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AULA 5 H EDUCAÇÃO NO BRASIL DA PRIMEIRA REPUBLICA A DECADA DE 1960

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EDUCAÇÃO NO BRASIL: DA PRIMEIRA REPÚBLICA À DÉCADA DE 1960. 
 
DEFINIÇÃO 
Este tema é um convite para voltarmos um pouco no 
tempo, ao final do Império e início da República, para 
entendermos como os desafios para instrução da 
sociedade brasileira começaram a ser resolvidos 
quando a Educação passou a ser entendida como um 
importante instrumento de superação do atraso 
econômico, político e social do Brasil. 
PROPÓSITO 
As diversas conjunturas históricas – 1889 até 1960 – 
influenciaram de modo decisivo as diversas reformas 
educacionais que foram implementadas. Ao final, será 
mais fácil entender os avanços e retrocessos em 
relação à Educação e sua influência hoje em dia. 
OBJETIVOS 
MÓDULO 1 
Identificar os fatos referentes à Educação que fizeram 
parte da transição do Brasil Império para o Brasil 
República 
MÓDULO 2 
Relacionar a influência do Positivismo na sociedade 
brasileira e consequentemente na Educação 
MÓDULO 3 
Analisar as várias reformas educacionais ocorridas no 
período do Brasil República até a década de 1960 
 
INTRODUÇÃO 
No vídeo, Rodrigo Rainha faz uma breve retrospectiva 
dos fatos que levaram à criação da República. 
Adicione um comentário 
ENVIAR 
Somos tão acostumados com a ideia da Educação 
como um valor universal que parece estranho imaginar 
um tempo em que crianças, jovens e adultos não 
tinham o direito à Educação. 
PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA 
 Rio de Janeiro (1889) 
 
 
"Proclamação da República", 1893, óleo sobre tela de 
Benedito Calixto (1853-1927). Acervo da Pinacoteca do 
Estado de São Paulo. 
A República no Brasil foi proclamada no dia 15 de 
novembro de 1889, instaurando a forma republicana 
presidencialista de governo e inaugurando uma época 
com desafios de diferentes ordens. Contra a 
monarquia, forças muito diversas se uniram, mas seus 
interesses não eram semelhantes. 
 
CONTEXTO SOCIAL 
A população marginalizada, acumulada em grandes 
capitais como Rio de Janeiro e Salvador, morava em 
Cabeças de Porco, e, sem instrução, organizava 
levantes contra os governos municipais que pregavam 
uma higienização das cidades. Ou seja, era o início de 
um novo regime político marcado por antigas questões 
brasileiras 
Diante do caos da criação da República, alguns fatores 
foram eleitos como primordiais para transformar o 
Brasil, e um dos principais era a Educação. 
Não houve um compromisso de transformação dos 
problemas sociais brasileiros através da Educação. 
Mas, a ideia de modernização da sociedade – que era o 
objetivo – passava obrigatoriamente pela criação de 
um projeto de Educação que atendesse ao principal 
anseio do país: capacitar trabalhadores urbanos para 
que eles cumprissem seus papeis em sociedade. Este 
é o ideal positivista e sua movimentação em favor da 
Educação. 
PRIMEIRAS DÉCADAS APÓS A PROCLAMAÇÃO 
 Centros urbanos do Brasil (1900-1920) 
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0393/te0007/index.html
As décadas seguintes à Proclamação da República 
foram marcadas pelo desenvolvimento da indústria: 
 
Segundo Helena Bomeny: 
“o Brasil do início da República era um país 
eminentemente rural (60% da população), recém-
saído de um longo período de escravidão (mais de 
três séculos até a abolição da escravatura em 1888), 
com taxas de analfabetismo homogêneas, que 
superavam 80%, com índices muito próximos do 
Norte ao Sul do país, excetuando-se a Capital 
Federal, onde a taxa rondava os 45%”. 
(BOMENY, 1993) 
 
SAIBA MAIS 
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0393/te0007/index.html
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0393/te0007/index.html
 
O lema da bandeira do Brasil é positivista. O novo 
regime exigia a criação de um novo símbolo que 
representasse os ideais sob os quais estavam 
assentados a República recém-proclamada. “Amor por 
princípio, a ordem por base e o progresso por fim” – o 
famoso lema positivista foi impresso na bandeira 
brasileira sob a inscrição Ordem e Progresso. 
 
Era cada vez mais urgente pensar formas de preparar 
essa população de imigrantes e recém-libertos para a 
nova realidade que surgia: um país que se urbanizava 
cada vez mais rápido e cujos postos de trabalho não 
encontravam mão de obra especializada. A instrução 
pública torna-se uma peça importante do 
desenvolvimento do país. 
Quem deveria comandar essa Educação, pensada 
tanto pelo Império, como pela República, era o Estado. 
O governo garantiria o ordenamento necessário, a 
criação de uma sequência lógica, que permitisse o 
contínuo progresso do país. 
O ideal do pensamento de Ordenar para atingir 
o Progresso foi marcante na Capital Federal, bem 
como em novas capitais criadas pela República: Belo 
Horizonte, retirando o peso da imperial Ouro Preto, 
e Aracaju, saindo da tradicional São Cristóvão, foram 
planejadas seguindo os novos modelos de cidade e 
receberam grandes educandários públicos, com 
estruturas modernas. 
O povo precisava ser instruído a ser brasileiro, levado 
a perceber seu papel social e como poderia atuar para 
a melhora do grande projeto nacional. 
 
SAIBA MAIS 
 
No Rio de Janeiro, tentando apagar o passado 
Imperial, o tradicional colégio Pedro II perdeu seu 
nome, recuperado depois por iniciativa dos alunos. 
Escolas Profissionalizantes (Liceus de Ofício) se 
multiplicaram em todo país, assim como foi ampliado o 
número de Escolas Normais, para permitir a formação 
de professoras primárias. 
INICIATIVAS EDUCACIONAIS 
A maior parte da população era autodidata por 
necessidade ou simplesmente não tinha educação 
formal. Classes médias de profissionais liberais, filhos 
de funcionários públicos, ou filhos da elite financeira 
ocupavam os bancos formais de Educação e, entre 
eles, existiam posições diferentes. 
Mas a pressão pelo avanço que seria proporcionado 
pela modernização cresceu e as iniciativas pela 
Educação acompanharam. 
Repare, então, nas iniciativas: 
 
 1850 
 1854 
 1882 
 1891 
 1900 
1850 
A partir desse ano, ainda no Império, ocorreu a 
uniformização do ensino em todo o país. Essa ação 
reformadora atingiu as Faculdades de Medicina e os 
cursos jurídicos que passaram a se denominar 
Faculdades de Direito. 
O Regulamento de Instrução Primária e Secundária do 
Município da Corte, entre outras importantes 
providências, criou a Inspetoria Geral da Instrução 
Primária e Secundária do Município da Corte, órgão 
ligado ao Ministério do Império e destinado a fiscalizar 
e orientar o ensino público e particular dos níveis 
primário e médio, estruturando em dois níveis (o 
elementar e o superior) a Instrução Primária gratuita. 
 
SAIBA MAIS 
 
Veríssimo (1985, p. 15) apontou o tamanho do desafio 
da novíssima República: 
 
“E tanto mais é de crer este resultado, não só 
desejável como, a bem da unidade moral da Pátria, 
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0393/te0007/index.html#pills-01
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0393/te0007/index.html#pills-02
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0393/te0007/index.html#pills-03
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0393/te0007/index.html#pills-04
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0393/te0007/index.html#pills-05
indispensável, quando a reforma do Sr. Benjamin 
Constant criou no Pedagogium um órgão que devia ser 
o fator consciente dessa obra de unificação moral”. 
CONTEÚDOS PREVISTOS 
Seguindo sobre a questão da moral: 
Foi organizada em duas categorias: de 1º grau, para 
crianças de 7 a 13 anos e de 2º grau para os de 13 a 15 
anos. Para ingressar nas escolas primárias de 2º grau, 
o aluno deveria apresentar o certificado de estudos do 
grau precedente. 
O ensino no primeiro grau compreendia: 
 
 
Leitura e escrita, ensino prático da língua portuguesa 
 
 
Contar e calcular: aritmética prática até regra de três 
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0393/te0007/index.html
 
 
Sistema métrico procedido do estudo da geometria 
prática 
 
 
Elemento de geografiae história, especialmente do 
Brasil 
 
 
Lições de coisas e noções concretas de ciências 
físicas e história natural 
 
 
Instrução moral e cívica 
 
 
Desenho 
 
 
Elementos de música 
 
 
Ginástica e exercícios militares 
 
 
Trabalhos manuais para os meninos e trabalho de 
agulha para as meninas 
 
 
Noções práticas de agronomia 
Dentre todas as disciplinas estudadas, a Instrução 
Moral e Cívica teve objetivos específicos na formação 
do alunado, conforme anunciava o parágrafo único do 
Regulamento da Instrução Primária e Secundária do 
Distrito Federal, “a instrucção moral e cívica não terá 
curso distincto, mas ocupará constantemente e no 
mais alto gráo a atenção dos professores” (DECRETO 
Nº 981, 1890, p. 3476). 
Com isso, a Escola Primária do 1º grau foi dividida em 
três cursos: 
• Elementar, para os alunos de 7 a 9 anos; 
• Médio, para os de 9 a 11; 
• Superior, para os de 11 a 13 anos de idade. 
Em cada curso, as matérias eram gradualmente 
estudadas, tendo o método intuitivo para todos eles. 
Vejamos a seguir como Moral e Cívica era abordada 
em cada curso: 
 
CURSO ELEMENTAR 
CURSO MÉDIO 
CURSO SUPERIOR 
Observação: nas demais escolas, a Primária do 2º grau 
e na Escola Normal a disciplina Instrução Moral e 
Cívica não era trabalhada em sala de aula. 
VOCÊ REPAROU QUE ATÉ A LINGUAGEM NOS 
DECRETOS É DIFERENTE? COMO AS PALAVRAS 
ERAM ESCRITAS? 
Isso nos ajuda a entender um pouco mais sobre a 
mudança de paradigma, em que a Educação passou a 
ser vista, pensada, organizada, e a fazer parte de um 
projeto nacional de Brasil. 
RECOMENDAÇÃO 
 
E agora é com você: que tal fazer um parecer sobre a 
transformação da Educação na formação da 
República? Essas anotações serão importantes para 
que perceba seu desenvolvimento. 
VERIFICANDO O 
APRENDIZADO 
 
ATENÇÃO! 
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0393/te0007/index.html#collapse01-01
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0393/te0007/index.html#collapse01-02
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0393/te0007/index.html#collapse01-03
Para desbloquear o próximo módulo, é necessário que 
responda corretamente uma das questões a seguir. 
1. Assinale a alternativa que corresponde ao que 
defendia Rui Barbosa nos anos finais do Império: 
 
a) Ensino religioso. 
 
b) Ensino primário facultativo. 
 
c) Criação da Lei Orgânica do Ensino Superior e 
Fundamental. 
 
d) Ensino primário obrigatório, gratuito e laico. 
Responder 
Comentário 
 
Parabéns! A alternativa D está correta. 
 
 
Rui Barbosa, ao propor a reforma do ensino secundário 
e primário, acreditava que algumas mudanças 
estruturais na sociedade aconteceriam pela Educação. 
Desse modo, o progresso seria alcançado por meio do 
conhecimento. Ou seja, ele defendia uma Educação 
que fosse obrigatória, gratuita e laica. 
2. Ao final da Monarquia e início da República, em um 
contexto de intensa efervescência social, a Educação 
já vinha sendo pensada como um importante 
instrumento de desenvolvimento. Uma das 
preocupações centrais era garantir a formação de: 
 
a) Um conjunto de Universidades brasileiras que nos 
marcasse como nação evoluída. 
 
b) Uma estrutura que mantivesse viva a tradições 
religiosas da Educação, contra a influência das 
tradições europeias. 
 
c) Um conjunto legislativo que transformava a 
Educação em um plano nacional. 
 
d) Um modelo de Educação Moral e Cívica pautado na 
formação do sujeito como objeto da Educação. 
Responder 
Comentário 
 
Parabéns! A alternativa C está correta. 
 
 
A influência da corrente positivista e o crescimento da 
industrialização transformava a Educação em um 
aspecto de evolução das nações e, por isso, a 
construção de um modelo que nos levasse ao 
progresso passou a ser defendida. 
 
VOCÊ CONSEGUIU DESBLOQUEAR O SEGUNDO 
MÓDULO! 
E, com isso, você: 
 Identificou fatos referentes à Educação que fizeram 
parte da transição do Brasil Império para o Brasil 
República. 
 Retornar para o início do módulo 1 
 
INTRODUÇÃO 
Já falamos sobre o positivismo como principal 
referência para a criação de um objetivo para a 
reforma educacional na então República. Mas como 
essa relação aconteceu? Rodrigo Rainha explica. 
Adicione um comentário 
CONCEITO DE POSITIVISMO 
 
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0393/te0007/index.html#modulo1
O positivismo foi uma corrente filosófica que surgiu na 
França no século XIX. Augusto Comte (1798-1857) é 
considerado o Pai da Sociologia por ter usado pela 
primeira vez o conceito de Sociologia em seu Curso de 
Filosofia Positiva. Elaborou de maneira muito 
organizada suas ideias, fundamentando sua teoria nos 
modelos das ciências naturais, tendo como principal 
objetivo encontrar as leis universais dos fenômenos 
sociais. Ele intitulou sua reflexão acerca da sociedade 
como uma Física Social. 
Em função da crise que vivia a França de sua época, 
Comte queria encontrar soluções para resolvê-la, pois 
eram nítidos o atraso e o impedimento do progresso 
por causa do caos estabelecido. Foi nesse contexto de 
crises e instabilidades que ele buscou responder aos 
problemas sociais com sua teoria positivista. 
De acordo com Gomide (1999), o positivismo apresenta 
algumas premissas fundamentais: 
Toda proposição científica deve ser empiricamente 
significante e toda premissa universal deve ter origem 
indutiva. 
A teoria tem origem em proposições certíssimas 
obtidas mediante indução. 
As leis científicas não fornecem os porquês dos 
fenômenos. O empirismo, a observação e a 
objetividade são características fundamentais do 
pensamento positivista. 
 
SAIBA MAIS 
 
Clique aqui e veja um exemplo. 
Compreendia-se que o positivismo era o canal para a 
reforma intelectual do Homem. Para que essa 
reorganização acontecesse, as ideias positivistas 
estavam assentadas na noção de que somente 
pela ordem e pelo progresso seria possível alcançar 
uma sociedade estruturada, que pudesse ecoar e 
aperfeiçoar todas as estruturas 
permanentes: religião, família, propriedade, linguagem,
 acordo entre poder espiritual e temporal etc. 
 
CAMINHOS PARA O PROGRESSO SOCIAL 
Augusto Comte apostava no conhecimento científico 
como o único saber verdadeiro. Na concepção dele, o 
positivismo seria a possibilidade de pensar os 
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0393/te0007/index.html
problemas sociais pelos critérios e parâmetros das 
ciências naturais. 
Dessa forma, seria plenamente possível organizar a 
sociedade nas suas variadas dimensões, pois o 
positivismo respondia às questões sociais com um 
caráter de exatidão, oposto à visão de mundo da 
Teologia e da Metafísica. Por isso, a importância 
da Física Social, que explica os fatos pela lógica do 
conhecimento único e verdadeiro que vem da 
experiência, não do idealismo. 
Para Comte, não se tratava de negar o estado 
Teológico e o Metafísico. 
Ambos eram importantes e necessários, mas deveriam 
ser utilizados nas interpretações dos fatos com os 
quais tinham ligação direta; por exemplo, a relação do 
homem com a transcendência e com o universo 
cultural. O positivismo no Brasil constituiu a base de 
nosso modelo pedagógico nacional. Seu grau de 
utilitarismo e pragmatismo, sua presença em jornais, 
nos meios de comunicação, como o rádio, 
transformaram a percepção de Educação no Brasil. 
 
POSITIVISMO NO BRASIL 
Precisamos voltar no tempo para que seja 
compreensível. O Brasil da transição, que abordamos 
no primeiro módulo, tinha o positivismo como um 
modelo ideal. Nossas principais linhas reformistas 
republicanas pensavam na criação de um modelo de 
educação que permitisse o desenvolvimento nacional. 
O que passamos a perceber ao longo das décadas 
seguintes foi a implementação desse modelo. 
Agora que você já está mais familiarizado com as 
ideias positivistas, vamos entender um pouco sobre 
sua recepção no contexto brasileiro. 
O positivismo floresceu no Brasilde modo muito 
acentuado durante a transição do fim do Império e o 
começo da República. Em um contexto marcado por 
muitas mudanças políticas e sociais, os republicanos 
assumiram o positivismo como o ideal para a 
República que nascia. Segundo essa lógica, tornava-se 
cada vez mais urgente modernizar o Brasil e acelerar o 
progresso. Em 1891, foi promulgada a primeira 
Constituição da República, inspirada na Carta 
Constitucional dos Estados Unidos e sob forte 
inspiração positivista. 
O divulgador do positivismo no Brasil foi o militar e 
político brasileiro, Benjamin Constant (1836-1891). Ele 
criou, junto com outros adeptos, em 1876, a Fundação 
da Sociedade Positivista do Brasil. Um deles foi 
Teixeira Mendes (1855-1927), que era o presidente da 
Associação Positivista chamada Apostolado 
Positivista do Brasil. Por que Apostolado? Porque o 
positivismo ganhou o status de uma “nova religião” e 
tinha seguidores. 
 
 
SAIBA MAIS 
 
Além de Benjamin Constant e Teixeira Mendes, 
também foram responsáveis pela idealização da 
Bandeira Nacional dois catedráticos: Miguel de 
Lemos (filósofo) e Manuel Pereira Reis (astrônomo). 
A INFLUÊNCIA DO POSITIVISMO NA EDUCAÇÃO 
BRASILEIRA 
Vimos como o positivismo esteve no horizonte dos 
republicanos na promulgação da nova Constituição e 
na criação de uma nova bandeira para o Brasil. As 
ideias positivistas precisavam estruturar a sociedade 
brasileira em todos os seus aspectos: culturais, 
sociais, econômicos e políticos. Multiplicaram-se pelo 
país as escolas privadas elementares e profissionais, a 
maior parte de ensino secundário. Também surgiram 
muitas instituições beneficentes oferecendo ensino 
primário e secundário. 
Nos anos iniciais da Primeira República, tivemos a 
ocorrência de uma série de reformas de clara 
inspiração positivista. 
 
REFORMA BENJAMIN CONSTANT (1890) 
CÓDIGO EPITÁCIO PESSOA (1901) 
REFORMA RIVADÁVIA (1911) 
MUDANÇA NOS DEBATES 
 1920-1930 
 
Chegaram ao Brasil novas ideias pedagógicas e se 
formou um novo corpo de sujeitos: especialistas em 
Educação, que passaram a questionar os modelos que 
estavam sendo estabelecidos, escolas que eles 
chamavam de tradicionais, centradas na atuação do 
professor e na repetição. Os especialistas tinham a 
ideia de que o Brasil, uma vez mais, estava atrasado e 
essa crítica não ficava só no campo da Educação. O 
novo movimento foi chamado Pedagogia Liberal. 
O ideal liberal econômico apontava também para 
outros segmentos. 
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0393/te0007/index.html#collapse02-01
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0393/te0007/index.html#collapse02-02
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0393/te0007/index.html#collapse02-03
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0393/te0007/index.html
Façamos uma breve viagem para acompanharmos 
essas mudanças: 
 
1. 
2. 
3. 
4. 
5. 
6. 
7. 
 
01 
Washington Luiz brigava para que o Brasil ampliasse 
suas estradas e transformasse o carro em um meio 
mais presente em nossas cidades e, principalmente, 
para que o Brasil pudesse ser produtor desses novos 
bens que representavam o futuro e as novas dinâmicas 
sociais. 
PreviousNext 
Em um país com novas exigências, os momentos de 
mudança são marcantes. 
Um novo golpe terminou com a Primeira República: na 
tentativa de Washington Luiz em eleger o também 
paulista Júlio Prestes, as potências Minas, Rio Grande 
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0393/te0007/index.html
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0393/te0007/index.html#magicCarousel
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0393/te0007/index.html#magicCarousel
do Sul e Paraíba se uniram para tentar vencê-lo. Foram 
derrotados, mas o assassinato de João Pessoa, 
presidente da Paraíba, ainda que por motivos 
familiares, foi o argumento para a articulação que 
terminou com a impressionante imagem de Getúlio 
Vargas chegando com sua tropa de cavalos e apeando 
no obelisco da avenida Rio Branco, no centro da 
capital brasileira. Esse momento foi chamado (por uma 
historiografia pró-Vargas) como Revolução. E, dessa 
forma, o governo de Vargas foi iniciado. 
 
 
 
SAIBA MAIS 
 
As mudanças vividas impactaram o Brasil e o 
documento educacional mais famoso dessa época é 
um manifesto de educadores brasileiros defendendo 
uma intensa reforma de nossa educação. Ficou 
conhecido como Manifesto dos Pioneiros. Já leu? 
Falaremos mais dele no próximo módulo. 
VERIFICANDO O 
APRENDIZADO 
 
ATENÇÃO! 
Para desbloquear o próximo módulo, é necessário que 
responda corretamente uma das questões a seguir. 
3. Os Republicanos assumiram essa corrente como o 
ideal para a República que nascia e juraram que o bem 
comum seria o seu fundamento. Era preciso acelerar o 
progresso que fora atrasado pelo Império. A escolha 
dessa corrente influenciou toda a vida social e 
consequentemente a Educação, inclusive o lema da 
Bandeira Nacional. De qual corrente se trata? 
 
a) Positivista. 
 
b) Progressista. 
 
c) Liberal. 
 
d) Monarquista. 
Responder 
Comentário 
 
Parabéns! A alternativa A está correta. 
 
 
Positivismo é uma corrente de pensamento filosófico, 
sociológico e político que surgiu em meados do século 
XIX na França. A principal ideia do positivismo, 
fundamentado nas ciências naturais, era a de que o 
conhecimento científico devia ser reconhecido como o 
único conhecimento verdadeiro. Auguste Comte foi o 
criador e em sua frase original, dizia: “amor como 
princípio, ordem como base, progresso como objetivo”. 
4. As ideias positivistas tiveram grande influência não 
apenas na proclamação da República e na idealização 
de uma nova bandeira para o Brasil, mas também entre 
aqueles que pensavam a Educação naquele momento. 
Assinale qual reforma não sofreu inspiração 
positivista. 
 
a) Reforma Epitácio Pessoa. 
 
b) Reforma Rivadávia Correia. 
 
c) Reforma Anísio Teixeira. 
 
d) Reforma Benjamin Constant. 
Responder 
 
VOCÊ CONSEGUIU DESBLOQUEAR O TERCEIRO 
MÓDULO! 
E, com isso, você: 
 A capacidade de relacionar a influência do positivismo 
na sociedade brasileira e consequentemente na 
Educação. 
 Retornar para o início do módulo 2 
 
INTRODUÇÃO 
Você sabia que o período conhecido como Brasil 
República é consideravelmente extenso? Assista ao 
vídeo e conheça os detalhes. 
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0393/te0007/index.html#capa_mod2
Adicione um comentário 
SÉCULO DA PEDAGOGIA 
O século XIX ficou conhecido como o Século da 
Pedagogia. Naquele momento, buscava-se cada vez 
mais um modelo educacional que respondesse de 
forma crítica às demandas da luta de classes, 
burguesia versus proletariado, que envolveu a 
sociedade desse tempo. Houve uma radicalização das 
ideias pedagógicas, colocando-as como centro do 
processo de controle social. 
De acordo com Cambi (1999): 
“(...) bastante rico em modelos formativos, em 
teorizações pedagógicas, em compromisso educativo 
e reformismo escolar, em vista justamente de um 
crescimento social a realizar-se da maneira menos 
conflituosa possível e da forma mais geral.” 
(CAMBI, 1999) 
 
Fábrica Bangu 
Após a intensa transição entre os séculos XIX e XX, 
com a necessidade de uma Educação técnico-fabril por 
um lado e a Educação do cidadão iluminista por outro, 
sob uma economia com fundamentos cada vez mais 
liberais, surgiu o teor do novo processo educacional. 
De modo que, já no século XX, a didática, até então 
considerada tradicional, passou a se preocupar com o 
método mais adequado para a aprendizagem de um 
conteúdo específico ou de determinada habilidade. 
IDEIAS QUE VIAJAM 
A renovação das práticas pedagógicas 
Você pode estar se perguntando de onde vieram e 
quais foram as pessoas que difundiram essas ideias no 
Brasil. Veja, a seguir, as teorias de cada um desses 
pensadores que contribuíram de alguma forma para 
essa renovação das práticas pedagógicas. 
 
 
 
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0393/te0007/index.htmlhttp://estacio.webaula.com.br/cursos/go0393/te0007/index.html
 
 
 
 
 
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0393/te0007/index.html
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DESENVOLVIMENTO 
Você percebeu que até aqui, nós já elencamos uma 
série de propostas e novas ideias pedagógicas que 
tiveram influência no modo como a Educação passou a 
ser estruturada no século XX. O exercício daqui por 
diante é conhecer as reformas, decretos e leis que 
tivemos durante o período republicano e pensar como 
que essas novas práticas pedagógicas influenciaram a 
Educação brasileira. 
 A DÉCADA DAS REFORMAS EDUCACIONAIS (1920) 
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A década de 1920 ficou conhecida, no campo 
educacional, como a década das reformas 
educacionais. Naquele momento, ocorreram intensos 
debates envolvendo diferentes propostas para pensar 
a Educação e a organização do sistema escolar. Uma 
dessas propostas trazia consigo os ideais da chamada 
Escola Nova. 
Em uma conjuntura marcada por importantes 
transformações econômicas, políticas e sociais, os 
defensores do escolanovismo defendiam a urgência na 
renovação das práticas de ensino. Para eles, a 
Educação tradicional não estimulava os alunos a 
pensarem por conta própria. 
No decorrer dos anos 1920, alguns estados brasileiros 
realizaram algumas reformas educacionais do ensino 
primário, através dos seguintes pressupostos: 
Extensão do ensino 
Articulação entre os diferentes níveis da escolarização 
Adaptação ao meio social 
Adaptação às ideias modernas de Educação 
 
SAIBA MAIS 
 
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Nesse período, muitos intelectuais tentaram colocar 
em prática os ideais escolanovistas, por meio de uma 
série de reformas do ensino primário que foram feitas 
no âmbito estadual. Em um intervalo de oito anos 
(1920 – 1928), destacaram-se alguns educadores em 
vários estados da federação: clicando aqui. 
 ERA VARGAS (1930-1945) 
 
O ano de 1930 é considerado o marco final da 
República Velha e o início da chamada Era Vargas. 
Alguns fatores ocasionaram o colapso da Primeira 
República como a insatisfação de muitos setores 
sociais que contestavam cada vez mais o Estado 
oligárquico, além da crise da economia cafeeira com o 
fim dos investimentos estrangeiros. A crise dos anos 
vinte conduziu o país à denominada Revolução de 
1930 e levou Getúlio Vargas ao comando da nação. 
Em termos educacionais, apesar das tentativas de 
reforma nos anos 1920, ao final da Primeira República 
pouca coisa havia realmente mudado. Nosso país 
continuava sem um sistema de ensino coerente e 
eficiente. Além disso, o analfabetismo entre jovens e 
adultos, um problema de âmbito nacional, não foi 
resolvido com as reformas. As camadas mais pobres 
da população permaneciam fora das salas de aula e 
apartadas do acesso ao conhecimento. 
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Mesmo com um cenário político conturbado, alguns 
nomes de projeção na Educação (desde os anos 1920) 
ocuparam posições de destaque no campo 
educacional. Vários reformadores dessa década foram 
convidados a ocupar cargos de relevância no interior 
do novo governo. Assim, pela primeira vez em nossa 
história da Educação, teve início um movimento em 
direção à criação de um sistema organizado de ensino. 
 
De modo geral, a Revolução de 1930 no campo 
educacional foi produtiva: ainda naquele ano, foi 
criado o Ministério da Educação e Saúde Pública, 
coordenado por Francisco Campos. 
A atuação de Francisco Campos se deu no sentido de 
estabelecer um sistema nacional de Educação. O novo 
ministro visava estruturar o ensino secundário e o 
ensino superior. Esses decretos ficaram conhecidos 
como Reforma Francisco Campos. 
Nem todas essas reformas educacionais foram 
plenamente aceitas por todos os setores da sociedade. 
A situação política conturbada e a noção de que o 
governo não estava totalmente comprometido com a 
renovação do sistema educacional pressionava os 
defensores da Pedagogia da Escola Nova. 
Em 1932, um grupo de 26 educadores apresentou ao 
governo um documento que ficou conhecido 
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posteriormente como o Manifesto dos Pioneiros da 
Educação Nova, escrito por Fernando de Azevedo. O 
documento apresentava várias propostas e defendia 
algumas posições que, a partir de então, foram 
colocadas em prática ou foram combatidas por grupos 
que não aceitavam as mudanças advindas pela 
Educação. 
 
Enquanto os defensores do escolanovismo 
acreditavam que a Educação funcionava como um 
instrumento de emancipação dos indivíduos, a arena 
pública via crescer com força e intensidade a defesa 
do ensino religioso, sob forte influência da ideologia 
católica. 
 
NESSE CONFLITO DE IDEIAS, CADA GRUPO 
APRESENTAVA CONCEITOS E PROPOSTAS PARA A 
EDUCAÇÃO BRASILEIRA. 
Nesse contexto de disputa de narrativas e projetos 
distintos, foi promulgada uma nova Constituição para o 
país: a Constituição de 1934. 
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QUAL O PAPEL DA CONSTITUIÇÃO DE 1934 NESSE 
CONTEXTO DE DISCUSSÃO E ESTABELECIMENTO DE 
DIRETRIZES E PROPOSTAS PARA A EDUCAÇÃO? 
A Constituição de 1934 foi a primeira Carta Magna 
brasileira a incluir em seu texto um capítulo inteiro 
sobre a Educação. Pela primeira vez, foram apontadas 
questões importantes em relação ao ensino no Brasil, 
como o acesso ao ensino primário. Clique aqui e leia 
os artigos 148 e 149. 
Como é possível perceber, os anseios dos pioneiros 
foram atendidos, ainda que não em sua totalidade. 
Mesmo assim, a nova Carta Constitucional trouxe 
muitos avanços na Educação brasileira. 
 ESTADO NOVO (1937-1945) 
 
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Apenas quatro anos depois da Constituição de 1934, 
instaurou-se o período que ficou conhecido como 
Estado Novo. Com a promulgação de uma nova 
Constituiçãode caráter claramente autoritário, em 
1937, Getúlio iniciava a fase ditatorial da Era Vargas. 
Os oito anos que duraram o Estado Novo foram de 
intensa repressão política a todos aqueles que faziam 
oposição ao governo. 
No campo educacional, permaneceram intactos a 
gratuidade e obrigatoriedade do ensino primário. Por 
outro lado, tornou obrigatória a disciplina Educação 
Moral e Cívica nas escolas. 
Acompanhando as mudanças na sociedade e o 
aprofundamento do processo de industrialização, 
ficava cada vez mais evidente a carência de mão de 
obra profissional. Assim, outra mudança trazida na 
Constituição de 1937 foi a introdução do ensino 
profissionalizante. 
Nos primeiros anos do Estado Novo, em um contexto 
de ascensão de forças conservadoras, os ideais dos 
intelectuais da Escola Nova caíram em certo 
descrédito. A instituição do ensino profissional, 
voltado sobretudo para as classes menos favorecidas, 
marcou claramente essa mentalidade. 
No começo da década de 1940, ocorreram algumas 
iniciativas de reforma da Educação, mais voltadas 
para o ensino primário e secundário, mas ainda 
articuladas ao projeto político autoritário de Vargas. 
No ano de 1942, Gustavo Capanema, Ministro da Saúde 
e Educação, empreendeu algumas mudanças sob o 
nome de Leis Orgânicas do Ensino. Popularmente 
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http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0393/te0007/index.htmlconhecidas como Reforma Capanema, essas reformas 
tinham um viés claramente nacionalista e moralizante. 
 
 NOVA REPÚBLICA (1946-1963) 
Com o final do Estado Novo, mais uma vez tivemos a 
promulgação de uma nova Constituição, dessa vez 
com um viés liberal e democrática. 
Observe o fato de que em 12 anos (1934-1946), o Brasil 
teve três constituições diferentes (a de 1934, a de 
1937 e a de 1946). Em 1945, quando Getúlio Vargas foi 
derrubado do poder, o Brasil voltou, finalmente, a 
respirar ares democráticos. Por isso, a expressão Nova 
República. 
Diante de tanta informação e tantas reformas 
diferentes, você pode estar se perguntando sobre o 
que acontece agora. Avanços ou retrocessos? 
Felizmente, o período conhecido como Nova República 
ficou conhecido por importantes transformações no 
âmbito educacional. Não é possível esquecer que o 
rápido crescimento demográfico e o acelerado 
processo de industrialização impulsionaram as 
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demandas por Educação. Na Constituição de 1946, a 
Educação aparece novamente como “um direito de 
todos”, inspirada nos princípios defendidos pelos 
escolanovistas. 
 
SAIBA MAIS 
 
Ainda em 1946, o ensino primário passou por uma 
reestruturação através da chamada Lei Orgânica do 
Ensino Primário, instituída a partir desses decretos-
leis. 
Naquele contexto, tivemos ainda outro debate muito 
importante envolvendo o setor educacional: o Ministro 
da Educação, Clemente Mariani, criou uma comissão 
de educadores com o objetivo de pensar uma reforma 
geral para a Educação. Assim, em 1948, a primeira Lei 
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional começou 
a ser discutida e pensada. 
“Durante 13 anos, travou-se intenso debate, no 
âmbito do Estado e da sociedade civil, entre os que 
defendiam a prioridade da escola pública e os 
partidários da liberdade de ensino. Para os primeiros, 
os recursos do Estado deveriam ser empregados na 
manutenção e na expansão das escolas oficiais, que 
deveriam ministrar um ensino obrigatório, gratuito e 
laico. Para os outros, esses recursos deveriam ser 
transferidos às instituições particulares, que 
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ministrariam o ensino conforme as orientações 
ideológicas das famílias, cabendo ao Estado apenas 
ocupar o espaço não preenchido pela iniciativa 
privada”. 
(LEI Nº 4.024, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1961) 
 
Após intensos debates envolvendo entidades 
estudantis, sindicatos e organizações religiosas, o 
projeto da LDB finalmente virou a Lei no 4.024, no ano 
de 1961, já no governo de João Goulart. A seguir 
alguns pontos contemplados na LDB: 
1 
Obrigatoriedade de matrícula nos quatros anos do 
ensino primário. 
 
2 
Ensino religioso facultativo. 
 
3 
Ano letivo de 180 dias. 
 
4 
Concede mais autonomia aos órgãos estaduais, 
através da diminuição da centralização do poder no 
MEC. 
 
5 
Formação do professor para o ensino médio nos cursos 
de nível superior. 
 A EDUCAÇÃO COMO PRÁTICA LIBERTADORA (1960) 
No início da década de 1960, não foram apenas os 
debates envolvendo o Projeto de Lei de Diretrizes e 
Bases para a Educação Nacional que marcaram o 
cenário brasileiro. 
O professor Paulo Freire (foto) passou a ser conhecido 
por ter conseguido alfabetizar, na cidade de Angicos, 
no Rio Grande do Norte, 300 cortadores de cana em 
apenas 45 dias. 
 
O chamado método Paulo Freire ficou conhecido 
porque rejeitava as formas tradicionais de 
alfabetização que usavam cartilha. Para Freire, essas 
cartilhas levavam o aluno a aprender pelo método da 
repetição. Ao contrário disso, Freire acreditava que o 
aprendizado deveria vir como parte integrante da 
realidade e experiência das pessoas. 
No vídeo, Rodrigo Rainha contextualiza os 
acontecimentos que levaram o país do momento de 
criação da Lei de Diretrizes e Bases, em 1961, ao 
Golpe Civil-militar, em 1964. 
Adicione um comentário 
Ou seja, ele partia do universo familiar dos indivíduos 
para formar palavras e articular sílabas. 
 
ATENÇÃO! 
Para desbloquear o próximo módulo, é necessário que 
responda corretamente uma das questões a seguir. 
5. Na década de 1920, um movimento conhecido como 
Escola Nova exerceu grande influência entre uma 
parcela de intelectuais no Brasil. Identifique nas 
alternativas abaixo, aquela que não corresponde aos 
ideais defendidos pelos escolanovistas: 
 
a) Renovação do ensino com uma Educação baseada 
no estímulo do desenvolvimento das potencialidades 
dos alunos. 
 
b) Defesa de uma Educação pública, laica e gratuita. 
 
c) A Educação era entendida como um direito 
reservado a apenas uma pequena parcela da elite. 
 
d) A escola era entendida como um espaço onde os 
sujeitos poderiam se expressar. 
Responder 
Comentário 
 
Parabéns! A alternativa C está correta. 
 
 
Os defensores da Escola Nova, nos anos 1920 e 1930, 
em um contexto de publicação do Manifesto dos 
Pioneiros sempre defenderam uma Educação que 
alcançasse todas as classes sociais. Eles acreditavam 
que a Educação funcionaria como um importante 
instrumento de emancipação dos indivíduos, portanto, 
ela teria que ser para todos. 
6. Com a Proclamação da República, o Brasil adotou o 
Federalismo, e o poder, até então centralizado no 
imperador, foi dividido entre o presidente e os 
governos estaduais. Essas transformações tiveram 
ecos na Educação. A ideia do ensino como direito 
público se fortaleceu e surgiram modelos que se 
perpetuaram. Qual das realizações não corresponde a 
um fato do período republicano? 
 
a) Promulgação da Constituição de 1891 que 
determinou a descentralização do ensino. 
 
b) Criação da Associação Brasileira de 
Educação (ABE). 
 
c) Promulgação da Primeira LDB em 1961. 
 
d) Criação da Biblioteca Nacional no Rio de Janeiro em 
1810. 
Responder 
 
 
 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Este tema fez um passeio sobre as principais linhas 
educacionais que formaram o Brasil entre o fim do 
Império até as vésperas do Golpe Civil-militar de 1964. 
Podemos perceber que este período é marcado por 
duas grandes tendências pedagógicas: as linhas 
oriundas do positivismo e as caraterísticas marcantes 
do tecnicismo. Enquanto até 1930 (período 
denominado República Velha) a tradição positivista 
ajudou a organizar as bases da educação brasileira, a 
partir da chamada Era Vargas (1930-1945) e até 1964, 
temos a consolidação de um sistema educacional 
organizado através de Manifestos, Leis e, inclusive, a 
LDB (Diretrizes de Base da Educação, de 1961) que 
marcaram profundamente a tradição escolar brasileira 
e que, de algum modo, permanecem ainda hoje em 
nosso ideário educacional.

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