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CENTRO PAULA SOUZA ETEC PROFESSOR EDSON GALVÃO CURSO TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA INTEGRADO AO MÉDIO MÉDIO GABRIEL GALDINO PERETTI GIOVANA DE DEUS CARRIEL SUINOCULTURA: EFEITO DA TECNOLOGIA DE PRODUÇÃO NO ÍNDICE DE CONVERSÃO ALIMENTAR DE SUÍNOS EM TERMINAÇÃO. Itapetininga, SP 2018 GABRIEL GALDINO PERETTI GIOVANA DE DEUS CARRIEL SUINOCULTURA: EFEITO DA TECNOLOGIA DE PRODUÇÃO NO ÍNDICE DE CONVERSÃO ALIMENTAR DE SUÍNOS EM TERMINAÇÃO. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Escola Técnica Professor Edson Galvão do curso Técnico ETIM em Agropecuária, como requisito parcial para obtenção do título em Técnico, sob a orientação do(a) Professor(a) Maria Clara Ferrari Professora da disciplina Esp. Maria Clara Ferrari Itapetininga, SP 2018 GABRIEL GALDINO PERETTI GIOVANA DE DEUS CARRIEL SUINOCULTURA E SEUS EQUIPAMENTOS: EFEITO DA TECNOLOGIA DE PRODUÇÃO NO ÍNDICE DE CONVERSÃO ALIMENTAR DE SUÍNOS EM TERMINAÇÃO. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à banca examinadora da Escola Técnica Professor Edson Galvão para obtenção de grau de Técnico em Agropecuária em 12/12/2018. Itapetininga, 12 de dezembro de 2018. ___________________________________________ Professora orientadora Esp. Maria Clara Ferrari ___________________________________________ Professor(a) examinador(a) _____________________________________________ Professora da disciplina Esp. Maria Clara Ferrari Esse trabalho é dedicado à Deus, que nos deu sabedoria para escrever cada página e iluminou os caminhos para superar as adversidades. AGRADECIMENTOS Primeiramente а Deus, agradecemos os momentos em que vivemos esses anos não somente durante o período escolar, mas em todos os momentos de nossas vidas sendo “Deus “ o maior mestre que se pode conhecer. Ao Centro Paula Souza, a ETEC Prof. Edson Galvão, a todo o seu corpo docente, direção е administração que nos apoiaram em nosso percurso para que pudéssemos concluir com sucesso mais essa etapas de nossas vidas. Aos nossos pais, por sempre estarem ao nosso lado, seja nas horas ruins ou nas boas, e por sempre nos apoiarem. Também agradecemos a nossa Professora Orientadora Maria Clara Ferrari pelo suporte qυе lhe coube, pelas suas correções е incentivos. “O único lugar aonde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário. ” (ALBERT EINSTEIN) RESUMO O Brasil ocupa o 4º lugar no ranking mundial de produção e exportação de suínos, a produção suinícola atual convive com o aumento nos custos da mão de obra, instalações e energia, custos ambientais e, ao mesmo tempo, com uma decrescente queda de preços para os animais em condição de peso vivo ou da carne. O presente trabalho teve por objetivo comparar o método tradicional de distribuição de ração com o uso de comedouro semiautomático em uma granja de suínos localizado no município de Itapetininga, foram realizadas medições quinzenalmente de pesos entre as duas baias e perante os dados obtidos pode-se concluir que a baia na qual se dispunha do comedouro semiautomático obteve índices de peso médio mais alto e conversão alimentar menores se mostrando assim mais viável e eficiente do que o método tradicional. Palavras-chave: Suínos. Cocho semiautomático. Alimentação. Conversão Alimentar LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1: Cocho Tradicional. .................................................................................... 13 Figura 2: Comedouro Semiautomático do tipo cone. ................................................ 15 Figura 3: Balança de varão. ..................................................................................... 17 Figura 4: Peso utilizado na balança de varão. .......................................................... 17 Figura 5: Croqui da granja de suínos ....................................................................... 19 Figura 6: Cocho Semiautomático com sistema de umedecimento para a ração....... 20 Gráfico 7: Comparação do Peso Médio entre o lote 1 e o lote 2. ............................. 21 Gráfico 8: Comparação da conversão alimentar entre os dois lotes. ........................ 22 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 9 2 OBJETIVOS ......................................................................................................... 10 2.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................................ 10 2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO ................................................................................... 10 3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................. 11 3.1 SUÍNOCULTURA NO BRASIL E NO MUNDO ................................................... 11 3.1.1 Crescimento e Terminção em Suinos....... ................................................... 11 4.2 TIPOS DE EQUIPAMENTOS PARA ALIMENTAÇÃO DE SUÍNOS.................... 12 4.2.1 Comedouro Semiautomático ........................................................................ 14 4 MATERIAL E MÉTODOS ..................................................................................... 16 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................ 19 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 23 REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 24 9 1 INTRODUÇÃO O Brasil ocupa o 4º lugar no ranking mundial de produção e exportação de suínos, a produção suinícola atual tem que conviver com o aumento nos custos da mão de obra, instalações e energia, custos ambientais e, ao mesmo tempo, com uma decrescente queda de preços para os animais em condição de peso vivo ou da carne. O ajuste da quantidade em que a ração é disponibilizada no cocho semiautomático desempenha um papel importante para a melhoria da conversão alimentar, e também diminuindo o desperdício. Há uma preocupação quando se ajusta o cocho para liberar pouca ração em que pode resultar em queda no ganho de peso diário. A melhoria dos resultados técnicos é requisito para controlar os custos de produção e aumentar a lucratividade. Visto que 70 a 80% do custo de produção de suínos são provenientes da ração e por isso deve atingir ótima conversão alimentar, ter pouco desperdício e promover um adequado ganho de peso essas são metas compartilhadas por todos. O interesse pelo tema surgiu durante as aulas práticas do curso na área da suinocultura e seus respectivos manejos de alimentação e suas consequências na produção final. Observando o desperdício durante manejo alimentar dos animais do setor surge o interesse de comparar o cocho tradicional e a eficiência do cocho semiautomático. 10 2 OBJETIVOS 2.1 OBJETIVO GERAL Comparar o método tradicional de distribuição de ração com o uso de comedouro semiautomático em uma granja de suínos localizado no município de Itapetininga-Sp.2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO • Estudar o ciclo produtivo da criação de suínos (crescimento e terminação) nos aspectos nutricionais e sanitários; • Identificar os tipos de comedouros existentes no mercado e o seu funcionamento; • Verificar as vantagens e desvantagens do uso do comedouro semiautomátizado. 11 3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 3.1 SUÍNOCULTURA NO BRASIL E NO MUNDO O continente Asiático é onde mais se produz carne suína no mundo: 61,64 milhões de toneladas, ou seja, 55,16 % do total mundial. Houve um crescimento de 4,4% nos anos de 1995 a 2012 sobre os planteis mundiais de suínos passando de 900 para 940 milhões de cabeças (ROPPA, 2014 apud PICCOLLI, 2015). O Brasil ocupa a quarta posição no ranking mundial de produção suinícola no mundo, seguido pelos Estados Unidos, União Europeia e China como a maior produtora mundial chegando a 53.400 mil toneladas. No ano de 2017 a produção brasileira atingiu 3,75 toneladas de carne suína sendo o porto de Itajaí, Santa Catarina responsável por 5,68% desta produção (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PROTEÍNA ANIMAL, 2013 apud PICCOLLI, 2015). 3.1.1 Crescimento e Terminação em Suínos De acordo com Amaral; et al (2006) o ciclo de produção de suínos é dividido em três fases creche, crescimento e terminação, sendo classificadas dessa maneira: ➢ Creche (desmame) representa um período crítico para os leitões, pois eles deixam a companhia da mãe e de receber leite materno, passando a se alimentar exclusivamente de ração, são transferidos para um novo ambiente e, geralmente, são reagrupados formando um novo grupo social. Esse período dura entorno de 45 dias, quando o animal já passa para a fase de crescimento, com aproximadamente 20 kg. ➢ Crescimento e terminação são basicamente iguais, a mudança ocorre na composição da ração, a fase do crescimento dura até 105 dias de idade e a terminação tem o início a partir daí até 126 dias. Então o animal vai para o abate com o peso variante de 75 a 95 kg (AMARAL et al, 2006). Segundo Manzke; Costa; Lima (2012) o sucesso da produção de suínos nas fases de crescimento e terminação se resume basicamente em três fatores: redução 12 da conversão alimentar1, produção de carcaças de alta qualidade com alta deposição de carne e redução da mortalidade dos animais. 4.1.2 Fatores que interferem na Conversão Alimentar Rodrigues (2016) afirma que a conversão alimentar serve como alerta para tomada de decisões, e a melhoria da conversão ocorre pela combinação de vários fatores relacionados às formulações, à dieta, instalações, sexo, genética, status sanitário e manejo. A maioria dos produtores de suínos brasileiros utiliza dietas fareladas e um ajuste simples que pode representar consideráveis ganhos produtivos aos animais é a redução do tamanho de partícula das dietas (RODRIGUES, 2016). Isso acontece devido ao fato de que menores partículas facilitam a ação das enzimas digestivas do animal, disponibilizando melhor os nutrientes. Estima-se que uma redução de 200 micrometros (µm) no tamanho de partícula pode representar uma melhoria de 2,5% na conversão alimentar (RODRIGUES, 2016) Existe uma relação inversamente proporcional entre o espaço por animal e a conversão alimentar e que segundo estudos relata que um aumento de 0,4 m² por animal em uma baia de crescimento ou terminação pode representar uma redução aproximada de 3% na conversão alimentar do lote.( RODRIGUES, 2016). Segundo Goodband (2009), o tipo de comedouro pode influenciar significamente o ganho de peso diário, e ajustes no comedouro afetam tanto a eficiência nutricional quanto a taxa de crescimento dos suínos. 4.2 TIPOS DE EQUIPAMENTOS PARA ALIMENTAÇÃO DE SUÍNOS No início da década de 2000, a produção tecnificada de suínos passou a adotar comedouros semiautomáticos, que são comedouros que apresentam um silo de armazenamento acoplado que deve ser abastecido com menor frequência do que os comedouros manuais, que não apresentam este reservatório. Ao substituir os antigos 1 Conversão alimentar: refere-se ao quanto de alimento é ingerido para que o animal ganhe um quilo de peso vivo. Quanto menos ele come para engordar um quilo, ou seja, quanto menor a conversão, é melhor para o sistema. Uma conversão alta significa que ele comeu mais do que o necessário para engordar os mesmos um quilo. 13 comedouros do tipo manual (FIGURA 1) os tratadores deixaram de entrar frequentemente nas salas para repetir o arraçoamento, já que os novos modelos apresentavam maior capacidade para estoque de ração. Com isso, os animais perderam o estímulo frequente para busca do alimento e, consequentemente, os problemas de redução de consumo passaram a ser mais comuns (MORGONNI, 2014). Figura 1: Cocho Tradicional. Fonte: (ARQUIVO PESSOAL, 2018). Gonçalves (2013) afirma que mais de 89,2 toneladas em ração, passam por um comedouro automático ou semi durante sua vida útil, assim fica clara a importância de um comedouro de qualidade, e que segundo ele o material com que a panela, compartimento de reserva e outras peças dos comedouros devem ser de aço inoxidável, para aumentar a vida útil e confiabilidade dos mesmos. Segundo o mesmo autor pesquisas sugerem que o desperdício de ração pode ser de 2 a 11%, de acordo com o desenho do comedouro automático, e, quanto menor for o desperdício de ração, maior será o retorno financeiro do comedouro automático ou semi. 14 Os avanços tecnológicos neste setor possibilitaram a redução no tempo/espaço necessário para a produção gerando, com isto, um aumento na quantidade de carne produzida. Dentre as inovações neste setor os comedouros ganharam grande destaque devido à importância que os mesmos possuem para o desempenho e redução de custos da produção (PICCOLLI, 2015, p. 6). A eficiência alimentar e a qualidade de carcaça estão associados também ao modo como a ração é distribuída aos animais, fatores como o desperdício de ração não podem ser desprezados, visto que ocorrem com frequência em muitos sistemas de produção, além disso, o desperdício aumenta o custo da produção e mascara a estimativa do consumo real de alimento, além de aumentar o volume de dejetos produzidos, para minimizar esse desperdício identifica-se a importância dos comedouros semiautomáticos (MANZKE; COSTA; LIMA, 2012). 4.2.1 Comedouro Semiautomático Os comedouros tipo cones (FIGURA 2) são muito utilizados e permitem a disponibilidade constante de alimento contido no interior do cone, e o volume de ração a ser disponibilizado é regulado pela à altura do vão entre o cone e a base. (TABACHINI, 2013). Segundo Bellaver; Garcez (2000) foi verificado que a altura e largura da aba de proteção dos comedouros semiautomáticos convencionais são importantes para evitar as perdas de ração. O espaço lateral por boca de 33 cm baseia-se na largura do animal na região das cruzes (entre as paletas) mais 10% necessário para movimentação e variabilidade de tamanhos entre suínos. Essa medida maximiza a utilização de comedouros de mais de uma boca, permitindo o acesso lado a lado e ao mesmo tempo de suínos dos 25 aos 120 kg. Cabe salientar que um comedouro semiautomático convencional de quatro bocas, com as dimensões corretas, tem capacidade para servir 40 animais por dia. 15 Figura 2: Comedouro Semiautomático do tipo cone. Fonte (GOOGLE, 2018) Não há muitas publicações sobre o desempenho do cocho semiautomátizado com o cocho manual, visto que as maiorias das publicações sobre este tema buscam verificar a diferença de desempenho dos comedouros conjugados com bebedouros ou não conjugados (LOVATTO et. al. 2004 apud MORAES; VIEIRA; MELLO, 2007). 16 4 MATERIAL E MÉTODOS O experimento seráconduzido em uma granja de suínos pertencente a escola técnica Prof. ‘’ Edson Galvão’’ situada na Rodovia Gladis Bernardes Minhoto, Km 11, no município de Itapetininga – SP, no bairro do Capão Alto aos 23°28'25.8"S 48°02'00.8"W e 653 m de altura. Itapetininga tem um clima quente e temperado. Existe uma pluviosidade significativa ao longo do ano em Itapetininga. Mesmo o mês mais seco ainda assim tem muita pluviosidade. O clima é classificado como Cwa segundo a Köppen e Geiger (que quer dizer um clima temperado úmido com verão quente). Itapetininga tem uma temperatura média de 18.9 °C. Tem uma pluviosidade média anual de 1175 mm. Para o experimento foi instalado na parede que divide as baias um cocho semiautomático com capacidade para umedecer a ração. Foram utilizadas duas baias de 3,15m por 6,90m, com capacidade para aproximadamente 10 leitões da raça Dalland que serão separados em dois lotes (lote 1 e lote 2 ) onde permaneceram de fevereiro a junho durante o seu crescimento até a sua terminação sendo acompanhados por medições quinzenais de peso. Na baia 1 os leitões receberão ração por meio do método manual em que a pessoa encarregada desta função distribui uma quantidade de ração no cocho dos suínos; neste método pode ocorrer disputa de cocho entre os animais, e a outra baia 2 os leitões receberão a ração por um sistema de cocho semiautomático. Para a medição de peso será utilizada uma balança de varão (FIGURA 3) com um peso (FIGURA 4) que ficara amarrada e suspensa no caibro do telhado das baias, sendo utilizada para o cálculo do peso de cada animal por baia e depois será feito a média da baia. 17 Figura 3: Balança de varão. Fonte: (ARQUIVO PESSOAL,2018) Figura 4: Peso utilizado na balança de varão. Fonte: (ARQUIVO PESSOAL, 2018) 18 Será ministrada a quantidade de 2 kg de ração por animal por dia na fase de crescimento por três meses e 3 kg de ração por animal por dia na fase de terminação por dois meses. Os animais serão pesados por lote e por baia, após as pesagens será feita a média dos animais por lote e depois dessa pesagem inicial, quinzenalmente os animais serão novamente pesados e calculada a partir desse momento sua conversão alimentar(C.A), não se sabe ao certo o autor desta formula mais ela indica quantos quilos de ração um leitão precisa comer para engordar 1 kg em peso vivo (PV). Utilizaremos a seguinte base de cálculo para avaliar a conversão: peso médio atual – peso médio anterior = diferença de peso diferença de peso pela quantidade de ração por animal/dia 19 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO O experimento foi realizado no setor da suinocultura localizado na Escola Técnica Prof. ‘’ Edson Galvão’’ (FIGURA 5) situada na Rodovia Gladis Bernardes Minhoto, Km 11, no município de Itapetininga – SP, no bairro do Capão Alto nas coordenadas 23°28'25.8" S e 48°02'00.8" W e na altitude de 653 m. Figura 5: Croqui da granja de suínos Fonte (GOOGLE MAPS, 2018) Itapetininga apresenta um clima quente e temperado classificado como Cwa pela classificação de Köppen como um clima temperado, úmido com verão quente, tem uma pluviosidade média anual de 1175 mm e uma temperatura média anual de 18.9 °C. Foram utilizadas duas baias de 3,15m por 6,90m, com capacidade para aproximadamente 10 leitões da raça Dalland onde permaneceram do crescimento até terminação sendo acompanhados por medições quinzenais de peso e para o experimento foi instalado na parede que divide as baias um cocho semiautomático com capacidade para umedecer a ração. O cocho semiautomático suporta 40 kg de ração. 20 Na figura 6 pode-se verificar o comedouro conjugado com bebedouro utilizado no experimento. Figura 6: Cocho Semiautomático com sistema de umedecimento para a ração. Fonte (ARQUIVO PESSOAL, 2018). Foram avaliadas duas baias, uma onde os leitões receberam ração manualmente colocada por uma pessoa diariamente e na outra baia a ração foi disposta em um cocho semiautomático. Para realizar a medição de peso foi utilizada uma balança de varão que foi amarrada e suspensa no caibro do telhado das baias, onde foi calculado o peso médio que indica a média dos pesos de todos os leitões da baia e a conversão alimentar que indica quantos kg de ração um leitão precisa comer para engordar 1 kg em peso vivo. Os dados sobre peso médio e conversão alimentar obtidos através das pesagens realizadas quinzenalmente do dia 10/02/2017 até o dia 02/06/2017 foram registrados em tabela (Tabela 1) com objetivo de se comparar o desempenho do lote (1) que ficou com o método manual de arraçoamento com o lote (2) em que se usou o cocho semiautomátizado. 21 Tabela 1 - Relação Peso Médio X Conversão Alimentar Lote (1) – Baia 1 Lote (2) – Baia 2 Data Peso Médio kg C.A Peso médio kg C.A 10/02/2017 11,15 - 10,9 - 24/02/2017 12,4 1,60 12,6 1,17 10/03/2017 14,0 1,25 15,2 0,76 24/03/2017 15,8 1,11 18,6 0,58 07/04/2017 17,2 1,43 22,1 0,57 20/04/2017 19,5 0,86 24,9 0,80 05/05/2017 21,4 1,05 26,5 1,25 19/05/2017 22,9 1,30 28,7 0,90 02/06/2017 23,8 2,22 30,5 1,10 Fonte: Elaborados pelos autores (2017). Através destes dados foi feito um gráfico (Gráfico 7) para visualizar o peso médio de ambos os lotes. Gráfico 7: Comparação do Peso Médio entre o lote (1) e o lote (2). Fonte: (AUTORES, 2017). De acordo com o gráfico 7, pode se notar que o lote (2) em que se foi usado o cocho semiautomátizado obteve um desempenho melhor em relação ao ganho de peso em relação ao lote (1) que utilizou o método manual de arraçoamento. 0 5 10 15 20 25 30 35 Datas 10/fev 21/fev 10/mar 24/mar 04/abr 20/abr 05/mai 19/mai 02/jun Peso Médio dos Lotes Lote 1 - azul Lote 2 - vermelho 22 Em relação à conversão alimentar foi feito outro gráfico (Gráfico 8) com o mesmo objetivo de se comparar o desempenho dos dois lotes. Verificou-se uma conversão melhor até 20 de abril do lote 2, entre esta data e a próxima pesagem em 5 de maio ocorreu uma inversão o lote (1) teve um desempenho melhor e a partir da próxima pesagem em 19 de maio o lote (2) volta a ter um desempenho superior ao lote (1). Mas no geral o lote (2) teve uma conversão alimentar superior ao lote (1). Gráfico 8: Comparação da conversão alimentar entre os dois lotes. Fonte: (AUTORES, 2017). 0 0,5 1 1,5 2 2,5 C.A Data Conversão Alimentar Lote 1 Lote 2 23 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS Por meio deste experimento foi possível avaliar que o desempenho do lote (2) em que se utilizou o cocho semiautomático se mostrou mais viável em relação ao método manual de arraçoamento, visto que obteve uma média de peso mais alta e o fator da conversão alimentar indicou índices menores do que o outro lote, o que o torna melhor do ponto de vista econômico, pois reduziu o desperdício e a mão de obra. Verificamos, que o ajuste correto na disponibilidade de ração do cocho semiautomático pode resultar na melhoria de resultados técnicos na produção, resultando em um consumo sem desperdício da ração e uma conversão alimentar maior. 24 REFERÊNCIAS PICCOLLI, Lincon Quadros. Desempenho de leitões na fase de creche alimentados em comedouro semiautomático ou manual. 2015. TCC (Graduação) - Curso de Zootecnia, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis – SC, 2015. AMARAL et al. CIRCULARTECNICA 50: Boas Práticas de Produção de Suínos, Concordia, SC, 2006. Disponível em: <http://www.cnpsa.embrapa.br/sgc/sgc_publicacoes/publicacao_k5u59t7m.pdf.> Acesso em: 8 mai. 2018 MANZKE, Naiana DALLA COSTA, Osmar LIMA, Gustavo. Atualidades e desafios nas fases de crescimento e terminação. Sistemas de alimentação. Universidade Federal de Pelotas, Rio Grande do Sul, 2012, 11p. RODRIGUES, Lucas. Conversão alimentar: Fatores capazes de melhorar esse parâmetro em um sistema de produção de suínos. 2016. Disponível em <https://www.suinoculturaindustrial.com.br/imprensa/conversao-alimentar-fatores- capazes-de-melhorar-esse-parametro-em-um-sistema-de/20160921-105227-m009.> Acesso em 11 abr. 2018 GOODBAND, Bob. Nutrição e manejo do comedouro: Influência na eficiência nutricional. 2009. Disponível em: <http://suinocast.com.br/nutricao-e-manejo- docomedouro-influencia-na-eficiencia-nutricional-parte-1/>. Acesso em: 8 mai. 2018. GONÇALVES, Marcio. Guia de desenho e taxa de desperdício dos comedouros automáticos in SuinoCast – Educação Continuada em Suinocultura. 2013. Disponível em <http://www.suinocast.com.br/comedouros.pdf>. Acesso em: 17 mai. 2018 MORGONNI, Douglas Cazzolato. Manejo alimentar e sistema de alimentação na fase da creche. In: FERREIRA, Adilson Hélio et al. Produção de Suínos: Teoria e Prática. Brasília: Associação Brasileira dos Criadores de Suínos, 2014. cap. 15.5, p. 644-659. TRABACHINI, Aldie. Sistema automatizado de alimentação individualizada para suínos visando aplicação em rastreabilidade animal. 2013. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo. 25 LOVATTO, Paulo Alberto et al. Desempenho de suínos alimentados do desmame ao abate em comedouro de acesso único equipado ou não com bebedouro. 2004. Ciência Rural, Santa Maria, p.1549-1555. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=s0103- 84782004000500035&script=sci_arttext>. Acesso em: 8 mai. 2018. MORAES, Samuel de Sousa; VIEIRA, Renata de Fátima Nogueira; MELLO, Silvio de Paula. Avaliação do desempenho de suínos submetidos à alimentação com ração úmida. 2007. Núcleo Ituverava, p.1-8, set. Disponível em: <http://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=4032252>. Acesso em: 11 abr. 2018. BELLAVER, Claudio; GARCEZ, Dino César P. Comedouros para suínos em crescimento e terminação. 2000. Comunicado Técnico nº248, Embrapa Suínos e Aves, p. 1-7. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PROTEÍNA ANIMAL (ABPA). RELATÓRIO ANUAL 2018. Disponível em: <http://abpa-br.com.br/storage/files/relatorio-anual- 2018.pdf>. Acesso em 11 abr. 2018.
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