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TCC SUÍNOCULTURA

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CENTRO PAULA SOUZA 
ETEC PROFESSOR EDSON GALVÃO 
CURSO TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA INTEGRADO 
 AO MÉDIO MÉDIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
GABRIEL GALDINO PERETTI 
GIOVANA DE DEUS CARRIEL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUINOCULTURA: EFEITO DA TECNOLOGIA DE PRODUÇÃO NO 
ÍNDICE DE CONVERSÃO ALIMENTAR DE SUÍNOS EM 
TERMINAÇÃO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Itapetininga, SP 
2018 
GABRIEL GALDINO PERETTI 
GIOVANA DE DEUS CARRIEL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUINOCULTURA: EFEITO DA TECNOLOGIA DE PRODUÇÃO NO 
ÍNDICE DE CONVERSÃO ALIMENTAR DE SUÍNOS EM 
TERMINAÇÃO. 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado à Escola Técnica 
Professor Edson Galvão do curso 
Técnico ETIM em Agropecuária, 
como requisito parcial para 
obtenção do título em Técnico, sob a 
orientação do(a) Professor(a) Maria 
Clara Ferrari 
Professora da disciplina Esp. Maria 
Clara Ferrari 
 
 
 
 
 
 
Itapetininga, SP 
2018 
 GABRIEL GALDINO PERETTI 
GIOVANA DE DEUS CARRIEL 
 
 
 
 
 
 
SUINOCULTURA E SEUS EQUIPAMENTOS: EFEITO DA 
TECNOLOGIA DE PRODUÇÃO NO ÍNDICE DE CONVERSÃO 
ALIMENTAR DE SUÍNOS EM TERMINAÇÃO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à banca examinadora da Escola 
Técnica Professor Edson Galvão para obtenção de grau de Técnico em 
Agropecuária em 12/12/2018. 
 
 
Itapetininga, 12 de dezembro de 2018. 
 
 
 ___________________________________________ 
 
Professora orientadora Esp. Maria Clara Ferrari 
 
 
 
 
 ___________________________________________ 
 
Professor(a) examinador(a) 
 
 
 
 
 _____________________________________________ 
Professora da disciplina Esp. Maria Clara Ferrari 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Esse trabalho é dedicado à Deus, que nos deu sabedoria para escrever cada 
página e iluminou os caminhos para superar as adversidades. 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 
Primeiramente а Deus, agradecemos os momentos em que vivemos esses 
anos não somente durante o período escolar, mas em todos os momentos de nossas 
vidas sendo “Deus “ o maior mestre que se pode conhecer. 
Ao Centro Paula Souza, a ETEC Prof. Edson Galvão, a todo o seu corpo 
docente, direção е administração que nos apoiaram em nosso percurso para que 
pudéssemos concluir com sucesso mais essa etapas de nossas vidas. 
Aos nossos pais, por sempre estarem ao nosso lado, seja nas horas ruins ou 
nas boas, e por sempre nos apoiarem. 
Também agradecemos a nossa Professora Orientadora Maria Clara Ferrari 
pelo suporte qυе lhe coube, pelas suas correções е incentivos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“O único lugar aonde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário. ” 
(ALBERT EINSTEIN) 
 
RESUMO 
 
 
 O Brasil ocupa o 4º lugar no ranking mundial de produção e exportação de 
suínos, a produção suinícola atual convive com o aumento nos custos da mão de obra, 
instalações e energia, custos ambientais e, ao mesmo tempo, com uma decrescente 
queda de preços para os animais em condição de peso vivo ou da carne. O presente 
trabalho teve por objetivo comparar o método tradicional de distribuição de ração com 
o uso de comedouro semiautomático em uma granja de suínos localizado no 
município de Itapetininga, foram realizadas medições quinzenalmente de pesos entre 
as duas baias e perante os dados obtidos pode-se concluir que a baia na qual se 
dispunha do comedouro semiautomático obteve índices de peso médio mais alto e 
conversão alimentar menores se mostrando assim mais viável e eficiente do que o 
método tradicional. 
 
 
 
 
Palavras-chave: Suínos. Cocho semiautomático. Alimentação. Conversão Alimentar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
 
 
Figura 1: Cocho Tradicional. .................................................................................... 13 
Figura 2: Comedouro Semiautomático do tipo cone. ................................................ 15 
Figura 3: Balança de varão. ..................................................................................... 17 
Figura 4: Peso utilizado na balança de varão. .......................................................... 17 
Figura 5: Croqui da granja de suínos ....................................................................... 19 
Figura 6: Cocho Semiautomático com sistema de umedecimento para a ração....... 20 
Gráfico 7: Comparação do Peso Médio entre o lote 1 e o lote 2. ............................. 21 
Gráfico 8: Comparação da conversão alimentar entre os dois lotes. ........................ 22 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 9 
2 OBJETIVOS ......................................................................................................... 10 
2.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................................ 10 
2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO ................................................................................... 10 
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................. 11 
3.1 SUÍNOCULTURA NO BRASIL E NO MUNDO ................................................... 11 
3.1.1 Crescimento e Terminção em Suinos....... ................................................... 11 
4.2 TIPOS DE EQUIPAMENTOS PARA ALIMENTAÇÃO DE SUÍNOS.................... 12 
4.2.1 Comedouro Semiautomático ........................................................................ 14 
4 MATERIAL E MÉTODOS ..................................................................................... 16 
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................ 19 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 23 
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 24 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
O Brasil ocupa o 4º lugar no ranking mundial de produção e exportação de 
suínos, a produção suinícola atual tem que conviver com o aumento nos custos da 
mão de obra, instalações e energia, custos ambientais e, ao mesmo tempo, com uma 
decrescente queda de preços para os animais em condição de peso vivo ou da 
carne. O ajuste da quantidade em que a ração é disponibilizada no cocho 
semiautomático desempenha um papel importante para a melhoria da conversão 
alimentar, e também diminuindo o desperdício. Há uma preocupação quando se ajusta 
o cocho para liberar pouca ração em que pode resultar em queda no ganho de peso 
diário. A melhoria dos resultados técnicos é requisito para controlar os custos de 
produção e aumentar a lucratividade. Visto que 70 a 80% do custo de produção de 
suínos são provenientes da ração e por isso deve atingir ótima conversão alimentar, 
ter pouco desperdício e promover um adequado ganho de peso essas são metas 
compartilhadas por todos. 
O interesse pelo tema surgiu durante as aulas práticas do curso na área da 
suinocultura e seus respectivos manejos de alimentação e suas consequências na 
produção final. 
Observando o desperdício durante manejo alimentar dos animais do setor 
surge o interesse de comparar o cocho tradicional e a eficiência do cocho 
semiautomático. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
2 OBJETIVOS 
 
 
2.1 OBJETIVO GERAL 
 
 
Comparar o método tradicional de distribuição de ração com o uso de 
comedouro semiautomático em uma granja de suínos localizado no município de 
Itapetininga-Sp.2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO 
 
 
• Estudar o ciclo produtivo da criação de suínos (crescimento e terminação) nos 
aspectos nutricionais e sanitários; 
• Identificar os tipos de comedouros existentes no mercado e o seu 
funcionamento; 
• Verificar as vantagens e desvantagens do uso do comedouro 
semiautomátizado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
 
3.1 SUÍNOCULTURA NO BRASIL E NO MUNDO 
 
 
O continente Asiático é onde mais se produz carne suína no mundo: 61,64 
milhões de toneladas, ou seja, 55,16 % do total mundial. Houve um crescimento de 
4,4% nos anos de 1995 a 2012 sobre os planteis mundiais de suínos passando de 
900 para 940 milhões de cabeças (ROPPA, 2014 apud PICCOLLI, 2015). 
O Brasil ocupa a quarta posição no ranking mundial de produção suinícola no 
mundo, seguido pelos Estados Unidos, União Europeia e China como a maior 
produtora mundial chegando a 53.400 mil toneladas. No ano de 2017 a produção 
brasileira atingiu 3,75 toneladas de carne suína sendo o porto de Itajaí, Santa Catarina 
responsável por 5,68% desta produção (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PROTEÍNA 
ANIMAL, 2013 apud PICCOLLI, 2015). 
 
3.1.1 Crescimento e Terminação em Suínos 
 
De acordo com Amaral; et al (2006) o ciclo de produção de suínos é dividido 
em três fases creche, crescimento e terminação, sendo classificadas dessa maneira: 
➢ Creche (desmame) representa um período crítico para os leitões, pois eles 
deixam a companhia da mãe e de receber leite materno, passando a se alimentar 
exclusivamente de ração, são transferidos para um novo ambiente e, geralmente, são 
reagrupados formando um novo grupo social. Esse período dura entorno de 45 dias, 
quando o animal já passa para a fase de crescimento, com aproximadamente 20 kg. 
➢ Crescimento e terminação são basicamente iguais, a mudança ocorre na 
composição da ração, a fase do crescimento dura até 105 dias de idade e a 
terminação tem o início a partir daí até 126 dias. Então o animal vai para o abate com 
o peso variante de 75 a 95 kg (AMARAL et al, 2006). 
Segundo Manzke; Costa; Lima (2012) o sucesso da produção de suínos nas 
fases de crescimento e terminação se resume basicamente em três fatores: redução 
12 
 
da conversão alimentar1, produção de carcaças de alta qualidade com alta deposição 
de carne e redução da mortalidade dos animais. 
 
4.1.2 Fatores que interferem na Conversão Alimentar 
 
Rodrigues (2016) afirma que a conversão alimentar serve como alerta para 
tomada de decisões, e a melhoria da conversão ocorre pela combinação de vários 
fatores relacionados às formulações, à dieta, instalações, sexo, genética, status 
sanitário e manejo. 
 A maioria dos produtores de suínos brasileiros utiliza dietas fareladas e um 
ajuste simples que pode representar consideráveis ganhos produtivos aos animais é 
a redução do tamanho de partícula das dietas (RODRIGUES, 2016). 
Isso acontece devido ao fato de que menores partículas facilitam a ação das 
enzimas digestivas do animal, disponibilizando melhor os nutrientes. Estima-se que 
uma redução de 200 micrometros (µm) no tamanho de partícula pode representar uma 
melhoria de 2,5% na conversão alimentar (RODRIGUES, 2016) 
Existe uma relação inversamente proporcional entre o espaço por animal e a 
conversão alimentar e que segundo estudos relata que um aumento de 0,4 m² por 
animal em uma baia de crescimento ou terminação pode representar uma redução 
aproximada de 3% na conversão alimentar do lote.( RODRIGUES, 2016). 
Segundo Goodband (2009), o tipo de comedouro pode influenciar 
significamente o ganho de peso diário, e ajustes no comedouro afetam tanto a 
eficiência nutricional quanto a taxa de crescimento dos suínos. 
 
4.2 TIPOS DE EQUIPAMENTOS PARA ALIMENTAÇÃO DE SUÍNOS 
 
No início da década de 2000, a produção tecnificada de suínos passou a adotar 
comedouros semiautomáticos, que são comedouros que apresentam um silo de 
armazenamento acoplado que deve ser abastecido com menor frequência do que os 
comedouros manuais, que não apresentam este reservatório. Ao substituir os antigos 
 
1 Conversão alimentar: refere-se ao quanto de alimento é ingerido para que o animal ganhe um quilo de peso 
vivo. Quanto menos ele come para engordar um quilo, ou seja, quanto menor a conversão, é melhor para o 
sistema. Uma conversão alta significa que ele comeu mais do que o necessário para engordar os mesmos um 
quilo. 
13 
 
comedouros do tipo manual (FIGURA 1) os tratadores deixaram de entrar 
frequentemente nas salas para repetir o arraçoamento, já que os novos modelos 
apresentavam maior capacidade para estoque de ração. Com isso, os animais 
perderam o estímulo frequente para busca do alimento e, consequentemente, os 
problemas de redução de consumo passaram a ser mais comuns (MORGONNI, 
2014). 
 
Figura 1: Cocho Tradicional. 
Fonte: (ARQUIVO PESSOAL, 2018). 
 
 
Gonçalves (2013) afirma que mais de 89,2 toneladas em ração, passam por um 
comedouro automático ou semi durante sua vida útil, assim fica clara a importância 
de um comedouro de qualidade, e que segundo ele o material com que a panela, 
compartimento de reserva e outras peças dos comedouros devem ser de aço 
inoxidável, para aumentar a vida útil e confiabilidade dos mesmos. Segundo o mesmo 
autor pesquisas sugerem que o desperdício de ração pode ser de 2 a 11%, de acordo 
com o desenho do comedouro automático, e, quanto menor for o desperdício de ração, 
maior será o retorno financeiro do comedouro automático ou semi. 
 
 
 
14 
 
 
 
Os avanços tecnológicos neste setor possibilitaram a redução no 
tempo/espaço necessário para a produção gerando, com isto, um aumento 
na quantidade de carne produzida. Dentre as inovações neste setor os 
comedouros ganharam grande destaque devido à importância que os 
mesmos possuem para o desempenho e redução de custos da produção 
(PICCOLLI, 2015, p. 6). 
 
A eficiência alimentar e a qualidade de carcaça estão associados também ao 
modo como a ração é distribuída aos animais, fatores como o desperdício de ração 
não podem ser desprezados, visto que ocorrem com frequência em muitos sistemas 
de produção, além disso, o desperdício aumenta o custo da produção e mascara a 
estimativa do consumo real de alimento, além de aumentar o volume de dejetos 
produzidos, para minimizar esse desperdício identifica-se a importância dos 
comedouros semiautomáticos (MANZKE; COSTA; LIMA, 2012). 
 
4.2.1 Comedouro Semiautomático 
 
Os comedouros tipo cones (FIGURA 2) são muito utilizados e permitem a 
disponibilidade constante de alimento contido no interior do cone, e o volume de ração 
a ser disponibilizado é regulado pela à altura do vão entre o cone e a base. 
(TABACHINI, 2013). 
Segundo Bellaver; Garcez (2000) foi verificado que a altura e largura da aba de 
proteção dos comedouros semiautomáticos convencionais são importantes para 
evitar as perdas de ração. O espaço lateral por boca de 33 cm baseia-se na largura 
do animal na região das cruzes (entre as paletas) mais 10% necessário para 
movimentação e variabilidade de tamanhos entre suínos. Essa medida maximiza a 
utilização de comedouros de mais de uma boca, permitindo o acesso lado a lado e ao 
mesmo tempo de suínos dos 25 aos 120 kg. Cabe salientar que um comedouro 
semiautomático convencional de quatro bocas, com as dimensões corretas, tem 
capacidade para servir 40 animais por dia. 
15 
 
 
Figura 2: Comedouro Semiautomático do tipo cone. 
Fonte (GOOGLE, 2018) 
 
 
Não há muitas publicações sobre o desempenho do cocho semiautomátizado 
com o cocho manual, visto que as maiorias das publicações sobre este tema buscam 
verificar a diferença de desempenho dos comedouros conjugados com bebedouros 
ou não conjugados (LOVATTO et. al. 2004 apud MORAES; VIEIRA; MELLO, 2007). 
 
 
 
 
16 
 
4 MATERIAL E MÉTODOS 
 
 
O experimento seráconduzido em uma granja de suínos pertencente a escola 
técnica Prof. ‘’ Edson Galvão’’ situada na Rodovia Gladis Bernardes Minhoto, Km 11, 
no município de Itapetininga – SP, no bairro do Capão Alto aos 23°28'25.8"S 
48°02'00.8"W e 653 m de altura. 
Itapetininga tem um clima quente e temperado. Existe uma pluviosidade 
significativa ao longo do ano em Itapetininga. Mesmo o mês mais seco ainda assim 
tem muita pluviosidade. O clima é classificado como Cwa segundo a Köppen e Geiger 
(que quer dizer um clima temperado úmido com verão quente). Itapetininga tem uma 
temperatura média de 18.9 °C. Tem uma pluviosidade média anual de 1175 mm. 
Para o experimento foi instalado na parede que divide as baias um cocho 
semiautomático com capacidade para umedecer a ração. 
Foram utilizadas duas baias de 3,15m por 6,90m, com capacidade para 
aproximadamente 10 leitões da raça Dalland que serão separados em dois lotes (lote 
1 e lote 2 ) onde permaneceram de fevereiro a junho durante o seu crescimento até a 
sua terminação sendo acompanhados por medições quinzenais de peso. 
 Na baia 1 os leitões receberão ração por meio do método manual em que a 
pessoa encarregada desta função distribui uma quantidade de ração no cocho dos 
suínos; neste método pode ocorrer disputa de cocho entre os animais, e a outra baia 
2 os leitões receberão a ração por um sistema de cocho semiautomático. 
 Para a medição de peso será utilizada uma balança de varão (FIGURA 3) com 
um peso (FIGURA 4) que ficara amarrada e suspensa no caibro do telhado das baias, 
sendo utilizada para o cálculo do peso de cada animal por baia e depois será feito a 
média da baia. 
 
 
17 
 
 
Figura 3: Balança de varão. 
Fonte: (ARQUIVO PESSOAL,2018) 
 
 
 
 
 
Figura 4: Peso utilizado na balança de varão. 
Fonte: (ARQUIVO PESSOAL, 2018) 
 
 
 
18 
 
 Será ministrada a quantidade de 2 kg de ração por animal por dia na fase de 
crescimento por três meses e 3 kg de ração por animal por dia na fase de terminação 
por dois meses. 
 Os animais serão pesados por lote e por baia, após as pesagens será feita a 
média dos animais por lote e depois dessa pesagem inicial, quinzenalmente os 
animais serão novamente pesados e calculada a partir desse momento sua conversão 
alimentar(C.A), não se sabe ao certo o autor desta formula mais ela indica quantos 
quilos de ração um leitão precisa comer para engordar 1 kg em peso vivo (PV). 
Utilizaremos a seguinte base de cálculo para avaliar a conversão: 
 
 peso médio atual – peso médio anterior = diferença de peso 
 
 diferença de peso 
 pela quantidade de ração por animal/dia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
 
O experimento foi realizado no setor da suinocultura localizado na Escola 
Técnica Prof. ‘’ Edson Galvão’’ (FIGURA 5) situada na Rodovia Gladis Bernardes 
Minhoto, Km 11, no município de Itapetininga – SP, no bairro do Capão Alto nas 
coordenadas 23°28'25.8" S e 48°02'00.8" W e na altitude de 653 m. 
 
Figura 5: Croqui da granja de suínos 
Fonte (GOOGLE MAPS, 2018) 
 
Itapetininga apresenta um clima quente e temperado classificado como Cwa 
pela classificação de Köppen como um clima temperado, úmido com verão quente, 
tem uma pluviosidade média anual de 1175 mm e uma temperatura média anual de 
18.9 °C. 
Foram utilizadas duas baias de 3,15m por 6,90m, com capacidade para 
aproximadamente 10 leitões da raça Dalland onde permaneceram do crescimento até 
terminação sendo acompanhados por medições quinzenais de peso e para o 
experimento foi instalado na parede que divide as baias um cocho semiautomático 
com capacidade para umedecer a ração. 
O cocho semiautomático suporta 40 kg de ração. 
 
 
 
20 
 
 
Na figura 6 pode-se verificar o comedouro conjugado com bebedouro utilizado 
no experimento. 
 
Figura 6: Cocho Semiautomático com sistema de umedecimento para a ração. 
Fonte (ARQUIVO PESSOAL, 2018). 
 
 Foram avaliadas duas baias, uma onde os leitões receberam ração 
manualmente colocada por uma pessoa diariamente e na outra baia a ração foi 
disposta em um cocho semiautomático. 
 Para realizar a medição de peso foi utilizada uma balança de varão que foi 
amarrada e suspensa no caibro do telhado das baias, onde foi calculado o peso médio 
que indica a média dos pesos de todos os leitões da baia e a conversão alimentar que 
indica quantos kg de ração um leitão precisa comer para engordar 1 kg em peso vivo. 
 Os dados sobre peso médio e conversão alimentar obtidos através das 
pesagens realizadas quinzenalmente do dia 10/02/2017 até o dia 02/06/2017 foram 
registrados em tabela (Tabela 1) com objetivo de se comparar o desempenho do lote 
(1) que ficou com o método manual de arraçoamento com o lote (2) em que se usou 
o cocho semiautomátizado. 
21 
 
Tabela 1 - Relação Peso Médio X Conversão Alimentar 
 Lote (1) – Baia 1 Lote (2) – Baia 2 
Data 
Peso 
 Médio 
 kg C.A 
 Peso 
médio 
kg C.A 
10/02/2017 11,15 - 10,9 - 
24/02/2017 12,4 1,60 12,6 1,17 
10/03/2017 14,0 1,25 15,2 0,76 
24/03/2017 15,8 1,11 18,6 0,58 
07/04/2017 17,2 1,43 22,1 0,57 
20/04/2017 19,5 0,86 24,9 0,80 
05/05/2017 21,4 1,05 26,5 1,25 
19/05/2017 22,9 1,30 28,7 0,90 
02/06/2017 23,8 2,22 30,5 1,10 
 Fonte: Elaborados pelos autores (2017). 
 
 
Através destes dados foi feito um gráfico (Gráfico 7) para visualizar o peso 
médio de ambos os lotes. 
 
 
Gráfico 7: Comparação do Peso Médio entre o lote (1) e o lote (2). 
Fonte: (AUTORES, 2017). 
 
De acordo com o gráfico 7, pode se notar que o lote (2) em que se foi usado o 
cocho semiautomátizado obteve um desempenho melhor em relação ao ganho de 
peso em relação ao lote (1) que utilizou o método manual de arraçoamento. 
0
5
10
15
20
25
30
35
Datas 10/fev 21/fev 10/mar 24/mar 04/abr 20/abr 05/mai 19/mai 02/jun
Peso Médio dos Lotes
Lote 1 - azul 
Lote 2 - vermelho 
22 
 
Em relação à conversão alimentar foi feito outro gráfico (Gráfico 8) com o 
mesmo objetivo de se comparar o desempenho dos dois lotes. 
Verificou-se uma conversão melhor até 20 de abril do lote 2, entre esta data e 
a próxima pesagem em 5 de maio ocorreu uma inversão o lote (1) teve um 
desempenho melhor e a partir da próxima pesagem em 19 de maio o lote (2) volta a 
ter um desempenho superior ao lote (1). Mas no geral o lote (2) teve uma conversão 
alimentar superior ao lote (1). 
 
 
 
Gráfico 8: Comparação da conversão alimentar entre os dois lotes. 
Fonte: (AUTORES, 2017). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
0
0,5
1
1,5
2
2,5
C.A
Data
Conversão Alimentar
Lote 1 Lote 2
23 
 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 
 Por meio deste experimento foi possível avaliar que o desempenho do lote (2) 
em que se utilizou o cocho semiautomático se mostrou mais viável em relação ao 
método manual de arraçoamento, visto que obteve uma média de peso mais alta e o 
fator da conversão alimentar indicou índices menores do que o outro lote, o que o 
torna melhor do ponto de vista econômico, pois reduziu o desperdício e a mão de 
obra. 
Verificamos, que o ajuste correto na disponibilidade de ração do cocho 
semiautomático pode resultar na melhoria de resultados técnicos na produção, 
resultando em um consumo sem desperdício da ração e uma conversão alimentar 
maior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
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