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Resumos de citologia, embriologia e histologia. Ana Victória Mota, Biomedicina. · Citologia Membrana Plasmática: Delimita a célula, limite entre o meio intra e extracelular. Apresenta uma permeabilidade seletiva: Hidrofílica A: Carboidratos;Hidrofóbica B: Bicamada fosfolipídica; C: Proteínas. PROTEÍNAS: Receptoras- Captam sinais de moléculas sinalizadoras que são mensageiros endógenos (hormônio/neurotransmissor), que após a ligação do mensageiro com essa proteína, uma ação é desenvolvida na célula. Transportadoras: Proteínas integrais que possuem a função de mediar o transporte de substâncias através do plasmalema, selecionando a entrada e a saída. Uma proteína de transporte da membrana celular é uma proteína de membrana envolvida no movimento de íons, pequenas moléculas, ou macromoléculas. CITOPLASMA- ORGANELAS: Mitocôndria: Organela presente apenas nas células eucarióticas, responsáveis principalmente por transformar os nutrientes da dieta em ATP através da respiração celular. Ribossomos: Atuam realizando a síntese de proteínas. Eles podem ser encontrados no interior de cloroplastos e mitocôndrias, livres no citoplasma, realizando síntese de proteínas que serão ali utilizadas ou então podem estar associados ao retículo endoplasmático, formando o retículo endoplasmático rugoso. Lisossomos: são bolsas membranosas que contêm enzimas capazes de digerir substâncias orgânicas. Podem ser autofágicas ou heterofágicas. Função heterofágica: Digerir produtos oriundos da fagocitose e pinocitose; Função autofágica: Pode ser de dois tipos: autofagia ou autólise. Retículo endoplasmático liso: É formado por estruturas tubulares sem ribossomos aderidos responsável principalmente pela síntese de lipídeos e desintoxicação celular. Retículo endoplasmático rugoso (ergastoplasma): Contém o aspecto rugoso devido aos ribossomos que ficam aderidos à sua superfície externa. Responsável principalmente pela síntese de proteínas. Complexo de golgi: Suas funções são modificar, armazenar e exportar proteínas sintetizadas no retículo endoplasmático rugoso e além disso, origina os lisossomos e os acrossomos dos espermatozoides. Núcleo: Região que armazena o material genético. AUTOFAGIA Todas as células praticam autofagia, digerindo partes de si mesma com o auxílio de seus lisossomos. Pode ser uma atividade puramente alimentar. No dia-a-dia da vida de uma célula, a autofagia permite destruir organelas celulares desgastadas e reaproveitar alguns de seus componentes moleculares. O processo da autofagia se inicia com a aproximação dos lisossomos da estrutura a ser eliminada. Esta é cercada e envolvida pelos lisossomos, ficando contida em uma bolsa repleta de enzimas denominada vacúolo autofágico. CICLO CELULAR G1: Maior crescimento e diferenciação celular. Produção de proteínas e de RNA; S: Síntese de DNA e síntese de histonas. Metáfase Prófase G2: Síntese de RNA e síntese de proteínas, início da condensação da cromatina. (Começa a se enrolar para duplicar).Anáfase Telófase G1, S, G2: INTÉRFASE. · CHECKPOINT; · CDKs e CICLINAS; · CKIs – GENE p53 2n 2n 2n 2n2n INTÉRFASE MITOSE · Embriologia CICLO MENSTRUAL Eixo endócrino FSH Estrogênio HIPOTÁLAMO GnRH Hipófise Ovário Útero LH Progesterona · Início do ciclo: - Baixas concentrações de estrogênio e progesterona; O GnRH começa a ser produzido e liberado pausadamente, vai estimular a hipófise a produzir FSH e LH, onde os mesmos estimulam o ovário a produzir estrogênio e progesterona. · Metade do ciclo: - Começa a estimulação contínua do eixo, as concentrações de Estrogênio e progesterona atingem seu pico, essas altas concentrações alcançam o hipotálamo e suprimem ou inibem a produção de estrogênio e progesterona. · Final do ciclo: - Com o feedback negativo o ciclo termina com baixas concentrações de estrogênio e progesterona, começa outro ciclo. AÇÕES DO FSH E LH NO OVÁRIO Crescimento e diferenciação do ovócito Proliferação de células foliculares: As células foliculares se multiplicam por divisões mitóticas. São essas células que produzem estrogênio e progesterona, estimuladas por FSH e LH. Ovulação: Migração do ovócito para a tuba uterina. Ocorre por volta da metade do ciclo. Formação do corpo lúteo: Após a ovulação, as células foliculares que permanecem no ovário aumentam de tamanho e passam a secretar uma quantidade maior de estrogênio e progesterona, dando origem ao corpo lúteo. Devido ao feedback negativo e a queda hormonal, esta estrutura degenera, dando fim ao ciclo. AÇÕES DO ESTROGÊNIO E PROGESTERONA NO ÚTERO Proliferação gradual do endométrio: Com a estimulação hormonal precoce, as células endometriais sofrem proliferação ao longo do ciclo e, por volta da metade do ciclo, o endométrio se encontra na sua espessura máxima (coincidindo com a ovulação). É nessa camada que se implanta o embrião. Porém, em caso de não fecundação, ocorre o feedback negativo no eixo hormonal e, sem estimulação, o endométrio envelhece e sofre isquemia (diminuição do suprimento sanguíneo). Sua descamação subsequente marca o início de um novo ciclo reprodutivo. GAMETOGÊNESE · Formação das células germinativas especializadas, os gametas. · Ocorre por meio de divisões meióticas. · O número de cromossomos é reduzido pela metade nas células filhas haploides. · Nessa meiose, na primeira divisão uma das células originadas sofre involução, e somente uma sofre a segunda divisão. Novamente, a distribuição do citoplasma é desigual entre as células filhas e somente uma permanece viável como gameta; · A meiose só se completa caso ocorra fecundação; · O espermatozoide fecunda o ovócito II, o segundo glóbulo polar só aparece caso ocorra a fecundação. Espermatogênese · Inicia-se na puberdade (começa a produção de espermatócito primário); · Espermatozoides diploides transformam-se em espermatozoides haploides, esse processo ocorre nos testículos. · Na meiose ocorre duas divisões, onde na primeira a espermatogônia origina dois espermatócitos haploides. Ocorre a segunda divisão dessas células, e no final são originadas quatro células haploides (espermatozoides é a célula madura dessa linhagem). OBS: Na meiose anormal são formados gametas com números anormais de cromossomos já na primeira divisão. O erro ocorre durante a separação dos cromossomos onde, um dos pares não se separa (não-disjunção). Assim, será gerado um gameta com 24 e outro com 22 cromossomos. Ocorre a segunda divisão sendo mantido esse número anormal. FECUNDAÇÃO E CÍCLO GRAVÍDICO Fases da fecundação: 1. Penetração na corona radiata - células foliculares; 2. Penetração na zona pelúcida – área acelular localizada entre a corona radiata e o ovócito; 3. Fusão das membranas plasmáticas do ovócito e do espermatozoide; 4. Formação dos pronúcleos feminino e masculino; 5. Fusão dos pronúcleos; 6. Formação do zigoto – primeira estrutura embrionária. Primeira semana: · Ocorre a clivagem do zigoto – divisões mitóticas repetidas do zigoto. · Adesão do blastocisto ao endométrio. O blastocisto se adere ao epitélio endometrial e dá início a produção do hormônio embrionário, a gonadotrofina coriônica humana (hcg). Trofoblasto: camada celular externa. / Embrioblasto: camada celular interna. Segunda semana: · Ocorre a diferenciação do blastocisto – diferenciação do trofoblasto em citotrofoblasto e sinciciotrofoblasto; · As primeiras mudanças ocorrem no trofoblasto - proliferação dos blastocistos; · Término da implantação do blastocisto. · O sinciciotrofoblasto é invasivo, pois digere os tecidos materno para a implantação do embrião, ele é responsável também por secretar ohormônio gonadotrofina coriônica humana (hcg). · Nessa fase, como não se formou ainda o sistema vascular embrionário, os nutrientes sofrem difusão do sangue materno para o disco bilaminar. No sinciciotrofoblasto é onde se encontra essas lacunas de sangue materno. Terceira semana: · Início da diferenciação dos tecidos e órgãos; · Diferenciação do disco embrionário bilaminar: Gastrulação, neurulação e desenvolvimento vascular; 1. Gastrulação: É o surgimento de três camas germinativas: mesoderma, ectoderma e endoderma. (Darão origem aos tecidos que irão compor os órgãos). 2. Neurulação: Início do desenvolvimento do sistema nervoso central; · Formação do tubo, placa e pregas neurais; · Fechamento dessas pregas neurais para formar o tubo neural. · O ectoderma se prolifera para originar a placa neural, depois ocorre a formação de pregas neurais em ambos os lados da placa neural, posteriormente as pregas neurais se aproximam e começam a se fundir, formando o tubo neural. (Primórdio do SNC). · As anormalidades congênitas do encéfalo e medula espinhal são frequentemente causadas por defeito na fusão do tubo neural. 3. Desenvolvimento do sistema cardiovascular: · Início do desenvolvimento cardiogênico; · A nutrição do embrião nessa fase: Com o surgimento dos vasos sanguíneos no embrião que se comunicam com o cordão umbilical e saco coriônico, os nutrientes passam do sangue materno por difusão para os vasos do saco gestacional que daí fluem para o embrião representando a circulação placentária; · O primeiro sinal do coração aparece no final da terceira semana na área cardiogênica; · Deriva do mesoderma e de células da crista neural. OBS: Da quarta à oitava semana ocorre a organogênese, período em que se forma todos os tecidos e órgãos. Fatores ambientais 1° e 2° semana 3° a 8° semana Aborto espontâneo má-formação · Histologia Tecido epitelial; Tecido conjuntivo; Tecido muscular; Tecido nervoso. Tecidos fundamentais que formam os órgãos: Tecido epitelial Classificação quanto a função: Epitélio de revestimento e epitélio glandular. O tecido epitelial de revestimento reveste as superfícies internas e externas dos órgãos, tendo como principal função conferir proteção, impedindo penetração de patógenos no organismo. OBS: O epitélio de revestimento externo dos órgãos, tem unicamente função de revestir e está quase sempre ausente nos preparos histológicos dos órgãos. Já o epitélio de revestimento interno é o que terá o foco principal, apresentando funções extras além de proteção, o que caracteriza as funções dos órgãos. Características morfológicas do epitélio: composto por células numerosas e justapostas, a matriz extracelular é escassa, já que as células são justapostas. Classificação do epitélio de revestimento: Cúbico; Pavimentoso; Colunar. Simples; Estratificado; Pseudo-estratificado. Tecido nervoso. Características morfológicas: Número de camadas de células Células epiteliais: · Porção basal – voltada para cima; · Porção lateral - Membrana encostada em outra célula; · Porção apical (luminal) – Voltada para uma cavidade. ESPECIALIZAÇÕES DA PAREDE LATERAL Junções intercelulares: · Junção de oclusão – junção celular que sela o espaço entre as células de um epitélio de tal forma que cria uma barreira entre elas, o que impede a passagem de moléculas. · Junção de comunicação – são partículas cilíndricas que fazem com que as células entrem em contato umas com as outras. · Junção de adesão – Mantém as células aderidas firmemente por meio de proteínas. Especializações da superfície celular: · Cílios: São projeções ou evaginações da membrana apical celular, que apresentam mobilidade (movem partículas unidirecionalmente). Exemplo de órgãos que apresentam cílios: Traqueia e tubas uterinas. · Microvilos: Também são projeções da membrana apical de uma célula, porém não são dotadas de mobilidade. Possuem a função de absorver partículas devido ao aumento da área de contato. (Passagem de partículas de um epitélio para um vaso sanguíneo). Exemplos de órgãos que apresentam microvilosidade: Intestino, fígado e células epiteliais do tubo renal. Nutrição do epitélio: A nutrição das células se faz por difusão a partir dos capilares existentes em outro tecido, o conjuntivo, adjacente ao epitélio a ele ligado. Mucosa – Refere-se ao epitélio de revestimento interno associado ao conjuntivo adjacente. Ex: Mucosa oral e estomacal. Tecido conjuntivo · Tecido de sustentação, transporte de O2 e nutrientes. O tecido conjuntivo se mistura com o músculo e não com o epitélio; · Chama-se também lâmina própria o tecido conjuntivo que constitui a mucosa, fica logo abaixo do epitélio. *Composto por células e matriz extracelular* - As células desse tecido apresentam várias formas e funções diversificadas que se encontram espaçadas, devido a isso, a matriz extracelular é abundante. FIBRAS Colágenas – atribuem rigidez ao conjuntivo, são produzidas pelos fibroblastos. Líquido Moléculas: Proteínas e carboidratos. Fibras. Substância fundamental. MEC CORANTES É preciso utilizar corantes para analisar estruturas celulares e características de tecidos. Pode-se citar a acidofilia e a basofilia, que demonstram a afinidade de substâncias ácidas e básicas. Assim, quando os corantes são ácidos eles dão pigmentação a substâncias de características básicas; e quando os corantes são básicos eles dão cor às moléculas ácidas. Os tecidos e órgãos que reagem com um corante básico são chamados basófilos e as estruturas que reagem com um corante ácido são chamadas acidófilas. · A regra para quase todas as células: Núcleos apresentam basofilia, e citoplasmas acidofilia. · Nas fibras do tecido conjuntivo são usados corantes ácidos (acidofilia - cor rosácea) Fibroblastos Macrófagos Mastócitos Leucócitos CÉLULAS DO TECIDO CONJUNTIVO Fibroblastos · São mais numerosos; · Origem no próprio tecido; · Sintetizam moléculas que farão parte da matriz extracelular; · Célula produtora de colágeno. Macrófago · Função fagocitária, atuando na defesa; · Participam do processo inflamatório; · Derivam da medula óssea; · Para fagocitar, essa célula emite pseudópodes que se fundem formando o fagossomo. O próximo passo é a fusão dessa vesícula com os lisossomos e digestão do agente patogênico. · O monócito é produzido na medula óssea, cai na corrente sanguínea onde circula por um certo tempo e ao migrar para o conjuntivo se diferencia em macrófago. Mastócito · Atua na defesa do organismo; · Participa da inflamação. · Essa célula inicia a resposta inflamatória ao detectar a presença de microrganismos a partir de proteínas receptoras da membrana celular. Ao interagir com a toxina estranha, o receptor mastocitado é ativado estimulando a degranulação de histamina. Reações alérgicas: Nesse tipo de resposta ocorre uma degranulação intensa de mastócitos, ocorrendo alterações vasculares devido às ações da histamina (edema) – acúmulo de líquido no conjuntivo. Leucócitos · Glóbulos brancos derivados da medula óssea; · Participam da resposta de defesa do processo inflamatório; · Diferente das hemácias, os leucócitos apresentam núcleo, o qual varia em forma de um tipo para outro. · Podem ser classificados em Agranulócitos e granulócitos. Agranulócitos: Monócitos e leucócitos; Granulócitos: Eosinófilos; basófilos e neutrófilos. Linfócitos – Núcleo muito volumoso, podem ser classificados em linfócitos B (produção de anticorpos), ou linfócitos T (estimulam os linfócitos B, apressam o término da resposta imune). Monócitos – Leucócitos de grande tamanho e com núcleo de tamanho variável, apresentam grande capacidade de fagocitose. Eosinófilos - Células que também apresentam capacidade de realizar fagocitose, mas de forma mais lenta que os neutrófilos. Seu núcleo apresenta, de uma maneira geral, dois lóbulos.São comuns quando ocorrem alergias. Neutrófilos – Presente em maior quantidade no sangue, seu núcleo apresenta de três até cinco lóbulos. Alto teor fagocitário. Basófilos - Tipo de leucócito volumoso e com núcleo com formato irregular. Caracteriza-se por produzir heparina e histamina, substâncias que possuem, respectivamente, ação anticoagulante e vasodilatadora. TIPOS DE TECIDOS CONJUNTIVOS COM RELAÇÃO À QUANTIDADE DE COLÁGENO: Conjuntivo frouxo – caracterizado pela grande presença de material intercelular e pela presença de poucas fibras, frouxamente distribuídas, nesse tecido estão distribuídas todas as células típicas do tecido conjuntivo. Exerce as funções de: preenchimento de espaços entre os órgãos viscerais, suporte e nutrição dos epitélios, envolvimento de nervos e vasos sanguíneos e linfáticos e cicatrização de tecidos lesados Conjuntivo denso – Pobre em substâncias intercelular e rico em fibras, principalmente colágenas. A célula mais frequente nesse tecido é o fibroblasto. Quando as fibras colágenas se distribuem de maneira difusa e desordenada o tecido conjuntivo denso é chamado de não modelado. Quando as fibras colágenas estão dispostas de forma ordenada, formando feixes compactos e paralelos, o tecido conjuntivo denso é chamado de modelado. Este tipo de tecido ocorre nos tendões. CLASSIFICAÇÃO DAS GLÂNDULAS Glândulas exócrinas – Durante sua origem, o epitélio de revestimento se prolifera, mergulha no conjuntivo, mas não perde contato com o revestimento. As glândulas exócrinas são responsáveis por produzir substâncias ou secreções e as enviam para um sistema de canais ou ductos excretores, os quais podem ser internos ou externos, isto é, secretam substâncias para o interior de uma cavidade ou para a superfície do corpo. Ex: glândulas sebáceas; salivares; sudoríparas e glândulas mucosas intestinais. Glândulas endócrinas – Durante a sua origem, essas glândulas perdem a comunicação com o epitélio de revestimento. São células que sintetizam hormônios, mensageiros endógenos que caem na corrente sanguínea e vão desencadear ações em outros órgãos ao se ligarem em proteínas receptoras. Ex: hipófise, ovários e adrenais. Glândulas mistas - Apresentam regiões endócrinas e exócrinas ao mesmo tempo. É o caso do pâncreas, cuja porção exócrina secreta enzimas digestivas que são lançadas no duodeno, enquanto a porção endócrina é responsável pela secreção dos hormônios insulina e glucagon. Esses hormônios atuam, respectivamente, na redução e no aumento dos níveis de glicose no sangue. Tecido muscular Locomoção Bombeamento sanguíneo Propulsão Função Atuação do músculo cardíaco e músculo liso. 1. Músculo estriado esquelético · Células alongadas multinucleadas (tão longas que chama de fibra); · Envolvida por tecido conjuntivo vascularizado; · Os núcleos estão localizados na periferia da fibra, bem próximo da membrana; · Muitas mitocôndrias; · Retículo endoplasmático (chamado de sarcoplasmático) armazena o cálcio; · Presença de túbulos T, que aprimoram o processo de contração. · Miofibrilas contráteis A célula muscular estriada apresenta, no seu citoplasma, pacotes de finíssimas fibras contráteis, as miofibrilas, dispostas longitudinalmente. Cada miofibrila corresponde a um conjunto de dois tipos principais de proteínas: a miosina, espessas, e as actinas, finas. Essas proteínas estão organizadas de tal modo que originam bandas transversais, claras e escuras, características das células musculares estriadas, tanto as esqueléticas como as cardíacas. · Os filamentos de miosina formam bandas escuras, chamadas anisotrópicas (banda A), e os de actina, bandas claras, chamadas isotrópicas (banda I). No centro de cada banda I aparece uma linha mais escura, chamada linha Z. O intervalo entre duas linhas Z consecutivas constitui um miômetro ou sarcômero e correspondem à unidade contrátil da célula muscular. · Padrão de bandeamento da fibra Os filamentos de actina e miosina estão dispostos de forma altamente organizada no citoplasma, de maneira que cria um padrão de bandeamento de áreas claras e escuras nos preparos histológicos, e por isso recebe o nome de músculo estriado. OBS: A contração é voluntária, essas células não necessitam de cálcio externo para se contraírem, já que apresentam retículo bem desenvolvido que armazena cálcio. 2. Músculo estriado cardíaco · São células alongadas, ramificadas em suas extremidades (mononucleada); · Músculo com tecido conjuntivo vascularizado em sua volta; · Discos intercalares: especialização da membrana plasmática, são junções de adesão e comunicação entre as células cardíacas. 3. Músculo liso · Formado por células longas e fusiformes com núcleo central; · Dispostas nas paredes dos vasos sanguíneos; em camadas nas paredes do tubo digestivo; útero e etc. · Responsável pelos movimentos peristálticos; · Também apresentam no citoplasma miofibrilas proteicas de actina e miosina, porém não apresentam o padrão de organização dos outros músculos. Histologia e embriologia dos sistemas