Buscar

Direito ambiental Politica Nacional de Residuos Solidos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

A Lei 12.305/2010 introduziu no País a Política 
Nacional de Resíduos Sólidos.
É uma lei geral voltada para a proteção do meio 
ambiente, integrante do microssistema do direito 
ambiental, regulamentada pelo Decreto n. 
7.404/2010. 
Destina-se a pessoas físicas ou jurídicas, de direito 
público ou privado, responsáveis, direta ou 
indiretamente, pela geração de resíduos sólidos e as 
que desenvolvam ações relacionadas à gestão 
integrada ou ao gerenciamento de resíduos sólidos.
 Resíduo sólido é o lixo gerado por qualquer 
atividade humana. 
 Lei 12.305/2010, art. 3º, XVI
 Resíduo sólido é qualquer material, substância, 
objeto ou bem descartado resultante de atividades 
humanas em sociedade, a cuja destinação final se 
procede, se propõe proceder ou se está obrigado a 
proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem 
como gases contidos em recipientes e líquidos cujas 
particularidades tornem inviável o seu lançamento 
na rede pública de esgotos ou em corpos d’água, ou 
exijam para isso soluções técnica ou 
economicamente inviáveis em face da melhor 
tecnologia disponível.
 Resolução n. 5/1993, do CONAMA, art. 1º, I:
 Resíduos Sólidos: conforme a NBR-nº 10.004, da 
Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT: 
resíduos nos estados sólido e semi-sólido, que resultam de 
atividades da comunidade de origem: industrial, 
doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e 
de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos 
provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles 
gerados em equipamentos e instalações de controle de 
poluição, bem como determinados líquidos cujas 
particularidades tornem inviável seu lançamento na rede 
pública de esgotos ou corpos d'água, ou exijam para isso 
soluções técnica e economicamente inviáveis, em face à 
melhor tecnologia disponível.
 Resíduos sólidos: são os restos 
descartados de qualquer atividade 
humana, não incorporáveis ou 
absorvíveis pelo meio ambiente.
 Art. 6o São princípios da Política Nacional 
de Resíduos Sólidos:
 I - a prevenção e a precaução;
 II - o poluidor-pagador e o protetor-
recebedor;
 III - a visão sistêmica, na gestão dos 
resíduos sólidos, que considere as variáveis 
ambiental, social, cultural, econômica, 
tecnológica e de saúde pública;
 IV - o desenvolvimento sustentável;
 V - a ecoeficiência, mediante a compatibilização entre o 
fornecimento, a preços competitivos, de bens e serviços 
qualificados que satisfaçam as necessidades humanas e 
tragam qualidade de vida e a redução do impacto ambiental 
e do consumo de recursos naturais a um nível, no mínimo, 
equivalente à capacidade de sustentação estimada do 
planeta;
 VI - a cooperação entre as diferentes esferas do poder público, 
o setor empresarial e demais segmentos da sociedade;
 VII - a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos 
produtos;
 VIII - o reconhecimento do resíduo sólido reutilizável e reciclável 
como um bem econômico e de valor social, gerador de 
trabalho e renda e promotor de cidadania;
 IX - o respeito às diversidades locais e regionais;
 X - o direito da sociedade à informação e ao controle social;
 XI - a razoabilidade e a proporcionalidade.
 Art. 7o São objetivos da Política Nacional de Resíduos Sólidos:
 I - proteção da saúde pública e da qualidade ambiental;
 II - não geração, redução, reutilização, reciclagem e 
tratamento dos resíduos sólidos, bem como disposição final 
ambientalmente adequada dos rejeitos;
 III - estímulo à adoção de padrões sustentáveis de produção e 
consumo de bens e serviços;
 IV - adoção, desenvolvimento e aprimoramento de tecnologias 
limpas como forma de minimizar impactos ambientais;
 V - redução do volume e da periculosidade dos resíduos 
perigosos;
 VI - incentivo à indústria da reciclagem, tendo em vista 
fomentar o uso de matérias-primas e insumos derivados de 
materiais recicláveis e reciclados;
 VII - gestão integrada de resíduos sólidos;
 VIII - articulação entre as diferentes esferas do poder público, e 
destas com o setor empresarial, com vistas à cooperação 
técnica e financeira para a gestão integrada de resíduos 
sólidos;
 IX - capacitação técnica continuada na área de resíduos sólidos;
 X - regularidade, continuidade, funcionalidade e universalização da 
prestação dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de 
resíduos sólidos, com adoção de mecanismos gerenciais e econômicos 
que assegurem a recuperação dos custos dos serviços prestados, como 
forma de garantir sua sustentabilidade operacional e financeira, 
observada a Lei nº 11.445, de 2007;
 XI - prioridade, nas aquisições e contratações governamentais, para:
 a) produtos reciclados e recicláveis;
 b) bens, serviços e obras que considerem critérios compatíveis com 
padrões de consumo social e ambientalmente sustentáveis;
 XII - integração dos catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis nas 
ações que envolvam a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de 
vida dos produtos;
 XIII - estímulo à implementação da avaliação do ciclo de vida do 
produto;
 XIV - incentivo ao desenvolvimento de sistemas de gestão ambiental e 
empresarial voltados para a melhoria dos processos produtivos e ao 
reaproveitamento dos resíduos sólidos, incluídos a recuperação e o 
aproveitamento energético;
 XV - estímulo à rotulagem ambiental e ao consumo sustentável.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/Lei/L11445.htm
 Em resumo:
 1) não geração de resíduos, 
 2) redução dos resíduos gerados,
 3) reutilização dos resíduos gerados, 
 4) reciclagem,
 5) tratamento dos resíduos, 
 6) disposição final ambientalmente 
adequada.
 Isso significa que as empresas deverão cuidar 
para não gerar resíduos sólidos na sua 
atividade, ou seja, zerar a produção de 
resíduos. Em não sendo possível, devem 
buscar meios para diminuir a geração de 
resíduos, bem como tentar reutilizá-los, reciclá-
los e tratá-los. E quando nada disso for 
possível, devem, dar destinação adequada a 
eles, de sorte a não promover um impacto 
ambiental. 
 O custo para tanto deve ser carreado 
exclusivamente à empresa responsável, 
promovendo, destarte, a internalização dessa 
externalidade. Dá-se, com isso, a concreção 
do princípio do poluidor-pagador.
 I - quanto à origem:
 a) resíduos domiciliares: os originários de atividades 
domésticas em residências urbanas;
 b) resíduos de limpeza urbana: os originários da varrição, 
limpeza de logradouros e vias públicas e outros serviços 
de limpeza urbana;
 c) resíduos sólidos urbanos: os englobados nas alíneas “a” 
e “b”;
 d) resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores 
de serviços: os gerados nessas atividades, excetuados os 
referidos nas alíneas “b”, “e”, “g”, “h” e “j”;
 e) resíduos dos serviços públicos de saneamento básico: 
os gerados nessas atividades, excetuados os referidos na 
alínea “c”;
 f) resíduos industriais: os gerados nos processos produtivos e 
instalações industriais;
 g) resíduos de serviços de saúde: os gerados nos serviços de 
saúde, conforme definido em regulamento ou em normas 
estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e do SNVS;
 h) resíduos da construção civil: os gerados nas construções, 
reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, 
incluídos os resultantes da preparação e escavação de terrenos 
para obras civis;
 i) resíduos agrossilvopastoris: os gerados nas atividades 
agropecuárias e silviculturais, incluídos os relacionados a 
insumos utilizados nessas atividades;
 j) resíduos de serviços de transportes: os originários de portos, 
aeroportos, terminais alfandegários, rodoviários e ferroviários e 
passagens de fronteira;
 k) resíduos de mineração: os gerados na atividade de pesquisa, 
extração ou beneficiamento de minérios;
 II - quanto à periculosidade:
 a) resíduos perigosos: aqueles que, em 
razão de suas características de 
inflamabilidade, corrosividade, reatividade, 
toxicidade, patogenicidade, 
carcinogenicidade,teratogenicidade e 
mutagenicidade, apresentam significativo 
risco à saúde pública ou à qualidade 
ambiental, de acordo com lei, 
regulamento ou norma técnica;
 b) resíduos não perigosos: aqueles não 
enquadrados na alínea “a”.
 O plano de gerenciamento é um dos instrumentos da 
Política Nacional de Resíduos Sólidos (art. 8º, I), de 
iniciativa particular, ao lado dos demais planos que 
devem ser implementados pelo Poder Público. A 
empresa deverá elaborar esse plano conforme a sua 
atividade. Nem toda empresa está obrigada a 
elaborá-lo. É um documento, integrante do 
licenciamento ambiental, que aponta e descreve as 
ações relativas ao manejo de resíduos sólidos, 
contemplando os aspectos referentes à geração, 
segregação, acondicionamento, coleta, 
armazenamento, transporte, tratamento e 
disposição final, bem como a proteção à saúde 
pública
 I - os geradores de resíduos sólidos previstos nas alíneas “e”, “f”, “g” e 
“k” do inciso I do art. 13 da Lei 12.305/10 (resíduos dos serviços públicos 
de saneamento básico, resíduos industriais, resíduos de serviços de 
saúde e resíduos de mineração, respectivamente)
 II - os estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços que:
 a) gerem resíduos perigosos, assim classificados no inciso II do art. 13;
 b) gerem resíduos que, mesmo caracterizados como não perigosos, por 
sua natureza, composição ou volume, não sejam equiparados aos 
resíduos domiciliares pelo poder público municipal;
 III - as empresas de construção civil, nos termos do regulamento ou de 
normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama;
 IV - os responsáveis pelos terminais e outras instalações referidas na 
alínea “j” do inciso I do art. 13 e, nos termos do regulamento ou de 
normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e, se couber, do SNVS, 
as empresas de transporte;
 V - os responsáveis por atividades agrossilvopastoris, se exigido pelo 
órgão competente.
 O plano de gerenciamento deverá conter, ao menos:
 I - descrição do empreendimento ou atividade;
 II - diagnóstico dos resíduos sólidos gerados ou administrados, contendo a origem, o 
volume e a caracterização dos resíduos, incluindo os passivos ambientais a eles 
relacionados;
 III - observadas as normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do SNVS e do Suasa
e, se houver, o plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos:
 a) explicitação dos responsáveis por cada etapa do gerenciamento de resíduos 
sólidos;
 b) definição dos procedimentos operacionais relativos às etapas do gerenciamento de 
resíduos sólidos sob responsabilidade do gerador;
 IV - identificação das soluções consorciadas ou compartilhadas com outros 
geradores;
 V - ações preventivas e corretivas a serem executadas em situações de 
gerenciamento incorreto ou acidentes;
 VI - metas e procedimentos relacionados à minimização da geração de resíduos 
sólidos e, observadas as normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do SNVS e do 
Suasa, à reutilização e reciclagem;
 VII - se couber, ações relativas à responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida 
dos produtos, na forma do art. 31;
 VIII - medidas saneadoras dos passivos ambientais relacionados aos resíduos sólidos;
 IX - periodicidade de sua revisão, observado, se couber, o prazo de vigência da 
respectiva licença de operação a cargo dos órgãos do Sisnama.
 Responsabilidade objetiva:
 Art. 51. Sem prejuízo da obrigação de, 
independentemente da existência de culpa, 
reparar os danos causados, a ação ou 
omissão das pessoas físicas ou jurídicas que 
importe inobservância aos preceitos desta Lei 
ou de seu regulamento sujeita os infratores às 
sanções previstas em lei, em especial às 
fixadas na Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 
1998, que “dispõe sobre as sanções penais e 
administrativas derivadas de condutas e 
atividades lesivas ao meio ambiente, e dá 
outras providências”, e em seu regulamento.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9605.htm
 Responsabilidade subsidiária:
 Art. 27
 § 1o A contratação de serviços de coleta, 
armazenamento, transporte, transbordo, 
tratamento ou destinação final de resíduos 
sólidos, ou de disposição final de rejeitos, 
não isenta as pessoas físicas ou jurídicas 
referidas no art. 20 da responsabilidade por 
danos que vierem a ser provocados pelo 
gerenciamento inadequado dos 
respectivos resíduos ou rejeitos.
 Responsabilidade subsidiária do Poder 
Público.
 Art. 29. Cabe ao poder público atuar, 
subsidiariamente, com vistas a minimizar ou 
cessar o dano, logo que tome 
conhecimento de evento lesivo ao meio 
ambiente ou à saúde pública relacionado 
ao gerenciamento de resíduos sólidos.
 Parágrafo único. Os responsáveis pelo 
dano ressarcirão integralmente o poder 
público pelos gastos decorrentes das 
ações empreendidas na forma do caput.
 Responsabilidade compartilhada:
 Art. 30. É instituída a responsabilidade 
compartilhada pelo ciclo de vida dos 
produtos, a ser implementada de forma 
individualizada e encadeada, abrangendo 
os fabricantes, importadores, distribuidores 
e comerciantes, os consumidores e os 
titulares dos serviços públicos de limpeza 
urbana e de manejo de resíduos sólidos, 
consoante as atribuições e procedimentos 
previstos nesta Seção.
 A logística reversa é um instrumento 
de controle do lixo produzido pela 
atividade empresarial. Trata-se de um 
processo de planejamento, gestão e 
controle dos resíduos sólidos decorrentes 
do pós-venda e do pós-consumo. 
 O seu objetivo é tanto de recuperar 
valor (reciclagem), como promover o 
descarte adequado (evitando seu 
descarte com o lixo comum). 
 Art. 3º, 
 XII - Logística reversa: o instrumento de 
desenvolvimento econômico e social 
caracterizado por um conjunto de ações, 
procedimentos e meios destinados a 
viabilizar a coleta e a restituição dos 
resíduos sólidos ao setor empresarial, para 
reaproveitamento, em seu ciclo ou em 
outros ciclos produtivos, ou outra 
destinação final ambientalmente 
adequada.
 Art. 33. São obrigados a estruturar e implementar sistemas de 
logística reversa, mediante retorno dos produtos após o uso 
pelo consumidor, de forma independente do serviço público de 
limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, os fabricantes, 
importadores, distribuidores e comerciantes de:
 I - agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim como outros 
produtos cuja embalagem, após o uso, constitua resíduo 
perigoso, observadas as regras de gerenciamento de resíduos 
perigosos previstas em lei ou regulamento, em normas 
estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do SNVS e do Suasa, ou 
em normas técnicas;
 II - pilhas e baterias;
 III - pneus;
 IV - óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens;
 V - lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de 
luz mista;
 VI - produtos eletroeletrônicos e seus componentes.

Continue navegando