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indicando a liberação de nutrientes essenciais - Analytical Biochemistry 410 (2011) 177 - 184.
Produção Animal | Avicultura 3
Sumário
Ponto final 
Para pesquisadora, 
a água é o mais 
importante 
nutriente 
NILCE MARIA 
SOARES 
74
Eventos
Painel do Leitor
Classificados
06
08
72
Notícias Curtas
WPC 2012: Interessados 
já podem enviar trabalhos 
para premiação 10
Associações
MS terá 
levantamento 
de custos da produção 54
Estatísticas e Preços
Produção e mercado resumo
Produção de pintos de corte
Produção de carne de frango
Exportação de carne de frango
Disponibilidade interna de 
carne de frango
Alojamento de matrizes de postura 
Alojamento de pintainhas 
comerciais de postura
Desempenho do frango vivo 
no mês de agosto
Desempenho do ovo no 
mês de agosto
Matérias-primas
62
63
64
65
66
67
68
69
70
71
Portfólio AviGuia 73
Artigo técnico 
Pegada Hídrica e a produção 
de aves de corte ....................................30
Água para beber
Como manter a qualidade? 
Especialistas respondem a questão ........34
Caderno de 
Postura
Notícias Curtas
Consumo de ovos ajuda 
a prevenir o câncer ......................... 22
Esterilização da casca 
Pesquisadores investem no 
tratamento por plasma ....................28
Caderno de
Ambiência e Incubação
Artigo técnico
Influência da etapa pré-porteira 
sobre desempenho inicial de 
frangos de corte .................................................44
Vitrine de 
produtos .........................................41
Capa
Tecnologia
As técnicas para melhorar a 
ambiência e o bem-estar das aves ....................50
Notícias Curtas
MAPA institui 
comissão permanente ........................................42
AviGuia
Ceva lança 
vacina contra LTI 
56
eDITORIAL
O elemento de maior importância 
para a vida
Agradecimentos
Depois do ar que respiramos, a água 
é o mais importante elemento para a 
nossa vida. Composta de hidrogênio e 
oxigênio, a água é essencial para todos 
os seres vivos por ser um composto fun-
damental para o funcionamento de seus 
organismos e de seu meio de sobrevi-
vência. Ela age como reguladora de 
temperatura, diluidora de sólidos e 
transportadora de nutrientes e resíduos 
entre os vários órgãos. Na avicultura, a 
água também é vital. As aves de produ-
ção industrial precisam de muita água, e 
água de boa qualidade, para atingir os 
níveis desejáveis de produtividade. Nes-
ta edição, na página 34, trazemos uma 
reportagem especial sobre a importân-
cia da qualidade da água oferecida aos 
frangos de corte e às poedeiras comer-
ciais. Por que essa qualidade é tão im-
portante? Por que as aves consomem 
tanta água? O que o produtor deve fa-
zer para garantir sempre uma água de 
boa qualidade às suas aves? Estes e ou-
tros questionamentos são esclarecidos 
na reportagem “Água para beber”, com 
explicações e dicas de respeitáveis espe-
cialistas no assunto e que, além das ca-
racterísticas físicas, químicas e biológi-
cas da água de bebida das aves ainda 
apontam quais são os melhores siste-
mas e os melhores bebedouros para a 
manutenção da sua qualidade e 
distribuição.
Também nesta edição, a Revista do 
AviSite apresenta um dos mais recentes 
estudos em termos de ambiência avícola: 
ambiência pré-porteira – o tempo de es-
pera no incubatório e sua influência so-
bre o desempenho inicial de frangos de 
corte. Um trabalho desenvolvido por Ju-
liano Rangel de Camargo e orientado 
pelo professor Iran José Oliveira da Silva, 
do Nupea/Esalq/USP. O objetivo desta 
pesquisa, segundo o autor, foi o de ava-
liar as condições microclimáticas da sala 
de pintos de corte de um incubatório co-
mercial e suas interações com os diferen-
tes tempos de espera e influência da eta-
pa pré-porteira sobre o desempenho 
inicial de frangos de corte. “Quando as 
aves são submetidas a diferentes níveis 
de estresse ou desconforto em qualquer 
etapa da produção, do incubatório ao 
abatedouro, poderão ficar debilitadas ou 
até mesmo doentes. Isto acarretará em 
uma diminuição dos índices de produtivi-
dade e, consequentemente, na diminui-
ção dos lucros de avicultores e empresas 
do ramo”, destaca Camargo. Confira a 
partir da página 30 os argumentos e os 
resultados que o pesquisador do Nupea 
alcançou com este estudo. Não deixe de 
conferir também as demais reportagens, 
artigos, notícias sobre o mercado, postu-
ra, empresas e o Ponto Final especial so-
bre qualidade da água de bebida na 
avicultura. 
Registramos aqui o nosso 
muito obrigado a todos os cola-
boradores das matérias desta 
edição: Nilce Maria Soares, Julio 
Cesar Pascale Palhares, Juliano 
Rangel de Camargo, Iran José 
Oliveira da Silva, Danilo Pereira, 
Levino Bassi, Antonio Piantino 
Ferreira, José Silveira Neto, Ivo 
Oltramari Junior, Irineu Pinto Fi-
lho, Andrey Gava Citadin e Ever-
ton Carlos Gardezan.
4 Avicultura | Produção Animal
Coordenador Editorial
José Carlos Godoy (MTB 9782)
jcgodoy@avisite.com.br
Publisher
Paulo Godoy
paulogodoy@avisite.com.br
Redação 
Andrea Quevedo (MTB 27.007) 
Érica Barros (MTB 49.030) 
Mariana Almeida (MTB 62.855) 
imprensa@avisite.com.br 
Comercial 
Christiane Galusni 
publicidade@avisite.com.br 
Joyce Zanes 
comercial@avisite.com.br 
Diagramação e arte
Mundo Agro e 
WL Publicidade
luciano.senise@grupowl.com.br
Internet
Jessica Sousa 
Vinicius Morello
webmaster@avisite.com.br
Circulação e assinatura
Carla Fracalossi
(19) 3241-9292
assinatura@avisite.com.br 
Fale com a redação!
imprensa@avisite.com.br
Tel: (19) 3241 9292
expeDIenTe
Produção Animal - Avicultura
ISSN 1983-0017
Mundo Agro Editora Ltda.
Rua Erasmo Braga, 1153
13070-147 - Campinas, SP
Aves de produção 
industrial precisam 
de muita água e 
de boa qualidade 
para atingir os 
níveis desejáveis 
de produtividade
 C
ré
d
it
o:
 G
SI
Eventos
6 Produção Animal | Avicultura6 Produção Animal | Avicultura
Novembro
17 a 18 de novembro
I Simpósio de Patologia e Produção Avícola 
Local: Hotel Holiday Inn, Porto Alegre, RS
Realização: Centro de Diagnóstico e Pesquisa em Patologia 
Aviária - CDPA/UFRGS
Contato: (51) 3308-6138
Informações: www.cdpa.ufrgs.br
E-mail: cdpa@ufrgs.br
2012 
Janeiro
24 a 26 de janeiro
International Poultry Expo
Local: Georgia World Congress Center, 
Atlanta, Gergia, EUA
Realização: U.S. Poultry & Egg Association 
Contato: (770) 493-9401 
Informações: www.ipe11.org 
Agosto
5 a 9 de agosto 
XXIV Congresso Mundial de Avicultura (WPC 2012) 
Local: Centro de Convenções de Salvador, Salvador, BA 
Realização: FACTA 
Contato: (19) 3243-6565
E-mail: facta@facta.org,br 
Informações: www.wpc2012.com
2011
Setembro
13 a 14 de setembro 
VIII Encontro Técnico de Ciência e Tecnologia Avícolas 
Local: Center Convention,Uberlândia, MG 
Realização: Faculdade de Medicina Veterinária da UFU
Contato: (34) 3218-2228 
Informações: www.famev.ufu.br
E-mail: pauloufu@hotmail.com
15 a 16 de setembro 
8° Curso de Atualização em Avicultura 
de Postura Comercial 
Local: Centro de Convenções da Fcav/Unesp, Jaboticabal,SP
Realização: Fcav/Unesp 
Contato: (16) 3209-1300
Informações: www.funep.org.br
21 a 23 de setembro 
9° Simpósio Técnico de Incubação, Matrizes 
de Corte e Nutrição
Local: HotelSibara, Balneário Camboriú, SC
Realização: Acav (Associação Catarinense de Avicultura)
Contato: (48) 3222.8734 
Informações: www.acavsc.org.br/simposio
E-mail: contato@acavsc.org.br ou 
acav-chapeco@hotmail.com
Outubro
24 a 27 de outubro
VI Congresso Brasileiro de Ciência e 
Tecnologia de Carnes 
Local: Hotel Fazenda Fonte Colina Verde - São Pedro, SP 
Realização: ITAL
Contato: (19) 3743-1757 
Informações: www.ital.sp.gov.br/ctc/eventos/vi-congresso/
programa.php 
E-mail: imprensa@ital.sp.gov.br
25 a 27 de outubro 
22º Congresso Brasileiro de Avicultura 
Local: Centro de Eventos Imigrantes, em São Paulo, SP
Realização: União Brasileira de Avicultura (UBABEF)
Contato: (11) 3815-5964
Informações: www.ubabef.com.br
8 Produção Animal | Avicultura
Painel do Leitor
Nota da redação: A produção de frangos de 
corte da Colômbia saiu com um dígito a mais na 
edição 52 da Revista do AviSite. O volume de 
produção é de 1 milhão de toneladas e não de 
10,020,30 mil toneladas conforme noticiado. 
Na matéria sobre a América Latina, onde consta-
vam várias informações sobre a
produção de ovos e de frangos em 28 países, a 
produção de carne de frango da Colômbia
está errada. Conforme publicação no site da FAOS-
TAT, a produção correta de carne de
frango do país é de 1.020.300 mil toneladas. 
Tais Myan da Silva, São Paulo, SP.
América Latina: Avicultura 
unida trabalha melhor 
Em artigo, Paulo Lourenço da Universi-
dade Federal de Uberlândia, cita que 
para atender as exigências do consumi-
dor nacional e do mercado internacional, há a 
necessidade contínua de implementação de pro-
gramas que garantam elevado padrão de qualida-
de sanitária. 
O Ministério da Agricultura divulgou uma redução 
na lista dos frigoríficos aptos a exportar para a 
Rússia. Em comunicado disse que cada um precisa 
cumprir a sua obrigação e que os técnicos devem 
atender todas as exigências da Rússia sem opini-
ões ou reclamações.
Excelente revisão conseguida pelo Prof. Paulo Lou-
renço em tão pouco espaço. Parabéns. Entretanto, 
na América Latina temos ainda um longo caminho a 
trilhar no segmento de ovos comerciais. Estamos 
apenas iniciando a aplicação de métodos de vigilân-
cia sanitária ativa, sistemas de controle, prevenção e 
imunização para Salmonella, adotados na UE, exa-
tamente onde a redução deste patógeno se fez 
sentir em maior porcentagem. Temos esperança que 
as entidades de classe deste segmento, de todos os 
países latino-americanos, participem ativamente das 
ações para colocar nosso continente também como 
um importante exportador de ovos comerciais e 
sub-produtos.
Paulo Martins, São Paulo, SP
Ponto Final: O controle 
da salmonela e as 
mudanças que devem 
surgir
Apesar de não serem somente esses os motivos do 
embargo, o Ministério tem razão em dizer que 
cada um deve assumir o que lhe cabe. O Brasil está 
cheio de profissionais que só sabem dar desculpas, 
fazem as coisas de qualquer jeito, a qualidade está 
sempre em segundo plano, chega a ser ridículo.
Márcio, Chapecó, RS 
Ainda as 
exportações russas
A partir do acordo firmado em 13 de julho último 
com o Conselho Administrativo de Defesa Econô-
mica (Cade) do Ministério da Justiça, a BRF – Brasil 
Foods consolida-se de vez como empresa. No 
termo firmado com o Cade, a BRF se compromete 
a vender ativos como fábricas e abatedouros e a 
suspender a venda de diversos produtos Perdigão 
e Batavo por um prazo de até cinco anos.
No meu entendimento a fusão sem restrições po-
derá fatalmente trazer resultados negativos para o 
consumidor, principalmente os de classes B e C. 
Tirar a Perdigão do mercado poderia ser uma solu-
ção viável.
Rogerio Machado de Liz, Lages, SC 
Cade aprova fusão, mas 
Perdigão e Batavo 
terão restrições 
A edição de Agosto da Revista do AviSite preparou um verdadeiro dossiê so-
bre a avicultura da América Latina. Uma série especial, escrita em espanhol e 
em português, redigida à base de muita pesquisa, entrevistas internacionais, 
participação de colunistas e dedicação contínua da Redação.
Participe e envie seu comentário para 
imprensa@avisite.com.br
Leia as últimas notícias do setor em www.avisite.com.br 
9 Produção Animal | Avicultura
Leia as últimas notícias do setor em www.avisite.com.br 
As cinco mais lidas no AviSite em agosto
O Ministério da Agricultura dia 11 de agosto no Diário Oficial da União, Instrução Normativa (nº 
24, de 9 de agosto de 2011) em que divulga seu pro-
grama de monitoramento de controle de resíduos e 
contaminantes em alimentos de origem animal (carnes 
bovina, de aves, suína e equina), leite, mel, ovos e 
pescado) para o corrente exercício.
O programa de controle de resíduos e contaminan-
tes em carne de aves prevê a avaliação dos níveis de 
resíduos de, entre outros, antimicrobianos, pesticidas, 
organoclorados e PCBs, antiparasitários, piretróides, 
betagonistas, contaminantes inorgânicos e anticocci-
dianos. Nos ovos serão avaliados os níveis de antimi-
crobianos e anticoccidianos.
Cargill oferece €1,5 bi 
pela Provimi1
O produto foi comercializado com novo reajuste de cinco centavos nos primeiros onze dias de agosto. 
Como o processo abrangeu, simultaneamente, o fran-
go paulista e o mineiro, nas duas praças o produto 
alcançou cotação que é recorde histórico – R$2,15/kg 
em São Paulo; R$2,30/kg em Minas Gerais.O principal 
fator determinante da atual escalada de mercado é o 
esgotamento da capacidade produtiva do setor ocorri-
da cerca de 60 ou mais dias atrás. Assim, o frango vivo 
tende, tanto em São Paulo como em Minas Gerais, 
encerrar agosto corrente com a melhor média nominal 
de preços de todos os tempos.
Novas altas fazem frango 
vivo superar recorde 
histórico
4
3
A Agência de Segu-rança Alimentar 
do Reino Unido (FSA, 
na sigla em inglês), 
acaba de designar uma 
comissão de pesquisa-
dores cujo objetivo é 
avaliar a possibilidade 
de uso de um novo 
aditivo alimentar pro-
duzido a partir do 
extrato de crista de 
galo.
A finalidade do 
aditivo é mantida em 
segredo. Mas sabe-se 
que o extrato de crista 
de galo é rico em hialu-
ronato de sódio, subs-
tância utilizada no tratamento de várias doenças 
humanas e animais.
Novo aditivo alimentar: 
extrato de crista de galo
2
A Cargill abriu o jogo e ofereceu €1,5 bilhão (R$3,4 bilhões) pela Provimi. De sua parte, a 
Permira, fundo de investimentos que adquiriu a 
empresa holandesa em 2007, concordou em dar 
início ao necessário processo de aprovação.
Com a concretização da compra da Provimi – 
operação que deve passar pelo crivo das autoridades 
de defesa econômica da União Europeia – a Cargill, 
pelo menos em território brasileiro, retorna às ori-
gens, isto é, à industrialização de rações e concentra-
dos. É que a Provimi está presente no Brasil através 
da Nutron.
Leia mais na página 18.
Aautoridade de segurança alimentar da União Europeia (identificada, em inglês, pela sigla 
EFSA) emitiu parecer técnico-científico do interesse 
de empresas processadoras de resíduos de incuba-
tórios e de indústrias de ração para pequenos 
animais. 
UE emite parecer sobre 
uso de resíduos de 
incubatório em ração pet
MAPA divulga programa 
de controle de resíduos 
para 2011
5
10 Produção Animal | Avicultura
Notícias
Interessados já podem enviar 
trabalhos para premiação
WPC 2012
O XXIV Congresso Mundial de Avicultura (WPC 2012) abre as 
submissões de resumos científicos para 
participação no evento. Os resumos 
devem ser submetidos até dia 13 de 
janeiro de 2012 em três categorias distin-
tas para passarem pela avaliação de uma 
comissão responsável por cada uma das 
áreas. As categorias são Student 
Program, para estudantes de graduação e 
pós-graduação com até 30 anos de 
idade, Young Scientist, para recém-for-
mados com menos de 35 anos de idade e 
Geral (Scientist Program) para pesquisa-
dores que não se encaixam em nenhuma 
das categorias acima. 
Após a pré-seleção, haverá a indica-
ção dos resumos que serão apresentados 
oralmente e os que ficarão expostos em 
pôsteres no Centro de Convençõesde 
Salvador, BA. Os trabalhos serão vistos 
por público estimado em 9 mil visitantes. 
Universitários, pesquisadores, professores 
e estudantes interessados em enviar seus 
resumos ao WPC 2012 já podem subme-
tê-los pelo site indicado abaixo. 
XXIV Congresso 
Mundial de Avicultura 
(WPC 2012) 
Data: 5 a 9 de agosto de 2012
Local: Salvador, Bahia 
Organização: WPSA e FACTA
Mais informações: 
www.wpc2012.com.br 
9° Simpósio da Acav 
reúne grandes parceiros
Evento 
Caracterizado como um dos maiores eventos nacionais da avicultura promo-
vidos em Santa Catarina, o 9º Simpósio 
Técnico de Incubação, Matrizes de Corte e 
Nutrição contará com grandes parceiros. O 
evento, promovido pela Associação 
Catarinense de Avicultura (Acav), está 
programado para o período de 21 a 23 de 
setembro, no centro de convenções do 
Hotel Sibara, em Balneário Camboriú, SC, e 
reunirá aproximadamente 500 pessoas 
entre empresários, técnicos, autoridades, 
imprensa e demais convidados. 
9° Simpósio Técnico 
de Incubação, Matrizes 
de Corte e Nutrição
Data: 21, 22 e 23 de setembro
Local: Hotel Sibara, em 
Balneário Camboriú, SC
Organização: Associação 
Catarinense de Avicultura (ACAV)
Mais informações: 
www.acavsc.org.br/simposio 
Congresso 
Brasileiro tem 
programação 
diversificada
Em Outubro
22º Congresso Brasileiro 
de Avicultura
Data: 25 a 27 de outubro 
Local: Centro de Eventos Imigrantes, 
em São Paulo, SP
Organização: UBABEF
Mais informações: www.ubabef.com.
br, congresso@ubabef.com.br
Os participantes do 22°Congresso Brasileiro de Avicultura Brasileira, 
que será realizado entre 25 e 27 de 
outubro de 2011, no Centro de 
Exposições Imigrantes, em São Paulo 
(SP) contarão com um painel especifica-
mente voltado para os cuidados rela-
cionados à prevenção da salmonelose.
Com o tema “Controle de 
Salmonella em Aves e Produtos 
Avícolas”, o encontro trará especialistas 
nacionais e internacionais para tratar 
tópicos como tendências e limitações 
de ferramentas de diagnóstico, preven-
ção e controle no campo, intervenções 
no abate e processamento, entre ou-
tros. Entre os nomes confirmados para 
o painel estão os dos especialistas 
Alberto Back e Wladimir Pinheiro.
Além disso, os produtores de ovos 
também terão uma série de atrações.
Uma delas será um curso do Projeto 
Produtor que será especialmente dedi-
cado aos produtores de ovos. Em deba-
te, estarão princípios da produção e 
perspectivas de mercados. Produtores 
de Bastos (SP), Itanhandu (MG) e de 
pólos do Espírito Santo já confirmaram 
presença como expectadores.
Produção Animal | Avicultura 11
Leia as últimas notícias do setor em www.avisite.com.br 
Mudança na Agricultura é oportunidade 
para rever procedimentos e corrigir falhas
Serviço de controle veterinário 
Diante de todas as ocorrências que culminaram com a substituição do 
Ministro da Agricultura do Brasil, pas-
sou despercebida a divulgação de uma 
nota na qual o governo russo denuncia 
a deterioração do serviço de controle 
veterinário brasileiro.
Poderia ter sido apenas mais uma 
das inúmeras matérias vindas das agên-
cias internacionais desde que a Rússia 
passou a contestar os padrões sanitá-
rios brasileiros. Mas não: a fonte da 
notícia foi um órgão do próprio gover-
no federal, a Agência Brasil, integrante 
da Radiobras. Que baseou seus comen-
tários em outro órgão oficial, este 
externo: o Rosselkhoznadzor, Serviço 
Federal de Fiscalização Veterinária e 
Fitossanitária da Rússia.
A grande surpresa da nota, entre-
tanto, está no balanço que a autorida-
de sanitária russa (no caso, Yevgeny 
Nepoklonov, vice-diretor do 
Rosselkhoznadzor) faz da evolução dos 
controles sanitários brasileiros. Pois, 
conforme escreveu a Agência Brasil, 
Nepoklonov observou “com pesar” 
que a qualidade dos serviços veteriná-
rios brasileiros já foi “muito melhor”, 
tendo atingido seu nível mais elevado 
em 2007.
Dois ex-Ministros da Agricultura 
também gaúchos e ora diretamente 
ligados à exportação de carnes 
(Francisco Turra e Marcus Vinicius 
Pratini de Moraes) estiveram presentes 
à posse do novo Ministro da 
Agricultura, o gaúcho Mendes Ribeiro 
Filho. É preciso demonstrar ao novo 
titular da Pasta que algo não caminha 
bem no maior exportador mundial das 
carnes de frango e bovina. A tal ponto 
que nossas falhas internas chegam a 
ser mencionadas pelos próprios 
importadores.
Por enquanto, tais falhas são vistas 
“com pesar”. Mas em um mercado 
cada vez mais protecionista, podem se 
transformar em instrumento de retalia-
ção sem qualquer possibilidade de 
retorno.
Para acessar o documento russo: 
www.fsvps.u/svps/news/3439.html 
?_language=en.
Mendes Ribeiro Filho assume 
pasta
O ex-deputado federal Mendes 
Ribeiro Filho (PMDB) assumiu o 
Ministério da Agricultura em cerimô-
nia realizada na terça-feira, dia 23 de 
agosto. Na ocasião, o novo ministro 
afirmou que a busca de recursos para 
o seguro rural, a defesa agropecuária 
e a Embrapa são metas da sua gestão. 
“Serei parceiro da agricultura e acho a 
Embrapa fundamental. As prioridades 
da Embrapa serão minhas priorida-
des”, declarou. Em relação ao embar-
go da Rússia, o ministro disse que já 
tem conhecimento do impasse e que 
se for necessário, visitará o país situa-
do no leste europeu. Mendes Ribeiro 
Filho salientou que o mercado russo 
tem características próprias que preci-
sam ser trabalhadas, como a questão 
de acesso e o controle de mercado.
Formado em direito, Mendes 
Ribeiro Filho começou a carreira políti-
ca em 1974, como militante do MDB. 
Foi deputado estadual nas legislaturas 
de 1986 a 1990 e de 1991 a 1994. 
Antes de ser indicado para o 
Ministério da Agricultura, Mendes 
Ribeiro Filho, de 56 anos, era líder do 
governo no Congresso. Na Câmara, 
estava no quinto mandato consecutivo 
como deputado federal. 
A indicação ao cargo foi feita pelo 
PMDB e levada à presidenta Dilma 
Rousseff depois que o ex-ministro 
Wagner Rossi (PMDB) pediu demissão 
após denúncias publicadas pela im-
prensa com acusações de irregularida-
des na pasta. As informações partem 
da assessoria do Mapa. 
É preciso demonstrar 
ao novo titular da 
Pasta que algo não 
caminha bem no 
maior exportador de 
carne de frango
Turra e Mendes Ribeiro na 
cerimônia de posse 
12 Produção Animal | Avicultura
Notícias
Justiça 
derruba 
resolução 947 
Granjas comerciais 
Granjas avícolas de produção co-mercial em todo o País estão 
dispensadas de cumprir a resolução 
947, de 2010, que altera normas de 
registro e responsabilidade técnica. A 
decisão em primeira instância da 
Justiça Federal de Brasília favorece 
indústrias integradoras associadas à 
Ubabef. As empresas discordam do 
artigo que determina que cada veteri-
nário seja responsável técnico (RT) de, 
no máximo, 80 propriedades, desde 
que não ultrapasse 100 quilômetros 
do seu domicílio e a capacidade de 
alojamento não exceda 4 milhões de 
aves. 
Entretanto, a queda de braço 
judicial está longe do fim. O Conselho 
Federal de Medicina Veterinária 
(CFMV) entrou com recurso contes-
tando a decisão judicial. 
Acesse a resolução 947 na seção 
de legislação no AviSite: www.avisite.
com.br/legislacao/anexos/resolu-
cao_947.pdf
MTE coloca norma em 
consulta pública 
normatizacao.sit@mte.gov.br
Para abatedouros 
O Diário Oficial da União do dia 17 de agosto publicou a Portaria nº 
273/2011, da Secretaria de Inspeção 
do Trabalho do Ministério do Trabalho 
e Emprego, através da qual é disponi-
bilizado para consulta pública texto 
básico para criação da “Norma 
Regulamentadora sobre Abate e 
Processamento de Carnes e 
Derivados”. 
A Portaria também fixou o prazo 
de sessenta dias a partir data da publi-
cação no DOU, para a apresentação de 
sugestões ao texto proposto. As su-
gestões devem ser encaminhadas por 
via eletrônica ou pelo correio. 
Departamento de Segurança e Saúde 
no Trabalho, Coordenação-Geral de 
Normatização e Programas - Esplanada 
dos Ministérios - Bloco”F” - Anexo “B” - 1º 
Andar - Sala 107 - CEP 70059-900 - 
Brasília/DF. 
Acesse a íntegrado texto do MTE 
colocado sob consulta pública: 
portal.mte.gov.br/legislacao/normas-
regulamentadoras-1.htm. 
Laboratório no RS recebe credenciamento 
IA e Newcastle 
No final de julho, o Laboratório de Virologia do Instituto de Pesquisa Veterinária Desidério Finamor (IPVDF) 
recebeu o credenciamento junto ao Ministério da 
Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) para a aplica-
ção da técnica ELISA para Influenza Aviária e Doença de 
Newcastle. O IPVDF é um órgão vinculado ao Estado do Rio 
Grande do Sul, especializado no fomento e execução de 
pesquisas. Após a publicação do credenciamento no Diário 
Oficial da União, o IPVDF poderá apoiar as ações de vigilân-
cia ativa para Influenza Aviária e Doença de Newcastle. 
Com este credenciamento a avicultura do Rio Grande do 
Sul cumpre uma importante etapa preconizada na Instrução 
Normativa n°17 do Mapa, que trata do Plano de 
Regionalização e definição de status sanitário dos Estados. 
As informações foram divulgadas pela Associação Gaúcha 
de Avicultura do Rio Grande do Sul (Asgav).
IPVDF é um órgão vinculado ao Estado 
do Rio Grande do Sul, especializado no 
fomento e execução de pesquisas 
Produção Animal | Avicultura 13
Leia as últimas notícias do setor em www.avisite.com.br 
14 Produção Animal | Avicultura
Notícias
Em 2020, produção mundial vai 
alcançar 125 milhões de toneladas 
Carne avícola 
Partindo do princípio de que em 2010 o mundo produziu 99,3 
milhões de toneladas de carnes aví-
colas (preponderantemente, de fran-
go), trabalho conjunto desenvolvido 
pela Organização das Nações Unidas 
para Agricultura e Alimentação (FAO) 
e Organização para Cooperação e 
Desenvolvimento Econômico (OCDE) 
estima que dez anos depois – ou 
seja, no final desta década, em 2020 
– a produção mundial terá crescido 
26,3%, o que significa chegar a algo 
próximo dos 125,5 milhões de 
toneladas.
Em valores relativos, a maior 
contribuição para esse aumento – ex-
pansão de 67,5% - virá dos países 
menos desenvolvidos. Mas isso não 
terá maior significado na produção, 
visto que a participação desses paí-
ses no total mundial permanecerá 
em torno dos 2%.
Assim, os países em desenvolvi-
mento é que serão os principais im-
pulsionadores do incremento previs-
to. O projetado é um aumento de 
31,4% sobre o total estimado para 
2010, o que significa que serão res-
ponsáveis por quase 70% do adicio-
nal de 26 milhões de toneladas esti-
mado para 2020.
O Brasil integra esse grupo. Mas, 
como mostra a tabela acima, seus 
índices de expansão tendem a ser 
menores que o previsto para os de-
mais países em desenvolvimento. 
Aliás, no caso brasileiro, chama a 
atenção o fato de a projeção prever 
evolução apenas 0,1 ponto percentu-
al maior que a dos países desenvolvi-
dos, cujo aumento é previsto em 
17,2%.
Nesse passo, a participação do 
Brasil na produção mundial irá recuar 
cerca de 7% e ficar próxima, mas 
abaixo, dos 12%. 
Maior contribuição 
para esse 
aumento – expansão 
de 67,5% – virá 
dos países menos 
desenvolvidos
Produção Animal | Avicultura 15
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Estimativa de alojamento para 
matrizes de corte no Brasil
Triênio 2009-2011
Sem os dados exatos sobre o aloja-mento para matrizes de corte, 
levanta-se a hipótese de que o setor 
tenha tido, de 2008 para cá, a mesma 
reação observada em duas ocasiões 
anteriores quando, a exemplo do que 
ocorreu três anos atrás, o volume de 
matrizes alojadas excedeu todas as 
possibilidades de consumo interno e 
externo.
Em 1987, o setor foi artificialmente 
estimulado a ampliar seu plantel repro-
dutor e, então, aumentou em 27% 
(sobre o ano anterior) o alojamento de 
matrizes de corte. O mercado, óbvio, 
recebeu mal esse exagero e forçou o 
setor a retornar “aos eixos”. Resultado 
principal: só no terceiro ano após o 
excesso (1990) é que o volume alojado 
voltou a superar o recorde de 1987.
Situação similar se repetiria cerca 
de uma década depois, em decorrên-
cia de problema sanitário que reduziu 
drasticamente a produção do setor. Na 
tentativa de superá-lo, houve um alo-
jamento indiscriminado de matrizes, 
com efeito similar ao da ocorrência de 
1987-1990: só em 2002 o volume 
alojado voltou a superar o de 1999.
A hipótese atual é a de que tudo 
tenha se repetido nesta última crise. 
Assim, os alojamentos de 2009 e 2010 
ficaram aquém do registrado em 2008 
(aumento de quase 15% sobre 2007) e 
só agora, em 2011, voltam a superar 
aquele alto alojamento.
Neste caso, as matrizes de corte 
tendem a alcançar, pela primeira vez, a 
marca dos 50 milhões de cabeças 
anuais, o equivalente a um acréscimo 
de cerca de 3% sobre 2008. O volume 
apontado também corresponde a um 
incremento médio de pouco mais de 
5,5% ao ano em relação ao que foi 
alojado em 1979 – menos de 10 mi-
lhões de matrizes de corte.
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Matrizes de corte 
tendem a alcançar, 
pela primeira vez, 
a marca dos 
50 milhões de 
cabeças anuais
16 Produção Animal | Avicultura
Notícias
USDA investe US$ 40 milhões 
em produtos avícolas
Salvando a pátria 
A indústria norte-americana do frango – representada pelo 
Conselho Nacional do Frango (NCC, 
na sigla em inglês) – recebeu de bom 
grado a iniciativa do Departamento 
de Agricultura dos EUA (USDA) de 
investir em torno de US$ 40 milhões 
(algo perto de R$ 64 milhões) na 
aquisição de produtos avícolas para a 
merenda escolar do país. Segundo o 
Secretário (Ministro) da Agricultura, 
Tom Vilsack, a iniciativa apoia a in-
dústria e os pequenos produtores que 
tiveram que reduzir seus plantéis. 
“Esse investimento vai ajudar no au-
mento da linha de produção para 
suprir a demanda”, afirmou. De acor-
do com o Wall Street Journal, o NCC 
vem pressionando o USDA contra os 
subsídios para a produção de etanol a 
partir do milho e faz lobby por uma 
ajuda às indústrias na aquisição do 
insumo. 
Para Mike Brown, presidente do 
NCC, a ajuda do USDA é muito bem 
vinda. “Com a iniciativa, o governo 
está oferecendo à população uma 
proteína de qualidade enquanto ajuda 
a indústria a se livrar de estoques 
excessivos”, afirma. 
Os estoques de carne de frango 
estão 13,1% maiores do que no mes-
mo período do ano passado segundo 
dados do USDA. Asas e peito de fran-
go apresentaram queda de preço de 
mais de 20% em relação ao que va-
liam no ano passado, conforme o 
Livestock Marketing Information 
Center.
As quotas de importação para 2012
Rússia
Resolução assinada pelo governo russo no final de julho e divulga-
da por Moscou estabelece – ainda 
não definitivamente – o volume das 
carnes bovina, suína, de frango e de 
peru a serem importadas pela Rússia 
em 2012 através do sistema de quo-
tas implantado há quase uma 
década.
Carne bovina fresca ou refrigera-
da e carne bovina congelada ficaram 
em, respectivamente, 30 mil e 530 
mil toneladas, o que significa que 
permaneceram com o mesmo volume 
definido em resolução de dezembro 
de 2009.
Para a carne suína fresca, refrige-
rada ou congelada e os cortes de 
carne suína foi estabelecida uma 
quota total de 350 mil toneladas, o 
que representou redução de 150 mil 
toneladas em relação à quota estabe-
lecida para 2011.
A quota definida para as carnes 
avícolas inovou ao estabelecer que 80 
mil toneladas serão, exclusivamente, 
de carne congelada de frango ou de 
peru desossada. A quota se completa 
com 250 mil toneladas de cortes. O 
total previsto representa redução de 
20 mil toneladas sobre 2011. De toda 
forma, ao contrário das vezes anterio-
res, desta vez não foram dadas quo-
tas específicas a este ou aquele país. 
Ou seja: volta a haver concorrência. O 
texto integral (em russo) da resolução 
governamental (nº 616) que trata das 
quotas de importação de carne para 
2012 está disponível em www.tks.ru/
news/law/2011/07/29/0006.
RÚSSIA
Cotas paraimportação de carnes em 2012
MIL TONELADAS
Carne bovina fresca ou refrigerada 30
Carne bovina congelada 530
Carne Suína fresca, refrigerada ou 
congelada e cortes de carne suína
350
Cortes de carnes avícolas 250
Carne desossada de frango ou perú, 
congelada
80
Produção Animal | Avicultura 17
Tailândia entre 
os maiores 
exportadores 
Carne de frango enlatada 
Depois de colocar-se, no início deste século, entre os grandes players do mercado internacional de carne 
de frango e exportar volume equivalente a um terço das 
exportações brasileiras (2001), a Tailândia foi pratica-
mente alijada desse mercado com o registro 
(2003/2004) da Influenza Aviária do tipo H5N1.
A partir de então, suas exportações de carne de 
frango ficaram praticamente reduzidas ao produto 
processado (carne cozida). Isso levou o setor a realizar 
fortes investimentos no processamento e, hoje, a 
Tailândia se coloca entre os maiores exportadores mun-
diais de carne de frango enlatada. 
Dados levantados pelo Departamento de Agricultura 
dos EUA (USDA) apontam que em 2008 o país exportou 
mais de 400 mil toneladas do produto.
Pelas projeções do USDA, em 2011 a Tailândia deve 
exportar cerca de 475 mil toneladas de carne de frango, 
o que corresponde a mais de 100% de aumento em 
relação a 2004 (no mesmo período as exportações 
brasileiras aumentaram pouco mais de 50%).
Além de investir no processamento do produto 
final, a avicultura tailandesa também vem investindo – e 
pesadamente – na biossegurança do setor. Inclusive na 
implantação da compartimentação sanitária, o que deve 
dar novo status à atividade. 
Em decorrência o país pode, em curtíssimo prazo, 
reabrir mercados ora fechados ao seu frango in natura. 
O Japão – que continua a importar da Tailândia apenas 
o frango processado – é a grande meta da avicultura 
tailandesa. O que coloca em risco a manutenção de um 
dos principais mercados da carne de frango brasileira.
Japão é a grande 
meta da avicultura 
tailandesa. 
O que coloca em 
risco um dos 
principais mercados 
brasileiros 
18 Produção Animal | Avicultura
Notícias / Agroindústrias
BR Frango inaugura sua 
fábrica de ração 
No PR
A inauguração da fábrica de rações da BR Frango, indústria avícola de 
Santo Inácio, no PR, aconteceu no dia 
17 de agosto. Este foi o primeiro setor 
a entrar em operação no complexo 
industrial, que também é composto 
por um abatedouro e uma fábrica de 
graxarias. A previsão é que até outubro 
deste ano o complexo todo já esteja 
em atividade. A BR Frango foi projeta-
da para atender com capacidade plena 
em dois anos, ao custo total de implan-
tação superior a R$ 100 milhões.
Com uma área total de 890 m², a 
fábrica de ração da BR Frango terá 
capacidade de produção de 30 tonela-
das por hora de ração peletizada, o 
que confere uma produção mensal de 
cerca de 18 mil toneladas por mês. 
“Além de oferecer um produto de alta 
performance, o fato da fábrica ser 
totalmente automatizada oferece 
maior precisão nas dosagens, otimiza-
ção do tempo de expedição e redução 
do custo com mão de obra”, comenta 
o presidente da BR Frango, Reinaldo 
Morais. 
A fábrica foi projetada para aten-
der às demandas da indústria, que até 
2013 deve abater 420.000 aves por dia 
e manter cerca de 100 aviários pró-
prios, além de outros 140 no sistema 
de integração. Enquanto o abatedouro 
da empresa não inicia sua produção, a 
BR Frango firmou uma parceria com o 
grupo paranaense Big Frango, na qual 
ficará responsável por produzir 500 
toneladas de ração por dia para o 
grupo, enquanto sua unidade fabril em 
Rolândia estiver em manutenção. As 
informações são da assessoria de im-
prensa da BR Frango.
Cargill oferece €1,5 bilhão 
pela Provimi
Em processo de aprovação
Ao contrário de outros interessados na empresa, a Cargill abriu o jogo 
e ofereceu €1,5 bilhão (R$3,4 bilhões) 
pela empresa holandesa Provimi. De 
sua parte, a Permira, fundo de investi-
mentos que adquiriu a Provimi em 
2007, concordou em dar início ao 
necessário processo de aprovação.
Conforme dirigentes da Cargill, a 
aquisição permite a expansão das 
operações da companhia e faz da 
empresa uma líder mundial no campo 
da nutrição animal. 
Presente no Brasil desde 1965, a 
Cargill foi uma das primeiras indústrias 
de ração norte-americanas a se instalar 
no País, onde chegou a produzir e 
processar carne de frango em duas 
ocasiões (a última, através da Seara, 
adquirida em 2004 e vendida poste-
riormente à Marfrig). Atualmente, sua 
atuação na área de nutrição animal 
está resumida, principalmente, à fabri-
cação de farelos.
Com a concretização da compra da 
Provimi – operação que deve passar 
pelo crivo das autoridades de defesa 
econômica da União Europeia – a 
Cargill, pelo menos em território brasi-
leiro, retorna às origens, isto é, à indus-
trialização de rações e concentrados. É 
que a Provimi está presente no Brasil 
através da Nutron.
Fábrica foi projetada 
para atender às 
demandas da 
indústria
Produção Animal | Avicultura 19
C.Vale reconstruirá 
planta incendiada 
Até fevereiro 
Adireção da C.Vale, de Palotina, oeste do Paraná, planeja começar em meados de agosto a recons-
trução de sua unidade avícola que foi atingida por 
incêndio em maio, segundo a assessoria de imprensa 
da empresa. Na ocasião, ela perdeu 20 mil dos 45 mil 
metros quadrados do abatedouro. Agora, está termi-
nando a retirada de entulhos e a conclusão da obra 
está prevista para fevereiro. 
Segunda maior cooperativa do Paraná, atrás da 
Coamo, a C.Vale faturou R$ 2,4 bilhões em 2010. O 
Presidente da cooperativa, Alfredo Lang, conta que 
suspendeu alguns projetos, como o da unidade de 
esmagamento de soja, cuja inauguração estava pre-
vista para 2013. O executivo afirma que em setembro 
serão revisados investimentos, uma vez que a priori-
dade desde o incêndio foi evitar que produtores e 
empregados - cerca de 3,5 mil - fossem prejudicados. 
relação a 2004 (no mesmo período as exportações 
brasileiras aumentaram pouco mais de 50%).
Conclusão da obra está 
prevista para fevereiro 
20 Produção Animal | Avicultura
Brasil Foods anuncia fábrica 
no Oriente Médio
Depois da fusão
A Brasil Foods vai construir uma fábrica de processados no 
Oriente Médio, nos Emirados Árabes 
Unidos. O projeto representa investi-
mento da ordem de US$ 120 mi-
lhões, a serem aplicados em duas 
etapas: US$ 95 milhões na primeira 
fase e os restantes US$ 25 milhões na 
segunda. 
A planta terá capacidade de pro-
dução de cerca de 80 mil toneladas/
ano, quando estiver operando a ple-
na carga. O início das operações está 
previsto para o final de 2012. 
Atualmente, o Oriente Médio 
representa 31,8% das exportações 
da BRF. As informações partem da 
assessoria da empresa. 
O anúncio aconteceu no momen-
to em que a empresa se prepara para 
vender parte de seus ativos em bloco, 
após acordo fechado com o Conselho 
Administrativo de Defesa Econômica 
(Cade), no início do próximo ano.
Notícias / Agroindústrias
Vendas da 
Tyson batem 
recordes, mas 
lucro cai
Balanço trimestral 
As vendas da Tyson Foods, uma das maiores companhias de 
carnes do mundo, cresceram 
10,9% e somaram US$ 8,2 bilhões 
no terceiro trimestre fiscal, um 
recorde. Apesar do crescimento, o 
retorno dos acionistas foi menor. O 
lucro líquido da companhia caiu 
21%, para US$ 196 milhões ou US$ 
0,51 por ação, enquanto o resulta-
do operacional registrou uma que-
da de 38,4%, para US$ 312 
milhões.
De acordo com a companhia, o 
aumento das vendas foi mais do 
que compensado pela expansão 
dos custos, que cresceram 15,4%, 
a US$ 7,7 bilhões. Os preços de 
matérias-primas como soja e milho 
registraram aumentos expressivos 
nos últimos 12 meses, ao mesmo 
tempo em que os preços do frango 
operam em níveis historicamente 
baixos. Neste segmento, a margem 
operacional da companhia caiu 
quase 85%, apesar de um cresci-
mento de 10,8% na receita, que 
somou US$ 2,8 bilhões.
As informações são do Valor 
Econômico. 
Minerva admite 
estudar ativos da BRF
Processamentoe distribuição
Terceiro maior frigorífico do país, o Minerva assume que estuda a 
aquisição de ativos da BRF Brasil 
Foods, mas descarta entrar na área 
de abate de frangos e suínos. Em 
encontro com jornalistas nesta ma-
nhã, em Barretos, o CEO da compa-
nhia, Fernando Galletti de Queiroz, 
disse que apenas a parte de proces-
samento e distribuição, em que já 
atua, interessa à empresa.
“Se os ativos puderem ser fatia-
dos, estamos em condição de fazer 
uma oferta. Mas se for um pacote 
fechado, estamos fora”, afirma o 
executivo.
Segundo ele, o Minerva faz ques-
tão de manter seu foco no abate de 
bovinos. Queiroz disse que ainda 
aguarda informações mais claras 
sobre os negócios da BR Foods que 
serão colocados à venda. As informa-
ções foram divulgadas pelo Valor 
Econômico.
Oriente Médio 
representa 31,8% das 
exportações da BRF
Produção Animal | Avicultura 21
Leia as últimas notícias do setor em www.avisite.com.br 
M
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MAI$ CARNE POR M
COM O MENOR CU$TO.
2
Caderno Postura
22 Produção Animal | Avicultura
Notícias Curtas ......................... 22
Caderno 
Postura
As principais notícias do 
setor produtor de ovos 
Antioxidantes: duas 
gemas cruas têm 
quase o dobro de 
uma maçã 
Consumo de ovos ajuda 
a prevenir o câncer
Além do coração 
Pesquisadores da Universidade de Alberta, no Canadá, cons-tataram recentemente que 
além de ser excelente fonte de pro-
teínas, lipídios, vitaminas e minerais, 
o ovo também contém propriedades 
antioxidantes que ajudam não só na 
prevenção de doenças cardiovascu-
lares, mas também do câncer.
Avaliando ovos produzidos por 
poedeiras alimentadas com rações 
convencionais, à base de trigo ou 
milho, os professores Jianping Wu e 
Andreas Schieber constataram a 
presença, na gema, de dois aminoá-
cidos – triptofano e tirosina – com 
elevada propriedade antioxidante. 
Depois de analisar tais proprie-
dades, os pesquisadores constata-
ram que duas gemas cruas têm 
quase o dobro do valor antioxidante 
de uma maçã. A descoberta desses 
dois aminoácidos é importante, mas 
significa apenas o princípio de novas 
pesquisas voltadas à detecção de 
outras propriedades antioxidantes da 
gema do ovo, afirma o professor de 
Alberta. Acesse o sumário do traba-
lho publicado na revista científica 
Food Chemistry: www.sciencedirect.
com/science/article/pii/
S0308814611006248. 
Poedeiras 
alimentadas com 
rações à base de 
trigo ou milho, 
apresentam, na 
gema – triptofano e 
tirosina – com
elevada propriedade 
antioxidante
Brasileiro come mal, 
diz IBGE ................................. 28
23 Produção Animal | Avicultura
Ovos com 
ômega 3: 
Anvisa 
liberou 
rotulagem
23 Produção Animal | Avicultura
Anvisa prepara normativa 
que libera ovos enriquecidos 
Rotulagem 
Alimentos enriquecidos com vitaminas, proteínas e mine-rais estão fazendo a cabeça 
de muitos consumidores. Diante 
disso, algumas empresas lançaram 
os ovos enriquecidos com Ômega 3. 
O mais conhecido benefício do 
Ômega 3 é a sua capacidade de 
auxiliar na redução dos níveis de 
colesterol e triglicérides, assim como 
da pressão arterial. 
O Ômega 3 já está natural-
mente presente no ovo, mas este 
alimento pode ser ainda mais 
enriquecido com o nutriente, atra-
vés da suplementação às aves do 
precursor dos ácidos graxos Ôme-
ga-3: o ALA (ácido alfa linolênico), 
contido na semente de linhaça. 
Dessa forma, a ave consegue pro-
duzir os ácidos Ômega-3 mais 
nobres – o EPA ( ácido eicosapen-
taenóico) e o DHA ( ácido doco-
sahexaenóico), o que o organismo 
humano não consegue ou tem 
extrema dificuldade. 
Atenta, a Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária (Anvisa), soli-
citou no início de 2011 que o Mi-
nistério da Agricultura suspendes-
se a autorização para a rotulagem 
“ovos enriquecidos com Ômega 
3”. A petição ocorreu porque a 
Anvisa ainda não tinha entre suas 
normativas nada específico sobre 
o ovo enriquecido. Mas, através 
de reuniões com a Anvisa, o setor 
de postura comercial brasileiro, 
representado pela Ovos Brasil e 
pela Associação Paulista de Avicul-
tura (APA), conseguiu, no prazo 
de seis meses, apresentar explica-
ções e justificativas. A normativa 
entrou em consulta pública e, 
após esse período, a Anvisa acei-
tou as justificativas do setor e já 
avisou que vai liberar a rotulagem 
para o ovo enriquecido. Agora, o 
produto está novamente legaliza-
do. Falta apenas a publicação da 
normativa, que, inclusive, vai har-
monizar a liberação com os de-
mais países do Mercosul. 
Setor norte-americano se 
prepara para o fim 
Gaiola convencional
A União dos Produtores de Ovos dos EUA (UEP, na sigla em inglês) adotou uma atitu-
de inusitada: firmou acordo com a 
Sociedade Humanitária dos EUA, 
uma entidade protetora dos animais, 
para, em conjunto, elaborarem regu-
lamentação a ser transformada em lei 
federal aplicável a todas as poedeiras 
criadas no país, hoje estimadas em 
280 milhões de cabeças. Porém, o 
mais destacável nesse acordo é a 
aceitação, pela UEP, do fim das gaio-
las convencionais. Nesse sentido, a 
entidade só faz uma exigência: tem-
po suficiente para a substituição. 
No entender das duas entidades, 
a legislação federal deverá, entre 
outras exigências, determinar a subs-
tituição das gaiolas convencionais 
(hoje adotadas por mais de 90% do 
setor de postura norte-americano) 
pelas gaiolas enriquecidas, proporcio-
nando à poedeira o dobro do espaço 
disponível. Mas isso requer tempo 
(uma década e meia é o previsto no 
documento) e investimentos (estima-
dos por ora em US$4 bilhões). É 
prevista, também, a proibição da 
muda forçada.
Caderno Postura
24 Produção Animal | Avicultura
Organizadores do Dia Mundial do Ovo 
definem ações e estratégias 
Campanha
Membros da organização do Dia Mundial do Ovo no Brasil reuniram-se 
para delinear e dar os ajustes finais 
a algumas das principais ações 
desenvolvidas para promover o 
consumo do ovo e para marcar as 
celebrações da data. O Dia Mundial 
do Ovo pretende movimentar 10 
Estados brasileiros (RS, PR, SC, SP, 
RJ, ES, MG, GO, CE e RN) no próxi-
mo dia 14 de outubro com ativida-
des e degustação do produto em 
escolas, universidades, restauran-
tes, pontos de venda e programas 
de televisão. A campanha também 
contará com a realização de um 
Festival Gastronômico do Ovo 
- com a participação de um famoso 
chef de cozinha, além de envolver 
uma grande campanha de divulga-
ção em diversos canais de comuni-
cação e em redes sociais.
O Instituto Ovos Brasil, que 
gerencia a campanha, está organi-
zando ações coletivas e simultâne-
as de promoção do ovo nestes 10 
Estados durante a data. Serão 
atividades padronizadas e com 
apoio de profissionais especializa-
dos (nutricionistas, médicos, técni-
cos da avicultura), que têm como 
objetivo apresentar os benefícios 
do ovo a consumidores finais, jo-
vens, profissionais da saúde e for-
madores de opinião. “Nossa meta 
é aumentar o consumo de 145 
ovos por pessoa em 2011 para 208 
ovos per capita nos próximos anos. 
Isto significa quatro ovos por sema-
na, em um futuro próximo. Este 
aumento contribui não só com a 
cadeia produtiva, como também 
melhora a nutrição do brasileiro. 
Por isso, convidamos os profissio-
nais da cadeia produtiva para parti-
cipar desta celebração conosco”, 
explica José Roberto Bottura, dire-
tor executivo do Ovos Brasil. 
A equipe de organização do 
Dia Mundial do Ovo no Brasil, 
formada por membros do Instituto 
Ovos Brasil, Novus, Uniquímica e 
RN Comunicação Total ainda finali-
zaria todas as estratégias da cam-
panha e anunciar o site oficial do 
Dia do Ovo. Segundo Bottura, 
todo este trabalho tem o apoio de 
empresas parceiras, associações 
regionais de avicultura e de profis-
sionais voluntários, que estão se 
engajando na promoção do ovo. 
“Nós vamos precisar de muito 
mais apoio para fazer uma grande 
celebração do Dia Mundial do 
Ovo, e no site oficial do evento, 
que será lançado nos próximos 
dias, as pessoas ficarão sabendo 
como é que elas podem nos ajudar 
comesta campanha e como se 
tornar um ‘Embaixador do Ovo’, 
revela Bottura.
Dia Mundial do Ovo
Criado em 1996 pelo Interna-
tional Egg Commission (IEC), com 
sede em Londres, na Inglaterra, o 
Dia Mundial do Ovo (World Egg 
Day) tem como finalidade destacar 
e celebrar o produto como um dos 
mais nutritivos e versáteis alimen-
tos à dieta humana, além de inte-
grar pessoas de todas as partes do 
mundo para um intercâmbio de 
informações nutricionais e receitas 
sobre o ovo. Países como México, 
Austrália, Argentina, Reino Unido, 
Dinamarca, Holanda, Hungria, 
Nigéria e Estados Unidos (só para 
citar alguns exemplos) costumam 
organizar grandes eventos para 
comemorar o Dia do Ovo. Entre as 
atividades realizadas estão pales-
tras, lançamento de livros de recei-
tas, competições esportivas, corri-
da de balões e degustações 
coletivas de receitas com ovos.
De acordo com o IEC, o ovo 
pode ser descrito da seguinte for-
ma: “O ovo é um alimento único 
– compacto, economicamente 
acessível, que mantém a sua fres-
cura durante muito tempo e é 
convenientemente embalado pela 
própria natureza. Pessoas de todos 
os cantos do mundo apreciam o 
ovo, que é um dos principais ingre-
dientes de uma dieta nutritiva e 
saudável”. 
O Dia Mundial do Ovo é come-
morado sempre na segunda sexta-
-feira do mês de outubro, sendo a 
data celebrada em 2011 no dia 14. 
O objetivo do 
evento, agendado 
para o próximo 
dia 14 de outubro, 
é divulgar os 
benefícios do ovo 
e promover o seu 
consumo no Brasil
25 Produção Animal | Avicultura
Caderno Postura
26 Produção Animal | Avicultura
Brasileiro come mal
IBGE
Ao divulgar os resultados da “Análise do Consumo Ali-mentar Pessoal no Brasil”, 
estudo realizado em parceria com o 
Ministério da Saúde, o Instituto Brasi-
leiro de Geografia e Estatística (IBGE) 
observou que a população brasileira 
se alimenta inadequadamente, pois 
combina a tradicional dieta à base de 
arroz e feijão com alimentos alta-
mente calóricos e pouco nutritivos.
Conforme o IBGE, a ingestão 
diária de frutas, legumes e verduras 
está abaixo dos níveis recomendados 
pelo Ministério da Saúde (400 gra-
mas/dia) para mais de 90% da popu-
lação. Já as bebidas com adição de 
açúcar (sucos, refrescos e refrigeran-
tes) têm consumo elevado, especial-
mente entre os adolescentes, que 
ingerem o dobro da quantidade 
registrada para adultos e idosos, 
além de apresentarem alta frequên-
cia de consumo de biscoitos, lingui-
ças, salsichas, mortadelas, sanduí-
ches e salgados e uma ingestão 
menor de feijão, saladas e verduras.
E onde entram frangos e ovos 
nessa historia? Na relação que elabo-
rou apontando os 20 alimentos mais 
consumidos, o IBGE mostra que as 
aves (isto é, não só o frango, mas 
também pato, peru, marreco, ganso, 
angola, etc.) estão na nona posição, 
com um consumo médio diário da 
ordem de 36,5 gramas. Já os ovos 
surgem na vigésima posição, isto é, 
no último posto da relação, com um 
consumo diário de 11,7 gramas.
Para acessar o texto integral da 
“Análise do Consumo Alimentar 
Pessoal no Brasil”: www.ibge.gov.br/
home/estatistica/populacao/condica-
odevida/pof/2008_2009_analise_
consumo/default.shtm. 
O estudo divulgado, por sinal, é 
bem mais amplo e traz uma série de 
outras informações, todas disponíveis 
na internet, como as “Tabelas de 
Composição Nutricional dos Alimen-
tos Consumidos no Brasil” e a “Ta-
bela de Medidas Referidas para os 
Alimentos Consumidos no Brasil”. 
A partir das informações da 
pesquisa também é possível gerar 
gráficos dinâmicos. Eles permitem 
elaborar gráficos e tabelas com a 
composição e o teor nutricional dos 
alimentos, conforme as diferentes 
formas de preparo.
ALIMENTOS
Consumo médio dos brasileiros - Consumo diário e percentual fora 
do domicílio - 2008-2009
ALIMENTO GRAMAS DIÁRIAS % FORA
1º Café 215,1 10,1%
2º Feijão 182,9 12,2%
3º Arroz 160,3 12,5%
4º Sucos/refrescos 145,0 18,5%
5º Refrigerantes 94,7 39,9%
6º Carne bovina 63,2 16,6%
7º Pão de sal 53,0 9,1%
8º Sopas e caldos 50,3 11,5%
9º Aves 36,5 17,0%
10º Macarrão 36,3 15,5%
11º Leite integral 34,7 5,8%
12º Chá 31,3 8,9%
13º Cerveja 31,1 63,6%
14º Peixes 23,4 10,8%
15º Laranja 20,6 16,3%
16º Milho e preparações 20,4 7,6%
17º Bebidas lácteas 19,9 8,7%
18º Banana 18,6 11,6%
19º Sanduíches 11,8 41,4%
20º Ovos 11,7 6,7%
Fonte dos dados básicos: IBGE / Elaboração e análises: AVISITE
E onde entram frangos e ovos nessa história? 
Frango aparece na nona posição e o ovo na 
vigésima, o último posto da relação
27 Produção Animal | Avicultura
Nordeste lidera consumo per 
capita de ovos
Mais do IBGE
Pelos resultados do estudo “Análise do Consumo Ali-mentar Pessoal no Brasil”, do 
IBGE, a Região Nordeste registra o 
maior consumo per capita de ovos 
do País, com uma quantidade qua-
se 25% maior que a da segunda 
colocada, a Região Norte. 
Sudeste e Sul, as duas principais 
Regiões econômicas do País têm 
um consumo per capita que as 
coloca, respectivamente, na terceira 
e quarta posições. O menor consu-
mo ocorre na Região Centro-Oeste.
Aceitos esses padrões e consi-
derada a população regional levan-
tada pelo censo de 2010, o maior 
consumo total ocorre na Região 
Nordeste, vindo a seguir a Região 
Sudeste. 
Deve-se considerar, nos presen-
tes resultados, que eles se referem, 
especificamente, ao consumo de 
ovos in natura, independente de 
suas diferentes formas de preparo 
(cru, cozido, frito, etc.). Ou seja: 
grande parcela do produto é consu-
mida indiretamente, através de 
alimentos industrializados ou do-
mésticos, como massas e doces. 
Sob esse aspecto, é praticamente 
certo que o maior consumo per 
capita está na Região Sudeste. 
Caderno Postura
28 Produção Animal | Avicultura
Disponibilidade de ovos nos 
10 maiores produtores mundiais 
aumentou 25% em 10 anos
Per capita 
O s números da Organiza-ção das Nações Unidas para Agricultura e Alimen-
tação revelam que em 10 anos 
– de 1999 para 2009 – a produção 
mundial de ovos de galinha au-
mentou pouco mais de 25%.
Entre os 10 maiores produtores 
a expansão foi de 26,5%, regis-
trando-se expansão acima da mé-
dia na Indonésia (que subiu da 16ª 
posição para o 8º lugar), Ucrânia 
(do 18º para o 10º), Índia, México, 
Brasil e China. Já dois países – Ja-
pão e França – registraram redu-
ção em sua produção de ovos.
Apenas para simples compara-
ção, o AviSite contrapôs a produ-
ção apontada pela FAO (transfor-
mada em ovos de 65 gramas) à 
população desses países (ressalve-
-se: os dados de produção são de 
2009; a população é a prevista 
para 2011). O resultado obtido 
revela que o Brasil tem a terceira 
pior oferta per capita aparente 
entre os 10 maiores produtores 
mundiais. Ou seja: nesse quesito 
está à frente, somente, da Índia e 
da Indonésia. Os outros sete inte-
grantes dos rol dos “dez mais” 
têm uma oferta per capita aparen-
te superior a 200 e até 300 unida-
des/ano. 
OVOS DE GALINHA - 10 maiores produtores mundiais em 2009. Volume produzido, 
variação em uma década e oferta per capita aparente
PAÍS PRODUTOR
VOLUME PRODUZIDO 
EM 2009 TONELADAS
VARIAÇÃO EM 
10 ANOS (2009/1999)
VARIAÇÃO EM 
10 ANOS (2009/1999)
1. China (1) 23.633.659 27,7% 272,0
2. EUA (2) 5.349.100 8,9% 262,7
3. Índia (5) 3.200.000 74,3% 41,4
4. Japão (3) 2.505.000 -1,4% 304,7
5. México (6) 2.360.300 44,4% 319,3
6. Rússia (4) 2.194.500 18,9% 243,3
7. BRASIL (7) 1.921.890 31,0% 145,3
8. Indonésia (16) 1.059.270 101,9% 66,4
9. França (8) 918.300 -12,9% 216,3
10. Ucrânia (18) 913.400 85,9% 311,3
Subtotal 10 países 44.055.419 26,5% 179,4
 Demais 194 países 18.784.095 23,5% 91,7
Total FAO 204 países 62.839.514 25,6% 139,5
Fonte dos dados básicos: FAO / Elaboração e análises: AVISITE
O número entre parênteses indica a posição do país em 1999
Brasil tem a 
terceira pior 
oferta per capita 
aparente entre 
os 10 maiores 
produtores 
mundiais de 
ovos
29 Produção Animal | Avicultura
30 Produção Animal | Avicultura
Sustentabilidade 
Pegada Hídrica e 
a produção de 
aves de corteA produção mundial de carne deve dobrar no período 2000-2050 (Steinfeld et al., 2006). Paralelo a esse crescimento, obser-
va-se o reduzido conhecimento dos consumido-
res sobre a necessidade de recursos naturais e os 
impactos ambientais associados aos alimentos 
que consomem (Naylor et al, 2005;. Hoekstra, 
2010). O conceito da pegada hídrica proporciona 
aos consumidores o conhecimento de como as 
produções pecuárias se relacionam com a água e 
como os atores das cadeias produtivas podem 
promover a gestão e conservação do recurso na-
tural.
Ultimamente, tem-se divulgado valores da 
pegada hídrica das atividades pecuárias (Vide 
Tabela 1). Os valores não estão sendo entendidos 
pelas cadeias produtivas e pela sociedade devido 
ao reduzido conhecimento que esses têm do mé-
todo, além de gerarem conflitos entre as cadeias 
produtivas e segmentos da sociedade que defen-
Pegada hídrica 
proporciona aos 
consumidores o 
conhecimento de como as 
produções pecuárias se 
relacionam com a água e 
como os atores das 
cadeias produtivas podem 
promover a gestão e 
conservação do recurso 
natural. Saiba como o 
conceito pode ser aplicado 
na cadeia avícola 
Autor: Julio Cesar P. Palhares, pesquisador da Área de Impacto 
Ambiental e Manejo de Recursos Hídricos da Embrapa Pecuária 
Sudeste, de São Carlos, SP.
Um dos objetivos 
do cálculo da 
pegada é a íntima 
relação entre 
produção de 
proteína animal e 
recursos hídricos
Produção Animal | Avicultura 31
Conceito de 
produtividade de 
água, relação entre a 
quantidade de 
produtos produzidos 
pela quantidade de 
água utilizada para 
gerar esses produtos, 
é o de maior 
importância no 
momento e 
entendido como um 
indicador de 
desempenho hídrico 
de uma atividade
dem a redução do consumo, ou 
o não consumo, dos produtos 
animais devido à necessidade 
hídrica de se produzi-los.
Os valores da Tabela 1 
são médias mundiais, portanto 
para calculá-los fazem-se muitas 
inferências e determinam-se 
médias nacionais. Certamente, 
para países com dimensões con-
tinentais e diversos sistemas de 
produção como o Brasil, o me-
lhor valor será aquele calculado, 
considerando as realidades pro-
dutivas brasileiras. Isso não in-
valida as médias globais, pois 
um dos objetivos do cálculo da 
pegada explicita a íntima rela-
ção entre produção de proteína 
animal e recursos hídricos. Se-
gundo Chapagain & Hoekstra 
(2003; 2004), a pegada hídrica 
das atividades pecuárias variam 
muito entre países e sistemas de 
produção. O sistema de produ-
ção é altamente relevante para o 
valor da pegada, composição e 
distribuição geográfica desta. Da 
mesma forma, o país em que o 
produto é produzido influencia 
o valor. 
O método entende consumo 
como a extração de águas super-
ficiais e subterrâneas em deter-
minada unidade hidrográfica, 
quando a água é evaporada na 
produção das culturas vegetais 
(processo de evapotranspiração), 
quando a água retorna para ou-
tra unidade hidrográfica que não 
a sua unidade de origem ou para 
o mar e quando está incorporada 
a um produto. A pegada pode ser 
expressa em: m³/ano/animal, 
m³/animal e m³/kg de produto.
É possível que a pegada seja 
calculada sem considerar todos 
esses consumos, podendo ter 
como “fronteira” a unidade pro-
dutiva, região, estado ou país. 
Portanto, na interpretação do 
valor deve estar claro o que foi 
considerado no cálculo e qual a 
“fronteira”. Sem esses esclareci-
mentos a interpretação do valor 
conduz a erros.
O cálculo também determina 
o consumo de água verde; água 
azul; água cinza (vide quadro). 
Portanto, a pegada hídrica é 
composta por componentes in-
diretos (água utilizada na produ-
ção dos alimentos) e diretos 
(água consumida na dessedenta-
ção e serviços) (Chapagain e Ho-
ekstra, 2003, 2004).
Tabela 1- Valor da pegada por categoria animal e sistema de produção (Gm³/ano).
Catego-
ria
Sistema de 
Produção a Pasto
Sistema de 
Produção Misto1
Sistema Industrial Total Mundial
ÁGUAS
Verde2 Azul3 Cinza4 Verde Azul Cinza Verde Azul Cinza Verde Azul Cinza
Bovino 
de Corte
185 4,5 2,1 443 20 12 112 10 9,0 740 35 23
Bovino 
de Leite
83 3,6 3,7 269 27 26 48 4,1 3,8 400 35 34
Suíno 27 1,5 2,2 237 19 27 111 14 19 376 34 48
Ave de 
Corte
37 3,4 3,3 100 8,3 14 73 6,3 10 210 18 28
Ave de 
Postura
4,5 0,3 0,3 52 5,4 9,4 77 6,5 12 133 12 22
Total 461 17,8 13,2 1210 90 90 442 43 55 2.112 151 159
(1) Sistema de produção que envolve pastejo e confinamento dos animais.
Fonte: Mekonnen & Hoekstra (2010)
(2)
(3)
(4)
32 Produção Animal | Avicultura
Sustentabilidade
O uso do método traz à dis-
cussão outros conceitos que cada 
vez mais estarão presentes no dia 
a dia das produções e serão ques-
tionados pela sociedade. O con-
ceito de produtividade de água, 
relação entre a quantidade de 
produtos produzidos pela quan-
tidade de água utilizada para ge-
rar esses produtos, é o de maior 
importância no momento e en-
tendido como um indicador de 
desempenho hídrico de uma ati-
vidade.
Pegada Hídrica 
das aves de corte
Apresenta-se o cálculo da pe-
gada hídrica das aves abatidas 
nos Estados da Região Centro-Sul 
do Brasil no ano de 2010 (vide 
Tabela 2). O trabalho não apre-
senta informações para o Distrito 
Federal e Mato Grosso do Sul, de-
vido à falta de dados na base da 
Pesquisa Trimestral de Abate de 
Animais do Instituto Brasileiro 
de Geografia e Estatística (IBGE).
Neste estudo se utilizou a me-
todologia proposta por Chapa-
gain & Hoekstra (2003), que con-
sidera para o cálculo: água 
consumida na produção de grãos 
(milho e soja), água de desseden-
tação e a água utilizada no res-
friamento e limpeza das instala-
ções. Sabe-se que há diferenças 
construtivas e de uso de equipa-
mentos entre as regiões devido às 
condições climáticas e caracterís-
ticas produtivas. Nos Estados das 
regiões Sul e Sudeste, adotou-se 
como padrão produtivo: aviá-
-rios semiclimatizados, ventila-
ção com pressão positiva, mas 
sem nebulização; com 1.200 m²; 
densidade de 11,8 cabeças/m² ao 
final do lote. Nos Estados da re-
gião Centro-Oeste, adotou-se 
como padrão produtivo: aviários 
climatizados com pressão positi-
va, ventilação e nebulização; 
com 1.500 m²; densidade de 11,3 
cabeças/m² ao final do lote. Nes-
ses Estados, utilizou-se o consu-
mo de 2,0 L/cabeça para o res-
friamento da instalação (Miele et 
al., 2010).
Os dados demonstram que a 
maior parte do consumo de água 
para produção de aves de corte se 
dá no cultivo dos grãos, ou seja, 
no consumo de água verde. A 
mesma realidade será observada 
no cálculo de qualquer outra ati-
vidade pecuária, conforme de-
O cálculo da pegada de uma 
atividade pecuária 
considera os seguintes consumos
1) água para produção dos 
alimentos que serão 
fornecidos aos animais;
2) dessedentação e serviços 
(limpeza e 
resfriamento das instalações);
3) água necessária para diluir os 
efluentes da produção; água 
consumida no processamento e abate 
dos animais. 
No Brasil há um 
fluxo hídrico entre 
os Estados na forma 
de commodities 
agropecuárias. O 
cálculo da pegada 
proporciona o 
conhecimento 
desse fluxo, 
possibilitando a 
melhor tomada de 
decisão quanto à 
gestão dos recursos 
hídricos brasileiros
O sistema de produção é 
altamente relevante para o 
valor da pegada, 
composição e distribuição 
geográfica desta
Produção Animal | Avicultura 33
monstram os estudos. Portanto, 
a gestão hídrica da atividade pe-
cuária está intimamente relacio-
nada com a gestão hídrica da 
atividade agrícola. Quanto mais 
eficiente for a agricultura no uso 
da água, menor será a pegada das 
proteínas animais. Políticas, pro-
gramas e leis ambientais terão 
maior eficiência e eficácia se fo-
rem elaboradas e implantadas 
tendo uma visão sistêmica, pois 
o meio ambiente insere conexões 
complexas. O cálculo da pegada 
das aves demonstra essas cone-
xões e complexidades, ou seja, a 
grande dependência de água ver-
de e de práticas agrícolas efica-
zes.
O baixo impacto no valor da 
pegada do consumo de água azul 
não significaque manejos hídri-
cos não devam ser internalizados 
nas unidades produtivas a fim de 
melhorar a eficiência de uso do 
recurso natural. Toda proprieda-
de está inserida em uma bacia 
hidrográfica, espaço físico no 
qual se dará a extração das águas 
superficiais e subterrâneas. A ba-
cia pode apresentar problemas de 
escassez e a atividade deve ter a 
outorga de uso e pode ter que pa-
gar pelo volume de água que cap-
ta, consome e pela qualidade em 
que essa é devolvida para nature-
za. Portanto, ser eficiente no uso 
da água trará benefícios econô-
micos, sociais e ambientais, além 
de impactar no valor da pegada.
Os Estados do RJ e ES apresen-
taram baixos valores para a pega-
da devido aos seus rebanhos re-
duzidos, mas tiveram as piores 
eficiências hídricas, resultado 
das baixas produtividades nos 
cultivos de milho e soja.
As melhores eficiências foram 
verificadas para os Estados do PR, 
SC e GO, pois esses têm tradição 
produtiva no cultivo de grãos e 
apresentaram as mais altas pro-
dutividades para o ano de estu-
do. Deve-se destacar que o Esta-
do de SC não produz toda soja e 
milho que necessita para alimen-
tar seus rebanhos, importando 
grandes quantidades do PR, MS e 
MT. Essa realidade insere outro 
conceito que permeia o cálculo 
da pegada que é o de água virtu-
al. No Brasil, há um fluxo hídrico 
entre os Estados na forma de 
commodities agropecuárias. O 
cálculo da pegada proporciona o 
conhecimento desse fluxo, possi-
bilitando a melhor tomada de 
decisão quanto à gestão dos re-
cursos hídricos brasileiros. O 
Brasil também é um dos maiores 
exportadores de água virtual do 
mundo.
Ferramentas que propiciam o 
estabelecimento dos fluxos hí-
dricos de uma atividade produti-
va, visando a eficiência no uso 
do recurso natural devem ser 
avaliadas, pois auxiliarão na 
sustentabilidade da atividade. A 
pegada hídrica é uma metodolo-
gia em construção e ainda de 
baixo entendimento, mas diver-
sos estudos estão sendo gerados 
a fim de aprimorar o método e 
internalizá-lo na sociedade. 
Com isso, os conflitos relaciona-
dos aos valores da pegada serão 
minimizados. O Brasil, como 
grande produtor de aves de cor-
te, não pode deixar de utilizar 
métodos que atestem a qualida-
de ambiental de sua produção. 
Se a cadeia não fizer isso, outros 
farão, pois consumidores e com-
petidores estão ávidos por esse 
tipo de informação. Acesse a ín-
tegra do texto com as referências 
bibliográficas em www.avisite.
com.br/cet.
Tabela 2- Pegada hídrica das aves abatidas por Estado no ano de 2010
Estado
Valor da 
Pegada 
Hídrica (km3)
Soma das porcentagens 
da água consumida na 
produção do milho e 
do farelo de soja (%)*
Soma da porcentagem 
da água consumida 
na dessedentação, 
resfriamento e 
limpeza (%)*
Eficiência hídrica 
(m3/kg de ave)
MG 1,655 99,71 0,26 1,7
ES 0,197 99,82 0,17 2,6
RJ 0,276 99,82 0,16 2,7
SP 2,903 99,70 0,26 1,6
PR 4,802 99,65 0,32 1,4
SC 3,520 99,67 0,29 1,5
RS 3,782 99,75 0,21 1,9
MT 1,902 99,69 0,28 1,7
GO 1,176 99,63 0,32 1,5
*Em relação ao total do valor da pegada hídrica
34 Produção Animal | Avicultura
Recurso hídrico
A água na produção de aves industriais não é simples-mente um recurso natural. 
Ela é muito mais do que isso. Ela é 
o principal alimento destas cria-
ções. E sendo um alimento, deve 
ser oferecido em quantidade e 
qualidade. A água de má qualidade 
representa riscos à saúde dos ani-
mais e prejuízos à produção, cau-
sando desde reduções no ganho de 
peso, até a perda de animais. Se-
gundo o supervisor dos Campos 
Experimentais da Embrapa Suínos 
e Aves, sediada em Concórdia, SC, 
Levino Bassi, a água fornecida às 
aves de produção deve ser abun-
dante, limpa, fresca e isenta de pa-
tógenos (ver tabela 1). “Este é o 
mais importante nutriente na avi-
cultura e deve ser fornecido às aves 
em todas as idades, em quantidade 
Tão importante 
quanto a ração, 
só a falta de 
oxigênio é mais 
crítico que a 
falta de água 
para manter a 
vida das aves. 
Mas como 
garantir a 
qualidade? A 
Revista do 
AviSite ouviu 
especialistas 
sobre o assunto 
para buscar 
esta resposta
C
ré
di
to
: G
SI
 
Água 
para beber
Produção Animal | Avicultura 35
A água, assim como 
a ração, atinge 100% 
do plantel. Se ambas 
não forem de boa 
qualidade, 100% do 
plantel estará 
comprometido
suficiente. E é de fundamental im-
portância, e essencial, o uso racio-
nal e o suprimento seguro e ade-
quado de água de boa qualidade, 
para uma maior eficiência da pro-
dução avícola”, ressalta. 
Para Antônio Piantino Ferreira, 
professor do Departamento de Pa-
tologia da Faculdade de Medicina 
Veterinária e Zootecnia da Univer-
sidade de São Paulo (FMVZ/USP) a 
qualidade da água deve ser consi-
derada parte da alimentação das 
aves, já que pode veicular patóge-
nos de diferentes categorias, como 
vírus, bactérias, fungos, algas e 
parasitas. “Estes agentes podem 
infectar as aves e causar diferentes 
doenças, que podem ser transmiti-
das ao homem através do consumo 
de carnes e ovos. A presença de 
coliformes fecais na água de bebi-
da, por exemplo, pode comprome-
ter o desenvolvimento de pinti-
nhos na primeira semana de vida e 
causar problemas entéricos, como 
o emplastramento de cloaca e ou-
tros distúrbios entéricos. A água, 
assim como a ração, atinge 100% 
do plantel. Se ambas não forem de 
boa qualidade, 100% do plantel 
estará comprometido”, alerta o 
professor. 
Mas qual a qualidade que a 
água deve ter para ser considerada 
boa para frangos e poedeiras? Pes-
quisas indicam, por exemplo, que 
a água destinada ao consumo das 
aves deve ter as mesmas caracterís-
ticas da água potável consumida 
pelos seres humanos. A sua função, 
nos humanos e nas aves, é a mes-
ma. “A mais importante é promo-
ver o movimento de nutrientes 
entre as células dos tecidos dos 
animais. Também é responsável 
pela retirada de substâncias tóxicas 
das células que deverão ser excreta-
das”, lembra Levino Bassi.
As características físico-quími-
cas da água fornecida às aves en-
contram-se descritas na Portaria 
518 da Anvisa, que estabelece pa-
drões máximos e mínimos permi-
tidos para o consumo sem que a 
saúde do consumidor seja afetada 
(ver tabela 2). A temperatura para 
humanos depende do critério de 
cada pessoa, mas em média dever 
ser em torno de 20º C a 25º C. Para 
as aves a temperatura deve está em 
torno de 20º C. 
Cuidados para garantir a 
qualidade da água
Além disso, os especialistas ou-
vidos pela Revista do AviSite lem-
bram que o recurso hídrico deve 
passar por um programa de moni-
toramento, quantitativo e qualita-
tivo, considerando as condições 
químicas, físicas e microbiológicas. 
Já as fontes de água podem ser 
as mais diversas, desde que ofere-
çam qualidade e quantidade sufi-
ciente para atender a necessidade 
do lote.
Levino Bassi ressalta, no entan-
to, que, em geral, é mais difícil 
manter a qualidade da água de su-
perfície do que daquela originária 
dos poços artesianos. “Outro deta-
lhe, é que muitas vezes a fonte de 
água é boa, mas a qualidade é per-
dida pelo mau armazenamento, 
onde são empregados reservatórios 
sujos, não cobertos, passíveis de 
ATENÇÃO 
Água cristalina e 
transparente não é garantia 
de qualidade, pois podem 
existir minerais e outras 
substâncias invisíveis ao 
olho humano 
36 Produção Animal | Avicultura
Sustentabilidade
serem alcançados por pássaros, ra-
tos e outros animais ou, mais facil-
mente, contaminados pelo ar”, 
completa ele, prosseguindo: “Tam-
bém é possível perder a qualidade 
da água em decorrência do sistema 
de encanamento empregado. As-
sim, proteger os reservatórios e os 
encanamentos é um procedimento 
indispensável”. 
De toda forma, Andrey Gava 
Citadin, engenheiro mecânico e 
Gerente Técnico da Plasson, lem-
bra que água cristalina e transpa-
rente não é garantia de boa quali-
dade de água. Minerais e outras 
substâncias invisíveis ao olho hu-
mano podem ocasionar algum 
tipo de prejuízo à ave.
O produtor pode alcançar a 
qualidade da água através de dife-
rentes formas.E também é preciso 
trabalhar para mantê-la. Antônio 
Piantino, da USP, resume: “É ne-
cessário, antes de tudo, certificar-se 
da origem da água. Depois, deve-se 
realizar análises periódicas da fon-
te de água da granja, instalar clora-
dores suplementares, examinar o 
encanamento, limpar os canos e 
caixas d’água, evitar a contamina-
ção com matéria orgânica e manter 
bem fechada a fonte de água ou os 
reservatórios para evitar a entrada 
de animais, insetos e pequenos 
répteis. O uso de produtos clora-
dos, como os à base de cloro orgâ-
nico, proporciona excelentes resul-
tados em termos de eliminação de 
patógenos”. 
A influência dos 
bebedouros 
O bebedouro utili-
zado também tem pa-
pel fundamental na 
manutenção da quali-
dade da água. Segun-
do o professor Pianti-
no, os bebedouros do 
tipo “Nipple” são os 
mais indicados, pois a 
água fornecida às aves 
não fica exposta à 
grande quantidade de 
matéria orgânica e 
patógenos distribuí-
dos no meio ambiente 
avícola ambiente (ver 
vitrine de produtos na 
página 41). 
Levino Bassi con-
corda e afirma que, 
nas gaiolas, as aves 
devem ter acesso a 
bebedouros do tipo 
nipple ou calha, que recebam ma-
nutenção e limpeza regulares; 
quando no piso, bebedouros nipple 
ou pendulares (infantis e adultos) 
devem ser adequadamente higieni-
zados e periodicamente aferidos 
quanto à altura, funcionamento e 
verificados quanto à presença de 
vazamentos. 
Andrey Gava Citadin, da Plas-
son, explica que o bebedouro deve 
permitir que a ave adquira a quan-
tidade de água necessária ao longo 
de todo o lote, independente da si-
tuação climática da região. Ele res-
salta que, durante o verão ou perío-
dos de maior calor, o consumo de 
água aumenta e o bebedouro deve 
ser escolhido para atender essa ne-
cessidade. “O dimensionamento e 
a escolha do equipamento devem 
ser feitos com o critério adequado. 
Devemos levar em conta diversos 
fatores como a densidade das aves 
alojadas, peso médio de abate, o 
clima da região e os sistemas de 
controle do ambiente, entre outros 
fatores”, afirma, completando que 
“o bebedouro tipo nipple é o que 
melhor atende essas necessidades. 
Existem ainda outros bebedouros, 
como os pendulares, porém sua 
aplicação no campo está cada vez 
menor”. 
Ivo Oltramari Junior, Diretor de 
Vendas e Marketing da área de 
Proteína Animal da GSI, ressalta 
ainda que “são muitos os modelos 
para atender os mais diversos siste-
VITAL 
Estudos indicam que um 
grau de desidratação de 
10% já propicia grandes 
perdas de peso nas aves
Tabela 1. Estimativa de consumo diário de água em ml por frango.
Semana ml / dia / frango I / dia / 12.000 frangos 
1 32 384
2 69 828
3 104 1248
4 143 1716
5 179 2149
6 214 2568
7 250 3000
8 286 3432
Fonte: Levino Bassi, Embrapa Suínos e Aves
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Produção Animal | Avicultura 37
mas de produção de aves (seja ma-
trizes de postura ou de corte). A sua 
vazão pode ser controlada de acor-
do com a fase de crescimento das 
aves e do clima”. 
Irineu Pinto Filho, engenheiro 
industrial mecânico e Gerente 
Executivo da Engenharia da Uni-
dade de Frango de Corte e Suínos 
da Casp, destaca as vantagens que 
podem ser alcançadas com os be-
bedouros do tipo nipple: garantia 
de água limpa, cama seca, otimiza-
ção da mão de obra, menor inci-
dência de contaminação, redução 
da mortalidade e melhoria na con-
versão alimentar. Segundo ele, 
atualmente, há um número grande 
de fabricantes de bebedouro deste 
tipo. Em geral, os modelos têm al-
gumas similaridades, com diferen-
ças maiores no processo de fabrica-
ção. Ele explica: “As principais 
diferenças entre os diversos mode-
los disponíveis estão naqueles que 
necessitam de um suporte para fi-
xar as válvulas do bebedouro nos 
tubos e outros em que os bicos são 
aplicados diretamente nos tubos, 
através de rosca no próprio corpo, 
sendo que nesses casos, há modelo 
totalmente metálico ou revestido 
com material plástico”.
Irineu prossegue: “Basicamen-
te, todos os fabricantes têm uma 
gama variada na disponibilidade 
com distintas de vazões (baixa, 
média ou alta), nos bicos específi-
cos para frango de corte ou matri-
zes de recria e de produção e ainda 
modelos para aves de postura co-
mercial e para aves pesadas como o 
peru. Dentro de todas essas varia-
ções, existe ainda a possibilidade 
Bebedouros do tipo 
nipple são os mais 
indicados, pois a 
água não fica 
exposta à grande 
quantidade de 
matéria orgânica 
distribuída no meio 
ambiente avícola
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aves, minimizando seus custos 
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38 Produção Animal | Avicultura
Sustentabilidade
de aplicar ou não a taça aparadora 
de gotas. As taças são elementos 
utilizados abaixo dos bicos, no 
caso dos modelos de alta vazão. 
Dessa forma, é possível evitar res-
pingos dos bicos ao serem aciona-
dos e manter a cama sempre seca”. 
Ele conta também que, outro 
item importante, que pode fazer 
diferença na qualidade da instala-
ção de um bebedouro nipple, é o 
tipo de tubulação, que não deve 
permitir a passagem de luz. “Tubu-
lações de má qualidade podem 
permitir a passagem de luz, o que 
certamente compromete a boa 
qualidade da água”. 
Já Andrey Citadin diz que a 
primeira característica do bebe-
douro de extrema importância é 
garantir que em períodos mais 
quentes e nos picos de consumo 
(início da manhã e final de tarde) 
não falte água ao longo do aviário e 
também que essa água seja distri-
buída de forma uniforme por toda 
a linha do bebedouro.
EM QUANTIDADE 
SUFICIENTE 
Água é o mais importante 
nutriente na avicultura e 
deve ser fornecido às aves 
em todas as idades
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Tabela 2. Padrões brasileiros de qualidade da água estipulados para a água de 
bebida de animais de acordo com a Resolução CONAMA 357/052
Parâmetro Valor Máximo
Demanda Bioquímica de Oxigênio (5 dias a 200C) 10,0 mg/L
Oxigênio Dissolvido Não inferior a 4,0 mg/L
Turbidez Até 100 UNT
pH 6,0 a 9,0
Clorofila a 60 μg/L
Sólidos Dissolvidos Totais 500 mg/L
Cobre dissolvido 0,013 mg/L de Cu
Ferro dissolvido 5,0 mg/L de Fe
Fósforo total (ambiente intermediário, com 
tempo de residência entre 2 e 40 dias, e 
tributários diretos de ambiente lêntico)
0,075 mg/L de P
Fósforo total (ambiente lótico e tributários de 
ambientes
intermediários)
0,15 mg/L P
Nitrato 10 mg/L de N
Nitrogênio Amoniacal Total
13,3 mg/L N, para pH 7,5
5,6 mg/L N, para 7,5 < pH 8,0
2,2 mg/L N, para 8,0 < pH 8,5
1,0 mg/L N, para pH > 8,5
Zinco total 5,0 mg/L de Zn
Coliformes Termotolerantes
Não deverá ser excedido o limite de 1.000 por 100 
ml em 80% ou mais de pelo menos seis amostras 
coletadas durante o período de um ano, com 
periodicidade bimestral
Fonte: Levino Bassi, Embrapa Suínos e Aves
Produção Animal | Avicultura 39
No que diz respeito aos mate-
riais, Andrey afirma que os bebe-
douros devem ser fabricados em 
plástico e aço inox. Segundo ele, a 
durabilidade de um bebedouro 
depende muito da qualidade da 
água utilizada e do manejo e lim-
peza realizados. “Existem aviários 
com bebedouros instalados há 
mais

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