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► InfO D=* Ev3' <R> I Titulo do original: Electrical Machine Dynamics I Direitos para o Brasil reservados à Centrais Elétricas Brasileiras S.A. - ELETROBRÂS Av. Presidente Vargas, 624 - 109 andar Rio dè Janeiro - RJ 1979 F I C H A C A T A L O G R à F I C A Mello, F.P. de w M527d Dinâmica das máquinas elétricas I |por| F.P. de Mello. Trad. |de| Arlindo R.Mayer e Somchai Ansuj . Santa Maria, Universidade Federal de Santa Maria, 1979. 224p. ilust. 23cm (Curso de Engenharia em Sistemas Elétricos de Potência - Série PTI, 4) Título original: "Electrical Machine Dynamics I" I. Mayer, Arlindo Rodrigues, 1940 - (trad.) II. Ansuj, Somchai, 1949 - (trad.) III. Título CDD 621.313 3 CDU 621.313 3 Obra publicada Com a colaboração do Fundo de Desenvolvimento Tecnológico da CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S.A — ELETROBRÁS em Convênio com a UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA — UFSM APRESENTAÇÃO Há cerca de 10 anos vem a ELETROBRÂS patrocinan do a realização de Cursos na área de Sistemas Elétricos de Potência, visando o aperfeiçoamento de engenheiros eletricistas das Empresas do Setor de Energia Elétrica. Assim, cerca de 200 profissionais, nesse período, recebe ram formação a nível de Mestrado, tanto no exterior como no Brasil, em obediência a currículos estabelecidos pela ELETROBRÂS, tendo em vista as necessidades detectadas por seu pessoal especializado. Como resultado da experiência de realização des ses e de outros Cursos, por vezes contando com a partici pação de professores estrangeiros especialmente contrata dos para reforçar as equipes docentes nacionais, vêm sen do publicados livros especializados em regime de co- edição com Universidades, e â conta de Recursos do Fundo de Desenvolvimento Tecnológico da ELETROBRÂS. É constante a preocupação desta Empresa em apoiar as Instituições de Ensino Superior, razão pela qual, entre outras ações, têm sido sistematicamente oferecidas vagas a docentes universitários, sempre que grupos de en genheiros são enviados ao exterior para freqüência a cur sos especiais ainda não oferecidos regularmente no Brasil. Isso tem propiciado mais rápida resposta das Universidades no atendimento de necessidades especiais no Setor de Ener gia Elétrica, inclusive pela imediata implantação de tais cursos no País, a mais baixo custo e possibilitando am pliar a faixa de atendimento de profissionais das Empre-. sas. Em uma dessas ações, a ELETROBRÂS contratou com o Power Technologies, Inc. - P.T.I., de Schenectady -USA, a ministraçãó de um curso especial em Sistemas Elétricos, e constante dos tópicos que se seguem: 1 - Análise de Sistemas Elétricos de Potência 2 - Teoria das Linhas de Transmissão 3 - Releamento - Características e Princípios Fundamentais de Operação dos Relês 4 - Coordenação de Isolamento 5 - Operação Econômica e Planejamento 6 - Dinâmica e Controle da Geração •7 - Dinâmica das Máquinas Elétricas 8 - Métodos Probabilísticos para Projeto e Planejamento de Sistemas Elétricos 9 - Economia das Empresas de Energia Elétrica Esses tópicos, na forma como foram inicialmente ministrados pela equipe do P.T.I., e posteriormente re produzidos por outros docentes brasileiros em diversas oportunidades, constituem, a nosso ver, uma fonte de in formações capaz de proporcionar uma formação equilibrada de profissionais de alto nível que se destinam âs Empresas de Energia Elétrica e que delas precisem ter inicialmente boa visão técnica de conjunto. Posteriormente tais profis sionais poderão aprofundar seus estudos em tópicos especí ficos, conforme necessário ãs suas áreas de atuação. Foi, pois, com esta intenção que a ELETROBRÂS de cidiu adquirir ao P.T.I. os direitos de reprodução do Cur so, e contratou com a Universidade Federal de Santa Maria a tradução e edição do mesmo, visando sua distribuição às Empresas do Setor de Energia Elétrica e demais Institui ções de Ensino Superior que ministram cursos na área de Engenharia Elétrica. Estamos certos de que a divulgação desse material, agora em língua portuguesa,atingirá apre ciável número de profissionais e estudantes universitários proporcionando-lhes um nível de aperfeiçoamento mínimo ho je desejável naquelas Empresas, e ao mesmo tempo consti tuindo-se em obra de referência para docentes especiali zados. Arnaldo Rodrigues Barbalho Presidente da ELETROBRÂS PREFÁCIO Raros são os livros publicados em português so bre Sistemas Elétricos de Potência. Isso fez com que os professores do Departamento de Engenharia e professores que atuam no Curso de Põs-Graduação em Engenharia Elétrica,da Universidade Federal de Santa Maria, aceitassem o desafio de realizar a estafante, porém, atraente tarefa de tradu ção, revisão e acompanhamento na impressão do Curso orga nizado por Power Technologies, Inc. - PTI, e cujos direi tos de reprodução foram adquiridos pela ELETROBRÂS. Foi muito valiosa, para a realização desta ta refa, a união e o espírito de equipe de um conjunto de professores que, além de suas atividades docentes, admi nistrativas e de pesquisa, passaram a dedicar-se a mais essa importante tarefa. Ê nosso dever deixarmos assinalados os nossos a- gradecimentos a todos os que contribuiram para a elabora ção dessa obra. Destacamos a ajuda prestada pelo Diretor do Centro de Tecnologia, Prof. Gilberto Aquino Benetti, pelo Diretor da Imprensa Universitária, Prof. José Antonio Ma chado, pelo Chefe do Departamento de Engenharia Elétrica, Prof. Wilson Antônio Barin, pelo Coordenador do convênio UFSM/ ELETROBRÂS, Prof. Arlindo Rodrigues Mayer, como também pelos Professores Waldemar Correia Fuentes, Nilton Fabbrine Nor- berto V. Oliveira. Pela Companhia Estadual de Energia Elétrica -CEEE - tiveram participação destacada, nesta realização, o Eng9 Paulo Roberto Wilson, Coordenador do Convênio CEEE/UFSM , e os Engenheiros José Wagner Kaheler e Fritz Stemmer, to dos eles Professores visitantes do CPGEE da UFSM. Nossos agradecimentos ã Professora Celina Fleiq Mayer e ã Jornalista Veronice Lovato Rossato, pelos seus vários serviços de revisão. E ã Professora June Magda Scham- berg pelo seu auxílio na organização das fichas catalográ- ficas dos vários volumes. Nossos agradecimentos, também, ao datilografo U- byrajara Tajes e ao desenhista Dêlcio Bolzan. Aos Professores Ademir Carnevalli Guimarães e Hélio Mokarzel, da Escola Federal de Engenharia de Itaju- bã, agradecemos a gentileza de nos terem enviado a tradu ção parcial de alguns dos volumes, os quais serviram como valiosas referências em nosso trabalho. Finalmente, nosso dever deixar registrado nossos agradecimentos à Centrais Elétricas Brasileiras S.A. - ELETROBRAS, por seu apoio e confiança em n5s depo sitados. De rb1ay Ga1vão Reitor SUMÁRIO PROGRAMA DE ESTUDO ................................. 1 Capitulo 1 - INTRODUÇÃO ............................ 3 Capítulo 2 - DESCRIÇÃO DE UMA MÁQUINA SÍNCRONA ... 5 Capítulo 3 - DESENVOLVIMENTO DAS EQUAÇÕES BÁSICAS. 10 Fluxo e enlaces de fluxo na armadura.......... . 13 Enlaces de fluxo no rotor...................... 17 Equações de tensão.............................. 18 A transformação d, q, o ......................... 20 Enlaces de fluxo do rotor em ccmpónentes d, q, o . 24 Enlaces de fluxo da armadura em componentes d, q# 0 .............................. *.............. 24 Equações de tensão em componentes d, q, o .... 26 Conjugado e potência............................ 29 Resumo das equações básicas.................... 31 Capítulo 4 - SISTEMA POR UNIDADE .................. 34 Equações gerais..........................'....... 35 Estator.......................................... 36 Rotor............... 38 Escolha de kVA base do rotor................... 41 Escolha da corrente base do rotor............. 45 Resumo - Equações por unidade.................. 47 Circuitos equivalentes...... 52 Capítulo 5 - COMPORTAMENTO DAS MÁQUINAS SlNCRONAS- OPERAÇÃO EM REGIME PERMANENTE ....... 54 Saturação desprezada............................54 Operação em circuito aberto.................... 61 Efeito da saturação............................. 63 Saturação em máquinas de rotor cilíndrico............ 64 Saturação em máquinas de pólos salientes............. 66 Capitulo 6 - COMPORTAMENTO DAS MÁQUINAS SÍNCRONAS- ANÃLISE TRANSITÓRIA .................. 69 Métodos operacionais de analise da maquina........... 70 Reatâncias transitória e subtransitõria e constantes de tempo da maquina................. 75 Resumo das constantes da maquina.............. 85 Constantes fundamentais..................... 85 Constantes de tempo.... ...................... 86 Indutâncias derivadas....................... 87 Curto-circuitos................................. 87 Correntes de falta simétricas iniciais - Curto- circuito trifãsico.............................. 95 Constantes de tempo de curto-circuito do rotor....... 101 Efeito de impedância externa.................... 106 Transitórios na corrente de campo.............. n o Conjugados de curto-circuito.................... 118 Capítulo 7 - MODELOS DAS MÁQUINAS ..... ...........129 Maquinas de pólos salientes sem amortecedores..........129 Maquinas de pólos salientes ocm amortecedores........ 134 Maquinas de rotor cilíndrico com amortecedores....... 141 Capítulo 8 - FALTAS DESEQUILIBRADAS ............... 142 Curto-circuito entre duas fases............ 142 Harmônicos - Curto-circuito entre duas fases.......... 149 Procedimento pratico de calculo para falta entre duas fases.............................................. 151 Curto-circuito entre fase e neutro........... 152 Harmônicos - Curto-circuito entre fase e neutro...... 154 Falta de duas linhas para a terra............. 156 Reatância de seqüência negativa................ 159 Resistência de seqüência negativa.............. 160 Impedância de seqüência zero.................... 161 Potência no entreferro e no eixo da maquina para faltas desequilibradas.................... 163 Capítulo 9 - MÁQUINAS DE INDUÇÃO ................... 166 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS --------- --------- .----, 174 PROBLEMAS.................. . -..................... . 17 5 Sessão Tópicos Estudo Recomendado I Descrição da maquina síncrona Páginas 3 a 51 Desenvolvimento das relações básicas. Enlaces de fluxo, tensões, correntes Transformação d ,q ,o Sistemas por unidade Apêndice B do livro Dinâmica e Controle da Geração Problemas n9 1 e 2 II Sistemas por unidade Páginas 52 a 68 Circuitos equivalentes Problema n9 3 Diagrama vetorial no regime permanente Saturação III Comportamento da maquina síncrona- Análise transitória Curtos-circuitos Páginas 69 a 105 Problemas n9 4 e 5 IV Comportamento da máquina síncrona- Análise transitória Páginas n9 106 a 163 Problemas n9 6 e 7 Faltas desequili bradas V Potência no entre- ferro e no eixo Páginas 163 a 174 Máquinas de indução Problemas n9 9 e 10 CAPITULO 1 INTRODUÇÃO 0 comportamento dinâmico de maquinas em Sistemas de Potência é de importância fundamental para o desempenho global e continuidade do fornecimento de potência. Neste li vro tentamos desenvolver uma compreensão do comportamento de maquinas com deduções de modelos e técnicas de modelagem ba seadas nas leis físicas que descrevem os fenômenos pertinen tes relacionados a fluxos, tensões, correntes e velocidades rotacionais. Daremos mais ênfase ao desenvolvimento e com preensão das características do comportamento dinâmico de máquinas do que â exploração de métodos de projeto de má quinas . Tradicionalmente, o comportamento de maquinas tem sido examinado sob condições de regime permanente e sob con dições transitórias. Algumas vezes, a ligação entre as duas condições não tem sido muito clara. Varias simplificações foram usadas no passado para aproximar os efeitos sob con dições transitórias. Tentaremos apresentar o assunto como um tratamento unificado, onde as equações de regime perma nente surjam naturalmente da solução geral. No tratamento da teoria dos circuitos CA temos representado o gerador síncrono por uma fonte ideal de ten são através de uma impedância. Fig. 01 Este ê um conceito muito útil, mas pode servir co mo uma restrição desnecessária no entendimento do desempenho das maquinas síncronas. A fim de explanar o desempenho das ma quinas, com esse modelo simplificado, necessita-se adotar al guns conceitos artificiais como a mudança das tensões da fon te e a mudança das reatâncias. Sob um ponto de vista conceituai, é melhor começar dos primeiros fundamentos e visualizar a tensão gerada cano o produto do fluxo pela velocidade angular. A FEM, assim ob tida, ê a fonte de tensão que ê ligada â rede CA através da reatânciá de dispersão e da resistência do estator. O comportamento do fluxo do entreferro, como fun ção da carga da maquina, da excitação, etc., é regido por equações diferenciais que definem sua resposta a estas va riáveis. Desta forma, o modelo do gerador ê descrito canona FicTura 02 . Fig. 02 Com este comentário introdutório, desenvolveremos agora as equações que descrevem o comportamento da máquina, a partir das equações fundamentais de fluxo, FMM, tensão e corrente. CAPITULO £. DESCRIÇÃO DE UMA MÁQUINA SÍNCRONA A Figura 03 é uma representação esquemática de uma máquina síncrona de dois pólos. Os enrolamentos do estator são trifásicos, uniformemente distribuídos com centros de fasados de 120°. As equações básicas são as mesmas para máquinas com mais de dois pólos, visto que a armadura é igualmente enro lada com conjuntos correspondentemente múltiplos de bobinas. Portanto, se definimos as equações em termos de graus elé tricos, onde 180 graus elétricos é o ângulo entre pólos nor te e sul adjacentes, o número de pares de pólos rião fará ne nhuma diferença na maneira de se analisar uma máquina. A relação entre graus elétricos e mecânicos é: p/2 (graus mecânicos) = graus elétricos onde p/2 é o número de pares de pólos. Examinemos, primeiramente, a força magnetomotriz produzida por correntes senoidais equilibradas passando pe lo estator. A distribuição dós enrolamentos em volta do es tator é usualmente projetada para fornecer um formato de curva bastante senoidal, com pouco conteúdo harmônico.; Como ilus tração, entretanto, examinemos o caso da-Figura-Õ4r-que -de- 'jj C ,/> *senvolve o enrolamento de um alternador trifasico com duas ranhuras por polo por fase e um* enrolamentio dé 'paáso 5/6. As ranhuras são rotuladas por numeròs, e- as ?lettasV Ã>B è Ç in dicam os lados das bobinas para as fases a, b e c. Os cír- A w r o — o — r oo i- ^o i Fig. 03 Fig. 04 culos em volta das letras representam os lados de trás da bobina. Os enrolamentos de passo 5/6 significam que os la dos da bobina marcados com A, que se acham no alto da ranhu ra 1 e na base da ranhura 6 , estão na mesma bobina. Os lados da bobina para as três fases estão deslocados de 120°. Os lados da frente da bobina estão delimitados por linhas pon tilhadas . Examinemos as condições no instante em que a cor rente da fase "a" estã no pico da senõide, ou seja, i = I . A partir das relações de fase indicadas na Figura 04, as correntes nas fases i, e i serão i, = -I /2 e i = -I /2.Ab c b m c m força magnetotriz desenvolvida ao longo da periferia do es- tator ê prontamente estabelecida pela superposição das con tribuições de cada bobina carregando o valor apropriado da corrente no instante em questão. Vê-se que isto aproxima uma senõide com o pico colocado mais ou menos no centro da fase Ha". Com um grande número de ranhuras, a distribuição dos enrolamentos pode ser feita de maneira a fornecer uma dis tribuição espacial da FMM quase puramente senoidal. Isso é desejável para se minimizar perdas e interferências telefô nicas devidas aos harmônicos. Se examinarmos, agora, as condições em um instan te posterior, digamos 90 graus elétricos mais tarde, e re petirmos o procedimento com os valores de corrente para es te instante, ou seja, i = 0 , i,= + (/3/2) I , i = -(^572)1 notaremos que a onda da FMM avançou, agora, 90° em sua dis tribuição espacial. Um estudo gráfico da onda de FMM, em instantes su cessivos de tempo, dá uma concepção visual do ruovimento de campos magnéticos girantes. Estes campos girantes ocorrem so mente em máquinas polifãsicas, tanto síncronas como de in dução. A velocidade de rotação da onda da FMM em volta da periferia do estator é proporcional à freqtiência das corren tes da armadura e, para condições de regime permanente no minais, ê exatamente igual à velocidade de rotação da onda da FMM, devido ao movimento do campo do rotor em máquinas sín cronas . O efeito de rotação da onda da FNMpode ser deduzido matematicamente, como segue: Seja a o ângulo que define um ponto na periferia do estator, em relação ao centro da fase "a". .A seguir, con siderando uma distribuição espacial, senoidal, equilibrada e uniforme das bobinas das fases ao longo das ranhuras do es tator, a contribuição da FMM em cada fase, em qualquer ins tante, é proporcional a: FMM oc a i, a cos a oc Ab cos (a - 2ir/3) (01) FMM oc c 1c cos (a + 2it/3) onde y i, e i b c são os valores instantâneos das correntes nas três fases. Para correntes senoidais equilibradas com ampli- tude máxima I e m freqüência a), podemos escrever i = I sen ü)ta m Lb = Im sen (wt - 2ir/3) (02) = Im sen (wt + 2 tt/3) onde escolhemos arbitrariamente a contagem de tempo t, a par tir do instante em que i está passando através de zero e au mentando . De (01) e (02), a onda total da FMM é proporcio nal a: • FMM I [sencot cos a + sen(wt - 2tr/3) cos (a - 2it/3) + sen (cot + 2ir/3) cos (a + 2tt/3)J (03) Por meio de identidades trigonométricas (03) ê re duzida a: FMM •“ 3/2 I sen (wt - a) (04)m A expressão (04) mostra que a onda de FMM caminha ao longo da periferia, com uma velocidade w. Portanto, para condições de operação com velocidade síncronae correntes equilibradas no estator, a onda de FMM, produzida por essas correntes, parece estacionária quando vista do rotor. A Figura 05 ilustra este fato, mostrando a estru tura do rotor relativa â FMM do estator. Fig. 05 Na Figura 05 é também mostrada a FMM devida ã ex citação no campo do rotor. A FMM líquida, que produz fluxos através do entreferro, ê obtida pela superposição destes dois componentes. A fase da FMM de reação da armadura relativa à FMM de excitação de campo ê uma função da carga, tanto em amplitude como em fator de potência. CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DAS EQUAÇÕES BÁSICAS Nesta seção desenvolveremos, dos primeiros prin cípios, as equações fundamentais que descrevem a máquina. O desenvolvimento inclui a importante transformação d, q, con duzindo às equações de Park, que são universalmente usadas para descrever o comportamento da máquina. Embora o desenvolvimento seja direto, o perigo é ficarmos confundidos com a terminologia e símbolos. Por esta razão ê apresentada aqui, e mostrada esquematicamente na Fi gura 06, uma descrição introdutória do desenvolvimento. 19 Passo A máquina ê composta de um numero de enrolamentos no estator e no rotor. As características eletromagnéticas desses enrolamentos e a estrutura magnética associada podem ser expressas com a ajuda da teoria fundamental de circui tos, relacionando enlaces de fluxo a correntes, através das auto e mutuas indutâncias. As indutâncias* básicas dos enro lamentos (auto e mútua) são definidas pela letra minúscula l com o subscrito apropriado, ou seja: ANALISE D£ MAQUINAS SlNCRONAS EIXO » d Fig. 06 ENR0LAMENT0 a m m ENR0LAMENT0S DO ESTATOR t { ENROLAMENTO ESTRUTURA f MAGNÉTICA ENR0LAMENT0 DO ROTOR L = INDUTANCIA PRÓPRIA aa DO ENROLAMENTO a L,,= INDUTANCIA PRÕPRIA TT DO ENROLAMENTO f L .= INDUTANCIA MOTUA aT ENTRE ENROLAMENTOS o o Fig. 07 29 Passo As indutâncias dos enrolamentos físicos básicos são descritas como funções trigonométricas da posição do ro tor com relação ao estator. Os coeficientes constantes, que entraram nestas expressões trigonométricas para a indutân- cia, são denominados com letras maiusculas, isto é: 1afd L ,, cos 0 afd onde é uma constante igual à indutância mútua entre o campo e o enrolamento da fase "a", na posição de máximo a- coplamento entre estes dois enrolamentos (0 = 0o). 39 Passo Os enlaces de fluxo são, então, expressos em ter mos das correntes dos enrolamentos (ia , i^, ic, para os en rolamentos das fases e i^, i^, i^ , etc. para os enrola mentos do rotor) e das indutâncias (auto e mútuas) que, por seu lado, são expressas como funções trigonométricas da po sição do rotor. Nestas relações, as combinações das corren tes de fase, multiplicadas pelas funções trigonométricas do ângulo do rotor das expressões das indutâncias, sugerem o uso de componentes d, q, e das relações de transformação: i^ = 2/3 [i cos 0 + i^ cos (0 - 120°)+ic cos (0+120°)] i =-2/3 [ia sen 0 + i^ cos (0 - 120°)+ic cos (0+120°)] 49 Passo As equações dos enlaces de fluxo para os enrola mentos do rotor são, em seguida, expressos como função das correntes dos enrolamentos do rotor e dos componentes d, q, das correntes da armadura. As equações assim obtidas possuem correntes d, q multiplicadas por termos de indutâncias cons tantes. 59 Passo A transformação d, q ê também aplicada aos enlaces de fluxo e tensões da armadura. As equações de tensão enrolamentos da armadura ea a*a dt ria dos são assim expressas em termos das variáveis de transformação d, q conduzindo às equações de Park a#lea = -ar* * “♦q * rla) FLUXO E ENLACES DE FLUXO NA ARMADURA 0 fluxo produzido por uma FMM dada é uma função da relutância do circuito magnético sobre o qual a FMM age. A relutância de um material é definida como a re lação da ação da FMM sobre ele e o fluxo resultante onde R = relutância $ = fluxo em webers F = força magnetomotriz (ampêres-espiras) A relutância da trajetória fechada do fluxo através do fer ro do estator, através do entreferro, através do ferro do rotor e de volta do entreferro, é uma relutância composta, constituída de contribuições devidas ao entreferro e âs par tes de ferro. R = RA + R± (06) A permeância é a recíproca da relutância. Visto ser a relutância inversamente proporcional â permeabilidade do material, uma grande contribuição para esta relutância é <3e~ vida ao entreferro. Visualizando o circuito magnético para as forças magnetomotrizes no estator, notamos que a permeância deste circuito ̂ mudará com a posição do rotor, graças às variações no entreferro. Isso ê mais pronunciado no caso de maquinas de põlos salientes. Em geral, esta variação será periódica, comum pe ríodo igual ao espaço entre pólos. Uma boa estimativaé a de que esta variação é senoidal. Portanto, a permeância do cir cuito magnético, conforme visualizado de um ponto fixo no estator, poderia ser expressa como uma função do ângulo en tre aquele ponto e a localização do centro de um pólo no ro tor, ou seja, P = PQ + P2 cos 2 0 (07) onde 0 é a distância angular entre o ponto no estator e o centro de um pólo. A permeância é uma propriedade que entra na determinação da indutância de enrolamentos. Realmente, a indutância de uma bobina pode ser definida como a relação dos enlaces de fluxo na bobina para a corrente da bobina que pro duz esses enlaçamentos de fluxo. Quando a permeância é in dependente do fluxo, a indutância ê uma constante. A partir da teoria do acoplamento magnético de circuitos, conforme ê usado na análise de transformadores, para qualquer instante de tempo dado, podemos definir indutância própria e mutua entre circuitos da armadura e circuitos do rotor e escrever como fluxo total no circuito Z i + Z , i. + Z iaa a ab b ac c + Z r: afd if d + Z , , i, , + Z akd kd (08) onde £ ̂ = auto-indutâncias do enrolamento "a" no estator aa &ak = indutâncias mútuas entre os enrolamentos "a" e ”b" Z = indutâncias mutuas entre os enrolamentos "a" e "c" ac afd akd' akq são indutâncias mútuas entre o enro- lamento "a" no estator eo campo do rotor, amortecedor do eixo direto e do amortecedor do eixo em quadratura respectivamente. Neste ponto deveriamos deixar claro o que queremos dizer com eixos d e q, e circuitos :amortecedores e de campo. Observando as faces dos pólos do rotor, a Figura 08 identifica os eixos d e q, bem como os circuitos do rotor compostos de circuitos de campo, amortecedor de eixo d e a- mortecedor de eixo q. Fig. 08 O eixo d esta localizado no pico da onda da FMM produzida pelo campo, enquanto que o eixo q esta 90 graus elétricos adiantado. Hã numerosas trajetórias fechadas para correntes no rotor. Elas podem ser concentradas em circuitos equivalen tes, conforme segue: 1. Um circuito de campo que carrega a corrente contínua do campo. 2. Um circuito equivalente fechado, que enlaça o fluxo do eixo d, chamado de enrolament;o amortecedor do ei xo d. Em maquinas de pólos salientes, isso é composto de barras condutoras, deliberadamente inseridas na face do pólo. Em maquinas de rotor cilíndrico de fer ro sólido produzem um efeito amortecedor equivalente. 3. Um ou mais circuitos fechados equivalentes, concên tricos com o eixo q, chamados de amortecedor do eixo q. Se a maquina fosse um dispositivo estático,as vá rias indutâncias em (08) seriam constantes como no caso de um transformador. Na máquina síncrona, entretanto, por causa do movimento do rotor, estas indutâncias de enrolamento da armadura são uma função da posição do rotor. Da discussão an terior sobre a variação da permeância em função da posição do rotor, be.m como da consideração do acoplamento variável entre circuitos do rotor e circuitos da armadura em função da posição do rotor, segue-se que as indutâncias mútuas en tre circuitos do rotor e do estator são: lafd Lafd COS í , , akd ~ Lakd COS l , akq Lakq sen 6 0 0 (09) (10) (11) onde L L . - e L , são constantes; e são os valores mã-afd' akd akq ximos destas indutâncias mútuas que ocorrem quando os cir cuitos de campo correspondentes estão concêntricos com o cir- (0 = 0). As equações para as indutâncias mútuas das outras fases "b" e "c" são semelhantes àquelas para a fase " a " e x ceto que o ângulo 0 é substituído por (0 - 2tt/3) e (0 + 2tt/3) , respectivamente. A indutância própria na fase "a", £ , tem a for-aa ma da equação da permeância (0 7) . Iaa Laao + Laa2 cos 2 0 (12) Da geometria da trajetória magnética, fica evidenciado que a indutância mútua entre as fases do estatorê um mínimo toda vez que o eixo q bissecciona o ângulo entre as fases,ou se ja: li-Qaí O* Labo + Lab2 cos <2e +ir/3) (13) *ac = L + L _ cos (29 aco ac2 -ir/3) (14) Por causa da simetria, os coeficientes L , , L , L, sãoabo aco' bco todos iguais, como também são os coeficientes ' Lac2/Lbc2 Laa2 ' Lbb2 e Lcc2* Quando as equações (12), (13) e (14), bem como as semelhantes a estas, com deslocamento de fase apropriado para as fases "b" e "c", são substituídas em (08) ou em ex pressões anãlog .s para as fases "b" e "c", notamos que a ex pressão do enlace de fluxo, em termos de correntes de fase instantâneas, torna-se uma função da posição do rotor. Uma tal expressão está incluída na equação (15) , para ilustrar a forma. Expressões semelhantes, com mudanças apropriadas nos subscritos, são aplicadas ãs fases "b" e "c". -i (L + L „ cos 20) a aao aa2 + L „ i, cos (20 + 60°) aa2 b + L ... iCJ cos 0 + L . , afd fd akd - L , i, sen 0 akq kq ENLACES DE FLUXO NO ROTOR ■ L , (i, + i ) abo b c + L _ i cos (20 aa2 c - 60) , . cos 0 kd (15) Os enlaces de fluxos nos circuitos do rotor podem ser escritos usando-se as equações (09), (10) e (11) para as indutâncias mútuas entre os circuitos do estator e os cir cuitos do rotor. As auto-indutâncias dos circuitos do rotor são constantes, desde que as permeâncias dos circuitos mag néticos nos eixos d e q sejam constantes. As equações de enlaces de fluxo do rotor são es critas como: ^fd Lffd 1fd + Lfkd 1kd Lafd COS'0 + i^ cos (0 - 2ir/3) + i cos (0 + 2ir/3) kd Lfkd xfã + Lkkd 1kd " Lakd cos (0 - 2tt/3) + i cos i cos 0 + a ( 9 + 2ir/3) (17) kq Lkkq + ic ■̂ kq + Lakq ̂ sen ( 0 + 2tt/3) senô + sen ( 0 - 2 tt/3 ) (18) Aqui, Lkkd e Lkkq s^° aS auto-indutancias dos circui tos do campo, do amortecedor de eixo direto e do amortece dor de eixo em quadratura, respectivamente. L ^ ^ é a in- dutância mútua entre o campo e o amortecedor de eixo dire to. Devemos notar que não hã acoplamento magnético entre os eixos d e q, visto serem eles órtogonais, ou seja, deslo cados de 90°. EQUAÇÕES DE TENSÃO As leis da indução eletromagnética aplicadas a um circuito fechado ou bobina, como é mostrado na Figura 09, podem ser expressas como: e = ---r i (19) r -VWSAr e Fig. 09 onde e ê a tensão que aparece nos terminais da bobina, ij; é o enlace de fluxo na bobina, i ê a corrente circulando na bobina e r ê a resistência da bobina. Observemos as direções da tensão e corrente na Figura 09. A equação (19) aplicada ao caso de um circuito es- tático, como o da bobina de um transformador ou linha de trans missão, pode ser expressa como: e = L - - ■■ - r i (20)dt onde L = — ê a indutância do circuito. Deve ser salien tado que a equação (20) é um caso especial da equação geral (19), para o caso do circuito estático e linear. Em geral,a taxa de variação do enlace de fluxo dty/dt pode ser composta de termos devidos a correntes va riantes (ação transformadora), bem como de termos devidos a enlaces de fluxo sendo cortados por rotação ou movimento, ou de termos devidos a alterações das propriedades magnéti cas, como ocorre com a saturação de materiais magnéticos. A equação (19) aplicada a circuitos torna-se: dipa -Ja dt — r a d^b b dt — r db d^c c dt r Xc da armadura (20) Aplicada ao circuito de campo, dá fd 'fd dt + rfd 1fd (21) Notemos que a escolha de sinais é devida ã definição da di reção da corrente relativa à tensão através do enroiamento. No caso do campo, ê costume considerar a corrente fluindo no campo, como um resultado da tensão e ^ aplicada. De modo semelhante, para os circuitos amortecedores nos ei xos direto e em quadratura, temos: d̂ i0 = 0 = rkd dt dijjkq dt + rkd 1kd + r, i, kq kq (22) (23) Os zeros no lado esquerdo de (22) e (23) provêm da natureza fechada dos circuitos, com tensão aplicada nula. As equações (20) a (2 3) pode riam ser resolvidas, des sa forma, com as relações dos enlace de fluxo descritas em termos das correntes reais da fase e do rotor, e indutâncias que são funções de posições do rotor (veja equações (15) , (16), (17) e (18)). As equações,em termos destas variáveis, são não- lineares e bastante complicadas. Concluímos que um tratamen to matemático mais simples e mais elegante pode ser obtido pelo uso de novas variáveis transformadas para circuitos, ten sões e fluxos. A TRANSFORMAÇÃO d, q, o 0 estudo das expressões (16), (17) e (18) mostra que, nas equações de enlaces de fluxo do rotor, as correntes da armadura- se combinam de uma maneira clara, envolvendo a posição do rotor, conforme segue: Para o eixo d: 1 cos 0 + i, cos (0 - 2tt/3) + i cos (0 + 2tt/3)a b c 0 é o ângulo do qual o eixo direto está adiantado do centro da fase "a"; e, para o eixo q: i sen 0 + i, sen (0 - 2tt/3) + i sen (0 + 2tt/3)a b c Isso leva à definição de novas variáveis definidas como i^ e 1 por: q i, = K i cos 0 + i, cos(0 - 2tt/3) (24)d a b + i cos ( 0 + 2 /3) c i = -K i sen 0 + i, sen (0 - 2tt/3) q L a k + i sen(0 + 2tt/3) c O valor da constante K ê escolhido de modo que,para as correntes senoidais equilibradas i , i, , i_ com intensi-a o c dade de pico I : r m i = I sen u)ta m = Im sen(o)t - 2tt/3) (26) ic = Im sen(o)t + 2tt/3) As intensidades de pico de i, e i são iguais a I .c d q ̂ m Substituindo-se (26) em (24) e (25): i, = K I sen wt cosQ + I sen (cot - 2ir/3) oos(0 - 2tt/3) d [ m m + I^seníwt + 2ir/3) cos (0 + 2tv/3) = K 3/2 I sen (ajt - 0) (27)m i = -K q Imsen totsenO + I^seníuit - 2tr/3)sen(0 - 2ir/3) + I msen(o)t + 2ir/3)sen(0 + 2tr/3)j= -K 3/2 I cos (cot - 0) (28) Escolhendo-se K = 2/3, temos: id = 2/3 ĵ ia*cos0 + ifa cos (0 - 2ir/3) + i c que, para correntes equilibradas, como em (26) = I sen (wt - 0) m cos ( 0 + 2ir/3) (29) iq = “2/3 £iasen0 + ibsen(0 - 2ir/3) + icsen(0 + 2ir/3) 1 que, para correntes equilibradas, como em (26): = -I cos(wt - 6) m As equações (29) e (30) são chamadas as transfor mações d e q das correntes trifãsicas. Para generalizar com pletamente, ou seja, para dar completa liberdade aos valores das correntes de fase ia , i^ e ic , precisamos expressá-las por meio de três novas variáveis, das quais duas foram se lecionadas como i, e i . Uma terceira variável conveniente ê d ̂ q a corrente se seqüência zero definida como: i = 1/3 |i + i, + i I (31)o ' a b cl Sob condições equilibradas, ou quaisquer condições nas quais i + i, + i = 0 , i será igual a zero. a b c ' o ^ As equações (29), (30) e (31) podem ser expressas, convenientemente em notação matricial, como: 2/3 cos6 2/3 cos (9-2ir/3) 2/3 cos (9+2ir/3) i q = -2/3 sen6 -2/3 sen (0-2tt/3) -2/3 sen(6+2ir/3) i o 1/3 1/3 1/3 i a *b (32) ic A transformação inversa de (32) é: cos e - sen 0 1 cos (6- 2tt/3) - sen(0 - 2ir/3) 1 cos (0 — 4ir/3) - sen ( 0 - 4it/3) 1 id i q (33) io Transformações semelhantes se aplicam a enlaces de fluxo e tensões, ou seja, as tensões nas fases e , e , e podem ser,a d c de modo semelhante, transformadas em componentes e^, e^ e eQ e vice-versa. 0 significado físico dos componentes i^ e i é que eles são proporcionais aos componentes da FMM nos eixos di reto e em quadratura, respectivamente, produzidos pela re sultante de todas as três correntes da armadura i , i, e i .a b c No caso das correntes equilibradas de freqüência w e uma velocidade de rotor oj* , as equações (27) e (28) tornam-se: 1 , = I sen (wt - a)' t + 0) (34)d m i = -I cos(o)t - io't + çó) (35)q m onde 0 = w 't - 0 é o ângulo entre o eixo d e centro da fa se "a". Se a freqüência das correntes do estator é síncrona com a freqüência do rotor, então, co = m' e (34) e (35) tor nam-se : id = Im sen 0 i = -I cos 0 q m (36) (37) As equações (36) e (37) mostram que os componentes i^ e i^ são quantidades CC (constantes) para o caso das correntes de armadura equilibradas, com freqüência síncrona e com a velo cidade do rotor. Este fato combina muito bem com o conceito da onda rotativa de FMM gerada pelas correntes da armadura equilibradas, descritas no Capítulo 1. Esta onda daEflM ca minha com a mesma velocidade do rotor e, portanto, em rela ção ao rotor, a onda parece estacionada. O fato de que, em operação de regime permanente equilibrado, as correntes i^ e i são quantidades CC, merece ser lembrado especialmente porque, mais tarde, na construção de diagramas vetoriais de regime permanente, i^ e i^ são tratados como fasores que re presentam a distribuição espacial das forças magnetomotrizes. Isto pode ser confundido facilmente com fasores represen tando quantidades CA. Em (34) e (35) , quando u ^ u ', i , e i serão se-ci q nõides com freqüência de escorregamento de (w - w ') . Isto a- contece no caso de motores de indução para os quais w > to' , e de geradores de indução para os quais w < io'. ENLACES DE FLUXO DO ROTOR EM COMPONENTES d, q, o Expressando as equações de enlaces de fluxo do ro tor, as equações (16), (17) e (18), em termos de i, e i for-Q q necem: *fd " Lffd Afd + Lfkd 1kd 2 L ±2 Lafd d (38) *kd = Lfkd ifd + Lkkd 1kd 3 2 akd1d (39) ^kq ■^kkq ±kq " 1 L v i2 akq q (40) 0 fato de que o componente "i^ 1 não entra nas equações de enlaces de fluxo do rotor é significativo. Significa que componentes de seqüência zero da corrente da armadura não produzem nenhuma FMM líquida através do entreferro. Este fato é evidenciado, também, na expressão básica para FMM, devido âs correntes da armadura, conforme deduzido de: FMM a i^cos0 + i^cos(0 - 2tt/3) + i^cosí© + 2tt/3) (41) Para qualquer componente i de seqüência zero, a substituição de i = i, = i = i em (41) mostra que a FMM, devida a estes a b c o componentes, é nula. Todas as indutâncias de (38) a (40), excluindo os efeitos de saturação, são constantes. ENLACES DE FLUXO DA ARMADURA EM COMPONENTES d, q, O O uso das mesmas transformações d, q, o (32),para enlaces de fluxo e correntes, converte as equações de enla ces de fluxo da armadura (15) em equações de componentes d, q, o de enlaces de fluxo da armadura. Isto quer dizer que as novas variáveis são: = 2/3 iĵ ĉosO + ^cos(0 - 2tt/3) + i|;ccos(0 + 2tt/3) =-2/3 h|> sen0 + i|>,sen(0 - 2ir/3) + \p sen(0 4 L a. D ^ *o = 1/3 [*a + *b + *c] 2tt/3) J (42) e existem equações semelhantes para i^, i e iQ . Este processo é um exercício em álgebra e identidades trigo- nométricas, que gera as seguintes equações de enlaces de flu xo da armadura: iK = -(L +L , +3/2 L „)i,+L £Ji£J+L . ,i. ,d aao abo aa2 d afd fd akd kd (43) 4> = - (L +L , -3/2 L „)i +L , i.rq aao abo aa2 q akq kq = - (L -2L , ) iro aao abo o (44) (45) Definindo um novo conjunto de indutâncias da armadura como: d L̂aao + L , + 3/2 L _) abo ' aa2 (46) , = (L q aao + L , - 3/2 L _) abo ' aa2 (47) , = (L o aao - 2L , ) abo (48) as equações de enlaces de fluxo da armadura tornam-se: '"d =-L ,i , + L c , i,., + L , ,i, , d d afd fd akd kd (49) =—L i + L . i, q q akq kq (50) *o 0 •H0A1II (51) Notemos que as equações (49), (50) e (51), em termos das va riáveis transformadas, contêm todos os termos de indutância constantes. Esta ê a razão básica para o uso dos componentes d, q, o, ao trabalharmos com problemas de máquinas elétri cas . Embora as variáveis d, q tenham completo signifi cado físico quando aplicadas a condições no rotor, seu sig nificado relativo ãs quantidades do estator é algo mais abs trato, sendo uma transformação matemática, da mesma maneira que no caso com componentes simétricos. EQUAÇÕES DE TENSÃO EM COMPONENTES d, q, o (Equações de Park) As equações básicas de tensão para os circuitos da armadura são: d<|<. ea = dt - ri diK eb dt - n. dü e = c dt - ri (52) As equações de transformação de tensão são: e^ = 2/3 |eaoos0 + e^oosíe - 2ir/3) + eccos(0 + 2rr/3)J eg = -2/3 Fe^senO + e^sen(0 - 2ir/3) + ecsen(0 + 2tt/3)J (53) e = 1/3 (e + e, + e ) o a b c A substituição de (52) em (53) e o uso das relações de trans formação d-q para correntes geram: ed 2^3 ÓOS0 dt + cos (0 - 2ir/3) dt + oos(0 cnj> + 2”/3) dT -ri di|i. sen( di|v 0 -sr + sen(0 - 2tt/3) + sen(0 + 2tt/3)dt avc dt -riqe = -2/3q d*o . eo dt rlo Expressando , ik e i|j em termos de ip , tp e ip com o usoKa' yb da transformação inversa (33) : d' yq ip = cos0 \p, -sen0 íp + ipYa rd yq yo = c o s ( 0 " 27r/ 3 ) ,l'd ” s e n < e ” 2 i r / 3 ) t|> +i|>0 (55) ip = cos (0 - 4n/3)ip, - sen (0 - 4 i r / 3 ) i|> +t|> c a C[ o Diferenciando (55) com relação a "t": ãp. de d0 chp ch|> dt = ^ ã 3^ 6 dt + 0030 dT 0036 cft " ***« dt + dE dhb dt -^d sen (0-2T r/3)|| + oos ( 0 - 2 ir /3 ) ~ - \pL cos (0 -2rr/3)^ chp_ dijj - sen (9-2u/3) -gS + (56) dl̂ c d0 dito. ia -gjr- = ~ ií»dsen(0-4Tr/3)^ + cos (0-4tt/3) ~ - q̂oos(0-4ir/3)^r dtp ch|> - sen (0-4ir/3)-̂ r? +dt dt Substituindo as equações (56) na primeira equação de (54): 2 ed 3 -t|j,cos0 sen0^ + cos20-^^ - ip cos20 d dt dt dt <3sp cUp - sen0 oos0 + oos0 ~ -t|j cos ( 0 - 2 tt/ 3 ) sen ( 0 - 2 tv/ 3 ) ^ - + oosz (0-2tt/3) ~^r ~ ^co s 2 ( 0-2tt/3) ̂ - sen(0-2Tr/3)oos(0-2ir/3)-^dt dip — £ dt dij; + oos (6-2ir/3)-̂ ̂- ^oos (0-4ir/3) sen ( 0 - 4 tt/ 3 ) ̂ + oos2 (0-4ir/3)-̂ 2 dfi <%, <*0 - (0-4ir/3)^£ + sen(0-4ir/3)<x>s(e-4Tr/3)-^^ +oos(0-4ir/3) - n. dt ( 5 7 ) Reunindo o? termos nas equações (57) e simplificando com i- dentidades trigonométricas: • a - ! 1 2 ♦ 5 9 + í awd dt dt sen 2 0 + sen (20-4ir/3) +sen ( 2 0 - 8 tt/ 3 ) ^ d . d0 dt vq dt j (l+oos20) + | (1+oos (20-4ir/3)) + j (1+cos (20-8ir/3)) - ri. (58) Simplificando ainda mais a equação (58) pelo re conhecimento de que: sen 20 + sen (20 - 4ir/3) + sen (20 - 8ir/3) = 0 e deque a expressão que se multiplica d0 It difi u 3 ^3t” - ^q dt 6 d9uad a f' entao' (58) se reduz a: ed " dt d|_ _ riq dt d (59) Um procedimento semelhante, levado a efeito pela substitui ção de (56) na segunda e terceira equações de (54) , gera: di|i e = — t q dt r M . . ri d dt q (60) dt.e = o - ridt (61) As equações (59), (60) ^ (61) são chamadas equações de Park, em honra de R. H. Park que desenvolveu seu uso. Essas equações estão em forma bastante semelhante a das equações de uma bobina estática, exceto pelos termos rotacionais de "fem" - \p - e \ ^ - resultantes do mo-q dt rd dt vimento do rotor, onde d0/dt = o) = velocidade angular do ro tor em radianos elétricos por segundo. Estes termos rotacionais de nfem" são os termos d^ddominantes das equações (59) e (60). Os termos d ^ d são,algumas vezes, referidos como termos de ação de transfor mador. Notemos que, sob condições de regime permanente com correntes senoidais equilibradas nas fases da armadura, os fluxos iK e íp , bem como as tensões e,, e e as correntes i., „ d rq d' q dtb, d^u d' i sao quantidades CC (ou seja, os termos — d t ” e — dt s^° nulos). Hã muitas condições em que estes termos podem ser retirados das equações sem causar erros de nenhuma signifi- cância. Em outras situações, como as que encontraremos na determinação de conjugados de curto-circuito, transitório e deslocamento CC em correntes de curto-circuito, estes ter mos têm um importante papel e não podem ser desprezados. Em muitos textos referentes a máquinas síncronas, o símbolo d/dt ê representado pelo operador "p". Nesta for ma, as equações de Park são: ed = P^d - *qP0 - rid (621 e = pii;- + iKp6 - ri q rrq rdr q (63) e = pijj - ri o o o (64) CONJUGADO E POTÊNCIA A potência instantânea medida nos terminais da má quina é dada por: P = e i + e, i, + e i L a a b b c cj Em termos de componentes d, q, o, a expressão pa ra potência ê: P = 3/2 e ..i + e i + 2e id d q q o o (65) Sob operação equilibrada normal, com eQ e iQ nulos: P = 3/2 e.i. + e i d d q q (66) Se não houvesse perdas na maquina, nem alteração na energia magnética armazenada, o conjugado seria igual a P/o), onde m é a velocidade do rotor. Uma analise mais completa da expressão para potên cia pode ser obtida pela substituição de (59), (60) e (61) em (65), dando: 3/2 I V d<i>d dt . d 0 . . *jç[ dt " rid)+1q (~ ^dt <» ■ A+*d dt ‘ rlq +2io "dt" -rlo> (67) Os termos de (67) podem ser reordenados como: P = 3/2 (i + ii - V + 2id dt q dt o dt° ) + 3/2(i <K - ijit) d0qyd drq dt 2 2 2 - 3/2 r (i, + i + 2i )/ d q o (68) Esta equação pode ser interpretada como: Saída de potência = (taxa de redução da energia magnética da armadura) + (transferência de potência através do entreferro) - (perda por resistência da armadura) O conjugado do entreferro pode ser obtido a partir do segun do termo de (68), dividindo-se a potência do entreferro pe la velocidade d0/dt do rotor. T 3/2 i - q d (69) A equação (69) poderia também ter sido deduzida da conside ração bãsica de forças atuantes em condutores, como sendo o produto de correntes vezes o fluxo. RESUMO DAS EQUAÇÕES BASICAS Recapitulemos rapidamente o desenvolvimento des tas equações básicas: 1. Os enlaces de fluxo foram deduzidos para cada enro- lamento físico do estator e rotor, usando correntes reais de fase, correntes reais do rotor, auto-indu- tâncias mútuas entre os enrolamentos, ou seja: £aa1a+í'abÍb+ílac:Lc+í'afd:Lfd+£akdÍkd+2'akq;Lkq (08) 2. Os valores das indutâncias foram estabelecidos como função da geometria do circuito magnético e da po sição do rotor, ou seja: 1aa L + aao ^afd = Lafd l . = ab L , + abo 3. Vimos que aa2 cos 0 Lab2 cos 2 0 cos (20 + tt/3) (12) (09) (13) cuitos do estator e do rotor, em termos das indu tâncias fundamentais de enrolamento e correntes bá sicas, envolvem termos de indutâncias não lineares variando senoidalmente com a posição do rotor. As expressões básicas para tensão da forma: _ dx/; dt n (19) podem ser escritas para todo circuito. Entretanto, usando as equações dos enlaces de fluxo, expressas em termos de correntes e indutâncias de fase, as e- quações de tensão resultantes são não linearese com plicadas . 5. A transformação d, q, o foi introduzida pelo reco nhecimento de um agrupamento lógico de correntes, multiplicado por funções trigonomêtricas apropria das do ângulo do rotor relativo ao centro da fase "a". Com essas transformações de variáveis, a forma das equações torna-se um conjunto de equações algé bricas lineares para fluxos enlaçados e equações dife renciais lineares para tensões. A transformação d, q, o para toda variável Y, tal como corrente,tensão ou enlaces de fluxo, ê: / N Yd 2 /3 oos0 2 /3 cos(0-2tt/3 ) 2 /3 cos (0+2tt/3 ) Y q -2 /3 sen8 -2 /3 sen (0-2tt/3 ) -2 /3 sen(0+2Tr/3) Y l o J 1/3 1 /3 1/3 e a transformaçao inversa ê: Y 1a COS 0 - sen 0 1 Ya Yb = cos (0—2tt/3) - sen(0-2n/3) 1 Yq Yc V. y cos (0-4tt/3 - sen(0-4Tr/3) 1 J Yo onde Y seria ip, e , ou i. 6 . Em termos das variáveis transformadas i^, i^ e iQ , as equações de enlaces de fluxo do rotor tornam-se equações lineares com termos de indutância constan tes , ou seja, *£d " Lffd ±fd + Lfkd - 3/2 Lafd 1d (38) ^kd Lfkd 1 fd + Lkkd '''kd - 3/2 Lakd ^d (39) ^kd Lkkq '''kq 3/2 Lakq iq (40) 7. De maneira semelhante, expressos em termos de variã- veis d, q, o, as equações de enlaces de fluxo da ar madura tornam-se equações lineares com termos de in- dutâncias constantes, conforme segue: Ld1d + Lafd 1fd + Lakd 1kd (49) q -L i q q + Lakq kq + Lakq kq (50) *o -L io o (51) 8. As equações de tensão básicas, quando expressas em termos de componentes d, q, o, transformam-se nas bem conhecidas equações de Park relacionando tensões a fluxos, taxas de variação de fluxos, velocidades ro- tacionais e correntes, ou seja, d*d - ip q de dt dt dip q + * de dt + d dt ri eo dipYo dt rio (59) (60) (61) 9. As equações de tensão para as bobinas do rotor são: e fd 0 dxpfd dt -t- rfd xfd d*kd dt rkd kd d*kq dt rkq ikq (21) (2 2 ) 0 (23) CAPÍTULO SISTEMA POR UNIDADE A finalidade fundamental do desenvolvimento de um sistema por unidade para as maquinas slncronas ê permitir que a forma das equações que descrevem a maquina possam ser ex pressas em termos de um circuito elétrico equivalente. O comportamento das variáveis da maquina é, assim, melhor entendido pela visão, que é trazida por um circuito equivalente, e as leis familiares que regem o comportamento dos mesmos. Os passos, no desenvolvimento que segue, são: 1. Expressar as equações da maquina (em componentes d-q) em valores por unidade, dividindo as variáveis por quantidades base apropriadas. 2. A escolha dos kVA bases do rotor e do estator é es tabelecida pela conveniência de se ter indutâncias mutuas recíprocas entre o rotor e o estator nas e- quações de enlaces de fluxo. 3. A escolha das correntes base dos enrolamentos do ro tor é estabelecida pelo desejo de se ter a mesma in- dutância mutua em p.u. entre os circuitos da arma dura e do rotor, da mesma forma que é feita a esco lha das correntes base nos transformadores que con duzem a um circuito equivalente, sem a necessidade de relações de transformação ideais. EQUAÇÕES GERAIS No que foi exposto anteriormente, as unidades pa ra as diversas variáveis foram: i = ampêres = weber-espiras FMM = ampêres-espiras e = volts R = ohms L = henrys e = radianos t = segundos Há muitas vantagens em se expressar equações em forma normalizada ou adimensional. Isto requer uma discussão d© sistema por unidade tratado neste Capítulo. Visto que, com o sistema por unidade, os termos da equação tornam-se adimensionados através da divisão das va riáveis e dos parâmetros por seus valores "base", é fácil perder de vista as dimensões que precisam necessariamente permanecer implícitas. Por exemplo, quando a freqüência ba se é tomada como freqüência nominal, a indutância por uni dade torna-se igual ã reatânciapor unidade. Em alguns tex tos, os símbolos de reatância (X) são usados onde, na ver dade, deveriam ser usados símbolos de indutância (L). Em todas as equações básicas anteriores, as cor rentes e tensões foram expressas como valores instantâneos. No caso das quantidades senoidais do estator, elas foram ex pressas em termos dos valores de pico de onda senoidal.Deve ser lembrado que, na escolha de quantidades base, uma vez que tensão, corrente e freqüência tenham sido escolhidas,as bases para variáveis restantes ou parâmetros de circuitos, tais como enlaces de fluxo, resistência, indutância, etc., são automaticamente estabelecidas pelas equações fundamen tais, como por exemplo: ^base 'base 03 ^base ebase 1base base 'base base base ^base 1base Outro ponto a ser lembrado ê que, na dedução de quantidades por unidade, as variáveis devem ser divididas por suas bases apropriadas. Por exemplo, se o valor da ten são é um valor de pico, ;para que- seja expresso em valor por unidade, ele deve ser dividido pela "tensão de pico base". Definiremos agora quantidades "base", como segue: ESTATOR (70) e , = valor pioo da tensão nominal de linha para neutro s Dase (volts) = valor de pioo de corrente de linha nominal (ampê-s base resj u) , = velocidade síncrona = 27rfn = 377 rad/s paramãqui- Dase nas de 60 Hz U Js base s base s base 1s base ^base (ohms) (henrys) ase s base Ls base "Ssase es base 0) , base (weber-espiras) Na definição de uma potência base ou volt-ampêre base, seguindo as práticas em análise de transformadores e de circuitos trifãsicos de sistema de potência, os volt-am- pêres trifásicos base são definidas como: onde 3(> VAbase - 3 Es base x 3s base E , ê a tensão eficaz da linha para o neutros base (71) E = e , , /=• voltss base s base//2 e I ê a base de corrente eficaz na fase *s base = is base//? am?êres Portanto, 3* V A ^ = 3/2 (es fcase) U s base> 6 VSbase = ^ 2 <es base» (is base» Usando as definições acima, façamos a conversão das equações básicas de Park (60) e (61) em equações por unida de. Daqui em diante, todas as quantidades com uma barra se rão entendidas como estando em valores por unidade. Tomemos a equação (59): ed d*d dt de dt ri (59) Dividindo-a toda por e i , definida por (70]s o ase dijr de n 's base dt (es base íes base^ dt ês base^ (76) Usando as equações (70) , onde eg base = ^ s A a s e Z , i , , e lembrando que a> = d0/dts base s base ^ torna-se: e onde es a equação base (76) e , = d dt (̂ ) ã s e base base 00 base - (̂ -- ) (— u )s base s base ed (<w } dt ( ^d J “ “ ( r )( id > (77) Em (77), as unidades t são segundos. Também ê co mum expressar-se a equação por unidade (77), em termos de u- ma unidade de tempo não-dimensional, cuja basee definida por: tbase 03 base 1_______ (rads./s) segundos = tempo em que a onda elétrica de 60Hz percorre 1 radiano. Portanto, tempo por unidade é: ^ a s e Substituindo ü), t base (78) em (77) : (78) ed = dt ( ) - ( i|> ) • u> - r (79) Todas as variáveis em (79) são em valor por unidade, com bases conforme definidas anteriormente. De modo semelhante, as outras equações podem ser expressas na forma por unidade como: e q dijj _ _ — + 4* j • w at d eo dij;yo dt r io (80) (81) Notemos que a) 0)ü),base pode também ser expressa como: ü) d6dt 1 Cl),base d9 dt ROTOR Os princípios básicos de transformação de equações â forma por unidade são os mesmos, tanto para as equações do rotor como para as equações do ciruito do estator. No caso das equações do estator, por causa da simetria, as quanti dades base para cada uma das 3 fases foram escolhidas iguais, e a idéia de ter uma base diferente para cada fase nunca sur giu. No caso dos circuitos do rotor, estes são circui tos acoplados desiguais e, portanto, a escolha da base para cada circuito deve ser feita seguindo-se as mesmas regras de senvolvidas para quantidades base nos enrolamentos de um transformador. Lembremo-nos de que a base volt-ampêre de en- rolamentos estáticos acoplados deve ser escolhida com o mes mo valor, para que o circuito equivalente por unidade tenha impedâncias mutuas que sejam recíprocas. Os enrolamentos de campo e os amortecedores no rotor são estáticos em relação um com o outro; e são acoplados, isto ê, todos os enrola mentos do rotor do eixo d (de campo e amortecedor) são aco plados uns com os outros. Da mesma forma, todos os circui tos amortecedores do eixo q são acoplados uns com os outros, embora não sejam acoplados aos circuitos do eixo d. Portan to, para assegurar reciprocidade entre circuitos do rotor, eles deveriam ter a mesma base volt-ampêre. Outra importante consideração, na escolha de quan tidades base nos circuitos do rotor, diz respeito aos efei tos de acoplamento com os enrolamentos do estator. Lembremo-nos das equações de enlaces de fluxo da armadura (49), (50) e (51), que reescreveremos abaixo in cluindo, para generalização, mais de um amortecedor em cada eixo (50) ib = -L i o o (51) Expressando estas , em forma por unidade: *s base Ls base 's base Ls base 1fd base *s base Lakd k̂d1 **kd-, base Ls base ----- *— ) (1— 1-----)kd-j base s base Lakd (i--------> ^ ------kdg base s baseL e, de maneira semelhante, para as equações (50) e (51) Notemos que ainda não formulamos as relações em (82). Definindo,tre i_, , , i, ,fd base kd (82) : 1 base kd 2 base -afd -afd 's base ̂ s base ̂ Vd base ‘akd. "akd. "s base M ̂ s base ^ kd-j base "akd. "akd. ('s base . "s base ' i , ’kd^ base Podemos reescrever (82) como ' Ldi d + La fd i fd + Lakd1i kd1 + Lakd2i kd2 + Através de desenvolvimentos análogos podemos colocar ( (51) em valores por unidade, na forma mostrada por (87) ' ■ V q + Lakq1’kq1 + Lakq2'kq2 * ••• *0 - - roTo onde _____ kakq^ 1kqi base Lakql Ls base ̂ ’ s base ^ e _____ kakq„ 7kq0 base W = r ~ <r-7— )2 s base s base en- em (83) (84) (85) (86) 30) e e (88) (87) (88) (89) Tomemos, agora, as equações de enlaces de fluxo do rotor (38), (39) e (40), novamente generalizadas para incluir a possibilidade de mais um circuito amortecedor. %d Lffd1fd + Lf kd-j1 kd] + '-fkd^kdg + * - 3/2 Lafd1d (38) ♦kd, Lfkd-j1fd + Lkkd]1kd1 + Lkd12\ d 2 - 3/2 Lakd]1 d (39) ♦kdj = Lfkd2’fd + Lkd211kd] + Lkkd21kd2 + .... - 3/2 Lakd21d (39A) \ ” Lkkq]1kq1 kq12 kq2 - 3/2 ^ k q ^ q (40) OOar = X z 1kq-, kkq2 kq2 - 3/2 Lakq21q (40A) onde Lr , L, , , L, . ... são as auto-indutancias do cam-ffd kkdl kkd2 po de eixo direto, circuito amortecedor 1 e circuito amor tecedor 2, respectivamente, e termos como ^^^2 denotam a indutância mútua entre os circuitos amortecedores 1 e 2. ESCOLHA DE kVA BASE DO ROTOR Na parte que se segue, vamos nos limitar à ilus tração dos métodos para desenvolvimento da forma por unida de das equações (38) e (39). Por analogia, todas as equações necessárias para as equações restantes serão óbvias. Dividindo os termos de (38) e (39) pelas quanti dades base apropriadas: •'fd -ffd 'fd ip Lfkd, 1kd, ^..base . ----------- L_ (_------ !-------- ) — !____ fd base ufd base 'fd, kfd base \d, base fd basebase I Lfkd„ 1kd kd.-----} ( J ^ a s e ) *"fd base \d£ base Vd base 3 afd , 'd w s base »9 I \ i ) V j )Lfd base s base Vd base (91) onde j;,ase Lfd base'*'fd base *kd Lj1 -fkd1 (t 'fd ( fd base ^k̂d-j base kkd.j base Vd base ̂kd-j base Lkkd, "'kd, 1 (? 1 -) + 'kd12 1kd0 1kd0base2 -) (r- 1----)Lkd, base 'kd, base Lkd,base 'kd„base ’kd,base'1 '1 V 3 akdl (t - 9- ) (l s base9 1 ' í ' ' ikd̂ base s base kd-j base (92) onde Kkd 1 base Lkd, , 1kd1 ,1 base 1 base A partir dos termos em (91), podemos definir indutâpcias por unidade, como segue: as ■afd = L ̂fd base^ fda fkd "fd base Lfkd, 1 = L ̂fd base^ fkd. ’ kd1 base -fkd. fd base,fd base b------ ) 'kd2 base "ffd -fd base -ffd A equação (91) pode agora ser escrita, na forma por como: f̂d Lffd nfd + Lfkd] 1kd] + Lfkd2 \d2 ' Lfda ’d De modo semelhante, a equação (92) pode ser escritai ma por unidade, como:^kd] Lkd]f Vd + Lkkd] 1kd] + Lkd12 \ d z " Lkd1a ''d onde "akd. â i 3 kdl base *s base 7kd, base (r- 1----- ) = Lkdi a -fkd1 1kd-| base kdl base (ifd base ’ = Lkd-jf "kkd1 = L, (94) (95) (96) unidade, (97) na for- (98) (99) (100) 'kd "kd-jbase base « r -1-------->kd^ base 'kd12 (102) (97) e (98) L Examinemos, primeiramente, os termos mútuos em Para que estes sejam recípro-fdk, kd^f cos, devemos igualar as equações (94) e (100), do que con cluímos : Lfd base(’fd base ) , LM) base base , Vd base'kd1 base ou f̂d base ^fd basê *"kd-j base k̂d-j basê (103) A equação (103) confirma simplesmente que, para se obter in- dutâncias mútuas recíprocas por unidade, entre quaisquer dos dois circuitos estáticos, os volt-ampères base, em ambos os circuitos, devem ser os mesmos. Isso é deduzido da equação (10 3) , multiplicando-se ambos os lados por ^ ase e usando a identidade: ubase Lbase "''base ebase. A seguir examinemos os termos mútuos entre os cir cuitos do rotor e da armadura e vice-versa nas equações (97) e (86) , ou nas equações (9 8) e (87) . Para que os termos mútuos sejam recíprocos em (97) e (86) : Lafd ~ Lfda ou seja, das definições de L&fd e Lfda em (83) e (93): 'afd 'afd 's base vi ̂ s base^ fd base 3 fd base vi ç fd base^ s base isto e; 2 2 2 Ls base ^ s base^ ~ 3 Lfd base ^ f d base^ (104) Pela multiplicação de ambos os lados da equação (104) por ü), , e usando a identidade w, L, i. = e,r base base base base base, temos: 2 ebase '"'s base efd base ^fd base (105) De (74) observamos que (105) é equivalente a es tabelecer, para que as indutâncias mútuas em valor por uni dade entre os circuitos do rotor e da armadura sejam recí procas, que a base volt-ampêre, nos circuitos do rotor, de ve ser igual aos volt-ampêres eficazes trifásicos base es colhidos para o estator. Uma dedução semelhante, usando as equações (98) e (87), irã fornecer a mesma conclusão em conexão com a exi gência de indutâncias mútuas recíprocas em p.u. entre qual quer outro circuito do rotor e armadura. ESCOLHA DA CORRENTE BASE DO ROTOR Tendo concluído que todos os circuitos do rotor deveriam ter sua base volt-cunpêre igual aos volt-ampêres tri- fãsicos base escolhidos para o estator, a prõxima decisão diz respeito â escolha de uma tensão ou corrente base paraoscir cuitos do rotor. Nesta escolha somos levados pelo desejo de desen volver, tão simplesmente quanto possível, um circuito equi valente de maneira o mais semelhante possível ao que ê fei to no caso de transformadores onde, pela escolha apropriada das bases de tensão para os enrolamentos, os circuitos equi valentes podem ser deduzidos sem necessidade de interposi- ção de transformadores ideais. Com referência a (49) e (50) , as auto-indutâncias da armadura e dos enrolamentos de eixos d e q podem ser subdivididas em um componente de dispersão correspondente aos enlaces de fluxo de dispersão que não enlaçam o rotor, e um componente mutuo correspondente aos enlaces de fluxo que en laçam o rotor, ou seja: Ld = £d + Lad (106) L = q J£q + Laq (107) Devemos notar que as indutâncias de dispersão nos eixos d e q são em geral consideradas iguais e designadas . Esta a- proximação é, geralmente, justificada, especialmente no ca so de máquinas de rotor cilíndrico (ou de pólos lisos). Agora, de modo semelhante aos desenvolvimentos de circuitos equivalentes nos transformadores, podemos evitar a interposição de transformadores ideais entre os enrolamentos no circuito equivalente, tomando as bases de maneira tal que todas as reatâncias mútuas por unidade, entre os enro lamentos, sejam iguais. Com referência â (86), (87) e (89), vamos impor a condição de que: Lad = Lafd = Lakd1 " Lakd2 (108) 'aq = Lakq-. = Lakq.<1 “*"«2 De (108) e usando (83) L. "ad "ad 's base = Lafd akd. = Lakd. (84) e (85) : Lafd 's base s base fd base-) "akd1 's base ̂s base ̂ 1kdj base ^akd0 s base ̂ kd2 base (109) Da equação (110) deduzimos as relações entre as bases de cor rente para os vários circuitos no eixo d. ifd base (■dd ) i, base Lafd s kd-jbase / - \ i 'i ' 's baseakd1 (tâí<L) i'* ' 'fd base"akd1 íkd„base ÍT^-) * Lakd_ s base ( afd \ i lLakd2 fd base bakd^ ' w ,1 X base (111) De maneira semelhante, para o eixo q: 'kqi base " X X <s base - (■~aqkq2 base - 'L > Ç base ‘ 'l~ ' 'kq, base akcji ■ (l--- l) i, (112) Completamos, agora, a dedução das constantes por unidade pa ra vim sistema de representação de máquinas síncronas,conhe cido como o sistema recíproco por unidade. As diversas equações serão aqui repetidas para uma referência mais rápida. RESUMO - EQUAÇÕES POR UNIDADE Enlaces de fluxo do estator (113) (Lü + Lad^ ''d + Lad nfd + Lad 1kd] + Lad \ d ? + *** + Laq^ nq + Laq \ q ^ + Laq \ q 2 % = - roTo Notemos que e L + Lad = L LZ + Laq Enlaces de fluxo do rotor (114) ^ d = " Lad ’d + Lffd Vd + Lfkd] 1kd] + Lfkd2 \ d 2 k̂d-j = " Lad ’d + '-fkd^fd + Lkkd] \ d } + Lkd12 \ d 2 ’í>Kd2 = " Lad U + Lfkd21fd + Lkd]2 1kd] + Lkkd2 1kd2 k̂q̂ " “ Laq 1q + Lkkq1\q1+ Laq 1 kq£ ^kq2 ” " Laq *q + Laq ikq1 + Lkkq2 \q2 Notemos que as diversas auto-indutâncias em valor por uni dade podem ser subdivididas em um componente de dispersão e um componente mutuo com o estator que, pela escolha do sis tema por unidade, ê L , no eixo d e L no eixo q, ou seja: ̂ ad aq Lffd Lad + Lfd k̂kd-j *"ad + k̂d-j *"kkd2 ^ad + ^ 2 Lkkq1 = Laq + Lkq] Lkkq2 ~ Laq + ^kq2 Devemos notar que os componentes de dispersão en tre os circuitos do rotor seriam como segue: Indutância de dispersão entre o amortecedor kd^ e campo Lkkd1 “ Lfkdi Indutância de dispersão entre o amortecedor d^ e amortecedor d^ = Lkkd, - Lkd 12 Enquanto que, para serem perfeitamente generali zadas, as indutância mútuas por unidade entre os circuitos do rotor devem ser diferentes da indutância mútua por uni dade entre os circuitos do rotor e da armadura (L^) / faz-se usualmente a aproximação’ = L 12 ad Tensões do estator ed = eo = L - *q » - rid dt ri— \b + Ü)i W - . .n dt q d q — ijT" - r i” dt 0 ° (115) Tensões do rotor 'fd 0 0 0 0 £ *fd + rfd !fd (116) dY k̂d-j+ rkkd] 1kd1 + rkd]2 \d2 — ipi-. ri.j ii.j + r,.,. i dt kd2 + kd12 kdl kk2 kd2 TI Kn +r dt + r,kcj-j kkq^ kq*j ^ 1 2 ^^2 dt ^kcl2 + r,cq12 1|cql + r,ckq 1|<q2 Notemos que, nas equações do rotor acima, os termos r. ________ _ _ kd12' r, são, então, resistências mútuas por unidade entre os kq12 circuitos amortecedores. Potência e conjugado (117) A equação (65) , expressa em valores por unidade na base de potência trifãsica (74), torna-se: p = e .T. + e T + 2 e T d d q q 0 0 De modo semelhante, a equação do conjugado por u nidade é: T = T \b , - T.úqyd d rq Quantidades base por unidade (118) Em todas as equações por unidade acima, as quan tidades base são as seguintes: e s base valor de pico da tensão nominal da linha para 0 neutro no estator is base valor de pi 00 da corrente nominal na linha Es base - tensão eficaz nominal da linha para 0 neutro no es- takac = es base 7 75 Is base - corrente eficaz nominal na linha = i , / /Is base 30 ase = 4 (es base s base ) = 3(E Js base 's base ‘s base Es base "s base s base s base (Lad> fd base ~ (Lafd> ■ -LS base ,Laa» - iskd base ~ (Lakd1) base (L )ag kq base (L , ) akqx is base 30 VA base _ 3 fd base ~ xfd base 2 ad /2 Js base (̂ f d _ ) ad fd base 'fd base 'fd base (30 VA) base , 2(Ifd base 'fd base 'fd base wbase Z. , base = kd (30 VA) base c \2^ k d baseJ kd base Jkd base 0) base 'base a) , 377base segundos para sistemas de 60 Hz Notemos que, expressas neste sistema de unidades, as indutâncias por unidade têm o mesmo valor que as rea- tâncias por unidade X^. CIRCUITOS EQUIVALENTES Embora o comportamento de máquinas síncronas pos sa ser analisado diretamente de uma solução das equações de conforme resumido nas equações (113) a (118), é mais útil visualizar o significado destas equações, exprimindo-as na forma de circuitosequivalentes. O velho adágio "uma gravu ra vale mais que mil palavras" poderia ser bem errpregado neste contexto, como "um circuito equivalente vale mais que uma dú zia de equações" (*). para incluir um circuito amortecedor em çada eixo. A técni ca básica pode ser aplicada de modo semelhante,para incluir mais circuitos amortecedores quando necessário. com as equações de tensão do rotor (116), estão representa das, convenientemente, em termos dos circuitos equivalentes dos eixos d e q da Figura. 10. desempenho, relacionando fluxos, tensões e correntes Neste desenvolvimento limitaremos a representação O conjunto de equações (113) e (114), juntamentê CIRCUITO EQUIVALENTE PARA 0 EIXO d U CIRCUITO EQUIVALENTE PARA 0 EIXO q Fig. 10 (*) A partir desta seção, todas as variáveis e parâmetros da máquina serão usados na forma por unidade; a barra acima da variável, para designar valor em p.u. será omitida. Notemos que os circuitos equivalentes acima modelam as e- quações dos enlaces de fluxo da armadura e as relações de correntes, tensão e enlaces de fluxo do rotor expressas em termos de componentes d e q. Estes circuitos não resolvem as equações de tensão da armadura (115) mas, simplesmente, es tabelecem a relação entre os enlaces de fluxo da armadura ty, e tf; , correntes da armadura i , e i e outros enlaces de Td q d q fluxo, correntes e tensões do rotor da máquina. O termo no circuito equivalente da Fi gura 10 é, geralmente, pequeno e freqüentemente desprezado, o que equivale a fazer a estimativa de que = La<j* Nes~ te caso, o circuito equivalente do eixo d torna-se como o da Figura 11. onde e LL Lf ” Lffd " Lad Lkd = Lkkd ” Lad (119) (120) O comportamento da máquina, sob uma variedade de situações transtõrias e de regime permanente, pode ser de duzido da solução das equações representadas por estes cir cuitos, juntamente com fis equações adicionais necessárias representando a armadura e o sistema conectado. Desenvolve remos, primeiramente, as equações que descrevem a operação da máquina em regime permanente. CAPITULO 5 COMPORTAMENTO DAS MÁQUINAS SÍNCRONAS -O PER A Ç Ã O EM REGIME PERMANENTE SATURAÇÃO DESPREZADA O familiar diagrama vetorial de regime permanente da maquina, para operação em uma dada carga de regime per manente, será agora deduzido desprezando-se a saturação. Faz-se referência ao circuito equivalente da Fi gura 11 e às equações de tensão por unidade do estator (115) . Consideremos o caso de uma máquina que opera como um gerador fornecendo potência a uma barra infinita em seus terminais. Sejam as tensões de fase da máquina em valores por unidade: e = e cos (w t)d = e cos (u> t - e = e cos (ca t + c ° Seja também a corrente de fase por unidade, está sendo suprida pelo gerador: (121) que i = 1 COS (<1> t - 0)d ib = 1 COS (u t - ^ - 0) (122) ic = Í COS (ü) t + ^1 - 0) Aplicando as transformações d, q, o de (32) em (121): ed = -| £eacos0 + e^cos (6- ̂ ) + eccos(0+ -4^-)J e | jje^senS + e ^ s e n O —^ - ) + e c s e n (0 +-4^-)J (123) ^ e + e, + e o 3 I a b cj onde 0 = wt - 0 é o ângulo entre o eixo d e o centro da o fase "a". Visto estarmos examinando uma operação de regime permanente, a velocidade por unidade do rotor, w, ê a mesma da freqüência w das ondas de corrente e tensão. Substituindo (121) em (123): e, = e cos 0 d o (124) e = e sen 0 q o De modo semelhante para as correntes (122): id = i cos (0 - 0) iq = i sen (0Q - (?) (125) As equações (124) e (125) mostram que, para operação de re gime permanente equilibrada, ed , e^, id e i são quantidades constantes (CC). Com isto em mente, olhemos as equações de enlaces de fluxo e de tensão. As equações de tensão do estator (115), sob con dições de regime permanente, tomam-se: e = +1Í)A - ri eq vd q Visto que, para condições equilibradas de regime permanente: ~ffF e ^q) = 0 e w = lí0 Observando as equações de tensão do rotor (116) e visualizando-as a partir do circuito equivalente da Figura 11, para condições de regime permanente, podemos fazer to das as taxas de variação dos enlaces de fluxo iguais a zero, de onde: efd ' ’fd rfd 1kd ' 0 *kq ' ° (127) Também as equações de enlaces de fluxo, para estas condições, tomam-se: *"ad Vd " *"d d̂ ♦q ' -Lq 1q ♦fd * Lffd 'fd ' Lad ’d *kd * Lad <1fd - *d> (128) Das equações (127), ifd ção (128), fornece: que, quando usada na equa- (129) (130) Lembrando que as equações (129) e (130) represen tam enlaces de fluxo em eixos ortogonais, podemos desenhar estas equações como vetores, conforme é mostrado na Figura 12. Embora todas as quantidades nas equações acima se jam es calares, elas podem ser expressas, simbolicamente, como ve tores onde todas as quantidades do eixo q estejam 90° adian te das quantidades do eixo d. Uma escolha de relações veto- riais seria ter o eixo d como eixo real e o eixo q como eixo imaginário. Devemos lembrar que estes eixos giram no espaço â velocidade elétrica do rotor e, neste sentido, estão con- ceitualmente relacionadas ao fasor que representa uma quan tidade CA, a qual gira em velocidade síncrona. A Figura 12 define as tensões e correntes em forma vetorial. 11 m e ° A €q = jeq A A ‘ d * « d ed = «d Fig. 12 Escrevendo-se o sinal " para denotar uma quantidade veto- rial, podemos estabelecer: A * d = 1 d A ^ d A = * d e d = e d A A ( 1 3 1 ) 1q = j Í q * q B j * q 6 q = j e q A partir das <equações ( 1 2 1 ) e ( 1 2 4 ) : A e = e d + j 6 q = e cos 9q + je sin 9Q ( 1 3 2 ) Notemos-que a equação ( 1 3 2 ) foi deduzida de uma definição de e^ = e cos (ü)t) e 0 = (u)t-0 ) , (0 é o ângulo pelo qual oei- xo d está adiantado do centro da fase "a") . Em t = 0, o ei xo d está atrasado da fase "a" de 0q . Portanto, podemos ver que exprimir "e " no plano dos eixos d-q equivale a alinhar a o vetor "e " com e conforme dado pela equação (132) da qual a se nota que ea está adiantado do eixo d de 0Q . Na dedução do diagrama vetorial, são necessárias relações geométricas para localizar os eixos d e q, dadas a tensão e a corrente do terminal da máquina. Isto será feito pelas seguintes re lações de vetor, também descritas no diagrama da Figura 13. Por definição, o eixô d é o eixo real e o eixo q ê o eixo imaginário. Tomemos as equações (129) e (130) expressas na forma vetorial: 'fd (133) 4V = -J L q ’ q (134) Substituindo as equações (133) e (134) em (126) e exprimindo-as em forma vetorial (embora w = 1,0, e o s L e X sejam iguais, as dimensões de X estão implícitas nas equa- ções de tensão): x q "*q • r i d (135) en = j efd ' J ^ - J rifd d 'd J efd ̂~ ̂Xf1 1h ” ̂ ^ “ j rlfd q 'd J Vrtd q; 'd [136) Combinando (135) e (136): A A ed + eq ' ed + 3 eq * 3 Vo <5^> - JXq (1d+Jfq> - 3 « W ''d - r (id+Õiq) Transpondo a equação (137) : Xad ed + j 6q + ^1 d+^1 q ̂ r+ ̂Xq} = j efd " j J E q O lado esquerdo da equação (138) forma um vetor ao longo do eixo q, como está evidente pelo fato de que todos os termos do lado direito são imaginários, portanto no eixo q. A ten são fictícia E é obtida somando-se ã tensão terminal ê, um aumento de tensão devido a corrente da armadura i através da impedância (r + j X^). 0 ângulo de fase de relativo a "e" localiza o ângulo do eixo q relativo ao ângulo da tensão ter minal na fase "a". Notemos que a tensão E é usada somente qpara determinar o ângulo do eixo q, e não tem nenhum outro significado físico. A tensão de campo, ou melhor, corrente de campo: (137) < v y U (138) efd «r4) - ifd fd ad pode ser facilmente determinada da equação (138). O procedimento para determinar as relações de re gime permanente, partindo das condições de tensão e de cor rente nos terminais (Figura 13) é: 1. Tomemos como referência a tensão nos terminais ê = e. Partindo do conhecimento da carga, determinemos a corrente i em amplitude e fase relativa a ê (i=|i |/8 ). \ Fig. 13 2. Façamos a soma vetorial: Êq = e + i (r+j Xq) = |Eq|/i Notemos que ô ângulo 6 é conhecidocomo o ângulo de potência interno da máquina. Esta variável terá maior significado quando for discutido o assunto de estabilidade. A direção do eixo q é determinada pela direção Ê^. 3. Os componentes d e q de tensão e corrente podem ser, ~ A Aagora, determinados pela decomposição de e e 1 nos eixos d e q: e^ = e sen 6 e = e COS 6 q Ad = i sen (6 - 0) i = i COS (6 - 0) q 4. A FMM interna do campo e ^ — ---- ou é de- f d _ terminada a partir de qualquer das seguintes equações que são equivalentes, conforme vemòs no diagrama vetorial da Fi gura 13. i., X . = E + (X.-X ) i. fd ad q d q d = e + ri + X, i . q q d d (139) Devemos notar, que a saturação não foi, acima,levada em con sideração. Também devemos compreender que a expressão rfd somente ê igual a i ^ Xa(j em regime permanente. OPERAÇÃO EM CIRCUITO ABERTO A operação em circuito aberto de regime permanen te é analisada, tendo-se i^ = 0 , e i^ = 0 nas equações aci ma. Quando isso é feito, observamos que: e q Eq -fd ad = e (140) e e, = 0. d Em todas as deduções acima notamos que a quanti dade significativa no campo é Xa<j i ^ que, em valor por uni dade, tem uma magnitude comparável à magnitude da tensão. No caso da operação em circuito aberto de regime permanente, Xad fd eq e . Portanto, em vez de falarmos sobre a corrente de campo em ê costumeiro e conveniente falar sobre Xad 1fd em p ’u * Da dedução das quantidades por unidade,observamos que, para se obter um circuito equivalente com indutâncias mútuas recíprocas, a base volt-ampêre no campo tem que ser igual â base volt-ampêre trifãsica do estator. Visto que,na operação real, os volt-ampires de campo são da ordem de 0,5% dos volt-ampêres do estator, o valor de e ^ por unidade,pa ra condições típicas de operação, acabariam sendo um número da ordem de 0,005 p.u. Por esta razão, outro conjunto de quantidades por unidade é geralmente usado na analise de operação de maqui na. Ainda preservando as relações do sistema por unidade com indutâncias mútuas recíprocas, definiremos uma variável a- dicional como: e t = X . i_, I ad fd (141) que é uma variável proporcional â corrente de campo i ^ , de modo que, quando i ^ = 1 / X ^ p.u., E^ .= 1/0 p.u. Novamen te, em circuito aberto, desprezando a saturação, quando E =1,0, ou (tensão por unidade) = 1,0. O ponto a lembrar é que E^ ê proporcional â corrente ou FMM de campo e não â tensão de campo. A tensão de campo é somente proporcional â corrente de cam po, no regime permanente, ou seja: e ,'fd ■fd no regime permanente (142)'fd Quando a tensão de campo ê objetivada, a equação (141) pode ser expressa usando-se a equação (142), como: (143)adfd fd 'fd Temos, agora, uma nova variável proporcional ã tensão de campo E^. Observemos que, em regime permanente: E., = E-r = X , i-, = X , — fd I ad fd ad r ^ e todas estas quantidades são iguais a 1,0 p.u., quando ea ou = 1,0. Notemos também que, quando = 1,0, é da ordem de 0,005. EFEITO DA SATURAÇÃO As relações de circuito aberto, que acabaram de ser deduzidas, são mostradas na Figura 14. c _ Xqd E,d" Tfã e,<l Fig. 14 Essa figura mostra a relação em linha reta "não sa turada" entre a tensão da armadura E em p.u. e a excitação de campo em p.u. E^ = X ^ i ^ , ou tensão de campo era p.u. (E^ por unidade recentemente definida) . Os efeitos da saturação são indicados na Figura 14, mostrando que a excitação real é maior que a mostrada pela linha reta, também conhecida como a linha do entreferro■ A quantidade de excitação "S", em excesso àquela mostrada pe la linha do entreferro, necessária devido à saturação,ê uma função do nível de fluxo nas partes saturãveis da maquina. A curva de saturação do circuito aberto ê geral mente fornecida como parte dos dados em parâmetros de máqui na. Para prevermos os efeitos da saturação sob condições de carga, seria necessário uma grande quantidade de informação sobre a distribuição de fluxo nas várias partes do ferro. En tretanto, as aproximações são feitas e a curva de saturação em circuito aberto é geralmente usada nestas aproximações. As aproximações envolvem a determinação do nível de fluxo interno correto da máquina que, quando usado com as carac terísticas de saturação em circuito aberto, dá a quantidade certa do efèito da saturação sob condições de carga. Certo numero de métodos que levam em conta a sa turação foram apresentados no passado. Alguns desses estão bem descritos nas referências 2 e 3 da Bibliografia (Capí tulo 5) . Descreveremos aqui métodos que estão sendo usados atualmente em representações de máquinas síncronas em com putador. Para o caso de máquinas de rotor cilíndrico, o mé todo usado é semelhante ao descrito na referência 4. SATURAÇÃO EM MÃQUINAS DE ROTOR CILÍNDRICO E feita a hipótese de que a relutância da traje tória magnética é quase homogênea em volta da periferia do rotor (L - = L ) e que o efeito da saturação pode, portan- ao. aq to, ser representado por variações percentuais iguais, na indutância do entreferro L , e L . Nesta técnica, as üni-ad aq cas indutâncias que se saturam são estas indutâncias mútuas estator-rotor L . e Lad aq Uma consideração mais rigorosa da saturação deve ria reconhecer que algumas das indutâncias de dispersão de campo também se saturam. Enquanto estes refinamentos não a- fetam a solução de regime permanente, e que serão tratados na discussão de representações computacionais da máquina, apresentaremos o método que pode ser caracterizado como téc nica do "fator de saturação". Com referência ã Figura 14 e ao circuito equiva lente da Figura 11, a relação linear na linha do entreferro da curva de saturação do circuito aberto é entre Ea = i[>a^ e X ^ i ^ e / pela escolha do sistema por unidade, esta rela ção linear tem uma inclinação de 1,0. Em todo ponto onde a curva de saturação se desvia da linha do entreferro,confor me ê mostrado na Figura 15, a inclinação Xa{j i ^ / E a é maior que 1,0. Seja esta inclinação, chamada "k", o fator de sa turação. A Figura 15 mostra também este fator de saturação, traçado como função da tensão, do entreferro. O procedimento consiste em determinar, a partir da tensãô do terminal e condições da corrente, a tensão do en treferro em p.u., ou fluxo ^a(j. A seguir, é determinado o fator saturação "k", correspondendo a esse nível de fluxo que que se lê na Figura 15. Os valores de Xa(j e X são ajusta dos para valores saturàdos, dividindo-se os mesmos pelo va lor "k". Especifioamente, a ordem seria esta: 1. Encontre o fluxo do entreferro, partindo da tensão terminal e da carga. A / \ A A A ' + = e + (1) (r + j Xü)^ad yaq 2. Determine k em f(j^_|) 3. Ajuste valores de e X , conforme segue; X H - Xad = (Xd - X*> ads ~ r — k— aqe ísa , <xq - V 4. Prossiga com o método normal de construção do dia grama vetorial, conforme descrito na Figura 13, u- sando as constantes ajustadas, como: XH " X0 x„ - h 5. Obtenha E , o valor de excitação baseado no diagra- ±sma vetorial com valores de reatância saturados. 6 . A corrente de campo real é, então, k Én SATURAÇÃO EM MÃQUINAS DE POLOS'SALIENTES Em maquinas de pólos salientes, por causa do en tre ferro muito maior no eixo q, o fluxo neste eixo raramen te experimentara saturação. Portanto, no caso de maquinas de pólos salientes, a saturação é úma função do fluxo no eixo d, em vez do fluxo total, como no caso das maquinas de rotor cilín drico. Visto que a saturação não ocorre no eixo q, serã e vidente, da construção do diagrama vetorial da Figura 13,que o ângulo de potência <5 da maquina não serã afetado pela sa turação, no caso da maquina de põlos salientes, enquanto notamos que a saturação, através de seus efeitos em e X^, no caso da maquina de rotor cilíndrico, afeta de fato o ângulo de potência ô. Estes efei tos serão discutidos mais tarde sob o assunto "estabilidade”. 0 procedimento para determinar a corrente de cam po sob condições de carga em regime permanente para maquinas de põlos salientes ê:
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