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FINANÇAS NAS ORGANIZAÇÕES_Aula 01

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FINANÇAS NAS ORGANIZAÇÕES 
AULA 1: GESTÃO DE RECURSOS FINANCEIROS 
Definição 
Conceitos iniciais de gestão financeira – utilização de recursos financeiros para geração de riqueza. 
Propósito 
Aprofundar o conhecimento em Finanças quanto à gestão dos recursos financeiros. 
Objetivos: 
Módulo 1: Reconhecer as funções da moeda. 
Módulo 2: Identificar formas de aplicação de recursos. 
Módulo 3: Distinguir gasto de investimento com base na definição de conceitos financeiros. 
Introdução: 
A globalização permitiu que diversos conhecimentos pudessem ser compartilhados e práticas mais 
eficientes, implementadas por todos. Dessa forma, a inovação em diversos setores, principalmente na área 
financeira, tem sido constante, o que faz com que os profissionais desse setor busquem sempre se 
especializar. 
Neste estudo, veremos abordagens sobre os tópicos a seguir: 
Conceitos financeiros 
Abordaremos os conhecimentos básicos necessários para o entendimento de conceitos mais complexos, 
requeridos para profissionais que desejem atuar no ramo de Finanças. 
Ativos financeiros, investimentos, alocação de recursos e captação de recursos 
Todos que estudem de forma aprofundada os ensinamentos descritos aprenderão as características 
intrínsecas de cada um dos ativos financeiros, investimentos, alocação e formas de captar recursos 
financeiros. 
Conhecimentos financeiros 
Abordaremos tópicos muito valiosos que o profissional financeiro deve dominar, pois são a base de todo 
conhecimento da gestão de recursos financeiros. Além disso, sugeriremos conhecimentos suplementares 
ao final do conteúdo para que o aprendizado seja completo. 
A ideia é que este material possa ajudá-lo em seu crescimento profissional, ressaltando a importância da 
contínua sede por sabedoria e a pesquisa de novas informações sobre o tópico Finanças. 
 
 
 
Módulo 1: Reconhecer as funções da moeda. 
História da moeda 
Na Idade Média, existiam, basicamente, três grandes classes: 
1. O Clero; 
2. A Nobreza; 
3. Os Servos. 
Nessa época, no entanto, não existia, ainda, a ideia de empresa ou de 
organização. 
Então, os servos, na maioria das vezes, eram cidadãos humildes 
que plantavam alimentos ou criavam animais e separavam parte do 
que produziam para alimentar o clero e a nobreza, que, em troca, 
permitiam que eles vivessem em suas terras. 
 
Nesse cenário, surgiu um acontecimento importante: a melhoria nos 
meios de transporte! 
Com o passar do tempo e com a melhoria nos meios de transporte, que 
possibilitavam maiores viagens, as pessoas começaram a trocar alguns 
dos insumos produzidos com outros reinos. Essas trocas foram 
primordiais para a fundação das primeiras cidades, como as 
conhecemos hoje, e ajudaram no conhecimento e na expansão do 
mundo. 
 
Esse processo de troca de mercadorias é conhecido como escambo. 
Incialmente, foi o principal meio de comercialização de mercadorias entre cidadãos, pois, até aquele 
momento, não havia um meio válido que fosse aceito por todos, como ocorre hoje com as cédulas e 
moedas. 
Para que você compreenda esse processo, analise a situação a seguir: 
Case 1: Enquanto o reino do Duque Zé conseguia produzir apenas batatas, o reino vizinho, do Conde Chico, 
tinha muito gado. Então, o Duque Zé dava alguns quilos de batata em troca de algumas cabeças de gado do 
Conde Chico 
Independentemente do tempo que se passe negociando termos, um lado sempre sairá com vantagem nas 
negociações que envolvem o escambo. 
 
 
 
 
Case 2: Vamos comparar o tempo gasto para cultivar batatas (por volta de 180 dias, dependendo do solo e do clima) 
e o tempo que leva a gestação de um bezerro (283 dias). Como é possível constatar, para se ter um bezerro, leva-se 
quase um ano, enquanto é possível produzir duas plantações de batata por ano. 
Por essa e outras complexidades, o escambo é um método falho de negociação, que logo foi substituído. 
Desse modo, a criação de uma moeda única, que fosse aceita por todos, era essencial. Diante da necessidade da 
compra e venda de produtos, antes usados apenas como subsistência (para consumo próprio), a moeda que hoje 
conhecemos surgiu como um instrumento para melhorar a eficiência e a eficácia das trocas de produtos e serviços. 
Ao longo dos anos, o Feudalismo deixou de existir, dando origem às nações com um poder centralizado e unificado. 
Dessa forma, o conceito de moeda foi expandido. 
Hoje, há diversas maneiras de trocar mercadorias com base em um equalizador financeiro aceito dentro do país, ou 
seja, uma moeda única em que todas as mercadorias ou serviços se baseiam. 
Hoje, há diversas maneiras de trocar mercadorias com base em um equalizador financeiro aceito dentro do país, ou 
seja, uma moeda única em que todas as mercadorias ou serviços se baseiam. 
No Brasil, essa moeda é o Real, e nos EUA, o Dólar. 
Além disso, com a chegada da internet, foi possível comprar e vender a partir de meios digitais que, 
instantaneamente, registram a entrada ou saída de dinheiro da conta, tornando todo o processo mais fácil, ágil, 
prático e seguro 
Na prática 
Observamos os avanços históricos da moeda, apresentamos, a seguir, empresas que oferecem compra 
e venda a partir de meios digitais, registrando a entrada ou saída de dinheiro na conta de forma 
segura. veja: 
Amazon 
É uma empresa transnacional de tecnologia que foca em comércio electrónico, computação em 
nuvem, streaming digital e inteligência artificial. Fundada por Jeff Bezos em julho de 1994, tem sua sede localizada 
em Seattle, estado de Washington, nos EUA. 
Fonte: Site Amazon. 
Netshoes 
Maior site de lifestyle esportivo da América Latina. É guiada pela inovação e conectividade, por isso é referência em 
serviço, entrega e qualidade. A marca tem mais de 10 milhões de fãs nas redes sociais e é referência para o varejo 
digital há mais de 15 anos. 
Fonte: Site Netshoes 
AliExpress 
É um serviço de varejo on-line fundado em 2010 e pertencente ao Alibaba Group. O AliExpress é diferente da 
Amazon, pois atua apenas como uma plataforma de e-commerce e não vende os produtos diretamente para os 
consumidores. 
Fonte Site AliExpress. 
https://estacio.webaula.com.br/cursos/temas/te0046/index.html
Americanas.com 
No final do ano de 1999, a empresa Lojas Americanas iniciou a venda de mercadorias através da Internet, criando a 
controlada indireta Americanas.com. 
Fonte: Site Lojas Americanas 
Funções da moeda 
Estamos acostumados a pensar no dinheiro como algo que serve, basicamente, para comprar Produtos: Bens e/ou 
Serviços. 
Produtos são Bens (físicos, podemos ver e tocar) e/ou Serviços (intangíveis, serviços prestados). 
Bens: 
- Comida, Celular, Eletrodoméstico. 
Serviços: 
- Cabelereiro, Pedreiro, Guia turístico. 
No entanto, a moeda possui três funções básicas: 
1. Instrumento de Troca 
Esta função define a moeda como um instrumento usado para facilitar uma transação entre duas ou mais 
pessoas. 
Dessa forma, quando pagamos um jantar no restaurante, quando vendemos um carro, recebemos dinheiro por 
prestarmos um serviço qualquer ou pagamos a um amigo por nos ajudar na mudança, estamos exercendo a função 
da moeda de instrumento de troca. 
Então, sempre que pensar em comprar ou vender algo, você desempenhará a moeda em sua função de troca. 
2. Denominador comum monetário 
 Esta função se baseia na ideia de que a moeda coloca todos os produtos ou serviços sob o mesmo denominador 
monetário. 
 Caso você planeje viajar para o exterior, esta função também permite saber o preço de determinada mercadoria 
estrangeira em moeda nacional, mesmo que o preço original esteja em dólar, euro ou libra. 
 Quando abordamos esta função da moeda, lembramos o problema que as pessoas tinham no passado, quando 
precisavam encontrar uma troca justa no escambo. 
 Como saber se dez peixes que você demorou um dia inteiro para pescar eram suficientes para trocar por um litro 
de leite que outra pessoa demorou uma hora para ordenhar? 
 Então, essa funçãoproporciona uma maneira para que todos nós saibamos se determinado produto ou serviço 
está caro ou barato. Dessa forma, é muito importante entender que uma das funções da moeda é a de ser um 
denominador comum de valores. 
 
3. Reserva de valor 
 Suponha que você tenha 20 anos e deseje uma renda mensal de R$ 5.000,00 quando se aposentar aos 60 anos. 
 Existem diversas formas para alcançar essa renda. Você pode ter imóveis alugados e receber mensalmente esse 
valor de seus inquilinos. 
 Outra forma seria deter uma grande quantidade de dinheiro aplicada em algum ativo financeiro que gere essa 
quantia por mês. No entanto, para conquistar essa renda, é necessário que você junte dinheiro ou receba uma 
herança. 
 Nesses casos, o dinheiro possui uma nova função: a de reserva de valor, isto é, uma quantia que se manterá quase 
sempre com o mesmo valor para que você a utilize quando quiser. 
 
A partir da compreensão das principais funções da moeda, é possível tomar decisões mais 
esclarecidas a respeito da gestão de recursos financeiros, seja de forma pessoal ou profissional. 
Entender a função que a moeda assume em diferentes situações, tais como compra e venda 
de mercadorias, investimento financeiro e equivalência de mercadorias de países 
diferentes, é um ponto primordial na tomada de decisão estratégica de todo profissional da 
área financeira. 
 
Na Prática 
Ainda sobre a funcionalidade da moeda, apresentamos, a seguir, instituições que atuam com investimentos 
financeiros e equivalência de mercadorias em diferentes países. 
XPI Investimentos 
Por meio de assessoria, a XPI oferece auxílio aos clientes para tomarem as melhores decisões relacionadas ao seus 
investimentos, sempre de acordo com seus objetivos e seu perfil de investidores. 
Fonte: Site XPI Investimentos. 
Banco Central do Brasil 
Apresenta dados de conversão de moedas. 
Efetua o cálculo, que tem caráter informativo, e não substitui as disposições da norma cambial brasileira para casos 
específicos de conversão. 
Fonte: Banco Central do Brasil. 
 
* * * 
 
Módulo 2 – Identificar formas de aplicação e captação de recursos 
Conceitos 
Vamos aprender conceitos mais avançados da moeda, como os princípios de oferta e demanda, as formas de 
captação financeira e os benefícios de se captar recursos de terceiros, bem como utilizar os próprios recursos para 
financiar projetos. 
Com base nos conhecimentos adquiridos, será possível: 
- Entender as principais formas de captação de recursos para projetos utilizadas por empresas e pessoas. 
- Oferecer melhor suporte ao gestor, quando questionado sobre decisões estratégicas da organização dentro da 
alçada financeira. 
A origem do dinheiro 
Vamos supor que você queira comprar um carro de R$ 20.000, mas só tenha R$ 10.000 guardado. 
De que maneira você poderia comprá-lo? 
Empréstimo ou financiamento 
Você pode buscar um empréstimo no banco de R$ 10.000,00. No entanto, dependendo da taxa de juros, você 
pagará quase o dobro ao banco, ou seja, o preço de outro carro. O financiamento é parecido com o 
empréstimo, mas é para uma finalidade específica. Num financiamento de carro, por exemplo, a taxa de 
juros é menor, mas o carro servirá de garantia: não pagou a prestação? Poderá perder o carro. 
Dinheiro guardado 
Outra opção é você juntar dinheiro e guardar em casa. Este processo parece bom, mas, dependendo do 
quanto você pode juntar por mês e da taxa de juros, é possível que demore anos para comprar o tão sonhado 
automóvel. Você deixa de investir tal recurso em outro investimento (custos de oportunidade, pois poderia 
estar rendendo juros) e o dinheiro perde seu valor no decorrer do tempo (por causa da inflação). 
Empréstimo com amigo 
Outra opção seria você escolher um amigo em quem confie, que também disponha de R$ 10.000 e queira 
comprar um carro. A ideia é fazer um acordo com ele. Na primeira semana, você fica com o carro e, na 
outra, ele desfruta do automóvel. Assim, vocês podem dividir despesas como gasolina, revisão, IPVA etc. 
Após a análise deste exemplo, é possível entender que existem diversas formas de comprar um carro, uma casa e até 
mesmo montar uma empresa. Contudo, essas opções de financiamento são distintas. 
Veja, a seguir, as principais diferenças entre ganhar ou captar dinheiro. 
Aumento de recursos 
Quando falamos em aumento de recursos, estamos nos referindo a receber pagamento, 
seja pela venda de um produto que você produziu ou por um serviço que você prestou. 
Podemos “ganhar dinheiro” comprando canetas a R$ 1,00 e vendendo na rua a R$ 2,00, fazendo bolo e 
vendendo na porta de casa, vendendo o serviço de eletricista (apenas se você for qualificado para tal) 
etc. 
Aqui, estamos mostrando a ideia de lucro nas operações. 
Neste contexto, você já ouviu falar sobre os conceitos a seguir? 
Oferta X Demanda 
Devido ao conceito de oferta e demanda, cada forma gera valores diferentes. 
Conforme afirmam Vasconcellos e Garcia (2008, p. 46), demanda pode ser definida como 
a quantidade de certo bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir em 
determinado período. 
Oferta, por sua vez, representa as quantidades que os produtores desejam oferecer ao 
mercado em determinado período. 
Dessa forma, podemos entender que a oferta corresponde a todos os produtos ou serviços 
disponíveis para a venda, enquanto a demanda se refere a todas as pessoas com intenção de 
comprar esses produtos ou serviços. 
 
Atenção! 
Os princípios de oferta e demanda tendem a se igualar, pois uma empresa não produzirá mais do que consegue 
vender, assim como uma pessoa não comprará mais de um produto depois que comprou o suficiente e se sente 
satisfeita. 
No entanto, quando há mais produtos sendo ofertados do que demanda para eles, os preços tendem a cair. E 
quando há maior demanda do que produtos ofertados, os preços tendem a aumentar. 
Para que fique mais claro, basta entender o seguinte caso: 
Case 1 
Suponha que você é um empresário do ramo de refrigerantes. No mês de janeiro, dos 100 refrigerantes que você 
produziu, vendeu apenas 90. Como você sabe que, caso não os venda logo, estes estragarão (ou seja, você terá 
prejuízo), prefere vender os 10 refrigerantes que sobraram mais baratos. 
Da mesma forma, se dos 100 refrigerantes que você produziu no mês de janeiro, 150 pessoas quiserem comprar, 
você poderá aumentar o preço dos refrigerantes, pois há maior demanda do que refrigerantes ofertados. 
 
Cabe a cada um analisar os pontos positivos de ser um empreendedor e montar seu negócio ou oferecer seus 
serviços técnicos avançados a uma empresa que lhe pagará o mesmo valor. No final, caberá a você tomar essa 
decisão por conta própria. 
Captação de recursos 
A captação de recursos financeiros é a forma por meio de terceiros ou dos próprios sócios (no caso da pessoa física, 
seus recursos) de conseguir recursos para seus negócios ou investimentos. 
Exemplo: 
Suponha que, após ler esta explicação, você decida produzir bolos, e que os negócios tenham dado muito certo. 
Agora, você está recebendo mais pedidos do que é capaz de produzir. A única forma para atender todos esses 
pedidos é contratando funcionários, comprando um forno novo e se mudando para um galpão. 
Você, então, pesquisou e viu que, para fazer esse investimento, precisa de R$ 100.000,00, mas ainda não tem toda 
essa quantia. Isso significa que você precisa captar recursos. 
Veja, a seguir, algumas formas de captação: 
1. Investimento de família ou amigos 
Nesta opção, será necessário preparar uma apresentação formal que deixe bem claro seu objetivo, aonde sua 
empresa vai chegar e quanto ela vai render. 
Tente vender a ideia para as pessoas que você conhece. Caso elas se interessem em investir na sua ideia, existem 
diversas formas de fazer um acordo. Seu familiar ou amigo podem ser seus sócios e ficar com uma porcentagem da 
empresa ou até mesmo lhe emprestar com o acréscimo de uma taxa de juros. 
2. Empréstimos em bancosCaso a opção anterior não tenha dado certo, é possível ir aos bancos e solicitar um empréstimo. O banco analisará 
seu histórico financeiro e verá se você tem condições de pagá-lo. Se sua ideia der errado, o banco poderá cobrar uma 
taxa de juros mais elevada para compensar o risco. 
3. Crowdfunding 
Esta é uma forma recente de captar dinheiro. Nesta modalidade, é necessário, novamente, preparar uma 
apresentação (em vídeo, texto etc.) e postar em sites de crowdfunding. Pessoas ao redor do mundo decidem, então, 
emprestar recursos para que você tire sua ideia do papel. 
4. Empresas de investimento e investidores anjos 
Nesta modalidade de captação, empresas ou pessoas qualificadas analisam sua ideia e decidem se investirão ou não 
nela. 
Na prática 
A seguir apresentamos algumas empresas que trabalham com tipos de captação. Veja: 
kickante 
A Kickante é a Plataforma de crowdfunding mais premiada do Brasil. 
Nesse espaço, várias pessoas se identificam com um projeto ou um sonho e resolvem apoiá-lo financeiramente para 
que se realize. Baseado na economia colaborativa, tem a premissa de que, juntos, todos podem conquistar seus 
objetivos. 
BNDES 
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é um dos maiores bancos de desenvolvimento do 
mundo e, hoje, o principal instrumento do Governo Federal para o financiamento de longo prazo e investimento em 
todos os segmentos da economia brasileira. 
Para isso, apoia empreendedores de todos os portes, inclusive pessoas físicas, na realização de seus planos de 
modernização, de expansão e na concretização de novos negócios, tendo sempre em vista o potencial de geração de 
empregos, renda e de inclusão social para o Brasil. 
Ágora Investimentos 
Um Clube de Investimentos é formado por um grupo de pessoas que, geralmente, se conhecem e têm objetivos 
parecidos, que decidem investir juntas para otimizar tempo e custos, além de formar um capital maior, capaz de 
acessar melhores oportunidades. 
Shark Thank 
Um dos exemplos deste tipo de investimento é o programa Shark Tank, no qual empreendedores mostram seus 
negócios ou ideias a uma banca de empreendedores ricos e inteligentes que decidem se vão investir neles. 
Uso próprio ou de terceiros 
Existe uma grande diferença entre usar o próprio dinheiro ou pedir o dinheiro dos outros para investir em algo. 
Ao usar recursos próprios, você é o dono de tudo e quem toma a decisão sem a necessidade de consultar terceiros. 
Não é bom ser dono do próprio destino? 
Usar dinheiro próprio dá a você a liberdade para fazer o que quiser com ele, mas também o risco de ficar sem nada, 
caso o negócio não dê certo. 
A outra opção, por sua vez, obriga você a ouvir a opinião de terceiros, mas isso também serve como orientação para 
não cometer erros. 
Veja, a seguir, os principais prós e contras de usar recursos próprios e de terceiros: 
Recursos Próprios: 
Prós: 
- Liberdade para tomar qualquer decisão no que diz respeito à empresa; 
- Não precisar pagar juros a ninguém. 
Contras: 
- Assumir sozinho o risco de falência; 
- Não ter alguém para ajudar na melhor tomada de decisão para a empresa, o que pode ser compartilhado 
quando há vários sócios. 
Recursos de Terceiros: 
Prós: 
- Conseguir mais recursos sozinho. 
Contras: 
- Obrigação de pagar juros, caso você tenha obtido dinheiro emprestado; 
- Fazer concessões pontuais à opinião de outras pessoas. 
 
Definição da política de pagamento 
Caso você decida pegar um empréstimo no banco ou em outra entidade, é necessário entender as políticas de 
recebimento. 
Mas, afinal, o que são as políticas de pagamento? 
As políticas de pagamento são normas que você se compromete a seguir quando aceita o dinheiro de terceiros. Entre 
essas normas, está a quantia que você vai devolver por mês. 
Como os economistas adoram dizer: “Não existe almoço grátis!”. Todo mundo quer receber o dinheiro que 
emprestou e, na maioria das vezes, com juros, isto é, um pouco mais do que emprestaram. 
A fim de não ter nenhuma surpresa no mês seguinte ao do recebimento do empréstimo, você precisa ler todos os 
detalhes do contrato, principalmente no que se refere: 
1. Taxa de juros 
Se você emprestar dinheiro para alguém por um ano, concorda que, durante esse período, deixará de realizar outras 
atividades com esse dinheiro? Você poderia comprar aquele sapato novo, trocar de celular ou mesmo deixar o 
dinheiro rendendo na poupança, certo? 
Então, nada mais justo que, após esse período, a pessoa lhe devolva seu dinheiro adicionado de um montante extra. 
Esse acréscimo é chamado de juros, e o número usado para o cálculo destes é a taxa de juros. Perceba que existe 
uma diferença entre os dois conceitos. 
Enquanto a taxa de juros é um percentual (0,5%, 1%, 10%) usado para calcular quanto o dinheiro vai render, os juros 
representam a diferença entre o dinheiro que você emprestou e o quanto ele rendeu. 
Para que fique mais claro, vamos analisar caso a seguir: 
 
Case 2: 
Suponha que você empreste R$ 120,00 a um amigo e diga a ele que espera esse dinheiro de volta em um mês à taxa 
de 10% ao mês. Fazendo um cálculo (R$ 120,00 x 10%), sabemos que 10% de R$ 120,00 é R$ 12,00. Assim, você 
emprestou R$ 120,00 e espera que seu amigo lhe devolva R$ 132,00 (R$ 120,00 + R$ 12,00). Em outros termos, a 
taxa de juros foi de 10% ao mês, e os juros do período foram de R$ 12,00. 
Por meio de uma rápida análise, é possível identificar os bancos com melhores taxas e, com isso, assessorar o gestor 
da empresa sobre onde é mais vantajoso adquirir um empréstimo, por exemplo. 
2. Prazo de pagamento 
O prazo de pagamento corresponde ao período estabelecido para a devolução do dinheiro à pessoa que lhe 
emprestou. 
Quando adquirimos um empréstimo, alguns termos são acordados, tais como taxa de juros, juros e prazo de 
pagamento. A taxa de juros e o prazo de pagamento influenciam diretamente no valor total que será pago no final 
do empréstimo. Por isso, é muito importante que você entenda esses conceitos quando optar por um empréstimo. 
A fim de que fique mais claro, veja a situação a seguir: 
Case 3: 
Geraldo, um empresário do ramo têxtil, decidiu adquirir um empréstimo no banco para aumentar sua produção. No 
entanto, como ele precisava adquirir dinheiro rapidamente, não pesquisou quais bancos ofereciam as melhores 
condições, mas optou por pegar um empréstimo em um banco grande perto de sua empresa. 
Conforme podemos verificar, o prazo de pagamento é importantíssimo quando decidimos pegar um empréstimo, 
pois alguns meses de diferença podem acarretar uma grande soma de dinheiro. 
3. Valor mensal 
Por mais que o valor mensal que você pague seja calculado com base no valor que recebeu de empréstimo, na taxa 
de juros e no prazo de pagamento, ainda assim, é preciso confirmar o valor que você terá de pagar mensalmente 
(trimestralmente, semestralmente, anualmente etc.). Afinal, muitas vezes, nos atentamos apenas ao montante 
recebido, à taxa de juros e ao prazo de pagamento, mas esquecemos de verificar o valor que deve ser pago 
mensalmente. 
Caso não tenha certeza de que pode arcar com o valor mensal de um empréstimo, um empresário corre o risco de ir 
à falência, pois não tem como pagar todas as suas despesas mensais acrescidas à mensalidade do empréstimo. Dessa 
forma, a sugestão é que todos analisem o contrato com calma e vejam se este apresenta o valor que deve ser pago. 
Caso o valor não esteja lá, é necessário calculá-lo. 
Com base nos conhecimentos adquiridos até o momento, é possível tomar decisões mais seguras referentes a 
financiamento por base de empréstimos. Afinal, ao longo da carreira em Finanças, desafios referentes a 
tomadas de decisões estratégicas financeiras serão requeridos. O profissional que entende os principais 
conceitos sobre essa modalidade de financiamento destaca-se frente a outros que os desconhecem. 
 
 
 
Módulo 3 – Distinguir gasto de investimento com base na definiçãode conceitos financeiros 
Conceitos 
Vamos conhecer as principais formas de investimento e seus conceitos básicos. Assim, como gestor de uma empresa, 
você será capaz de identificar as melhores opções de investimento. 
Decisão sobre o uso do dinheiro 
Para onde vai o dinheiro? Vamos analisar os cenários a seguir. 
Vamos supor que você receba R$ 10.000,00 e gaste tudo em doces e guloseimas que comerá ao longo do ano. 
Por mais delicioso que seja esse cenário, você estará apenas gastando esse dinheiro. 
Se você usar os mesmos R$ 10.000,00 na compra de doces e guloseimas que, depois, você usará para vender em 
uma loja a um preço maior do que pagou, 
isto é, com lucro, você estará investindo esse dinheiro. 
A partir desses dois cenários, é possível entender que o mesmo dinheiro pode ser usado para diferentes situações. 
Dependendo de como é aplicado, o dinheiro é classificado de formas diferentes. 
Decisão sobre gasto ou investimento 
Gastar ou investir? 
Se você decidir usar seu dinheiro em restaurantes, por exemplo, você o estará gastando. Mas se decidir usá-lo para 
que gere mais dinheiro no futuro, estará investindo. 
Quando falamos em investir, no entanto, não estamos falando apenas de produzir algo ou comprar um produto e 
vendê-lo mais caro. Existem outras formas de investir dinheiro. Lembre-se: 
Investimento é tudo aquilo que você faz com seu dinheiro para aumentá-lo ao longo do tempo. 
Vejamos, a seguir, algumas formas de investir: 
Caderneta de Poupança 
Esta forma de investir o dinheiro é a mais conhecida entre os brasileiros. 
Neste tipo de investimento, você coloca dinheiro no banco e este renderá, mensalmente, uma porcentagem a juros 
compostos. Contudo, essa porcentagem é pequena. 
CDB 
Esta forma de investimento bancário é basicamente um empréstimo para o banco. Vamos dizer que você esteja com 
dinheiro sobrando e queira emprestá-lo para alguém. Concorda que é muito difícil um banco grande lhe dar um 
calote? Então, por que não emprestar a ele? 
No entanto, como o risco de o banco não lhe pagar (dependendo do banco) é muito baixo, a taxa de juros cobrada é 
baixa. Afinal, na área de Finanças, o retorno é correlacionado ao risco. 
Tesouro Direto ou títulos públicos 
O governo se financia por meio da arrecadação de impostos. No entanto, às vezes, ele também precisa de dinheiro 
emprestado para poder construir novas rodovias, hospitais, escolas etc. Para isso, bem como investir na melhoria de 
saúde e transportes, o governo precisa de empréstimos. Dessa forma, pessoas e empresas podem emprestar 
dinheiro ao governo por meio da compra de títulos públicos. 
Títulos públicos são papéis emitidos pelo governo e comprados por pessoas e empresas, sendo acordada a devolução 
do dinheiro em determinada data, acrescido de juros. Normalmente, o prazo de devolução do dinheiro acrescido de 
juros é longo. Por isso, é mais indicado para aqueles que não precisarão do dinheiro em curto prazo. 
Ações 
Quando uma empresa atinge um tamanho relativamente considerável, seus sócios podem decidir pela abertura de 
seu capital, isto é, lançar ações na bolsa de valores. Esta operação faz com que as pessoas que comprarem as ações 
da empresa se tornem sócias dela e, com isso, possam receber dividendos ou obter lucro por meio da variação do 
preço da ação. Por exemplo, podemos comprar a ação a R$ 1,00 e vendê-la a R$ 2,00. 
No entanto, como o preço das ações das empresas pode variar muito por diversos motivos, este tipo de 
investimento apresenta um grande risco para aqueles que desejem se aventurar sem um profundo conhecimento 
técnico. 
Assim, por mais que apresente uma grande oportunidade de enriquecer, o investimento em ações deve ser feito 
apenas por aqueles que entendem do assunto e que não ficarão mais pobres caso percam parte do dinheiro 
investido. 
Conceitos financeiros 
Na prática, toda vez em que precisamos comprar determinado produto para produzir uma mercadoria, dizemos que 
estamos gastando dinheiro ou que isso é uma despesa, certo? 
No entanto, na Administração e na Contabilidade, existe uma grande diferença entre despesa e custo. 
1. Gasto 
Toda saída de dinheiro da empresa. Independente do motivo da saída de dinheiro (seja para comprar uma máquina 
que produzirá mais pão para sua padaria, seja para aplicar na poupança), nós a chamamos de gasto. 
2. Custo 
Toda saída de recursos financeiros que está diretamente ligada à produção de seu produto ou à prestação de serviço. 
Assim, em uma empresa que monta e vende celulares, o salário dos colaboradores que montam os aparelhos é um 
custo, pois, sem esses profissionais, não é possível produzir os celulares. 
3. Despesas 
Toda saída de dinheiro que não está diretamente ligada à produção do bem ou à prestação de serviço. 
Seguindo o mesmo exemplo anterior da empresa de celulares, caso o gestor decida comprar ventiladores para tornar 
o trabalho de seus colaboradores mais eficiente, ele deve registrar essa compra como despesa, pois a aquisição de 
ventiladores não influencia na produção dos aparelhos. 
Então, a compra de um ventilador para a empresa é uma despesa, pois não é essencial para a prestação de serviço 
do montador de celular. 
4. Perdas 
Todo os processos de produção e prestação de serviços envolvem perdas. Imagine que a manicure, ao pintar uma 
unha sempre use a quantidade exata de esmalte em seu cliente sem nunca borrar ou se sujar. Isso é impossível! 
Uma boa manicure sabe que é sempre necessário passar um pouco mais de esmalte, esbarrando nas cutículas e até 
mesmo na pele (e, depois, limpar usando acetona). Esse esmalte que não foi usado pode ser considerado uma perda. 
O mesmo ocorre com a massa que sobra quando se vai fazer um pão ou qualquer outro produto. 
Então, quando um empreendedor for calcular seus custos e suas despesas, é necessário que ele tome cuidado para 
registrar também as perdas. Caso contrário, desperdiçará dinheiro. 
Políticas de recebimento 
Agora que você conhece os conceitos de custos e despesas, e sabe que precisa contabilizar as perdas se decidir 
montar o próprio negócio, é preciso entender sobre as políticas de pagamento. 
Estamos acostumados a pensar em pagamento quando devemos a alguém (uma pessoa, um banco, o cartão de 
crédito ou uma loja). Mas esquecemos que, quando empreendemos, precisamos definir políticas de recebimentos 
para que os outros nos paguem. 
Você concorda que, às vezes, bate aquela vontade de comer um doce, mas, nem sempre, temos dinheiro para pagar 
por ele? 
Quando conhecemos o dono da lojinha de guloseimas, é muito comum que ele nos deixe pegar o doce hoje e só 
pagar depois. É justamente isso que entendemos como política de recebimento, também muito comum nos cartões 
de crédito. 
Precisamos ter muito cuidado com isso, pois, se não tivermos controle e organização sobre quando vendemos e 
recebemos, poderemos ter um problema sério no Fluxo de Caixa. 
Veja algumas dicas de como ter um bom controle de Fluxo de Caixa e definir suas políticas de recebimento: 
1. Explicar suas normas aos clientes 
Caso você aceite receber o dinheiro depois da venda, é importante que deixe bem claro quando espera receber o 
dinheiro de volta e se cobrará juros sobre esse dinheiro. Uma boa conversa resolve muitos problemas no futuro! 
2. Fazer contrato 
Quando o valor da venda for muito alto e o prejuízo por não recebimento, muito grande, será importante fazer um 
contrato formal assinado por um advogado e registrado em cartório, para que, caso seu cliente não lhe pague, você 
possa acionar a Justiça. 
 
Aqui, aprendemos conceitos como gasto, despesa e custo. Além disso, discutimos sobre a tomada de 
decisão entre gastar ou investir, as principais formas de investimento e a política de recebimento. 
A partir desse conhecimento, é possível tomar melhores decisões estratégicas e ser mais eficiente quanto à 
aplicação de recursos financeiros. 
 
 
 
 
 
Referências: 
ASSAF NETO, A. Matemática financeirae suas aplicações. 14. ed. São Paulo: Atlas, 2019. 
ASSAF NETO, A. Mercado financeiro. 14. ed. São Paulo: Atlas, 2018. 
CERBASI, G. Cartas a um jovem investidor: enriquecer é uma questão de escolha. 4. ed. São Paulo: Elsevier, 2008. 
CERBASI, G. Casais inteligentes enriquecem juntos. 3. ed. São Paulo: Sextante, 2014. 
FORTUNA, E. Mercado financeiro: produtos e serviços. 22. ed. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2020. 
KIYOSAKI, R. Independência financeira: o guia para a sua libertação. 1. ed. São Paulo: Alta Books, 2017. 
KIYOSAKI, R.; LECHTER, S. Pai rico, pai pobre. 20. ed. São Paulo: Alta Books, 2018. 
HUBERMAN, L. História da riqueza do homem. 22. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2017. 
PASSOS, C.; NOGAMI, O. Princípios de economia. 7. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2015. 
VASCONCELLOS, M. A. S.; GARCIA, M. E. Fundamentos de economia. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2008.

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