Buscar

direito civil - direito de familia aula 01

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 77 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 77 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 77 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DIREITO DE FAMÍLIA
CIVIL V
AULA 1 
DIREITO DE FAMÍLIA 
 Prof. Ana Lectícia Erthal
ESTRUTURA DE CONTEÚDO – Aula 1
1. Apresentação do Conteúdo: metodologia de ensino, bibliografia e Plano de Ensino.
2. Conceito de Direito de Família. Estrutura e objeto do Direito de Família. Localização da matéria no Cód. Civil. - Direito pessoal e patrimonial.
A importância atual do Direito de Família - A família como a base da sociedade - A família na Constituição Federal de 1988 - A evolução do conceito de família até os dias de hoje.
CÓDIGO CIVIL DE 2002
Normas que regulam relações pessoais entre os cônjuges, ascendentes, descendentes e parentes em linha reta (Título I – artigos 1.511 a 1.638 do CC/02) – Direito Matrimonial e Parental; 
 Normas que disciplinam relações patrimoniais decorrentes de relações familiares (Título II – artigos 1.639 a 1.722 do CC/02); Direito Patrimonial 
Normas que disciplinam a união estável (Título III – artigos 1.723 a 1.727 do CC/02) – Direito Convivencial; 
• Normas que tratam da tutela de relações assistenciais (Título IV – artigos 1.728 a 1.783-A do CC/02) – Direito Assistencial. 
OBJETO DE ESTUDO DO DIREITO DE FAMÍLIA
A) O direito das entidades familiares, matrimônio e demais arranjos familiares, sem discriminação;
B) O direito parental: paternidade, maternidade, filiação e parentesco;
C) O direito patrimonial familiar: regimes de bens entre os cônjuges e companheiros, alimentos, administração dos bens dos filhos e o bem de família.
D) O direito assistencial: relativo à guarda, tutela, curatela e à tomada de decisão apoiada. 
CONCEITO DE DIREITO DE FAMÍLIA
“O Direito de Família é um conjunto de regras e princípios que disciplinam os direitos pessoais e patrimoniais das relações de família.” (Paulo Lôbo)
“O Direito de Família constitui o ramo do Direito Civil que disciplina as relações entre pessoas unidas pelo matrimônio, pela união estável ou pelo parentesco, bem como institutos complementares da tutela e da curatela.” (Carlos Roberto Gonçalves)
NATUREZA JURÍDICA
O DIREITO DE FAMÍLIA PERTENCE AO DIREITO PÚBLICO OU AO DIREITO PRIVADO?
NATUREZA JURÍDICA 
O Direito de Família deve ser considerado ramo do Direito Privado, embora algumas tentativas mal sucedidas tenham o apresentado como ramo de Direito Público devido ao grande número de normas imperativas e de ordem pública que o compõem.
Os sujeitos de suas relações são entes privados, apesar da predominância das normas cogentes.
Em razão do comprometimento do Estado em proteger as famílias (art. 226, caput, da CRFB/88), é o ramo do Direito Civil em que é menor a autonomia privada, e em que é marcante a intervenção legislativa. 
BASE LEGISLATIVA DO DIREITO DE FAMÍLIA
1) CRFB/88: arts. 226 a 230, 
EC 66/10;
2) CC/02: art. 1.511 ao 1.783-A 
3) LEIS ESPECIAIS
LEIS ESPECIAIS
Lei nº 4.121/62 – Estatuto da Mulher Casada 
Lei nº 6.515/77 – Lei do Divórcio
Lei nº 8.069/90 - ECA
Lei nº 8.560/92 – Reconhecimento de Paternidade
Lei nº 8.971/94 e 9.278/96 – União Estável
Lei nº 9.263/96 – Planejamento Familiar
Lei nº 10.741/03 – Estatuto do Idoso
Lei nº 11.340/06 – Lei Maria da Penha
Lei nº 11.804/08 – Alimentos Gravídicos
Lei nº 12.010/09 – Lei de Adoção 
Lei nº 11.924/09 – Inclusão de sobrenome de padrasto/madrasta
Lei n° 12.318/10 - Alienação Parental 
Lei nº 13.058/14 – Guarda Compartilhada
Lei nº 13.146/15 – Estatuto da Pessoa com Deficiência 
Lei nº 13.140/15 – Lei de Mediação
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
1ª FASE) DIREITO DE FAMÍLIA RELIGIOSO (CANÔNICO – 1500 a 1889)
2ª FASE) DIREITO DE FAMÍLIA LAICO (instituído com o advento da República 1889:
 art. 72, § 4°. “A República só reconhece o casamento civil(...)”)
3ª FASE) DIREITO DE FAMÍLIA IGUALITÁRIO E SOLIDÁRIO 
 (Instituído pela CRFB/88) 
DIFERENÇAS HISTÓRICAS
 CÓDIGO CIVIL DE 1916
1ª - Família era matrimonializada. 
2ª - Patriarcal.
 3ª - Hierarquizada. 
4ª - Necessariamente heteroparental (casamento entre sexos diferentes). 
5ª - Biológica. 
6ª - Instituição (fim em si mesmo).
 CÓDIGO CIVIL DE 2002
1ª - Família passa a ser plural (diferentes modos de formação). 
2ª - Democrática (igualdade em direitos e deveres). 
3ª - Igualitária (substancial). 
4ª - Hetero ou homoparental ou família monoparental. 
5ª - Aspecto biológico ou socioafetivo. 
6ª - Instrumento (família serve para proteção da pessoa).
FAMÍLIA NA ATUALIDADE
FUNDADA na VALORIZAÇÃO DA PESSOA e suas RELAÇÕES AFETIVAS.
ESTRUTURADA na AFETIVIDADE e na SOLIDARIEDADE. 
Cristiano Chaves de Faria: “A entidade familiar deve ser entendida hoje como grupo social fundado, essencialmente, por laços de afetividade, pois a outra conclusão não se pode chegar à luz do texto constitucional”. 
 
FAMÍLIA NA ATUALIDADE 
REPERSONALIZAÇÃO:
A família converte-se em espaço de realização da afetividade humana.
Valoriza-se o interesse da pessoa humana mais do que suas relações patrimoniais.
Representa a recusa da coisificação ou reificação da pessoa, passando a ressaltar sua dignidade. 
FAMÍLIA NA ATUALIDADE
“É um núcleo existencial integrado por pessoas unidas por um vínculo socioafetivo, teleologicamente vocacionada a permitir a realização plena dos seus integrantes.” (Pablo Stolze e Rodolfo Pamplona Filho). 
Passou a se entender como entidade familiar toda e qualquer modalidade de união capaz de servir como espaço para o desenvolvimento de emoções e afeições dos seres humanos, em que se concretiza a plena dignidade da pessoa humana. 
CONCEITO DE FAMÍLIA
A) ESTRITO: pais e filhos
B) AMPLO: parentes em linha reta e colaterais até o 4° grau (primos). 
Carlos Roberto Gonçalves a compreende como um grupo social: abrange todas as pessoas ligadas por vínculo de sangue e que procedem de um tronco comum (ancestral), bem como as pessoas unidas pela afinidade e adoção. 
Conceito de Família: Lei Maria da Penha (Lei n° 11.340/06, art. 5°, II) e Lei da Adoção
Artigo 5.º, II, deve se entender como família a comunidade formada por indivíduos que são ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa.
A Lei da Adoção (Lei nº 12.010/2009) consagra o conceito de família extensa ou ampliada, cujo conceito a estende para além da unidade de pais e filhos ou da unidade do casal, formada por parentes próximos com os quais a criança ou adolescente convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade. (alteração do artigo 25 do Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei nº 8.069/1990)
FUNÇÃO SOCIAL DA FAMÍLIA
Fenômeno da “Função Social da Família” - é a sua adequação aos valores e às garantias Constitucionais. 
Em que toda família tem uma finalidade: a de promover os valores da pessoa humana. Assim sendo, dignidade da pessoa humana, liberdade, igualdade e solidariedade estão ínsitas na família.
STJ, REsp 1.183.378/RS, 4ª T., 
Rel. Min. Luis Felipe Salomão, jul. 25.10.11 
“Inaugura-se com a CF/88 uma nova fase do direito de família e, consequentemente, do casamento, baseada na adoção de explícito poliformismo familiar em que arranjos multifacetados são igualmente aptos a constituir esse núcleo doméstico, chamado ‘família’, recebendo todos eles especial proteção do Estado (...)
Não é ele, o casamento, o destinatário final da proteção do Estado, mas apenas o intermediário de um propósito maior, que é a proteção da pessoa humana em sua inalienável dignidade.”
MARCOS HISTÓRICOS
"A família é o núcleo natural e fundamental da sociedade e tem direito à proteção da sociedade e do Estado". (Carta das Nações Unidas, ONU, 1948, artigo XVI, nº 3).
"A família é constituída pelo casamento e terá direito à proteção dos Poderes Públicos". (Emenda Constitucional nº 1, de 1969, artigo 175) 
"A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado". (Constituição de 1988, artigo 226)
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA DE 1988
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
§ 1º O casamento é civil e gratuita a celebração.
§ 2º O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei.
§ 3º Para efeito da proteçãodo Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.
§ 4º Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes.
§ 5º Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela mulher.
§ 6º O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio. (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 66, de 2010)
§ 7º Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, o planejamento familiar é livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas.
§ 8º O Estado assegurará a assistência à família na pessoa de cada um dos que a integram, criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas relações.
PLURALIDADE DAS ENTIDADES FAMILIARES
Exemplos: espécies de famílias no ordenamento jurídico 
A família através do casamento e da união estável. 
A família monoparental
 A família formada pela união de pessoas do mesmo sexo. 
As novas entidades familiares: afetiva e recomposta.
ENTIDADES FAMILIARES
REQUISITOS COMUNS 
1°) AFETIVIDADE: lugar dos afetos, da formação social, onde se nasce, amadurece, desenvolvem valores da pessoa e molda sua personalidade. 
2°) ESTABILIDADE
3°) CONVIVÊNCIA PÚBLICA E OSTENSIVA 
Ministros do STJ, da 4ª Turma, decidiram que “tempo muito exíguo de duração”de relacionamento não permite configurar união estável 
“Na decisão, por unanimidade, os Ministros entenderam que namorar por dois meses e morar junto por quinze dias não vale como união estável. 
Após o perído de relacionamento e de viverem na mesma casa, o homem morreu, o que deu origem à ação pedindo o reconhecimento da união estável. 
STJ
O relator do caso no STJ, Min. Luis Felipe Salomão, argumentou que a legislação em vigor não estabelece um prazo para que se configure a união estável entre duas pessoas, mas ressaltou que um período mínimo deve ser exigido para atestar a ESTABILIDADE do relacionamento, o que segundo ele, é fundamental para reconhecer a união estável.
E, no caso concreto, o relacionamento do casal teve um tempo muito exíguo de duração.
ESTABILIDADE E FAMÍLIA
O requisito da estabilidade exige uma convivência entre o casal, permitindo que se dividam alegrias e tristezas, que se compartilhem dificuldades e projetos de vida, sendo necessário um tempo razoável de relacionamento. Afirmou 
o Ministro Salomão:
- “Não há como se falar em comunhão de vida entre duas pessoas no sentido material e imaterial em uma relação de duas semanas.” 
ESPÉCIES DE FAMÍLIAS EXPRESSAMENTE PREVISTAS NA CF/88
CASAMENTO (art. 226, §§ 1° e 2°, CF/88) 
UNIÃO ESTÁVEL ENTRE HOMEM E MULHER (art. 226, § 3°. CF/88)
FAMÍLIA MONOPARENTAL (art. 226, § 4°, CF/88)
OUTRAS ENTIDADES FAMILIARES 
UNIÃO HOMOAFETIVA (ADPF 132, STF, 2011) 
FAMÍLIA ANAPARENTAL
FAMÍLIA EUDEMONISTA
FAMÍLIA EXTENSA, RECONSTITUÍDA OU AMPLIADA (art. 25, ECA e Lei de Adoção)
FAMILIA POLIAFETIVA (POLIAMOR, POLIAMOROSAS) – não mais reconhecida.
FAMÍLIA MOSAICO, PLURIPARENTAL, (re)COMPOSTA
ENTIDADES FAMILIARES
ESPÉCIES:
NOVAS ENTIDADES FAMILIARES
 FAMÍLIA ANAPARENTAL OU PARENTAL: aquela que decorre “da convivência entre parentes ou entre pessoas, ainda que não parentes, dentro de uma estruturação com identidade e propósito”. É a família sem pais. 
Dois irmãos, por entendimento do STJ, constituem família e são protegidos pelo Direito de Família. “Execução. Bem de família. Ao imóvel que serve de morada as embargantes, irmãs e solteiras, estende-se a impenhorabilidade de que trata a Lei 8.009/1990.” (STJ, REsp 57.606/MG, Rel. Min.Fontes de Alencar, 4.ª Turma, j. 11.04.1995, DJ 15.05.1995)
FAMÍLIA NATURAL E FAMÍLIA EXTENSA – ECA (Lei n° 8.069/90
Art. 25. Entende-se por família natural a comunidade formada pelos pais ou qualquer deles e seus descendentes.
Parágrafo único.  Entende-se por família extensa ou ampliada aquela que se estende para além da unidade pais e filhos ou da unidade do casal, formada por parentes próximos com os quais a criança ou adolescente convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade.         (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) 
NOVAS ENTIDADES FAMILIARES
FAMÍLIA EUDEMONISTA: 
A identificação da família decorre de seu vínculo afetivo, pois, nas palavras de Maria Berenice Dias: a família eudemonista “busca a felicidade individual vivendo um processo de emancipação dos seus membros, com afeto recíproco, consideração e respeito mútuo”.
O eudemonismo é a doutrina que enfatiza o sentido da busca pelo sujeito da sua felicidade.
NOVAS ENTIDADES: FAMÍLIA MOSAICO OU FAMÍLIAS PLURIPARENTAIS (BINUCLEARES) 
FAMÍLIA MOSAICO OU FAMÍLIAS PLURIPARENTAIS (RECONSTITUÍDAS) 
É a família que decorre de diversos casamentos, uniões estáveis ou mesmo simples relacionamentos afetivos pretéritos de seus membros, vindo os juristas a utilizarem o símbolo do mosaico, diante de suas várias cores, que representam as diversas origens, sendo certo que, diante do vínculo de afeto existente entre os membros que compõem a nova união, deve, sem dúvida, ser reconhecida como entidade familiar.
FAMÍLIA COMPOSTA/MOSAICO
Família mosaico, também conhecida como Famílias Reconstituídas (as uniões recompostas ou “ensambladas”), quando pessoas originadas de outros núcleos familiares formam um novo núcleo familiar, decorrentes de vários casamentos, uniões estáveis ou relações afetivas anteriores.
“os meus, os seus, os nossos...”
CONSEQUÊNCIAS JURÍDICAS
A) PATERNIDADE ALIMENTAR: é reconhecido ao filho do cônjuge/companheiro direito a alimentos, comprovada a existência de vínculo afetivo.
B) Possibilidade de inclusão do sobrenome do padrasto ou madastra (Lei nº 11.924/09, art. 57, § 8°, LRP)
C) Possibilidade de adoção unilateral (art. 41, ECA). 
Lei n° nº 11.924/09 – INCLUSÃO DE SOBRENOME
Art. 57. Lei n. 6.015/73
§ 8o  O enteado ou a enteada, havendo motivo ponderável e na forma dos §§ 2o e 7o deste artigo, poderá requerer ao juiz competente que, no registro de nascimento, seja averbado o nome de família de seu padrasto ou de sua madrasta, desde que haja expressa concordância destes, sem prejuízo de seus apelidos de família.”
POLIAMOR OU POLIAMORISMO
POLIAMOR 
POLIAMOR
Poliamor (do grego πολύ - poli, que significa muitos ou vários, e do Latim amor, significando amor) é a prática, o desejo de ter mais de um relacionamento íntimo simultaneamente com o conhecimento e consentimento de todos os envolvidos.
 Alguns grupos brasileiros entendem o Poliamor como o modelo de relacionamento não-monogâmico que possui três características principais: não exclusividade afetiva/sexual a dois, consensualidade e equidade entre todas as partes.
Por outras palavras, o poliamor como opção ou modo de vida, defende a possibilidade prática de se estar envolvido - afetiva/sexualmente - em relações íntimas, profundas e estáveis com mais de um parceiro simultaneamente, de forma consensual, honesta e igualitária.
POLIAMOR – Conceito 
Formação conjugal plural.
O Poliamor se constitui quando há vínculo de convivência e afeto entre mais de duas pessoas. 
Trata-se de uma interação recíproca e de estabelecimento de laços de afeto, estabilidade e compromisso entre várias pessoas que convivem como família (informal). 
UNIÃO POLIAFETIVA E REGISTRO
No ano de 2012, na cidade de Tupã, no Estado de São Paulo, lavrou-se escritura pública de união estável entre três pessoas denominada "Escritura Pública Declaratória de União Poliafetiva". A referida união foi entendida como família em razão do afeto mútuo entre os seus participantes, bem como a ausência de vedação legal no Código Civil, no Código Penal ou na Constituição Federal que proíba que as pessoas mantenham relações poliafetivas.
Com efeito, as pessoas que são favoráveis a tais uniões entendem que o artigo 226, §3º, CF/88 ao regulamentar a união estável entreduas pessoas, não teria negado proteção à união estável composta por mais de duas pessoas. Além disso, argumentam que o moderno conceito de família passa pela noção de uma comunidade de afeto, sendo os laços de afetividade a razão de sua origem e fim.
DECISÃO DO CNJ 
O Plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu, nesta terça-feira (26/6/18), que os cartórios brasileiros não podem registrar uniões poliafetivas, formadas por três ou mais pessoas, em escrituras públicas.
FUNDAMENTOS:  
1) Princípio da monogamia
2) Inexistência de leis que regulem essa situação, em especial no campo previdenciário.
CONTROVÉRSIAS JURÍDICAS
AS ENTIDADES FAMILIARES SÃO APENAS AS ELENCADAS EXPRESSAMENTE NA CFRB/88 (em numerus clausus)?
HÁ PRIMAZIA DO CASAMENTO SOBRE AS DEMAIS ENTIDADES FAMILIARES (hierarquização axiológica)? 
PRINCÍPIOS DE DIREITO DE FAMÍLIA
Princípio da Dignidade da Pessoa Humana;
Princípio da Solidariedade Familiar; 
Princípio da Pluralidade das entidades familiares;
 Princípio da Intervenção Mínima do Estado, 
Princípio da liberdade quanto ao planejamento familiar; 
Princípio da Isonomia entre cônjuges; 
Princípio da Isonomia entre filhos; 
Princípio do Melhor Interesse do Menor; 
Princípio da Paternidade Responsável; 
Princípio da Afetividade; 
Princípio da Monogamia;
Princípio da Dignidade da Pessoa Humana
Sobre o princípio da dignidade da pessoa humana: SCHAEFER, Fernanda. A dignidade da pessoa humana como valor-fonte do sistema constitucional brasileiro. Disponível em: http://migre.me/wFAKL.
Na Constituição Federal de 1988, o Princípio da Dignidade da Pessoa Humana está afirmado no artigo 1º, III, assim como se encontra inserido no capítulo destinado à família, nos artigos 226, § 7º, 227, caput, e 230. 
Princípio da Dignidade da Pessoa Humana
É macroprincípio do qual se irradiam outros: liberdade; autonomia privada, cidadania, igualdade, solidariedade e da busca da felicidade. 
Epicentro axiológico da ordem constitucional e fundamento de validade de todas as demais normas infraconstitucionais. 
Impõe ao Estado limites à sua atuação e também o dever de promover a dignidade através de condutas ativas: garantindo o MÍNIMO EXISTENCIAL para cada pessoa.
Immanuel Kant
“No reino dos fins tudo tem ou um preço ou uma dignidade. Quando uma coisa tem um preço, pode pôr-se em vez dela qualquer outra como equivalente, mas quando uma coisa está acima de todo preço e, portanto, não permite equivalente, então tem ela dignidade [...]”
Conceito de DIGNIDADE 
“Temos por dignidade da pessoa humana a qualidade intrínseca e distintiva reconhecida em cada ser humano, que o faz merecedor do mesmo respeito e consideração por parte do Estado e da comunidade, implicando nesse sentido, um COMPLEXO DE DIREITOS E DEVERES fundamentais que assegurem a pessoa tanto contra todo e qualquer ato de cunho degradante e desumano, como venham a lhe garantir as condições existenciais mínimas para uma VIDA SAUDÁVEL, além de propiciar e promover sua participação ativa e co-responsável nos destinos da própria existência e da vida em comunhão com os demais seres humanos.” 
 (SARLET, Ingo Wolfgang. Dignidade da Pessoa Humana e Direitos Fundamentais. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2007)
PRINCÍPIO DA DIGNIDADE E DIREITO DE FAMÍLIA 
Opção expressa pela pessoa: como centro protetor do Direito. 
Sistematiza todos os institutos à realização de sua personalidade e dignidade.
Significa igual dignidade e proteção para todas as entidades familiares. 
É indigno dar tratamento diferenciado às várias formas de filiação, a homens e mulheres, ou tipos de constituição de família.
PRINCÍPIO DA SOLIDARIEDADE FAMILIAR: 
art. 226, § 8°, CF/88
A pessoa só existe enquanto coexiste.
Conteúdo: fraternidade e reciprocidade.
Gera deveres recíprocos entre os integrantes do grupo familiar:
Exs. Dever de assistência aos filhos e de amparo às pessoas idosas (art. 229, CF/88); alimentos na família, comunhão de vida.
Não é somente patrimonial, mas também afetiva: respeito e consideração mútuos. 
PRINCÍPIO DA SOLIDARIEDADE FAMILIAR (Art. 229, CF/88)
 “Os pais têm o dever de assitir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade.”
 
 
PRINCÍPIO DA SOLIDARIEDADE
 PREÂMBULO CONSTITUCIONAL
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.
PRINCÍPIO DA SOLIDARIEDADE CF/88
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
PRINCÍPIO DA SOLIDARIEDADE CF/88
Aplicação prática: ADPF 132/2011:
“O ministro Ayres Britto argumentou que o artigo 3º, inciso IV, da CF veda qualquer discriminação em virtude de sexo, raça, cor e que, nesse sentido, ninguém pode ser diminuído ou discriminado em função de sua preferência sexual. “O sexo das pessoas, salvo disposição contrária, não se presta para desigualação jurídica”, observou o ministro, para concluir que qualquer depreciação da união estável homoafetiva colide, portanto, com o inciso IV do artigo 3º da CF.”
PRINCÍPIO DA PLURALIDADE DAS ENTIDADES FAMILIARES
É o reconhecimento pelo Estado da existência de várias possibilidades de arranjos familiares, com igual proteção estatal. 
Art. 226 e parágrafos da CF/88
PRINCÍPIO DA INTERVENÇÃO MÍNIMA DO ESTADO (art. 227, § 7°, CF/88)
Também conhecido como PRINCÍPIO DA AUTONOMIA PRIVADA.
Exs. Liberdade de escolha do modelo familiar e do modelo de formação educacional dos filhos, cultural e religiosa (art. 1.634, I, CC).
A intervenção estatal deve apenas propiciar recursos educacionais e científicos para garantir o livre planejamento familiar. 
PRINCÍPIO DA INTERVENÇÃO MÍNIMA DO ESTADO: art. 226, CF/88
§ 7º Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, o planejamento familiar é livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas.
Lei nº 9.263/96 – Planejamento Familiar
PRINCÍPIO DA LIBERDADE QUANTO AO PLANEJAMENTO FAMILIAR
Art. 226, § 7°, CF/88 e Lei 9.263/96
O planejamento familiar é um direito assegurado a toda pessoa de livre exercício dos seus aspectos sexuais e reprodutivos.
Não pode haver imposição sobre uso de métodos contraceptivos ou sobre o número de filhos. 
Art. 1.565, § 2º. O planejamento familiar é de livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e financeiros para o exercício desse direito, vedado qualquer tipo de coerção por parte de instituições privadas ou públicas.
PRINCÍPIO DA LIBERDADE QUANTO AO PLANEJAMENTO FAMILIAR
ECA, Art. 8o  É assegurado a todas as mulheres o acesso aos programas e às políticas de saúde da mulher e de planejamento reprodutivo e, às gestantes, nutrição adequada, atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério e atendimento pré-natal, perinatal e pós-natal integral no âmbito do Sistema Único de Saúde.          (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
PRINCÍPIO DA ISONOMIA ENTRE CÔNJUGES
CF, Art. 226. § 5º Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela mulher.
CC, Art. 1.511. O casamento estabelece comunhão plena de vida, com base na igualdade de direitos e deveres dos cônjuges.
Art. 1.631. Durante o casamento e a união estável, compete o poder familiar aos pais (...)Art. 1.583.  A guarda será unilateral ou compartilhada.
PRINCÍPIO DA IGUALDADE ENTRE FILHOS
CF, art. 227, § 6º. Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação.
Esse princípio não admite qualquer distinção entre filhos, quanto ao nome, poder familiar, alimentos e sucessão.
Permite o reconhecimento a qualquer tempo dos filhos havidos fora do casamento e proíbe que conste no assento do nascimento qualquer referência à filiação, como legítima, ilegítima ou adotiva. 
PRINCÍPIO DO MELHOR INTERESSE DO MENOR e DA ABOSULTA PRIORIDADE
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos pessoais.
Princípio do melhor interesse da criança ou do adolescente
Art. 1.586. Havendo motivos graves, poderá o juiz, em qualquer caso, a bem dos filhos, regular de maneira diferente da estabelecida nos artigos antecedentes a situação deles para com os pais.
 Art. 1.585. § 5o  Se o juiz verificar que o filho não deve permanecer sob a guarda do pai ou da mãe, deferirá a guarda a pessoa que revele compatibilidade com a natureza da medida, considerados, de preferência, o grau de parentesco e as relações de afinidade e afetividade.           (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014)
PRINCÍPIO DO MELHOR INTERESSE DO MENOR e DA ABOSULTA PRIORIDADE
ECA. Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.
Ex. Necessidade do adotado, desde os doze anos de idade, concordar com a adoção.
ECA: Art. 45, § 2º. Em se tratando de adotando maior de doze anos de idade, será também necessário o seu consentimento.
PRINCÍPIO DO MELHOR INTERESSE DO MENOR
Possibilidade de impugnação ao reconhecimento de paternidade:
Art. 1.614. O filho maior não pode ser reconhecido sem o seu consentimento, e o menor pode impugnar o reconhecimento, nos quatro anos que se seguirem à maioridade, ou à emancipação.
Princípio do melhor interesse da criança ou do adolescente e da absoluta prioridade
Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.
Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende:
a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;
b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública;
c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas;
d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à juventude.
PRINCÍPIO DA PATERNIDADE RESPONSÁVEL
CF: Art. 226, § 7º Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, o planejamento familiar é livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas.
Art. 1.566. São deveres de ambos os cônjuges:
 IV - sustento, guarda e educação dos filhos;
 Art. 1.724. As relações pessoais entre os companheiros obedecerão aos deveres de lealdade, respeito e assistência, e de guarda, sustento e educação dos filhos.
PRINCÍPIO DA AFETIVIDADE
O direito ao afeto está ligado ao direito fundamental à FELICIDADE.
Necessidade de o Estado atuar de modo a ajudar as pessoas a realizarem seus projetos de vida e desejos legítimos. Criação de Políticas Públicas inclusivas. 
A comunhão de afeto é incompatível com o modelo único, matrimonializado de família. 
FUNDAMENTOS CONSTITUCIONAIS DA AFETIVIDADE NA FAMÍLIA
1) Igualdade entre todos os filhos, independentemente da origem;
2) A adoção, como escolha afetiva com igualdade de direitos;
3) Pluralidade das entidades familiares (art. 226, caput, como cláusula geral de inclusão) 
4) Direito à convivência familiar (art. 227) 
PRINCÍPIO DA AFETIVIDADE
Ex. de aplicação: 
Art. 1.584. § 5o  Se o juiz verificar que o filho não deve permanecer sob a guarda do pai ou da mãe, deferirá a guarda a pessoa que revele compatibilidade com a natureza da medida, considerados, de preferência, o grau de parentesco e as relações de afinidade e afetividade.          
 (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014)
PRINCÍPIO DA AFETIVIDADE
A Lei Maria da Penha define família como uma relação íntima de AFETO (Art. 5°, Lei 11.340/06): 
II - no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa;
III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, independentemente de coabitação.
PRINCÍPIO DA MONOGAMIA
Proibição de múltiplas relações matrimonializadas, constituídas sobre a chancela do Estado. 
Função ordenadora da família
“Serve muito mais a questões patrimoniais, sucessórias e econômicas, que ao amor. (Maria Berenice Dias)”
PRINCÍPIO DA MONOGAMIA: efeitos jurídicos
1) Bigamia (Código Penal)
Art. 235 - Contrair alguém, sendo casado, novo casamento:
Pena - reclusão, de dois a seis anos.
2) IMPEDIMENTO PARA CASAR 
Art. 1.521. Não podem casar:
VI - as pessoas casadas;
3) A infringência deste impedimento torna NULO O CASAMENTO (Art. 1.548, II, CC)
PRINCÍPIO DA MONOGAMIA: efeitos jurídicos
4) É anulável a doação feita pelo adúltero a seu cúmplice (art. 550, CC)
5) DEVER DE FIDELIDADE RECÍPROCA ENTRE OS CÔNJUGES (Art. 1.566, I)
 Art. 1.573. Podem caracterizar a impossibilidade da comunhão de vida a ocorrência de algum dos seguintes motivos:
 I - adultério;
Obs.) A infidelidade servia de fundamento para ação de separação, pois importava em grave violação dos deveres do casamento, tornando insuportável a vida em comum (art. 1.572 e 1573, I). Com o fim da separação (EC66/10), o divórcio independe de motivo e prazo, caracterizando-se como direito potestativo. 
AULA 1 - QUESTÃO OBJETIVA 
São inovações do Direito de Família, exceto: 
a) A substituição da Família Matrimonial hierarquizada pelo modelo de cogestão que assegura a isonomia dos cônjuges na sociedade conjugal; 
b) A dignificação humana reconhecida nas uniões homoafetivas, possibilitando o casamento entre pessoas do mesmo sexo; 
c) O reconhecimento do casamento como única fonte de família e a união estável como realidade periférica; 
d) A valorização do afeto e da estabilidade como padrão mínimo para o reconhecimento entidade familiar como modelo eudemônico.
SITES INDICADOS 
1- Para indicadores sobre a constituição da família brasileira: IBGE. Disponível no site: http://www.ibeg.gov.br/home/mapa_site/mapa_site.php#indicadores 
2- Sobre o princípio da dignidade da pessoa humana: SCHAEFER, Fernanda. A dignidade da pessoa humana como valor-fonte do sistema constitucional brasileiro. Disponível:http://www.buscalegis.ufsc.br/revistas/index.php/buscalegis/article/viewFile/32504/3171 8 
3- LÔBO, Paulo LuizNetto. Entidades familiares constitucionalizadas: para além do numerus clausus. Disponível no site: http://www1.jus.com.br/doutrina/texto.asp?id=2552

Continue navegando