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QUESTÕES TRIBUTÁRIO II

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QUESTÕES TRIBUTÁRIO II - 2020.1 
01 Explique o que é Direito Tributário?
O direito tributário é o segmento do direito financeiro que define como serão cobrado dos cidadãos os tributos e outras obrigações a ele relacionadas, para gerar receita para o Estado. Direito tributária é a área do direito que se presta ao estudo jurídico da tributação, não empenhando esforços na destinação efetiva, aplicação ou gerenciamento desses recursos. Assim, o campo de atuação do direito tributário encerra-se com a arrecadação do dinheiro aos cofres públicos.
02 Explique em que consiste lançamento do crédito tributário?
 Verifica-se que a lei exige como condição para que a obrigação tributária seja exigível o LANÇAMENTO, desta forma, verifica-se que o lançamento é na verdade o ato administrativo que resulta na constituição do crédito tributário.
03 Explique em que consiste crédito tributário? 
A prestação pecuniária em moeda ou outro valor que nela se possa exprimir que o sujeito ativo da obrigação tributária (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) tem o direito de exigir do sujeito passivo direto ou indireto (contribuinte, responsável ou terceiro).
Dispõe o artigo 139 do nosso Código Tributário Nacional que o crédito tributário decorre da obrigação principal (pagamento do tributo ou da penalidade pecuniária) e tem a mesma natureza desta.
O crédito tributário é a própria obrigação tributária já lançada, titulada, individualizada é o reflexo desta. O crédito tributário nasce da obrigação e é consequência desta, dentro de uma única relação jurídica.
A obrigação tributária quantifica-se, valoriza-se e materializa-se pelo crédito tributário que lhe corresponde, ou seja, pelo quantum devido pelo sujeito passivo. O crédito tributário é a determinação quantitativa do tributo.
O lançamento é o ato que constitui o crédito tributário, praticado, privativamente pela respectiva Autoridade Administrativa.
04 Explique a quem compete constituir o crédito tributário. Justifique fundamentadamente a sua resposta? 
Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível, com fulcro no Art. 142, CTN.
05 Explique se a atividade administrativa de lança mento é vinculada ou discricionária. Justifique fundamentadamente a sua resposta.
O lançamento é atividade administrativa vinculada e discricionária. O lançamento é regido por lei vigente na data da ocorrência do fato gerador da obrigação, mesmo que outra lei posterior imponha penalidade menos severa ao fato, sob pena de responsabilidade funcional. 
Art. 142, CTN
06 Explique se o lançamento do crédito tributário pode ocorrer em moeda estrangeira. Justifique fundamentadamente a sua resposta. 
O artigo 143 do CTN determina que a tributação incidente sobre algo cujo valor esteja expresso em moeda estrangeira deverá ser convertida em moeda nacional no ato do lançamento, observada a taxa de câmbio vigente no dia da ocorrência do fato gerador da obrigação. Exemplo: conversão em moeda nacional, com base na taxa de câmbio vigente, no dia da entrada de mercadoria estrangeira em nosso País, pois este é o fato gerador da cobrança do Imposto de Importação. 07 Explique em que consiste a expressão “o lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação”. Justifique fundamentadamente a sua resposta. 
08 Explique se é possível aplicar ao lançamento do crédito tributário legislação posterior à data da ocorrência do fato gerador. Justifique fundamentadamente a sua resposta. 
Salvo as pontuais exceções, a regra é de que a lei aplicada ao objeto do lançamento é a vigente na data da ocorrência do fato gerador do tributo, ainda que seja revogada ou modificada.
O lançamento diz respeito ao fato gerador da obrigação tributária, ou seja, ele sempre se refere a um fato já ocorrido, a fim de ser reconhecida a existência da obrigação e ser constituído o crédito correspondente (prestação pecuniária), razão pela qual é cabível se falar que o lançamento possui efeito retroativo (“ex tunc”).
Salienta-se que, quando a prestação a ser cumprida for pecuniária, estaremos diante de uma obrigação tributária principal, seja ela referente a um tributo devido ou uma multa aplicada. Entretanto, em cada um desses casos, é necessário fazer a diferenciação quanto à legislação aplicável ao lançamento.
Multa: aplicação do artigo 106, caput e II do CTN: o lançamento observará a lei mais favorável ao infrator, dentre aqueles vigentes entre a data da ocorrência do fato gerador e a data do lançamento. Aliás, o infrator ainda pode ser beneficiado pela vigência da lei posterior ao próprio lançamento, desde que não tenha havido o julgamento definitivo (fase final da ação de execução fiscal, segundo o STJ).
Tributo: aplicação do artigo 144, caput do CTN: o lançamento observará a lei vigente na data da ocorrência do fato gerador, ainda que posteriormente modificada ou revogada.
09 Explique em que consiste a mudança de critério jurídico para fins de lançamento do crédito tributário. Justifique fundamentadamente a sua resposta. 
A modificação do critério jurídico adotado em um lançamento, seja decorrente de um ato de ofício da autoridade ou em virtude de decisão de um órgão administrativo de julgamento ou judicial, somente poderá ser alterado em relação aos fatos subsequentes à sua introdução.
Em outras palavras, depois de efetuado um lançamento, o critério jurídico nele refletido não poderá ser modificado no que toca aos fatos compreendidos naquele ato. Desse modo, mesmo que a própria Administração Pública constate que foi adotado um entendimento equivocado, a alteração dele é vedada com o fim de justificar o ato já praticado.
O controle de legalidade do lançamento é exercido tendo como base tão somente o ato administrativo praticado e, por conseguinte, não tem a função de impor que a Administração siga aquele entendimento para períodos subsequentes. Veda-se a modificação do critério jurídico adotado para a exigência do tributo constituído. No que concerne aos fatos posteriores, o critério novo poderá ser empregado e não há vinculação necessária a lançamento anterior.
10 Explique em que consiste lançamento por homologação. 
LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO
Lançamento por Homologação ou auto-lançamento: é aquele feito quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de calcular o tributo e antecipar o seu pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa. È uma forma de pagamento antecipado sujeito à condição posterior da homologação. Praticada a homologação, extingui-se o credito. Na hipótese do auto-lançamento, não fixando a lei, prazo para a homologação, será este de cinco anos, contados do fato gerador. Se o sujeito passivo "antecipa" o pagamento do tributo, mas o faz em valor inferior ao devido, para a autoridade manifestar-se sobre se concorda ou não com o montante pago, se não concordar, deve lançar de oficio, desde que o faça antes do termino do prazo de cinco anos. Passado o prazo, considera-se homologado o lançamento e extinto o crédito tributário, salvo se comprovada a ocorrência do dolo, fraude ou simulação.
11 Explique em que consiste lançamento por declaração. 
LANÇAMENTO POR DECLARAÇÃO
O lançamento por declaração vem descrito no artigo 147 do Código Tributário Nacional e tem como característica principal o fato de ser, feito em face da declaração prestada pelo contribuinte ou por terceiro. Essa declaração destina-se a registrar os dados fáticos que, de acordo com a lei do tributo, sejam relevantes para a consecução, pela autoridade administrativa, do ato do lançamento. Se o declarante indicar fatos verdadeiros, e não omitir fatos que deva declarar, a autoridade administrativa terá todos os elementos necessários à efetivação do lançamento.
12 Explique em queconsiste lançamento de ofício. 
LANÇAMENTO DE OFICIO
Lançamento de oficio ou direto: é aquele feito pela autoridade administrativa sem qualquer colaboração do contribuinte.
Vem descrito no artigo 149, juntamente com a revisão de oficio de lançamento anteriormente feito.
Em regra o lançamento de oficio é utilizado para a cobrança de tributos que tem o fato gerador uma condição de permanência, como ocorre no IPTU, ou no IPVA, visto que a autoridade administrativa lança o valor devido e estipula prazo para o pagamento do referido tributo.
13 Explique em que consiste lançamento por arbitramento?
LANÇAMENTO POR ARBITRAMENTO
A maior parte da doutrina não define o arbitramento como modalidade de lançamento, dada a sua especificidade, mas como técnica, um critério subjetivo que a legislação permite, excepcionalmente, quando o contribuinte não cumpre os seus deveres de manter a contabilidade em ordem e em dia, e de apresentar as declarações obrigatórias por lei, não tendo caráter punitivo. Nos termos do artigo 148 do CTN, referida técnica pode ser empregada pelos agentes tributários quando as declarações ou documentos apresentados pelo sujeito passivo forem omissos ou não merecedores de fé, sendo permitido o arbitramento do valor a ser utilizado como base de cálculo, respeitado o processo administrativo regular e os princípios a ele inerentes.
14 Explique em que consiste suspensão do crédito tributário. 
Feitas as devidas ponderações, vejamos as hipóteses taxativas de suspensão da exigibilidade do crédito tributário: Moratória, Parcelamento, Depósito do seu montante integral, Reclamações e recursos nos termos do processo administrativo tributário, Concessão de medida liminar ou tutela antecipada em mandado de segurança e outras espécies de ação judicial.
15 Explique em que consiste a moratória?
Moratória: Versa sobre a dilação do prazo para pagamento do tributo. Logo, uma vez concedida, tem-se a extensão do prazo para adimplemento da obrigação tributária.
A moratória é dada em circunstâncias excepcionais, como calamidade pública e desastres naturais. É excepcional, pois – em regra – o ente público de respeitar o princípio da indisponibilidade dos bens públicos, ainda que não esteja renunciando ao pagamento, a retardamento deste impacta no orçamento.
16 Explique se a moratória pode ser concedida em caráter individual. Justifique fundamentadamente a sua resposta? 
A moratória somente pode ser concedida: 
I - em caráter geral: a) pela pessoa jurídica de direito público competente para instituir o tributo a que se refira; 
II - em caráter individual, por despacho da autoridade administrativa, desde que autorizada por lei nas condições do inciso anterior.
17 Explique em que consiste o depósito do montante integral para fins de suspensão do crédito tributário. 
Depósito de seu montante integral: É a modalidade suspensiva do crédito tributário em que já há em andamento uma discussão administrativa ou judicial acerca do crédito. É um meio de suspender a exigibilidade do crédito tributário enquanto se discute a obrigação tributária principal.
Vale mencionar que são a única modalidade de suspensão da exigibilidade do crédito tributário do rol do art. 151 do CTN que suspende a incidência de juros e multa. Sendo que a correção do valor se dará na conta judicial.
18 Explique em que consiste a concessão de medida liminar em mandado de segurança para fins de suspensão do crédito tributário?
A concessão da liminar, igualmente, suspende a exigibilidade do crédito tributário, mas não cessa a correção monetária.
Vale notar que no direito tributário, é utilizado o termo “liminar” para qualquer decisão de cognição sumária.
Estas são as cinco hipóteses dispostas no art. 151 do CTN capazes de suspender a exigibilidade do crédito tributário, impedindo, durante a causa suspensiva, qualquer ato de cobrança. 
19 Explique em que consiste o parcelamento para fins de suspensão do crédito tributário?
É a hipótese de suspensão da exigibilidade do crédito tributário incluída ao CTN em 2001. Constitui instituto que visa à recuperação do crédito vencido.
Deve ser instituído, exclusivamente, por meio de lei, a fim de tentar recuperar os tributos que foram deixados de pagar. A lei dá benefício para incentivar o pagamento, como desconto na multa e juros e pagamentos em longo prazo.
É diferente da moratória, pois no parcelamento o crédito já está vencido e, por isso, além da correção monetária, há a incidência de juros e multa.
20 Explique em que consiste a extinção do crédito tributário?
Extinção significa que deixará de existir, a extinção acarreta a inexistência. Há previsão, no Código Tributário Nacional, das formas de extinção do crédito tributário, artigo 156, qual só a lei poderia prever, mas há causas extintivas não previstas pela lei tributária e sim pelo Direito Civil, aplicável ao Direito Tributário.
As formas de extinção do crédito tributário, no que geralmente acarreta a extinção da obrigação, pelas demais modalidades previstas no artigo 156 do CTN, se têm no Código Tributário nacional de forma não taxativa.
É previsão do artigo 156 do CTN, as formas de extinção do crédito tributário, quais sejam:
I - o pagamento; 
II - a compensação; 
III - a transação; 
IV - remissão; 
V - a prescrição e a decadência; 
VI - a conversão de depósito em renda; 
VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no artigo 150 e seus §§ 1º e 4º; 
VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164; 
IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória; 
X - a decisão judicial passada em julgado; 
XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei.
21 Explique em que consiste a compensação para fins de extinção do crédito tributário?
A compensação é uma das modalidades de extinção do crédito tributário (art. 156, II, do CTN). Na definição do art. 1009 do Código Civil de 1916, ela ocorre quando duas pessoas forem ao mesmo tempo credor e devedor de obrigações, uma com a outra, operando-se a extinção até onde se compensarem.
O Código Tributário acolheu o instituto, com algumas particularidades, dispondo no seguinte sentido: "A lei pode, nas condições e sob as garantias que estipular, ou cuja estipulação em cada caso atribuir à autoridade administrativa, autorizar a compensação de créditos tributários com créditos líquidos e certos, vencidos ou vincendos, do sujeito passivo contra a Fazenda Pública".
Assim, são requisitos essenciais da compensação tributária: a) autorização legal; b) obrigações recíprocas e específicas entre o Fisco e o contribuinte; c) dívidas líquidas e certas.
22 Explique em que consiste a transação para fins de extinção do crédito tributário?
É a modalidade de extinção do crédito tributário, consistente na feitura de um acordo para que se possa extinguir o crédito, pois a lei pode autorizar acordos, mediante concessões mútuas que importem em terminação.
23 Explique em que consiste a remissão para fins de extinção do crédito tributário?
É a modalidade de extinção do crédito tributário por meio do perdão do crédito, de forma total ou parcial, nas hipóteses: 
I) situação econômica do sujeito passivo desfavorável; 
II) erro ou ignorância do sujeito passivo quanto à matéria do fato; 
III) pequena importância do crédito tributário; 
IV) considerações de equidade, em relação com as características pessoais ou materiais do caso; 
V) condições peculiares a determinada região do território da entidade tributante.
24 Explique em que consiste a conversão do depósito em renda para fins de extinção do crédito tributário?
É a hipótese de extinção do crédito tributário, por meio do qual havendo depósito na discussão judicial e posterior improcedência da ação, o montante é convertido em renda em favor da Fazenda Pública, extinguindo-se o crédito tributário. 
25 Explique em que consiste a consignação em pagamento para fins de extinção do crédito tributário?
Consistemodalidade de extinção do crédito tributário por meio de depósito judicial, nos casos como:
I) recusa de recebimento ou subordinação do recebimento a outra obrigação; 
II) subordinação do recebimento à exigência administrativa sem fundamento legal; 
III) bitributação.
26 Apresente um exemplo de situação em que será possível a consignação judicial da importância do crédito tributário pelo sujeito passivo. Justifique fundamentadamente a sua resposta. 
Inicialmente, cumpre transcrever o dispositivo contido no art. 164 do Código Tributário Nacional, que trata do cabimento da ação de consignação em pagamento em matéria tributária:
"Art. 164 - A importância de crédito tributário pode ser consignada judicialmente pelo sujeito passivo, nos casos:”
I - de recusa de recebimento, ou subordinação deste ao pagamento de outro tributo ou de penalidade, ou ao cumprimento de obrigação acessória;
II - de subordinação do recebimento ao cumprimento de exigências administrativas sem fundamento legal;
III - de exigência, por mais de uma pessoa jurídica de direito público, de tributo idêntico sobre um mesmo fato gerador.
§ 1º - A consignação só pode versar sobre o crédito que o consignante se propõe pagar.
§ 2º - Julgada procedente a consignação, o pagamento se reputa efetuado e a importância consignada é convertida em renda; julgada improcedente a consignação no todo ou em parte, cobra-se o crédito acrescido de juros de mora, sem prejuízo das penalidades cabíveis."
Portanto, em matéria tributária, a ação de consignação em pagamento pode ser ingressada nas seguintes situações: (i) recusa infundada das autoridades fiscais em receber o pagamento do crédito tributário; (ii) dúvida quanto ao credor da obrigação.
27 Explique em que consiste a dação em pagamento para fins de extinção do crédito tributário?
É modalidade de extinção do crédito tributário, por meio da qual a lei permite que seja dado como forma de pagamento do tributo um bem imóvel.
28 Explique em que consiste a decadência do crédito tributário?
É o instituto de direito material que demarca o fim do prazo para se constituir o crédito tributário. É o lapso entre o fato gerador e o lançamento. De tal modo, o não lançamento dentro do prazo decadencial extingue o crédito do mundo fático, ainda que não constituído no mundo jurídico.
29 Explique como ocorre a contagem do prazo decadencial de tributos sujeitos a lançamento por homologação?
O CTN prevê duas regras gerais para contagem do prazo decadencial: o prazo de 5 (cinco) anos contados a partir da ocorrência do fato gerador (artigo 150, §4º), aplicável aos tributos sujeitos ao lançamento por homologação, em que o contribuinte declara e recolhe o valor que entender devido; e o prazo de 5 (cinco) anos contados do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado (artigo 173, inciso I), aplicável aos tributos sujeitos ao lançamento de ofício.
Súmula 555, STJ com o intuito de pacificar o entendimento, com o seguinte enunciado: “Quando não houver declaração do débito, o prazo decadencial quinquenal para o Fisco constituir o crédito tributário conta-se exclusivamente na forma do art. 173, I, do CTN, nos casos em que a legislação atribui ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa”.
30 Explique como ocorre a contagem do prazo prescricional?
A contagem do prazo prescricional deva ocorrer a partir do vencimento em que o sujeito passivo tinha para pagar o crédito tributário e não o fez, começando a partir de então a contar os 5 (cinco) anos para o prazo prescricional, porque antes disso não há lesão ao fisco.
Analisamos O CTN e constatamos que ele não traz em nenhum de seus artigos que o juiz deve reconhecer de ofício a prescrição, para esta fundamentação buscamos amparo legal no art. 1º da Lei 6.830/80 LEF – Lei de Execuções Fiscais, in verbis:
Art. 1º - A execução judicial para cobrança da Dívida Ativa da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e respectivas autarquias será regida por esta Lei e, subsidiariamente, pelo Código de Processo Civil.
A prescrição deve ser reconhecida de ofício pelo juiz, não sendo necessário que o sujeito passivo solicite, esta é uma inovação que veio com a edição da Lei 11.280/2006 que alterou o parágrafo 5º do art. 219 do CPC, sempre que a Fazenda Pública ajuizar uma ação de cobrança em matéria tributária alcançada pela prescrição, o juiz o juiz deve reconhecer de ofício.
31 Explique se o tributo a ser recolhido a um mesmo ente político, existindo dois ou mais débitos vencidos, deve ser uma taxa de pequeno montante financeiro ou um imposto de considerável valor financeiro. Justifique fundamentadamente a sua resposta. 
 32 Explique em que consiste a exclusão do crédito tributário?
O crédito tributário é excluído por meio de duas normas desonerativas de deveres patrimoniais do contribuinte, isto ocorre por meio da isenção e anistia, são meios que inviabilizam a constituição do tributo, mesmo com a realização do fato gerador e o nascimento da obrigação tributária o lançamento não é efetuado, portanto, o crédito tributário não se consuma.
Como na suspensão e na extinção do crédito tributário, as hipóteses previstas em lei relativas à exclusão do crédito tributário também são taxativas, sendo a isenção voltada ao tributo e a anistia voltada à multa, previstas nos incisos do artigo 175 do CTN.
 33 Explique em que consiste a isenção. 
É a isenção uma forma de exclusão do credito tributário, após a ocorrência do fato gerador e o nascimento da obrigação tributária, a isenção impede surge e impede o efetivo lançamento, impossibilitando a constituição do crédito tributário, sendo a mesmo um meio que causa a dispensa do pagamento do tributo.
Para a doutrina, a isenção trata de uma hipótese de não incidência do tributo. A obrigação não chega nem a ser constituída, dado que tal fato ocorrido não é um fato gerador para acarretar a incidência de uma obrigação tributária, vez que não corresponde a alguma hipótese de incidência capaz de acarretar a obrigação e seu pagamento.
Dentre os preceitos dispostos na Constituição federal sobre isenção, determinam que o ICMS tenha sua isenção concedida na forma estabelecida do artigo 155, § 2º, XII, g, na forma estabelecida em convênios firmados pelos Estados e o Distrito Federal. É vedada a União à concessão de isenção nos tributos estaduais e municiais, com exceção do ICMS nas importações de serviços para o exterior e do ISS nas exportações de serviços para o exterior, devendo nestes casos a isenção. Ser concedida por lei complementar, conforme artigo 151, III, artigo 155,§ 2º, XII, e, e artigo 156,§ 3º, II da Constituição Federal.
34 Explique em que consiste a anistia.
Diferente da Isenção que afeta a obrigação tributária principal, a anistia se trata da exclusão do crédito tributário relativo a penalidades pecuniárias, atinge as multas impostas em razão de infração à lei tributária.
A anistia tem como característica, a não aplicação aos atos compreendidos como crimes ou contravenções, assim como também aos atos praticados com dolo, fraude, simulação e infrações resultantes de conluio entre duas ou mais pessoas.
Somente será concedido através de lei, podendo ter caráter geral ou limitado as infrações de algum referido tributo, montante, região do território tributante ou a condição de pagamento correto dentro do prazo fixado pela autoridade administrativa.
Só será anistia caso o crédito tributário ainda não tenha sido constituído, se o lançamento já foi efetuado e concretizou a incidência do crédito, se a multa for dispensada, não se tratará de anistia, mas sim de remissão, esta já tratada acima.
35 Explique se a isenção pode ser revogada ou modificada a qualquer tempo. Justifique fundamentadamente a sua resposta.
o Código Tributário Nacional assim disciplina: "Art. 178. A isenção, salvo se concedida por prazo certo e em função de determinadas condições, pode ser revogada ou modificada por lei, a qualquer tempo, observado o disposto no inciso III do art.104".
Destarte, em se tratando de isenção, prevalece a regra da revogabilidade a qualquer tempo, salvo nos casos de isenção condicional ou concedida a prazo certo.

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