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CASO CONCRETO 2 Tributário II

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CASO CONCRETO 2: Diante de ato de autoridade pública supostamente eivado de 
ilegalidade, CREMILDO BULGAR impetra Mandado de Segurança com pedido de 
liminar para suspender a exigibilidade do crédito tributário referente ao imposto de 
renda, que monta em R$ 20.000,00. Deferida a liminar, o Juízo de Primeiro Grau 
leva 3 anos para julgar o mérito, e, ao fazê-lo, denega a segurança. O contribuinte, 
então, interpõe Apelação, acreditando que, ao ser recebida no duplo efeito, esta 
preservará os efeitos da liminar. A Fazenda, por sua vez, ajuíza a competente 
execução fiscal para a satisfação do seu crédito, que a esta altura já alcança R$ 
24.000,00, por estar acrescido de juros de mora e devidamente corrigido 
monetariamente. Na execução, o contribuinte alega que a mesma deve ser extinta 
em face da existência de mandado de segurança ainda não transitado em julgado. 
Pergunta-se: 
 
a) Nas condições apresentadas, a Execução Fiscal deve ser extinta sem resolução de 
mérito? 
Resposta: Não. A execução fiscal não deve ser extinta sem resolução do mérito 
porque apelação em mandado de segurança não é recebida em duplo efeito, sendo 
assim, o crédito passa a ser exigível, podendo, portanto, ser executado. De acordo 
com a súmula 405, STJ a apelação não tem efeito suspensivo. 
 
b) Quais os efeitos da sentença denegatória da segurança? 
Resposta: 1º – Poderá ocorrer a exigibilidade do crédito; 
2º – O acréscimo dos juros e mora uma vez que a denegação da segurança tem 
efeitos ex-tunc. 
 
c) No caso em tela é cabível a incidência de juros e correção monetária? 
Resposta: Sim. Porque os efeitos da denegatória são ex-tunc, sendo o crédito 
exigível desde a data do lançamento do crédito. A forma de impedir os juros seria o 
depósito do montante integral.

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