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Introdução à Gestão Financeira

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Aula1gestao 
 
 
CONCLUSÃO 
Definição 
Conceitos iniciais de gestão financeira – utilização de recursos financeiros para 
geração de riqueza. 
Propósito 
Aprofundar o conhecimento em Finanças quanto à gestão dos recursos financeiros 
 
 
 
 
 
. 
Objetivos 
 
Módulo 1 
Reconhecer as funções da moeda 
 
Módulo 2 
Identificar formas de aplicação e captação de recursos 
 
Módulo 3 
Distinguir gasto de investimento com base na definição de conceitos financeiros 
Introdução 
A globalização permitiu que diversos conhecimentos pudessem ser compartilhados e 
práticas mais eficientes, implementadas por todos. Dessa forma, a inovação em 
diversos setores, principalmente na área financeira, tem sido constante, o que faz 
com que os profissionais desse setor busquem sempre se especializar. 
Neste estudo, veremos abordagens sobre os tópicos a seguir: 
Conceitos financeiros 
Abordaremos os conhecimentos básicos necessários para o entendimento de 
conceitos mais complexos, requeridos para profissionais que desejem atuar no ramo 
de Finanças. 
Ativos financeiros, investimentos, alocação de recursos e captação de recursos 
Todos que estudem de forma aprofundada os ensinamentos descritos aprenderão as 
características intrínsecas de cada um dos ativos financeiros, investimentos, alocação 
e formas de captar recursos financeiros. 
Conhecimentos financeiros 
Abordaremos tópicos muito valiosos que o profissional financeiro deve dominar, pois 
são a base de todo conhecimento da gestão de recursos financeiros. Além disso, 
sugeriremos conhecimentos suplementares ao final do conteúdo para que o 
aprendizado seja completo. 
A ideia é que este material possa ajudá-lo em seu crescimento profissional, 
ressaltando a importância da contínua sede por sabedoria e a pesquisa de novas 
informações sobre o tópico Finanças. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
História da moeda 
Na Idade Média, existiam, basicamente, três grandes classes: 
1. O Clero; 
2. A Nobreza; 
3. Os Servos; 
Nessa época, no entanto, não existia, ainda, a ideia de empresa ou de organização. 
Então, os servos, na maioria das vezes, eram cidadãos humildes que plantavam 
alimentos ou criavam animais e separavam parte do que produziam para 
alimentar o clero e a nobreza, que, em troca, permitiam que eles vivessem em suas 
terras. 
 
 
 
Nesse cenário, surgiu um acontecimento importante: a melhoria nos meios de 
transporte! 
Com o passar do tempo e com a melhoria nos meios de transporte, que possibilitavam 
maiores viagens, as pessoas começaram a trocar alguns dos insumos produzidos 
com outros reinos. Essas trocas foram primordiais para a fundação das primeiras 
cidades, como as conhecemos hoje, e ajudaram no conhecimento e na expansão do 
mundo. 
 
 
 
Fonte: Shutterstock 
Esse processo de troca de mercadorias é conhecido como escambo. 
Incialmente, foi o principal meio de comercialização de mercadorias entre cidadãos, 
pois, até aquele momento, não havia um meio válido que fosse aceito por todos, 
como ocorre hoje com as cédulas e moedas. 
Para que você compreenda esse processo, analise a situação a seguir: 
Case 1 
 
Fonte: Pixabay 
Enquanto o reino do Duque Zé conseguia produzir apenas batatas, o reino vizinho, do 
Conde Chico, tinha muito gado. Então, o Duque Zé dava alguns quilos de batata em 
troca de algumas cabeças de gado do Conde Chico. 
 
Fonte: Pixabay 
No entanto, com base neste exemplo, você deve estar se perguntando: como saber 
quantos quilos de batata deveriam ser trocados por uma cabeça de gado? 
 
Fonte: Pixabay 
Observa-se a equivalência das mercadorias! 
Pois bem, apesar de que no processo de escambo há muita negociação para que as 
duas partes se sintam confortáveis em trocar suas mercadorias, ainda assim, não é 
possível estabelecer a equivalência das mercadorias em unidade de valor (como 
real, dólar ou euro, nos dias de hoje). 
Independentemente do tempo que se passe negociando termos, um lado sempre sairá 
com vantagem nas negociações que envolvem o escambo. 
 
 
 
 
 
 
 
Case 2 
 
Fonte: Pixabay 
Vamos comparar o tempo gasto para cultivar batatas (por volta de 180 dias, 
dependendo do solo e do clima) e o tempo que leva a gestação de um bezerro (283 
dias). Como é possível constatar, para se ter um bezerro, leva-se quase um ano, 
enquanto é possível produzir duas plantações de batata por ano. 
 
Fonte: Pixabay 
Você deve supor que o valor do bezerro deveria ser o dobro do da plantação de 
batata, e a troca justa seria essa. Mas o bezerro, que, depois, se tornará vaca, 
produzirá leite por anos a fio, além de servir como carne suficiente para alimentar 
dezenas de pessoas. 
Assim, talvez, duas plantações de batata não sejam uma troca justa por um bezerro. 
Por essa e outras complexidades, o escambo é um método falho de negociação, que 
logo foi substituído. 
Desse modo, a criação de uma moeda única, que fosse aceita por todos, era 
essencial. Diante da necessidade da compra e venda de produtos, antes usados 
apenas como subsistência (para consumo próprio), a moeda que hoje conhecemos 
surgiu como um instrumento para melhorar a eficiência e a eficácia das trocas de 
produtos e serviços. 
Ao longo dos anos, o Feudalismo deixou de existir, dando origem às nações com um 
poder centralizado e unificado. Dessa forma, o conceito de moeda foi expandido. 
Hoje, há diversas maneiras de trocar mercadorias com base em um equalizador 
financeiro aceito dentro do país, ou seja, uma moeda única em que todas as 
mercadorias ou serviços se baseiam. 
 
Fonte: Pixabay 
Hoje, há diversas maneiras de trocar mercadorias com base em um equalizador 
financeiro aceito dentro do país, ou seja, uma moeda única em que todas as 
mercadorias ou serviços se baseiam. 
No Brasil, essa moeda é o Real, e nos EUA, o Dólar. 
 
 
Fonte: Shutterstock 
Além disso, com a chegada da internet, foi possível comprar e vender a partir de 
meios digitais que, instantaneamente, registram a entrada ou saída de dinheiro da 
conta, tornando todo o processo mais fácil, ágil, prático e seguro. 
Na prática 
Observando os avanços históricos da moeda, apresentamos, a seguir, empresas que 
oferecem compra e venda a partir de meios digitais, registrando a entrada ou saída de 
dinheiro na conta de forma segura. Veja: 
 
Amazon 
É uma empresa transnacional de tecnologia que foca em comércio electrónico, 
computação em nuvem, streaming digital e inteligência artificial. Fundada por Jeff 
Bezos em julho de 1994, tem sua sede localizada em Seattle, estado de Washington, 
nos EUA. 
Fonte: Site Amazon. 
 
Netshoes 
Maior site de lifestyle esportivo da América Latina. É guiada pela inovação e 
conectividade, por isso é referência em serviço, entrega e qualidade. A marca tem 
mais de 10 milhões de fãs nas redes sociais e é referência para o varejo digital há 
mais de 15 anos. 
Fonte: Site Netshoes. 
 
AliExpress 
É um serviço de varejo on-line fundado em 2010 e pertencente ao Alibaba Group. O 
AliExpress é diferente da Amazon, pois atua apenas como uma plataforma de e-
commerce e não vende os produtos diretamente para os consumidores. 
Fonte Site AliExpress. 
 
Americanas.com 
No final do ano de 1999, a empresa Lojas Americanas iniciou a venda de mercadorias 
através da Internet, criando a controlada indireta Americanas.com. 
Fonte: Site Lojas Americanas. 
 
Funções da moeda 
Estamos acostumados a pensar no dinheiro como algo que serve, basicamente, para 
comprar Produtos: Bens e/ou Serviços. 
Produtos são Bens (físicos, podemos ver e tocar) e/ou Serviços (intangíveis, serviços 
prestados). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bens 
 
Celular 
 
Comida 
 
Eletrodomésticos 
 
 
 
 
Serviços 
 
Cabelereiro 
 
Pedreiro 
 
Guia turístico 
No entanto, a moeda possui três funções básicas: 
�Clique nos botões. 
1. Instrumento de trocas 
Esta função define a moeda como um instrumento usado para facilitar uma transação 
entre duas ou mais pessoas.Dessa forma, quando pagamos um jantar no restaurante, quando vendemos um carro, 
recebemos dinheiro por prestarmos um serviço qualquer ou pagamos a um amigo por 
nos ajudar na mudança, estamos exercendo a função da moeda de instrumento de 
troca. 
Então, sempre que pensar em comprar ou vender algo, você desempenhará a 
moeda em sua função de troca. 
2. Denominador comum monetário 
Esta função se baseia na ideia de que a moeda coloca todos os produtos ou serviços 
sob o mesmo denominador monetário. 
Caso você planeje viajar para o exterior, esta função também permite saber o preço de 
determinada mercadoria estrangeira em moeda nacional, mesmo que o preço original 
esteja em dólar, euro ou libra. 
Quando abordamos esta função da moeda, lembramos o problema que as pessoas 
tinham no passado, quando precisavam encontrar uma troca justa no escambo. 
Como saber se dez peixes que você demorou um dia inteiro para pescar eram 
suficientes para trocar por um litro de leite que outra pessoa demorou uma hora para 
ordenhar? 
Então, essa função proporciona uma maneira para que todos nós saibamos se 
determinado produto ou serviço está caro ou barato. Dessa forma, é muito importante 
entender que uma das funções da moeda é a de ser um denominador comum de 
valores. 
3. Reserva de valor 
Suponha que você tenha 20 anos e deseje uma renda mensal de R$ 5.000,00 quando 
se aposentar aos 60 anos. 
Existem diversas formas para alcançar essa renda. Você pode ter imóveis alugados e 
receber mensalmente esse valor de seus inquilinos. 
Outra forma seria deter uma grande quantidade de dinheiro aplicada em algum ativo 
financeiro que gere essa quantia por mês. No entanto, para conquistar essa renda, é 
necessário que você junte dinheiro ou receba uma herança. 
Nesses casos, o dinheiro possui uma nova função: a de reserva de valor, isto é, uma 
quantia que se manterá quase sempre com o mesmo valor para que você a utilize 
quando quiser. 
A partir da compreensão das principais funções da moeda, é possível tomar decisões 
mais esclarecidas a respeito da gestão de recursos financeiros, seja de forma pessoal 
ou profissional. 
 
Entender a função que a moeda assume em diferentes situações, tais como compra e 
venda de mercadorias, investimento financeiro e equivalência de mercadorias de 
países diferentes, é um ponto primordial na tomada de decisão estratégica de todo 
profissional da área financeira. 
 
 
 
 
 
 
Fonte: 
 
 
 
Na prática 
 
Ainda sobre a funcionalidade da moeda, apresentamos, a seguir, instituições que 
atuam com investimentos financeiros e equivalência de mercadorias em diferentes 
países. 
 
XPI Investimentos 
Por meio de assessoria, a XPI oferece auxílio aos clientes para tomarem as melhores 
decisões relacionadas ao seus investimentos, sempre de acordo com seus objetivos e 
seu perfil de investidores. 
Fonte: Site XPI Investimentos. 
 
 
 
 
 
Banco Central do Brasil 
Apresenta dados de conversão de moedas. 
Efetua o cálculo, que tem caráter informativo, e não substitui as disposições da norma 
cambial brasileira para casos específicos de conversão. 
Fonte: Banco Central do Brasil. 
 
Para reforçar o que você aprendeu até aqui, o professor Antônio Carlos Magalhães 
da Silva esclarece pontos importantes como: a importância da gestão dos recursos 
financeiros e o surgimento e evolução da moeda, bem como as suas funções. 
Adicione um comentário 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Verificando o Aprendizado 
1. Antes de existir uma moeda na sociedade, as pessoas negociavam os seus 
produtos por meio do método conhecido como escambo, que se baseava na troca de 
mercadorias de forma direta. No entanto, ao longo dos anos, esse modelo de 
negociação foi substituído por outros mais eficientes e eficazes. 
 
Assinale a alternativa que possui uma crítica válida para a substituição do escambo. 
 
a) O escambo baseava-se na troca de mercadorias de forma indireta, como, por 
exemplo, um pão por moedas de prata ou ouro, que podiam comprar outras 
mercadorias. No entanto, como essas moedas não eram aceitas em todo os reinos, os 
mercadores acabavam ficando limitados aos locais onde tais moedas poderiam ser 
usadas. 
 
b) O escambo não se baseava na troca de mercadorias, mas em uma negociação de 
uso com prazo determinado. Por exemplo, o mercador A permitia que o mercador B 
colhesse frutas em seu pomar durante o ano, enquanto o mercador A extraía leite da 
vaca do mercador B. No final do ano, o mercador A devolvia a vaca, e o mercador B 
deixava de colher frutos do pomar do mercador A. No entanto, essa prática acabava 
sempre por apresentar problemas, caso a vaca morresse, o pomar fosse assolado 
pela peste ou o trato precisasse ser desfeito antes do período acordado. 
 
c) O escambo baseava-se na troca de mercadorias de forma direta e baseada no 
peso, como, por exemplo, cinco quilos de batata por cinco quilos de feijão. No entanto, 
como era possível comparar de forma justa o preço de uma cabeça de gado com 
outras mercadorias, esse modelo foi rapidamente descontinuado. 
 
d) O escambo baseava-se na troca de mercadorias de forma direta, como, por 
exemplo, um pão por um saco de arroz. No entanto, como esse modelo de negociação 
não se fundamentava em moeda única, acabou se tornando um modelo injusto, pois 
um dos lados sempre acabava levando vantagem na negociação. 
Responder 
Comentário 
 
Parabéns! A alternativa D está correta. 
 
 
O escambo era um modelo de troca de mercadorias de forma direta, em que, sem 
muitas regras definidas, dois ou mais comerciantes decidiam o que acreditavam ser 
uma troca justa pelos produtos que possuíam. Dessa forma, era comum que algum 
comerciante terminasse a negociação se sentindo desfavorecido. Para encontrar um 
método mais justo, foi, então, desenvolvida a moeda, pois, por meio dela, era possível 
equiparar diversos produtos a uma única unidade. 
2. A moeda possui três funções: instrumento de troca, denominador comum de valores 
e reserva de valor. Assinale a alternativa que apresenta a principal diferença entre a 
função instrumento de troca e reserva de valor. 
 
a) Reserva de valor refere-se à função que a moeda possui de comprar ou vender 
produtos ou serviços, enquanto instrumento de troca diz respeito à função que a 
moeda assume de ter seu valor igual, evitando que perca, drasticamente, seu poder 
de compra ao longo dos anos. 
 
b) Instrumento de troca diz respeito à utilização da moeda para compra ou venda de 
produtos ou serviços, enquanto reserva de valor refere-se à função que a moeda 
possui de ter seu valor igual, evitando que perca, drasticamente, seu poder de compra 
ao longo dos anos. 
 
c) Reserva de valor refere-se à função que a moeda possui de equiparar todos os 
produtos ou serviços a uma única unidade de valor, enquanto instrumento de troca diz 
a respeito à função que a moeda assume de ter seu valor igual, evitando que perca, 
drasticamente, seu poder de compra ao longo dos anos. 
 
d) Instrumento de troca diz respeito à utilização da moeda para compra ou venda de 
produtos ou serviços, enquanto reserva de valor refere-se à função que a moeda 
assume de manter produtos e serviços de diversos países em uma mesma unidade de 
valor. 
Responder 
Comentário 
 
Parabéns! A alternativa B está correta. 
 
 
A principal definição da função instrumento de troca refere-se à necessidade de 
compra e venda de mercadorias ou serviços, enquanto reserva de valor destina-se à 
função que a moeda assume de ter seu valor o mais próximo de constante ao longo 
dos anos, isto é, que ela não perca seu poder de compra de forma radical. 
 
Você conseguiu desbloquear o MÓDULO 2! 
E, com isso, você: 
Reconheceu as funções da moeda. 
Retornar para o início do módulo 1. 
 
Conceitos 
Vamos aprender conceitos mais avançados da moeda, como os princípios de oferta e 
demanda, as formas de captação financeira e os benefícios de se captar recursos de 
terceiros, bem como utilizar os próprios recursospara financiar projetos. 
Com base nos conhecimentos adquiridos, será possível: 
Entender as principais formas de captação de recursos para projetos utilizadas por 
empresas e pessoas. 
Oferecer melhor suporte ao gestor, quando questionado sobre decisões estratégicas 
da organização dentro da alçada financeira. 
 
Fonte: Pixabay 
 
A origem do dinheiro 
Vamos supor que você queira comprar um carro de R$ 20.000, mas só tenha R$ 
10.000 guardado. 
De que maneira você poderia comprá-lo? 
 
 
Empréstimo ou 
financiamento 
Você pode buscar um empréstimo no banco de R$ 10.000,00. No entanto, 
dependendo da taxa de juros, você pagará quase o dobro ao banco, ou seja, o preço 
de outro carro. O financiamento é parecido com o empréstimo, mas é para uma 
finalidade específica. Num financiamento de carro, por exemplo, a taxa de juros é 
menor, mas o carro servirá de garantia: não pagou a prestação? Poderá perder o 
carro. 
 
 
Dinheiro 
guardado 
Outra opção é você juntar dinheiro e guardar em casa. Este processo parece bom, 
mas, dependendo do quanto você pode juntar por mês e da taxa de juros, é possível 
que demore anos para comprar o tão sonhado automóvel. Você deixa de investir tal 
recurso em outro investimento (custos de oportunidade, pois poderia estar rendendo 
juros) e o dinheiro perde seu valor no decorrer do tempo (por causa da inflação). 
 
 
Empréstimo 
com amigo 
Outra opção seria você escolher um amigo em quem confie, que também disponha de 
R$ 10.000 e queira comprar um carro. A ideia é fazer um acordo com ele. Na 
primeira semana, você fica com o carro e, na outra, ele desfruta do automóvel. Assim, 
vocês podem dividir despesas como gasolina, revisão, IPVA etc. 
 
Fonte: Shutterstock 
Após a análise deste exemplo, é possível entender que existem diversas formas de 
comprar um carro, uma casa e até mesmo montar uma empresa. Contudo, essas 
opções de financiamento são distintas. 
Veja, a seguir, as principais diferenças entre ganhar ou captar dinheiro. 
 
Aumento de recursos 
Quando falamos em aumento de recursos, estamos nos referindo a receber 
pagamento, seja pela venda de um produto que você produziu ou por um serviço que 
você prestou. 
 
Fonte: Shutterstock 
Podemos “ganhar dinheiro” comprando canetas a R$ 1,00 e vendendo na rua a R$ 
2,00, fazendo bolo e vendendo na porta de casa, vendendo o serviço de eletricista 
(apenas se você for qualificado para tal) etc. 
Aqui, estamos mostrando a ideia de lucro nas operações. 
Neste contexto, você já ouviu falar sobre os conceitos a seguir? 
Oferta X Demanda 
Devido ao conceito de oferta e demanda, cada forma gera valores diferentes. 
 
Fonte: Shutterstock 
Conforme afirmam Vasconcellos e Garcia (2008, p. 46), demanda pode ser definida 
como a quantidade de certo bem ou serviço que os consumidores desejam 
adquirir em determinado período. 
 
Fonte: Pixabay 
Oferta, por sua vez, representa as quantidades que os produtores desejam 
oferecer ao mercado em determinado período. 
Dessa forma, podemos entender que a oferta corresponde a todos os produtos ou 
serviços disponíveis para a venda, enquanto a demanda se refere a todas as pessoas 
com intenção de comprar esses produtos ou serviços. 
Atenção 
Os princípios de oferta e demanda tendem a se igualar, pois uma empresa não 
produzirá mais do que consegue vender, assim como uma pessoa não comprará mais 
de um produto depois que comprou o suficiente e se sente satisfeita. 
No entanto, quando há mais produtos sendo ofertados do que demanda para eles, os 
preços tendem a cair. E quando há maior demanda do que produtos ofertados, os 
preços tendem a aumentar. 
Para que fique mais claro, basta entender o seguinte caso: 
Case 1 
 
Fonte: Shutterstock 
Suponha que você é um empresário do ramo de refrigerantes. No mês de janeiro, dos 
100 refrigerantes que você produziu, vendeu apenas 90. Como você sabe que, caso 
não os venda logo, estes estragarão (ou seja, você terá prejuízo), prefere vender os 10 
refrigerantes que sobraram mais baratos. 
Da mesma forma, se dos 100 refrigerantes que você produziu no mês de janeiro, 150 
pessoas quiserem comprar, você poderá aumentar o preço dos refrigerantes, pois há 
maior demanda do que refrigerantes ofertados. 
Então, cabe a você pensar: 
Autônomo ou empregado? 
 
Fonte: Shutterstock 
Vale a pena passar o dia inteiro produzindo 10 bolos que custaram R$ 10,00 cada um 
para serem feitos e, no final, vender cada um por R$ 50 reais (o que gera um lucro de 
R$ 400,00 por dia)? 
Ou você prefere estudar e se qualificar (exatamente como está fazendo agora) e ser 
contratado por uma empresa que lhe paga os mesmos R$ 400,00 por dia (total de R$ 
8.800,00 por mês, antes dos impostos), mas com acesso a outros benefícios? 
Cabe a cada um analisar os pontos positivos de ser um empreendedor e montar seu 
negócio ou oferecer seus serviços técnicos avançados a uma empresa que lhe pagará 
o mesmo valor. No final, caberá a você tomar essa decisão por conta própria. 
 
Captação de recursos 
A captação de recursos financeiros é a forma por meio de terceiros ou dos próprios 
sócios (no caso da pessoa física, seus recursos) de conseguir recursos para seus 
negócios ou investimentos. 
Exemplo 
Suponha que, após ler esta explicação, você decida produzir bolos, e que os negócios 
tenham dado muito certo. Agora, você está recebendo mais pedidos do que é capaz 
de produzir. A única forma para atender todos esses pedidos é contratando 
funcionários, comprando um forno novo e se mudando para um galpão. 
Você, então, pesquisou e viu que, para fazer esse investimento, precisa de R$ 
100.000,00, mas ainda não tem toda essa quantia. Isso significa que você precisa 
captar recursos. 
Veja, a seguir, algumas formas de captação: 
�Clique nos botões. 
1. Investimento de família ou amigos 
Nesta opção, será necessário preparar uma apresentação formal que deixe bem claro 
seu objetivo, aonde sua empresa vai chegar e quanto ela vai render. 
Tente vender a ideia para as pessoas que você conhece. Caso elas se interessem em 
investir na sua ideia, existem diversas formas de fazer um acordo. Seu familiar ou 
amigo podem ser seus sócios e ficar com uma porcentagem da empresa ou até 
mesmo lhe emprestar com o acréscimo de uma taxa de juros. 
2. Empréstimos em bancos 
Caso a opção anterior não tenha dado certo, é possível ir aos bancos e solicitar um 
empréstimo. O banco analisará seu histórico financeiro e verá se você tem condições 
de pagá-lo. Se sua ideia der errado, o banco poderá cobrar uma taxa de juros mais 
elevada para compensar o risco. 
3. Crowdfunding 
Esta é uma forma recente de captar dinheiro. Nesta modalidade, é necessário, 
novamente, preparar uma apresentação (em vídeo, texto etc.) e postar em sites 
de crowdfunding. Pessoas ao redor do mundo decidem, então, emprestar recursos 
para que você tire sua ideia do papel. 
4. Empresas de investimento e investidores anjos 
Nesta modalidade de captação, empresas ou pessoas qualificadas analisam sua ideia 
e decidem se investirão ou não nela. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na prática 
A seguir apresentamos algumas empresas que trabalham com tipos de captação. 
Veja: 
 
kickante 
A Kickante é a Plataforma de crowdfunding mais premiada do Brasil. 
Nesse espaço, várias pessoas se identificam com um projeto ou um sonho e resolvem 
apoiá-lo financeiramente para que se realize. Baseado na economia colaborativa, tem 
a premissa de que, juntos, todos podem conquistar seus objetivos. 
Fonte: Site Kickante. 
 
 
 
 
 
BNDES 
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é um dos 
maiores bancos de desenvolvimento do mundo e, hoje, o principal instrumento do 
Governo Federal para o financiamento de longo prazo e investimento em todos os 
segmentos da economia brasileira. 
Para isso, apoia empreendedores de todos os portes, inclusive pessoas físicas, na 
realização de seus planos de modernização, de expansão e na concretização de 
novos negócios,tendo sempre em vista o potencial de geração de empregos, renda e 
de inclusão social para o Brasil. 
Fonte: Site: BNDES. 
 
Ágora Investimentos 
Um Clube de Investimentos é formado por um grupo de pessoas que, geralmente, se 
conhecem e têm objetivos parecidos, que decidem investir juntas para otimizar tempo 
e custos, além de formar um capital maior, capaz de acessar melhores oportunidades. 
Fonte: Site Agora Investimentos. 
 
 
 
Shark Thank 
Um dos exemplos deste tipo de investimento é o programa Shark Tank, no qual 
empreendedores mostram seus negócios ou ideias a uma banca de empreendedores 
ricos e inteligentes que decidem se vão investir neles. 
Fonte: Site Shark Tank. 
 
Uso próprio ou de terceiros 
Existe uma grande diferença entre usar o próprio dinheiro ou pedir o dinheiro dos 
outros para investir em algo. 
 
Fonte: Shutterstock 
Ao usar recursos próprios, você é o dono de tudo e quem toma a decisão sem a 
necessidade de consultar terceiros. Não é bom ser dono do próprio destino? 
Usar dinheiro próprio dá a você a liberdade para fazer o que quiser com ele, mas 
também o risco de ficar sem nada, caso o negócio não dê certo. 
 
Fonte: Pixabay 
A outra opção, por sua vez, obriga você a ouvir a opinião de terceiros, mas isso 
também serve como orientação para não cometer erros. 
Veja, a seguir, os principais prós e contras de usar recursos próprios e de terceiros: 
 
• Recursos próprios 
 
Prós 
• • Liberdade para tomar qualquer decisão no que diz respeito à empresa; 
 
• Não precisar pagar juros a ninguém. 
 
Contras 
Assumir sozinho o risco de falência; 
• Não ter alguém para ajudar na melhor tomada de decisão para a empresa, o que pode ser compartilhado quando há vários sócios.
• Obrigação de pagar juros, caso você tenha obtido 
 
 
• dinheiro emprestado; 
 
• Fazer concessões pontuais à opinião de outras p 
 
 
 
Definição da política de pagamento 
Caso você decida pegar um empréstimo no banco ou em outra entidade, é necessário 
entender as políticas de recebimento. 
Mas, afinal, o que são as políticas de pagamento? 
As políticas de pagamento são normas que você se compromete a seguir quando 
aceita o dinheiro de terceiros. Entre essas normas, está a quantia que você vai 
devolver por mês. 
Como os economistas adoram dizer: “Não existe almoço grátis!”. Todo mundo quer 
receber o dinheiro que emprestou e, na maioria das vezes, com juros, isto é, um pouco 
mais do que emprestaram. 
A fim de não ter nenhuma surpresa no mês seguinte ao do recebimento do 
empréstimo, você precisa ler todos os detalhes do contrato, principalmente no que se 
refere: 
 
Vamos tratar brevemente de cada detalhe: 
 
1. Taxa de juros 
 
Fonte: Shutterstock 
Se você emprestar dinheiro para alguém por um ano, concorda que, durante esse 
período, deixará de realizar outras atividades com esse dinheiro? Você poderia 
comprar aquele sapato novo, trocar de celular ou mesmo deixar o dinheiro rendendo 
na poupança, certo? 
Então, nada mais justo que, após esse período, a pessoa lhe devolva seu dinheiro 
adicionado de um montante extra. Esse acréscimo é chamado de juros, e o número 
usado para o cálculo destes é a taxa de juros. Perceba que existe uma diferença 
entre os dois conceitos. 
Enquanto a taxa de juros é um percentual (0,5%, 1%, 10%) usado para calcular 
quanto o dinheiro vai render, os juros representam a diferença entre o dinheiro que 
você emprestou e o quanto ele rendeu. 
Para que fique mais claro, vamos analisar caso a seguir: 
Case 2 
 
Fonte: Pixabay 
Suponha que você empreste R$ 120,00 a um amigo e diga a ele que espera esse 
dinheiro de volta em um mês à taxa de 10% ao mês. Fazendo um cálculo (R$ 120,00 x 
10%), sabemos que 10% de R$ 120,00 é R$ 12,00. Assim, você emprestou R$ 120,00 
e espera que seu amigo lhe devolva R$ 132,00 (R$ 120,00 + R$ 12,00). Em outros 
termos, a taxa de juros foi de 10% ao mês, e os juros do período foram de R$ 12,00. 
 
Fonte: Pixabay 
Saber em detalhes a diferença entre taxa de juros e juros é muito importante para 
que você não pegue um empréstimo sem entender em detalhes quanto será cobrado 
ao final do período, e se a taxa está de acordo com as práticas de mercado. 
Por meio de uma rápida análise, é possível identificar os bancos com melhores taxas 
e, com isso, assessorar o gestor da empresa sobre onde é mais vantajoso adquirir um 
empréstimo, por exemplo. 
2. Prazo de pagamento 
O prazo de pagamento corresponde ao período estabelecido para a devolução do 
dinheiro à pessoa que lhe emprestou. 
Quando adquirimos um empréstimo, alguns termos são acordados, tais como taxa de 
juros, juros e prazo de pagamento. A taxa de juros e o prazo de pagamento 
influenciam diretamente no valor total que será pago no final do empréstimo. Por isso, 
é muito importante que você entenda esses conceitos quando optar por um 
empréstimo. 
A fim de que fique mais claro, veja a situação a seguir: 
Case 3 
 
Fonte: Shutterstock 
Geraldo, um empresário do ramo têxtil, decidiu adquirir um empréstimo no banco para 
aumentar sua produção. No entanto, como ele precisava adquirir dinheiro 
rapidamente, não pesquisou quais bancos ofereciam as melhores condições, mas 
optou por pegar um empréstimo em um banco grande perto de sua empresa. 
 
Fonte: Shutterstock 
Após uma análise de seu negócio, o gerente do banco lhe ofereceu o seguinte 
empréstimo: R$ 10.000,00 a uma taxa de 5% ao mês. Mas cabia a Geraldo escolher a 
condição de pagamento do empréstimo: em 12 ou 36 meses. Como não entendia do 
assunto, Geraldo achou que o prazo de pagamento de 36 meses seria melhor, pois as 
parcelas seriam menores. 
Conforme podemos verificar, o prazo de pagamento é importantíssimo quando 
decidimos pegar um empréstimo, pois alguns meses de diferença podem acarretar 
uma grande soma de dinheiro. 
3. Valor mensal 
Por mais que o valor mensal que você pague seja calculado com base no valor que 
recebeu de empréstimo, na taxa de juros e no prazo de pagamento, ainda assim, é 
preciso confirmar o valor que você terá de pagar mensalmente (trimestralmente, 
semestralmente, anualmente etc.). Afinal, muitas vezes, nos atentamos apenas ao 
montante recebido, à taxa de juros e ao prazo de pagamento, mas esquecemos de 
verificar o valor que deve ser pago mensalmente. 
Caso não tenha certeza de que pode arcar com o valor mensal de um empréstimo, um 
empresário corre o risco de ir à falência, pois não tem como pagar todas as suas 
despesas mensais acrescidas à mensalidade do empréstimo. Dessa forma, a 
sugestão é que todos analisem o contrato com calma e vejam se este apresenta o 
valor que deve ser pago. Caso o valor não esteja lá, é necessário calculá-lo. 
Com base nos conhecimentos adquiridos até o momento, é possível tomar decisões 
mais seguras referentes a financiamento por base de empréstimos. Afinal, ao longo da 
carreira em Finanças, desafios referentes a tomadas de decisões estratégicas 
financeiras serão requeridos. O profissional que entende os principais conceitos sobre 
essa modalidade de financiamento destaca-se frente a outros que os desconhecem. 
 
O vídeo explica o movimento histórico do controle da moeda no Brasil e no mundo, e 
as formas de captação de recursos utilizadas por empresas e pessoas. 
Adicione um comentário 
Verificando o Aprendizado 
1. Empreendedores precisam decidir se utilizarão recursos próprios de terceiros para 
financiar seus projetos. Assinale a alternativa que não demonstra uma vantagem e 
uma desvantagem do uso de recursos próprios: 
 
a) Liberdade para tomar qualquer decisão no que diz respeito à empresa e assumir o 
risco de falência sozinho. 
 
b) Não precisar pagar juros e não ter alguém para ajudar na melhor tomada de 
decisão para a empresa, o que pode ser compartilhado quando há vários sócios. 
 
c) Não precisar pagar juros e assumir o risco de falência sozinho. 
 
d) Liberdade para tomar qualquer decisão no que diz respeito à empresa e não 
precisar pagar juros. 
Responder 
2. Quandoescolhemos obter um empréstimo, diversos fatores podem influenciar no 
valor final que deverá ser pago. Qual dos fatores a seguir, com seu respectivo motivo, 
influencia no valor final a ser pago no empréstimo? 
 
a) Valor mensal, pois, quando pago pelo empréstimo, é usado para cálculo da taxa de 
juros, que, no final, resultará no total a ser pago ao banco. 
 
b) Prazo de pagamento, pois, conforme a variação, influencia no valor total a ser pago 
ao banco. 
 
c) Taxa de juros, pois pouco influencia no cálculo geral do empréstimo, constando no 
acordo apenas para fins regulatórios do Banco Central. 
 
d) Índice futuro, pois, baseado nos contratos de preços futuros, o valor final de um 
empréstimo varia, mesmo quando a taxa de juros definida é de 1% ao mês. 
Responder 
Comentário 
 
Parabéns! A alternativa B está correta. 
 
 
Quando um empréstimo é feito, devemos averiguar três informações principais: taxa 
de juros, prazo de pagamento e valor mensal. No entanto, para fins de cálculo do valor 
final, apenas a taxa de juros e o prazo de pagamento são necessários. O motivo que 
faz a taxa de juros impactar no valor final a ser pago é o fato de ser usada em cima do 
montante, a fim de calcular os juros finais a serem pagos. Já o prazo de pagamento 
influencia no valor final a ser pago, pois, quanto mais tempo demoramos para finalizar 
o pagamento do empréstimo, maior fica o valor final total a ser pago. 
 
Você conseguiu desbloquear o MÓDULO 3! 
E, com isso, você: 
Identificou as formas de aplicação e captação de recursos. 
Retornar para o início do módulo 2 
 
 
 
 
 
 
 
. 
 
 
 
Conceitos 
Vamos conhecer as principais formas de investimento e seus conceitos básicos. 
Assim, como gestor de uma empresa, você será capaz de identificar as melhores 
opções de investimento. 
Decisão sobre o uso do dinheiro 
Para onde vai o dinheiro? Vamos analisar os cenários a seguir. 
Vamos supor que você receba R$ 10.000,00 e gaste tudo em doces e guloseimas que 
comerá ao longo do ano. 
Por mais delicioso que seja esse cenário, você estará apenas gastando esse dinheiro. 
 
Se você usar os mesmos R$ 10.000,00 na compra de doces e guloseimas que, 
depois, você usará para vender em uma loja a um preço maior do que pagou, 
isto é, com lucro, você estará investindo esse dinheiro. 
A partir desses dois cenários, é possível entender que o mesmo dinheiro pode ser 
usado para diferentes situações. Dependendo de como é aplicado, o dinheiro é 
classificado de formas diferentes. 
Decisão sobre gasto ou investimento 
Gastar ou investir? 
Se você decidir usar seu dinheiro em restaurantes, por exemplo, você o 
estará gastando. Mas se decidir usá-lo para que gere mais dinheiro no futuro, 
estará investindo. 
Quando falamos em investir, no entanto, não estamos falando apenas de produzir algo 
ou comprar um produto e vendê-lo mais caro. Existem outras formas de investir 
dinheiro. Lembre-se: 
Investimento é tudo aquilo que você faz com seu dinheiro para aumentá-lo ao longo do 
tempo. 
Vejamos, a seguir, algumas formas de investir: 
 
 
Caderneta de Poupança 
Esta forma de investir o dinheiro é a mais conhecida entre os brasileiros. 
Neste tipo de investimento, você coloca dinheiro no banco e este renderá, 
mensalmente, uma porcentagem a juros compostos. Contudo, essa porcentagem é 
pequena. 
 
 
CDB 
Esta forma de investimento bancário é basicamente um empréstimo para o banco. 
Vamos dizer que você esteja com dinheiro sobrando e queira emprestá-lo para 
alguém. Concorda que é muito difícil um banco grande lhe dar um calote? Então, por 
que não emprestar a ele? 
No entanto, como o risco de o banco não lhe pagar (dependendo do banco) é muito 
baixo, a taxa de juros cobrada é baixa. Afinal, na área de Finanças, o retorno é 
correlacionado ao risco. 
 
 
Tesouro Direto ou títulos públicos 
O governo se financia por meio da arrecadação de impostos. No entanto, às vezes, ele 
também precisa de dinheiro emprestado para poder construir novas rodovias, 
hospitais, escolas etc. Para isso, bem como investir na melhoria de saúde e 
transportes, o governo precisa de empréstimos. Dessa forma, pessoas e empresas 
podem emprestar dinheiro ao governo por meio da compra de títulos públicos. 
Títulos públicos são papéis emitidos pelo governo e comprados por pessoas e 
empresas, sendo acordada a devolução do dinheiro em determinada data, acrescido 
de juros. Normalmente, o prazo de devolução do dinheiro acrescido de juros é longo. 
Por isso, é mais indicado para aqueles que não precisarão do dinheiro em curto prazo. 
 
 
Ações 
Quando uma empresa atinge um tamanho relativamente considerável, seus sócios 
podem decidir pela abertura de seu capital, isto é, lançar ações na bolsa de valores. 
Esta operação faz com que as pessoas que comprarem as ações da empresa se 
tornem sócias dela e, com isso, possam receber dividendos ou obter lucro por meio da 
variação do preço da ação. Por exemplo, podemos comprar a ação a R$ 1,00 e vendê-
la a R$ 2,00. 
No entanto, como o preço das ações das empresas pode variar muito por diversos 
motivos, este tipo de investimento apresenta um grande risco para aqueles que 
desejem se aventurar sem um profundo conhecimento técnico. 
Assim, por mais que apresente uma grande oportunidade de enriquecer, o 
investimento em ações deve ser feito apenas por aqueles que entendem do assunto e 
que não ficarão mais pobres caso percam parte do dinheiro investido. 
 
 
Conceitos financeiros 
Na prática, toda vez em que precisamos comprar determinado produto para produzir 
uma mercadoria, dizemos que estamos gastando dinheiro ou que isso é uma despesa, 
certo? 
No entanto, na Administração e na Contabilidade, existe uma grande diferença 
entre despesa e custo. 
�Clique nos botões. 
1. Gasto 
Toda saída de dinheiro da empresa. Independente do motivo da saída de dinheiro 
(seja para comprar uma máquina que produzirá mais pão para sua padaria, seja para 
aplicar na poupança), nós a chamamos de gasto. 
2. Custo 
Toda saída de recursos financeiros que está diretamente ligada à produção de seu 
produto ou à prestação de serviço. Assim, em uma empresa que monta e vende 
celulares, o salário dos colaboradores que montam os aparelhos é um custo, pois, 
sem esses profissionais, não é possível produzir os celulares. 
3. Despesas 
Toda saída de dinheiro que não está diretamente ligada à produção do bem ou à 
prestação de serviço. 
Seguindo o mesmo exemplo anterior da empresa de celulares, caso o gestor decida 
comprar ventiladores para tornar o trabalho de seus colaboradores mais eficiente, ele 
deve registrar essa compra como despesa, pois a aquisição de ventiladores não 
influencia na produção dos aparelhos. 
Então, a compra de um ventilador para a empresa é uma despesa, pois não é 
essencial para a prestação de serviço do montador de celular. 
4. Perdas 
Todo os processos de produção e prestação de serviços envolvem perdas. Imagine 
que a manicure, ao pintar uma unha sempre use a quantidade exata de esmalte em 
seu cliente sem nunca borrar ou se sujar. Isso é impossível! 
Uma boa manicure sabe que é sempre necessário passar um pouco mais de esmalte, 
esbarrando nas cutículas e até mesmo na pele (e, depois, limpar usando acetona). 
Esse esmalte que não foi usado pode ser considerado uma perda. 
O mesmo ocorre com a massa que sobra quando se vai fazer um pão ou qualquer 
outro produto. 
Então, quando um empreendedor for calcular seus custos e suas despesas, é 
necessário que ele tome cuidado para registrar também as perdas. Caso contrário, 
desperdiçará dinheiro. 
 
Políticas de recebimento 
Agora que você conhece os conceitos de custos e despesas, e sabe que precisa 
contabilizar as perdas se decidir montar o próprio negócio, é preciso entender sobre as 
políticas de pagamento. 
Estamos acostumados a pensar em pagamento quando devemos a alguém (uma 
pessoa, um banco, o cartão de crédito ou uma loja). Mas esquecemos que, quando 
empreendemos, precisamos definirpolíticas de recebimentos para que os outros nos 
paguem. 
Você concorda que, às vezes, bate aquela vontade de comer um doce, mas, nem 
sempre, temos dinheiro para pagar por ele? 
 
Fonte: Shutterstock 
Quando conhecemos o dono da lojinha de guloseimas, é muito comum que ele nos 
deixe pegar o doce hoje e só pagar depois. É justamente isso que entendemos como 
política de recebimento, também muito comum nos cartões de crédito. 
Precisamos ter muito cuidado com isso, pois, se não tivermos controle e organização 
sobre quando vendemos e recebemos, poderemos ter um problema sério no Fluxo de 
Caixa. 
Veja algumas dicas de como ter um bom controle de Fluxo de Caixa e definir suas 
políticas de recebimento: 
 
1. Explicar suas normas aos clientes 
Caso você aceite receber o dinheiro depois da venda, é importante que deixe bem 
claro quando espera receber o dinheiro de volta e se cobrará juros sobre esse 
dinheiro. Uma boa conversa resolve muitos problemas no futuro! 
2. Fazer contrato 
Quando o valor da venda for muito alto e o prejuízo por não recebimento, muito 
grande, será importante fazer um contrato formal assinado por um advogado e 
registrado em cartório, para que, caso seu cliente não lhe pague, você possa acionar a 
Justiça. 
Aqui, aprendemos conceitos como gasto, despesa e custo. Além disso, discutimos 
sobre a tomada de decisão entre gastar ou investir, as principais formas de 
investimento e a política de recebimento. 
A partir desse conhecimento, é possível tomar melhores decisões estratégicas e ser 
mais eficiente quanto à aplicação de recursos financeiros. 
 
Na conclusão deste módulo, o professor Antônio Carlos Magalhães da Silva explica 
os tipos de aplicação de recursos e como é possível aplicá-los. Essa abordagem é 
fundamental para aqueles que atuam em gestão, tanto com pessoas físicas quanto 
com grandes empresas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Verificando o Aprendizado 
1. Existem muitas dúvidas quanto à diferença entre gasto, custo e despesa. Enquanto 
gasto se refere a toda a saída de recursos financeiros da organização, custo se refere 
à saída de dinheiro diretamente ligada à produção do produto ou prestação de serviço. 
Por fim, despesa é toda saída financeira que não está diretamente ligada à produção 
do produto ou prestação de serviço. 
 
Assinale a alternativa que classifica, de maneira correta, cada uma das situações. 
 
a) Em uma empresa de bijuterias, devemos classificar como custo a compra de mesas 
que serão usadas na montagem das joias, como despesa a compra de um carro de 
entrega, e como gasto todo o dinheiro que saiu da empresa (custo ou despesa). 
 
b) Em uma empresa de ração de cães, devemos classificar como custo a compra de 
um ar-condicionado para refrescar os funcionários do administrativo, como despesa a 
compra do maquinário usado para a produção da ração, e como gasto apenas os 
custos que a empresa teve ao longo do período. 
 
c) Em uma empresa de vestidos, devemos classificar como despesa a compra de 
tecido que será usado na produção dos vestidos, como custo o salário dos alfaiates, e 
como gasto o desembolso de dinheiro relacionado apenas às despesas que a 
empresa teve ao longo do período. 
 
d) Em uma empresa de computador, devemos classificar como custo a compra de 
peças que serão usadas para montar cada computador, como despesa o salário dos 
montadores de computador, e como gastos todos aqueles que a empresa teve ao 
longo do período. 
Responder 
Comentário 
 
Parabéns! A alternativa A está correta. 
 
 
Os conceitos de gastos, despesas e custos são diferentes. Por isso, precisamos 
refletir sobre a finalidade de cada empresa, e se a despesa se refere ou não à 
produção de um produto/serviço. A alternativa A é a única que aloca, corretamente, 
despesas, custos e gastos relacionados à empresa de bijuteria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. O entendimento correto de política de recebimento é muito importante para que o 
gestor financeiro possa saber quando e como receberá pelos produtos vendidos ou 
pelos serviços prestados. Em caso específico, é altamente recomendado que seja feito 
um contrato de pagamento. 
 
Assinale a alternativa que explica corretamente o motivo de fazer um contrato de 
pagamento. 
 
a) Quando a empresa faz negócio com um familiar do sócio, pois sempre que há 
família envolvida nos negócios, existe uma grande chance de tal familiar não pagar, e 
a empresa precisa assumir o prejuízo, sem acarretar falência. 
 
b) Quando a venda é feita a prazo, pois vendas a prazo não são muito arriscadas, e, 
com isso, a empresa pode se sentir confortável em vender independente de quem seja 
o comprador. 
 
c) O contrato de venda ou prestação de serviço é apenas uma formalidade que pouco 
influencia no recebimento, pois, devido a uma justiça lenta e pouco eficiente, o gestor 
da empresa sempre precisará arcar com o prejuízo, caso o comprador não o pague. 
 
d) Quando o valor da venda de um produto ou prestação de serviço é muito alto, pois, 
caso haja não pagamento ou atraso no pagamento, a empresa que vendeu o produto 
ou prestou o serviço pode ir à falência. Por meio do contrato, o vendedor pode 
procurar meios legais de reaver seu dinheiro e não ir à falência. 
Responder 
Comentário 
 
Parabéns! A alternativa C está correta. 
 
 
A política de recebimento é importante para que o gestor da empresa não corra o risco 
de não receber e, com isso, venha a falir. Disto resulta a relevância do contrato: 
quando o valor de venda é alto, há risco de falência em caso de falta de pagamento, e 
o contrato garante que isso não aconteça. 
 
Você chegou ao FINAL DESTA EXPERIÊNCIA! 
E, com isso, você: 
Distinguiu gasto de investimento com base na definição de conceitos financeiros. 
Retornar para o início do módulo 3. 
 
 
Conclusão 
Neste tema, você adquiriu os conhecimentos necessários a um profissional de 
Finanças e aprendeu a realizar corretamente a gestão de recursos financeiros. 
Além disso, compreendeu as noções básicas sobre investimentos e política de 
recebimento, bem como a diferença entre gastos, despesas e custos. 
 
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Conquistas 
1. Reconheceu as funções da moeda. 
2. Identificou as formas de aplicação e captação de recursos. 
3. Distinguiu gasto de investimento com base na definição de conceitos 
financeiros. 
Conteudista 
Matheus Moura 
Currículo Lattes 
Referências 
ASSAF NETO, A. Matemática financeira e suas aplicações. 14. ed. São Paulo: 
Atlas, 2019. 
ASSAF NETO, A. Mercado financeiro. 14. ed. São Paulo: Atlas, 2018. 
CERBASI, G. Cartas a um jovem investidor: enriquecer é uma questão de escolha. 
4. ed. São Paulo: Elsevier, 2008. 
CERBASI, G. Casais inteligentes enriquecem juntos. 3. ed. São Paulo: Sextante, 
2014. 
FORTUNA, E. Mercado financeiro: produtos e serviços. 22. ed. Rio de Janeiro: 
Qualitymark, 2020. 
KIYOSAKI, R. Independência financeira: o guia para a sua libertação. 1. ed. São 
Paulo: Alta Books, 2017. 
KIYOSAKI, R.; LECHTER, S. Pai rico, pai pobre. 20. ed. São Paulo: Alta Books, 
2018. 
HUBERMAN, L. História da riqueza do homem. 22. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2017. 
PASSOS, C.; NOGAMI, O. Princípios de economia. 7. ed. São Paulo: Cengage 
Learning, 2015. 
VASCONCELLOS, M. A. S.; GARCIA, M. E. Fundamentos de economia. 3. ed. São 
Paulo: Saraiva, 2008. 
 
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• Entre no site do Banco Central do Brasil e leia o texto Origem e Evolução do 
Dinheiro. 
 
 
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