvimento para os amapaenses. 
A alternativa B é falsa, pois as lavouras de café no século XX foram o principal produto de 
exportação da região Sudeste do Brasil. 
A alternativa C também é falsa, pois o plantio da soja no século XX foi o principal produto de 
exportação da região Centro-oeste do Brasil. 
A alternativa D também é falsa, uma vez que a coleta do cacau tem maior expressão econômica no 
Estado da Bahia. 
A alternativa E também é falsa, pois o cultivo da cana-de-açúcar, que teve grande expressão no 
Nordeste brasileiro durante o período colonial, foi suplantado pelo Estado de São Paulo a partir 
dos anos finais da década de 1950. 
Gabarito: A 
2. (FCC - PM-AP - Soldado Polícia Militar / 2017) 
A cidade foi criada inicialmente para abrigar os funcionários da empresa de exploração do 
manganês. Entretanto, como a reserva se esgotou a empresa deixou o local e a cidade passou 
a ter sérios problemas sociais e econômicos. O texto se refere à cidade de 
A) Santana. 
B) Serra do Navio. 
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C) Vitória do Jari. 
D) Oiapoque. 
E) Laranjal do Jari. 
Comentários 
A alternativa A é falsa, uma vez que Santana teve início do agrupamento populacional em Ilha de 
Santana, localizada à margem do rio Amazonas, em 1753. Os primeiros habitantes eram 
portugueses e mestiços vindos do Pará, além de índios tucuju, comandados pelo desbravador 
português Francisco Portilho de Melo. Por ordem de Mendonça Furtado, foi instalado e fundado o 
povoado de Santana, em homenagem a Santa Ana. 
A alternativa B é a resposta certa. Construída em plena floresta amazônica, entre o final da década 
de 1950 e o início dos anos 1960, Serra do Navio foi planejada para abrigar o contingente de 
moradores da periferia da Vila Operária da Icomi. Com a desativação da mineradora, o local passou 
por profundas transformações. Ainda abriga empresas mineradoras, mas de menores proporções. 
Desmembrado do município de Macapá em 1992, Serra do Navio foi chamado inicialmente de 
Água Branca do Amapari, retornando ao nome original no ano seguinte. 
A alternativa C também é falsa, de tal modo que Vitória do Jari tem suas origens ligadas à história 
de desenvolvimento de Laranjal do Jari, particularmente aos acontecimentos referentesà 
instalação e funcionamento do Projeto Jari Florestal. 
A alternativa D também é falsa, uma vez que Oiapoque tem suas origens ligadas ao período 
colonial, quando o município era parte da Capitania do Cabo Norte. O mito fundacional do 
município está ligado à história da morada de um mestiço, em data que não se pode precisar, de 
nome Emile Martinic, o primeiro habitante não-índio do município. Sabe-se que a localidade 
passou a ser conhecida como 'Martinica'; e, ainda hoje, não é raro ouvir essa designação, 
notadamente de habitantes mais antigos. 
A alternativa E também é falsa, uma vez que Laranjal do Jari foi habitada, primeiramente por 
indígenas waianos e apalais e, mais tarde por nordestino que vieram trabalhar na extração da 
borracha. 
(IBGE, 2019). 
Gabarito: B 
3. (FCC - PM-AP - Soldado Polícia Militar / 2017) 
O Governo do Estado atualmente busca investir no setor secundário, que consiste na 
transformação de matéria-prima em produtos de consumo. Dessa forma, os produtos 
regionais se tornarão mais acessíveis e competitivos no mercado local, regional e nacional. 
Entre os produtos regionais a serem destacados estão 
A) a laranja e o milho. 
B) a mandioca e o café. 
C) o açaí e a castanha. 
D) a banana e o látex. 
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E) o palmito e a soja. 
Comentários 
A alternativa A é incorreta, pois o número de estabelecimentos agropecuários com 50 pés de 
laranja ou mais é de 264. Enquanto o número de estabelecimentos agropecuários produtores de 
milho forrageiro são 8. 
A alternativa B também é incorreta, uma vez que o número de estabelecimentos agropecuários 
com 50 pés de café ou mais são de 11 estabelecimentos. Apesar disso, a produção de mandioca no 
Estado é relativamente alta, produzindo 36.222,672 toneladas em 2017. 
A alternativa C é a resposta certa. De acordo com os números do IBGE, o número de 
estabelecimentos agropecuários com 50 pés de açaí ou mais é de 1.901 estabelecimentos, e a 
quantidade produzida nos estabelecimentos agropecuários com 50 pés de açaí ou mais é de 
8.663,564 toneladas. E a quantidade produzida nos estabelecimentos agropecuários com 50 pés de 
caju ou mais, produtores de castanha, é de 1,216 toneladas e de fruto são 59,976 toneladas. 
A alternativa D também é incorreta, apesar do número de estabelecimentos agropecuários com 50 
pés de banana ou mais ser alto, somando 1.461 estabelecimentos, a quantidade produzida é de 
3.850,104 toneladas. 
A alternativa E também é incorreta, uma vez que o número de estabelecimentos agropecuários 
produtores de soja no Estado é de 16 estabelecimentos, enquanto o de palmito são 6 
estabelecimentos. 
(IBGE, 2019). 
Gabarito: C 
4. (FCC - PC-AP - 2017) 
Dentre as iniciativas de desenvolvimento econômico do Amapá com preocupação de 
preservação ambiental, no século XX, podemos citar 
A) a regulamentação da Zona Franca Verde, que favoreceu a exportação para a indústria de 
cosméticos e de fitoterápicos. 
B) a inauguração da Rodovia Perimetral Norte, que interligou Amazonas, Pará, Amapá e 
Roraima, sem prejudicar as reservas indígenas. 
C) o Programa de Desenvolvimento Sustentável do Amapá, que estimulou a exportação de 
produtos derivados da castanha. 
D) a criação do Parque Amazônico do Amapá, que ocupa mais da metade do Estado e abriga a 
agricultura familiar. 
E) o reconhecimento internacional conferido ao Complexo Minerador do Amapá, que 
recuperou todas as áreas prejudicadas pela extração de minérios. 
 
 
 
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Comentários 
A alternativa A é incorreta, pois a Zona Franca Verde é um novo incentivo, concedido pelo Governo 
Federal, para produção industrial nas Áreas de Livre Comércio com preponderância de matéria-
prima de origem regional, que prevê a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). 
A alternativa B também é incorreta, pois a construção da Rodovia Perimetral Norte, que interligou 
Amazonas, Pará, Amapá e Roraima, prejudicou muito as reservas indígenas, de tal modo que na 
primeira metade da década de 1970 levou a morte de dezenas de Yawarip, subgrupo Yanomami, 
levando os sobreviventes a mendigarem na beira da estrada. Em consequência, a população 
Yanomami dos vales dos rios Ajarani e Catrimani foram devastadas, sendo que quatro aldeias do 
Ajarani perdem 22% de sua população, entre 1973 a 1975, e quatro outras do Alto Catrimani 
perdem metade de sua gente em epidemias de sarampo em 1978. 
A alternativa C é a resposta certa, uma vez que a nova proposta de desenvolvimento foi 
apresentada, em 1995, durante a gestão do governador João Capiberibe, o Programa de 
Desenvolvimento Sustentável do Amapá (PDSA), o qual sugeria que a partir das pequenas unidades 
agrícolas familiares, houvesse o desenvolvimento de projetos que garantissem a produção e 
valorização da economia familiar e possibilitassem a segurança alimentar do estado e a ampliação 
do mercado de trabalho local. 
A alternativa D também é incorreta, de tal modo que não se trata de Parque Amazônico do Amapá, 
mas sim do Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, localizado nos estados do Amapá e do 
Pará, com território distribuído pelos municípios de Almeirim, Amapá, Calçoene, Ferreira Gomes, 
Laranjal do Jari, Oiapoque, Pedra Branca do Amapari, Pracuuba e Serra do Navio. 
A alternativa E também é incorreta, pois os investimentos privados na mineração na região do 
atual Estado do Amapá deixaram fortes impactos ambientais, uma vez que a mineração 
mecanizada a céu aberto é uma atividade especialmente propícia à geração de impactos 
ambientais. 
(DRUMMOND, 2000; NASCIMENTO, 2014). 
Gabarito: C 
5. (SEAD-AP - FGV / 2010) 
O processo de valorização industrial de recursos minerais na Amazônia Oriental brasileira 
iniciou-se com a exploração das reservas de minério de manganês da Serra do Navio, no 
então Território Federal do Amapá. 
(Maurílio de Abreu Monteiro) 
 
Em relação aos fatos relacionados com a exploração mineral no estado do Amapá, assinale a 
afirmativa incorreta. 
A) Na década de 1940 a Indústria e Comércio de Minérios S.A. (ICOMI), empresa brasileira, 
recebeu autorização do Governo Federal para pesquisar e explorar manganês na Serra do 
Navio e em 1950 associou-se à empresa norte-americana Bethlehem Steel. 
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B) Na década de 1970, com base na política federal de criação de “polos de desenvolvimento 
na Amazônia” e de incentivos fiscais, a ICOMI implantou uma usina de pelotização na área 
industrial do município de Santana. 
C) Na década de 1980 ocorreram choques entre empresas mineradoras e garimpeiros como 
no caso da instalação da Mineração Novo Astro (MNA) que ao adquirir os direitos de 
garimpagem de ouro no município de Calçoene, passou a expulsar os garimpeiros. 
D) Na década de 1990, com a vigência da Lei de Crimes Ambientais, a ICOMI foi obrigada pelo 
governo federal a recuperar os danos ambientais provocados pela usina de pelotização cujos 
rejeitos haviam contaminado com arsênico as águas superficiais e os lençóis freáticos. 
E) no final da décadade 2000 o minério de ferro tornou-se um importante produto da pauta 
de exportação do Amapá cuja produção é controlada pela Anglo Ferrous Amapá Mineração 
que adquiriu o sistema explorado anteriormente pela MMX Mineração e Metálica S.A. 
Comentários 
A alternativa A não é a resposta certa, pois de fato na década de 1940 a ICOMI recebeu 
autorização do Governo Federal para pesquisar e explorar manganês na Serra do Navio e em 1950 
associou-se à empresa norte-americana Bethlehem Steel, para atuar na exploração do minério. 
A alternativa B também não é a resposta certa, pois de fato na década de 1970 a ICOMI implantou 
uma usina de pelotização na área industrial do município de Santana. Para implantar a usina de 
pelotização demandou na época recursos de US$ 15 milhões, dos quais sete milhões foram 
oriundos de empréstimos externos e o restante proporcionado pela utilização de incentivos fiscais. 
A alternativa C também não é a resposta certa, pois de fato na década de 1980 ocorreram choques 
entre empresas mineradoras e garimpeiros, como no caso da instalação da Mineração Novo Astro 
(MNA) que ao adquirir os direitos de garimpagem de ouro no município de Calçoene, passou a 
expulsar os garimpeiros da região. 
A alternativa D é a resposta certa, pois é incorreto afirmar que na década de 1990 a ICOMI foi 
obrigada pelo governo federal a recuperar os danos ambientais provocados pela usina de 
pelotização cujos rejeitos haviam contaminado com arsênico as águas superficiais e os lençóis 
freáticos. Fato é que os investimentos privados na mineração na região do atual Estado do Amapá 
deixaram fortes impactos ambientais, uma vez que a mineração mecanizada a céu aberto é uma 
atividade especialmente propícia à geração de impactos ambientais. 
A alternativa E também não é a resposta certa, uma vez que de fato no final da década de 2000 o 
minério de ferro tornou-se um importante produto da pauta de exportação do Amapá, cuja 
produção é controlada pela Anglo Ferrous Amapá Mineração que adquiriu o sistema explorado 
anteriormente pela MMX Mineração e Metálica S.A. 
(SOCIAL, 2003). 
Gabarito: D 
6. (SEAD-AP - UNIFAP - GEA/2009) 
O governo, valendo-se de instrumentos poderosos de políticas públicas, principalmente no 
que tange à intervenção direta ou indireta, redirecionando os investimentos privados, 
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tornou-se um grande tutor, ancorando e protegendo a implantação do capitalismo moderno 
na região amazônica. 
(BRITO, Daniel. A Modernização da Superfície: Estado e Desenvolvimento na Amazônia. 
Belém: UFPA/NAEA, 2001. Texto adaptado). 
 
Nesse contexto foi implementado o Projeto Jari, que entrou em decadência devido a vários 
fatores, dentre os quais podemos destacar: 
I. Fracasso das primeiras plantações de gmelina para serem utilizadas na fabricação de 
celulose, que não se adaptaram ao solo e às pragas das florestas tropicais que atacaram as 
plantações. 
II. Dificuldade de se obter energia elétrica para movimentar as máquinas, já que a região 
estava muito distante da Usina Hidroelétrica de Coaracy Nunes (Paredão). 
III. A intervenção do Governo Federal, que decidiu nacionalizar o projeto que passou a ser 
controlado por empresas brasileiras. Apenas a produção de celulose e caulim foi mantida 
após a nacionalização. 
IV. Um grande número de ações trabalhistas, pois os trabalhadores eram contratados 
temporariamente, sem terem seus direitos trabalhistas garantidos, fato esse que levou ao 
endividamento da empresa. 
 
Estão CORRETAS 
A) Apenas I e II. 
B) Apenas I e III. 
C) Apenas I, II e III. 
D) Apenas II e III. 
E) Apenas III e IV. 
Comentários 
A alternativa C é a resposta certa, pois apenas a proposição IV está incorreta. 
A proposição I está correta, uma vez que o projeto, idealizado pelo americano Daniel Keith Ludwig, 
o bilionário que mandou construir uma fábrica de celulose no Japão, transportada por meio de 
barcaças até as margens do rio Jari, viu a inviabilidade econômica do projeto por causa da 
localização, uma vez que as plantações de gmelina não se adaptaram ao solo e às pragas das 
florestas tropicais que atacaram as plantações. O empresário deixou o País no início dos anos 1980, 
após vender a Jari com prejuízo. 
A proposição II também está correta, pois de fato o empresário americano Daniel Keith Ludwig 
teve dificuldade de se obter energia elétrica para movimentar suas máquinas. Mas, o bom trânsito 
de Ludwig junto ao governo federal, fez com que obtivesse o aval do Banco Nacional de 
Desenvolvimento Econômico (BNDE) para um empréstimo de cerca de duzentos milhões de 
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dólares realizados no exterior, destinado à importação de uma fábrica de celulose e de uma usina 
termelétrica, adquiridas no Japão. 
A proposição III também está correta, pois de fato Ludwig conseguiu que a construção dessas 
unidades industriais fosse beneficiada com a isenção de impostos, mediante sua inclusão no 
programa de Benefícios Fiscais às Exportações (Befiex). Mas, já com mais de oitenta anos de idade, 
Ludwig iniciou contatos com o objetivo de viabilizar a transferência do controle acionário do 
Projeto Jari. Em fevereiro de 1981, o empresário brasileiro Augusto Trajano de Azevedo Antunes, 
após reunir-se com Ludwig em Nova Iorque, anunciou a intenção de reunir um grupo de 
empresários nacionais para comprar o Jari. Azevedo Antunes era presidente da Companhia Auxiliar 
de Empresas de Mineração (Caemi) e amigo particular de Ludwig, de quem anteriormente já fora 
sócio em uma empresa de seguros. Apesar da aprovação do governo à solução apresentada, o 
ministro César Cals declarou, então, desconhecer qualquer participação oficial nas negociações, 
considerando, num primeiro momento, que a nacionalização do Jari se faria com a transferência 
integral de seu controle acionário para as mãos do capital privado nacional. 
A proposição IV é falsa, apesar de que na década de 1970 foram feitas denúncias contra as 
condições de trabalho na área do projeto resultaram na intervenção de fiscais do governo federal, 
obrigando Ludwig a promover melhorias nas condições de habitação dos trabalhadores e a cumprir 
a legislação salarial vigente no país. Por outro lado, não eram trabalhadores contratados 
temporariamente, mas trabalhadores regulares sem terem seus direitos trabalhistas garantidos. 
(FGV-CPDOC; COUTO, 2009). 
Gabarito: C 
7. (SEAD-AP - UNIFAP - GEA/2009) 
Na década de 1950, foi instalado o Projeto ICOMI para exploração de manganês em Serra do 
Navio. No contexto da exploração desse mineral no Amapá pode-se afirmar que: 
I - O Governo Federal concedeu os direitos de exploração à Icomi que se associou a uma 
empresa norte-americana para organizar a exploração e o transporte do mineral. 
II - A exploração do manganês contou com a construção de uma grande ferrovia para 
transporte do mineral de Serra do Navio até o Porto de Santana. 
III - O projeto Icomi trouxe graves problemas sociais, ambientais e à saúde da população. 
IV - A exploração mineral no Amapá possibilitou o emprego, principalmente da população 
local, além disso, trouxe grandes benefícios, como infra-estrutura educacional e de 
saneamento, sobretudo para a capital Macapá. 
 
Estão CORRETAS 
A) Apenas I, II e III. 
B) Apenas I, II e IV. 
C) Apenas II, III e IV. 
D) Apenas III e IV. 
Sergio Henrique
Aula 05
História e Geografia

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